Valorizando sua função na cadeia do papel junto à indústria e aos clientes, empresa quer estar entre as três maiores do setor de distribuição.
Nova Mercante, pronta para voltar às primeiras posições
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REVISTA ABIGR AF MAIO/JUNHO 2011
parceria muito próxima com a Suzano nos ajudaram a vencer esses obstáculos”. Completando um ano de retomada, a distribuidora conta agora com 1.000 clien tes ativos. As gráficas compõem 65% desse universo, as editoras representam 25% e a indústria de embalagens, os 10% restantes. A intenção da Nova Mercante é ganhar espaço nesse último segmento, am pliando a oferta de papel-cartão, produto de maior valor agregado que hoje contribui com 18% do faturamento da distribuidora. O couché é o produto mais vendido, com uma fatia de 37%, seguido de perto pelo papel offset, com 33%, o restante ficando a cargo dos papéis autoadesivos. A grande parceira
A Suzano fornece 70% dos produtos comer cializados pela Nova Mercante atualmen te e a empresa não tem pressa em ampliar o número de fornecedores. Segundo Felipe
Fotos: Roberto Loffel
s metas da Nova Mercante são arrojadas. Sua diretoria pretende que ela seja vista pelo mercado como o fornecedor que mais contribui para o sucesso de seus clientes, pavimentando seu caminho para posicionar-se entre as três maiores distribuidoras de papel do País. “Estamos procurando const ruir um relacionamento diferente com o clien te. Porque a nossa preocupação não é o papel, e sim a comunicação impressa. Essa cadeia começa na árvore e termina no conhecimento e o grande desafio é transmitir para o cliente o valor do nosso envolvimento com esse conjunto de ações”, afirma o diretor Felipe Moblize. Essa é a cara da nova Nova Mercante, que está reerguendo-se depois de sete meses de inércia. Em outubro de 2009, somando mais de 20 anos no segmento de distri buição, a empresa, por decisão dos antigos propriet ár ios, encerrou suas atividades. Em dezembro do mesmo ano iniciaram-se as negociações com dois investidores, Antonio Pulchinelli e Michiel Kerbert. Identificadas as oportunidades do mercado e com a garantia do suporte da Suzano, parceira da Nova Mercante desde seu início, a transação foi formalmente concretizada no dia 31 de maio de 2010. A Nova Mercante tinha, então, 33 fun cionár ios e um estoque reduzidíssimo de papel. Em junho voltou a operar, quando Felipe foi contratado. “Esperava enfrentar barreiras ainda maiores no início. Ob viamente muitos clientes ficaram com o pé atrás. Mas a marca Nova Mercante e a
Felipe Moblize, diretor da Nova Mercante.
Moblize, para cada linha de produtos a intenção é ter dois ou no máximo três par ceiros, permitindo à Nova Mercante saber como os fornecedores querem posicionar as suas marcas, colaborando diretamente em suas estratég ias de mercado. Assim como está procurando construir um rel ac ion amento mais amplo com os clientes, a distribuidora quer mostrar à indústria de papel que pode levar as suas marcas ao gráfico e ao convertedor. “No Brasil o dist ribuidor participa pouco do comércio de papel. Aqui somos responsáveis por 27% da venda, número que chega a 70% em outros países”. Isso se deve, segundo Felipe, sobretudo à forma de atuação dos fabricantes, que atendem diretamente os grandes e méd ios compradores de papel, muito por conta da pulverização da distribuição. “Vár ios dist ribuidores não têm recursos para desenvolver ações de marketing que promovam reg ionalmente a marca do fornecedor e a indústria acaba assumindo um papel que não precisaria ser dela”. Operando com 68 funcionár ios e uma área de armazenamento de 4.000 m², a Nova Mercante já está buscando um segundo espaço para o estoque de papel também em São Paulo. Para agilizar a entrega em ou tras cidades conta com galpões de apoio ter ceir izados. Em dezembro de 2010 recebeu o selo FSC e se prepara agora para conquistar uma certificação de processo. & NOVA MERCANTE Tel. (11) 2799.7200 www.novamercante.com.br