Revista Tecnologia Gráfica Nº 94

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A REVISTA TÉCNICA DO SETOR GRÁFICO BRASILEIRO ANO XIX Nº 94 • VOL. III 2015 • ISSN 1678-0965

SERIGRAFIA SIGN FUTURE TEXTIL

R E V I S TA T E C N O L O G I A G R Á F I C A 9 4

Conheça alguns dos principais lançamentos da 25ª edição do evento

Baixa gramatura

Entrevista

Gestão Ambiental

Impressão digital começa a ser usada na produção de diretórios e bíblias

Gisela Schulzinger, presidente da Abre, fala da importância da inovação

Invista em eficiência energética e corte custos


A superioridade de SUPERIA: muito mais por menos

SUPERIA ZP - SUPERIA ZPN Chapas térmicas sem processo químico para sistema CTP Melhor em qualidade. Melhor em lucratividade. Melhor em valor agregado.

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N

Apoio

Esta publicação se exime de responsabilidade sobre os conceitos ou informações contidos nos artigos assinados, que transmitem o pensamento de seus autores. É expressamente proibida a reprodução de qualquer artigo desta revista sem a devida autorização. A obtenção da autorização se dará através de solicitação por escrito quando da reprodução de nossos artigos, a qual deve ser enviada à Gerência Técnica da ABTG e da revista Tecnologia Gráfica, pelo e-mail: abtg@abtg.org.br ou pelo fax (11) 2797.6700

Apoio inegável

ossa revista sempre se pautou por divulgar as principais novidades do setor, procurando mostrar alternativas dentro do mercado de comunicação gráfica. Num período de dificuldades como o que atravessamos, essa intenção se torna mais clara, mais transparente, mais necessária. Ao longo de nossas edições temos coberto assuntos relacionados à tecnologia, processo, gestão, sustentabilidade, sempre reforçando boas práticas em cada um desses campos. Nesta edição você encontrará um pouco mais de tudo isso. A matéria especial de cobertura da 25ª- Serigrafia Sign FutureTextil, feira acontecida no último mês de julho em São Paulo, mostra o dinamismo do setor, estampado na surpresa agradável dos fornecedores, que se entusiasmaram com a participação e com o interesse elevado dos visitantes, somando mais de 44 mil pessoas. Em outra matéria especial, falamos sobre a impressão em papéis de baixa gramatura. Como sempre, são abordados aspectos técnicos que muito irão auxiliar soluções nesse processo. Destaque também para a entrevista com a presidente da Associação Brasileira de Embalagem, Gisela Schulzinger, que nos apresenta um novo olhar sobre a inovação e como esta pode contribuir para elevar a competitividade das empresas. Enfim, o rol de matérias constantes nesta edição certamente contribuirá com reflexões importantes neste momento em que as gráficas devem considerar inúmeros aspectos para vencer a crise que será tão maior para aqueles que não buscarem ajustes no seu negócio. Continuamos ao seu lado, buscando alternativas de valor. Boa leitura.

Claudio Baronni

Diretor-presidente da Diretoria Executiva da ABTG

VOL. III  2015  TECNOLOGIA GRÁFICA

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Sumário 10

Serigrafia Sign celebra 25 anos

16

Para a presidente da Abre, a inovação é uma das respostas à crise

26

Papéis de baixa gramatura ainda desafiam a impressão digital?

FEIRA

ENTREVISTA

ESPECIAL

Conheça os projetos discutidos pelo ISO/ TC 130 na Itália

20

Matéria-prima correta evita perdas na indústria gráfica

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Normalização

Matéria-prima

Impressão

Como elaborar um plano de negócios simplificado

30

A influência do design gráfico nos jornais

38

Pôster de letras Eficiência energética: investir para economizar

Notícias Produtos Literatura

48 54

6 8 58

A REVIST A TÉCNIC

A DO SETOR ANO XIX Nº GRÁFIC O BRASIL 94 • VOL. III 2015 • EIRO ISSN 1678-09 65

SERIGRAFIA SIGN FUTU RE TEXTIL

Conheça algu principais lançns dos da 25ª edição amentos do evento

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Capa: Cesar Mangiacavalli Imagem: AGB Fotostock/Keystone Brasil

GIA GRÁ FICA

Como Funciona

TECNOLO

QR Code e realidade aumentada

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Gestão Ambiental

R E V I S TA

Spindrift

40 42

Gestão

Tutorial

Diversidade de workflows no HID

Produção Gráfica

A evolução das soluções de fonte

Baixa gramatura

Impressão digital a ser usada na começa de diretórios produção e bíblias

Entrevista

Gisela Schulz inger, presidente da importância Abre, fala da da inovação

Gestão Ambi

ental

Invista em eficiência energé e corte custos tica


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NOTÍCIAS

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Esko mantém parceria de dez anos com o Senai

Esko atualizou recente­ mente sua coleção de soft­wares na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica. Todos os programas e equipamentos no Senai cedidos pela empre­ sa são usados para propósitos educativos e de desenvolvi­ mento de suporte técnico para os setores de impressão e em­ balagem no Brasil. “A Esko faz uma grande diferença nos seto­ res de impressão e embalagem no Brasil. Ela oferece soluções e suporte técnico excelentes”, diz Ma­noel Manteigas de Oliveira, diretor da Escola Senai Theo­ bal­do De Nigris. “É um dos me­ lhores parceiros do Senai, ofe­ recendo um suporte muito útil para o nosso trabalho. O co­ nhecimento de equipamento e soft­ware técnico fornecido pela Esko é muito importante, pois nos ajuda a capacitar pro­ fissionais competentes e qua­ lificados para o mercado de trabalho brasileiro”. A Esko começou a apoiar o Senai em 2005. A escola re­ centemente recebeu atua­li­z a­ ções completas da Suite 14 da Esko, que inclui design de em­ balagens com Ar­tiosCAD e Stu­ dio, pré-​­impressão com ArtPro, DeskPack, Au­to­ma­tion Engi­ ne e Color Engine, entre ou­ tros. A instituição também tem recursos de flexografia digital, com uma gravadora digital de chapas flexográficas CDI, e aca­ bamento digital, com a mesa Kongsberg. O Senai atual­men­te

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VOL. III  2015

trabalha com a gravadora di­ gital de chapas flexográficas CDI Spark 4835 com HD Fle­ xo (empréstimo da empre­ sa DuPont, parceira da Esko) em suas aulas de flexografia. Há também uma mesa de cor­ te digital Kongsberg XN22 da Esko para embalagens dobra­ das e substratos corrugados (adquirida pelo Senai). Os soft­w ares da Esko são usados por professores e alu­ nos nos diferentes cursos ofe­ recidos pelo Senai. Os cursos técnicos se concentram na preparação de profissionais para trabalharem em empre­ sas de impressão flexográfica e de rotogravura. Esses técnicos ­atuam também com os pro­ cessos de pré-​­impressão e no apoio à gestão de produção. Os soft­w ares são usados em muitas aulas. Nos cursos de gra­dua­ç ão e pós-​­gra­dua­ç ão, os alunos usam os soft­w ares e hard­wares não para dominar habilidades, mas para entender como essas soluções são usa­ das nas empresas de impressão. “O processo digital da gra­ vação de chapas de fotopo­ límero cresce a cada ano no Brasil. As soluções da Esko são excelentes e atendem às ne­ cessidades do mercado brasi­ leiro. Assim, nossos alunos têm maior probabilidade de ser con­ tratados e estar preparados para o am­bien­te de trabalho, pois sabem usar as soluções da Esko”, conclui Manteigas.

A

Alunos de pós-​­graduação ganham prêmio em concurso da Abre

As­s o­cia­ç ão Brasileira de Embalagens (Abre) rea­ li­z a regularmente o Prêmio Abre da Embalagem Brasi­ leira. Recentemente foi rea­li­ za­da a 15 ª– edição do evento, que tem como objetivo princi­ pal reconhecer as embalagens que se destacam pela sua ex­ celência, promovendo a valo­ rização na­cio­nal e in­ter­na­cio­ nal das empresas do segmento. Na ava­lia­ção dos concorrentes são considerados os cri­té­rios de Qua­li­da­de, Tecnologia, De­ sign, Fun­cio­na­li­da­de, Inovação, Competitividade in­ter­na­cio­nal, Apelo de venda, Atratividade e Sustentabilidade. Os participantes concor­ rem em diferentes ca­t e­g o­ rias, agrupadas em sete mó­ dulos. Em cada categoria são concedidos os prê­mios Ouro, Prata e Bronze. Uma das ca­te­ go­rias abriga projetos de em­ balagens desenvolvidos por estudantes matriculados em cursos de gra­d ua­ç ão e pós-​ ­gra­dua­ção no Brasil. Foi nessa categoria que os alunos Fabio Ju­lia­no de Oliveira, João Car­ los Thibes de Campos, Mar­ celo Goya e Rodrigo Fiuza Bru­ no, do curso de pós-​­gra­dua­ção

em Desenvolvimento e Pro­ dução de Embalagens Flexíveis conquistaram o prêmio Pra­ ta. Orien­ta­dos pela professo­ ra Olinda Miranda, os alunos foram de­s a­f ia­dos no módulo Desenvolvimento de Embala­ gens a c­ riar um produto inova­ dor. O resultado foi uma em­ balagem para carvão vegetal, desenvolvida em stand-​­up pouche com alça e zíper e propõe uma significativa mudança de conceito na tra­di­cio­nal embala­ gem de carvão vegetal de qua­ tro quilos. A proposta foi subs­ tituir a ­atual estrutura em papel ­kraft multifolhado por po­lie­ti­ le­no de baixa densidade (PEBD). Segundo Olinda a pre­mia­ ção da Abre é a mais impor­ tante e reconhecida no setor de embalagens e oferece uma oportunidade única para os estudantes apresentarem suas ideias. A proposta acadêmica do curso Desenvolvimento e Produção de Embalagens Fle­ xíveis pro­por­cio­na aos alunos uma ampla visão do setor, des­ de o processo in­dus­trial até as­ pectos comerciais e mercado­ lógicos. Qua­tro alunos do Senai já ha­viam conquistado o prê­ mio Ouro em 2014.


ABTG promove ciclo de sustentabilidade

N

os dias 22, 23 e 24 de junho a ABTG realizou o 8 º– Ciclo de Sustentabilidade 2015, com palestras sobre vá­ rios temas. No primeiro dia, os assuntos foram Economia de Água e Contaminação do Solo. No dia 23 as conversas giraram

o serviço um controle mais efi­ cien­te e recorrente do contrato de fornecimento, um acompanhamento mensal”, afirmou o es­pe­cia­lis­ta. Para ele, entre os

A

O consultor Georges Naguib abordou eficiência energética . . .

Ismael Bueno, consultor da ABTG, falou sobre desenvolvimento sustentável

em torno do ge­ren­cia­men­to de re­sí­duos e das responsabilidades das gráficas na contratação de empresas terceirizadas, e no dia 24 os participantes discutiram desenvolvimento sustentável e a efi­ciên­cia energética. Esta última foi abordada por Sérgio Ricardo Lopes, gerente

de co­mer­cia­li­z a­ção de energia elétrica da AES Tie­tê, terceira maior companhia privada brasileira de geração de energia. Ele falou sobre formas de contratação no fornecimento de energia e as oportunidades e riscos do Am­bien­te de Contratação Livre (ACL). “Economia de custo na aquisição, livre escolha do fornecedor, preços mais competitivos e ne­go­cia­ ção com relação a preço, prazo e quantidade são alguns dos be­ne­fí­cios para quem opta pelo ACL . Mas essa escolha exige da empresa que está contratando

. . . tema complementado por Sér­ gio Ricardo Lopes, da AES Tietê

riscos desse modelo estão o fato de a empresa ter de avisar com cinco anos de antecedência se deseja voltar ao Am­bien­ te de Contratação Regulada (ACR), a vulnerabilidade à volatilidade dos preços e, como em qualquer negócio, o risco de que a empresa contratada tenha algum tipo de problema que a impeça de manter o fornecimento de energia.

CALENDÁRIO DE REUNIÕES DO ONS 27 NOVEMBRO

12 QUI

16 SEG

17 TER

Segurança em documentação eletrônica 0 9h–10h30

Manhã

Tarde

Impressão Digital 1 3h30–17h30

Questões Ambientais 14h–16h

DEZEMBRO

2 QUA

3 QUI

8 TER

Manhã

Rótulos e etiquetas autoadesivas 0 9h–12h

Formulários e VDP 09h–12h

Pós impressão 09h–12h

Tintas 14h–16h

25 QUA

Impressos de segurança 09h–12h

Gerenciamento de cores 10h30–12h00

Tarde

19 QUI

Faculdade cria curso de pós-​­graduação em Gestão de Projetos de Embalagem

26 QUI

Impressão offset 09h–12h

Metalgrafia 14h–17h

Tintas 14h–16h

Local: ■ ABTG  ■ Abigraf

Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica inicia ainda neste ano a primeira turma do curso de pós-​­gra­dua­ção em Gestão de Projetos de Embalagem. Até então inédito na entidade, o curso é voltado para alunos gra­dua­dos em ­­áreas tecnológicas, ciên­cias exatas ou de humanas aplicadas que pretendem desenvolver carreira no segmento de embalagens, na gestão e no desenvolvimento de projetos para esse segmento. A carga horária é de 360 horas, o equivalente a 18 meses, e o curso será ministrado aos sábados, das 9 às 16 horas. As turmas são limitadas a 30 alunos e as mensalidades custam R$ 590,00. O plano de curso foi desenvolvido em parceria com a As­so­ cia­ção Brasileira de Embalagens (Abre) e contempla as necessidades apontadas por meio de pesquisa, por empresas e profissionais que ­atuam diretamente na gestão de projetos. A sondagem que ouviu o mercado analisou 150 respostas. Após a conclusão do programa, o aluno estará qualificado para acompanhar as diversas etapas do desenvolvimento de projetos, incluindo aspectos visuais, estruturais e funcionais de acordo com normas e legislações vigentes, além de planejar, coor­ de­nar e ava­liar os processos de desenvolvimento de embalagens nas etapas de cria­ç ão, planejamento e produção. VOL. III  2015  TECNOLOGIA GRÁFICA 7


PRODUTOS

Epson apresenta nova SureColor P600

E

m setembro foi lançada a Epson SureColor P600 , nova impressora profissional voltada para o segmento fotográfico. Com a exclusiva tinta Epson UltraChrome HD, o equipamento produz imagens com densidade de preto sem precedentes. A tinta apresenta a tecnologia preto matte, que permite maior densidade de pigmentação na superfície do material impresso e

L

www.epson.com.br

Solução da Ecalc permite integração de informações estratégicas

ançado pela Ecalc Software como parte da solução eBI (Business Intelligence), o eMining é uma aplicação que permite aos gestores e usuários de sistemas de gerenciamento administrativo/comercial/produtivo/financeiro obterem indicadores que podem ser usados estrategicamente para otimizar seus negó cios. A partir de uma interface simples e amigável, os usuários

8 TECNOLOGIA GRÁFICA

produz gradações de tonalidades mais suaves, obtendo as melhores impressões em preto-e-branco, além de impressões com cores fiéis e brilhantes. Através dos testes realizados pelo Wilhelm Imaging Research, Inc. (WIR), laboratório norte-americano que conduz estudos independentes de durabilidade de tinta, foram confirmados os novos limites

alcançados pelas tintas UltraChrome HD, que podem durar até 400 anos com o uso de papéis fine art exclusivos da Epson. Os testes de impressão e durabilidade realizados pelo WIR preveem os efeitos da exposição acelerada, bem como todos os outros fatores que podem afetar uma impressão com a passagem do tempo. As impressões com a UltraChrome HD são extremamente resistentes à água, ambientes úmidos, e aos danos causados por armazenamento ou exposição ao ozônio atmosférico. O equipamento suporta ampla variedade de papéis fine art no formato até A3+ ou 33 × 48 cm. Graças ao suporte de papel em rolo, é possível imprimir fotos panorâmicas de até três metros, sem quaisquer bordas ou margens, de modo a não perder a oportunidade de capturar paisagens, horizontes ou shows em sua totalidade. Múltiplas opções de conectividade e uma gama de funcionalidades são integrados à impressora, incluindo impressão móvel através de diferentes dispositivos, via USB , wireless- N e wi- fi direct. Os cartuchos de tinta individuais de alta capacidade melhoraram a produtividade com menos intervenções do usuário.

VOL. III 2015

podem acessar as informações e extrair qualquer dado relevante do banco de dados, seja referente à produção, faturamento, vendas, compras, estoque etc, além da possibilidade de leitura de informações até mesmo de outros bancos de dados e sistemas de outras empresas. Um importante diferencial do eMining é sua praticidade. Mediante pré-configuração

e customização dos itens de pesquisa e acesso, o usuário (já logado) pode visualizar, numa única tela, todos os dados que são relevantes a ele e a seu setor, como balanços, fluxo de entrada e saída, setores mais produtivos ou ociosos etc. Ou seja, não é necessário qualquer filtro de dados ou etapa adicional. www.ecalc.com.br


Oki Data lança multifuncional A3 colorida compacta

A

Etirama atualiza linha Fit

Etirama anunciou a atua­li­z a­ç ão de sua linha de impressoras fle­ xográficas Fit com o lançamento do modelo Fit Servo Driven. A nova ver­ são oferece mais recursos e upgrade tecnológico, como atua­li­z a­ção no sis­ tema de servomotores, novo painel de comando com tela IHM touch, e componentes de alta qualidade fabri­ cados pela francesa Schneider. Além

disso, a impressora está equipada com cabeçote de serigrafia rotativa em li­ nha, es­pe­cial­men­te desenvolvido pela empresa holandesa SPG -​­Stork. Com isso, a Fit Servo Driven agrega o recur­ so de rea­li­z ar acabamentos especiais em impressos flexográficos, como ver­ niz em relevo e impressão com tinta dourada, entre outros. etirama.com.br

Akad amplia gama de equipamentos para o setor têxtil

A A

Akad está trazendo para o Bra­ sil a impressora têxtil Novajet TEX1800D. De fácil manuseio, o equi­ pamento aceita arquivos no formato HPGL para trabalhar com soft­w ares de sistema CAD para indústria têxtil. Possui painel de LCD, porta de comu­ nicação USB e sistema automático de tra­cio­na­men­to e enrolamento da mí­ dia impressa. A impressora aceita mí­ dias com largura total de 2.050 mm e

largura útil de impressão de 1.800 mm, bem como pa­p éis de impressão jato de tinta entre 40 a 80 g/m². A Novajet TEX1800D possui dois cabeçotes de im­ pressão com cartuchos de tecnologia jato de tinta HP45 preto, comuns de mercado e de fácil substituição. Com isto, o equipamento possui a capaci­ dade de impressão de até 60 m² por hora (modo rascunho). www.akad.com.br

Oki Data lançou no mercado brasileiro a mul­ti­f un­cio­nal A3 colorida ES8473 , a mais compacta em sua categoria. Com apenas 70 cm de comprimento e 56 cm de largura na confi­ guração mesa, adapta-​­se facilmente a qualquer am­bien­te de escritório. O equipamento pro­por­ cio­na economia, alto desempenho e baixo cus­ to de manutenção. Com menos de 10 segundos para impressão da primeira página e até 35 fo­ lhas por minuto, a ES8473 oferece agilidade ao usuá­rio. Com tela touch ­screen de 7", colorida e reclinável, e com interface intuitiva, a navegação é simplificada, facilitando a interação do usuá­ rio com a máquina. Possui ainda o conceito de automanutenção, dando instruções na tela de como executar reparos simples. http://www.okidata.com/brasil/impressoras/ multifuncionais/ES8473 VOL. III  2015  TECNOLOGIA GRÁFICA

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ESPECIAL Tânia Galluzzi

Serigrafia Sign celebra 25 anos

C

om o mesmo número de marcas, 650, e área de exposição, 40 mil m², foi realizada entre os dias 21 e 24 de julho no Anhembi, em São Paulo, a 25ª– Serigrafia Sign FutureTextil, voltada para os mercados de serigrafia, comunicação visual, sinalização, sublimação, impressão digital, impressão têxtil, materiais promocionais, brindes e personalização. Segundo a organizadora, a BTS Informa, o evento recebeu 36.380 visitantes únicos, registrando crescimento de 5% na visitação geral, somando 44 mil pessoas neste ano, contra 41 mil em 2014. Veja a seguir as principais novidades. AKAD

Em seu espaço, a Akad mostrou a linha Novajet Eco-Solvente, composta por três modelos diferentes, com largura máxima de impressão de 1,50 m, 2,20 m e 3,20m. As impressoras são compatíveis com cabeças de impressão Epson DX7 e imprimem com qualidade de até 1.440 dpi trabalhando com tintas ecossolvente. A empresa apresentou também a UV Novajet M6 com cabeças de impressão Ricoh geração cinco e área máxima de impressão 10 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. III 2015

de 2,5 m × 1,22 m (modelo flatbed). A impressora conta com alta qualidade de impressão, mais velocidade e uma vasta gama de aplicações com tinta UV para rígidos e flexíveis. Já a impressora solvente de grande formato Novajet 3308 série K512, com alta performance e uma excelente relação custo × benefício, possui largura útil de impressão de 3,20 m e imprime imagens de alta qualidade de até 720 × 1.440 dpi; dependendo da necessidade pode ser comprada com quatro ou oito cabeças Konica, mantendo a mesma qualidade de impressão. AMPLA

A terceira geração das impressoras Targa XT foi a atração da Ampla na feira. A New Targa XT, nas tecnologias solvente, UV e sublimação incorpora componentes como computador industrial integrado de alta performance para monitoramento em tempo real das principais funções do equipamento, CLP industrial e interface de operação IHM touchscreen, take- up duplo dianteiro e traseiro, sistema AntiReverse para maior estabilidade da alimentação e


rebobinamento de mídia, encoder rotativo de alta precisão, encoder linear magnético de alta resolução, entre outros. Projetada para trabalhar em longos ciclos de produção, a família New Targa XT possui chassi monobloco AmplaCore, utilizando em sua fabricação componentes industriais de alta qualidade, conferindo robustez, confiabilidade e estabilidade ao equipamento. A principal impressora da linha é a New Targa XT tecnologia solvente, disponível nas larguras de 1,80 ou 3,20 m, com 4, 8 ou 16 cabeças de impressão industrial, resolução de 1.200 dpi e velocidade de até 320 m²/h. CANON OCÉ

A empresa expôs três impressoras com foco principal em comunicação visual e em engenharia. A principal foi a Arizona 6170 XTS , capaz de imprimir em diversos substratos, como vidro, madeira, vinil e metal, tendo como foco a comunicação visual. Mostrada em março na Fespa Brasil, a impressora de mesa é

tecidos de alta qualidade, com fidelidade de cor e para utilização na moda de alta costura, esportiva, praia e artigos de decoração. Entre outros recursos, o equipamento conta com um secador opcional e um sistema de take-up altamente preciso, evitando que o usuário perca tempo esperando as impressões secarem. A Epson também mostrou outros dois lançamentos da sua série F: a SureColor F6270 e SureColor F7270 . Ambas são voltadas para a produção em níveis industriais e equipadas com a tecnologia mais recente em impressão de imagens de alta performance, como o sistema de cabeças de impressão exclusivo Epson MicroPiezo TFP e o sistema de tinta UltraChrome DS, incluindo a nova tinta preta de alta densidade, resultando em impressoras para sublimação de alto desempenho que permitem máxima lucratividade para o negócio. FUJIFILM

capaz de produzir 33 placas no formato 1,22 × 2,44 m por hora. As impressoras ColorWave 700 e PlotWave 500 , mostradas em suas novas versões, estão focadas no segmento de engenharia e construção, conferindo qualidade para os mínimos detalhes, necessidade típica de projetos dessa área. A diferença entre as duas impressoras é que a primeira trabalha com projetos coloridos, muito usados para projetos em Auto Cad 3D, e a segunda imprime em preto e branco, valorizando velocidade e volume.

Acuity e Mutoh foram as linhas valorizadas pela Fujifilm na Sign Serigrafia. A jato de tinta Acuity LED 1600 é capaz de imprimir até 63,7 polegadas de largura, proporciona alta qualidade de imagem para impressão de materiais de alto valor agregado como: displays de vitrines, back-lit, front-lit e embalagens do

EPSON

A atração foi a impressora de sublimação têxtil Epson SureColor F9200 , que possui duas cabeças de impressão com a tecnologia PrecisionCore, reduzindo o tempo de impressão pela metade, com velocidade de até 100 m²/h sem comprometer a qualidade da impressão. A impressora conta com um novo sistema de tinta UltraChrome DS , em que o preto de alta densidade proporciona impressão em tons de preto intensos, neutros e sombras densas, ideal para a indústria têxtil na produção de estampas em

produto. Utiliza sistema LED para cura UV de baixa energia e ainda conta com o benefício de baixo custo operacional. Já o último modelo da impressora solvente Mutoh 1638x é ideal para produzir materiais para sinalização e comunicação visual como pôsteres, adesivos para decoração, displays de PDV, fine art, envelopamento de automóveis, decalques e VOL. III 2015 TECNOLOGIA GRÁFICA

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outros. A 1638x trabalha na velocidade máxima de 94 m²/h (na resolução 360 × 360 dpi) ou na resolução máxima de 1.080 × 1.440 dpi (a 10 m²/h). Além disso, conta com duas cabeças piezoelétricas que disparam gotas de 3,5 a 35 picolitros e pode usar tinta Eco Ultra (disponível em cassetes de 220 ml ou 440 ml) ou tinta Universal Mild Solvent (disponível em cassetes de 440 ml ou garrafas de 1 litro). HP A HP apresentou a nova série de impressoras industriais HP Látex 3100 e 3500, que podem ajudar os

fornecedores de serviço de impressão de altos volumes a melhor atender às necessidades de produção de materiais de sinalização e displays. A nova HP Látex 3100 é ideal para grandes fornecedores de impressão voltados para sinalização e displays.

produto possibilita a estampagem de cores intensas com preto de alta densidade, assim como de impressão brilhante, compatibilidade ambiental pelo fato de dispersar surfactantes que podem migrar para a água durante a lavagem, baixo odor e excelente propriedade de solidez a luz. Entre as possibilidades de aplicação estão o vestuário esportivo, além de displays, banners e outros produtos. MIMAKI

Imprimindo com qualidade para ambientes internos com velocidades de até 77 m²/h, a impressora pode lidar com picos na produção e oferecer tempos de produção reduzidos sem sacrificar a qualidade. Ideal para fluxos de trabalho padronizados, a impressora HP Látex 3500 lida com uma produção de aplicações dedicada e de alto volume, aumentando a produtividade e ajudando a reduzir custos de produção. Com manuseio de rolos para uso intenso de até 300 kg e suprimentos de tinta de 10 litros, a impressora permite uma operação mais autônoma, como impressão durante a noite. Além disso, os eixos divididos de dois rolos oferecem manuseio mais fácil e mais seguro de rolos de tamanho muito grande, separadores em linha reduzem gargalos no acabamento, e luzes de LED integradas oferecem suporte a provas dinâmicas.

A companhia lançou a plotter de corte CFL 605 RT, equipada com faca tangencial e oscilante, capaz de efetuar diversos cortes em diferentes materiais, como papelão ondulado, papel-cartão, vinil, policarbonato, Foam, entre outros. O equipamento chega ao Brasil para atender aos mercados gráfico, de personalização e industrial, auxiliando na criação e desenvolvimento de novos projetos. OKI

MARABU

O foco da Marabu foi a reformulação da linha de tintas sublimáticas Texajet, que agora conta com a Texajet DX STE . Desenvolvida exclusivamente para cabeças de impressão Epson, o

A Oki destacou as impressoras que possibilitam a impressão com toner branco e clear, como a premiada C941, equipamento cinco cores com tecnologia de impressão LED. O modelo é compatível com o Fiery XF 5 , soft ware de gerenciamento de cores e controle de fluxo de trabalhos gráficos, e possibilita a impressão no formato A3+ de provas de cor, criação de mocapes em mídias escuras de até 360 g/m²


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todas as dúvidas e demonstrar todas as funções do produto in loco. No estande foi montado um espaço para demonstrações ao vivo, objetivando mostrar o leque de serviços que faz parte do conceito Roland DG Care, uma ampla assistência que atende todos os detalhes do funcionamento do equipamento, passando pela instalação, treinamentos e manutenção, por toda vida útil do produto.

e personalização de rótulos e embalagens em vinil adesivo, com toner branco e clear. Além disso, é possível fazer banners de até 33 cm por 132 cm e imprimir duplex em mídias de até 320 g/m². Já a C711WT é de fácil utilização e permite a impressão colorida, além do branco, em vários tipos de mídias, como transfers, papéis coloridos e transparentes, em formato A4 e gramaturas de até 250 gramas, é o equipamento ideal para o segmento serigráfico. ROLAND DG A Roland DG aproveitou o evento para divulgar o

Roland Academy, modelo completo de treinamento, que possui duas modalidades: a presencial e a online. Lançada este ano, a versão digital possibilita às empresas que estão fora de São Paulo usufruírem dos benefícios de ser um cliente Roland DG. Já o presencial, realizado no showroom da Roland DG , conta com especialistas preparados para esclarecer

SERILON

Com 15 equipamentos expostos, a Serilon destacou as novas parcerias com a EFI , para a linha de impressoras Vutek, e com a Esko, nas mesas de corte Kongsberg. A empresa levou para a feira a Vutek GS2000L x Pro, impressora de grande formato com secagem UV LED capaz de atingir velocidade de até 186 m²/h ou 45 placas de 1,20 × 2,40 m por hora. Imprimindo até oito cores mais duas opções de branco, o equipamento trabalha placa a placa, placa a folha e rolo a rolo com duas resoluções, 600 ou 1.000 dpi, e substratos flexíveis ou rígidos de até 2 m de largura e até 5,08 cm de espessura.

ESPAÇO PARA O CONHECIMENTO Vários eventos complementaram a exposição de produtos na 25-ª edição da Serigrafia Sign, entre eles o Espaço do Conhecimento, com cinco atrações: a Digital Textile Conference, voltada para o segmento têxtil; o Sign em Ação, desenhado para a discussão do mercado de comunicação visual; o Sign Cultural, com palestras sobre o universo da publicidade ex terior; a 16 -ª edição do Fórum Acrílico e o 2-º Simpósio de Impressão em Grandes Formatos, realizado em parceria com a ABTG. Sessenta pessoas participaram do simpósio nos quatro dias da feira, debatendo temas como customização na comunicação visual, cuidados técnicos no envelopamento automotivo e boas práticas de impressão em grandes formatos. A palestra que gerou mais interesse foi ministrada por João Scortecci, da Scortecci Editora, sobre como vender serviços digitais e fidelizar clientes.

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ENTREVISTA Tânia Galluzzi

A inovação é uma resposta à crise consultivo da Abre, é nos momentos de crise que a inovação se torna ainda mais valiosa, ajudando as empresas a se tornarem mais competitivas. Segundo a análise de mercado apresentada pela Abre no início deste ano, que fez uma retrospectiva do desempenho da indústria de embalagem em 2014 e traçou perspectivas para 2015, a produção do setor fecharia o ano com uma retração entre 0,5% e 1,5%. Esses números continuam válidos? Gisela Schulzinger – Acreditamos que essa expectativa deve se confirmar. O índice de confiança, tanto por parte do empresário quanto do consumidor, não se elevou, e esse é o fator de maior influência. Isso tem um impacto direto na performance da nossa indústria. Um exemplo é o mercado de cosméticos, que tradicionalmente consegue manter índices de crescimento e que no início do segundo semestre sentiu também uma retração, mostrando que a falta de confiança é geral. No final do ano normalmente temos uma elevação nas vendas, mas nada que possa reverter essa situação.

Gisela Schulzinger

N

a presidência da Associação Brasileira de Embalagem (Abre), desde abril do ano passado, Gisela Schulzinger é a primeira mulher a comandar a entidade desde sua fundação, em 1967. Sua principal bandeira é colocar a inovação como diferencial competitivo e parte fundamental da estratégia de negócios das empresas. Formada pela ESPM , com pós-graduação em Ciências do Consumo Aplicadas, atua na área de design há mais de 25 anos. Trabalhou, entre outras agências, nove anos na Seragini Design. Em 1998 fundou a sua própria empresa, a Haus Design, e hoje é sócia da Pande Design, especializada em desenvolvimento de projetos de Branding e Design Estratégico e Inovação e professora da graduação em Design na ESPM . Para ela, que já fez parte do conselho

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O estudo aponta que os setores de papel, papelão e cartão, assim como o do vidro, apresentaram variação positiva entre dezembro de 2013 e dezembro de 2014. A que você atribuiu isso? GS – À própria versatilidade desses materiais, à questão da sustentabilidade e ao fato de os setores que mais usam esses materiais terem sido menos afetados pela crise, como os segmentos de bebidas e de perfumaria. Tudo o que acontece na indústria reflete diretamente no segmento de embalagem. A elevação da exportação, por exemplo, estimulada pela alta do dólar, pode ter refletido no consumo de papelão. Diante desse quadro de crise, qual o papel do design de embalagens? GS – O design está diretamente conectado ao pensamento de inovação. Nós estamos acostumados a pensar o design relacionado à estética, mas ele é um pensamento voltado para a solução de problemas. Nesse sentido, a inovação deveria ser a principal estratégia de sobrevivência e manutenção da competitividade das empresas. Existe um pensamento de que para inovar é preciso ter dinheiro e isso é


DESEMPENHO DA INDÚSTRIA DE EMBALAGENS: RETROSPECTIVA 2014 E PERSPECTIVAS 2015 Apresentamos alguns dos números levantados pelo Estudo Macroeconômico da Embalagem Abre/FGV. VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO (em R$ mil) Têxtil R$ 1.211.083 2,11%

Madeira R$ 1.289.224 2,24%

Metálicas R$ 9.944.990 17,29%

Papel R$ 3.197.420 5,56%

Vidro R$ 2.783.267 4,84%

Cartolina e Papel-Cartão R$ 5.627.807 9,87%

Material Plástico R$ 23.101.938 40,17%

Papelão Ondulado R$ 10.361.809 18,02%

POSIÇÃO 2015 Valor da Produção:

R$ 57.517.537

Fonte: IBGE – PIA – Produto (UL) – 2013. Elaboração: FGV

verdade. Mas temos de pensar também que é jus­ tamente num momento crítico que a inovação se faz ainda mais necessária. É aí que temos de ser cria­ ti­vos. Quan­do está tudo bem a gente se acomoda. Se está dando tudo certo, por que eu vou mexer? A inovação é incômoda. A inovação consome energia, tira você da zona de conforto. Mas pensar a inovação e valorizá-​­la neste momento é imprescin­ dível, pois nos ajuda a encontrar ferramentas para superar a crise. Podemos expandir esse pensamen­ to. Nós temos um governo absolutamente não ino­ vador, que faz política como há 40 anos, dentro das mesmas lógicas. Isso dian­te de uma so­cie­da­de que já mudou, com exi­gên­cias diferentes, outras to­le­ rân­cias. Eles mesmos te­riam de inovar. A inovação é uma saí­da para a competitividade. O que muda dian­ te de um cenário adverso é um dos pressupostos do projeto, que é a escassez de recursos. Então, vamos considerar esse ponto e seguir em frente. Se olhar­ mos a história, veremos que os grandes movimen­ tos da humanidade aconteceram pela necessidade. Claro que é possível inovar com milhões. O que eu estou dizendo é que a falta de recursos não pode ser uma desculpa para não inovar.

Qual é o grande desafio do design no universo da embalagem nos dias de hoje? GS – O entendimento limitado do papel do de­ sign nesse processo. O design no Brasil continua a ser entendido como uma questão estética. Pen­ sa-​­se na contribuição do design apenas no fim do processo, re­la­cio­na­do à forma, à fun­cio­na­li­da­de, ou à aplicação de recursos gráficos. Assim, nos­ so grande desafio é mostrar para as empresas que o design é uma lógica de como pensar a solução VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO POR ANO – DE 2010 A 2015 (em R$ mil) ANO

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO

% PIB

2010

42.802.854

1,10

2011

44.997.634

1,03

2012

47.196.931

1,00

2013

51.469.198

1,00

2014*

54.622.542

0,99

2015*

57.517.537

0,99

*Dados estimados. Fonte: IBGE. Elaboração: FGV VOL. III  2015  TECNOLOGIA GRÁFICA

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de um problema. Trata-​­se de um modelo mental que pode ajudar muito as empresas a pensarem e repensarem seus processos. Para o designer sua função é resolver os problemas partindo da perspectiva do usuá­rio final. Sempre projetamos algo para alguém. Já a indústria, em sua maioria, projeta um produto ou serviço a partir de seus objetivos e possibilidades e então o apresenta, sem inserir o entendimento do usuá­rio nesse processo. Vi exemplos práticos dessa mudança de perspectiva nas empresas do Vale do Silício que visitei recentemente. Nelas, o design não é um assunto específico. Ele é transversal dentro das empresas. Não existe a área de design. Ele está presente desde a construção do modelo de negócio, do desenvolvimento de um produto, de uma marca. Levando isso para a indústria de embalagem, você quer dizer que o design deve per­mear todos os setores, desde os objetivos da empresa, passando pelo lay­out da fábrica até a logística de entrega. É isso? GS – Sim. Para você ter uma ideia, a Apex [Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos] trabalha com 80 setores da economia, muitos deles comoditizados, e estamos fazendo um trabalho conjunto para apresentar como o design pode agregar valor a esses produtos. Para o setor de couro, por exemplo, foi desenvolvido um projeto para mostrar aos curtumes que eles não vendem só o couro, que eles podem fazer uma entrega de maior valor agregado e quais os reflexos dessa mudança em seus ne­gó­cios. Como você se vê como uma designer no comando de uma entidade normalmente liderada por representantes da indústria? PRODUÇÃO FÍSICA DA EMBALAGEM Comparativo entre primeiro e segundo semestres de 2014 – %

Madeira

PESO

1-º SEM. 2014

2-º SEM. 2014

1,4

– 22,42

– 13,62

Papel, papelão e cartão

40,5

– 2,03

0,57

Plástico

35,0

– 2,12

– 3,66

Vidro

8,0

– 1,17

4,92

Metal

15,1

4,81

–6,30

Total

100

– 1,16

–1,76

Peso: Refere-se ao valor da transformação industrial (VTI) de 2010, tendo por base a PIA – Produto. Esta estrutura de ponderação passou a vigorar em 2014, retroativa a 2012, após reformulação da PIM-PF. Fonte: IBGE. Elaboração: FGV

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GS – Sem dúvida é um desafio. Mas como eu já fazia parte da Abre, foi uma transição tranquila. Fui muito bem acolhida. E isso é um sinal de que, dentro de uma indústria tão tra­di­cio­nal, existe um clamor por mudança, por um novo olhar. O que mudou desde a sua posse? GS – Uma mudança resume bem: a perspectiva de a as­so­cia­ção partir da realização de um planejamento estratégico. Precisamos ter diretrizes, proposições, objetivos claros, metas e métricas como uma empresa. Como as­so­cia­ção, não temos o objetivo do lucro, mas a lógica da entrega de produtos, de serviços, de entender o público-​­alvo e alcançar resultados deve ser a mesma. Então, por que não ter um plano de ação? E o mais importante, trouxemos toda a as­so­cia­ção para participar desse planejamento, dos conselheiros aos associados. Tudo foi desenvolvido de forma profissional com uma consultoria especializada conduzindo o processo. Fizemos como deve ser feito. Como conseguiram isso? GS – As pes­soas hoje querem participar dos processos desde que percebam a sua relevância. A própria proposição, a forma como fizemos o planejamento, usando ferramentas inovadoras, ajudou a atrair e engajar as pes­soas. Vocês chamaram os as­so­cia­dos efetivamente? GS – Sim. Convocamos os as­so­cia­dos no final de 2014, chamando quem quisesse participar. Desenhamos vá­rias dinâmicas e nos preparamos para receber os associados. E as pes­soas participaram e tiveram a garantia de que o plano contempla as necessidades delas. E aqui nós retornamos ao que falei sobre o design ser voltado para o usuá­rio. Não adian­ta eu achar uma série de coisas. Eu tenho de entender o que o meu usuá­rio, que é o as­s o­cia­ do, quer de mim. A minha ideia é a multidisciplinaridade e a possibilidade de ­criar a as­so­cia­ção de forma conjunta e colaborativa. Você pode citar um projeto implantado após esse trabalho? GS – Um deles é o uso da tecnologia para am­pliar o acesso à Abre. Com o julgamento online, conseguimos trazer jurados do Brasil inteiro para o Prêmio Abre da Embalagem. Implantamos o voto popular para o prêmio durante a Fispal e estamos fazendo a transmissão ao vivo de nossos eventos. É um conjunto de pequenas ações que cons­troem um grande movimento. Se somos uma as­so­cia­ção brasileira, temos de ser mais acessíveis em todo o País.


Av. Otaviano Alves de Lima, 4.400 - Freguesia do Ă“ - CEP 02909-900 - SĂŁo Paulo - SP Telefones: (011 ) 3990-1257 / 1495 / 1762 - e-mail: vendasgrafica@abril.com.br www.abrilgrafica.com.br


NORMALIZAÇÃO

Bruno Mortara e Maíra de Oliveira

A

Comitê Técnico Internacional de Tecnologia Gráfica reúne-​­se na Itália

reu­nião do Comitê Técnico In­ter­na­cio­ nal de Tecnologia Gráfica, ISO/TC 130 , em maio, aconteceu na bela cidade de Bolonha, na Itália. Bolonha é um exem­ plo de cidade cosmopolita desde o final da Idade Média e abriga a sede da mais antiga universidade do mundo, datada de 1088. As reu­niões envolveram 13 grupos de trabalho. O Brasil foi representado pela secretária do WG13 , Maí­ra de Oliveira, e pelo chefe da delegação, Bru­ no Mortara. Acreditamos que a padronização pro­ duza efi­ciên­cia, repetibilidade e qualidade, além de economia e menor impacto am­bien­tal da nossa in­ dústria. O ONS27, organismo da ABNT que fun­cio­na na ABTG com suporte do Sindigraf-​­SP, traduz e lan­ ça manuais das normas mais relevantes, como tem feito nos últimos 15 anos, com o objetivo de dar à indústria gráfica na­cio­nal a possibilidade de acom­ panhar os avanços globais. Além disso, sempre que solicitado, o ONS27 cria normas locais para atender demandas específicas da nossa indústria gráfica. Acompanhe a seguir um resumo técnico dos trabalhos desenvolvidos.

GRUPOS DE TRABALHO DO ISO TC 130 ISO TC 130/WG 1

Terminologia

ISO TC 130/WG 2

Troca de dados de pré-impressão

ISO TC 130/WG 3

Controle de processo e metrologia relacionada

ISO TC 130/WG 4

Mídia e materiais

ISO TC 130/WG 5

Ergonomia / Segurança

ISO TC 130/JWG 7

Gerenciamento de cores (junção de WG com ICC)

ISO TC 130/JWG 8

Revisão da ISO 13655 (junção de WG com ISO/TC 42)

ISO TC 130/JWG 9

Desenvolvimento da ISO 12640-5 (junção de WG com ISO/TC 42)

ISO TC 130/WG 10

Gestão de segurança em processos de impressão

ISO TC 130/WG 11

Impacto ambiental de produtos impressos

ISO TC 130/WG 12

Pós-impressão/acabamento

ISO TC 130/WG 13

Requisitos para certificação de impressão

ISO TC 130/JWG 14

Métodos de medição de qualidade de impressão (w/ISO/IEC JTC 1/SC 28)

ISO TC 130/JWG 15

Desenvolvimento da ISO 20294 (junção com IEC/TC 100)

ISO TC 130/TF 3

Mapa futuro para os padrões do TC130

Grupos de trabalho do TC130. Aqueles com inicial “J” são em conjunto com outros TCs.

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WG3 – CONTROLE DE PROCESSOS

A primeira discussão desse grupo de trabalho en­ volveu uma errata na norma de flexografia, a ISO 12647-​­6 :2012/Amd 1 Graphic technology – Process control for the pro­duc­tion of half-​­tone colour se­pa­ ra­tions, ­proofs and pro­duc­tion prints – Part 6: Flexographic printing. Ela foi necessária porque o gru­ po entendeu que as tintas utilizadas no processo flexográfico têm uma grande va­ria­ção e não devem ser padronizadas. A norma de referência de padro­ nização de tinta de flexografia, ISO 2846‑5 , que de­ terminava as características colorimétricas das tintas CMYK desse processo, foi cancelada. Agora, as par­ tes envolvidas — clien­te, dono da marca, clicheria e gráfica — entram em acordo sobre os colorantes do processo e respeitam as to­le­rân­cias da ISO 12647‑6. A errata entrará em votação até o final de julho. O segundo assunto foi a informação de que a norma de monitores, ISO/DIS 12646 , Graphic technology – Displays for colour proo­f ing – Characteristics and vie­wing con­di­tions está sendo publicada pela se­ cretaria central. O con­teú­do da norma ficou extre­ mamente técnico e as ava­lia­ções somente poderão ser feitas com instrumentos sofisticados e caros em la­bo­ra­tó­rios com am­bien­tes controlados, afastando a ava­lia­ção do hard­ware da verificação de calibra­ ção, que ficou na nova norma ISO 14861. Os la­bo­ ra­tó­rios irão expedir certificados de conformidade para as marcas e modelos de monitores e sua cali­ bração em campo fica por conta da ISO 14861. Para o Brasil isso afeta nossa norma de processos, NBR 15936‑1, que deverá ser atua­li­z a­da em futuro pró­ ximo. A norma ISO/DIS 14861 Graphic technology – Colour Proo­f ing using electronic displays está em fi­ nal de votação e espera-​­se sua publicação em breve pela secretaria central da ISO. O grupo também debateu as alterações da nor­ ma de provas digitais contratuais, a ISO/ 12647‑7 Graphic technology – Process control for the manufacture of half tone colour se­pa­ra­tion, ­proofs and pro­ duc­tion prints – Part 7: Proo­f ing processes working


directly from digital data. A segunda votação resul­ tou em vá­rios consensos. Os co­men­tá­rios brasilei­ ros sobre brilho de tinta, solidez de cor e to­le­rân­ cias em cores especiais foram contempladas com separação no Anexo A. Nele, os requisitos para cer­ tificação de sistemas fabricados são separados da certificação nas gráficas, simplificando a certifica­ ção dos fornecedores de impressão. Uma das prin­ cipais mudanças será a das to­le­rân­cias reportadas em DeltaE 2000. Isso dá à norma uma maior pre­ cisão e durabilidade. Os valores de to­le­rân­cias ain­ da estão em discussão, mas o acordo está em vias de ser atingido. Os quesitos de solidez de cor, as­ sim como brilho do substrato e tintas, ficaram res­ tritos às ava­lia­ções dos fabricantes e não das grá­ ficas, como queria o Brasil. O ponto de branco do substrato deve estar em conformidade com o do Dataset de simulação (com DeltaE2000 máximo de 3), porém agora permitindo que seja “pintado” pelo sistema de provas, no modo absolute colorimetric. Em seguida se discutiu a norma de processos grá­ ficos digitais ISO/TS 15311‑1, Graphic Technology – Requirements for printed matter utilizing digital printing tech­no­lo­gies for the com­mer­cial and in­dus­trial pro­duc­tion – Part 1: Parameters and Mea­su­re­ment mea­su­res. A pauta envolveu os co­men­tá­rios da par­ te 1, que é uma extensa lista de atributos de quali­ dade gráfica de impressos que podem ser utilizados como uma caixa de ferramentas para ava­lia­ção de qualquer processo de reprodução. Foram resolvidos os co­men­tá­rios feitos pelos paí­ses-​­membros, com es­pe­cial discussão sobre a metodologia de amos­ tragem. A norma é um conjunto de características que devem ser consideradas como defeitos nos im­ pressos, ava­lian­do diretamente a qualidade de im­ pressão das amostras. Discutiu-​­se a opacidade dos pa­p éis com os possíveis atributos shine-​­through, stricke-​­through e show-​­through. Na discussão da parte 2 da TS, ISO/TS 15311‑2, Graphic Technology – Requirements for printed matter utilizing digital printing tech­no­lo­gies for the com­mer­ cial and in­dus­trial pro­duc­tion – Part 2: Com­mer­cial Pro­duc­tion Printing, que é focada na impressão di­ gital de produção (impressão digital com tiragens similares às mé­dias e grandes em offset), as discus­ sões se focaram nas faixas de qualidade. Muitos es­ pe­cia­lis­tas não concordam com o fato de as normas especificarem faixas de qualidade, não obstante o próprio mercado o faça, normalmente através de precificação dos produtos. O Brasil aceita a ado­ ção de faixas de qualidade, pois refletem as diver­ sas demandas de qualidade dos clien­tes gráficos. As discussões foram acaloradas e o coor­de­na­dor disse que se não houver consenso a especificação

será cancelada. Essa parte da ISO 15311 especifica os valores objetivos de qualidade de imagem e de impressão e métodos de medição as­so­cia­dos para os três casos de uso de impressão de produção: alta qualidade co­mer­cial (qualidade A), co­mer­cial geral (qualidade B) e aplicação de massa (qualida­ de C) em substratos de papel. Os cri­té­rios in­cluem tanto os padrões de teste para indicar a qualidade dos materiais impressos quanto medidas indiretas mais abrangentes de qualidade de impressão ge­ ral que a gráfica rea­li­z a offline, assim como re­la­tó­ rios pe­rió­di­cos. Essa norma é utilizável para todas as aplicações de impressão digital que são vi­sua­li­za­ das tipicamente de 30 a 50 cm de distância, como edi­to­rial, co­mer­cial, for­mu­lá­rios, brochuras, folhe­ tos, artigos de papelaria, contas, catálogos, jornais, revistas e livros. O dissenso se concentra nas ban­ das de aceitação de impressão e no fato de que a norma poderia ser usada para outros processos, não ne­ces­sa­ria­men­te somente impressão digital. O penúltimo tema foi a parte 3, ISO/TS 15311‑3 , Graphic Technology – Requirements for printed matter utilizing digital printing tech­no­lo­gies for the com­mer­cial and in­dus­trial pro­duc­tion – Part 3: Large Format Signage Printing. Como diz o título ela é dedicada aos grandes formatos, em impressão di­ gital. Nesse documento, apesar do clamor do mer­ cado, os es­pe­cia­lis­t as ficaram divididos e o coor­ de­na­dor disse que sua recomendação é recolher as preo­cu­pa­ções dos membros da ISO e cancelar o documento até que o grupo sugira que se reini­ cie o mesmo. O grupo sugeriu achar consenso nos seguintes tópicos antes de prosseguir: 1. Definir as cores de alvo 2. Definir os níveis de conformidade

Leitura do vermelho Pantone 186, de 10 em 10%, e suas leituras espectrais.

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3. Definição da resolução com base na distância de vi­sua­li­z a­ção e não do produto 4. Balanço de grises e correção de substrato 5. Cores pri­má­rias? 6. Cores se­cun­dá­rias? 7. Expectativa de brilho de substrato/impressão/ acabamento Em seguida discutiu-se a proposta de norma ISO/ PWI 20654 – Spot colour tone value, que ficou conhecida como Schmoo Project. O es­pe­cia­lis­ta americano Steve Smiley apresentou o projeto para prever as curvas de gravação de chapa (TVI) que compensa as diferenças obtidas na obtenção de dégradés adequados para impressão reticulada de cores especiais. A tabela de leitura do vermelho Pantone demonstra que, dependendo do método utilizado para ava­lia­ção de TVI (Murray-​­Da­vies e Yule-​­Niel­son) em cores especiais, a aparência muda, o que pode ser observado nas curvas espectrais. No caso do Re­f lex­ Blue a si­tua­ção chega a limites extremos, em que o controle densitométrico tra­di­cio­nal falha glo­rio­sa­ men­te em reproduzir uma escala gra­dual­men­te homogênea. Isso pode ser observado na imagem do resultado da impressão do Pantone Re­f lex­Blue, no qual diversas fórmulas foram utilizadas para produção de curvas de ganho de ponto e impressas lado a lado, para uma comparação vi­sual. A fórmula CVT foi a preferida para lidar com os mais diferentes casos de cores especiais. O grupo decidiu que o documento será votado para uma revisão de dois meses entre os es­pe­cia­lis­tas do grupo e depois poderá ser votado por país. Um algoritmo de previsão de espessura de filme será apresentado em outro documento na Coreia pelo es­p e­cia­lis­t a norte-​­americano John Seimour. WG2 – PRÉ-​­IMPRESSÃO

O grupo começou pela norma ISO 12641‑1, Graphic technology – Prepress digital data exchange – Co­ lour targets for input scanner ca­li­bra­tion, que está em revisão. A parte 1 é o IT.8 da ANSI , com menores mudanças em relação a tec­no­lo­gias como discos flexíveis de 710Kb, e uma parte 2, com mais detalhes para caracterização de escâneres, está sendo feita. O editor da norma mostrou as sugestões: mais gra­dua­ções de L*, h*, gray e CMYK , visando a obtenção de mais dados dos escâneres e melhor calibração. Ainda ficará como NWI , com controle de precisão do filme do alvo. A seguir os es­pe­cia­lis­tas analisaram a família CxF, formato para codificação de informações de cores: ◆◆ ISO 17972-​­1 Graphic technology – Colour data exchange format (CxFx) Part 1: Re­la­t ionship to CxF3 , publicada. 22 TECNOLOGIA GRÁFICA

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ISO 17972-​­2 , Graphic technology – Colour data exchange format (CxF/x) – Part 2: Scanner target data, em fase ini­cial de trabalho. ◆◆ ISO 17972-​­3 , Graphic technology – Colour data ex­ change format (CxF/x) – Part 3: Output target data, em fase ini­cial de trabalho. ◆◆ ISO 17972-​­4 , Graphic technology – Colour data ex­ change format (CxF/x) – Part 4: Spot colour cha­rac­ te­ri­sa­tion data (CxF/X-​­4), em publicação. Esta última é de extremo interesse da indústria, pois permite a caracterização de cores especiais de forma espectral e depois as informações em CxF serão embutidas num PDF versão 2.0 (ISO 32.000‑2). O grupo analisou também o status da norma ISO 18619, Image technology colour management – Black point com­pen­sa­tion, que foi finalizada e entrou em fase de publicação. Sua relevância é a padronização das conversões de cores, levando em conta as perdas nas áreas ­­ de sombra e a compensação desse efeito. Quan­do houve sugestões para que a norma tivesse suporte a espaços de cores multicanais, Ncolorants, o coor­de­na­dor Wil­liam Lee achou que o documento cobre espaço Gray, RGB e CMYK , mas não há consenso sobre como proceder com espaços multicolorantes. Um anexo será feito por Phil ­Green abordando o tema de NChannels e a Adobe e o ICC conversaram sobre como fazer isso. O documento assume que as cores xCLR são CMYK , são transparentes e não são cobertas as cores como light cyan, light magenta e pretos light, normalmente existentes nas impressoras digitais de provas. O BPC é aplicado objeto por objeto e as cores extras serão desconsideradas. O grupo decidiu que o anexo se torne um Technical Report. A norma ISO 18620 , Graphic Technology – Tone response curve adjustment está em votação e é relevante uma vez que se trata de um novo formato padrão para se in­ter­c am­biar curvas de compensação de RIPs, independentemente do fabricante. A ideia é que o formato comum se torne padronizado entre todos os fabricantes de RIP. O comentário brasileiro sobre a documentação do instrumento não foi aceito. Os fabricantes de RIP Kodak, Agfa, Fuji, ­Screen, Esko e Harlequin estão colaborando com a norma. A norma ISO 19445 , Graphic Technology – Me­ tadata for graphic arts work­f low – Part 1: XMP me­ tadata for image and document proo­f ing está em fase final de trabalho e é relevante para documentar passos executados em fluxos de trabalho ou aprovações, es­pe­cial­men­te no caso de provas virtuais. O padrão PDF/X está com uma importante atua­ li­z a­ção, ISO/PWI 15930‑2016 , Graphic technology – Harmonização da ISO 15930 com a ISO 16612‑2 e ◆◆


a ISO 32000‑2 . É a primeira vez que um PDF/X terá como referência o PDF da ISO (ISO 32000‑2) e não o da Adobe. Isso é importante, apesar de saber­ mos que o mercado rea­ge muito lentamente às inovações apresentadas pelas novas normas. Na força tarefa 3 está em desenvolvimento o pa­ drão ISO/PWI 16612‑3 Graphic technology – Va­ria­ble data exchange – Part 3: Use of PDF/X‑4 for content subs­ti­tu­tion, que é um PDF/X‑4 para dados variáveis com entrada de dados em ­stream, es­pe­cial­men­te dedicada a con­teú­dos sensíveis como impressão de dados ban­cá­rios. O coor­de­na­dor do JWG 7 – Color management, Wil­liam Lee, da Kodak, relatou que o ICC está im­ plementando uma expansão da versão 4 dos per­ fis ICC , que dá conta de cores e transformações a partir de dados espectrais. Isso dá à tecnologia uma enorme vantagem es­pe­cial­men­te em relação às in­ dús­trias e produtos que são sensíveis ao metameris­ mo, isto é, que va­riam de cor segundo o iluminante que incida sobre o produto impresso. Os trabalhos do ICC Max terão acesso irrestrito para os mem­ bros do WG7. O novo padrão escrito pelo ICC está

ainda em trabalho, e será uma nova norma, a ISO 20677, com múltiplas partes. Há uma implementa­ ção open source de ferramenta de validação de icc­ Max. Esperam-​­se aplicações médicas, fi­neart e foto­ grafia como as primeiras a adotar a futura norma. WG2 – TF2 – A FAMÍLIA PDF/X

O coor­de­na­dor, Leo­nard Rosenthol, iniciou comen­ tando a revisão da norma ISO 32000‑2 e outros pa­ drões derivados. Disse que o TC171 está revisando o 32000‑2 e poderá ser publicado neste ou no próxi­ mo ano. O padrão PDF/A deve esperar a publicação do ISO 32000‑2, mas já foram ini­cia­dos os trabalhos. Em seguida se discutiram os co­men­tá­rios da ISO/ NWI/CD 19593 Graphic technology – Use of PDF to as­so­cia­te processing steps and content data. Esse pa­ drão, nascido de uma solicitação dos convertedo­ res de embalagens, se destina a embutir metadados no PDF/X a fim de suportar ações de imposição e acabamento no setor de embalagens, assim como passos de produção de malas diretas no setor de dados variáveis. Esse padrão descreve um método para o armazenamento de dados e metadados em

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Resultado da impressão do Pantone ReflexBlue, de 10 em 10%, com as diferentes metodologias de avaliação de TVI.

um PDF, que auxiliam a identificar e controlar eta­ pas da produção do PDF de impressão, assim como o po­si­cio­na­men­to de elementos comumente não presentes em impressos convencionais. A norma define os seguintes tipos de dados: ◆◆ Dados correspondentes aos passos de acaba­ mento que irão fazer o produto impresso em três dimensões a partir de um substrato plano ◆◆ Braile ◆◆ Painéis informacionais ◆◆ Indicativos de dimensões físicas ◆◆ Indicativos de posições pretendidas de elemen­ tos gráficos ◆◆ Branco impresso em su­p er­f í­c ies transparentes e metálicos ◆◆ Verniz impresso. O grupo discutiu o nome da nova parte da fa­ mília PDF/X , ISO 15930‑9 Graphic technology – Prepress digital data exchange using PDF – Part 9: Complete exchange of printing data (PDF/X‑6) and par­tial exchange of printing data with external profile reference (PDF/X‑6p) using PDF 2.0. As vantagens da nova parte serão: diferente rendering de transpa­ rência (mais restritivo e consistente); e uma nova interpretação para o Black Point Com­p en­s a­tion, com a inclusão de um OutputIntent de página e não mais um único para todo o documento. Isso significa que será possível dar conta de um arqui­ vo com um papel (OutputIntent) na capa e outro papel (Output­Intent) para o mio­lo. O vi­sua­li­za­dor PDF/X‑6 conforme não precisa su­ portar nenhuma versão an­te­rior de PDF/X . Ele terá suporte para anotações que, se estiverem na área da página, serão impressas; suportará Output­Intent 24 TECNOLOGIA GRÁFICA

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de página (se todas as páginas têm OI ou no docu­ mento um current Output­Intent). O trapping não é mais suportado. Os metadados estão em linha com PDF/A e PDF/E , tudo movido de um di­cio­ná­rio do documento para XMP embutido. An­no­ta­tions são permitidas: todas aquelas da ISO 32000‑2 , desde que tenham uma apea­ran­ce, isto é, uma definição de fonte, tamanho etc; a presença de código na lin­ guagem JavaScript embutido no PDF é sempre de­ saconselhada, sendo recomendado que os vi­sua­li­ za­do­res não façam nada com esse código; o black point com­pen­sa­tion, cru­cial para as separações co­ lorimétricas tem uma chave específica que apon­ ta se deve estar acio­na­do ou não; cores especiais podem ser embutidas de forma espectral, desde que no formato CxF-​­4; o formato suportará espa­ ços de cor multicanais, denominados Nchannels. O documento de rascunho será dis­tri­buí­do pelo editor no final de maio. Foi decidido que o padrão ISO 15930‑8 , PDF/X‑5, não será modificado. No entanto não se conhe­ cem implementações no mercado. O professor Jason Lisi está fazendo a revisão das Ap­pli­ca­tion Notes do PDF/X , inclusive com a contribuição da cartilha de PDF/X‑4 da ABTG , e deve apresentar um documento na Coreia. BRUNO MORTARA é superintendente do ONS27

e coordenador da Comissão de Estudo de Pré‑Impressão e Impressão Eletrônica e professor de pós‑graduação na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica.

MAÍRA DE OLIVEIRA é técnica gráfica

e secretária do ONS27


Criado em 2005 pela ABIGRAF-SP e pelo SINDIGRAF-SP, o Projeto Bibliotecas inaugurou 18 bibliotecas em todo o Estado desde então. O projeto é realizado em parceria com as Prefeituras Municipais, que cedem espaços para serem equipados com computadores e uma extensa variedade de livros, selecionados pela Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo. Chegamos à marca de 18 mil livros doados, sempre com o apoio das Seccionais Ribeirão Preto e Bauru da ABIGRAF-SP, fundamental para a escolha dos espaços que recebem as novas bibliotecas. A iniciativa ainda contribui para a disseminação da Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa, difundindo informações corretas sobre o uso do papel e seus benefícios junto ao meio ambiente. Incentivar a educação. É assim que a Indústria Gráfica Paulista investe no futuro.

R EA L I ZA Ç Ã O


ESPECIAL Tânia Galluzzi

Baixa gramatura ainda desafia o digital?

O uso da tecnologia digital na impressão de papéis de baixa gramatura ainda é incipiente por aqui. Na Europa e nos Estados Unidos o processo avança na produção de livros com centenas de páginas, bulas e jornais.

N

o universo da impressão con­ven­cio­nal, quando pensamos em pa­péis de baixa gramatura o que nos vem à cabeça são as bí­blias e as bulas de remédio. Tais pro­ dutos são normalmente produzidos em altas tira­ gens, remando contra a maré dos baixos volumes com con­teú­do personalizado. Isso, sobretudo em função das limitações da tecnologia digital com relação aos pa­péis de baixa gramatura. Mas, assim como em outros setores, a impressão digital tem avançado nesse segmento, atraindo novos adeptos. Nos Estados Unidos, os primeiros exemplos co­ meçaram a surgir há três anos, como relatou Cary Sherburne, consultora, jornalista e escritora, em tex­ to para o site What They Think publicado em 2012. Naquele ano, uma gráfica do Texas, a Legal Di­rec­to­ ries Publishing Company, es­pe­cia­li­z a­da em di­re­tó­ rios jurídicos, acostumada a produzir volumes com mais de mil páginas em pa­péis de baixa gramatura em impressoras offset planas, am­plia­ra sua capaci­ dade produtiva com a compra de uma impresso­ ra digital Océ Va­rioP­rint 6000. Segundo o gerente da Legal Di­rec­to­ries, Richard Klein, a empresa já ha­ via pensando na impressão digital, porém o maior problema, além da dificuldade de rodar suportes

Impressora digital rotativa T230, da HP

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de baixa gramatura, era o tamanho do papel versus o registro. “Alguns de nossos livros têm o for­ mato de 6 × 9 polegadas, e queríamos rodar quatro páginas em papel 12,5 × 18,5 polegadas com uma margem de corte de cerca de 1/8 polegada. O que nos impressionou na impressora da Océ foi o regis­ tro fino que nos permitiu atender tais especifica­ ções, além da reprodução precisa das imagens em di­re­tó­rios ilustrados”. Na época, o executivo apon­ tou como vantagens no uso da tecnologia digital o fato de a impressora poder ser controlada por ape­ nas um operador e de o livro sair da máquina pré-​ ­al­cea­do, economizando tempo, reduzindo custos e minimizando as chances de erro. De acordo com Osvaldo Cristo, es­pe­cia­lis­ta em pré-​­venda da HP Indigo América Latina, o grande desafio tecnológico para impressão digital de pa­ péis de baixa gramatura está no transporte do pa­ pel, si­tua­ção agravada pelo fato de a maioria dos processos digitais trabalharem com uma tempera­ tura mais elevada que o meio am­bien­te, gerando estresse no suporte e even­tual deformação. “A HP resolve essa questão simplificando o transporte do papel, trabalhando com o substrato em rolos. Op­ cio­nal­men­te é possível agregar à impressora um dis­ positivo de reumidificação para devolver a umida­ de natural que o papel possa ter perdido durante o processo de impressão”, afirma Osvaldo Cristo. Apesar de os pa­péis de baixa gramatura não se­ rem o foco principal das impressoras HP em fun­ ção da baixa demanda, segundo o es­p e­cia­lis­t a, a fabricante dispõe de impressoras alimentadas por rolos, tanto com tecnologia electroink quanto jato de tinta térmico, capazes de rodar baixas grama­ turas. “Muito embora as especificações padrão de gramatura mínima de nossas impressoras estarem ao redor de 60 g/m², temos rodado com sucesso pa­péis com 45 g/m² e mesmo 35 g/m² no mode­ lo IHPS T230 .” A T230 , impressora digital rotativa, pode imprimir ao redor de 100.000 páginas A4 por hora (ou 50.000 folhas A4 frente e verso), tanto em cores como monocolor.


Linha 9800, da Xeikon

Além de bulas e bí­blias, que ganham a possibili­ dade de serem personalizadas com a tecnologia di­ gital, Osvaldo Cristo cita aplicações como catálogos e livros de muitas páginas — justamente o caso da gráfica texana —, jornais, que usual­men­te utilizam pa­péis de 45 g/m², e for­mu­lá­rios com pa­péis auto­ copiativos. Ele comenta que no Brasil a HP já tem clien­tes com máquinas capazes de imprimir em pa­ péis de baixa gramatura, um dos quais produzindo um jornal diá­rio e outro em papel autocopiativo. Também com tecnologia rotativa, as linhas 8000 e 9800 da Xeikon vêm sendo usadas na Europa e em alguns casos nos Estados Unidos e Canadá para a impressão de livretos de instruções e bulas de re­ médio. Tais impressoras são capazes de rodar pa­péis de 30 g/m², com velocidades de 19,2 metros por minuto e 21,2 mpm, respectivamente. Como expli­ ca Miguel Troccoli, gerente geral da PTC, a adequa­ ção desses equipamentos aos substratos mais finos vem do fato de pos­suí­rem duas torres de impres­ são, que dão sustentação ao papel frente e verso, mesmo que a impressão não exija isso. “A Xeikon tem certa vantagem em relação às concorrentes na impressão de pa­péis ou outros materiais mais finos porque o design da Xeikon é de uma máqui­ na verdadeiramente rotativa. O papel ou qualquer outro substrato passa em um só sentido e uma úni­ ca vez pela torre de impressão, o que não aconte­ ce com as outras máquinas que são semirrotativas, nas quais o substrato vai e volta”. Empresas nacionais es­pe­cia­li­za­das em bí­blias co­ meçam a olhar para a impressão digital. A Konica Minolta fechou recentemente a venda de um equi­ pamento para uma gráfica com esse perfil, porém o clien­te não permitiu a divulgação do case. Como

em outras aplicações e mercados, a decisão entre o offset e o digital concentra-​­se no retorno sobre o investimento. Segundo Ronaldo Arakaki, geren­ te de mar­ke­t ing e ne­gó­cios da Konica Minolta, vale investir no digital sempre que houver impres­ são sob demanda ou baixas/mé­dias tiragens, nas quais o ROI seja significativo para a gráfica quan­ do comparado à impressão em offset. Os exemplos abrangem produtos cujo estoque não é viá­vel ou custoso, quando é possível agregar valor por meio da personalização ou nas tiragens curtas. Para lidar com a dificuldade de transporte e ma­ nuseio do papel durante a impressão, a Konica Mi­ nolta aperfeiçoou esse processo dotando as impres­ soras digitais com um sistema de ar nas gavetas de alimentação, facilitando a sucção do papel e a se­ paração das folhas, reduzindo a possibilidade de atolamentos. Esse sistema está presente na bizhub Press 1250, impressora digital PB para altos volumes com tecnologia de toner otimizada para reprodu­ ção de traçados e letras, permitindo, também, ge­ rar ­­áreas de meios-​­tons e dégradés mais sua­ves e pretos chapados mais densos.

Impressora digital bizhub Press 1250, da Konica Minolta

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PAPEL-CARTÃO

Fabiane Staschower

Desperdício: matéria-prima correta evita perdas na indústria gráfica

A

imprensa e as associações têm levantado com frequência o assunto sustentabilidade, discutindo como utilizar menos matéria-prima na produção das embalagens, apontando materiais de fontes renováveis e processos mais econômicos, que utilizam menos energia e água, entre outros assuntos. Atualmente, a abordagem com relação à sustentabilidade está mais voltada às finanças, já que todas as ações visam à economia de insumos durante

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a produção. Essa redução é um dos principais pontos buscados pelas indústrias brasileiras para uma produção mais limpa e, principalmente, rentável. A matéria- prima, especificamente o papelcartão, impacta expressivamente nas finanças da empresa e seu desperdício normalmente é ignorado. Porém, muitas vezes atitudes simples podem trazer ótimos resultados. Nosso objetivo aqui é apontar alguns itens nos quais é possível diminuir o desperdício.


ESCOLHA DE MATERIAIS

GRAMATURA

A escolha de um ma­te­rial de qualidade frequentemente está atrelada a produtos mais caros. Contudo, é necessário colocar na ponta do lápis todos os gastos re­la­cio­na­dos a essa escolha. Geralmente, um ma­te­rial de qualidade tem melhor desempenho nos equipamentos — tanto nas impressoras quanto no corte e vinco —, evitando paradas de máquinas durante a produção, além do fato de tornarem o acerto mais simples. Como consequência, temos a redução do tempo de produção, do consumo de recursos e da perda de matéria-​­prima, sem contar a garantia de uma embalagem final com maior qualidade. Aqui também cabe ressaltar a importância da escolha dos materiais mais adequados para cada produto, com boa performance em todas as etapas de produção. Essa questão é ainda mais crítica no caso das embalagens de alto valor agregado, que acabam recebendo mais e mais insumos durante o processo produtivo. Se o ma­te­rial utilizado for ruim, ao final do processo a embalagem poderá ser inutilizada e todos os insumos nela adi­cio­ na­dos também serão perdidos.

Em geral, os clien­tes especificam uma embalagem já determinando a gramatura do papel-​­cartão a ser utilizado. Contudo, é preciso atentar para a diversidade dos cartões disponíveis. Um cartão de 250 g/m2 de um fabricante pode possuir características diferentes de um produto com a mesma gramatura de outro fornecedor. Nesse caso, deve-​ ­se prestar atenção na rigidez do cartão, principal característica para o desempenho de uma embalagem. Assim, será possível escolher cartões semelhantes e utilizar a gramatura adequada para a confecção da embalagem. Outro aspecto que deve ser levado em consideração é a diminuição de gramatura, que está re­la­ cio­na­da, normalmente, à redução de custos. Uma redução sem estudo e sem teste pode acarretar uma perda maior durante a vida útil do produto. Uma embalagem mal projetada pode ser responsável pela queda de produtos e des­per­dí­cios em toda a cadeia de produção e logística. E o mais importante: pode até frustrar o consumidor. Essa etapa também é be­ne­f i­cia­da pela produção de mocapes.

DIMENSÕES CORRETAS

ESTOCAGEM ADEQUADA

Temos que prestar atenção em dois aspectos. Primeiro, a correta dimensão do cartucho para acon­ di­cio­nar o produto. O tamanho real­men­te atende as necessidades do produto? Todas as abas de fechamento são ne­ces­sá­rias para a embalagem? O lay­out da embalagem precisa ainda contemplar o processo de corte e vinco com a finalidade de acomodar o maior número de embalagens em cada faca, gerando menos aparas. Algumas vezes, uma pequena modificação não afeta o desempenho do cartucho, mas é su­f i­cien­te para acomodar melhor as embalagens em uma folha. Na maioria das vezes, o gráfico não interfere nesse ponto, mantendo a embalagen exatamente como o clien­te enviou. Sugerir me­lho­rias pode ser interessante, sobretudo quando a gráfica pode apontar detalhes que fazem com que ambos saiam ganhando. Nessa etapa também é importante a construção de mocapes para analisar as corretas dimensões do cartucho, testando-​­o junto com o produto que será embalado. Dessa forma é possível verificar se as dimensões estão adequadas, colocando à prova a efi­ciên­cia da faca desenhada.

O papel-​­cartão é um ma­te­rial “vivo”, que pode ganhar ou perder umidade dependendo do am­bien­te em que está. Portanto, é importante estocá-​­lo em am­bien­tes apro­pria­dos e sempre protegidos até a entrada do ma­te­rial na máquina. Mesmo na espera para a próxima etapa de produção, o palete deve estar coberto para garantir a proteção do ma­te­rial, evitando o descarte das primeiras e últimas folhas. TREINAMENTO

Uma equipe bem treinada é capaz de cumprir sem esforço cada uma das etapas que destacamos neste artigo, transformando-​­se em agentes diretos da redução do desperdício por conhecerem o ma­te­ rial, suas características, bem como a regulagem e especificações dos equipamentos. Além dos pontos citados, vale destacar a importância da parceria com o fornecedor de matéria-​­prima, que pode auxiliar a gráfica ou o convertedor em todas as etapas. Em tempos bicudos como o ­atual, é importante somar com­pe­tên­cias. Isso porque a junção de conhecimentos facilita o processo e aumenta a probabilidade de sucesso.

FABIANE STASCHOWER , engenheira química com mestrado em Embalagem pela Michigan State University, nos Estados Unidos, é executiva de Relacionamento com o Mercado da Ibema. VOL. III  2015  TECNOLOGIA GRÁFICA

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SPINDRIFT Laurel Brunner

Diversidade de workflows no Hunkeler Innovation Days

É

fácil perceber que o evento Hunkeler In­no­ va­tion Days (HID) é um acontecimento fora do comum. Os organizadores fazem parte de um grupo em crescimento que trabalha com um novo conceito: a ideia é não mais organi­ zar exposições com o intuito de faturar com a ven­ da de espaço, mas sim c­ riar um am­bien­te propí­ cio para a disseminação e troca de conhecimento, rico em interesses, dando ao evento um novo rosto focado em qualidade e credibilidade. Uma vez que o HID não é feito para o benefício dos pro­prie­tá­rios da exposição, não existe a pres­ são para que os estandes sejam glamorosos. Por isso é possível encontrar uma máquina de faca au­ tomática de cartão de banda estreita conectada a uma impressora digital. O público interessado na HID tem crescido a cada evento e este ano sua fre­ quência aumentou significativamente: passaram por lá mais de 6.000 visitantes. Fica evidente que o modelo de exposição é bem recebido pelo público. Estivemos em Lucerna, na Suí­ça, em fevereiro, procurando com­preen­der o comportamento do

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Parte II

mercado de impressão a jato de tinta e também buscando respostas para algumas questões inquie­ tantes. A mais importante é se a indústria gráfica precisa de tantas opções, es­pe­cial­men­te nesse setor. A gama de máquinas disponíveis é enorme e apesar das aquisições tais como da Impika pela Xerox e da Océ pela Canon, ela parece con­ti­nuar crescendo. Uma das razões para a proliferação de impres­ soras é a constante pressão sobre os fabricantes, obrigando-​­o s a lançar constantemente inova­ ções em cabeçotes de impressão que possibilitem o melhor aproveitamento de novas tec­no­lo­gias, substratos e tintas. Os novos cabeçotes das impressoras jato de tinta ­criam gotas cada vez menores, o que abre possibili­ dades interessantes para os desenvolvedores, como a solução da HP, com sua High De­fi­ni­tion Nozzle Ar­ chitecture, a da Xerox/Impika Rial­to 900, com duas linhas de jatos para gotas de dois tamanhos diferen­ tes, e da Ricoh, que utiliza duas matrizes de cabeço­ tes de 600 dpi, costurados à distância de meio jato, com resolução efetiva de 1.200 dpi de saí­da.


Esse frenesi de inovações acontece, pelo menos em parte, pelo fato de a tecnologia estar vivendo sua infância, quando comparada à xerografia. Po­ rém a animação é também consequência da gran­ de quantidade de aplicações de impressão, im­pul­ sio­na­das pelo seu baixo custo e por tec­no­lo­gias de pré-​­impressão (dados variáveis, PDF/VT, AFP, W2P etc), além da integração com a internet, o big data e as novas normas legais e fiscais regulatórias que requerem provas documentadas de todos os tipos. CRESCIMENTO DE APLICAÇÕES, AFP/IPDS E PDF/VT

Para as gráficas há muitas tec­no­lo­gias e oportu­ nidades de aplicação, mas também há chance de decisões equivocadas. O ponto crítico na adoção dessas tec­no­lo­gias reside no fato de elas exigirem um controle de produção ainda mais intenso num cenário no qual os clien­tes têm expectativas cada vez mais altas em relação à qualidade de impres­ são com dados variáveis e à qualidade das cores, es­pe­cial­men­te em impressão de documentos tran­ sacionais (contas, extratos, boletos), que utilizam dados de segurança sensíveis e con­teú­dos pessoais e são produzidos em grande volume. Desde a nos­ sa última olhada no formato AFP/IPDS , ele melho­ rou subs­tan­cial­men­te na capacidade de ge­ren­cia­ men­to de cores e o processamento de arquivos no

formato PDF/VT tornou-​­se mais efi­cien­te. Ambos podem ge­ren­ciar cores de elementos in­di­vi­duais na página; no entanto, o AFP/IPDS só faz isso no fluxo de dados e não no mecanismo. Isso significa que os arquivos de dados de cores devem ser ge­ren­cia­dos antes de serem en­via­dos para impressão. A habili­ dade de controle das transformações de cor nesses fluxos de trabalho depende da potência do con­ junto de aplicativos de soft­ware, e tudo isso, ob­ via­men­te, in­f luen­cia as possibilidades de aplicações comerciais e o fluxo de trabalho. Os desenvolve­ dores têm algumas formas inovadoras de contor­ nar as limitações de ambos os formatos, produzin­ do assim uma rica combinação de opções para alto volume de produção de dados variáveis. O AFP/IPDS ainda domina o espaço de aplica­ ções transacionais e as empresas que operam nes­ se setor, como a Ricoh e a Océ, sabem que a maior parte dos clien­tes ainda quer um fluxo de trabalho AFP/IPDS , apesar de apoiarem o novo padrão PDF/ VT. Essa é a expectativa para o novo R600 da Ricoh, que controla a impressora VC60000. ABORDAGENS PARA O FLUXO DE TRABALHO O R600 é um servidor online que pode acessar qual­ quer impressora VC60000 de qualquer lugar, poden­

do controlar múltiplas máquinas de saí­da, em di­ versos locais, a partir de um único ponto, via seus

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endereços de IP. O acesso é feito por login controlado e a organização da interface de usuá­rio é específica do operador, incluindo atalhos definidos pelo usuá­rio. Seu emprego está organizado em Operações, Jobs, Configuração e Manutenção “pods” ou guias com tarefas organizadas de acordo com as pre­fe­rên­cias do usuá­rio. Assim, Operações mostra o estado de tintas, a temperatura dos rolos e ventiladores e assim por dian­te. A guia Jobs armazena trabalhos em atividade ou arquivados e invalida trabalhos, apresentando em tempo real vi­sua­li­z a­ções de PDFs de baixa resolução na produção. A Ricoh suporta o protocolo de controle de fluxo de trabalho JDF/JMF para que os dados de imposição possam vir de um sistema de gestão, MIS , enquanto a impressora vir­tual de apoio permite o uso de hot folders para fazer o trabalho de ajuste de trabalho, com antecedência. Os operadores podem colocar marcas d’água, cabeçalhos e rodapés. O sistema aceita arquivos de entrada nos formatos PDF, PDF/VT e Post­Script (ainda muito usado na Ásia), como arquivos compostos. De acordo com Nick Fio­re, gerente de produto sê­nior da Ricoh para jato de tinta de bobina, “a maioria dos clien­tes produz PDFs de cadernos a partir da imposição de um único PDF”, montados antes de en­viar à gráfica. Não é esse o caso com os fluxos de trabalho AFP/IPDS , porque o fluxo de dados e caches armazenam todos os elementos comuns e, em seguida, adi­cio­nam os dados variáveis exatamente quando a página é cons­truí­da e impressa. Para tornar o processamento de PDF/VT mais efi­cien­te, a Ricoh analisa uma imposição PDF/VT para ras­trear elementos de con­teú­do armazenados, de modo que eles sejam processados somente uma vez. A Fujifilm tem a mesma abordagem no seu fluxo XMF. Nick Fio­re

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diz que não há checagem de preflight: “Nós deixamos isso para o clien­te, eles fazem isso antes de os arquivos chegarem à impressora”. No entanto isso pode tornar o ge­ren­cia­men­to de cores complicado e os clien­tes da Ricoh geralmente o fazem dentro do fluxo de dados. Na impressão, a Ricoh tem controles de cores entre frente e verso além de apoio à versão 4 de perfis ICC . O DFE (computador que controla a impressora) é ba­sea­do no motor de interpretação de PDF, Adobe APPE3 , executado em servidores IBM Blade. A Ricoh usa seis como padrão, mas pode ir até 14, se necessário. O novo DFE fornece mais amplitude de banda do que o InfoPrint 5000 em antecipação ao montante de arquivos extensos e complexos que os clien­tes irão en­viar. Ferramentas de perfil são fornecidas com cada impressora en­via­da. Os operadores também podem executar verificações de uniformidade e alinhamento de gotas de 1.200 dpi sob demanda nos cabeçotes de impressão, que têm vida útil de três anos. Tais verificações são feitas para cada novo papel. A ­Screen está usando a mesma tecnologia em sua série True­press 520HD , mas a Ricoh está tomando a frente no desenvolvimento: de acordo com Nick Fio­re, a Ricoh “fez todo o trabalho no sistema de transporte de papel da 60000 , fornecido pela ­Screen”. A diferença cru­cial está no DFE das duas empresas e no fato de a ­Screen não imprimir em pa­péis revestidos offset e por isso não fornecer a estação de revestimento em sua impressora. AZOUGUE NAS CORES

O fator de di­fe­ren­cia­ção mais importante para a S­ creen é o seu sistema de fluxo de trabalho Equios. O Equios tem evo­luí­do ao longo dos anos com uma qualidade de ge­ren­cia­men­to de cores im­pres­sio­nan­te, além de excelentes fun­cio­na­li­da­des de automatização. É projetado para controlar toda a pré-​ i­mpressão, não apenas imposição e o RIP. A arquitetura clien­te/servidor pode ser configurada para conduzir qualquer tipo de fluxo de trabalho, desde a produção computer-​­to-plate até a impressão digital de dados variáveis, e opera online. Os arquivos são totalmente verificados e rejeitados se falharem, e o Equios tem todas as ferramentas que você pode esperar de um sistema de 



fluxo de trabalho de pré-​­impressão com todos os recursos. O ge­ren­cia­men­to de cores é es­ pe­cial­men­te robusto, possuindo ferramentas poderosas para cria­ção de perfis de substrato e conversão de elementos in­di­vi­duais de um PDF na página para diferentes espaços de cores. Isso significa que páginas e elementos em um PDF podem ser otimizados para métodos de conversão diferentes dependendo do seu con­teú­do. Há também receitas de cor que processam automaticamente as separações de cores as­so­cia­das com cada tipo específico de imagem. Conversões de cores específicas, como por imagens de vidro e porcelana ou diferentes tipos de paisagens ou imagens de baixa resolução incorporadas são corrigidas automaticamente para a saí­da. Ajustes de cor também podem ser feitos em PDFs prontos para produção, para editar percentagens CMYK de imagens in­di­v i­duais usando as curvas tonais específicas para as cores apresentadas. O Equios suporta PDFs de todos tipos, mas ainda não comporta arquivos AFP/IPDS . Essa é uma limitação menor para seu setor, que é a impressão em cores na produção de materiais educativos, livros e manuais do mercado co­mer­cial, onde a companhia tem uma posição forte. Uma limitação mais grave é a necessidade que algumas gráficas têm de que seus operadores possam configurar vá­rios fluxos de trabalho usando o mesmo login, para que um operador possa ge­ren­ciar a saí­da de uma chapa ou de um trabalho na impressora digital. Isso é algo em que a ­Screen está trabalhando para corrigir. Recentemente a S­ creen adicionou a opção Smart­Job­Gate à sua interface para o Equios. Smart­ Job­Gate é um hot folder único, que usa as convenções de nomenclatura para instruir o fluxo de trabalho para diferentes imposições em diferentes tipos de serviço. Adi­cio­nan­do a palavra newspaper ou book ao nome do job, o sistema atribui automaticamente uma imposição pré-​­configurada. Se faltarem partes do arquivo, o soft­ware interrompe o trabalho e solicita um fluxo alternativo a ser definido para que a imposição correta possa ser ini­cia­da. ESTRELAS

Nossa estrela escolhida nos sistemas de work­f low exibidos na Hunkeler foi o XMF Fujifilm, que implementa o Adobe Mercury, uma tecnologia projetada 34 TECNOLOGIA GRÁFICA

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especificamente para suportar os requisitos de impressão RIP transacionais e comerciais. Essa é basicamente uma ferramenta sofisticada de ba­lan­cea­ men­to de carga entre CPUs, para APPE 3 rodando em RIPs. O Mercury constitui a base do XMF que controla todos os dispositivos de saí­d a Fujifilm, exceto as impressoras digitais de grandes formatos da empresa. Para impressão digital de grandes formatos, a Fujifilm trabalha com Caldera e Color­ Gate, para integrar o XMF com seus RIPs, o envio de PDF s impostos e dados JDF. O XMF tem algumas ferramentas efi­cien­tes para impressão digital de grandes formatos, como hot folders para po­si­cio­ na­men­to XY em um dispositivo de mesa. Isso geralmente tem que ser feito ma­nual­men­te, mas o XMF pode automatizar o processo, pegando emprestado o conhecimento no fluxo de CtP da Fujifilm. Para saí­das de grandes formatos, o XMF manda para o RIP PDFs normalizados que passaram pelo preflight, en­vian­do PDFs ba­sea­dos em vetores, que são menores e mais leves para calcular que PDFs rasterizados, mas perde certas ferramentas vitais para fluxos de trabalho de impressão digital de grandes formatos, como “aninhamento”, divisão em ladrilhos e adição de marcas de registro. Existem oportunidades consideráveis para o XMF no setor de grandes formatos que, com raras exceções, como o GMG Pro­duc­tion Suite, tende a ser ba­sea­do num único RIP em vez de um completo ge­ren­cia­men­to de work­f low ba­sea­do em servidor. A arquitetura Adobe Mercury utiliza vá­rios processadores si­mul­ta­nea­men­te para controlar diversas impressoras ao mesmo tempo, otimizando processos para tirar proveito dos recursos disponíveis. Ela pode aproveitar vá­rios APPE s dentro de uma única arquitetura para que o operador interaja com um controlador do Mercury, que por sua vez atribui tarefas a um número de RIPs “escravos”. Isto dá ao XMF um poder considerável. Assim como a ­Screen com o Equios, o sistema utiliza inteligência ar­ti­f i­ cial para c­ riar imposições em arquivos do tipo PDF/ 


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VT. Em vez de ­criar um único PDF gigante de jobs PDF/VT, o XMF cria imposições exatas para processar PDFs de dados variáveis de forma rápida e sem ­criar gargalos de processamento. O XMF faz a imposição para os primeiros PDFs de dados variáveis

e o sistema aprende a impor ao resto dos arquivos para c­ riar um único trabalho. A tecnologia foi desenvolvida especificamente para a Jetpress W e autodetecta itens reutilizáveis. Analisa o primeiro par de páginas em um job PDF/ VT de dados variáveis utilizando os metadados disponíveis. Por isso quanto mais metadados melhor, uma vez que eles informam a inteligência do sistema de processamento. Em seguida, ele procura padrões de repetição para identificar o que é reutilizável, concentrando-​­se no que é diferente. Isso permite a muitos trabalhos estarem habilitados e prontos para a produção no XMF, solicitando aos usuá­rios que carreguem seus PDFs no sistema XMF da impressora via acesso XMF remoto. Eles são verificados pelo preflight e processados, apresentando ao clien­te uma prova de impressão pronta para aprovação. Os arquivos ruins são rejeitados ou não, dependendo da configuração; vá­rias aprovações são suportadas e podem ser específicas por job. Se um job é dividido entre impressoras, não há necessidade de esperar por todas as aprovações antes de começar a imprimir. Os usuá­rios podem comentar sobre PDF s de prova com manifestações notificadas para o sistema, via e-​­mail. PDFs podem ser vistos na tela antes e depois de serem corrigidos, com as mudanças destacadas. A última versão adi­cio­na o XMF Remote Express para clien­tes ocasionais, que não querem se preo­cu­par com os setups convencionais de uma impressora. O Express é ba­sea­do em um modelo de template e os clien­tes são notificados a fazer ­upload de seu novo job com um link para o job 36 TECNOLOGIA GRÁFICA

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no XMF antes de um login con­ven­cio­nal. Há também explicações sobre as funções dos botões na interface do usuá­rio. A Fujifilm fornece um serviço de subscrição de três, seis ou 12 meses para o XMF Expresso Remoto e o XMF. Tínhamos a esperança de também dar uma olhada no Prinergy da Kodak, mas inexplicavelmente ele não estava no evento. O Prinergy alimenta arquivos para o controlador (DFE) da Prosper, que, como o Ricoh R600 , é basicamente um RIP poderoso que faz algumas tarefas de fluxo de trabalho, tais como imposição. O ge­ren­cia­men­to de cores é incorporado no fluxo de trabalho a montante ou fornecido no DFE como parte de ajustes básicos de cor para a saí­da. O Prosper DFE pode ­criar impressoras virtuais para imposições específicas ou para imposições ins­tan­tâ­neas de páginas de arquivos PDF/VT. Mas, como com o R600 , dados variáveis são esperados principalmente para serem ma­nu­sea­dos por um fluxo de trabalho a montante, isto é, as manipulações ocorrem na pré-​­impressão e não no controlador da máquina. A Kodak oferece suporte ao formato PDF/VT e ao AFP como opções no mesmo DFE que é executado em um núcleo APPE3 . Cada RIP é configurado com 2 TB de espaço em disco para acomodar PDFs em massa. No entanto, o DFE só ripa dados estáticos uma vez. Vie­mos para a Hunkeler para saber se havia uma necessidade de mercado para tantas tec­no­lo­gias, e ainda não temos certeza da resposta. É claro que as gráficas e editoras têm possibilidades incríveis para rea­li­zar suas ideias de aplicação. O que não está claro é se há um número su­fi­cien­te de clien­tes an­sio­sos para suportar tantas opções. Nós esperamos ver a consolidação de linhas de produtos de hard­ware e mais investimento em sistemas de front-​­end, uma vez que esse é o lugar onde o dinheiro é visível para os pro­prie­tá­rios de con­teú­dos a serem impressos, talvez não para os fabricantes. Não há dúvida que a tecnologia de saí­da pode fazer o que queremos. O que é preciso agora é a disponibilização de controladores front-e​­ nd que forneçam controle de qualidade integrado tanto no fluxo de trabalho como em toda a mídia, es­pe­cial­men­te para caminhos de saí­da originados na Internet. Tradução autorizada de texto publicado

no site Spindrift em março de 2015, publicação produzida pela Digital Dots, empresa de consultoria na área gráfica.


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REALIZAÇÃO


PRODUÇÃO GRÁFICA

A influência do design gráfico na atribuição de sentido em notícias de jornal

Vivian de Oliveira Preto

Segundo o his­to­ria­dor francês Roger Char­tier, a leitura repousa sobre duas ideias essenciais: a primeira diz que um texto sempre está revestido de sentidos atri­buí­dos pelos autores, editores, tradição e suporte no qual ele chega às mãos do leitor. A segunda reconhece que o texto só existe porque há alguém para lê-​ ­lo. Dentro dessa perspectiva, podemos dizer que o homem vem desenvolvendo diferentes maneiras de ler, as quais são também con­d i­c io­n a­d as pelas técnicas e tec­no­lo­gias inventadas, inclusive o design gráfico. De acordo com Char­ tier, a procura de uma linguagem não verbal permite a comunicação de emoções e do sentido do discurso. Nesse sentido, o designer tem o papel de c­ riar e utilizar tais configurações, de acordo com o público alvo e com o tipo de impresso que está dia­gra­man­ do. Por meio de uma perspectiva histórica ele analisa a forma como o público poderia decodificar mais rapidamente as informações. São regras de percepção vi­sual, que remontam aos monges copistas no século XV e adaptadas às necessidades das so­cie­da­ des con­tem­po­râ­neas. 38 TECNOLOGIA GRÁFICA

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Para Itanel Qua­dros, autor do estudo “Uma introdução ao jornalismo vi­sual ou à tessitura gráfica da notícia”, as pes­s oas raramente leem o que é desconhecido. A maneira como a página de um jornal é configurada leva o leitor a formular hipóteses sobre o que ele vai ler, com base em convenções que ele reconhece a partir de ex­pe­riên­cias an­te­rio­res na decodificação de textos. A dia­gra­ ma­ção deve conduzir o leitor a atingir sua expectativa com relação ao texto. Sem fa­mi­lia­ ri­da­de não há leitura. O jornal, assim como o livro, foi se estruturando em função da cultura e do nível so­cioe­co­nô­mi­co de cada público. No decorrer da história foram sendo cria­d as pequenas regras de composição que fazem com que o leitor se identifique com o enfoque a que o jornal se propõe. Essas regras se manifestam na composição vi­sual de textos, imagens, infográficos e do grid construtivo que di­re­c io­n a o olhar do leitor. O projeto gráfico no jornal fun­cio­na como um mapa de leitura, e para cada público esse mapa pode ser feito de forma distinta. Por exemplo, um jornal asiá­ti­co possui uma estrutura de leitura totalmente diferente do que os ocidentais estão acostumados.

Mesmo entre os ocidentais há uma diferença grande em função dos valores de cada público. Com o advento do computador e da internet as formas de leitura estão em processo constante de mutação. As pes­soas desejam ter a informação rapidamente e isso se reflete na comunicação vi­sual de pe­rió­di­cos, principalmente dos jornais. Atual­men­te a maioria das pes­soas não lê a reportagem inteira do pe­rió­di­co, mas faz uma leitura fragmentada, como ao ler uma página de internet. Essa tendência também aparece nos jornais brasileiros. Os jornais O Estado de S. Paulo e Agora refletem na sua dia­gra­ma­ção a leitura fragmentada e in­f luen­cia­da pelo meio eletrônico. DAS TÁBUAS AO GRID

Segundo alguns his­to­ria­do­res, o primeiro jornal surgiu em Roma em 59 a.C., cria­do por Júlio César com o intuito de divulgar para a massa acontecimentos políticos e sociais do governo. Esse jornal era feito em tá­buas brancas e pendurado por toda a cidade. Logo após a invenção dos tipos móveis começaram a circular na Europa boletins informativos, geralmente com caráter sen­s a­cio­na­lis­ta. Mas somente no século XVII é que os jornais tornaram-​­se publicações pe­rió­di­cas. Nessa época sua função era levar as populações a agir de acordo com os interesses das classes dominantes. Como exemplo dessas publicações podemos citar Avisa Re­la­tion oder Zeitung, Gazzette, Nieuwen Tijdingen, entre outros.


VIVIAN DE OLIVEIRA PRETO ,

pedagoga e tecnóloga em Produção Gráfica, é coordenadora pedagógica da Escola Senai Theobaldo De Nigris.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAKHTIN, MIKHAIL .

Como argumenta Itanel Qua­dros, nos primeiros jor­ nais diá­rios as no­tí­cias eram salpicadas nas páginas. Não havia preo­cu­pa­ção com o desenho e com a in­ terpretação que o leitor teria da notícia. Somente com o passar dos anos é que foram cria­das formas para organizar essas informações. Foi algo muito gra­ dual. Aos poucos o jornal se tornou um enun­cia­do. O enun­cia­do, segundo o filósofo e pensador russo Mikhail Bakhtin, é composto de con­teú­dos temá­ ticos, estilo e construção com­po­si­cio­nal. O jornal, por meio desses elementos, assegura a comunica­ ção com o leitor. O designer di­re­cio­na o sentido do enun­cia­do através de experimentações visuais apli­ cadas ao projeto gráfico. Entre elas podemos men­ cio­nar a estruturação do grid de dia­gra­ma­ção e a disposição dos elementos componentes — texto, imagens, in­fo­gra­f ias, logotipos etc. Como o jornal precisa favorecer a comunicação rápida com o leitor, um bom desenho de página é como um mapa, que permite ao leitor navegar por caminhos estabelecidos. Alguns elementos são es­ senciais para facilitar esse processo, tais como o uso de logotipo, que demarca os pontos de entra­ da de uma página; os gráficos ou infográficos, que agilizam a percepção da informação ao leitor; e os índices, que fazem re­fe­rên­cias a outras páginas e ajudam a guiar os leitores para mais informações. Kevin Barhunrst, autor do livro Newspaper as Twen­ tieth-​­Century Texture, classificou a dia­gra­ma­ção dos jornais segundo os estilos clássico, protomoderno, clássico moderno, alto moderno e tardo moderno. Segundo o designer Alexandre Wollner, considera­ do um dos principais nomes na formação do design

moderno no Brasil, a grande maioria dos jornais alemães utiliza o estilo protomoderno, que apos­ ta na claridade e na ordem da página. Esse modo de dia­gra­ma­ção surgiu durante os anos da primei­ ra guerra mun­dial. Apresenta uma tipografia única para os títulos, combinando caixas altas com cai­ xas baixas e alinhamento à esquerda. A página é vi­ sua­li­za­da de cima para baixo, tendo uma estrutura completamente vertical. Já o estilo clássico tenta assumir uma estrutura mais horizontal de leitura e passa a utilizar caracteres ro­ manos para compor seus textos. Um exemplo des­ sa vertente é o jornal O Estado de S.Paulo. Voltado para um público mais conservador, esse pe­rió­di­co mudou recentemente seu sentido de leitura. Antes utilizava um grid completamente protomoderno, estruturado na leitura vertical. Com a tendência da informatização, as páginas de abertura passaram a serem estruturadas em quadrados e a leitura na ho­ rizontal. No grupo alto moderno o grid também é horizontal e os su­má­rios e índices se po­si­cio­nam em quadrados na parte su­pe­rior da página. Na primeira página as imagens dominam o formato e os cabe­ çalhos são simples e coloridos. Há muito uso de in­ fografia e pouco texto. A maioria dos jornais ame­ ricanos se enquadra dentro desse estilo. No Brasil o maior exemplo desse estilo é o Jornal Folha de S.Paulo. Segundo Qua­dros, os jornais que pertencem ao grupo tardio moderno apresentam muitos gráfi­ cos, títulos chamativos e fotos impactantes, porém, todos esses elementos são colocados de forma mui­ to rígida na página, não dando muita liberdade de cria­ção para o designer.

A estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003. BARHURST, KEVIN G . – Newspaper as Twentieth-​ ­Century Texture. In: The News Aesthetic. New York: Lawrence Mirsky & Silvana Tropea, 1995. p. 22-​­35. CHARTIER, ROGER . Os desafios da escrita. São Paulo: UNESP, 2002. CHARTIER, ROGER; CAVALLO, GUGLIELMO . História da

leitura no mundo ocidental. São Paulo: Ática, 1998. GRUSZYNSKI, ANA . Retórica Tipográfica e Leitura. In: Produção Editorial – Congresso Brasileiro de Ciencias da Comunicação, 27., 2004., 2004, Porto Alegre, Anais . . . Porto Alegre: Intercom, 2004. p. 1-​­10. MEGGS, PHILIP B . History of Graphic Design. 4.ed. Londres: John Wiley Professio, 1998. QUADROS, ITANEL . Uma Introdução ao jornalismo visual ou à tessitura gráfica da notícia. Temas Livres – Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 27., 2004., 2004, Porto Alegre, Anais . . . Porto Alegre: Intercom, 2004. p. 1-​­10. WOLLNER, ALEXANDRE . A formação do desenho moderno no Brasil. 1.ed. São Paulo: Cosac & Naif, 2005.

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IMPRESSÃO Jim Whitehead

A evolução das soluções de fonte

D

a mesma forma que a impressão litográfica evoluiu ao longo do século passado, as soluções de fonte também. No século XIX , os impressores produziam as suas próprias soluções de fonte, misturando ácido fosfórico, goma arábica e água. Outros aditivos foram testados e utilizados com base na disponibilidade e criatividade individual dos impressores. Depois de 1900, com base em uma melhor mecânica, os sistemas de molha foram desenvolvidos. Verificou-se que o álcool poderia ser adicionado à solução de fonte, ajudando na superfície da chapa, melhorando o controle da taxa de emulsionamento da tinta. Depois de 1950, a impressão litográfica ganhou impressionante aumento na popularidade. Maiores e mais rápidas máquinas de impressão offset substituíram a tipografia, passando a ser o principal método de impressão de livros, revistas e jornais. Os sistemas de molha offset se tornavam então

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mais precisos na sua capacidade de umectar a chapa e controlar a impressão. Os fornecedores da indústria de impressão começaram a fabricar soluções de fonte concentradas, juntamente com solventes para limpeza de rolaria e blanqueta, limpadores de chapa e muitos outros químicos especiais. No início, as soluções de fonte concentradas eram feitas a partir de misturas de goma arábica, ácido fosfórico (além de outros ácidos), nitrato de magnésio e for maldeído (para evitar crescimento biológico). Esses concentrados eram diluídos na água e os álcoois, com seu baixo peso molecular, eram adicionados para melhorar a umectação. Foram utilizados álcoois tais como metanol, etanol, álcool n- propílico e isopropanol (IPA), o qual se tornou o álcool escolhido devido a sua baixa taxa de evaporação e custo. Para rotativas com forno e impressoras planas o uso de elevado nível de IPA (5% a 30%) era uma prática comum.


Na década de 1980, o uso do ál­cool isopropíli­ co nas soluções de fonte para impressoras rotati­ vas e planas declinaram rapidamente na América do Norte. Impressores tiveram que começar a uti­ lizar um novo tipo de produto chamado substitu­ to de ál­cool. Esses produtos tinham como base o glicol e éteres de glicol com pequenas quantidades de agentes ten­sioa­ti­vos (umectantes). Essa mudan­ ça foi provocada por um desejo de reduzir custos, melhorar a saú­de e a segurança dos impressores e atender as regulamentações governamentais que passaram a exigir a redução de compostos orgâni­ cos voláteis (VOC) no meio am­bien­te. Até o final da década de 1980, a maioria dos impressores da re­gião tinha reduzido bastante o uso do ál­cool e estavam utilizando um produto de dois passos, isto é, solu­ ção de fonte concentrada e um substituto de ál­cool. Também durante os anos 1980, os fornecedo­ res de insumos para impressão começaram a desen­ volver soluções de fonte de um único passo, tanto para impressoras rotativas como para as impresso­ ras planas, na América do Norte. As rotativas foram as primeiras a serem convertidas para o passo úni­ co. Na medida em que os sistemas de molha com escova foram sendo subs­ti­tuí­dos por sistemas de molha contínuo como Dahlgren e Duo­trol, foi exi­ gida uma maior sofisticação das soluções de fonte. Novos surfactantes (ten­sioa­ti­vos) foram desenvol­ vidos e testados em laboratório e no campo, bem como novas combinações de glicol e éteres de gli­ col. Isso representou entre 1980 e 2000 um pe­río­do de crescimento para a impressão offset e a tecno­ logia da solução de fonte. As impressoras se tor­ naram maiores e mais rápidas, e soluções de fonte concentradas tiveram que ser desenvolvidas para atender as demandas impostas pelos equipamentos e mudanças no papel, chapas de impressão e tinta. Na Europa, o ál­cool (IPA) ainda estava sendo utilizado em larga escala quando a solução de fon­ te de um único passo começou a ganhar populari­ dade, a partir de 2000. Nesse pe­río­do foi cria­da na Alemanha a As­so­cia­ção de Pesquisa de Tecnologia Gráfica conhecida como Fogra. Essa instituição de­ finiu padrões para solução de fonte, as quais colo­ caram limites no po­ten­cial de corrosão de produ­ tos específicos, juntamente com as fabricantes de impressoras europeias Heidelberg, KBA e Manro­ land. A Fogra também estabeleceu padrões de sol­ ventes para limpeza de rolaria e blanquetas ba­sea­ dos na prevenção de ataque no ma­te­rial utilizado na fabricação das ro­la­rias e blanquetas. Os produtos certificados pela as­so­cia­ção alemã como solução de fonte e solventes são seguidos de

perto pelo impressores europeus, mas o mesmo não acontece na América do Norte, onde essa exigência se dá somente quando os requisitos de garantia de impressão para novos equipamentos da Heidelberg, KBA e Manroland estão em vigor. Para a impressão de jornais e impressos promo­ cionais, a condição das tintas é diferente devido às características das impressoras rotativas e planas. Para as rotativas de jornais o uso de IPA nunca foi necessário. O sistema de molha utilizado tem sido tanto o doctor quanto a escova e mais recentemen­ te o spray bar. Esses sistemas de molha e as caracte­ rísticas da tinta para jornais fez o IPA ser desneces­ sário. Na América do Norte, as primeiras soluções de fonte utilizadas foram as alcalinas. O elevado pH (9,5 a 11,5) foi excelente para a tinta preta e também colaborou com a redução do crescimento de bac­ té­rias e algas dos re­ser­va­tó­rios de solução de fonte. Quan­do as tintas coloridas passaram a ser aplicadas em grande escala no início de 1980, os jornais co­ meçaram a utilizar soluções de fonte com pH neu­ tro (6,5 a 7,5). Essa mudança funcionou bem com as tintas, mas foi observada elevação nos níveis de bac­té­rias e algas nos re­ser­va­tó­rios. Hoje, o pH leve­ mente ácido (4,5 a 5,5) está em amplo uso no conti­ nente. Isso também se aplica à Europa, que sempre utilizou produtos levemente ácidos. As vantagens desses produtos estão no fato de fun­cio­na­rem com as tintas atuais e ajudarem a reduzir o crescimen­ to bio­ló­gi­co nos re­ser­va­tó­rios de solução de fonte. No mercado a­ tual de impressão co­mer­cial, a ten­ dência na América do Norte e na Europa é a mi­ gração para soluções de fonte de um único passo mais sofisticadas, tanto para rotativas como pla­ nas. A eliminação do IPA ainda é um importan­ te objetivo por razões de custo, meio am­bien­te e segurança dos fun­cio­ná­rios. As soluções de fonte atuais de um único passo têm que evoluir da teo­ ria e do laboratório para o campo, com produtos que permitem que as impressoras executem tra­ balhos de alta qualidade em alta velocidade, com um desperdício mínimo de va­ria­ção de cor, acú­ mulo de tinta e crescimento bio­ló­gi­co, reduzindo o custo total de impressão. A Fujifilm Hunt Chemicals possui la­bo­ra­tó­rios de Pesquisa e Desenvolvimento para o mercado de impressão offset em suas fábricas do Japão, Esta­ dos Unidos e Bélgica formulando produtos como solução de fonte, emulsão de silicone, solventes e produtos auxiliares buscando resolver as necessida­ des das impressoras. No Brasil, a Fujifilm Hunt fa­ brica produtos diversos para os clien­tes de jornais, para rotativas heat­set e máquinas planas.

JIM WHITEHEAD é diretor técnico de Químicos para Impressão da Fujifilm Hunt Chemicals, Estados Unidos. VOL. III  2015  TECNOLOGIA GRÁFICA

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GESTÃO

Eneias Nunes da Silva

Como elaborar um plano de negócio por meio do Business Model Canvas

O

objetivo deste artigo é descrever de forma simplificada a elaboração de um plano de negócio. A ideia surgiu de uma demanda real do Núcleo de Produtos Tecnológicos da Escola Senai Theo­bal­do De Nigris por meio da solicitação de um plano de negócio que fosse simples e pudesse ser utilizado no dia a dia. O plano de negócio é um documento fundamental para as empresas que buscam a inovação e que pretendem prosperar em um mercado novo ou já existente. Nesse documento constam os objetivos do negócio e os passos que devem ser dados para alcançá-​­los. Ele é normalmente elaborado de forma bastante complexa e costuma ser um documento com centenas de páginas. Por isso mesmo, apesar de possuir informações relevantes, o plano de ne­ gó­cios completo acaba sendo pouco consultado e atua­li­z a­do pela maioria das empresas. O Business Model Canvas é uma ferramenta simples e eficaz para elaboração de um plano de negócio sintetizado e é adequada ao dinamismo do ­atual cenário de ne­gó­cios, pois também pode ser facilmente atua­li­z a­da. Canvas é uma palavra em inglês que pode ser utilizada para quadro. A ferramenta é resultado de vá­rios anos de pesquisa acadêmica do suí­ço Alex Osterwalder. O método propõe que o plano de ne­gó­cios possa ser sintetizado num quadro. O modelo obtido contém as informações essenciais para o planejamento. Essa ferramenta auxilia a responder as seguintes questões: ◆◆ Quem são meus clientes? Como chego até eles? ◆◆ Quais são os desejos e necessidades que pretendo atender com o negócio? ◆◆ Que produtos e serviços serão oferecidos? ◆◆ Como o negócio vai funcionar? ◆◆ Quais serão os custos e como serão geradas as receitas do negócio? ◆◆ Quem são os parceiros que poderão ajudar? ◆◆ Quais são as atividades e a infraestrutura necessárias? É interessante lembrar que Osterwalder colocou no rodapé do mapa os símbolos que são as atribuições de licença para cópia, distribuição e

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transmissão. O modelo Canvas não pode ser vendido, pois a metodologia foi disponibilizada para ser utilizada por qualquer pessoa. O Canvas contempla nove blocos integrados que permitem a vi­sua­li­z a­ção gráfica das partes que envolvem o modelo de negócio da empresa, facilitando a com­preen­são global dos processos envolvidos. Seguindo alguns passos é possível desenhar o modelo de Canvas em uma folha de papel. ◆◆ Primeiro deve‑se desenhar na parte inferior da folha um “T” pequeno, o que a dividirá em três blocos.

◆◆

Na sequência devem ser desenhadas duas letras “H” na parte superior da folha. Dessa forma ela será dividida em nove blocos, o que já resulta no modelo Canvas. 7

4 2

8 6 9

1 3 5

Os blocos serão no­mea­dos da seguinte forma: 1. Segmentos de clientes 2. Proposta de valor 3. Canais 4. Relacionamento com os clientes 5. Receita 6. Recursos 7. Principais atividades 8. Principais parceiros 9. Estrutura de custos


O preen­chi­men­to da ferramenta é ini­cia­do nor‑ malmente pela área destinada a Segmentos de clien­ tes. Para facilitar o preen­chi­men­to desse campo algumas perguntas podem ser feitas: ◆◆ Para quem estou criando valor (produto/serviço)? ◆◆ Quem são meus principais clientes? ◆◆ Posso agrupá‑los e diferenciá‑los entre si?

Em seguida é preen­chi­do o campo da Proposta de valor. Podem ser feitas as seguintes perguntas: ◆◆ Que valores (produtos/serviços) serão entregues ao cliente? ◆◆ Quais são os problemas de cada cliente que estou ajudando a resolver? ◆◆ Quais são as necessidades dos clientes que estão sendo satisfeitas?

PLANO DE NEGÓCIO DO NÚCLEO DE PRODUTOS TECNOLÓGICOS DA ESCOLA SENAI THEOBALDO DE NIGRIS COMO 8. Principais parceiros Quais são os fornecedores e parceiros que contribuirão significativamente para o negócio funcionar? Quais são as motivações para a criação de parcerias?

7. Principais atividades Quais são as ações mais importantes e necessárias para o funcionamento do negócio? OBS: as relacionadas diretamente com o processo produtivo, prestação de serviços e tarefas administrativas. 6. Recursos Quais são os recursos necessários para que se possa entregar para o cliente a proposta de valor (engloba tudo que é necessário para o negócio funcionar)? Neste campo deverão estar alocados quatro tipos de recursos • Físicos (máquinas, equipamentos, ambientes) • Intelectuais (conhecimentos, capacidades técnicas e de gestão que os colaboradores deverão ter para desenvolver a proposta de valor) • Humanos (equipe necessária para a realização das atividades) • Financeiros (investimento necessário para o negócio funcionar)

O QUÊ? 2. Proposta de valor Que valores (produtos/ serviços) serão entregues ao cliente? Quais são os problemas de cada cliente que estou ajudando a resolver? Quais são as necessidades dos clientes que estão sendo satisfeitas? Quais são os produtos e serviços oferecidos para cada segmento de cliente?

9. Estrutura de custos Todos os custos envolvidos para realização do negócio estão contemplados de maneira que a proposta de valor possa ser entrega para os clientes? Quais são os custos fixos? Quais são os custos variáveis? E possível diminuir com parcerias? Qual a margem de contribuição?

QUEM 4. Relacionamento com os clientes Como será nosso relacionamento com os clientes? Que tipo de relacionamento espera e deseja nosso cliente? Quais são as estratégias para aumentar as vendas e fidelizar os clientes?

1. Segmentos de clientes Para quem estou criando valor? Quem são meus principais clientes? Posso agrupá-los e diferenciá-los entre si? Quais são as caracteristicas destes segmentos?

3. Canais Quais serão os meios de entrega dos produtos/ serviços para os clientes? Quais são os mais eficientes e de menor custo? Qual a cadeia logistica a desenvover e controlar? Lembrando que quanto mais rápido e eficaz for a entrega melhor o relacionamento com o cliente.

5. Receita Quais serão as receitas? Qual valor os clientes estão realmente dispostos a pagar pelos meus produtos /serviços? Pelo que eles pagam atualmente? Como eles preferem fazer o pagamento?

QUANDO VOL. III  2015  TECNOLOGIA GRÁFICA

43


Quais são os produtos e serviços oferecidos para cada segmento de cliente? No preen­chi­men­to do terceiro item, denomina­ do Canais, devem ser re­la­cio­na­dos os meios utiliza­ dos para entregar os produtos/serviços aos clien­tes. Lembrando que quanto mais rápida e eficaz for a entrega, melhor o re­la­cio­na­men­to com o clien­te. No campo Re­la­cio­na­men­to com os clien­tes se define a estratégia para aumentar as vendas e a fi­ delização dos clien­tes. No bloco Receitas algumas questões podem ser respondidas para ajudar no preen­chi­men­to: ◆◆ Qual valor os clientes estão realmente dispostos a pagar pelos produtos/serviços? ◆◆ Pelo que eles querem pagar atualmente? ◆◆ Como eles preferem fazer o pagamento? O sexto campo corresponde aos Recursos ne­ ces­s á­rios para que se possa entregar ao clien­te a proposta de valor: ◆◆ Físicos (máquinas, equipamentos, ambientes) ◆◆ Intelectuais (conhecimentos, capacidades técnicas e de gestão que os colaboradores deverão possuir para desenvolver a proposta de valor) ◆◆ Humanos (equipe necessária para a realização das atividades) ◆◆ Financeiros (investimento necessário para o negócio funcionar) No sétimo bloco devem ser descritas as Atividades mais importantes para o fun­cio­na­men­to do negócio, desde as re­la­cio­na­das diretamente ao pro­ cesso produtivo, passando pela prestação de servi­ ços, até as tarefas administrativas. No Canvas o preen­chi­men­to do oitavo bloco ser­ ve para auxiliar as empresas a colocarem em prática todos os processos descritos an­te­rior­men­te. Trata-​ ­se dos Principais parceiros e neste campo listam-​­se os fornecedores e parceiros que contribuirão signi­ ficativamente para o negócio fun­cio­nar. No preen­chi­men­to do último bloco, Estrutura de custos, deve-​­se identificar todos os custos envol­ vidos para a rea­li­za­ção do negócio, de maneira que a proposta de valor (produto/serviço) possa ser en­ tregue para os clien­tes. Após o preen­chi­men­to de todos os campos deve-​ ­se aplicar o “C” da ferramenta PDCA para checar se algum detalhe foi esquecido ou se é necessário rea­ li­zar alguma modificação nos campos preen­chi­dos. ◆◆

44 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. III  2015

Nessa etapa pode-​­se fazer algumas perguntas para verificar se todos os blocos estão integrados, como: ◆◆ A proposta de valor atende os segmentos dos clientes? ◆◆ Os canais de entrega atendem as expectativas dos clientes? ◆◆ Tenho parceiros e fornecedores capazes de ajudar a garantir a entrega da proposta de valor? ◆◆ As receitas dos negócios serão suficientes para cobrir pelo menos os custos? O lado direito da ferramenta também é conhe­ cida como o a parte emo­cio­nal do negócio e o seu preen­chi­men­to ajudará a responder as questões es­ critas ini­cial­men­te neste artigo. Quem são meus clientes? Como chego até eles?

Quais são os desejos e necessidades que pretendo atender com o negócio?

Quais produtos e serviços serão oferecidos?

Como serão geradas as receitas do negócio?

O lado esquerdo do quadro é conhecido tam­ bém como a parte ra­cio­nal do negócio. Ajudará a empresa a vi­sua­li­z ar as condições ne­ces­sá­rias para prosperar. É nesse campo que podemos responder as outras questões iniciais: Como será o fun­cio­na­men­to do negócio?

Quais serão os custos?

Quem são os parceiros que poderão me ajudar?

Quais são as atividades e in­f raes­tru­tu­ra ne­ces­ sá­rias para produção dos produtos /serviços?

O Business Model Canvas é um resumo dos pon­ tos-​­chave de um plano de negócio, mas não exclui a necessidade de um plano completo. Ele é uma ferramenta menos formal, que pode ser utilizada com mais frequência no dia a dia e é de facil vi­sua­ li­z a­ção. Seu preen­chi­men­to deve ser rea­li­z a­do por uma equipe multidisciplinar por meio de brainstorm. Já existem aplicativos gratuitos com esse mo­ delo para celulares e tablets. ENEIAS NUNES DA SILVA é coordenador de

Atividades Técnicas da Escola Senai Theobaldo De Nigris.


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Você sabia que as empresas brasileiras produtoras de papel obtêm 100% da celulose a partir de florestas plantadas?* A área de florestas plantadas no Brasil equivale a 2.2 milhões de campos de futebol.** Leia seu jornal favorito tranquilamente, pois o papel é feito de madeira natural e renovável.

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Chegou o Anuário 2015!

26/02/15 15:53

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L E V Á S N E P INDIS

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Brainstorm

19ºAnuário Brasileiro da Indústria Gráfica

Fonte permanente de consulta para fornecedores, gráficos, clientes, compradores e profissionais da indústria da comunicação impressa. INFORMAÇÕES ESSENCIAIS PARA O DIA A DIA DOS PROFISSIONAIS LIGADOS AO UNIVERSO GRÁFICO 1

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1 Livro com 352 páginas em cores, em belíssima embalagem protetora 2 Desempenho do setor em 2014 3 Balança comercial 2012/2014 4 Tabelas para selecionar e localizar gráficas buscando-as através do serviço desejado 5 Dados de 2.030 gráficas de todo o Brasil contendo endereço, telefone, e-mail, site, certificações, número de funcionários, área instalada, formato máximo de impressão, processos, segmentos de atuação, produtos e serviços de cada uma, divididas por região, estado e município 6 Guia de Fornecedores com informações sobre 548 empresas de equipamentos, sistemas, matérias-primas, insumos e prestadores de serviços

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TUTORIAL

Thia­go Justo

Pôster de letras

1

48 TECNOLOGIA GRÁFICA

N

este tu­to­rial vamos ­criar um pôster usan­ do apenas as letras da poe­sia Tabacaria, do grande Fernando Pessoa. A ideia ini­ cial deste tu­to­rial veio dos caligramas, que são um tipo de poe­sia vi­sual, comuns duran­ te as vanguardas artísticas e que se expressam por meio da disposição gráfica do texto, podendo for­ mar figuras e formas com o texto impresso. O maior segredo deste tu­to­rial é o uso do fil­ tro Mesclagem (Displace) do Pho­to­shop. Para isso, abra a imagem que pretende utilizar. Eu escolhi um retrato em preto e branco de Fernando Pessoa (1). Primeiro, aplique um desfoque gaussiano de quatro pixels na imagem. Salve-​­a (Arquivo ➠ Salvar como . . .) como um novo arquivo na exten­ são . PSD. Esse arquivo servirá de mapa de distor­ ção na aplicação do filtro mesclagem e será usado

VOL. III  2015

pos­te­rior­men­te. O desfoque gaussiano ajuda a sua­ vi­z ar o efeito do filtro de mesclagem, melhorando seu resultado vi­sual. (2, 3, 4) Abra novamente a imagem original e duplique a camada do Plano de Fundo (Cmd + J ou Ctrl + J), para que você possa sempre ter a imagem original para fazer um comparativo. Agora, crie uma nova camada para a aplicação do texto. Se­le­cio­ne a fer­ ramenta Texto e desenhe um quadro do mesmo ta­ manho do documento. Digite ou cole todo o tex­ to da poe­sia nesse quadro. Para obter um bloco de texto corrido, retire as quebras de parágrafo e utilize a formatação de texto justificado. (5, 6, 7, 8) Se­le­cio­ne uma fonte tipográfica para seu projeto. Usei a Bebas Neue, com uma entrelinha bem peque­ na, quase igual ao tamanho do corpo da fonte, fa­ zendo com que o texto cubra todo o retrato. (9, 10)


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VOL. III  2015  TECNOLOGIA GRÁFICA

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Com a camada de texto se­le­cio­na­d a, vá para Filtro ➠ Distorção ➠ Mesclagem. Ao aplicar o filtro sobre uma camada de texto, aparecerá uma jane­ la para que o texto seja rasterizado, ou seja, trans­ formado em imagem. Concorde com essa opção. Em seguida, aparecerá a janela de configuração do filtro. Eu escolhi o valor de 7 tanto para a esca­ la horizontal, quanto a vertical. Esses valores po­ dem ser outros, dependendo das características da imagem e do resultado que se espera. Agora, é 50 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. III  2015

preciso se­le­cio­nar o arquivo que servirá de mapa de mesclagem. Basta se­le­cio­nar o arquivo .PSD salvo an­te­rior­men­te. (11, 12, 13, 14) Já temos o texto distorcido de acordo com a imagem do mapa de mesclagem. Faça a seleção dos pixels da camada de texto clicando sobre sua mi­ nia­tu­ra na janela de camadas, com a tecla Cmd ou Ctrl pres­sio­na­da. Retire a visibilidade dessa cama­ da e se­le­cio­ne a camada cópia do plano de fundo, ainda com a seleção ativa. Inverta a seleção (Shift + 



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Cmd + I ou Shift + Ctrl + I). E apague (delete) as partes da imagem se­le­cio­na­da. Agora, você tem imagem somente nas áreas ­­ das letras. (15, 16, 17, 18) Crie uma nova camada abaixo dessa e aplique a cor preta em toda a sua área. Pronto, temos um lindo pôster tipográfico do Fernando Pessoa. Para salvar o arquivo mais leve, você pode deletar as camadas não visíveis e achatar toda a imagem. Esse comando encontra-​­se no submenu do painel Camadas. (19, 20) 52 TECNOLOGIA GRÁFICA  VOL. III  2015

É interessante perceber que, graças ao efeito causado pelo filtro de mesclagem, quando se olha a imagem a certa distância o retrato ainda é claramente visível; porém, quando vista de perto, o observador é estimulado a ler todas as palavras que cons­troem a composição. Agora, é a sua vez. Faça um retrato com esses mesmos recursos; você pode mudar o tipo de letra, as cores usadas e toda a configuração do filtro de mesclagem. Aproveite!

THIAGO JUSTO é instrutor de pré‑impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris


Sem tĂ­tulo-1 1

13/10/2015 16:38:06


GESTÃO AMBIENTAL Denise Góes

Eficiência energética: investir para economizar

E

54 TECNOLOGIA GRÁFICA

VOL. III 2015

m um cenário economicamente desfavorável, em que a palavra de ordem é cortar custos e minimizar os prejuízos, a implantação de ações voltadas para uma maior eficiência energética pode ajudar a indústria gráfica a racionalizar o uso da energia elétrica e com isso gerar economia, evitando o desperdício. Eficiência energética nada mais é do que obter o melhor desempenho dos equipamentos envolvidos na produção de um serviço, com o menor consumo de energia. A preocupação com o uso eficiente e racional da energia não é recente. Com a crise do petróleo, na década de 1970, o mundo passou a buscar alternativas para a geração de energia, não só do ponto de vista econômico, em função da elevação dos custos dos recursos disponíveis, mas também ambiental, já com a perspectiva de substituir fontes não renováveis por energia limpa. Há 30 anos o Brasil empreende programas para incentivar a

eficiência energética. Um dos mais conhecidos é o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), coordenado pela Eletrobrás e criado em 1985 com o objetivo de incentivar o uso racional da energia elétrica. Em 2002, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e as federações estaduais, surgiu o Procel Indústria, voltado para incentivar a eficiência energética no segmento industrial. Os programas e projetos governamentais orientam uma política mais abrangente, mas o setor industrial, como a indústria gráfica, também pode, e deve, desenvolver planos de ação para obter melhor desempenho dos equipamentos e otimizar o uso das fontes de energia.

Custos

Ações

INDÚSTRIA GRÁFICA

O engenheiro elétrico e consultor Georges Naguib foi um dos responsáveis por ações desenvolvidas e implantadas na gráfica da Editora Abril para atingir


maior efi­ciên­cia energética e está fa­mi­lia­ri­za­do com o conceito de ra­cio­na­li­z a­ção de energia para esse segmento. Naguib trabalhou por 27 anos na empresa e hoje atua como consultor. “Na verdade, é possível desenvolver algumas ações que são comuns para todas as in­dús­trias”, diz Naguib. “Mas nas gráficas destacam-​­se alguns pontos específicos dessa atividade. Um dos vilões dos gastos com energia elétrica, por exemplo, é a central de água gelada utilizada nas máquinas offset”. A central de água gelada também atende o ar-​­con­di­cio­na­do, tanto o usado para manter a temperatura am­bien­te quanto o utilizado nos processos gráficos. O consultor explica que em certas si­tua­ções é preciso rever os manuais, deixar a rigidez de lado e alterar alguns conceitos. “Muitas vezes alterar em 0,5°C, aumentando de 6°C para 6,5°C a saí­d a de água da central, por exemplo, já pode fazer diferença em termos de economia de energia. É preciso quebrar alguns paradigmas”. Para Naguib é possível usar a mesma lógica ao ava­liar o fun­cio­na­men­to do ar-​­con­di­cio­na­do, aparelho que tem um alto consumo de energia, dependendo do am­bien­te em que está instalado. No caso do ar-​­con­di­cio­na­do de conforto, o consultor questiona: “É preciso manter a temperatura de 24°C, como pedem os manuais?”. De acordo com ele, em determinados momentos é preciso ne­go­ciar, tentar alterar a temperatura ou mesmo desligar o ar e manter apenas a ventilação. Naguib cita o sistema de ar comprimido, utilizado em máquinas que envolvem pressão e rolos de impressão, nas máquinas offset, e nos sistemas pneumáticos de sopro, usados no acabamento. Esses sistemas apresentam um elevado consumo de energia elétrica e devem ser operados corretamente, usando os compressores de maneira efi­cien­te, diminuindo o ritmo para uma carga menor. “Na gráfica da Abril foi preciso separar as máquinas de ar comprimido. Dividimos a linha de sopro da linha de ar comprimido”, relata o consultor. No entanto, ele ressalta que essa decisão tem custo — a compra de duas máquinas —, e por isso envolve tomada de decisão e planejamento. ILUMINAÇÃO

De acordo com Geor­ges Naguib, a efi­ciên­cia energética pode ser representada por duas pirâmides dispostas lado a lado de forma oposta. Uma delas representa os custos, e a outra, as ações. Ele explica que

há muitas ações que têm baixo custo e outras, de grande porte, que envolvem um alto investimento. Cabe ao empresário ava­liar e definir as prio­ri­da­des. Naguib ressalta que é fundamental instituir um programa de ge­ren­cia­men­to de gastos de energia, com acompanhamento e monitoramento do consumo, principalmente durante os pe­río­dos de maior demanda do parque gráfico. Pode-​­se diminuir o número de lu­mi­ná­rias nos am­b ien­tes de trabalho ou então trocar máquinas e motores mais antigos por outros modernos, que gastam menos energia. No primeiro caso, sem dúvida o investimento será menor. No caso da iluminação, o consultor aponta uma série de ini­cia­ti­vas para atingir uma boa economia de energia elétrica. “No caso da Abril, com a troca de lu­mi­ná­rias conseguimos economizar 11% de energia elétrica. Dependendo da instalação é possível chegar a 20% de economia”. Nesse caso também vale um estudo para ava­liar em que am­bien­tes da gráfica é possível trocar lâmpadas fluo­res­cen­tes, por exemplo de 40 w por 32 w, uma medida simples e de grande eficácia. A instalação de sensores de presença, de sensores fo­toe­lé­tri­cos (equipamentos que ligam ou desligam a iluminação dependendo da luz natural) e de interruptores setorizados também pode ser feita em locais como es­cri­tó­rios, banheiros e corredores. CONSCIENTIZAÇÃO

Outra linha de ação, ainda dentro de um plano de implantação de efi­ciên­cia energética, está re­la­cio­ na­da a atitudes dentro da empresa. Para isso, em alguns casos é preciso desenvolver campanhas internas de cons­cien­ti­z a­ção para o uso ra­cio­nal de equipamentos, como elevadores, com o objetivo de economizar energia. Para o consultor, contudo, a ava­lia­ção do que se está disposto a gastar é o primeiro passo para qualquer plano de ação. Em geral, as empresas investem primeiro na produção. “A efi­ciên­cia energética ainda não é prio­ri­da­de para os em­pre­s á­rios. No embate entre manutenção e produção, a produção manda”, diz Naguib. Por isso, ao colocar o tema da efi­ciên­cia energética em pauta, o consultor insiste na necessidade de ne­go­cia­ção, de chegar a um consenso. “O envolvimento de toda a equipe de produção e manutenção faz a grande diferença nos resultados do plano de ação de efi­ciên­cia energética de qualquer empresa”, avalia Geor­ges Naguib. VOL. III  2015  TECNOLOGIA GRÁFICA

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COMO FUNCIONA

Bruno Mortara

QR Code e Realidade Aumentada

O

código QR (QR Code) é um símbolo bidimensio nal definido e padronizado pela norma inter nacional ISO/IEC 18004. Inventado em 1994 pela Toyota, está incorporado à rotina de milhares de empresas e de pessoas que utilizam o código frequentemente com os mais diversos objetivos. Criado inicialmente para superar as limitações dos códigos de barra, o QR agrega cerca de 100 vezes mais dados que seu predecessor. Esse potencial permite que se codifiquem informações em línguas orientais — que possuem milhares de caracteres —, além de dados precisos sobre produtos, serviços e embalagens. Os dados armazenados em um código QR (de tamanho máximo) podem ter até 7.089 caracteres numéricos, 4.296 caracteres alfanuméricos, 2.953 caracteres de dados ou, ainda, 1.817 caracteres de dados em Kanji (caracteres chineses adotados pelos

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japoneses). Para sua leitura, é preciso um telefone celular equipado com câmera, acesso à internet e um aplicativo específico de leitura de QR . Assim que o aplicativo do telefone captura o código com a câmera é disparado um acesso à internet, via aplicativo ou pelo navegador. Além disso, o aplicativo pode disparar ligações telefônicas, vídeos, sons, SMS ou e-mails. O código QR tem capacidade de leitura de alta velocidade em todas as direções, o que possibilita aplicações inusitadas. Uma de suas principais vantagens é a redundância (menor quantidade de erros de leitura) e sua capacidade de leitura em ângulos não perpendiculares, sem contar a velocidade e a precisão. Hoje, o código QR é largamente utilizado em museus, supermercados, pontos de ônibus, cartazes, embalagens e inúmeras aplicações criativas e originais. Experimente com seu celular: baixe o aplicativo (em geral existem aplicativos gratuitos na AppleStore ou na PlayStore), fotografe o código QR a seguir, e acesse a nossa página no Facebook. A Realidade Aumentada (RA) tem um funcionamento similar ao Código QR , porém sua implementação e resultados são bem mais complexos. A Realidade Aumentada também é ativada pelo celular conectado à internet e através de um aplicativo. Entretanto, o código de ativação pode ser muito mais simples. Quando o aplicativo “vê” o código de ativação, cria imagens integradas às imagens do ambiente capturadas pela câmera do celular, o que resulta em uma interessante combinação de realidade visual e virtual, por isso denominada “aumentada” (o dispositivo exibe o objeto vir tual em sobreposição ao objeto ou ao ambiente físico reais). Com a Realidade Aumentada é possível criar imagens e manipulações de objetos físicos e virtuais. A Realidade Aumentada vem sendo cada vez mais utilizada através de aplicativos de smartphone, sendo possível, por exemplo, apontá-lo para algum lugar e obter uma sobreposição de informações, como encontrar os restaurantes e cafés mais próximos ou consultar preços de produtos. Atualmente a Realidade Aumentada é utilizada com sucesso em vários setores, como educação, medicina, física, geologia ou turismo. Em Berlim, por exemplo, um aplicativo permite enxergar como eram setores da cidade quando ainda existia o Muro de Berlim, simplesmente mirando o local com o celular.

A tecnologia também vem sendo aprimorada para orientação e acessibilidade de pessoas com de fi ciên cia visual. Com a câmera do smartphone, um aplicativo transmite a informação sonora correspondente aos objetos que são alcançados pela imagem. E empregando um sensor GPS é possível obter a posição do indivíduo, em latitude e longitude e orientá-lo em trajetos abertos. Veja agora um interessante aplicativo de RA , o Find Your Car with AR https://itunes.apple. com/us/app/f ind- your-car- ar-augmented/ id370836023?mt=8, que lembra onde você estacionou, levando- o de volta até o seu veí culo. Pode ser bem útil para os mais distraídos! BRUNO MORTARA é superintendente do ONS27

e coordenador da Comissão de Estudo de Pré-Impressão e Impressão Eletrônica e professor de pós-graduação na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica.

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NA REDE

LITERATURA

Coleção Indústria Gráfica – Imposição com Preps

DESIGN INSPIRATION MAGAZINE designinspirationmagazine.com Criada há pouco mais de um ano, e como o próprio nome diz, a Design Inspiration Magazine objetiva estimular os criativos em seu ofício diário. O site é marcado pela diversidade, abrangendo desde o design gráfico até o mundo das tatuagens. Mesmo na parte gráfica o cenário é bem diverso, mas esse é justamente o trunfo da página. Vale a visita. (Em inglês)

Ana Cristina Pedrozo O livro tem como objetivo explicar em detalhes os recursos do Kodak Preps e como ele pode ajudar especificamente os profissionais de pré-impressão a fazer imposições de páginas e repetições de elementos de layout. Os recursos e comandos foram agrupados em capítulos que acompanham o processo de imposição de arquivos PDF. O usuário do Preps consegue visualizar os vários tipos de traçados e montagens, que fazem parte da rotina da produção de peças tais como projetos editoriais, rótulos, adesivos e embalagens. Para facilitar o aprendizado, os procedimentos são extensivamente ilustrados. Além disso, existem algumas valiosas dicas, truques, e principalmente avisos, recomendações e armadilhas distribuídas pelas páginas dos capítulos. A autora procurou incluir na obra boa parte de sua experiência profissional, desde os conceitos de produção gráfica, passando pela pré-impressão, impressão e acabamento. Bytes & Types loja.bytestypes.com.br

O planejamento dos recursos e das instalações industriais BIBLIOTECA MÁRIO DE ANDRADE www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bma/ Você costuma frequentar bibliotecas? Não? Pois saiba que a Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, referência em obras raras, atrás apenas da Biblioteca Nacional ( RJ ), recebe 1.200 pessoas por dia. E como esse número não para de crescer e não há como ampliar o espaço físico, a biblioteca iniciou em outubro o projeto de extensão de seu horário de funcionamento. Começando com viradas noturnas, a ideia é que até o fim deste ano ela passe a funcionar 24 horas por dia. Está também nos planos da Mário de Andrade a digitalização de seu acervo e a disponibilização online dos livros. Ficou interessado? Comece então pelo site da biblioteca e aproveite para conhecer os tesouros que ela tem para oferecer.

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Oswaldo D. Perretti Nesse novo lançamento da editora do Senai são apresentados de forma objetiva, mas também profunda, os princípios para o planejamento da instalação industrial. O nor teador do livro é a necessidade, cada vez mais premente, de se aumentar ao máximo a produtividade. A obra aborda o planejamento das instalações industriais considerando infraestrutura, equipamentos, características da edificação, meio ambiente, requisitos legais e o papel fundamental do ser humano no processo produtivo. Osvaldo D’Angelo Perretti é professor de graduação e pós-graduação da Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica, tem especialização e mestrado em Engenharia da Produção. Senai-SP Editora www.senaispeditora.com.br


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