Revista Abigraf 282

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REVISTA

ISSN 0103•572X

REVISTA ABIGRAF 282 MARÇO/ABRIL 2016

A R T E & I N D Ú S T R I A G R Á F I C A • A N O X L • M A R Ç O / A B R I L 2 0 1 6 • Nº 2 8 2


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G R Á F I C A

O DESAFIO É GRANDE. O RECONHECIMENTO, ETERNO. PR E PAR E - SE . V E M AÍ A N O VA E DI Ç ÃO D O PR Ê MI O C

M AI S I M PO RTAN T E DA I N DÚST R I A G R ÁF I CA NACI ONAL .

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O DESAFIO É GRANDE. O RECONHECIMENTO, ETERNO. PR E PAR E - SE . V E M AÍ A N O VA E DI Ç ÃO D O PR Ê MI O C

M AI S I M PO RTAN T E DA I N DÚST R I A G R ÁF I CA NACI ONAL .

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ISSN 0103-572X Publicação bimestral Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Rua do Paraíso, 533 (Paraíso) 04103-000 São Paulo SP Tel. (11) 3232-4500 Fax (11) 3232-4550 E-mail: abigraf@abigraf.org.br Home page: www.abigraf.org.br

Mulher com Chapéu, pastel sobre cartão, 54,5 × 40,8 cm, década de 1930

REVISTA ABIGRAF

Presidente da Abigraf Nacional: Levi Ceregato Presidente da Abigraf Regional SP: Sidney Anversa Victor Gerente Geral: Wagner J. Silva Conselho Editorial: Cláudio Baronni, Fabio Arruda Mortara, Igor Archipovas, Ismael Guarnelli, Levi Ceregato, Max Schrappe, Plinio Gramani Filho, Reinaldo Espinosa, Ricardo Viveiros e Wagner J. Silva Elaboração: Gramani Editora Eireli Rua Marquês de Paranaguá, 348, 1º andar 01303-905 São Paulo SP Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159-3010 Fax (11) 3256-0919 E-mail: editoracg@gmail.com Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26.897), Ada Caperuto, Denise Góes, Laura Araújo, Marco Antonio Eid, Ricardo Viveiros Colaboradores: Álvaro de Moya, Claudio Ferlauto, Hamilton Terni Costa e Walter Vicioni Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosaria Scianci Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão e Acabamento: Type Brasil Capa: Laminação e reservas de verniz, Hot stamping e relevo (com fitas MP do Brasil): Green Packing Assinatura anual (6 edições): R$ 60,00 Exemplar avulso: R$ 12,00 (11) 3159-3010 editoracg@gmail.com Apoio Institucional

Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica

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Poeta das cores

Entre o clássico e o moderno, Di Cavalcanti retratou o povo brasileiro em suas cores, alegrias e tristezas. Em suas telas ousou sonhar com outra realidade para a gente simples das ruas, mostrando-as serenas e belas.

18 Drupa 2016

Na Drupa 2016 serão apresentadas várias soluções que apontam para a implementação da tecnologia digital na indústria da embalagem.

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Os humores do mercado Levantamento do Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf revela que a confiança do empresário continua baixa, mas a expectativa dá sinais de melhora.

48 Gestão

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FUNDADA EM 1965

Membro fundador da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf)

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O consultor Hamilton Costa contextualiza a quarta revolução industrial e a evolução tecnológica no universo da comunicação impressa, pontuando as principais inovações do setor.


Pré-Drupa 2016

A Revista Abigraf traz nesta edição uma série de artigos e matérias abordando tendências e os principais lançamentos que serão vistos na maior feira da comunicação impressa do mundo.

Fespa 2016/ExpoPrint Digital

O primeiro evento de impressão digital do calendário brasileiro em 2016 reuniu 12.816 profissionais em São Paulo interessados em soluções que tragam diferenciais competitivos.

Rótulos em alta

Cresce o uso da impressão digital na produção de rótulos e etiquetas adesivas, segmento de mercado que vem apresentando bons resultados e aumento na demanda.

# Abigraf 50 – Década de conquistas

Entre 2005 e 2015 a Abigraf Nacional atuou fortemente na defesa dos interesses do setor, com ações como a campanha de valorização da comunicação impressa e o estudo setorial da indústria gráfica brasileira.

Brasil de contrastes

Fotógrafo contemporâneo de destaque nas artes plásticas, Caio Reisewitz usa o grande formato para explorar questões socioambientais com imagens construídas para gerar a reflexão.

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ARTE & INDÚS TRIA GRÁFICA • ANO XL • MAR ÇO/ABRIL

Capa: Mulher, óleo sobre tela, 102 × 92 cm, década de 1940 Autor: Di Cavalcanti

Editorial/ Levi Ceregato.............................6 Rotativa ...................................................8 Pré-Drupa/ Komori .................................24 Pré-Drupa/ HP .......................................26 Pré-Drupa/ Düsseldorf............................28 Pré-Drupa/ Bélgica.................................32 Educação/ Walter Vicioni.........................42 Gestão/ Hamilton Terni Costa ..................48 Agfa/ Chapas Offset ...............................52 Ampla/ Nova diretoria .............................54

Gonçalves/ Cajamar ...............................56 Heidelberg/ Novo presidente ...................58 Fórum Transparência e Competitividade/ Paraná....................60 Kodak e Zanatto/ Flexografia...................62 Olhar Gráfico/ Claudio Ferlauto ...............64 Canon/ Novos equipamentos ..................66 Sistema Abigraf .....................................78 Há 30 Anos............................................81 Mensagem/ Sidney Anversa Victor...........82 março /abril 2016

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EDITORIAL

O Brasil do dia seguinte

a pensar mais is ec pr o rn ve go do te en fr à Quem seguir sociedade da o iç rv se a do ta Es o r ca lo na Nação e co

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zir um imediato tionáveis, capazes de produ ues inq os sim vís gra etro para a somada aos de credibilidade. Como parâm e qu A imprevisibilidade política, cho o conteúdo al governo na econômica, seria interessante ção era up estragos provocados pelo atu rec ado em da retomada dos nte para o futuro”, apresent “Po o ent cum do economia, é a maior inimiga do econômico alternativo, nto do PIB e da criação investimentos, do crescime 15 pelo PMDB como plano 20 ar ine del vel e redução do tamanho impossí na responsabilidade fiscal o ad de empregos. É praticamente foc a sidência, desfecho de tod rgunta-se: assumindo a pre Pe o. tad Es um cenário provável para o do s o planejamento da com uma base de apoio essa situação, o que dif iculta ele teria como executar isso seus a. alt em fiança cargos, verbas e obras para por ida áv r nta me empresas e mantém a descon rla pa ! Se promover tais das projeções possíveis eleitorais? Espera-se que sim s O mais grave é que alg umas uto red da rte e da sociedade. guntas por pa terá apoio do empresariado s, nça da geram questionamentos e per mu o ent presidente xa ao recrudescim ótese é o impeachment da hip ra cei ter A sociedade, que assiste perple a parte da presidente Dilm idente Michel Temer do fisiologismo, não só por lma Rousseff e do vice-pres Di r. me Te l che gnação de sua idente Mi sos separados ou pela impu ces pro Rousseff, como do vice-pres em s do rti pa ação em e cargos com os ições de 2014, por conta de ele s na pa Ambos negociam clarament cha de iva Nacional, na tentat perior Eleitoral (TSE). representados no Congresso tramitação no Tribunal Su . nt me ach pe im o pró denados pelo uso, tra e sse caso, eventualmente con compor grupos de apoio con Ne a sej r ula de propinas da caso a tit panha, de caixa dois oriundo cam Ou seja, o provável sucessor, na nte me ida hec ições diretas antigas e recon seriam realizadas novas ele s, bra cassada, já utiliza práticas tro Pe . PT atos. semelhante ao do s após a cassação dos mand dia 90 de zo pra antiéticas, ag indo de modo no não é um projeto de dade o dia seg uinte Percebe-se que a prioridade O Brasil ag uarda com ansie de o jet pro um al for o desfecho, sil, mas sim o do impedimento. Seja qu açã governo para o bem do Bra vot à to tex con sse erno adote s brasileiros. Ne e quem seg uir à frente do gov qu -se era poder para o bem de pouco esp da o tado a de duvidar até mesm ra, ou seja, que coloque o Es stu po va no a do toma lá dá cá, não se po um ta Dilma Rousseff, que ten de ser vir-se dele para permanência da presidente ser viço da sociedade e deixe . nto me rla Pa no ar do poder! de apoio buir privilégios e se locuplet tri reconstruir uma débil base dis do rio ejo majoritá Essa hipótese contraria o des fica, que manifestou grá r País, inclusive da indústria lceregato@abig raf.org.b blica da Abigraf. pú ta no em ão siç po sua e oficialment danosa, a começar pelo A continuidade seria muito lma Rousseff seg uiria sem fato de que a presidente Di ente conseg uiria aprovar ter como governar. Dificilm Nacional e terminaria alg um projeto no Congresso cólico, enfrentando as o seu governo de modo melan ção Lava Jato, correndo denúncias relativas à Opera impedimento e tendo o risco de novos processos de ref inaria de Pasadena, de explicar questões como a presidente Luiz Inácio a suspeita nomeação do exas pedaladas fiscais Lula da Silva à Casa Civil, seg uiria parado. e outras mazelas. O Brasil nt da presidente Caso se efetive o impeachme nte Michel Temer, este e a assunção do vice-preside s e oferta de ministérios fica teria de esquecer os acordo Bra sileira da Indústria Grá Presidente da Associação o composta por ern gov de ipe equ a um al) ar ion e nome (Abigraf Nac ência, ética e conduta notáveis, pessoas de compet

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Por que os parabéns?

10 anos de antalis no brasil é a resposta.

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Insumos Gráficos

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A mais ampla gama de papéis revestidos e não revestidos, papéis especiais, sintéticos, bem como autoadesivos e papéis para impressão digital.

Parte de um sólido grupo francês, com presença em 43 países, a filial da Antalis no Brasil completa 10 anos. Conta hoje com um portfólio completo de produtos para atender às demandas do mercado gráfico, com distribuição para todo o Brasil. Agradecemos a você, cliente, por essa conquista.

Gama completa de itens que facilitam a vida do gráfico, chapas, blanquetas, tintas, cartuchos, papel de prova, químicos, além dos instrumentos de alta qualidade e confiabilidade.

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Instituto de Embalagens lança livro na Drupa

O bra bilíngue português/

Tecnologia Led UV da Heidelberg chega ao Brasil A Heidelberg está apresentando

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ao mercado brasileiro a sua tecnologia LED UV, ideal para aplicações de impressão comercial, com ou sem revestimento. “O sistema de secagem Drystar LED UV, já consolidado na Europa e Japão, não vem para substituir as tecnologias LE UV ou UV convencional, mas, ao contrário, vem para se tornar mais uma opção a ser oferecida ao cliente, levando-se em consideração as suas necessidades. A tecnologia LED UV tem o seu devido lugar dentro de um perfil de cliente que busca, por exemplo, imprimir baixas tiragens com rapidez e trabalhos diferenciados em máquina”, explica Philipp Fries, gerente de vendas da Heidelberg no Brasil. No Japão já foram realizadas mais de 20 instalações do Drystar LED UV, contribuindo para isso a pressão para a diminuição do consumo de energia, uma das características dessa tecnologia. Além desse fator, o sistema também faz com que os materiais não sejam REVISTA ABIGR AF

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Philipp Fries

aquecidos no processo, o que evita distorções em aplicações especiais com substratos mais sensíveis ao calor ou películas muito finas, conferindo um registro com precisão absoluta. Suas aplicações incluem cartões de plástico, etiquetas, adesivos, rótulos e embalagens de plástico de alta qualidade. É preciso observar, porém, que, para produções de grandes volumes de um mesmo trabalho,

é preferível permanecer com os sistemas convencionais de secagem, já que os custos de tintas no sistema LED UV são elevados. Para oferecer a opção mais adequada às necessidades do cliente, a fabricante alemã conta com a ferramenta de gestão Prinect, que pode identificar qual o processo mais eficiente e econômico de acordo com o perfil do cliente, através de comparações e cálculos de, por exemplo, gastos de energia, tempo e insumos, como também emissão de CO². www.heidelberg.com

inglês, o livro Embalagens Papelcartão – Pa per board Packaging do Instituto de Embalagens, que aborda desde a concepção do projeto até o descarte responsável, será lançado no dia 6 de junho, na Drupa. O livro fará parte da coleção www. betterpackagingbetter world.com e será apresentado ao público brasileiro no dia 28 de junho, em São Paulo. A publicação, com 368 páginas, enfoca os principais aspectos necessários para o desenvolvimento de uma boa embalagem em papel-cartão, como design, ten dên cias e inovações, processos de impressão e fabricação, projetos, acabamentos e a questão ambiental. Embora de caráter técnico, a edição foi pensada e elaborada para ser acessível aos profissionais de todos os níveis de conhecimento: de estudantes a empresários, envolvendo-os desde as empresas de embalagens e matériaprima até os profissionais de serviços, e industriais dos setores alimentícios, de bebidas, cosméticos, higiene pessoal e limpeza e muitos outros. A obra contou com o patrocínio da Abigraf, FuturePack, Ibema, Klabin, MD Papéis, Papirus, Santa Inês, Sindigraf- SP e Suzano. Outras informações pelo telefone (11) 2854.7770 ou pelo e- mail cursos@institutodeembalagens.com.br.


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Três décadas de superação No dia 31 de março, a Alphaprint completou 30 anos de atividades. O presidente da empresa, Antonio Pacheco, relembra, com orgulho, a trajetória da Alphaprint ao longo dessas três décadas, desde a fundação em 1986. O pioneirismo na introdução e desenvolvimento de tecnologias inovadoras para o mercado gráfico brasileiro, a participação da empresa em inúmeros projetos im pul sionando o crescimento dos seus clientes, a presença nas grandes feiras e eventos do setor, nacionais e internacionais, e o reconhecimento do mercado com a conquista de diversos prêmios das fábricas e dos meios de comunicação foram etapas e momentos de grande realização profissional e consolidação

empresarial. Tudo isso foi ainda mais valorizado pelas dificuldades enfrentadas e superadas como o Plano Collor, em 1990,

quando a empresa tinha apenas quatro anos; o apagão de 2001; a crise mundial de 2008; sem falar na atual crise política e econômica que está paralisando o nosso país, e que também será ultrapassada como o foram as demais”. Para Hadriano Domingues, diretor de planejamento e marketing, “a Alphaprint é um exemplo de quem sabe se reinventar. É motivo de orgulho saber que a empresa teve grande participação nas transformações

do mercado gráfico brasileiro, o que nos motiva ainda mais quando vemos que são essas inovações que ajudam nossos clientes a crescer. Isso tudo é fruto de um trabalho em equipe, então, por esses 30 anos, só temos a 30 anos agradecer aos nossos colaboradores, fornecedores, parceiros e clientes”. Atual mente com cerca de 130 colaboradores, a Alphaprint atua em diversos segmentos, como editorial, promocional e co mercial, cartonagem, fotografia, comunicação visual, VDP & transpromo, agregando soluções ao mercado gráfico. Agora, passará a contar com soluções para os segmentos de impressão em tecido e impressão de rótulos e etiquetas. www.alphaprint.com.br

Inovação tem papel de destaque na Antilhas Uma das maiores indústrias do

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mercado de embalagens em papel, cartão e plástico flexível, a Antilhas se dedica há mais de 25 anos a oferecer soluções e produtos inovadores aos seus clientes. Isso é garantido pelo papel efetivo desempenhado pelo seu departamento especializado em inovação, que possibilita desenvolver e aplicar elementos que agregam valor à embalagem. A companhia investe, constantemente, em pesquisa e desenvolvimento, estrutura e qualidade para oferecer expertise e se manter na vanguarda da tecnologia nos segmentos de varejo, cartucharia e flexíveis. O resultado desse investimento está na qualidade da REVISTA ABIGR AF

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Claudia Sia

carteira de clientes composta por grandes marcas, que levam as produções da empresa para o cenário inter na cio nal, como L’Occitane, L’Oréal, Levi’s, Lindt, The Body Shop, Adidas, Calvin Klein, Tommy Hilfiger e Sephora,

entre outras. “Trabalhamos para que o cliente perceba e sinta a importância que suas marcas representam para o nosso portfólio. Conseguimos estabelecer um vínculo que transmite segurança pelo pioneirismo e característica inovadora sempre presentes no DNA da Antilhas”, comenta Claudia Sia, gerente de planejamento e marketing da empresa. Além dos serviços tradicionais de uma indústria de embalagens, a Antilhas se destaca pela oferta de serviços, com suporte à loja, pedidos online, entrega just in time, orientação de produtos, pesquisa de satisfação e suporte na viabilização de projetos inovadores. www.antilhas.com.br

ENFOQUE O que esperar da nanografia?

BRUNO CIALONE, CONSULTOR DA ABTG E PROFESSOR NA FACULDADE SENAI DE TECNOLOGIA GRÁFICA

Depois de fascinar o mundo com a nanografia na Drupa 2012, Benny Landa promete agora sair do universo dos protótipos. Bruno Cialone comenta a viabilidade dessa tecnologia. A nanografia é viável do ponto de vista tecnológico e econômico? Sim, é tecnologicamente viável, e agora muito mais sólida. Após a pré- Drupa da HP, em março, um grupo de jornalistas pôde conferir as máquinas trabalhando e os resultados deixaram todos boquiabertos. Para esse grupo, Benny Landa jurou que aceitará pedidos na Drupa, prometendo entregar as máquinas no final deste ano ou no começo do próximo. Com relação à viabilidade econômica, fala-se que os modelos serão mais caros que impressoras offset de mesmo formato. Além do valor da máquina, é preciso considerar as tintas. Landa declara que o custo por impresso é mais baixo que na offset, porém não sabemos se ele está considerando só a impressão ou está envolvendo as chapas também. Há ainda a questão ambiental. Como será feita a reciclagem dos materiais impressos? E as tintas, são prejudiciais à saúde? Landa afirma que as tintas estão em conformidade com as normas internacionais, mas será preciso provar.


ACTEGA: Uma empresa global com 12 unidades espalhadas pelo mundo

Somos líderes mundiais no segmento de produtos para indústria gráfica. Nossos vernizes e tintas são desenvolvidos com foco em inovação e qualidade. Conte com a nossa parceria e assistência técnica para criar soluções voltadas ao seu negócio. Conheça mais sobre nossos produtos e unidades em nosso site: www.actega.com.br

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(E/D) Adair Zanatto, presidente da Zanatto, e Ricardo Karbage, presidente da Xerox do Brasil, apostam no sucesso da nova parceria

Zanatto passa a comercializar produtos Xerox

Durante evento realizado no dia

Conferência de Design e Artes Gráficas em Barcelona

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vento bienal, a quarta edição da Conferência Internacional em Design e Artes Gráficas (Cidag), organizada pelo Instituto Superior de Educação e Ciências (Isec), Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e Escola Salesians de Sarrià, de Barcelona, será realizada de 26 a 28 de outubro. As edições anteriores ocorreram em Lisboa e Tomar e a edição deste ano marca o “ponto de encontro” em Barcelona, nas instalações da Escola Salesians de Sarrià, sob o tema “Comunicação Gráfica – Meeting Points”. O programa científico da 4ª Cidag está organizado em quatro áreas: Design e Comunicação (tipografia, design gráfico, design de embalagem, design para sustentabilidade, design inclusivo e design editorial); Produção Gráfica e Multimídia (normalização, materiais e tecnologias, usabilidade e ergonomia, interatividade e mídias digitais); Inovação Educativa (interdisciplinaridade, reformas educacionais e curriculares, metodologias e tecnologias educacionais); e Indústria e Universidade (negócios, relação com o cliente, produtos e serviços). Estarão presentes respeitados especialistas, locais e internacionais, de universidades, escolas superiores e institutos de I&D, que atuam em áreas associadas ao design e à produção gráfica. O Brasil será representado por Bruno Mortara, superintendente do ONS27, diretor técnico da ABTG Certificadora e professor de pósgraduação da Faculdade Senai de Artes Gráficas, que participará na tarde do dia 26 da mesa redonda “As normas da ISO/TC 130 Comitê de Tecnologia Gráfica no novo paradigma de comunicação gráfica internacional”, ao lado de representantes de Portugal e Espanha. www.cidag.com.pt

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Actega cria campanha de soluções especiais em vernizes REVISTA ABIGR AF

Por meio de lâminas comerciais, a Actega lançou campanha visual com um port fólio de soluções especiais em vernizes para os mercados de embalagem em papel, promocional e editorial. A iniciativa é resultado de uma ampla pesquisa que envolveu as equipes

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31 de março no Senai de Artes Gráficas de Barueri (SP), foi feito o anúncio oficial de que, a partir daquela data, a Zanatto Soluções Gráficas passa a comercializar em todo o Brasil as soluções de impressão digital Xerox. Estavam presentes o staff comercial e técnico de ambas as empresas, incluindo os presidentes da Zanatto e Xerox Brasil, respectivamente, Adair Zanatto e Ricardo Karbage. Com grande tradição no segmento gráfico e vencedora de diversos prêmios nacionais e internacionais como distribuidora e revenda de tecnolo gias de préimpressão, flexografia e impressão, a Zanatto vem investindo nos últimos anos no lançamento de novos produtos e na otimização de sua infraestrutura de logística e distribuição. A partir de sua sede em Curitiba (PR) e escritórios comerciais em São Paulo e Porto Alegre, a empresa atende, hoje, todo o território nacional, contando em seu port fólio de representadas com marcas líderes em todo o mundo. Mediante o novo acordo comercial, a Zanatto passa a ser a comercial, de desenvolvimento, mar ke ting e assistência técnica para levar ao mercado propostas diferenciadas de acabamento e efeito que valorizem e proporcionem maior destaque ao produto impresso. As soluções propostas são apresentadas em 3D

nova revenda Xerox no Brasil para o port fólio que envolve todos os equipamentos de impressão digital de pequeno porte, de média produtividade, de tecnologia de toner eletrofotográfico para alto volume e impressão jato de tinta da empresa norte-americana. “Agregar a Xerox como parceiro de alta tecnologia e líder nos segmentos em que atua é um grande orgulho para nós. Certamente, teremos com a marca Xerox o mesmo sucesso que já obtivemos com empresas que são líderes e referências nos respectivos segmentos”, salientou Adair Zanatto. Luis Iglesias, diretor-executivo para soluções gráficas e contaschave da Xerox do Brasil para o mercado de impressão digital, declarou: “Quando conhecemos a Zanatto, confirmamos que a empresa se encaixava nas características do tipo de parceiro que buscamos e vimos a oportunidade de uma parceria de muito sucesso para ambos os lados. Nossa expectativa é que a Zanatto passe a ser uma referência para a impressão digital, como já o é para o mercado gráfico convencional”. www.zanatto.com.br

offset, 3D serigráfica, fosco UV, UV digital, base água fosco, textura lixa, soft touch VBA , textura brilho, textura fosca e drip-off. Os interessados podem solicitar o material aos representantes Actega ou pelo e-mail: brmarketing. actega@altana.com.


Tecnologia DuPont Cyrel Easy na Fotograv

Sediada no bairro da Barra Fun-

da, na capital paulista, a Fotograv é uma das mais conhecidas clicherias do Brasil. Fundada em 1968, sempre foi pioneira na introdução das novas tecnologias e processos de gravação de matrizes para flexografia e dry-offset no mercado brasileiro, desempenhando um papel importante na evolução da cadeia de impressão de embalagens flexíveis (rótulos, etiquetas e embalagens) no País. Em um mercado tão competitivo como é o de flexografia, diferenciar- se é um grande desafio. E a Fotograv sentia falta de uma forma de pré-impressão que mantivesse ou até superasse o nível de qualidade que detinha,

mas que pudesse minimizar o tempo de processo e as variáveis envolvidas na confecção de seus clichês. Pensando nisso, adquiriu a nova geração de chapas DuPont Cyrel Easy, plataforma de

tecnologia que simplifica o processo de pré-impressão através da construção de pontos digitais de topo plano diretamente na placa, com alta transferência de tinta e cores vibrantes.

Em contato com a tecnologia desde novembro de 2015, a Fotograv já teve a oportunidade de introduzir esse material em diversos convertedores, com resultados altamente satis fatórios. Segundo Fidel Fernandes, sócio-diretor da empresa, entre outros pontos positivos, alguns aspectos merecem ser destacados: o setup é extremamente rápido; um dos itens já imprimiu mais de 2 milhões de metros com 15 entradas de máquina em perfeitas condições, quando a média de mercado é de 6 a 7 vezes, dependendo das condições de tiragem; impressão em alta velocidade, de 400 a 600 m/min, sem entupimento. www.cyrel.com.br

touch the future Idéias Inspiradoras para o sucesso A drupa é o evento que se deve visitar, em 2016: o ponto de partida de imagens muito promissoras. Foco em tecnologias do futuro. Ponto de encontro de idéias que eletrificam os mercados. Modelos de negócios inovadores e exemplos das melhores práticas vão demostrar o futuro potencial do setor da impressão nas suas diferentes vertentes: print, packaging production, green printing, functional printing, multichannel, 3D printing.

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REVISTA ABIGR AF 05.02.16 17:34


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Di

Cavalcanti 2

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ARTE

Extraordinário personagem da cultura brasileira

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ontrastes são significativa presença na vida de um ca­r io­c a que se tornou uma das maiores expressões culturais do Brasil, com repercussão in­ ter ­na­cio­nal: Di Cavalcanti. A começar que nasceu no Rio de Janeiro, em São Cristóvão, bairro que mesclava dupla condição so­cioe­co­nô­ mi­ca — im­pe­r ial e proletária. Nele con­v i­v iam o sun­tuo­so Paço Im­pe­r ial e a humilde colônia de pescadores, formada por imigrantes por­ tugueses. Bem antes do bairro tornar-​­se nor­ destino, como é hoje, um casal de paraibanos, Frederico e Rosália, trouxe ao mundo, em 6 de setembro de 1897, Emi­l ia­no de Albuquerque e Mello. Mais tarde, ignorando seus documentos: “Emi­lia­no Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Mello”, como decidiu assinar artigos, colunas, livros etc. Pura excentricidade.

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Ele queria “viajar”, sempre e sem destino. Tinha um desejo incontrolável de construir sonhos e destruir realidades. Homem livre, foi capaz de criar um mundo melhor escrevendo, desenhando, pintando ou, simplesmente, debatendo opiniões com ele mesmo e o próximo. Ricardo Viveiros (ABCA-AICA)

ARTES GRÁFICAS

Talvez do contraste entre nobres e plebeus, Di tenha fundamentado sua temática livre de compromissos com escolas e movimentos, na­ tural como a vida. Criou inspirada arte, ca­r io­ca e brasileira, com apurada técnica e forte bele­ za; transcendeu fronteiras e se tornou universal pela qualidade. Aos 17 anos, perdeu o pai. Alu­ no do tra­di­cio­nal Colégio Militar, viu-​­se obriga­ do a trabalhar para ajudar no sustento da casa. Seu talento de desenhista levou-​­o à revista Fon-​­Fon, cuja marca registrada eram as ilustra­ ções. Ao lado de J. Carlos, Nair de Tefé, Raul Pe­ derneiras e K. Lixto, consagrados artistas grá­ ficos, o rapazola estreou na arte do jornalismo com uma caricatura. Ilustrou para outras pu­ blicações. Deixou a Faculdade de Direito no Rio de Janeiro e foi para São Paulo, cursar a Acade­ mia de Direito do Largo de São Francisco, hoje da Universidade de São Paulo (USP). Embora transitasse com desenvoltura en­ tre os intelectuais ca­r io­cas, em São Paulo sua carreira teve maior dimensão. Seguiu ilustran­ do para jornais e revistas, como O Estado de S. Paulo e A Cigarra, abandonou o curso su­pe­r ior e frequentou o ateliê do pintor Geor­ge Elpons.

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áginas anteriores P 1 Mulheres Protestando, óleo sobre tela, 45,5 × 65 cm, 1941 2 Paquetá, óleo sobre tela, 50 × 65,5 cm, década de 1920 3 Menina de Guaratinguetá, óleo sobre tela, 81,5 × 65 cm, 1929 4 Mulher com Véu e Arlequim, óleo sobre tela, 41 × 33 cm, década de 1930 5 Menina com Flores e Cavalo Rosa, óleo sobre madeira prensada, 56 × 75 cm, 1942-1943 esta página N 6 Nu Deitado, óleo sobre tela, 49 × 74 cm, 1943 7 Ciganos, óleo sobre tela, 97 × 130 cm, 1940

Trabalhou para publicações culturais e se tor­ nou próximo dos “re­vo­lu­c io­ná­r ios” da época, como Mário de Andrade. Foi um dos mento­ res da Semana de Arte Moderna de 1922, em­ bora há quem diga que tenha sido o seu idea­ li­za­dor. Di foi um dos mais cobiçados artistas gráficos do País, ilustrando textos de autores famosos para grandes editoras. Não demorou para desembarcar na Europa. Em Paris, França, seguiu ilustrando e encon­ trou outros artistas brasileiros. Foi correspon­ dente do jornal Correio da Manhã. Relacionou-​ s­ e com os mestres do Modernismo. Na Itália descobriu a pintura clássica. De volta ao Bra­ sil, escreveu, criou ce­ná­r ios e figurinos, pin­ tou murais. Por convicção ideo­ló­g i­c a, ingres­ sou no Partido Comunista. Foi preso vá­r ias vezes e se autoexilou em Paris. Como fez por toda sua longa e produtiva vida, jamais parou de pensar, questionar, ­criar. Estima-​­se que sua obra some cerca de 9.000 peças, produzidas em 60 anos de trabalho. ALÉM DAS BELAS MULATAS

REVISTA ISSN 010 3•572

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ARTE & IN DÚSTRI

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Mulher, óleo sobre tela, 102 × 92 cm, década de 1940 REVISTA ABIGR AF  março /abril 2016

Di Cavalcanti participou e foi pre­mia­do em di­ versos salões, mostras, bienais, exposições, retrospectivas no Brasil e no ex­te­r ior. Figura controvertida, sua trajetória inclui a recusa de expor na Bie­nal de Veneza, Itália. Casou, sepa­ rou; juntou, separou; ficou, separou; mas, soube como poucos amar e se deixar amar. Não teve filhos naturais, mas, com muita ternura, ado­ tou a filha de sua companheira Beryl Tucker­ man Gilman. Há mais de 15 anos, Elisabeth di Cavalcanti é responsável pelo apaixonado e re­ levante trabalho de pesquisa, estudo, cataloga­ ção e autenticação dos vá­r ios trabalhos artísti­ cos e li­te­rá­rios do pai, como também das críticas e textos escritos sobre ele e sua obra.

Di foi um poe­ta que retratou o povo brasi­ leiro em suas cores, ale­g rias e tristezas; sem­ pre em sinergia entre o clássico e o moderno. Sob total liberdade de cria­ção enfrentou, com o mau humor dos de­sa­f ia­dos, a tela branca, pura, virgem. E foi com o bom humor dos vencedores que concluiu cada trabalho, todos leituras de al­ mas. Não pintou a gente simples das ruas, pros­ tíbulos, favelas, praças, bares só por ideo­lo­g ia. Sonhou, generosamente, uma outra rea­li­da­de para cada uma das personagens, mostrando-​ a­ s serenas e belas. Na arte de Di estão as cores intensas, o traço si­nuo­so e sen­sual, os volumes fartos, a luz na penumbra que nos impacta e faz sonhar — tudo como o artista sempre pretendeu oferecer sem os limites das ten­dên­cias. Ele não merece ser visto como “o pintor das mulatas”. Foi um dos mais importantes artistas gráficos do Brasil, como é um dos seus mais significa­ tivos pintores e será, eternamente, um in­te­lec­ tual muito além de seu tempo. A com­preen­ são mágica deste nosso complexo país tropical, é a síntese de sua fantástica obra. Em boa hora, porque as publicações sobre o artista são raras, a Galeria de Arte Almeida e Dale, pela Capivara Editora, com curadoria de Denise Mattar e consultoria de Elisabeth di Ca­ valcanti, acaba de lançar Di Cavalcanti – Conquistador de Lirismos. Com talento e competência, o livro registra o pe­r ío­do de 1925 a 1949, no qual consolidou sua temática e produziu com mais intensidade. São 189 obras e 13 análises críticas de personalidades da cultura brasileira. “Moço, continuarei até a morte porque, além dos bens que obtenho com minha imaginação, nada mais am­bi­cio­no”. Emi­lia­no de Albuquerque e Mello, Emi­lia­no Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Mello, Di Cavalcanti ou simplesmente Di, morreu em 26 de junho de 1976. 7


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ARTIGO ESPECIAL

Impressão de embalagem digital vs tradicional Os visitantes da Drupa 2016 poderão verificar várias soluções que demonstram a implementação da tecnologia digital na indústria da embalagem. Texto: Michael Seidl

impressão digital tem avançado, com sucesso, em ­­áreas tradicionais da indústria gráfica, porém de for­ ma uma pouco mais lenta na in­ dústria da embalagem, com exceção do mercado de impressão de rótulos e etiquetas que a adotou mais cedo. Isso se deve a múltiplos fatores: não exis­ tiam sistemas digitais relevantes disponíveis; os requisitos da indústria de embalagem são completamente diferentes dos da impressão tra­d i­cio­nal; e os membros da ligeiramente con­ servadora indústria da embalagem demoraram um pouco mais para adotar o futuro digital do que os seus pares da impressão co­mer­cial. Po­ rém, isso está mudando. Um número crescen­ te de fabricantes e clien­tes está reconhecendo os be­ne­f í­cios da impressão digital de embala­ gens e implementando a sua tecnologia. Sem dúvida, um dos grandes exemplos da quebra desse paradigma foi a agora lendária campa­ nha ­Share-​­a- ​­Coke, da Coca-​­Cola. Poucos meses depois da inovadora abordagem da Coca-​­Cola, imprimindo nomes nas latas do refrigerante, a Ferrero seguiu os seus passos com os rótulos Nutella de con­teú­do va­r iá­vel. UM MERCADO EM CRESCIMENTO

De acordo com projeções recentes, o mercado mun­d ial de impressão deverá alcançar 420 bi­ lhões de euros até 2020 contra os ­atuais cerca de 407 bilhões, após registrar um declínio ex­ pressivo de 2008 a 2010 em que caiu de 438 para 407 bilhões de euros. Dentro do merca­ do global da impressão, embalagem é a única área que deverá ter um resultado significativo, com um crescimento de 3,3% ao ano, chegando

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a 141 bilhões de euros em 2020. Estão in­c luí­ das aí as caixas dobráveis, corrugados, etique­ tas e embalagens flexíveis. Em termos de pro­ cessos específicos, a impressão flexográfica deverá crescer 2,6% e a impressão digital 8%. Atual­men­te, apenas 7% das embalagens são im­ pressas digitalmente mas se prevê um grande incremento nessa participação. Para os conver­ tedores, a impressão digital pode ser o comple­ mento natural da impressão analógica, permi­ tindo o desenvolvimento simultâneo de novas aplicações. O relatório “The Future of Package Printing to 2019” (O futuro da impressão de embalagens para 2019), de Vlad Savinov, Smi­ thers Pira, 2014, estima um crescimento de 17% para a impressão digital até aquele ano. Será a tecnologia com o mais rápido crescimento na impressão de embalagens, devendo atingir um volume de 19 bilhões de dólares em 2019. TENDÊNCIAS DA EMBALAGEM

As opções para os consumidores vêm se am­ plian­do consideravelmente e as marcas an­ seiam por di­fe­ren­ciar-​­se dos seus concorrentes na luta por fa­tias do mercado. A embalagem de­ sempenha um papel cada vez mais importante para atrair o consumidor no momento da deci­ são de compra no ponto de venda, atuan­do so­ bre os seus sentidos e in­f luen­cian­do-​­o. Hubert Marte, durante o Fórum Aus­tría­co do Cartão Corrugado, comentou: “A crescente demanda por menores unidades, rigorosas regulamen­ tações de segurança e a expansão das vendas on-​­line con­t i­nua­r ão a con­d i­c io­n ar o cresci­ mento do mercado de embalagens nos próxi­ mos anos. Por isso, será importante que a em­ balagem se torne mais ecológica, reciclável,


impressa com alta qualidade e inteligente, in­ tegrada na ‘internet das coisas’, com fun­cio­na­li­ da­des como códigos QR , maior personalização, entre outras características”. PERSPECTIVA EUROPEIA

O mercado europeu da embalagem continua se expandindo, em razão do aumento po­pu­la­cio­ nal e da utilização de todas as tec­no­lo­g ias de impressão por parte dos convertedores. “Pelo que podemos constatar, as principais ten­dên­ cias de mercado passam por mais produtos nas prateleiras e uma microssegmentação capaz de responder a uma va­r ie­da­de de fatores demográ­ ficos dos consumidores”, afirma François Mar­ tin, responsável pelo departamento mun­dial de Mar­ke­ting Graphic Business So­lu­tions da HP. Incluindo as soluções de impressão digi­ tal e as re­la­cio­na­das, o mercado da embalagem pode ser basicamente dividido em quatro seto­ res: etiquetas, embalagens flexíveis, caixas de cartão dobráveis e corrugado, possuindo cada qual uma dinâmica e características pró­prias. O mercado das etiquetas foi o primeiro a re­ conhecer os be­ne­f í­c ios da impressão digital. Os demais seguem agora o seu exemplo, mas não na mesma velocidade e pelo mesmo cami­ nho. As etiquetas estão de 10 a 12 anos à fren­ te no domínio do corrugado por terem se ante­ cipado na implementação da impressão digital.

compra diferentes dos núcleos familiares, ten­ do em vista os orçamentos e o volume de com­ pras. Além disso, aqueles acima dos 50 anos pos­suem exi­gên­cias pe­cu­lia­res no que diz res­ peito às embalagens. Os consumidores tam­ bém estão mais sensíveis em relação ao custo e aos problemas ambientais, bem como à co­ modidade. Para os produtores de embalagens, isso significa lidar com encomendas menores e, consequentemente, prazos mais curtos de entrega e planos de produção mais complexos. Stephan Ratt, CEO do Ratt Group, da Áustria, ressalta: “Neste momento assistimos a um au­ mento das encomendas de volume mínimo no setor não alimentício. Isso representa mais em­ presas entrando no campo através da aquisição de impressoras digitais”. O MUNDO DAS ETIQUETAS DIGITAIS

Com mais de 1.000 impressoras digitais insta­ ladas, a HP afirma que o uso desses equipamen­ tos já se tornou ha­bi­tual. A Xeikon tem mais de 300 sistemas instalados e acima de 50% das

VANTAGENS DA IMPRESSÃO DIGITAL

A ­atual fragmentação dos meios de comunica­ ção resulta em um bombardeio massacrante de informações e mensagens que, como seria de esperar, os consumidores vir­t ual­men­te igno­ ram. A embalagem é certamente um dos últi­ mos canais de mídia que ainda atrai a atenção do consumidor. Mas, para tanto, os produtos deverão destacar-​­se na prateleira. Os detento­ res das marcas respondem com ciclos do pro­ duto cada vez mais rápidos e embalagens mais relevantes, o que contribui para tiragens meno­ res, ciclos de produção mais reduzidos e maior utilização das tec­no­lo­g ias de impressão digital. O que também gera um interesse maior pela impressão digital é o desenvolvimento demo­ gráfico, incluindo o grande número de pes­soas vivendo sozinhas e com comportamentos de

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suas vendas são agora pro­ve­nien­tes da indústria da embalagem. Já a Heidelberg Druckmaschi­ nen, desde a Labelexpo 2015, está empenhada na solução digital com a Gallus DCS 340, siste­ ma de conversão desenvolvido conjuntamente com a Fujifilm, que imprime com um nível de excelência antes só possível em offset. Esse sis­ tema oferece a máxima qualidade na impressão em jato de tinta UV, com uma resolução nati­ va de 1.200 dpi a uma velocidade de 50 metros por minuto, com a flexibilidade e a efi­ciên­cia da impressão digital combinadas com os be­ne­ fí­cios da impressão flexográfica. Também ex­ clusiva dessa solução é a integração dos mó­ dulos de acabamento em linha. A Gallus DCS 340 imprime digitalmente da bobina à etique­ ta cortada e acabada. A empresa francesa Auta­ jon, que adquiriu e testou o primeiro sistema, já encomendou mais três. Cada vez mais, as gráficas de etiquetas re­ conhecem que a impressão digital pode ser usada como complemento das grandes ti­ ragens na impressão flexográfica ou offset. É possível também trocar rapidamente os de­ signs. É quase como se um design de etique­ ta se transformasse num design de moda. Graças a isso, algumas garrafas de vinho es­ tão virando ícones de estilo. E já se adivinha a

próxima onda digital: as embalagens flexíveis, as caixas de cartão dobráveis e os corrugados também seguirão essa maré. EMBALAGEM FLEXÍVEL

O mercado da embalagem flexível é expressi­ vo e con­t i­nua­rá a desenvolver-​­se digitalmen­ te nos próximos cinco anos, porém está sujei­ to às mudanças sociais, principalmente devido à mobilidade externa. As pes­soas comem e be­ bem enquanto se deslocam (mobilidade nôma­ de). As embalagens flexíveis estão conquistan­ do espaço e substituindo as embalagens fixas. No setor alimentício, em particular, as embala­ gens flexíveis são fáceis de ma­nu­sear e atendem à tendência de reduzir des­per­d í­cios, com uma menor emissão de carbono. O fator comodidade também não pode ser esquecido. A tecnologia da impressão digital está ga­ nhando terreno com o apoio de impressoras como a HP Indigo 20000. A primeira empresa no mundo a instalar uma Indigo 20000, es­pe­ cia­li­zan­do-​­se na produção de embalagens flexí­ veis com a utilização da impressão flexográfica, rotogravura e, mais recentemente, a digital, foi a suí­ça O. Kleiner KG. Segundo o seu CEO, Mar­ tin Kleiner, “a HP Indigo 20000 representou um grande avanço na impressão digital de embala­ gens flexíveis e abre novas e amplas oportuni­ dades de produção com os seus 736 mm de lar­ gura de impressão”. A O. Kleiner KG aproveitou a sua HP Indigo 20000 para a produção comple­ mentar de pequenas tiragens, am­plian­do o le­ que de serviços para os seus clien­tes. Um bom exemplo disso são as tampas de pequenos fras­ cos de compotas. Enquanto aromas como o mo­ rango são produzidos em escala maior, outros como a fram­boe­sa exigem lotes menores. No fu­ turo, estes utilizarão a impressão digital. Entre outras aplicações in­c luem-​­se as embalagens de teste ou as personalizadas. AS CAIXAS DE CARTÃO DOBRÁVEIS

A impressão digital continua a ser uma novi­ dade relativa neste setor da embalagem, apesar de já existirem vá­r ios exemplos de aplicações. A indústria das caixas de cartão dobráveis ten­ de a utilizar essa tecnologia para tiragens pe­ quenas e di­fe­ren­cia­das e ainda a vê numa fase 

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ini­c ial de adoção, através de utilizadores que desenvolveram as primeiras aplicações nesse campo. Um bom exemplo é Peter Sommer, da Elanders, na Alemanha, que, junto com o cho­ colate Ritter Sport criou um projeto fascinan­ te. Foi desenvolvido um web­site es­pe­cial no qual os consumidores po­d iam encomendar embala­ gens personalizadas para o seu chocolate Ritter Sport. Foi uma ini­cia­ti­va compensadora, na me­ dida em que os clien­tes mostraram-​­se dispostos a pagar consideravelmente mais pelo chocolate. Além disso, a ação conquistou o reconhecimen­ to por parte da Me­d ia­wa­re, na Irlanda, que im­ plementa projetos de embalagem para a Micro­ soft. A ideia frutificou. Existe agora um número crescente de projetos dessa natureza. EMBALAGEM DE CORRUGADO

Até o presente momento, as empresas com pro­ cessamento de corrugado estão adotando len­ tamente a tecnologia de impressão digital, com exceção daquelas que usam sistemas de mesa plana (HP Scitex, Durst, Mimaki, SwissQprint e outras). Isso deve-​­se ao fato de não estarem disponíveis no mercado muitos sistemas ca­ pazes de serem aplicados no corrugado. Mas essa si­tua­ção irá mudar de forma relativamen­ te rápida devido a fornecedores como a Bobst ou ao consórcio HP/KBA , ambos com presença garantida na Drupa 2016. Os maiores players da indústria percebem claramente os be­ne­f í­ cios resultantes da capacidade de responder rapidamente às necessidades do mercado e as­ sim poder prestar um elevado nível de serviço. O uso da tecnologia digital está também aju­ dando a otimizar os fluxos de trabalho e po­ ten­cial­men­te a repensar os locais de produção, seguindo o princípio do uso da tecnologia certa para os trabalhos certos. COLOSSO DIGITAL NA PRÉ-​­IMPRESSÃO

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Após quase dois anos de desenvolvimento, a HP e a KBA apresentaram em Würzburg, Ale­ manha, em novembro de 2015, a primeira HP PageWide Press T1100S. Esta gigantesca rota­ tiva de jato de tinta com 2,80 metros de lar­ gura e com pré-​­impressão digital da camada su­pe­r ior, oferece novas oportunidades para a produção flexível de embalagens em corrugado, REVISTA ABIGR AF  março /abril 2016

em diferentes tamanhos e volumes de tiragem, que antes não eram viáveis economicamente. “Os responsáveis pelos serviços de acabamen­ to e os seus clien­tes precisam desenvolver em­ balagens que sejam adequadas e eficazes com custos mais reduzidos”, comenta Eric Wies­ner, diretor geral da PageWide Web Press Di­v i­sion, na HP. “Com a combinação de conhecimentos da HP e da KBA , lançamos agora a impressora de bobina para corrugado mais produtiva do mundo. Através deste equipamento, as empre­ sas de ponta podem oferecer serviços de aca­ bamento com um valor agregado por meio da combinação da pré-​­impressão e da impressão digital numa só máquina”.


em ma­te­r ial corrugado utiliza a tecnologia jato de tinta ­Stream da Kodak e garante não só uma reprodução intensa de cor e uma das maiores re­ soluções de impressão disponíveis, como tam­ bém fun­cio­na com tintas de impressão especiais para a área de produtos ali­men­tí­cios. A impressora digital de folha, concebida para impressão em quatro cores numa vasta gama de corrugados com e sem revestimento, permite a personalização em grandes e peque­ nas tiragens de embalagens e displays exposi­ tores, em alta velocidade. A im­pres­sio­nan­tes 200 metros por minuto, a nova impressora as­ segura alta qualidade em folhas no formato máximo de 1,30 × 2,10 metros. APLICAÇÕES ESPECIAIS

Michael Seidl é o publisher e editor-chefe de várias publicações especializadas da Europa Central e Oriental, como Print & Publishing, Packaging e Visual Communication

O primeiro clien­te da HP T1100S foi a DS Smith Packaging, após constatar que, compa­ rando com as tec­no­lo­g ias de impressão analó­ gicas normais, o sistema pro­por­cio­na­va níveis de produtividade e flexibilidade consideravel­ mente su­pe­r io­res, em es­pe­c ial em pequenas e mé­d ias tiragens. Graças à sua elevada pro­ dutividade, de mais de 30 mil metros quadra­ dos de área impressa por hora, o equipamento também pode ser usado de forma econômica para grandes tiragens. Outro exemplo ­atual nesse mercado vem da Bobst. Na última Drupa, em 2012, o CEO Jean-​­Pascal Bobst anunciou que a empresa es­ tava desenvolvendo um sistema de impressão digital. O projeto, mantido em sigilo, passados pouco mais de três anos, está em fase de testes beta em Model, na Suí­ça, e na Schumacher, na Alemanha. Esta solução digital in­dus­trial para impressão de embalagens e displays expositores

Atual­men­te, a impressão digital de embalagens não se restringe somente às áreas ­­ aqui men­ cio­na­das. Existe um leque de aplicações espe­ ciais que demonstram quão versátil e cria­ti­va pode ser a sua aplicação. Citamos em seguida dois exemplos de sucesso. A empresa alemã My­mues­li instalou recen­ temente uma Heidelberg Jetmaster Di­men­sion no seu parque gráfico na cidade de Heidelberg, para a impressão personalizada de embala­ gens de mues­li. Os consumidores podem optar por comprar os seus mues­li preferidos crian­ do o seu próprio re­ci­pien­te com imagem e tex­ to personalizados. A Jetmaster Di­men­sion foi adaptada aos requisitos especiais da My­mues­ li e instalada na empresa. É o primeiro equipa­ mento deste tipo que a Heidelberg coloca num estabelecimento varejista. A fabricante de máquinas de enchimento KHS implementou, junto com a Xaar, um pro­ jeto para a belga Martens Brouwerij em que a impressão é executada diretamente em garra­ fas PET. O sistema de impressão direta digital utiliza cabeças Xaar 1002 GS6 e consegue uma resolução física de 360 dpi, em que o texto e as imagens são impressos com o recurso de tintas LED de baixa migração, em quatro cores mais branco, pro­por­cio­nan­do a impressão em 12 mil garrafas por hora. “O sistema permite-​­nos ago­ ra alterar as imagens em poucos minutos em lu­ gar de semanas”, explica Phil Johnson, da NMP, a fi­lial da KHS que desenvolveu esse sistema. março /abril 2016  REVISTA ABIGR AF

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PRÉ-DRUPA

Komori leva muitas novidades à Drupa Inovação e renovação são as palavras de ordem da Komori nesta participação na Drupa, mantendo o foco principal na eficiência, lucratividade e produtividade dos seus sistemas e equipamentos.

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om o tema “Open New Pages” (abra novas páginas), a Komori convida o público a enxergar novas oportunidades em um ambiente de negócios cada vez mais competitivo e desa fiador, onde não basta apenas imprimir, é necessário agregar valor, aumentar as margens de lucro e a produtividade em todos os estágios do processo produtivo. Dentro desse cenário, a Komori dará um importante passo em sua história e apresentará um novo modelo de negócio passando a comercia li zar, além das suas conhecidas impressoras offset, também impressoras digitais, impressoras nanográficas e equipamentos para acabamento e consumíveis. Tendo em vista a importância da sinergia entre todas as etapas do processo produtivo, a marca adotou para o evento o subtema “Connect Print” (impressão conectada), sob o qual reúne os processos de impressão offset e digital como tecnologias complementares, além de soluções cloud (em nuvem), onde é possível armazenar dados REVISTA ABIGR AF

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da produção que podem ser acessados de qualquer lugar através de smartphones e tablets, destacando ainda mais a relevância da gestão e do controle de qualidade. Entre os lançamentos mais aguardados, a Komori mostrará a sua primeira impressora nanográfica, a Impremia NS40, que utiliza a tecnologia licenciada pela Landa Cor poration, resultado da parceria iniciada em 2012 na última edição da Drupa. No estande da Komori (Hall 15, D04), os visitantes poderão ver o equipamento em funcionamento imprimindo a uma velocidade de 6.500 folhas/hora em formato B1. Para a impressão digital, será apresentada a Impremia IS29, impressora jato de tinta UV desenvolvida em parceria com a Konica Minolta e lançada na última Igas. No desenvolvimento deste produto, a Komori utilizou toda sua expertise em impressão a fim de criar o equipamento ideal para trabalhar em conjunto com uma impressora offset, podendo atender à impressão comercial e de embalagens, produzindo em diversas gramaturas e contando com uma alta qualidade de impressão que muito se aproxima da offset. Na impressão offset serão expostos quatro equipamentos, sendo dois lançamentos e duas impressoras já em linha com melhorias tecnológicas. Uma das novidades é a Lithrone G37, máquina compacta indicada aos mercados editorial e promocional,

equipada com o novo sistema HUV L (LED), uma evolução do H UV. Este novo sistema de secagem propiciará maior eficiência energética e tempo de duração da lâmpada, ao lado da diminuição das emissões de CO. O outro lançamento é a impressora offset Lithrone G29 de 750 mm, indicada para impressos de alto valor agregado, com velocidade máxima de 16.500 folhas /hora e estabilidade até mesmo em altas gramaturas. Certamente, um dos grandes destaques será a Lithrone GX40RP com sistema de cura HUV, que imprime frente e verso em uma única passada, sem reversão, com grande estabilidade e curto tempo de acerto a uma velocidade de 18.000 folhas/hora. Este equipamento se diferencia por ter apenas uma pinça, o que garante grande economia de papel, pois não precisa das margens no topo, em baixo, à esquerda e à direita, necessárias em máquinas com reversão. Trabalhando também a 18.000 folhas/ hora, a impressora offset Lithrone GX, indicada para a impressão de embalagens, está equipada com um novo sistema de alimentação, tem alto desempenho na saída e sistema de molha que melhora significativamente a troca de cor, o que atualmente é um gargalo na impressão com cores especiais. Na área de acabamento, será introduzida a guilhotina Apressia CT137, que irá cortar todos os trabalhos impressos no estande. A feira será também a oportunidade para apresentar os produtos da K-Supply, vernizes e tintas que serão utilizados nos materiais produzidos no espaço da Komori. Das novidades apresentadas, apenas as impressoras offset serão imediatamente comercia lizadas no Brasil pelo Grupo Furnax, representante oficial da marca. Os demais produtos ainda não têm data de lançamento no País, mas estarão disponíveis para compra durante o evento. O Grupo Furnax estará representado no espaço da Komori com a sua equipe, que se dedicará ao atendimento dos brasileiros. Os interessados poderão entrar em contato com a Furnax para agendar uma visita ao estande. Para mais informações sobre a participação da Komori na Drupa 2016 acesse www.furnax.com.br/ komori-na-drupa-2016.


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PRÉ-DRUPA

Reinventando a impressão A HP reuniu jornalistas, analistas e especialistas de 20 países, em Tel Aviv, Israel, para apresentar seus novos produtos. Por: Bruno Cialone

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urante evento pré-​­Drupa, rea­ li­za­do de 20 a 22 de março, a HP adiantou para uma plateia compos­ ta por profissionais es­pe­cia­li­za­dos de vá­r ias na­cio­na ­l i­d a­des os lançamentos que o mercado conhecerá no seu estande na maior feira mun­d ial do setor, a partir de 31 de maio. No encontro, Alon Bar-​­Shany, diretor-​­geral, deixou claro o caminho futuro da HP: “A indús­ tria se preo­cu­pa, normalmente, com as especi­ ficações de uma impressora, como velocidade, número de cores, formato etc., mas, na rea­li­ da­de, os clien­tes necessitam de previsibilidade do trabalho e de soluções completas que gerem resultados positivos, e não de um equipamen­ to simplesmente veloz. Desta forma, o fulcro da questão não poderá mais ser o conceito do custo por páginas, mas sim o custo por traba­ lho, desde sua entrada na empresa até a en­ trega para o clien­te com a mínima interven­ ção ma­nual e sem erros. Estamos, por isso, revitalizando a tecnologia Indigo”. A apresentação dos produtos iniciou-​­se com informações sobre cinco novas impressoras di­ gitais ba­sea­das na tecnologia eletrofotográfica líquida (LEP): três em folha — HP Indigo 12000, 7900 e 5900 — e duas em bobina, HP Indigo 50000 e 8000. Com tecnologia jato de tinta de grande formato, outras três: HP PageWide Web Press T490 HD, T490M e T240 HD, dotadas da tecnologia de alta definição HDNA nos injetores.

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HP PageWide Web Press T240 HD

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A HP Indigo 12000 praticamente substi­ tuirá a 10000, que debutou na Drupa 2012, herdando vá­r ias especificações técnicas do modelo an­te­r ior, acrescentando, porém, uma série de características que con­t ri­buem para o aumento da produtividade e da qualidade, com destaque para: ◆◆ a tecnologia One Shot, que permite imprimir em uma gama maior de substratos, tais como metalizados, canvas, sintéticos, coloridos de até 550 micra; ◆◆ um espectrofotômetro inline para manter o controle e consistência das cores; ◆◆ uma resolução de 1.600 dpi graças à tecnolo­ gia High De­fi­ni­tion Laser Array, HDLA (arran­ jo de laser de alta definição); e ◆◆ novas configurações da frequência de retícula para trabalhos em três canais, Enhanced Pro­ ductivity Mode, EPM (modo de produtivida­ de aumentada). A HP Indigo 12000 também se beneficia de novos recursos do soft­ware Indigo Optimizer para, segundo a HP, aumentar a produtividade através de recursos como a impressão non-​­stop, podendo imprimir, por exemplo, provas e tira­ gens normais. Todas as cerca de 250 unidades do modelo 10000 já instaladas em todo o mun­ do poderão receber upgrade para a Indigo 12000. Tal como outros fabricantes que afirmaram a intenção de lançar impressoras digitais para o formato B1, a HP mostrará na Drupa a Indi­ go 50000, em bobina, com formato de impres­ são de 746 × 1.120 mm, utilizando a tecnologia eletrofotográfica. Es­sen­cial­men­te ba­sea­d a na tecnologia da Indigo 20000 com dois grupos impressores, será destinada tanto ao mercado de embalagens flexíveis como para o mercado co­mer­cial, imprimindo frente e verso 770 pági­ nas em cores no formato A4 por minuto, a uma velocidade de 32 m/min.


Para o formato B2, a HP está introduzin­ do a Indigo 7900, com velocidade de 160 pági­ nas por minuto, e a Indigo 5900, com velocida­ de de 90 páginas por minuto, ambas utilizando muitos dos recursos da Indigo 12000, podendo imprimir, praticamente, sobre qualquer tipo de substrato. Projetada para atender ao setor de etique­ tas, será mostrada na Drupa a HP Indigo 8000, web de banda estreita, com dois motores da WS6800, acoplada à linha de acabamento AB Graphic Digicom com o sistema de corte e vinco semirrotativo Fast Track. Opera na modalidade EPM à velocidade de 80 m/min, em três cores, e 60 m/min, em quatro cores. As Indigo 20000, 8000 e WS6800 incorpo­ ram uma nova tecnologia para o gerenciamen­ to de cores com base no Color Engine da Esko. Enriquecendo o port fólio de impressoras jato de tinta Wide Page Web para grandes for­ matos, a HP anunciou a T4900HD, de 42 pol, com a tecnologia High Definition Nozzle Archi­ teture, HDNA (arquitetura dos injetores de alta definição). É considerada, pela HP, o sistema de impressão em cores frente e verso mais rápido do mercado. Ideal para a produção de altos vo­ lumes nas áreas editorial e comercial, pode atin­ gir a velocidade de 305 m/min no modo “básico” e 152 m/min no modo “qualidade”. A va rian­ te monocromática T4900 M HD oferece pro­ dutividade e qualidade comparáveis à offset. Direcionada aos mercados editorial e tran­ sacional, a T240 HD, de 22 pol, opera com velo­

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cidade de até 168 m/min no modo “básico”, com um ciclo mensal de até 60 milhões de páginas. Outras novidades apresentadas no encon­ tro foram: ◆◆ tinta branca para embalagem Premium Whi­ te, que permite uma opacidade, declarada, de 81%; ◆◆ solução tecnológica Pack Ready, já patentea­ da, de laminação para o mercado de embala­ gem, desenvolvida com o auxílio de parcei­ ros da HP; e ◆◆ suíte de aplicativos Print OS para dispositi­ vos móveis e/ou web com conectividade via nuvem, que pro porciona o monitoramen­ to da situação do trabalho, da entrada até a saída final. Todas as novas impressoras se integram ao PrintOS. O novo portfólio de impressoras da HP es­ tará disponível a partir do segundo semestre deste ano, exceto a tecnologia HDNA usada na Indigo 12000, que será colocada em disponibi­ lidade somente em 2017.

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PRÉ-DRUPA

Drupa 2016:

“toque” o futuro para melhor “tocar” o negócio Os organizadores convidaram 98 jornalistas, de 37 países de todo o mundo, para antecipar o que será a Drupa 2016, sob a égide do tema “Touch The Future”. Por: Ricardo Viveiros

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indústria gráfica, representada na Drupa — maior evento inter nacional dirigido ao setor —, volta fortaleci­ da neste 2016, em franca sintonia com os novos tempos da era multimídia e mul­ ticanal. Pelo que já foi anunciado, a feira não irá apenas apresentar os lançamentos em má­ quinas e produtos para impressores de todo o planeta, como tem feito desde 1951. Esta edi­ ção será uma viagem ao futuro da humanidade, prometem os organizadores. Entre os dias 31 de maio e 10 de junho, em Düsseldorf, Alemanha, milhares de profissio­ nais da indústria gráfica mundial e com ela re­ lacionados, irão ocupar ruas, praças, museus, teatros, restaurantes e shoppings da bela cidade às margens do rio Reno. Na Messe, espaço des­ tinado a eventos de grande porte, 19 pavilhões terão 1.650 expositores de mais de 50 países. A última edição da mostra, em 2012, con­ tabilizou 314.248 especia listas de mais de 130 países. Das Américas do Sul e Central, o país de destaque foi o Brasil com cerca de 3.800 visitan­ tes. Para antecipar ao mundo gráfico inter na­ cional o que será a edição deste ano, os organi­ zadores convidaram 98 jornalistas de 37 países para um encontro em Düsseldorf, na Messe, de 29 de fevereiro a 2 de março.

SE NÃO PODE VENCER, ALIE-SE AO INIMIGO

Completando 65 anos de existência, a Dru­ pa mantém seu conhecido compromisso com a modernidade e contemplará, nesta edição, muito além do que o próprio nome indica — “impressão e papel”, do alemão druck e papier. Após sentir na pele o ataque dos meios digitais, em razão dos quais muitas indústrias podero­ sas também perderam mercado, não faz mais sentido seguir no debate: impressos × eletrôni­ cos. Indiscutivelmente, o conjunto de veícu los (internet, intranet) e aparelhos (tablets, smartphones) de comunicação com tecnologia digital, mexeram com muitas áreas: fotografia, cinema, música, televisão, rádio, gráfica, entre outras. Passado o primeiro impacto, e diante da certeza de que a era digital é irreversível, so­ breviventes de vários mercados, incluindo im­ pressores, estão entendendo o que aconteceu e reacomodando seus negócios, criando parce­ rias para retomar o crescimento. Para configu­ rar esta exposição que pretende “tocar” o futuro, os organizadores da Drupa buscaram parceiros como The Medici Group, empresa britânica co­ mandada por Frans Johansson, considerado um dos “papas” mundiais em inovação e criativida­ de, que fará a palestra de abertura do evento, em 31 de maio. Com parceiros como Medici, a


feira segue a ex­pe­r iên­cia do “Drupa Cube”, pro­ grama de con­fe­rên­cias que incentiva o diá­lo­go e o pensamento convergente, procurando re­criar, reimaginar e reinventar o futuro da impressão. Assim como Gutenberg revolucionou as co­ municações conectando a palavra sonora com a impressa, a Drupa 2016 antecipa nova con­ vergência com resultados inimagináveis, e em todos os setores. Seja a personalização de pro­ dutos impressos, o sur ­preen­den­te fabbing (a fabricação de objetos de três dimensões a par­ tir de dados digitais), ou até mesmo a impres­ são de órgãos humanos para a Medicina. Como podemos antever, essa Drupa será mesmo uma vitrine de como “Tocar (ou sentir) o futuro.” Além do tema principal, Johansson tam­ bém abordará o assunto do “Pensamento in­ter­ sec­cio­nal”. O que acontece quando as revoluções tecnológicas se deparam com uma indústria milenária? O trabalho do pensamento in­ter­ sec­cio­nal explica a ideia de “In­no­va­tion @ the In­ter­sec­tion” e que determina os seis grandes temas da Drupa 2016: multicanal, impressão, impressão fun­cio­nal, impressão 3D, produção de embalagens e impressão verde. Em cada pa­ lestra interativa, vá­r ios destes temas em des­ taque serão combinados, usando exemplos de aplicações específicas, tais como a impres­ são fun­c io­n al e a impressão de embalagens, ou impressão 3D e sustentabilidade. No caminho do conceito interdisciplinar, o Drupa Cube estará, pela primeira vez, abordan­ do também mercados verticais, incluindo a in­ dústria de alimentos, bens de consumo, design de in­te­r io­res, cosméticos, in­dús­trias far­ma­cêu­ ti­ca e de saú­de; além dos setores financeiro e público. A ideia é também atrair novos grupos de visitantes à feira e os inspirar com as possi­ bilidades de impressão. Além do “Wolfgang”, o ônibus de dois an­ dares transformado em laboratório de im­ pressão 3D móvel, que estará fun­cio­nan­do ao vivo durante a mostra, a “KCI’s touchpoint 3D fab+print” estará no Hall 7a, no stand C41, como ponto de encontro de líderes, exposito­ res e visitantes que trabalham em uma ou am­ bas dimensões: impressão e embalagem 2D e 3D. Além de discutir ideias instigantes, com­ partilhar tec­no­lo­g ias e conhecimento, os parti­ cipantes poderão ganhar seu próprio busto, im­ presso por uma das empresas de impressão 3D. “Toque hoje na embalagem de amanhã”, poderia ser o lema do fórum sobre embala­ gens que, pioneiramente, será rea­li­za­do nesta

edição. Todo o espectro das embalagens está contemplado, desde exi­gên­c ias técnicas/fun­ cionais a requerimentos culturais e éticos vol­ tados à efi­c iên­c ia, sem esquecer materiais e tec­no­lo­g ias para impressão. NÃO DEIXE DE CONFERIR

A Kodak lançará a Ul­traS­tream Inkjet Techno­ logy, solução com tecnologia de jato de tinta na área de impressão co­mer­cial e de embalagem. Além das chapas térmicas Kodak Electra Max e as digitais Kodak Libra VP para impressores

Kodak UltraStream

Kolbus KM200

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Fujifilm Uvistar Hybrid 320

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Canon ColorStream 6000

Konica Minolta KM-1 Epson SureColor SC-S

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Ricardo Viveiros viajou a convite da AD Communications (britânica) REVISTA ABIGR AF

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comerciais e de jornais, a empresa também apresentará o Aquaimage, portfólio de quími­ cos desenvolvido para ajudar os impressores a reduzirem a variabilidade na sala de impressão. A Kolbus mostrará “ao vivo” a solução de es­ cala industrial 3D Format Variation para livros. Sem as costumeiras paradas para ajustes, che­ ga ao mercado a encadernadora KM 200 Zero­ Make­Ready Perfect Binder com capacidade de

variação para formato 3D e, também, a guilho­ tina trilateral HD-HD 143 que pode refilar li­ vros de diferentes espessuras, alturas e larguras. A Ricoh exporá um conjunto de produtos e serviços, entre eles a Pro VC60000, que im­ prime em uma variedade de materiais de bobi­ nas e de rolo a folha, e a Ricoh Pro C7110X que processa em cores suportes de impressão até 360 gramas, pode ter 4 ou 5 torres, e imprimir informação 100% variável. A Fujifilm demonstrará as tec nologias e soluções que aperfeiçoam a impressão nos seg­ mentos comercial, de grande formato e de em­ balagens. A empresa também destacará tec­ nolo gias de jato de tinta com a nova marca Fujifilm­ Inkjet Technology, que combina as tecnologias de tintas UV e à base d’água. A impressora ColorStream 6000 Chroma, da Canon, incorpora as novas tintas Chrome­ ra, que proporcionam uma ex traordiná ria fi­ delidade, maior gama e densidades nas cores para gerar novas oportunidades na área da impressão comercial. A Konica Minolta exibirá o seu port fólio para mercados de impressão industrial a jato de tinta, de etiquetas e marketing. Entre os novos produtos destaca­se a série completa de impressão monocolor de alto volume bizhub Press 1250e e a nova impressora digital de tinta B2+ UV Inkjet Printer KM-1. A redução de impactos no meio­ambiente é uma das prioridades da Epson. Um exemplo está no leque de impressoras de grande forma­ to SureColor SC-S, que será apresentado. Elas consomem quatro vezes menos energia e apro­ ximadamente 15% menos de tinta que a gera­ ção anterior da SureColor. Além de permitir secagem ultrarrápida e alta resistência à abra­ são, os impressos não laminados podem durar até três anos ao ar livre. A EFI é uma empresa multimercado, multi­ canal e multimídia: fabricante entre outros pro­ dutos dos soft ware e servidores Fiery, de tintas UV, das impressoras LED ecológicas que per­ mitem vá rios e diferentes materiais. Oferece desde impressoras de grande formato para eti­ quetas, além de soft ware web-to-print e de pro­ dutividade para a automatização dos negócios, até produtos de impressão móvel e na nuvem. Celebrando 125 anos, a Bobst apresenta­ rá a guilhotina trilateral Mastercut 106 Per, a impressora de hot stamping Masterfoil 106 PR e a impressora Flexo M6 UV, para papelão, com tecnologia Revo Digital Flexo.


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PRÉ-DRUPA

Sem medo do amanhã

Com ousadia e novas alianças, incorporando o digital, as empresas fornecedoras da indústria gráfica reformulam a dinâmica do mercado abalado pela era eletrônica. Não há o que temer, é hora de união e trabalho.

“O

Por: Ricardo Viveiros

s produtos gráficos e a tecnolo­ gia para sua impressão con­ti­nuam a desempenhar um papel cru­cial, apesar da digitalização das nos­ sas vidas no dia a dia. O volume de impressos, sem dúvida, sofreu em ­­áreas e aplicações espe­ cíficas como, por exemplo, em jornais, revistas e alguns trabalhos comerciais. Mas, ainda está crescendo em embalagem, em grandes formatos e em aplicações industriais, assim como nas eco­ no­mias emergentes, gerando muitas oportuni­ dades de ne­gó­cios”, afirmou Ste­faan Va­nhoo­ren, presidente de Agfa Graphics. Como a Agfa, também as demais empre­ sas fornecedoras do mercado in­ter ­n a­c io­n al de impressão participantes da conferência

in­ter­na­cio­nal de imprensa promovida pela Duo­ me­d ia, de 15 a 18 de março, na Bélgica (Brug­ ges e An­tuér­pia), reunindo 65 jornalistas de 26 paí­ses, mostraram muito dinamismo e cria­ti­ vi­da­de para encorajar impressores de todos os segmentos, portes e continentes a serem líderes em seus respectivos mercados.

DESTAQUES NA DRUPA 2016

A Esko e as com­pa­nhias irmãs X-​­R ite, Panto­ ne, Enfocus e Me­d iaBea­con apresentarão seis “Zonas de Inspiração”, nas quais cada uma das empresas parceiras demonstrará as etapas típi­ cas do fluxo de trabalho de produção de emba­ lagens, oferecendo modernas soluções. A Esko é provedora global de soluções integradas para embalagens e etiquetas, sinalização e displays, impressão co­mer­cial e setores de editoração.

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A X-​­R ite, líder mun­d ial em ciên­cia e tecno­ logia de cores, e sua sub­si­d iá­r ia, Pantone LLC, anun­cia­ram o PantoneLive, um novo serviço de ra­cio­na ­l i­za­ção que permite aos impressores e aos convertedores ge­ren­ciar bi­blio­te­cas de co­ res, aprimorar a precisão em cada cor, aumentar a efi­ciên­cia de produção e evitar a duplicação desnecessária. As empresas também lança­ ram o eXact Xp, um espectrofotômetro desen­ volvido para ajudar a medir a cor de maneira mais precisa em materiais flexíveis. O Intelli­ Trax2, outro produto da parceria, é a próxima geração da solução automatizada de medição de cor e sem contato. A Pantone pesquisou centenas de designers da indústria gráfica, embalagem e web design e descobriu que estavam faltando blushes, azuis e neutros. Como resultado, a empresa lança 112 novas cores. Existem hoje 1.867 cores Panto­ ne no total. As novas cores são in­f luen­cia­d as por ten­dên­c ias de design em toda a indústria e, também, podem sinalizar novas in­f luên­cias culturais e sociais. A Enfocus, uma empresa do grupo Esko, es­p e­c ia ­l i­z a­d a no desenvolvimento de soft­ ware para controlar a qualidade de arquivos PDF para impressão e de automatizar os pro­ cessos de fluxo de trabalho na indústria de artes gráficas, fornecerá demonstrações dos aplicativos do Enfocus Appstore, um novo mercado onde es­pe­cia­lis­tas internacionais ofe­ recem seus conhecimentos em soluções e fer­ ramentas de automação para qualquer tipo e tamanho do negócio. A Cerm, empresa do grupo Heidelberg, ofe­ rece uma solução modular e efi­cien­te de Siste­ mas de Informação de Gestão (MIS), projetada para impressores de rótulos, etiquetas e autoa­ desivos. O objetivo é reduzir os acertos e o des­ perdício nas tarefas de gestão e produção, agi­ lizando os processos na planta de impressão. A Asahi Photoproducts, pioneira no de­ senvolvimento de chapas flexo de fotopolíme­ ro, estará presente com sua tecnologia exclusi­ va Pinning Technology for C ­ lean Transfer, que permite a impressão com menos pressão, o que aumenta a transferência de tinta, reduz a quan­ tidade nos tons mé­d ios e que, por sua vez, evi­ ta o aumento do tamanho do ponto de retícula e a frequência de limpeza. Recentemente adquirida pelo Grupo Flint, a Xeikon vai apresentar a Trillium One, uma impressora digital de quatro cores que che­ ga a 60 metros por minuto, até 1.200 dpi, e

com uma largura de impressão de 500 mm. A Trillium One, com suas cabeças de imagem de alta resolução e tamanho de partículas de toner in­fe­r ior a 2 mícrones, acrescenta uma nova dimensão ao mundo da impressão digital. Presente no Touchpoint Packaging, no Hall 12, a líder mun­d ial em soluções de pré-​ ­i mpressão, Agfa Graphics, estará recebendo os profissionais dos diferentes segmentos — co­mer­cial, jornal e embalagem — com soluções em work­f low, ge­ren­cia­men­to de projetos, siste­ mas ECO de computer-​­to-film, computer-​­to-plate e provas. A empresa também atende o merca­ do de sinalização com sistemas de impressão de jato de tinta em grandes formatos UV. Além de contemplar novas ­­áreas como a da impressão in­dus­trial e da gestão da impressão via celular, a Agfa apresenta nova tecnologia laser de for­ mação de imagem em cores, para embalagens mais complexas e inteligentes. Anuncia, tam­ bém, sua entrada no mercado de segurança com o novo soft­ware de design e autenticação para o mercado de impressão de documentos.

Ricardo Viveiros viajou a convite da Duomedia (belga)

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Foto: Divulgação

Durante os quatro dias da feira, entre 6 e 9 de abril, o Pavilhão Branco do Expo Center Norte, em São Paulo, recebeu profissionais interessados em novidades nas áreas de comunicação visual, estamparia digital, baixas tiragens, dados variáveis e decoração de interiores. Texto: Tânia Galluzzi

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Fespa 2016/ExpoPrint Digital leva público qualificado ao Expo Center Norte ealizar uma feira de negócios em 2016 é uma prova de fogo. De um lado expositores com verbas de marketing e comunicação espremidíssimas, quando ainda existentes, e de outro empresários e técnicos ressabiados, atormentados pela necessidade de cortar custos e ao mesmo tempo investir em algo que traga diferenciais competitivos. A Fespa Brasil 2016/ExpoPrint Digital/Brasil Label, organizada pela APS Feiras, Fespa e Afeigraf, encarou tal desafio e podese dizer que saiu-se bem. Sim, o número de visitantes caiu. No ano passado foram 14.236 e agora 12.816. A queda foi ainda mais significativa entre as empresas participantes: 439 em 2015 e pouco mais de 100 neste ano. O volume de lançamentos efetivos também foi reduzido,

e aqui é preciso lembrar a proximidade de outras duas feiras. A Serigrafia Sign, que acontece no início de maio em São Paulo, e a mãe de todas as feiras do setor, a Drupa, no final do mesmo mês, na Alemanha. Mas a qualidade do público agradou. “A feira foi muito boa e um pouco diferente das anteriores”, comentou Hamilton Terni Costa, consultor especia lizado no mercado gráfico e diretor da ANconsulting, parceira da plataforma Isidora de web-to-print. “As edições da ExpoPrint Digital e Fespa sempre tiverem um bom público e, no nosso caso, muita curiosidade para entender a solução. Nesta última o público foi mais reduzido, porém bem mais objetivado. Tivemos uma excelente geração de leads com muitos já em fase de decisão de adoção da plataforma.”


Foto: Tânia Galluzzi

sistema AntiReverse para maior estabilidade na alimentação e no rebobinamento de mídia. Wil lians Lotti, gerente de produtos da Roland DG Brasil, declarou: “A Fespa é importante porque é um mercado bem focado. O cliente já sabe o que está precisando, por isso adiantamos aqui três novidades, duas no mercado têxtil e um upgrade no equipamento do mercado de brindes.” Trata-se das impressoras sublimáticas

Foto: Tânia Galluzzi

Foto: Divulgação

Ocupando o maior estande, na Konica Minolta a percepção foi semelhante. “Rea li zamos inúmeras prospecções e fechamos vendas de equipamentos com empresas do Sul e Nordeste do País”, afirmou Ronaldo Arakaki, gerente geral de vendas e marketing. A empresa levou para a ExpoPrint Digital a bizhub Press C1100, impressora digital colorida para o segmento de alta produção, apresentada no Brasil em dezembro de 2015 em evento exclusivo, e a bizhub Press C71hc, voltada a aplicações que exigem alta qualidade de cor e imagem, como o segmento de fotoprodutos. O diretor de operações da Ampla, Sidnei Marques, também comemorou os resultados. “A Fespa 2016 superou nossas expectativas pela qualificação dos visitantes, que tinham o objetivo de rea lizar negócios, na maioria pessoas que influenciam ou que realmente têm o poder de decisão de compra.” A Ampla, única fabricante 100% nacional de impressoras digitais de grande formato, destacou sua linha de impressoras New Targa XT, com as tecnologias solvente e LED UV. Apresentada na Serigrafia Sign, em julho do ano passado, a linha conta com recursos como o AmplaSmart para monitoramento em tempo real das principais funções do equipamento, take- up duplo dianteiro e traseiro,

da linha Tex Art, a RT640, com velocidade de 48 m²/h em quatro cores, e a XT640, que atinge 102 m²/h. “Recebemos pessoas de todo o Brasil”. Entrevistado na quinta-feira, dia 7, Fabio Rosa, gerente de marketing da Ricoh, surpreendeu-se com a quantidade de pessoas que passou pelo estande no dia anterior. “Foi acima do

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Foto: APS Feiras

Foto: Tânia Galluzzi

normal para um primeiro dia e já fechamos a venda de uma Ricoh Pro C7100x.” Trata-se de uma impressora voltada para pequenas e médias gráficas, com velocidade máxima de 90 páginas por minuto. Mas o destaque foi a linha Pro C9100/Pro C9110, família que representa a nova geração de equipamentos de impressão digital de produção. O equipamento imprime até 130 páginas por minuto, com resolução de 1.200 × 4.800 dpi, em mídias até 500 g/m². Apesar da crise, Marcelo Cerri, gerente de marketing da Oki, disse durante a feira que tem observado crescimento em alguns nichos onde

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Foto: Tânia Galluzzi

Foto: Tânia Galluzzi

atuam, como o segmento de rótulos de baixa tiragem, para o qual foi exposta a C711DW. Com tecnologia HD Color, a impressora conta com calibração automática de cores e correção de tonalidades, permitindo a impressão rolo a rolo de etiquetas adesivas. Os visitantes viram ainda no estande da Oki a C941DP, capaz de imprimir centenas de envelopes sem a necessidade de intervenção do usuário, em formatos variados — desde cartões de 6,4 × 9 cm até envelopes com 33 cm de largura. Para o mesmo perfil de produto a T&C mostrou a impressora colorida de etiquetas ColorWorks TMC7500G. O modelo compacto

permite a impressão de etiquetas em uma única etapa, reduzindo custos de pré-impressão e armazenagem. A máquina atinge velocidade de até 300 mm por segundo com resolução de 600 × 1.200 dpi e conta com cabeçote fixo e permanente, com sistema de manutenção automático, cujas quatro polegadas de largura cobrem toda a extensão do material a ser impresso.


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ECONOMIA Texto e dados: Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf

Índice de Confiança continua baixo mas expectativa mostra evolução

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Índice de Con­f ian­ç a (IC) do empresário da indústria gráfica brasileira, no primeiro trimestre de 2016, atingiu a marca de 41,2 pontos, em uma escala de 0 a 100. O indicador permaneceu estável em relação ao trimestre an­t e­r ior, mas ainda distante da linha de neutralidade de 50 pontos, o que sinaliza que os em­pre­sá­r ios estão pessimistas quanto à si­tua­ção dos ne­gó­cios. A estabi l id ade do IC em relação ao trimestre an­te­r ior foi definida pela queda de 5,1 pontos do Índice de Si­t ua­ção ­Atual, com 34,8 pontos, e aumento de 4,8 pontos do Índice de Expectativas, com 47,6 pontos. O recuo do Índice de Si­t ua­ç ão reflete a dificuldade enfrentada pelas empresas no momento e seu recuo preo­c u­pa. Já a TABELA 1: IC (0–​­100) mel hora do Índ ice de POR PORTE DE EMPRESA Expectativas pode estar IC SITUAÇÃO IC ref letindo as perspecPORTE IC ATUAL EXPECTATIVA t iva s de u ma solução Micro 32,9 48,2 40,6 da crise política. Pequena 32,8 48,2 40,5 No recorte por porte de empresas (Tabela 1), Média 40,9 45,9 43,4 a n­t e­r i or ­m e n­t e a s d e Grande 41,7 45,0 43,3 grande e médio porte eram Total 34,8 47,6 41,2 as mais pessimistas; nesta edição, o cenário inverteu-​ TABELA 2: IC (0–​­100) POR REGIÃO ­s e. As micro e pequenas são as mais pessimistas, IC SITUAÇÃO IC REGIÃO IC ATUAL EXPECTATIVA respect iva mente, com 4 0 , 6 e 4 0 , 5 p o nt o s , Nordeste 30,4 46,7 38,6 possivelmente pela Centro-Oeste 28,9 56,6 42,8 dificuldade de ne­g o­c iar Sudeste 35,4 46,0 40,7 descontos no preço de Sul 38,2 49,7 43,9 mer­c a­d o­r ias — uma vez IC 34,8 47,6 41,2 que já foi constatada pelo setor gráfico a elevação de preços do papel. As de porte médio e grande alcançaram a marca, pela ordem, de 43,4 e 43,3 pontos. Na análise re­g io­nal (Tabela 2), o Nordeste teve o pior resultado, com 38,6 pontos. A de­ te­r io­ra­ç ão do índice pode ter sido oca­sio­n a­ da pelo enxugamento das políticas públicas e outros be­ne­f í­c ios concedidos à re­g ião, bem

Embora estável no primeiro trimestre deste ano, o Índice de Confiança do empresário gráfico nacional mantem‑se em nível insatisfatório. Mas aponta, pelo menos, para uma melhora no Índice de Expectativa.

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como a intensificação do processo recessivo, expresso em retrações acen­tua­das nas vendas do comércio am­plia­do. A Re­g ião Sul registrou resultado acima da média, atingindo a marca de 43,9 pontos, be­ne­f i­cia­da pelo agronegócio e menores índices de desemprego no País. No recorte por segmentos (Tabela 3), o destaque fica para Envelopes, que atingiu 50 pontos, mas muito mais por conta de melhora de expectativas. No outro extremo, Cadernos está com a posição mais pessimista. Pelo Índice de Si­t ua­ç ão ­A tual das empresas, o retrato é relativamente uniforme, com destaque mais negativo para o segmento Edi­t o­r ial. Sem surpresas aqui, pois o setor sofre a concorrência da mídia digital. AS CONSEQUÊNCIAS DO AJUSTE DA TAXA DE CÂMBIO

O encarecimento de insumos e matéria-​­prima já é sentido por toda a indústria, e com o setor gráfico não é diferente. Es­sen­c ial­men­ te formado por micro e pequenas in­dús­t rias não exportadoras, sofre com o aumento de preços, já que 60% das empresas compram insumos importados, mesmo que adquiridos no mercado interno por meio de fornecedores. Além disso, as produtoras nacionais de papel têm conseguido repassar aos preços, ainda que par­cial­men­te, a de­pre­cia­ção cam­bial. TABELA 3: IC (0–100) POR SEGMENTO SEGMENTOS

IC SITUAÇÃO ATUAL

IC EXPECTATIVA

IC

Envelopes

37,5

62,5

50,0

Etiquetas

40,5

52,4

46,4

Embalagens

40,1

47,7

43,9

Promocionais

35,3

50,9

43,1

Cartões

34,1

47,7

40,9

Impressos de Segurança /Fiscais /Formulários

32,6

40,7

36,6

Editoriais

27,7

42,9

35,3

Cadernos

35,0

35,0

35,0

Total

34,8

47,6

41,2


Os principais insumos mais comprados pelas gráficas são tintas, toners, vernizes, chapas e papel. Para um terço dos em­pre­sá­r ios, esses insumos têm peso de até 24% na cadeia de custos de produção (Tabela 4). Com relação ao ano an­te­rior, o encarecimento dos insumos foi generalizado no setor (Tabela 5). De acordo com a Sondagem, 99% dos em­pre­sá­r ios gráficos alegaram alta nos custos de produção, e destes, 81% observaram incremento de mais de 15% nos preços de insumos. Apesar da pressão cam­bial sobre os preços de insumos, há limites para substituição do produto importado pelo equivalente na­cio­nal. Para os próximos 12 meses (Tabela 6), apenas 31% das empresas pretendem reduzir grande ou pequena parte dos produtos importados e 4% pararam de importar insumos/ma­té­r ias-​­primas. Embora tímida a cultura exportadora no setor, dentre as empresas que não exportam produtos gráficos (96%), 22% apresentam interesse em expandir seus ne­g ó­c ios para o comércio in­t er­n a­c io­n al. Um per­c en­t ual modesto por ora, mas que pode encorajar o setor a desbravar novos mercados. Para a maioria do em­pre­s a­r ia­d o gráfico, a alta do dólar não apresentou benefício algum. Apenas 10% consideram ao contrário. Dos be­ne­f i­cia­ dos, a desvalorização do real trouxe menos concorrência com o importado e aumento das exportações, dentre outros (Tabela 7). Para os próximos doze meses, a substituição de produtos finais da indústria gráfica importados também não deve ser notória, uma vez que 67% das empresas não concorrem TABELA 4: QUAL O PESO DOS PRODUTOS IMPORTADOS SOBRE OS INSUMOS TOTAIS? 1 a 24%

34%

25 a 49%

24%

50 a 74%

32%

75 a 100%

10%

TABELA 5: COMO ESTÃO SE COMPORTANDO OS PREÇOS DE INSUMOS EM RELAÇÃO AO ANO PASSADO? Subiram mais de 15%

81%

Subiram até 15%

12%

Subiram até 10%

3%

Subiram até 5%

3%

Não subiram

1%

Caíram

0%

TABELA 6: COM RELAÇÃO À UTILIZAÇÃO DOS INSUMOS/MATÉRIAS-​­PRIMAS IMPORTADOS, SUA EMPRESA PRETENDE, NOS PRÓXIMOS 12 MESES… Manter inalterado o uso de insumos/ matérias‑primas importados em relação ao de domésticos

37%

Substituir grande parte por insumos nacionais

16%

Substituir pequena parte por insumos nacionais

15%

A empresa parou de utilizar insumos/ matérias‑primas importados

4%

Aumentar o uso de insumos/matérias‑primas importados em relação ao de domésticos

2%

A empresa não utiliza insumos/ matérias‑primas importados

26%

TABELA 7: QUAIS OS BENEFÍCIOS DA DEPRECIAÇÃO CAMBIAL PARA SUA EMPRESA? Menor concorrência do importado

43%

Aumento de exportação

30%

Outros ◆ Aumento na demanda interna ◆ Oportunidades pontuais de venda

27%

TABELA 8: PARA OS PRÓXIMOS 12 MESES, A CONCORRÊNCIA DE PRODUTOS DE SUA EMPRESA COM SIMILARES IMPORTADOS DEVERÁ REGISTRAR… Aumento acentuado

1%

Aumento

7%

Estabilidade

19%

Queda

5%

Queda acentuada

1%

A empresa não concorre com produtos importados 67%

com o in­ter­na­cio­nal e 19% esperam que a concorrência continue estável (Tabela 8). Concluindo, o setor gráfico, por ora, não tem se be­n e­f i­c ia­d o com o ajuste da taxa de câmbio, via aumento de exportações ou redução de importações, mas sente, por outro lado, a pressão sobre custos de insumos. Estes encarecem e não há muito espaço para substituição por equivalente na­cio­nal. A menor concorrência com o produto final importado e o aumento da exportação é uma rea­li­d a­ de, mas para poucos. A maioria das gráficas não vende no comércio ex­te­r ior e os produtos importados não representam concorrência direta aos locais. Esse resultado está de acordo com pesquisas que mostram que a indústria gráfica é um setor relativamente fechado para importação e exportação.

41 março /abril 2016  REVISTA ABIGR AF


EDUCAÇÃO

Walter Vicioni Gonçalves

Aprendendo com quem sabe fazer

N

o dia 30 de março último, a ministra da Educação e Cultura da Finlândia, Sanni Grahn–Iaa­so­nen, acompanhada de sua comitiva ofi­cial, visitou as unidades do Serviço So­cial da Indústria (Sesi-​­SP) e do Serviço Na­cio­nal de Aprendizagem In­dus­trial (Senai-​­SP), instaladas no bairro da Vila Leo­pol­d i­na, na capital paulista. O encontro teve por objetivo apoiar o desenvolvimento de ações de coo­pe­ra­ção nos campos da educação, cultura, comércio, ciên­cia e tecnologia e inovação. Num mundo cada vez mais globalizado, a interação com instituições educacionais de outros paí­ses é cada vez mais relevante, e a troca de ex­pe­r iên­cias pode be­ ne­fi­ciar todos os atores envolvidos. Principalmente, em se tratando da República da Finlândia. País preo­cu­pa­ do em estudar o futuro, a Finlândia pode nos remeter, num primeiro momento, à magia do sol da meia-​­noite, à aurora bo­real, aos fior­des e, quase sempre à Lapônia, a terra onde mora o Papai Noel. Com uma população de 5.350.156 habitantes, entretanto, o que chama a atenção é que a Finlândia registra números de causar inveja em qualquer país desenvolvido: índice de desenvolvimento humano de altíssimo nível, qualidade de vida, transparência, bem-​­estar so­c ial, saú­de pública, prosperidade, alta tecnologia, inovação e, sobretudo, um sistema edu­ca­cio­nal de excelência, com resultados expressivos em todas as ava­lia­ções internacionais. Qual não foi nossa surpresa, portanto, quando recebemos o pedido da ministra para nos conhecer. No caso do Senai/SP, por conta dos resultados obtidos pelo Brasil na conquista do 1º lugar na competição mun­d ial da

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Visita ao Sesi da Vila Leopoldina

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A ministra da Educação e Cultura da Finlândia, Sanni Grahn-Iaasonen e Walter Vicioni Gonçalves, durante o encontro realizado no Brasil

Worldskills, em agosto de 2015. Vale lembrar que a delegação do Senai-​­SP foi, até agora, responsável por, aproximadamente, 50% das conquistas brasileiras na renomada competição de educação pro­f is­sio­na­li­zan­te. De fato, a qualidade de ensino é uma marca das escolas mantidas pela indústria paulista, infelizmente, em contraste com a rea­li­da­de do ensino público no Brasil. Em meio às tur­bu­lên­cias do cenário político e econômico que nosso país atravessa, mais uma vez reitero o papel da educação como suporte ao desenvolvimento econômico. Como Ralph Ellison, eu acredito que a educação, em sua essência, nada mais é do que a construção de pontes, enquanto símbolos de acesso e de conexão. As pontes, magicamente, ativam e multiplicam as relações de todos os tipos entre os seres humanos. São também um índice de civilização: com a construção de pontes, o número dessa relações aumenta, enquanto que nos tempos de barbárie, ou quando des­truí­das, as relações entre os povos desaparecem. Assim, ao estreitar os laços com a Finlândia, sabendo da efi­ciên­cia de seu sistema de educação, tenho certeza de que eles também podem aprender muito com o Brasil, mesmo que seja aprender como não fazer as coisas. Pela primeira vez no Brasil, a ministra Grahn-​ ­Iaa­so­nen se disse feliz pela visita e an­sio­sa para conhecer mais sobre o sistema edu­ca­cio­nal brasileiro, es­pe­ cial­men­te o modelo de educação básica do Sesi-​­SP e de ensino pro­f is­sio­na­li­zan­te do Senai-​­SP. Agora, quando olho um mapa-​­múndi e vejo a pequena grande Finlândia, penso que lá temos parceiros que desejam pavimentar um caminho conosco. Que, como nós, desejam um futuro melhor para crian­ças e jovens, de lá e de cá. Walter Vicioni Gonçalves Diretor regional do Senai‑SP, superintendente do Sesi‑SP e membro do Conselho Estadual de Educação de São Paulo


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MERCADO DE RÓTULOS

Os bons ventos que movem a impressão digital de etiquetas e rótulos Em direção oposta à que se encontra a quase totalidade do setor gráfico, o segmento comemora um momento de expansão nos negócios. Texto: Ada Caperuto

indústria gráfica é, por definição, um setor em frequente mutação. As necessidades mudam, o mercado se rees tr u tu ra e os produtos perdem ou ganham demanda, às vezes em pe­ ríodos muito curtos de tempo. Para empresá­ rios e fornecedores, portanto, não é novidade ajustar a atuação de acordo com a tendência mais atrativa do momento. E ela tem um nome na atua lidade: impressão digital de rótulos e etiquetas adesivas. “O mercado gráfico brasileiro, em geral, tem passado por grandes transformações e este é um setor presente em nosso radar por ser muito promissor. Algumas empresas do segmento comercial e editorial estão migrando para o de rótulos, embalagem e de sinalização e essa transição pede uma adequação aos novos requisitos e exigências. Bem como das legislações que a ele se aplicam. Temos soluções para atender ambos os mercados sempre acompanhando a evolução tecnológica

que não para nunca”, declara Ernande Ramos, diretor de vendas para a América Latina da EFI. Na Mack Color, uma das mais tradicionais empresas desse ramo de atuação, a tendência se confirma. De acordo com a gerente de mar­ keting Fabia na Rossi, do ponto de vista dos negócios rea lizados, este nicho vem crescendo bastante em todos os segmentos de mercado. “Hoje existem muitas empresas que colocam seus produtos no mercado ‘para testes’. Se dá certo, elas iniciam com uma demanda maior conforme resposta do consumidor. E o digital é excelente para atender esse objetivo”, opina. Esse aquecimento do mercado é reforçado pela Xeikon, que se dedica ao desenvolvimen­ to de soluções para impressão digital. Na próxi­ ma Drupa, que ocorrerá em Dusseldorf, de 31 de maio a 10 de junho, a marca será uma das es­ trelas do Flint Group, do qual faz parte desde o ano passado. “Apresentaremos a tecnologia Fu­ sion, a próxima grande onda para os segmentos

EFI Jetrion 4900

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Xeikon Trillium One

de embalagens e rótulos”, informa Miguel Troc­ coli, gerente geral da PTC Graphic Systems, que representa a marca no Brasil. Também na feira alemã, com o maior es­ tande do evento, a HP Inc. corrobora as opi­ niões. “Entendemos que o mercado possui uma capacidade instalada su­f i­c ien­te para atender as demandas ­atuais, considerando o momen­ to ma­c roe­co­nô­m i­co que o Brasil atravessa. No entanto, existe um aumento de deman­ das das marcas que não mais podem ser aten­ didas adequadamente por equipamentos con­ vencionais, tais como ordens com volumes menores, maior frequência de pedidos, maior número de itens, maior volume de lançamen­ tos e ciclo de vida mais curto para produtos”, afirma André Rezende, gerente da HP Indigo do Brasil. “Estamos instalando cada vez mais equipamentos e percebemos um crescente número de consultas”, acrescenta.

INOVAÇÕES

Acompanhando as ten­dên­cias desse segmento, os fabricantes de equipamentos têm colocado no mercado novidades que permitem c­ riar produtos inovadores, alian­do produtividade e flexibilidade de uso. Uma das apostas da EFI é a linha Je­t rion para impressão digital em embalagens flexíveis, etiquetas ou rótulos. “Este segmento é um dos mais promissores do mercado de impressão e é um dos maiores focos da EFI neste ano. Nosso port­fó­lio vai além do maquinário, abrangendo o soft­ware de ge­ren­cia­ men­to de cor ­Fiery, e a linha EFI Metrics para automatização e ge­ren­c ia­men­to da cadeia de produção, que resultam na melhoria da efi­ciên­ cia e o aumento da lucratividade para os clien­tes”, comenta Ernande Ramos. De acordo com Miguel Troccoli, desde o lançamento da Xeikon CX3, em setembro do ano passado, já estão instaladas mais de 20

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HP Indigo 8000

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tecnologia, pois dia­r ia­men­te temos novidade nesse segmento, principalmente quando fala­ mos em acabamento — vernizes, laminação e hot stamping —, materiais ou pa­péis de rótu­ los adesivos”, informa Fa­bia­na Rossi. De acor­ do com ela, o mercado ainda não conhece boa parte dessa tecnologia e suas vantagens, prin­ cipalmente para rótulos. “Podemos trabalhar com pequenas, mé­d ias e grandes tiragens, em diversos modelos e, o que é mais im­pres­sio­ nan­te, em bobinas, com uma exce­ lente qualidade e custo acessível. Mas não adian­t a somente ter má­ quinas potentes, o importante são os investimentos em soft­ware de pré-​ ­impressão e máquinas de acabamento para garantir um excelente resultado. E a Mack Color tem esses diferenciais”, diz a gerente de mar­ke­ting.

Xeikon FDU, unidade de corte plano para papel-cartão

unidades do equipamento voltado à produção de rótulos e etiquetas, que apresenta ampla gama de aplicações e seus respectivos acaba­ mentos. “Com velocidade máxima de 30 metros por minuto, ou 98 ppm, ela se garante como a mais produtiva impressora digital 5 cores de ró­ tulos e etiquetas de sua classe”, declara o geren­ te da PTC Graphic Systems. Além dessa linha, a fabricante investe na tecnologia Fu­sion, que combina produção em cores ao embelezamento dos rótulos ou embalagens em uma única passa­ gem, tudo em processo digital. “O fluxo é com­ posto de uma série de unidades de processo de valor agregado ao produto que serão lançados ao longo do tempo”, explica Miguel. A HP Indigo acaba de apresentar no evento pré-​­Drupa, rea­li­za­do em Is­rael, sede da com­ panhia, a HP Indigo 8000, impressora digi­ tal para produção de rótulos, shrink-​­slee­ves e in mold labels em até 80 metros/minuto. A fabri­ cante define a novidade como uma “revolução para o segmento”, por equiparar-​­se em veloci­ dades de equipamentos convencionais de fle­ xografia com todos os be­ne­f í­cios da tecnologia digital. “A Indigo 8000 tem zero setup, capaci­ dade para produção de lotes menores, não uti­ lização de clichês, maior controle de cores ao longo do processo, entre outros diferenciais”, enumera André Rezende. Todos esses recursos são extremamen­ te bem recebidos pelas empresas gráficas, é claro. “Trabalhamos com o sistema digital há quatro anos, e temos grande ex­pe­r iên­c ia em promover os mais diferentes recursos dessa

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FUTURO

Com o segmento aquecido e as novidades che­ gando ao mercado, as empresas, é claro, têm es­ timativas positivas para os próximos meses — um ponto de vista que não parece ser afetado pelo a­ tual cenário de crise econômica no qual está mergulhado o Brasil. Que o diga a Mack Color. “Nossas perspectivas para os próximos meses são de crescimento constante”, comemo­ ra Fa­bia­na Rossi. “Começamos o ano de 2016 com expec­ tativas positivas apesar de 2015 ter sido con­ troverso. Acreditamos que com trabalho efi­ cien­te, fazemos a diferença. Isso é comprovado pela busca dos clien­tes por nossas tec­no­lo­g ias. Na EFI, o nosso compromisso é sempre ofere­ cer soluções rentáveis para o crescimento dos clien­tes, independente do porte da empresa. Investimos constantemente em tec­no­lo­g ias e em equipamentos desenhados especificamen­ te para cada segmento como o de rótulos e eti­ quetas. Nossa principal meta está focada na ajuda dos clien­tes a reduzir despesas, automa­ tizar de processos e na alta qualidade produti­ va”, enfatiza Ernande Ramos. “Estamos muito otimistas com o número de clien­tes que receberemos na Drupa 2016. Já estamos agendando demonstrações para to­ das as plataformas que estarão na feira. É váli­ do ressaltar que o volume de impressão médio por equipamento vem aumentando no Brasil e, deste modo, estamos projetando um segundo semestre muito forte”, declara André Rezende, da HP Inc. do Brasil.


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As novas revoluções industriais, a gráfica e a Drupa

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O

fórum mundial de Davos, rea li zado nessa cidade suíça no início de cada ano e que reúne a nata econômica mundial, presidentes, primeiros- ministros e autoridades monetá rias, tem sempre um mote, um tema central. Neste ano de 2016, esse tema se ateve no significado da chamada quarta revolução industrial, ou revolução tecnológica, que implica, segundo os organizadores, nada menos do que a transformação da humanidade nas próximas décadas, tal o seu impacto em todas as atividades humanas. A intenção dos organizadores foi chamar a atenção dos líderes mundiais para esse fenômeno e as consequentes influências, com o objetivo de forçá-los a olhar para o futuro e não somente tentar resolver problemas com as perspectivas do passado. Um desafio gigantesco com muitas perguntas, dúvidas existenciais e ainda poucas respostas. Mas, para isso mesmo é que servem esses fóruns. Abrir grandes temas que se materia lizarão nas próximas décadas. Porém, quais as bases dessa imensa transformação tecnológica que mal estamos começando a entender sua extensão? A começar pelas possibilidades quase infinitas resultantes das crescentes redes de conexão de bilhões de seres humanos por equipamentos portáteis como o celular e uma imensa capacidade de poder de processamento, estocagem de dados e acesso à informação e conhecimento. Além das possibilidades que resultarão da confluência de tecnologias disruptivas emergentes que vão da inteligência ar tificial, robótica, a internet das coisas (Internet of Things), veícu los autônomos, impressão 3D, nanotecnologia, ciências dos materiais, estocagem de energia, computação quantum e todo o avanço na biociência. Muitas tecnologias ainda estão em fase inicial de desenvolvimento, mas começam a chegar a um ponto onde cada uma impulsiona o desenvolvimento da outra. Seja como for, essas mudanças são históricas em termos de tamanho, velocidade e escopo, como afirma Klaus Schawb em seu livro The Fourth Indus trial Re volution, e que serviu de

base para Davos neste ano. Klaus, na verdade, é o organizador de conteúdo do fórum e esse livro foi usado como referência. Vale integralmente a leitura. Os impactos dessa revolução nos negócios são imensos, com a alteração na formas de produção, organização e dos modelos de negócio, tanto quanto vimos nas revoluções industriais anteriores. A primeira, entre 1760 e 1840, com a invenção das máquinas a vapor; a segunda, entre o final do século 19 e o começo do século 20, com o advento da eletricidade e as linhas de produção possibilitando a produção em massa; a terceira, digital, com o advento dos computadores mainframe no anos 1960, computadores pessoais, nos anos 1970 e 1980, e a internet, a partir dos anos 1990, e suas consequências e desenvolvimentos que ainda estamos vivendo, aí se incluindo o advento das impressoras 3D, a biotecnologia e a nanotecnologia. Claro que essas divisões são acadêmicas e genéricas para facilidade de entendimento, mas as características da transformação se solidificam com o tempo. A quarta revolução industrial se caracteriza pela chamada indústria 4.0, termo cunhado na Alemanha em 2011 e que começa a se caracterizar por fábricas inteligentes, onde não só o produto a ser fabricado interage e informa ao equipamento que vai produzi-lo o que fazer com ele, assim como a própria fábrica pode participar de uma cadeia global de valor, criando um mundo no qual sistemas de manufatura vir tual e física cooperam um com o outro de forma flexível (vide Klaus Schwab). É evidente que a tecnologia gráfica não fica fora dessas evoluções e incorpora os avanços da ciência para suas finalidades. Nem precisamos dizer o que a computação gráfica fez com o setor. Mas tomemos algumas dessas novas tecnologias e, em especial, a questão da indústria 4.0 e vamos ver de que forma isso vem afetando e deve afetar a produção e o negócio gráfica. A biotecnologia começa a chegar ao setor através das embalagens, com filmes que permitem o prolongamento de produtos orgânicos, ou mesmo impressões em selos que modificam sua cor mostrando

o tempo de validade do produto embalado. A nanotecnologia já está presente nas novas formas de impressão inkjet, com jatos de tinta formulados para a melhor cobertura do suporte, seja papel, plástico ou metal, com brilho e alta qualidade de impressão. Além de melhorias na engenharia dos equipamentos. A impressão 3D já é uma rea lidade, e como já tem o nome de impressão, sua incorporação no conjunto de oferta das gráficas será natural. Esta Drupa já mostra inúmeras aplicações usando a impressão 3D assim como os fluxos de criação de materiais incorporando essa terceira dimensão ao 2D da impressão. Cria-se o conteúdo de comunicação e a “gráfica” o disponibiliza em digital, impresso e tridimensional, completando todo um ciclo abrangente. A impressão digital segue velozmente em um processo que a levará ao predomínio das tecnologias de reprodução. Em velocidade, formatos, aplicações, qualidade e, mais que tudo, em va riabi lidade, customização e interação. Com a progressiva integração dos fluxos digitais de produção, a automação dos equipamentos, a variabi lidade imediata da produção e a interação do material impresso com o mundo digital dos diferentes códigos de leitura digital, as novas fábricas inteligentes de impressão que atendem aos pressupostos da terceira e quarta revolução industrial já estão em operação, em construção ou sendo elaboradas. Hoje já é possível ter toda uma linha de produção que interaja com os fluxos de criação de conteúdo do cliente e sua rede — agências, mídias, marketing — e a produção e disponibilização em diferentes mídias, com linguagens específicas para públicos-alvo que podem ser individua lizados. Uma mensagem feita para você, de acordo com o seu perfil, conforme o seu gosto, o seu desejo. As plataformas digitais se transformarão nas plataformas inteligentes e operativas das gráficas. Que, por incrível que pareça, serão individuais, ainda que soluções comuns sejam vendidas. Plataforma significa a junção dos diferentes soft wares que farão a ponte entre as necessidades do março /abril 2016

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cliente — projetos de embalagens, material de marketing, documentos transacionais, papela rias, marketing direto ou de precisão, livros, revistas e todos os itens que significarem redução de tempo e de operação e eficiência para o cliente. Em uma ponte que os ligará diretamente à gráfica e ao seu fluxo e processo de produção para posterior disponibilização onde esse cliente queira ou necessite. A junção dos soft wares para a construção de sua plataforma e seus resultados serão de acordo com o perfil de clientes, o nicho de mercado e a proposição de valor da gráfica, por isso digo que serão individua lizados. Ainda que os fornecedores de tecnologia cada vez mais ofereçam esses fluxos já construídos em sistemas operacionais definidos. Já podemos ver isso no mercado, mas ainda há muito que evoluir para uma operação efetivamente automatizada, ainda que customizada. Uma vertente das aplicações da impressão digital vem gerando um crescimento explosivo da chamada impressão funcional, ou a impressão das coisas, como costumo chamar. Hoje, tudo se imprime, ou melhor, tudo pode ser impresso. Das roupas com tecidos criados e impressos de forma exclusiva até a forração das paredes; da sua foto do instagram virando quadro ou capa de caderno ou capa de celular até a impressão da sua sandália. De um bar inteiro: paredes, piso, azulejos e móveis, a um carro ou avião. Da sua caneca ao livro infantil personalizado com a história e o desenho do seu filho, que também vira um adesivo na parede do quarto dele ou mesmo um protótipo tridimensional daquele aviãozinho maluco que ele projetou. Das imensas comunicações urbanas a grandes eventos esportivos na impressão das quadras, das piscinas, tetos e janelas. Um mundo impresso. Pensando bem, isso deve ser chocante para todos os digitólogos que previam o fim da impressão há pouco tempo atrás, não é mesmo? Sem falar da impressão in dus trial, aquela que é aplicada na fabricação de todos os aparatos eletrônicos que usamos, circuitos, layers de celulares e notebooks, painéis de carros, etiquetas com sinal de REVISTA ABIGR AF

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rádio, cartões de crédito com chips, aparentes ou embutidos, cartazes com sinais para bluetooth ou celulares . . . e por aí vai. Inúmeras, infinitas aplicações. Em relação a novos materiais um destaque se dá ao grafeno, um nanomaterial que é 200 vezes mais forte que o aço e um milhão de vezes mais fino que um fio de cabelo. É um condutor eficiente de calor e eletricidade, que pode ser transformado em películas ou mesmo em uma tinta, tal qual as de offset, e usado em impressão de tecido ou papéis, podendo ser lavado sem perder suas características. Ainda caríssimo, mas, quando disponível, pode tornar os wearables, roupas e acessórios com tecnologia eletrônica avançada, uma efetiva realidade. Esse é o futuro, mas também o presente. Porém, falando em presente, como o setor gráfico, mundialmente, vai vivendo nessa mescla entre as demandas tradicionais, que são, claro, ainda predominantes, e essas novas concepções? Recentemente, os organizadores da Drupa divulgaram a última das seis pesquisas que, inteligentemente, encomendaram e vêm divulgando desde o ano passado, como atrativo para a feira. São pesquisas interessantes mostrando as tendências e as percepções de mercado, feitas com gráficas e fornecedores de todo o mundo. Seus resultados não deixam de mostrar uma rea lidade global, ainda que, estatisticamente, não se possa identificar as amostras de cada re gião como efetivamente correspondentes ao seu todo. Na linha deste artigo destaco alguns pontos dessa pesquisa. Primeiro, a previsão de investimento das empresas em tecnologias de impressão: 32% para impressoras digitais de folhas, 23% para offset de folhas, 13% para impressoras inkjet rotativas e 12% em flexografia. O que mostra bem a importância da impressão digital, mas também mostra que a offset continua como uma tecnologia muito importante — e na verdade ainda dominante — e que a junção desses dois processos se apresenta como a melhor alternativa a muitas gráficas. Mostra também o crescimento da flexografia na área de embalagens.

Em termos de adição de serviços de maior valor agregado, a pesquisa indica que para as gráficas comerciais os principais serviços oferecidos são: dados variáveis, 67%; design/criação, 60%; logística, 50%; grandes formatos, 40%; impressão interativa/códigos QR e outros, 39%; webto-print, 35%. Isso mostra o crescimento da impressão personalizada, geração de conteúdo e web-to-print como forma de venda e integração com os clientes. A oferta de serviços multicanais, para diferentes mídias além da impressão, mostra que 39% das empresas declararam já oferecê-los, sendo que metade os desenvolvem internamente e metade os fazem com terceiros. A pesquisa também levantou quais serviços predominam nas empresas que oferecem impressão funcional, sendo 54% em materiais de decoração; 33% em tecidos; 15% em cerâmica; 11% em eletrônicos; 11% em impressões 3D; e 54% em outros (cada respondente podia indicar mais de uma aplicação, daí o porquê de mais de 100%). Pois bem. Creio que a Drupa deste ano, sendo ela uma espécie de meca dos empresários gráficos, captou na plenitude todo o estado atual de mudanças das tecnologias, dos negócios e o futuro do setor. A evolução tecnológica traz, como sempre, muitos desafios, mas também muitas oportunidades. E que estão representadas nas chamadas da feira: toque o futuro, toque ideias, inovação, artes gráficas, cor, produção de embalagens, impressão funcional, multicanal, impressão 3D. Gostei mais ainda do neologismo que criaram, na junção do físico com o digital: phygital, ou “fígital”, em português. Creio que isso resume bem o que já temos hoje e seu desenrolar nos próximos anos: a junção do físico com o digital e a incorporação de novos conceitos que mudarão radicalmente o nosso negócio, como a quarta revolução industrial. Falando nisso, qual a velocidade de mudança do seu negócio? Já pensou nisso? Hamilton Terni Costa hterni@anconsulting. com.br, é diretor geral da AN Consulting, www.anconsulting.com.br e diretor para a América Latina da NPES.


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CHAPAS DOP

Agfa incrementa produção nacional de chapas offset

Empresa amplia a possibilidade de formatos, acelera a fabricação de linhas tradicionais de alto desempenho e aposta na tecnologia DOP.

Fotos: Álvaro Motta

Texto: Tânia Galluzzi

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m março do ano passado uma decisão aparentemente desfavorável funcionou como força motriz para os projetos de am­plia­ção da Agfa Graphics. Naquele mês o governo decidiu pela existência de dumping nas exportações para o Brasil de chapas pressensibilizadas para impressão offset, sobretaxando a importação do produto. Se desde o final de 2014 a matriz estava convencida da necessidade de aumentar a produção de chapas na fábrica de Suzano (SP), a taxação serviu para ratificar o caminho que se avizinhava. Mas não bastava turbinar a capacidade produtiva. Dian­te de uma das maiores crises que o País já enfrentou, a diretoria da empresa decidiu contra-​­atacar, mantendo as equipes e toda a sua estrutura, mesmo enfrentando um mercado que sofreu queda em torno de 25% no volume de chapas em 2015. E mais. Preparou a fábrica para produzir, pela primeira vez fora da Europa, a chapa Azura TE com tecnologia DOP (direct-​ ­on-press), que se diferencia por eliminar completamente a etapa de processamento, estando pronta para o uso logo após a exposição no CtP. De lá para cá foram meses de trabalho intenso para garantir o desempenho do produto fabricado no Brasil. “A produção da TE difere das demais linhas sem processamento e as variáveis são muitas, exigindo um longo pe­r ío­do

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Fabrizio Valentini, presidente da Agfa Graphics Brasil e América Latina

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de testes”, comenta Fabrizio Valentini, presidente da Agfa Graphics Brasil e América Latina, ele mesmo um en­t u­sias­ta da tecnologia DOP. Em março o produto começou a ser co­mer­cia­li­ za­do e hoje cerca de 30 clien­tes, entre gráficas comerciais, editoriais, de embalagens e jornais, já estão utilizando a Azura TE. A tecnologia DOP não é exclusiva da Agfa. Outros fornecedores também oferecem linhas direct-​­on-press no Brasil, o mercado que mais rapidamente aderiu ao DOP no mundo de acordo com Eduar­do Sousa, gerente de mar­ke­ting para a América Latina. “A chapa Azura TE sai do CtP com o maior contraste de imagem latente do segmento de chapas DOP, di­fe­ren­cial da tecnologia Thermofuse, sendo que a imagem só será ativada na própria impressora. Em função dessa característica da tecnologia, des­v ios na impressão podem interferir no desempenho da chapa, tornando fundamental o controle de processo”, diz o gerente. “Ao eliminar uma etapa e simplificar a produção, o uso da chapa direct-​­on-press resulta em economia de tempo, de insumos e também no descarte de re­sí­duos. Porém não é uma chapa para todos, pois cada produto e tecnologia possui pro­prie­da­des específicas na utilização e em seus respectivos comportamentos. O monitoramento é es­sen­cial uma vez que va­ ria­ções podem afetar a formação da imagem na chapa”, afirma Fabrizio Valentini. Nesse sentido, o executivo ressalta o trabalho de suporte ao clien­te que vem sendo desenvolvido pela Agfa. Além de contar com uma equipe de aplicação de chapas offset capacitada, a maior parte dos distribuidores foi e está sendo treinada para que possam acompanhar as gráficas na implantação da tecnologia DOP. Na adesão à tecnologia, a chapa da Agfa conta com um quesito importante. Diferente dos concorrentes, apesar de ainda latente, na Azura TE a imagem pode ser vi­sua­li­za­da assim que sai do CtP, podendo inclusive ficar 48 horas exposta à luz antes de seguir para a impressora. “Isso facilita a inspeção vi­sual e também o armazenamento da chapa, pro­por­cio­nan­do a otimização geral do processo”, comenta Eduar­do Sousa.


Ele sa­lien­ta que a própria produção da chapa é ecologicamente correta uma vez que a empresa substituiu por completo a utilização de solvente por água reciclada em seu processo produtivo. EXPORTAÇÃO

De acordo com Fabrizio Valentini, em 12 meses espera-​­se que o consumo da Azura TE tenha alcançado cerca de um milhão de metros quadrados ao ano. Contudo, o tempo de maturação do produto pode estender-​­se em decorrência da crise. A ideia é exportar num primeiro momento para Argentina, Uruguai e Paraguai, depois para Colômbia, Chile e Peru. “Na contramão do cenário recessivo que a América Latina tem enfrentado, a Agfa decidiu manter não apenas a sua estrutura como também trouxe ainda mais investimentos para a planta fabril local”, comenta o presidente. “Num momento desses ou você amplia e inova ainda mais ou se encolhe. Decidimos investir.” Tal estratégia envolveu ainda o investimento em uma nova linha de acabamento, visando os grandes formatos. “Aceleramos a produção na­cio­nal, aumentamos as possibilidades de formatos e apostamos em produtos de alta performance. Essa crise não durará para sempre e quando passar estaremos com uma fábrica supercompetitiva e uma equipe de atendimento altamente qualificada em campo para apoiar o impressor”, diz Fabrizio Valentini.

Eduardo Sousa, gerente de marketing para a América Latina

A Agfa mantém a liderança no fornecimento de chapas offset na América Latina. Atual­men­ te, 30% da produção da fábrica de Suzano é exportada tanto para os paí­ses vizinhos quanto para os Estados Unidos e Europa. A meta é elevar tal fatia para 50% nos próximos três anos. A empresa se prepara agora para a mudança de seu escritório. No final de maio as equipes trocarão o prédio na Chácara Santo Antonio por um edifício inteligente na Vila Olímpia, ambos na zona sul da capital paulista. Recém-​ ­cons­truí­do, incorporando os novos conceitos de arquitetura sustentável, espera-​­se com o novo espaço pro­por­c io­nar mais qualidade de vida aos fun­cio­ná­r ios e redução de custos.

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GRANDES FORMATOS

Nova diretoria na Ampla

Única indústria 100% nacional dedicada à fabricação de impressoras digitais de grandes formatos, a Ampla Digital apresentou a nova composição da sua diretoria, sua estrutura e atuação.

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urante encontro realizado em Pinhais (PR), no dia 22 de março, a Ampla Digital anunciou sua nova diretoria, composta por Ricardo Augusto Lie, diretor de novos negócios, Adriano Coelho, diretor técnico, e Sidnei Marques, diretor de operações. Ricardo Lie discorreu sobre a transição da gestão e o reposicionamento da empresa no mercado. Coube a Adriano Coelho explicar aos convidados as mais recentes inovações e a linha de produtos oferecida pela empresa. Sidnei Marques expôs aos presentes a estratégia de comercialização e o crescimento, nacional e internacional, da companhia. Fazendo um relato histórico, Ricardo — filho do fundador da Ampla, Lie Tji Thjun, hoje no Conselho Administrativo — falou sobre o surgimento da empresa, em 2004, focada no mercado de máquinas e insumos para impressão digital. “Iniciamos nossas atividades importando impressoras da China, o modelo Vista da marca JHF, para suprir uma demanda do mercado por equipamentos com custo mais acessível pois, na época, apenas os médios e grandes birôs tinham condições de adquirir uma impressora jato de tinta de grande formato, enquanto os pequenos tinham que terceirizar a impressão de seus materiais”. No ano seguinte, a Ampla entendeu que precisaria dominar o projeto e a produção das próximas gerações de impressoras para atender as necessidades do mercado brasileiro. O primeiro passo, em 2005, foi o upgrade para as impressoras JHF já instaladas, seguido pelo desenvolvimento do protótipo da primeira impressora jato de tinta de grandes formatos fabricada no Brasil, a Targa, lançada em julho do ano seguinte nas versões Plus e XL . Outro importante passo foi dado no princípio de 2009, com o desenvolvimento de

(E/D) Ricardo Lie, sócio-diretor; Adriano Coelho, diretor técnico; e Sidnei Marques, diretor de operações

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uma nova plataforma de produtos para atender os clientes de porte pequeno, que estavam crescendo de forma acelerada. “Investimos pesado na ampliação de nossa capacidade fabril, na aquisição de máquinas CNC de última geração e no desenvolvimento de novos processos de produção. Em julho de 2010, apresentamos ao mercado a Samba XT, um marco para o setor e que mostrou, até para os mais céticos, que a Ampla tinha capacidade de fabricar equipamentos para além do entry level, com produtividade superior e altíssima qualidade de impressão”, comenta o executivo. Nos anos seguintes, a empresa remodelou as linhas de impressoras de entrada e intermediária, esta última batizada de Targa XT, que ganhou, em 2015, sua terceira geração, incorporando o conceito industrial com um chassi monobloco que confere robustez ao equipamento, permitindo suportar elevadas velocidades de impressão em regime estável de produção. A Ampla fornece seus equipamentos para os mercados de comunicação vi sual (publicidade, marketing e grandes eventos, como Olimpíadas e eleições); estamparia digital para a indústria têxtil (favorecida pela evolução dos tecidos em poliéster, com personalização das peças); e industrial (mercados coureiro, calçadista, moveleiro, de decoração e embalagens). A EMPRESA

Com sede na cidade de Pinhais, região metropolitana de Curitiba (PR), a Ampla é hoje a maior fabricante de impressoras digitais de grandes formatos da América Latina. Com 8.000 m² de área construída, suas instalações ocupam um complexo que integra centro de desenvolvimento de produtos, unidade fabril, showroom e área administrativa. Sua rede de assistência técnica está distribuída em quatro filiais instaladas em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Lauro de Freitas (BA), além de técnicos alocados em Recife (PE), Porto Alegre (RS) e Brasília (DF), complementada pela estrutura oferecida pela matriz em Pinhais. No atendimento ao mercado inter nacional, a Ampla possui distribuidores na América Central, Argentina, Bélgica, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Egito, Equador, Índia, México, Oriente Médio, Peru, Reino Unido, Rússia e Uruguai. ✆ AMPLA www.ampladigital.com.br


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NOVA SEDE

Fotos: Divulgação

As obras das novas instalações da Gráfica Gonçalves foram finalizadas em meados do ano passado, mas a última máquina a chegar acaba de ser montada na fábrica, aumentando a capacidade para 1.800 toneladas de papel-cartão por mês. Texto: Tânia Galluzzi

Foto: Álvaro Motta

Gonçalves finaliza mudança para Cajamar

O diretor-superintendente Paulo Gonçalves comanda uma força de trabalho composta por 500 colaboradores

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epois de um ano e meio funcionando em dois endere­ ços, está concluída a transfe­ rência da Gráfica Gonçalves para sua nova sede em Cajamar, na Gran­ de São Paulo. Planejada e executada pau­ latinamente, com a segurança necessária para que a produção não parasse um só dia, a mudança representa um novo salto na tra­ jetória da empresa. Com quase o dobro do tamanho das instalações anteriores, 40 mil m² de área construída, ela atende à necessi­ dade de mais espaço e também se apresenta REVISTA ABIGR AF

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como uma alternativa à valorização imo­ bi liá ria de Alphaville, onde a Gonçalves esteve de 1989 a 2015. Para Cajamar, foi toda a força produti­ va de uma das principais indústrias de em­ balagens em cartucho do País, com suas 12 impressoras offset e outras tantas linhas de acabamento e sistemas de pré­impressão, e o que a empresa tem de melhor nas pala­ vras do diretor Paulo Gonçalves: seus 500 colaboradores. Além do empenho de toda a equipe durante os 18 meses, a empresa con­ tou com o apoio dos fornecedores, que tra­ balharam intensamente na desmontagem e montagem das máquinas. Desde 2010, quando o terreno foi ad­ quirido, a gráfica investiu pesado na nova fábrica. Agora é o momento de pôr os pés no chão e reduzir o ritmo dos investimentos para se adequar às novas realidades do mer­ cado. “Todos os setores que atendemos — seja cosméticos, farmacêutico, perfumaria,

ou alimentício — registram queda na de­ manda. A crescente elevação da inflação e o aumento dos preços dos insumos impac­ taram nossos custos. Para não colocar em risco a saúde financeira de nossa empresa fomos forçados a reajustar nossos preços. É um momento difícil, que exige equilíbrio e determinação”, afirma Paulo Gonçalves, terceira geração no comando. A luta é também de seus filhos Gustavo, 46, André, 40, e Ju liana, 38 anos. Só que a arena dos mais velhos está a mais de sete mil quilômetros de Cajamar. Eles diri­ gem a unidade industrial no México, inau­ gurada em 2008, uma versão reduzida da matriz. A situação econômica atualmente é mais favorável na América do Norte, po­ rém os mercados são semelhantes, segundo o diretor, com muitos clientes em comum. Só que lá as oportunidades de crescimen­ to hoje são maiores. Atuando nos mesmos segmentos, a fábrica mexicana conta com


Foto: Divulgação

Os números do projeto O terreno tem 69 mil m². A área construída é de 40 mil m², sendo seis mil do prédio administrativo e 34 mil da unidade de produção. ◆◆ A unidade conta com 17 mil m² de área de proteção ambiental. Coberto por mata nativa, o trecho integra a mata ciliar que protege o Ribeirão dos Cristais, que passa nos fundos do terreno. ◆◆ O volume de concreto empregado na construção foi de 13 mil m³, suficientes para construir 600 casas de 120 m² cada. ◆◆ O consumo médio de energia é de 1.200 kWh. Em caso de falta de energia da rede pública ou em horários de pico, a fábrica possui quatro geradores a diesel. ◆◆ Soluções técnicas e arquitetônicas contribuem para a eficiência energética. As janelas do prédio administrativo, por exemplo, têm vidros com películas refletoras de raios UV . Além de proteger as pessoas da radiação solar, garantem uma economia de 30% na demanda do sistema de ar-​­condicionado. ◆◆ Além do fornecimento de água da Sabesp, a unidade dispõe de poço artesiano. Com 350 metros de profundidade, é capaz de abastecer a planta com 15 mil litros de água potável por hora. Outro trunfo de Cajamar é a sua estação de tratamento de efluentes, que devolve ao Ribeirão dos Cristais já livre de impurezas todo o efluente gerado pela fábrica. ◆◆ A nova sede reservou espaço para o museu da Gonçalves, cujo acervo inclui objetos que fazem parte da história da empresa, como uma impressora platina.

Foto: Álvaro Motta

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Foto: Álvaro Motta

250 fun­cio­ná­r ios e 15 mil m² de área cons­ truí­da. Ju­lia­na está em Cajamar ao lado do pai. Braço direito dele, vem desenvolvendo o projeto de reor­ga­ni­za­ção e modernização de todo o setor administrativo da gráfica. Dian­te das dificuldades atuais, os esfor­ ços caminham no sentido de fechar 2016 com o mesmo resultado do ano an­te­r ior. Paulo comenta que janeiro ficou abaixo

dos números de 2015, com um início de recuperação entre fevereiro e março e um abril mais positivo, empatando com o mes­ mo mês do ano an­te­r ior. A questão é que os clien­tes seguem postergando ao máximo as compras, baixando drasticamente os esto­ ques, o que dificulta o planejamento da pro­ dução. “Temos de trabalhar mais para pro­ duzir o mesmo”, afirma o empresário.

Fonte: Gonçalves Informa

& GRÁFICA GONÇALVES www.goncalves.com.br março /abril 2016  REVISTA ABIGR AF

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NOVO PRESIDENTE

Fotos: Álvaro Motta

Um brasileiro no comando da Heidelberg

Danilo Dementev Alves: “Gosto de escutar o cliente”

Danilo Alves, egresso do mercado de bens de capital, é o novo presidente da Heidelberg do Brasil. Sua primeira tarefa é aproximar-se dos clientes, incluindo os não ativos. Texto: Tânia Galluzzi

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ela primeira vez desde que se estabeleceu no Brasil, em 1998, a Heidelberg é comandada por um brasileiro. Danilo Dementev Alves assumiu a presidência em 1º de abril, substituindo José Luis Gutiér rez, que já voltou para a Europa para liderar a unidade da empresa na Espanha, seu país de origem, depois de 15 anos de Brasil. Formado em Engenharia Mecânica, Danilo atuava na também alemã Schenck Process, nome forte em mecânica fina, soluções para processos de pesagem, dosagem, transporte pneumático e automação industrial. Uma das razões para sua contratação foi justamente a ex periência adquirida com a mudança de perfil que promoveu na Schenck, de uma indústria de equipamentos para um provedor de soluções. “Sou um homem de campo, gosto de escutar o cliente e acredito que todo gestor, sobretudo num momento crítico como o atual, tem de estar presente para entender as necessidades imediatas de cada cliente e transformar essas demandas em ações”, afirma o executivo. As dificuldades não são poucas. Em 2015, a procura por máquinas offset recuou 80%, ratificando a opção da Heidelberg em investir na área de insumos. Hoje a divisão de consumíveis corresponde a 40% do faturamento da Heidelberg do Brasil, linha cuja receita cresceu

mais de 30% no ano fiscal encerrado em março. “Fizemos um planejamento conservador na área de máquinas e agressivo em peças e insumos. As metas para os equipamentos não são ambiciosas, mas visam manter o nosso market share”, afirmou Gutiérrez poucas horas antes de embarcar para a Espanha. Questões pessoais motivaram o seu retorno à Europa. Depois de ocupar vários cargos de diretoria e 30 meses como presidente, ele confessou certa tristeza em deixar o Brasil num período de agudamento da crise. “Nunca imaginei tal cenário. Criei laços muitos profundos aqui e me sinto mais brasileiro do que espanhol.” Mas até o término da Drupa 2016 Gutiérrez manterá contato estreito com o mercado nacional. Mesmo ciente de que o fluxo de brasileiros será menor, ele afirma que estará no evento principalmente para recebê- los. Para a própria Heidelberg será uma Drupa diferente. Ela não mais ocupará o maior espaço, posto nesta edição preenchido pela HP. A indústria alemã terá 7.000 m² de exposição na feira e 14.000 m² na fábrica, onde mostrará inovações para os segmentos promocional, comercial e de

José Luis Gutiérrez deixa o Brasil se sentindo mais brasileiro que espanhol

embalagens. Além dos processos analógicos, a Heidelberg está apostando suas fichas em uma nova impressora digital, desenvolvida em parceria com a Fuji, sistema que vem concentrando os esforços de sua equipe de pesquisa. ✆ HEIDELBERG www.heidelberg.com


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FÓRUM-PR Texto e fotos: Abigraf Regional PR

Impacto da corrupção na economia foi tema de Fórum no Paraná Com a participação de importantes personalidades dos meios jurídico, jornalístico e empresarial, Curitiba foi sede em março de fórum que discutiu os efeitos deletérios da corrupção na economia brasileira.

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ucesso de público, com lotação máxima de 2.000 pes­soas no audi­ tório da Federação das In­dús­trias do Paraná, o 2º Fórum Transparên­ cia e Competitividade, promovido no dia 10 de março pelo Sistema Fiep e pelo Cen­ tro In­ter­na­cio­nal de Atores Locais para a América Latina (Cifal), abordou um exten­ so con­teú­do sobre o impacto da corrupção na competitividade e como o em­pre­sa­r ia­ do deve combatê-​­la com efi­ciên­cia. O even­ to teve o apoio do Sindicato das In­dús­trias Gráficas no Estado do Paraná (Sigep) e da As­so­cia­ção Brasileira da Indústria Gráfica – Abigraf Re­g io­nal Paraná. REVISTA ABIGR AF  março /abril 2016

O jornalista Wil­liam ­Waack — âncora do “Jornal da Globo”, professor da Univer­ sidade de São Paulo e cien­tis­ta político for­ mado pela Universidade de Mainz — profe­ riu a primeira palestra, destacando que “se sente em casa” na crise política brasileira. “Medimos uma crise pela velocidade dos fatos, é o maior indicador da gravidade, e é o que estamos vivendo”. W ­ aack também pontuou que a corrupção não é o único fator

Edson Campagnolo, presidente do Sistema Fiep: “Precisamos evitar que práticas corruptas voltem a ocorrer dentro do mundo corporativo”

responsável pela ­atual crise. “Ao desastre che­ga­r ía­mos mesmo sem a roubalheira. Por trás do fracasso das principais políti­ cas de crescimento, estão as ideias erradas”. No painel “A gestão or­ga­ni­za­cio­nal em face da corrupção”, a educação no am­bien­ te em­pre­sa­r ial foi tema recorrente entre os participantes, que abordaram algumas for­ mas de des­v ios de conduta, desde a vigilân­ cia até a necessidade de me­lho­r ias pessoais, como apontou Alex Mejía, gerente do Pro­ grama de Desenvolvimento Local do Ins­ tituto das Nações Unidas de Treinamento e Pesquisa (Unitar). O presidente do Sistema Fiep, Edson Campagnolo, avaliou a relevância do evento. “Com este fórum, mostramos a importância de as empresas se envolverem no combate à corrupção. Esperamos que ele seja uma luz para que as empresas percebam que exis­ te um mercado ético pela frente e é preciso se ajustar a ele. O bom exemplo começa em nossa casa e precisamos transportá-​­lo para


as nossas empresas, para evitar que práticas corruptas voltem a ocorrer dentro do mun­ do corporativo. O Sistema Fiep está enga­ jado neste movimento e promoveremos ou­ tras ações para disseminar a importância de combater práticas corruptas junto ao setor in­dus­trial pa­ra­naen­se”. PARTICIPAÇÃO DA ABIGRAF

Na sequência, o debate “O sistema anti­ corrupção e a responsabilidade das em­ presas e gestores” teve como um dos pa­ lestrantes Modesto Carvalhosa, professor da Universidade de São Paulo, que defen­ deu a quebra da interlocução entre em­ presas e agentes públicos para diminuir a corrupção. Levi Ceregato, presidente da Abigraf Na­cio­nal, participou deste painel com um tom de otimismo. “Temos 16 mi­ lhões de empresas no Brasil e estamos fa­ lando de 20 empresas corruptas, todas na área de obras. Ou seja, temos muita força para vencer todo esse processo. Não preci­ samos de mais leis, precisamos aplicar as punições. Se nos unirmos, este ciclo logo vai passar, mas, para isso, não podemos ficar po­ten­cia ­l i­zan­do as coisas ruins. Está na hora de apostarmos nas coisas boas, que engrandecem este país”.

Levi Ceregato: “Este ciclo logo vai passar”

Para o presidente da Abigraf-​­PR , Jair Leite, o fórum foi importante por mostrar o quanto as empresas perdem com a cor­ rupção. “O setor gráfico também é muito penalizado. Muitas empresas honestas são alijadas do processo con­cor­ren­cial do gover­ no quando há corrupção, com isso perdem mercado por não conseguir ganhar licita­ ções públicas. Isso traz um grande pre­juí­zo para a so­cie­da­de, pois quando o mecanis­ mo é vi­cia­do pela corrupção, além dos va­ lores serem fora da rea­li­da­de, os serviços e produtos nem sempre são adequados e no

(E/D) Jair Leite, presidente da Abigraf-PR; Levi Ceregato, presidente da Abigraf Nacional; e Abílio Santana, presidente do Sigep

prazo estipulado. Muitas vezes, com infin­ dáveis aditivos”. Outra forma de pre­juí­zo, segundo o presidente da Abigraf-P​­ R , é com a própria paralisação do País em função da corrupção. “Há meses estamos só discutin­ do corrupção e o País está em estado de le­ targia. O congresso só se movimenta para apoiar ou acusar o governo e as medidas para fazer o Brasil andar ficam em segun­ do plano. A crise aumenta e perdemos mais competitividade. É por isso que a corrupção custa caro a todas as pes­soas e às empresas”. Abílio Santana, presidente do Sigep, disse que o sindicato e a Abigraf-P​­ R apoia­ ram o fórum e participaram da organização justamente pelo caráter combativo do even­ to. “Veio ao encontro das medidas de trans­ parência tomadas pelas entidades junto aos seus as­so­cia­dos. Temos uma gestão de to­ tal transparência e focada no desenvolvi­ mento de cada as­so­c ia­do. Pregamos isso em nossos eventos e sempre somos par­ ceiros de ini­c ia­t i­vas que sigam pelo mes­ mo caminho. Como o Sigep é fi­lia­do à Fiep, da qual sou vice-​­presidente, é natural que prestássemos apoio ao fórum”. JUIZ SÉRGIO MORO

Na aguardada palestra de encerramento, o juiz federal Sergio Moro falou sobre a cor­ rupção sistêmica existente no País, e de que forma ela gera impactos no desenvolvimen­ to e na economia do Brasil, provocando o afastamento de investidores externos, que

não vêm ao nosso país por ter de arcar com os custos de propinas, ressaltando: “Var­ rer esses problemas para debaixo do tape­ te não é a alternativa nem econômica nem

Sérgio Moro falou sobre a corrupção sistêmica no País

moralmente aceitável. Se não varrermos, daqui a dez anos vamos enfrentar uma cri­ se pior, arcando com custos cada vez mais crescentes. Afastaremos o investidor exter­ no, o empresário interno, além do impacto na nossa autoestima e na nossa democracia”. O 2º Fórum Transparência e Competi­ tividade teve ainda o apoio do United Na­ tions Institute for Training and Re­search – Unitar (Instituto das Nações Unidas para Treinamento e Pesquisa), Transparência In­ter ­na­cio­nal, Programa das Nações Uni­ das para o Desenvolvimento (Pnud), Ob­ servatório So­cial do Brasil, Associação da Indústria de Madeira Processada Mecani­ camente (Abimci), Instituto dos Advogados do Paraná (IAP) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Paraná). março /abril 2016  REVISTA ABIGR AF

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EMBALAGENS

Kodak e Zanatto promovem discussão sobre flexografia Evento realizado em São Paulo reuniu convertedores e profissionais de diversos segmentos do varejo.

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o dia 12 de abril, o Hotel Golden Tulip, na capital paulista, recebeu o seminário “Inovação na flexografia – convertendo de­s a­f ios em oportunidades”. Com apresentações, palestras e debates acerca da produção flexográfica, o evento foi organizado pela Kodak e pela Zanatto Soluções Gráficas, com apoio do Instituto de Embalagens. “Estamos reunindo diferentes empresas, que representam diversas etapas do processo produtivo de confecção de embalagens, dos produtores aos consumidores”, contou o diretor de mar­ke­ting e novos ne­gó­cios da Zanatto, Da­niel Eraldo. O seminário, que começou com as apresentações de Eraldo e de Gilberto Fa­r ias, vice-​­presidente da Kodak para a América Latina, durou todo o dia. Foram rea­li­za­das cinco palestras sobre equipamentos e soluções para a área e ten­ dên­cias de mercado, uma mesa-​­redonda e uma sessão de perguntas e respostas, além de espaço para apresentação de cases e depoimentos. Cerca de 60 profissionais da indústria marcaram presença.

soluções se tornam mais produtivas. “Nosso objetivo é promover um debate. A ideia não é trazer nada con­f i­den­cial, mas compartilhar com outras empresas questões que são similares a todas, e com­preen­ der como a inovação e a tecnologia podem ajudá-​­los a melhorar esses problemas e a qualidade final do produto.” OLHO NO CLIENTE E NA MARCA

MERCADO E TECNOLOGIA

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Durante a abertura, Da­niel Eraldo explicou que o objetivo do evento foi ­criar um am­bien­te plural, com troca de ex­pe­r iên­ cias e informações. “Reunimos no mesmo local representantes de cli­che­r ias, fornecedores e birôs de serviço até os que consomem essas embalagens, que são empresas de alimentos e de varejo em geral”, contou. “Nosso grupo é diversificado. Não é grande em termos de quantidade, mas é seleto e foi escolhido a dedo, para representar uma parcela do mercado”, completou. As informações e ten­dên­c ias expostos nas palestras foram complementados por depoimentos das empresas. Eraldo comentou que, com diversidade de pontos de vista, as discussões e busca por REVISTA ABIGR AF  março /abril 2016

Munida de embalagens americanas, europeias e asiá­t i­c as e de re­fe­rên­c ias aos novos desejos dos consumidores, a pesquisadora Assunta Camilo, do Instituto de Embalagens, levou as principais ten­dên­ cias do varejo para o painel “Ten­dên­c ias do Consumo”. Ela sustentou que, de olho no desejo dos consumidores, quem produz embalagens consegue chegar mais facilmente a uma equação que equilibre a via­bi­li­d a­de financeira da produção e sua aceitação junto ao público. Um exemplo são as embalagens flexíveis, econômicas para quem produz e para quem consome. “Ela é a que menos usa ma­te­r ial para maior quantidade de produto”, observou. Uma tendência já bem consolidada no ex­te­r ior, onde até produtos

como geleia e sorvete podem ser encontrados em embalagens flexíveis. Na parte da tarde, Assunta voltou para falar a respeito dos de­sa­f ios do setor de embalagens. Segundo ela, a globalização, competitividade, relevância e sustentabilidade, so­cial, am­ bien­tal e financeira, devem estar na lista de prio­r i­da­des dos fabricantes. Já a gerente de mar­ke­t ing da Kodak para a América Latina, Natália Mat­t io­li, falou do trabalho de pesquisa e desenvolvimento da empresa para o setor. “A Kodak sempre está pensando em inovação e automação, como ciên­cia de soft­ware. Nossa es­pe­cia­li­da­de é a imagem, que pode tanto sair em uma revista quanto em uma embalagem”, afirmou. Também da Kodak, Carlyle Macedo, consultor para o segmento de soluções de segurança, falou no pe­r ío­do da tarde a respeito de es­tra­té­g ias para a proteção de marcas, e Mauro Freitas, gerente co­ mer­cial, ministrou a palestra “Convertendo Demandas em Oportunidades”. & KODAK www.kodak.com.br & ZANATTO www.zanatto.com.br


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Ecco i miracoli Il libro da leggere appartiene a quei miracoli di una tecnologia eterna di cui fan parte la ruota, il coltello, il cucchiaio, il martello, la pentola, la bicicletta. Il coltello viene inventato prestissimo, la bicicletta assai tardi. Ma per tanto che i designer si diano da fare, modificando qualche particolare, l’essenza del coltello rimane sempre quella. Ci sono macchine che sostituiscono il martello, ma per certe cose sarà sempre necessario qualcosa che assomigli al primo martello mai apparso sulla crosta della terra. Potete inventare un sistema di cambi sofisticatissimo, ma la bicicletta rimane quella che è, due ruote, una sella, e i pedali. Altrimenti si chiama motorino ed è un’altra faccenda. ¶ L’umanità è andata avanti per secoli leggendo e scrivendo prima su pietre, poi su tavolette, poi su rotoli, ma era una fatica improba. Quando ha scoperto che si potevano rilegare tra loro dei fogli, anche se ancora manoscritti, ha dato un sospiro di sollievo. E non potrà mai più rinunciare a questo strumento meraviglioso. La forma-libro è determinata dalla nostra anatomia. Umberto Eco, La bustina di Minerva.

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Recentemente durante o jantar, minha mãe relembrou uma passagem do Quarteto de Alexandria. Embora sua mais recente leitura da obra tenha sido feita anos atrás. Sua face se iluminava quando lembrava de algumas passagens importantes – como o nome dos personagens, a descrição dos locais – e outros fragmentos expressivos de sua leitura do texto. Essas lembranças detalhadas eram transmitidas com entusiasmo e prazer, um evocativo testemunho da permanência da obra épica de Lawrence Durrel. ¶ Ocorreu-me então que eu nunca tinha ouvido alguém descrever uma experiência com mídia integrada dessa forma enfática. Esta obra tinha um significado especial para ela: de um jeito ou de outro uma força me dizia que sua leitura havia sido interativa. O fato de Durrel ter estruturado os quatro volumes do Quarteto para ser lido em qualquer ordem permitiu a ela uma forma primitiva de experiência interativa. As referências dela são pessoais, idiossincráticas; suas interpretações são específicas e relacionadas com suas experiências pessoais. Tendo decidido reler a história anos mais tarde, ela também enriqueceu sua experiência sobre a narrativa, seu caráter e opiniões em dimensões não usuais. Jessica Helfand em O último legado do cinema.


Eco e outros Depoimentos e histórias de jornal alternativo que circulou no Rio Grande do Sul no ano de 1971. Capa de Sauê Burger Ferlauto Os editores eram Coi Lopes de Almeida, Luis Fernando Verissimo e Claudio Ferlauto.

Acima Conversa de herbário “Livro idealizado, escrito e ilustrado, diagramado, impresso, encadernado, coisado e descoisado por Laís Soares, no período entre o comecinho de 2014 e finalzinho de 2015”. Impressão digital e encadernação artesanal Jean-Claude Carrière. O que é um livro? Será que todo objeto comportando simbolos legíveis é um livro? [...] A tentação é dizer: um livro é um objeto que se lê. Isso é inexato. Um jornal se lê e não é um livro, tampouco uma carta, uma estela funerária, uma faixa numa manifestação, uma etiqueta ou a tela de meu computador. Umberto Eco. [...] Logo, se você possui uma pequena estela comportando apenas um sinal, não se trata de um livro. Mas se você tem um obelisco no qual vários sinais contam a história do Egito, você detém alguma coisa análoga a um livro. É a mesma diferença entre o texto e a frase. A frase para onde há um ponto, ao passo que o texto vai além do horizonte do primeiro ponto que pontua a primeira frase que constitui esse texto. “Voltei para casa.” A frase é fechada. “Voltei para casa. Encontrei minha mãe.” Você já está na textualidade. Em Não contem com o fim do livro, Umberto Eco e Jean-Claude Carrière, Record, Rio de Janeiro, 2010.

O livro e o martelo As variações em torno do objeto livro não modificaram a sua função, nem sua sintaxe, em mais de quinhentos

O paradoxo do design gráfico: uma profissão jovem que exibe só velhos profissionais

anos. O livro é como a colher, o martelo, a roda ou a tesoura. Uma vez inventados, não podem ser aprimorados. Você não pode fazer uma colher melhor que uma colher. Designers tentam melhorar, por exemplo, o saca-rolhas, com sucessos bem modestos, e, por sinal, a maioria nem funciona direito. Philippe Starck tentou inovar […] os espremedores de limão, mas o dele (para salvaguardar certa pureza estética) deixa passar os caroços). ¶ O livro venceu seus desafios e não vemos como, para o mesmo uso, poderíamos fazer algo melhor que o próprio livro. Talvez ele evolua em seus componentes, talvez as páginas não sejam mais de papel. Mas ele permanecerá o que é. Umberto Eco em Não contem com o fim do livro, no capítulo O livro não morrerá, em diálogos entre ele e o roteirista e estudioso de cinema Jean-Claude Carrière, (Record, 2010). “O livro aparece aqui como uma espécie de ‘roda do saber

e do imaginário’, que as revoluções tecnológicas anunciadas ou temidas não deterão. Uma vez feita esta consoladora observação, o debate real pode ter início”, do prefácio de Jean-Philippe Tonnae.

Assistindo Design Gráfico Brasileiro, da Aiuê Produtora, no canal Arte 1, tivemos a sensação de que o design gráfico é uma profissão para profissionais na meia idade: pelo conteúdo exibido parece não haver lugar para jovens neste mercado. ¶ Nos quatro primeiros episódios – Poster, Editorial, Indústria Fonográfica, Tipografia – os profissionais mais jovens já ultrapassaram os quarenta anos, e nem mesmo o episódio sobre a Tipografia, área recente, iniciada nos anos 1990, focou alguém na faixa dos 20 e 30 anos. E o Brasil está repleto de jovens profissionais, inseridos internacionalmente, e que hoje constroem um mercado com uma produção de qualidade. ¶ Os outros episódios contemplam as áreas Espacial, Marcas, Textil, Motion Design.

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LANÇAMENTOS

Canon apresenta novos equipamentos para impressão fotográfica não vibrar enquanto imprime, garantindo a correta localização das gotas de tinta. Outra novidade é o soft ware Print Studio v 2.0. “O design desse equipamento é inspirado nas lentes da Canon, e a integração entre os produtos foi aprimorada. Existem recursos de soft ware, que serão disponibilizados junto com a impressora, que fazem a integração entre a câmera e a impressão, para que exista cada vez mais fidelidade. É o casamento perfeito”, afirmou o executivo da fabricante. O programa é compatível com o Adobe Photoshop e Adobe Lightroom, além do Canon Digital Photo Professional. O modelo também conta com a ferramenta de Configuração de Mídia (MCT), que permite a personalização do tipo de papel no driver da impressora.

O lançamento brasileiro da Prograf Pro-1000 e da linha Pixma Maxx Tinta aconteceu na abertura da 10ª Feira Fotografar.

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Canon promoveu, em 12 de abril, o lançamento no País de quatro novas impressoras para o mercado de fotografia. Na linha Pixma Maxx Tinta, de formato A4, há uma impressora simples, a G1100, uma multifuncional, G2100, e a variedade com conexão wi-fi, batizada de G3100. Já a Prograf Pro-1000, voltada para o segmento profissional, imprime em formato A2 e é a primeira de uma linha que chega neste ano ao Brasil. “São lançamentos importantes para a Canon em nível mundial. A Pixma G1100 é econômica e ecológica, e a Prograf Pro1000 é a primeira representante de uma linha que será lançada ao longo do ano, e que vem cobrir uma lacuna no nosso portfólio de inkjet profissional”, explicou Fabiano Peres, supervisor de revendas nacional da marca. A apresentação dos modelos aconteceu na abertura da 10ª edição da Feira Fotografar, rea lizada em São Paulo, de 12 a 14 de abril. REVISTA ABIGR AF

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QUALIDADE DO CLIQUE

A promessa da Canon para a impressora Prograf é ousada: oferecer, no papel, a mesma qualidade de imagem capturada pelo fotógrafo no momento do clique. “É mais uma ferramenta para que o artista desenvolva seu trabalho”, definiu Peres. Medindo 17 polegadas, o modelo foi desenvolvido pensando em profissionais de impressão, estúdios e escolas de fotografia. Além de apresentar uma cabeça de impressão 10% maior do que os similares, o equipamento conta com tec nologias que prometem oferecer alta qualidade. As inovações em materiais estão em um sistema de tinta de 11 cores, o Lucia Pro, e no Chroma Optimizer, uma resina de revestimento que dá maior durabilidade e resistência ao papel e nitidez às imagens. Fabricada em metal, a impressora foi pensada para

COMPACIDADE E ECONOMIA

A linha Pixma Maxx traz três impressoras definidas pelo tamanho compacto e alta produtividade, sendo uma alternativa para uso doméstico e em escritórios. Segundo a fabricante, cada frasco de tinta imprime 6 mil páginas. Os pigmentos também são destaque: visíveis e acopladas à frente da impressora, as tintas são facilmente recarregáveis e oferecem qualidade ao material impresso. “Utilizamos uma tecnologia de tinta híbrida. Temos tinta preta pigmentada, que dá mais resistência e nitidez à impressão, e as coloridas são tintas corante, com cor mais viva. Ambas fazem um bom trabalho tanto em fotos quanto em documentos”, afirmou Peres. Os três modelos, que se dividem entre simples, multi funcional e multi funcional com conexão sem fio à internet, apresentam velocidade de impressão de até 8.8 imagens por minuto em preto e branco (ipm) e 5.01 ipm para imagens coloridas. Uma fotografia sem margens de 10 × 15 cm pode ser produzida em cerca de 60 segundos, e a resolução das cores é de até 4800 × 1200 dpi. ✆ CANON www.canon.com.br


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2005–2015

Renovada aos 50 anos

Com a presença de mais de 500 participantes, o 15º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica (Congraf) foi realizado em outubro de 2011 em Foz do Iguaçu (PR)

A última década de atividades da Abigraf Nacional foi de intensa atuação na defesa dos interesses do setor e marcada por conquistas importantes. Texto: Ada Caperuto

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m julho de 2005, a Abigraf Nacional celebrou seus 40 anos com o lançamento de um livro comemorativo, que relata toda a história da entidade desde sua fundação. Naquele momento havia muitos motivos para comemorar, e um deles foi o recorde de participação no 13º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica (Congraf), que ocorreu em outubro, na capital pernambucana, reunindo 600 pessoas. Naquele período, a entidade vivia intensa atividade, com a criação de iniciativas de valorização dos profissionais do setor, como a Escola de Vendas Mário César de Camargo e o 1º Prêmio Vendedor para a Indústria Gráfica, de 2006. Em agosto de 2007, pela primeira vez realizado no País, um dos maiores eventos do setor gráfico da América Latina foi organizado pela Abigraf Nacional: o Concurso Latino- Americano

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de Produtos Gráficos “Theobaldo De Nigris”, promovido pela Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf). Durante todo aquele ano as entidades da indústria gráfica conti nuaram desenvolvendo seu trabalho de defesa do setor. Em 14 de março, empresários e lideranças reuniram-se com parlamentares no Distrito Federal, em evento promovido pela Abigraf Nacional com o objetivo de discutir os problemas do setor.

Dois mil e oito foi especial para o setor, com a programação comemorativa aos 200 anos da indústria gráfica nacional, com a entidade promovendo eventos e concursos, incluindo a rea lização do 14º Congraf, em São Paulo, no mês de outubro, e o lançamento do livro 200 Anos – Indústria Gráfica no Brasil. No âmbito da sustentabilidade, foi criado o Prêmio Abigraf de Responsabilidade Socioambiental, para incentivar práticas industriais que privi legiam as ações

No dia 11 de dezembro de 2007 foi promovido evento de confraternização, reunindo cerca de 450 convidados


PRESIDENTES

Mário César de Camargo Gestão 2002 / 2008

Após a Abigraf Nacional instalar as regionais nos estados do Rio Grande do Norte, em 2006, Sergipe e Amazonas, em 2007, no dia 29 de abril de 2011 foi a vez do Tocantins, 22ª unidade regional da entidade

ambiental mente corretas. Também foi nesse período que a Abigraf Nacional, ao lado de suas Regionais, do Sindigraf-SP e da ABTG, lançou uma iniciativa contra a vilanização dos impressos em papel, a “Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa”, com grande adesão do setor e de entidades correlatas. Com o objetivo de traçar um perfil do setor gráfico, a Abigraf Nacional uniu-se ao Sebrae Nacional para lançar, em agosto de 2009, o “Estudo setorial da indústria gráfica brasileira”. O cruzamento das informações ajudou a identificar e dimensionar as características do setor. Depois de rea li zar com grande sucesso o 15º Congraf, em Foz do Iguaçu (PR ), em 16 de novembro de 2010, a Abigraf Nacional, a

Abigraf- SP e o Sindigraf- SP retomaram suas atividades na sede da Associação, após reforma que deixou as instalações mais modernas. Em junho de 2012, depois de voltar de uma participação de sucesso na Drupa, na Alemanha, a Abigraf Nacional realizou a primeira Semana da Indústria Gráfica (Sigra), que teve a proposta de evidenciar a importância do setor para a sociedade e sua atuação social e ambientalmente responsável. Em 12 de julho de 2013, ao lado das Regionais e de sindicatos de 20 estados, a entidade participou da elaboração do “Manifesto da Indústria Gráfica à Nação”, documento que relata as ameaças ao setor e reitera as reivindicações para o resgate de sua competitividade. Foi

Alfried Plöger Gestão 2008 / 2009

Fabio Arruda Mortara Gestão 2009 / 2014

Levi Ceregato Gestão 2014 / 2017

No dia 22 de novembro de 2005, cerca de 2.000 pessoas lotaram as dependências do Teatro Olympia, em São Paulo, para acompanhar a entrega de 74 troféus aos vencedores do 15º Prêmio de Excelência Gráfica Fernando Pini

Congressos Brasileiros da Indústria Gráfica Período: 2005/2015 • Décimo Terceiro Congresso Recife/PE 12 a 15 de outubro de 2005 • Décimo Quarto Congresso São Paulo/SP 14 a 17 de outubro de 2008 • Décimo Quinto Congresso Foz do Iguaçu/PR 8 a 11 de outubro de 2011 • Décimo Sexto Congresso Rio de Janeiro/RJ 30 de setembro a 2 de outubro de 2015 março /abril 2016

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revista

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novembro / dezembro revista abigraf 250

2010

z 2 0 1 0 • nº 2 5 0 o xxxV • nov/de ia gráfica • an arte & indústr

Cerca de 200 convidados prestigiaram a comemoração dos 35 anos da Revista Abigraf e das suas 250 edições publicadas, em jantar realizado no dia 26 de outubro de 2010 35 anos

também o ano de apoiar duas iniciativas capitaneadas pelo Sindigraf-SP: a criação do Comitê da Cadeia Produtiva do Papel, Gráfica e Embalagem (Copagrem) e a instalação da iniciativa Two Sides no Brasil. As ações em defesa do setor foram reforçadas em 2014. No dia 5 de junho, durante a cerimônia de posse da atual diretoria, em Brasília (DF), a Abigraf Nacional lançou a Carta da Indústria Gráfica à Nação, um documento que reivindica dez assuntos considerados primordiais para o setor. Também naqueA importância e qualidade das publicações da entidade foram mais uma vez reconhecidas com a conquista do Prêmio Anatec le ano, a entidade 2006: foram dois troféus para a Revista Abigraf (Ouro e Prata) comemorou mais e um troféu Ouro para o Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica

uma conquista ao se tornar a base operacional da Conlatingraf, tendo no comando seu expresidente Fabio Arruda Mortara, que atualmente também preside o Sindigraf- SP. Antes de o ano acabar oficialmente, a agenda estratégica dos líderes gráficos começou a ser estruturada pelo recém-criado Grupo de Líderes da Indústria Gráfica. A própria entidade já rea lizara sua assembleia geral, definindo suas linhas de atuação para 2015, ano em que se rea lizou o 16º Congraf, no Rio de Janeiro, paralelamente ao 24º Congresso Latino-Americano da Indústria Gráfica e a entrega do 22º Prêmio Theobaldo De Nigris.

Na abertura do 14º Congraf, realizado em outubro de 2008, em São Paulo, a Abigraf lançou o livro comemorativo dos 200 anos da indústria gráfica no Brasil

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Em 5 de junho de 2010, Dia Mundial do Meio Ambiente, o presidente da Abigraf Nacional, Alfried Plöger, entregou os troféus do 1º Prêmio de Responsabilidade Socioambiental, instituído pela entidade para (E/D) Viviane Pereira, da ABnote (prêmio Social), que tem ao lado Dora Weiszflog, viúva de Hasso Weiszflog; e Heloise Lunardi Coutinho, da Tekne (prêmio Ambiental)

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Esses dez anos também foram marcados pela inauguração de novas Regionais: Rio Grande do Norte (2006), Sergipe e Amazonas (2007) e Tocantins (2011). Foi, sem dúvida, uma década de grandes desafios políticos e econômicos, período em que a entidade, assim como aqueles que representa, precisaram se “reinventar” continuamente para superar os desafios do mercado. Nesse mesmo ritmo, com o mesmo espírito que tinha quando foi fundada, segue a Abigraf Nacional, sempre renovada, para os próximos 50 anos.


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Caio Reisewitz 72


F OTOG R A F I A

Um olhar sobre o Brasil

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aio Reisewitz gosta de equilibrar-se entre o real e o ar tificial. E o faz construindo imagens por meio da colagem, ora apropriando-se de fotografias e criando novas leituras a partir delas, ora combinando suas próprias criações. A discussão dos dramas sociais não é explicita e o uso de uma luminosidade despojada resulta em registros que evocam o silêncio e a reflexão, como já assinalou o fotógrafo Eder Chiodetto. Isso não abranda a crítica de Caio sobre problemas como a degradação ambiental, a crise hídrica, a desigualdade social e as cor roídas estruturas de poder. No início de sua carreira, Caio ficou conhecido por um trabalho mais documental. Foi assim logo em sua primeira ex periência com a fotografia. Paulista, deixou a capital em 1989, aos 22 anos, logo depois de formar- se em comunicação visual pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Com uma Canon na mão, partiu de navio para a Alemanha — “não tinha

dinheiro para a passagem de avião” —, terra de seus avós. Contratado para limpar a ferrugem do navio, documentou os 40 longos dias que o separavam de seu destino (10 a mais do que o normal por conta de uma greve no Porto de Santos). Estabeleceu-se em Darmstadt, onde tinha fami liares, frequentando a Escola Superior de Artes da cidade. A especia lização em fotografia aconteceu em Mainz, na Universidade Johannes Gutenberg, entre 1992 e 1997, sendo que nesse período também estagiou em um estúdio de fotografia publicitária e de moda. A fotografia comercial ainda o acompanhou por um tempo. De volta a São Paulo em 1997, Caio começou a colaborar com a DBA Editora, fotografando sobretudo indústrias. O trabalho pessoal não parou e em 1997 e 1999 ganhou o Prêmio Aquisição no 4º e no 6º Salão do Museu de Arte Moderna da Bahia. Dois anos depois venceu o II Prêmio Cultural Sérgio Motta, possibilitando a publicação de seu primeiro livro, Periferia.

As artes plásticas compõem seu campo de militância. A fotografia é o seu instrumento. As questões sociais, fontes inesgotáveis das quais bebe para verter seu talento. Caio Reisewitz é hoje um dos fotógrafos de destaque no Brasil, acumulando prêmios e participações em bienais aqui e no exterior. Tânia Galluzzi

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igrejas barrocas. Outros livros vie­ram, como Parece Verdade, de 2010, fruto da exposição de mesmo nome com registros dos deslocamentos do artista pelo Brasil e por cidades estrangeiras; e Água Escondida, de 2014, que se apoia na força das imagens para investigar a relação das cidades com sua hidrografia, lançado pela Bei Editora em parceria com o Instituto Moreira Salles. Enquanto as exposições e participações em eventos nacionais e internacionais se intensificam, o tempo da arte mantem-​­se sereno. O fotógrafo continua fiel ao processo analógico e às câmeras de grande formato. “É um processo pre­cio­so. Demora uns 15 minutos para montar o tripé e po­si­cio­nar a câmera, dando mais tempo para que eu observe o que vou fotografar.

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CAIO REISEWITZ caio@comum.com REVISTA ABIGR AF  março /abril 2016

Em 2004 aconteceu o primeiro grande salto em sua trajetória como artista plástico, quando foi convidado para participar da 26ª Bie­nal In­ter­na­cio­nal de São Paulo com a série Autoridade, abordando a vio­lên­cia po­li­cial. No ano seguinte representou o Brasil na 51ª Bie­nal de Veneza com fo­to­g ra­f ias que discutem o poder por meio da arquitetura brasileira, alternando imagens de obras de Oscar Nie­me­yer em Brasília e

E a imagem só é revelada depois. Gosto da proximidade que esse procedimento tem com a pintura de paisagem”, afirma Caio. A aquarela é inclusive uma técnica que o artista vem explorando cada vez mais. Depois de expor no In­ter­n a­t io­n al Center of Photography, em Nova York, na Maison Eu­ ro­péen­ne de la Photographie, em Paris, e no Huis Marseille, Museum voor Fotografie, em Amsterdã, no ano passado, Caio está de malas prontas para um workshop em Lima, no Peru. Depois virá a feira Photo Basel, em Basel, na Suí­ç a, e a PhotoEspaña, na cidade de Múrcia. Entre uma via­gem e outra, o artista tem montado sua ­Linhof Technika 4 × 5 dian­ te de caixas eletrônicos arrombados. “A estética do que sobra é interessante. Tem tudo a ver com o Brasil de hoje.”


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O Boletim da Indústria Gráfica (BIG), teve sua primeira edição em 1949 e, tinha como objetivo divulgar informações pertinentes ao setor gráfico como dados econômicos, cursos, palestras, eventos e anúncios. E agora, a história da Indústria Gráfica contada através desse acervo, está disponível on-line para consulta.

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Copagrem realiza o primeiro encontro do ano Reunião do Comitê teve foco principal no tema do design, mas os aspectos de defesa do setor, como tributos e sustentabilidade, também foram abordados.

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om abertura do coordenador Fabio Arruda Mortara, foi realizada em 21 de março a primeira reunião do ano do Comitê da Cadeia Produtiva do Papel, Gráfica e Embalagem (Copagrem), que tratou de diferentes temas de interesse das entidades que compõem o Comitê. “Design Thinking, as agências de propaganda repensando seu modelo”, foi o módulo apresentado por Alexis Pla gia rino, superintendente da Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro). Ele falou sobre um estudo realizado pela entidade, a partir de encontros realizados com 160 profissionais, entre diretores e proprietários de agências de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O levantamento apontou diferentes caminhos para a sobrevivência do setor nos próximos anos, em que sobressai o modelo de negócios no qual a agência seja capaz de oferecer soluções de comunicação completas e inspiradoras.

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Pedro Villas Boas, consultor da Associação Nacional dos Aparistas de Papel (Anap), apresentou o painel “Falta de papel para reciclagem — impactos no setor”. De acordo com ele, as aparas brancas, que correspondem a 18% do setor e são matéria-prima para o segmento tissue (papéis sanitários), têm apresentado aumento na demanda em virtude da alta do dólar e seus impactos no preço da celulose. Como consequência, o preço das aparas brancas subiu cerca de 54% no ano passado. “Acreditamos,

porém, que os valores deverão se estabilizar neste ano”, disse. A coordenadora do Núcleo de Acompanhamento Legislativos (NAL), da Fiesp, a advogada Alessandra Mota, fez uma atualização dos projetos prioritários para a indústria, entre eles a fixação da alíquota do ISS em 2% e a concessão de incentivos fiscais para a impressão de livros. Por sua vez, Guilherme Renato Caldo Moreira, gerente do Depecon da Fiesp, falou sobre o cenário econômico para 2016, comentando um panorama já esperado pelos empresários:

melhoras na conjuntura nacional somente deverão ser percebidas a partir de 2017. Sheila Brabo, responsável de Design do Senai-SP, e Camila Christine Tomás, designer da Escola Senai Theobaldo De Nigris, falaram sobre as respectivas experiências, que reforçam o design, aliado ao branding, como importante diferencial competitivo. No setor gráfico isso pode ser trabalhado em soluções que ofereçam oportunidades de agregar valor não apenas ao redesenho de uma embalagem, por exemplo, mas a um conjunto de impressos, que inclui material de papelaria e de ponto de venda, sinalização externa, entre outros itens. Finalizando o encontro, os Grupos de Trabalho do Copagrem atualizaram a agenda de ações que vêm realizando. São eles: Sindigraf- SP – Grupo 1 – Valorização da Comunicação Impressa; Afeigraf – Grupo 2 – Competitividade; IBÁ – Grupo 3 – Tributação/Papel; e Anap – Grupo 4 – Sustentabilidade.


Conlantigraf realiza assembleia durante a GOA 2016 Líderes empresariais gráficos da América Latina participaram da Assembleia Extraordinária da Conlatingraf.

(E/D) James Martin, presidente da PAF, e Fabio Mortara, presidente da Conlatingraf, cortam a fita simbólica da Graphics of the Americas. À esquerda de Mortara, o presidente da Abigraf Nacional, Levi Ceregato.

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epresentada por seu presidente, Fabio Arruda Mortara, a Confederação Latino-​­Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf) esteve presente na feira Graphics of the Americas (GOA). Rea­li­za­do de 18 a 20 de fevereiro, em Mia­mi (EUA), o evento também contou com a presença de

Levi Ceregato, presidente da Abigraf Na­cio­nal. Marcando a solenidade de abertura do evento, o presidente da PAF (Printing As­so­ cia­tion of Florida), James Martin, cortou a fita inaugural ao lado de Mortara. Em seu estande, a Abigraf Na­c io­n al recepcionou em­pre­s á­rios gráficos de vá­rios

paí­ses e veí­cu­los de comunicação. Dentre os encontros de ne­ gó­cios rea­li­za­dos, sobressai a visita à sede da Smurfit Kappa, um dos grupos mundiais líderes na produção de papelão corrugado. O evento foi também a oportunidade de rea­li­z ar a Assembleia Ex ­traor­di­ná­ria da Conlatingraf, na qual Ceregato contribuiu trazendo ex­pe­riên­cias e as boas práticas da Abigraf Na­cio­nal, o desempenho da indústria gráfica brasileira, perspectivas e cenário ­atual. Mortara, por sua vez, apresentou o balanço de atividades rea­li­za­das em 2015 e as novas es­ tra­té­gias de mar­ke­ting da Conlatingraf, que in­cluem participação intensa nas redes sociais e a campanha de valorização da mídia impressa, Two Sides. Na oportunidade, foram discutidos temas

como a aprovação do Guia Latino-​­Americano de Produção Limpa, prospecção de novos paí­ ses para integrar a Conlatingraf e as indicações para o Prêmio Benjamin Hurtado 2016. Também foram definidos detalhes do concurso Theo­b al­do De Nigris, cujos vencedores serão pre­m ia­d os durante a GOA 2017, que acontecerá em Fort Lauderdale, Estados Unidos; e as próximas ações da indústria gráfica latino-​­americana, entre elas a participação na Drupa e a rea­li­za­ção do Congresso Latino-​­Americano, em outubro deste ano, na Costa Rica. Em cerimônia de gala foi entregue o Prêmio Líder Gráfico das Américas a Héctor Cordero, do México, e o Prêmio Jovem Em­p reen­d e­d or a Elena Galofre, da Colômbia.

Abigraf e Afeigraf são o Brasil na Drupa 2016 O estande conjunto das duas entidades será o ponto de encontro dos visitantes brasileiros.

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a próxima edição da Drupa, a mais importante e maior feira da indústria gráfica mun­dial, a Abigraf Na­cio­nal estará presente em estande compartilhado com a As­so­cia­ção dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica (Afeigraf). O evento, que acontecerá de 31 de maio a 10 de junho, em Düsseldorf, Alemanha, deverá contar com 1.650 expositores e receber mais de 400 mil visitantes. Em­pre­sá­rios, gestores, técnicos e demais profissionais da indústria gráfica brasileira participarão da feira para conhecer as novidades e soluções a serem apresentadas. No estande das entidades,

sempre um ponto de referência para os visitantes de nosso país, um time de executivos ficará responsável pelas atividades, incluindo o Bra­zi­lian Day, programação de palestras sobre temas relevantes para o setor. As entidades gráficas serão representadas por Levi Ceregato, presidente da Abigraf Na­cio­nal; Fabio Arruda Mortara, presidente do Sindigraf-​­SP e da Confederação Latino-​­Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf); e Sidney Anversa Victor, presidente da Abigraf- ​­ S P. Pela Afeigraf estarão presentes o presidente Eduar­do Sousa e o diretor Magno Santos, assim como o assessor da diretoria Is­mael Guar­nel­li. março /abril 2016  REVISTA ABIGR AF

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Participação de fornecedores no Fernando Pini ganha maior independência Os melhores serão premiados em evento exclusivo, destacando os resultados obtidos ao longo do ano.

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om o objetivo de valorizar a participação dos detentores de tecnologia e otimizar a cerimônia de entrega dos troféus do Prêmio Fernando Pini, a partir deste ano a pre mia ção dos fornecedores passa a acontecer em um evento separado. Os vencedores das 18 categorias continuarão a ser anunciados na festa, que em 2016 será realizada no dia 22 de novembro, mais uma vez no Espaço das Américas, em São Paulo. Porém o prêmio aos fornecedores ganha novo status, sendo entregue no almoço de final de ano do Sistema Abigraf, que deve ocorrer na primeira quinzena de dezembro. Com o descolamento da festa, a premiação aos fabricantes passa a chamar-se Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini: Fornecedores do Ano. O troféu continua sendo o mesmo, assim como as regras para a escolha dos vencedores. Podem concorrer fabricantes ou detentores das

marcas, representantes exclusivos, quando o fornecedor não estiver participando do concurso, e representantes não exclusivos no mea dos pelos fornecedores para participarem em seus lugares. As empresas que se inscreverem figurarão no banco de fornecedores, usado pelas gráficas na votação dos melhores. A indicação dos fornecedores é obrigatória e vinculada à ficha de cadastramento da gráfica no concurso. Vencem as empresas que tiverem a maior pontuação em quatro quesitos: atendimento técnico, atendimento comercial, confiabilidade no produto/equipamento e cumprimento de prazos. As gráficas que não utilizarem os produtos de alguma categoria escolhem a opção não se aplica, e em caso de empate será considerado vencedor o fornecedor que tiver obtido maior número de avaliações ótimas. As inscrições dos fornecedores continuarão a ser feitas

pela internet, no site da ABTG ou diretamente no site do concurso. Só concorrerão as empresas que pagarem a taxa de inscrição até 22 de julho. A cerimônia deste ano guarda outras novidades. Todas as gráficas que enviarem produtos para o prêmio, mesmo se não figurarem entre os finalistas, receberão um convite para a festa, bem como desconto significativo na compra do segundo convite. Docentes e alunos de cursos superiores de propaganda e marketing serão igualmente convidados, como já ocorreu no passado, procurando envolver novamente a academia no prêmio. E o andamento da entrega dos troféus também muda. A sequência de segmentos e categorias não será seguida. Os patrocinadores, que normalmente sobem ao palco para passar os prêmios às mãos dos vencedores, poderão escolher as 10 categorias que desejam premiar.

PRÊMIO BRASILEIRO DE EXCELÊNCIA GRÁFICA FERNANDO PINI: FORNECEDORES DO ANO Categorias 1. Adesivos 2. Blanquetas 3. Chapas para impressão 4. Equipamentos de impressão plana 5. Equipamentos de impressão rotativa 6. Equipamentos para impressão digital 7. Equipamentos para impressão digital em grandes formatos (equipamentos com largura mínima de 1,20 metro) 8. Equipamentos para préimpressão, sistemas e CtPs 9. Equipamentos para acabamento gráfico 10. Papel para impressão – não revestido 11. Papel para impressão – revestido 12. Papel autoadesivo 13. Cartão para impressão com e sem revestimento 14. Sistema de provas 15. Tintas 16. Vernizes 17. Soft wares de gerenciamento de cores 18. Papéis finos, especiais e sintéticos

Two Sides leva esclarecimento às crianças Livro infantil para colorir foi criado na Colômbia e adaptado para o Brasil pela Two Sides.

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Two Sides Brasil inova mais uma vez e agora integra o público infantil ao seu calendário de ações, com um livro para colorir criado especialmente para as crianças. A publicação “Mitos e Fatos para Colorir” busca mostrar aos pequenos que a comunicação impressa não faz mal ao meio ambiente e que o papel tem uma ótima história para contar. O livro, que foi criado na Colômbia pela Smurfit Kappa e adaptado para o Brasil pela Two Sides, será distribuído aos alunos de ensino fundamental I do Sesi-SP. A obra proporcionará a interação entre alunos e professores, esclarecendo de maneira clara e simples os mitos sobre o uso do papel que são divulgados equivocadamente entre a sociedade.

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DRUPA 1986

Notícias publicadas na Revista Abigraf nº– 104, de março/abril de 1986

Papel e celulose A

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descoberta cien­tí­fi­ca e sua aplicação na prática encurtava-​­se a cada dia. E isso particularmente em se tratando do aperfeiçoamento e sofisticação cada vez maiores dos equipamentos desenvolvidos pelas in­dús­trias fornecedoras do setor gráfico. Falava-​­se, com pro­prie­da­de, que a alta tecnologia iria re­vo­lu­cio­nar o mercado gráfico.

s vésperas da rea­li­za­ção da IX Drupa, de 2 a 15 de maio, em Düsseldorf, a expectativa era ver na feira alemã a confirmação daquilo que a Feira de Tsukuba mostrara no ano an­te­rior no Japão em termos de avanços na área da ciên­c ia e da tecnologia — principalmente no campo da eletrônica —, dando ao mundo a certeza de que o pe­río­do entre uma

Revolução eletrônica E

m palestra proferida em março na abertura do Curso de Es­pe­cia­li­za­ção Gráfica, promovido pela ABTG, com o apoio da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia, o diretor do Senai-​­SP, Jurandyr de Carvalho, alertou para a chegada da eletrônica com grande impacto nas novas tec­no­lo­gias gráficas. Ressaltou que “90% das máquinas MAN Roland vendidas no mundo pos­suem sistemas de controle de tintas RCI ou CCI. O novo passo é a medição e a regulagem da solução umidificadora. A secagem UV já é padrão. O emprego de cores nos pe­ rió­d i­cos está se acen­t uan­d o. Os controles e ajustes com funções eletrônicas têm avançado tanto que as máquinas impressoras podem ser comandadas por um painel central”. Pois é.

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Surge o cruzado

m 28 de fevereiro, 6ª‑feira, fe­ria­do bancário, o presidente José Sarney comunicou a implantação do Plano de Estabilidade Econômica, instituindo aquilo que deveria ser uma moe­d a estável, o cruzado, em substituição ao carcomido cruzeiro. De ime­dia­to congelou os preços e acabou com a correção monetária, exceto para as cadernetas de poupança. O setor gráfico, como a quase totalidade da economia, passou por uma fase próxima à estagnação após o “pacote” e foi retomando as atividades aos poucos. Ini­cial­men­te, foi preciso entrar em acordo com os fornecedores, principalmente quanto às condições de pagamento e de conversão do cruzeiro para o cruzado. Passados os primeiros trinta dias os resultados pa­re­ciam positivos, mas a história mostra que o Plano fracassou.

produção na­cio­nal de pa­péis de todos os tipos, em janeiro de 1986, atingiu 358.391 toneladas, contra 331.269 no mesmo mês do ano an­te­rior, um crescimento de 8,2%. Papel para imprimir e escrever registrou o maior crescimento, 17,5%. Já a produção de celulose, com 294.026 toneladas, teve um recuo de 4,3% no mesmo pe­río­ do. Apesar de integrar o elenco d o s m a i o re s e x p o r t a d o re s mundiais de celulose, o Brasil ainda importou 29 mil toneladas do produto. Na área do papel, f o r a m i m p o r t a d as 112 m i l toneladas, com preponderância de papel de imprensa.

Computação gráfica R

elatório da Frost & Sullivan, empresa in­ter­na­cio­nal de informações empresariais e pesquisas de mercado, apontava que a computação gráfica era um dos segmentos de crescimento mais rápido em toda a indústria de informática. O estudo previa que o crescimento con­ti­nua­ria na Europa Ocidental até a década de 1990 e que o mercado de computação gráfica aumentaria a uma taxa de 35% ao ano até 1988, quando atingiria um total de vendas de US$ 5,2 bilhões. O trabalho, intitulado “Estações de trabalho de computação gráfica na Europa”, projetava que pos­te­rior­men­te o mercado con­ti­ nua­ria a se expandir a uma taxa entre 7% e 17% ao ano. março /abril 2016  REVISTA ABIGR AF

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MENSAGEM

dos Brasil, o país (injusto) de to

rnamental atingem ve go ia nc tê pe m co in e o çã Desmandos, corrup do a função do Estado an rp tu de , os ir ile as br os s todo

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lma Rousseff seria um achment da presidente Di pe im a o fic nti ide is pobres. Trata-se de classe, da elite contra as classes ma pe Como dirigente de entidade gol os, fic grá governo s empresários onesta! Na verdade, o atual des ca óri ret tristeza e a perplexidade do de s, ore ded e médios empreen ter o conceito de elite, grande parte deles pequenos conseg uiu até mesmo subver nte Ge sil. oe Bra do ca mi econô hoje composta por ele própri ante a grave crise política e ias nh pa com as por alg umas poucas que lutou muito, em seg uid m ira de grande porte, que se un gerações, para formar seus ee para tirar tudo da sociedad filhos e deixar uma empresa os íam der po e s estabelecer o qu e alg um patrimônio para seu pinas. pro s da chamar de república descendentes. São pessoas ios Aos colegas empresár corretas, com a mão suja de iros, s da gráficos e a todos os brasile tinta e a alma limpa, dedica em há apenas uma resposta ao trabalho. Hoje, não sab possível: mantenhamos a como fazer, se mantêm ou m, se força, a dig nidade, a corage não os postos de trabalho, resta, boa gestão dos negócios e, investem o pouco que lhes de que s principalmente, a esperança como pagar os financiamento tria e transforme ocracia nos devolva nossa pá bancários e onde buscar dem a o. ern gov o petista troçada pelo a frase com a qual o govern de da ver clientes numa economia des em os im como de tod sil, país de todos! Os empresários gráficos, ass tentou enganar o povo: Bra de ção ua sit a um de os setores, são vítimas, hoje, e todos os brasileiros e ng ati e qu e extrema gravidad sidney@congraf.com.br dores, lha ba Tra . da ren r no me de não apenas as classes s empreendedores, executivos, pequenos e médio ramente ating idos pelos o povo e a sociedade são du ão provocada por um problemas. Af inal, a recess e no qual ninguém confia governo incapaz, antiético s, empregos e renda. rouba-lhes o mercado, cliente petrolão é um país O Brasil do mensalão e do e injusto com todo o seu que tem sido extremament mais pobre e carente povo. É óbvio que a parcela ida pela incompetência da população é a mais ating políticas públicas de na gestão econômica e nas , corrupção e todos educação, saúde e seg urança quais temos assistido. os desmandos e mazelas aos smo barco. fica Porém, estamos todos no me Bra sileira da Indústria Grá Presidente da Associação rág ica do governo bor ver lela ba a ) um f-SP is igra ma é (Ab lo Ou seja, Regional São Pau ta vender ao povo de que o petista a falsa ideia que ten

O Brasil do mensalão e do petrolão é um país que tem sido extremamente injusto com todo o seu povo.

Sidney A nversa V ictor

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A Agfa reinventa a forma de imprimir um futuro ainda mais sustentável. Lucratividade, confiabilidade e sustentabilidade, nunca andaram tão juntas. A Família :Azura, pioneira e líder mundial de mercado, cresceu e os benefícios das mais avançadas chapas offset da indústria gráfica são ainda maiores.

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