Revista abigraf 248

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revista abigraf 248 julho / agosto 2010

a r t e & i n d ú s t r i a g r á f i c a • a n o x x x V • j u l / a g o 2 0 1 0 • nº 2 4 8


inovação é terce

primeira e única rotativa digital da américa latina Solução definitiva para pequenas e médias tiragens Impressão de dados variáveis Unidades de flexografia, laminação, tratamento anti-estático e corona, corte em folhas, totalmente em linha com o sistema digital

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Presidente da Abigraf Nacional: Mário César de Camargo Presidente da Abigraf Regional SP: Fabio Arruda Mortara Diretora Executiva: Sonia Regina Carboni Conselho Editorial: Egbert Miranda, Fabio Arruda Mortara, Mário César de Camargo, Plinio Gramani Filho, Ricardo Viveiros e Sonia Regina Carboni Elaboração: Clemente & Gramani Editora e Comunicações Ltda. Rua Marquês de Paranaguá, 348, 1º andar 01303-905  São Paulo  SP Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159-3010  Fax (11) 3256-0919 E-mail: gramani@uol.com.br Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26.897), Ada Caperuto, Augusto Diniz, Marco Antonio Eid, Ricardo Viveiros e Tainá Ianone Revisão: Giuliana Gramani Colaboradores: Álvaro de Moya e Claudio Ferlauto Consultores Técnicos: Hamilton Terni Costa e Manoel Manteigas de Oliveira Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosária Scianci e Livian Corrêa Editoração Eletrônica: Studio52 CtP: Unigraph Impressão e Acabamento: Ibep Capa/Laminação: Aquarius Hot stamping (com fitas Crown) e relevo: Hot Color Assinatura anual (6 edições): Brasil: R$ 60,00 América: US$ 70,00 Europa: US$ 80,00 Exemplar avulso: R$ 12,00 (11) 3159-3010

Da arte ao lirismo

A carioca Renina Katz já soma 62 anos de dedicação à arte, sobretudo à gravura, técnica que domina com maestria, expressando através de múltiplas linguagens seu enorme amor à vida.

“A impressão digital está crescendo muito rápido no Brasil. A América Latina é a região que mais cresce para nós, um pouco mais rápido que o mercado asiático”.

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Alon Bar-Shany, vice-presidente e gerente geral da Divisão Indigo da HP.

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Fortalecer a capacitação empresarial e o relacionamento já mantido com os demais sindicatos fazem parte dos planos da nova diretoria do Sindigraf‑SP, agora capitaneado por Fabio Arruda Mortara.

ExpoPrint entusiasma visitantes e expositores

Feira reúne mais de 35 mil visitantes, dos quais 3,5% de estrangeiros. Negócios de cerca de US$ 300 milhões foram gerados durante o evento, que contou com a presença das lideranças dos principais fornecedores mundiais do setor.

“Fizemos mais contatos aqui do que na Ipex, no mês passado. A ExpoPrint está se firmando como uma drupa para a América Latina”. Bernd Wallat, diretor da Technotrans, afirmando que aumentará seu espaço na feira em 2014.

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Nova diretoria assume o Sindigraf‑SP

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arte & indús tria gráfica • ano xxxV • j ul/ago 2010 • nº 2 4 8

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ISSN 0103-572X Publicação bimestral Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/ Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Av. Cardoso de Melo, 1750, 6º andar (Vila Olímpia) 04548-005  São Paulo  SP Tel. (11) 3164-3193  Fax (11) 3842-0300 E-mail: abigraf@abigraf.org.br Home page: www.abigraf.org.br

Homenagem a EBM, litografia, 56 × 76 cm, 1992

REVISTA ABIGRAF

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Capa: Da Série Cárceres, litografia, 60 × 40 cm, 1974 Autora: Renina Katz


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HP Indigo aposta no mercado brasileiro

Em entrevista exclusiva, Alon Bar‑Shany, vice‑presidente e gerente geral da Divisão Indigo da HP, fala das perspectivas da impressão digital e afirma que o número de páginas produzidas pelos clientes deve continuar crescendo 65% ao ano no País.

Indústria de embalagens alinhada com as boas práticas

Em resposta às exigências da cadeia produtiva, as gráficas de embalagens, principalmente as que atendem o setor alimentício e farmacêutico, já adotam as regras de Boas Práticas de Fabricação.

Ibep cada vez mais forte em revistas

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As impressoras rotativas e planas da Ibep produzem por mês cerca de 90 milhões de cadernos e 15 milhões de folhas na impressão de livros didáticos, paradidáticos, catálogos, folhetos e, principalmente, 400 títulos de revistas.

Sustentabilidade

Nesta edição o Caderno Sustentabilidade aborda os impactos positivos do plantio de florestas e uma entrevista com Sebastião Valverde, professor da Universidade Federal de Viçosa e especialista em meio ambiente.

Emoções instantâneas

Sempre que pode, o fotógrafo Manolo Moran procura resolver suas fotos num clique só, reduzindo o uso da pós‑produção, seja fotografando gente, o que mais gosta de fazer, ou produtos.

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De químico a impressor

Aos 84 anos, Georg Schmidt mantém a mesma rotina de chegar cedo ao trabalho, na Impressora Ipiranga, na qual começou em 1958, ao lado do pai, que havia adquirido a empresa seis anos antes.

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Rotativa �������������������������������������������������������� 6 Ipex 2010 ��������������������������������������������������� 35 Crescimento da Impressão Digital ��������������� 42 Importações das Gráficas de Manaus ����������� 44 Memória – Luiz Metzler ������������������������������� 56 Oficina Tipográfica São Paulo ����������������������� 58 Office Paper Brasil Escolar 2010 ������������������ 60 Gráfica Igil/Itu, SP – 60 anos ����������������������� 62 Homenagem a Agnes Garai, da AGB ������������� 64 Unigraph CtP Service/ São Paulo ������������������ 66

Prêmio Sappi Trading ���������������������������������� 70 Campanha “Imprimir é Dar Vida” ������������������ 76 Opinião: Antônio de Sousa Almeida �������������� 78 Olhar Gráfico – Claudio Ferlauto ������������������� 82 Quadrinhos – Álvaro de Moya ��������������������� 86 Ilustração: Gustavo Duarte ��������������������������� 87 APP / Cathay Brasil ������������������������������������� 88 Impressões: Reinaldo Espinosa �������������������� 90 Sistema Abigraf ����������������������������������������102 Mensagem: Fabio Arruda Mortara ��������������110

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Grupo News Corp. passa a cobrar por conteúdo online Desde o início de julho o diá­

(E/D) Adriano Melis (representante de vendas, Gidue/Itália); Ailton Nascimento e Marcos Araújo (representantes de vendas da Gutenberg).

Nuova Gidue e Gutenberg juntas no Brasil Fabricante ita­lia­na de impressoras e sistemas de conversão para a indústria de embalagens e eti­ quetas, a Nuo­va Gidue no­meou em junho a Gu­ tenberg como dis­t ri­b ui­d o­r a exclusiva no Bra­ sil. “A con­f ia­bi­li­da­de e a alta qualidade da Gidue são bem conhecidas no mercado, mas fi­quei im­ pres­sio­na­do com a quantidade de inovações de­ senvolvidas. A Gutenberg tem o prazer de ofere­ cer a oportunidade para os conversores no Brasil, con­tri­buin­do para seu sucesso e rentabilidade”,

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Copa Arjowiggins 2010 aumenta venda de papéis finos

afirmou o presidente ­Klaus Tie­de­mann. Federico d’Annunzio, diretor geral da Nuo­va Gidue, con­ cluiu: “A Gutenberg tem uma excelente reputação na indústria gráfica bra­si­lei­ra e uma grande ex­pe­ riên­cia no mercado de rótulos e flexo. A equipe de vendas é competente, jovem e motivada. Nós es­ tamos começando com mui­to en­tu­sias­mo e dese­ jamos para a nossa representante mui­to sucesso no mercado bra­si­lei­ro de rótulos e embalagens”.

campanha “Copa Arjowiggins 2010”, da fabricante de pa­péis fi­ nos Arjowiggins Security, pro­por­ cio­nou um crescimento de 12% do volume de vendas em relação ao mesmo pe­río­do de 2009, além de superar o resultado da campanha de 2006. Cerca de 600 pes­soas, entre vendedores e coor­d e­n a­ do­res de vendas, foram motiva­ dos a au­men­tar a sua compra de pa­péis finos da Arjowiggins por meio de kits es­pe­ciais com a mar­ ca da campanha en­via­dos todo mês, no pe­río­do de pri­mei­ro de

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www.gutenberg.com.br

abril a 30 de junho, com pre­mia­ ções men­s ais para os vencedo­ res de cada grupo. “Além dos prê­ mios men­sais, nos aproximamos mais das equipes de vendas dos dis­tri­bui­do­res e intensificamos o e-​­mail mar­ke­ting para au­xi­liá-​­los na venda. Dessa forma, todos es­ tavam envolvidos no processo e, com isso, conseguimos este ex­ celente resultado”, afirmou Cyn­ thia Ca­drob­bi, do mar­ke­ting de pa­péis finos da Arjowiggins. Alguns clien­tes apro­vei­ta­ram os prê­m ios conquistados para

rio britânico The Times, com sua edição dominical Sunday Times, está cobrando pelo acesso ao site e pelos con­teú­dos online. A decisão é de Rupert Mur­doch, dono do grupo News Corp., co­ locando em prática a ­ideia do fim dos con­teú­dos livres de jor­ nais na internet. O preço é de pou­co mais de 1 euro por dia, ou cerca de 2,50 pela semana toda. A ex­p e­r iên­cia no Rei­n o Unido faz parte da proposta de Murdoch de cobrar pelos aces­ sos aos sites de todos os jor­nais que ele controla — são mais de 170 no mundo. Um dos jor­nais da News Corp., o The Wall ­Street Jour­nal, já tem uma ex­pe­riên­cia bem-​­sucedida na cobrança de con­teú­dos online. O britânico Fi­nan­cial Times, jornal de economia do grupo Pear­son, também já cortou os con­teú­d os completamente li­ vres. Outro nome de peso, o americano The New York Times, deve começar a cobrar pelo con­ teú­do na internet ain­da este ano. desenvolver campanhas internas e alavancar suas pró­prias vendas. Foi o caso da SPP-Nemo e da Rio Branco. “Nossa equipe ficou mui­ to motivada para ganhar os prê­ mios, o que resultou em um au­ men­to significativo das vendas e, consequentemente, triplicamos a compra de produtos da Arjo”, contou Gio­v a­na Viei­r a, gerente de produtos da Rio Branco Dis­tri­ bui­do­ra, ganhadora do prêmio de superação do Grupo Verde. www.arjowiggins.com.br



Morre o editor Massao Ohno F

Projeto da IP capacita professores Rea­fir­man­do seu compromis­ so com a responsabilidade so­ cioam­b ien­t al, a In­ter­n a­t io­n al Paper (IP), por meio do Instituto In­ter­na­tio­nal Paper, reu­niu, no final de junho, educadores da re­gião de Mogi Gua­çu (SP) para uma capacitação em educação am­bien­tal, tendo como foco a aplicação em sala de aula do con­teú­do do kit do projeto “Os Guar­diões da Bios­fe­ra”. Participaram 83 educado­ res dos mu­n i­c í­p ios de Estiva Gerbi, Mogi Gua­çu e Mogi Mi­ rim. Os pro­f is­s io­n ais recebe­ ram informações sobre o con­ cei­to de educação am­bien­tal e os bio­mas bra­si­lei­ros, com en­ foque na Caa­tin­ga, tema explo­ rado no mais recente episódio da série elaborada para o pro­ jeto. As re­giões de Luiz Antonio (SP) e Três La­goas (MS), onde a IP possui unidades fabris, também receberão as capacitações.

O projeto é desenvolvido es­p e­c ial­m en­te para crian­ç as de 1ª a 4ª sé­ries do ensino fun­ damental com o objetivo de le­ var conhecimento sobre as ca­ racterísticas da fau­n a e flora bra­si­lei­ra, sensibilizando edu­ cadores e alunos sobre a im­ portância da preservação am­ bien­tal e do res­pei­to à natureza. Ao todo, são abordados cinco bio­mas — Mata Atlântica, Pan­ tanal, Cerrado, Caa­tin­ga e Flo­ resta Amazônica — reconheci­ dos e monitorados pela Unesco, organização da ONU para a educação, ciên­cia e cultura. A In­ter­n a­t io­n al Paper dis­ tri­b uiu o kit do projeto para 36 mil escolas públicas e pri­ vadas em todo o Brasil, além de quatro mil bi­blio­te­cas públi­ cas. Os epi­só­dios também es­ tão dis­po­ní­veis para down­load gra­t ui­t a­m en­t e no site www. guardioesdabiosfera.com.br.

Unipac é premiada pela Syngenta Divisão de ne­gó­cios do Gru­ po Jacto, a Unipac acaba de re­ ceber o prêmio Global Sup­plier Award como melhor fornece­ dor de embalagens da América Latina, concedido pela Syngen­ ta, uma das líderes mun­diais na área de agro­ne­gó­cios. De um universo de mais de 3.000 for­ necedores glo­bais da Syngen­ ta, foram pré-​­se­le­cio­na­dos os 80 par­cei­ros que mais con­t ri­ buí­r am para os resultados da companhia e apresentaram so­ luções inovadoras ao longo de 2009. Em uma cerimônia rea­li­za­ da no dia 8 de junho, na cidade de Berlim, na Alemanha, foram entregues nove prê­mios e a Uni­ pac foi a única empresa elei­ta de toda a América Latina. É a pri­mei­ra vez que a Unipac recebe o prêmio Global Sup­plier Award e, de acordo com o pre­ sidente da empresa, Marcos da Cunha Ri­bei­ro (ex-RR Donnelley), esse resultado reflete o esfor­ ço dos colaboradores e premia a busca permanente pela exce­ lência em produtos e serviços. www.unipac.com.br

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Brasil tem desempenho histórico em Cannes

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s agên­cias e cria­ti­vos bra­si­lei­ros ganharam 57 prê­mios na 57ª edição do Festival In­ter­na­cio­nal de Publicidade de Cannes, rea­li­za­do em junho na Ri­ vie­ra Francesa. O recorde an­te­rior eram os 42 ­Leões conquistados em 2005. Dentre os prê­mios destacam-​­se o Grand Prix na categoria Imprensa, conquis­ tado pela AlmapBBDO, que levou na bagagem mais 15 prê­mios, um dos ­quais o cobiçado título de Advertising Agency of the Year, além do recorde na ca­ tegoria Out­door, com 21 prê­mios, sendo três ou­ros, seis pratas e 12 bronzes.

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aleceu no dia 12 de junho, aos 74 anos, Massao Ohno, editor reco­ nhecido pela coragem de publi­ car obras de au­to­res tidos como in­v iá­veis. Nascido em São Pau­ lo, Ohno editou mais de 800 li­ vros e, ao longo de sua trajetória, co­l e­cio­n ou admiradores, como mostram de­p oi­men­tos registra­ dos no blog da editora que leva seu nome, que parou de ser atua­ li­za­do desde a morte de Massao. “É um samurai da sombra”, segun­ do o poe­ta Antonio Fernando de Franceschi. “Trabalhador do invi­ sível, luminoso nissei esbelto que, nas horas vagas, seduzia as poe­ti­ sas da nossa juventude, bebedor de uísque e filósofo orien­tal”, es­ creveu Renata Pallottini. Para Car­ los Vogt, “é talvez o ­maior editor desorganizado que melhor con­tri­ buiu para organizar a poe­sia bra­ si­lei­ra jovem durante pelo menos três décadas”. Sobre ele, José Min­ dlin havia afirmado que era um dos pou­cos que, ao decidir uma edição, não levava em conta se ela seria vendável ou não. Filho de pais japoneses, den­ tista formado numa família de nove irmãos, todos en­ge­nhei­ros, gostava de filosofia e letras, mas foi impedido de cursá-​­las pelos pais que não queriam vê-​­lo em uma car­rei­ra tão ima­te­rial. “Eu me submeti à família”, conformou-​­se. Mas por pou­co tempo, pois tor­ nou-​­s e editor em mea­d os dos anos 50. Editava au­to­res desco­ nhecidos, na grande maio­ria poe­ tas, e seu nome, para mui­tos de­ les, transformou-​­se numa tábua de salvação. “Minha última espe­ rança é o Massao”, costumavam dizer. Casou cinco vezes, teve qua­ tro filhos e sete netos. “Gostaria de dei­xar bem claro que minha ativi­ dade é maravilhosa e faria tudo de novo”, disse ele certa vez.


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Osmar Barbosa lança livro sobre custos

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ender, Controlar, Melhorar é o título do livro do empresário Os­ mar Barbosa, diretor da Metrics, lançado no dia 24 de junho na ExpoPrint Latin America 2010. Di­re­cio­na­do a em­pre­sá­rios, pro­f is­sio­nais e estudantes da in­ dústria de impressão, o livro traz um panorama dos diferentes processos produtivos, estudan­ do seu am­bien­te de ne­gó­cios e buscando enfatizar as melhores práticas dis­po­ní­veis para a efeti­ va determinação dos custos de produção e formação de pre­ ços. Escrito em linguagem aces­ sível, até mesmo para lei­to­res não técnicos, a obra aborda as­ pectos es­sen­ciais da impressão em offset, rotogravura, flexo­ grafia, serigrafia e digital, apre­

sentando um ro­tei­ro dos ele­ mentos re­la­cio­na­dos ao cus­teio dos produtos, com­p reen­d en­ do os custos diretos e os cha­ mados custos in­vi­sí­veis, como tempos de reparo ou limpeza de máquinas e destinação das aparas de papel. Além de descrever e comen­ tar os diferentes sistemas de custo e de formação de preços utilizados pela indústria, Osmar

Credeal qualifica processo industrial

base de água, procedimento de menor toxicidade do que os efluen­tes gerados pela fabricação com tinta à base de solvente. Esse novo processo tam­ bém pro­por­cio­na melhores condições de trabalho para os operadores de máquinas, não possui chei­ ro, não oca­sio­na problemas no contato com a pele e pode ser removido com água e sabão neu­tro.

Uma das maio­res fabricantes de cadernos do País,

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www.credeal.com.br

Foto: Caco Argemi

a Cre­deal padronizou seu processo de impressão pelo sistema de flexografia das folhas de cader­ nos (pau­ta e personalização de páginas) de todas as suas coleções, subs­ti­tuin­do a utilização de sol­ vente por tinta à base de água. Para garantir o me­ lhor resultado, a empresa encaminha os produtos adquiridos dos fornecedores para análise em labo­ ratório es­pe­cia­li­za­do, que comprova a composição química e características da tinta. Foram ne­ces­sá­rios vá­rios meses de testes, ajus­ tes em equipamentos, aper­fei­çoa­men­to de técni­ cas de produção e ainda trei­na­men­to ope­ra­cio­nal, para a empresa dar início à produção com tinta à

Barbosa elenca os passos a se­ rem dados para a definição do ro­tei­ro de produção e oferece fórmulas práticas para o cálcu­ lo dos tempos das operações de transformação e valoração dos seus custos. O estudo com­preen­de tam­ bém uma descrição das carac­ terísticas da indústria gráfica e suas formas de controle, orga­ nização e especificidades de mercado. Todos os processos re­ la­cio­na­dos à produção e ao ne­ gócio são abordados sob a óti­ ca da obtenção dos melhores resultados em termos de agili­ dade e competitividade no con­ trole de custos e formação de preços dos produtos. O livro tem 120 páginas e, além da venda em li­vra­rias, será dis­tri­buí­do para entidades de ensino e pesquisa re­la­cio­na­das ao setor gráfico e de embala­ gens, estando à venda também no site www.metrics.com.br.

Aplicativo para iPhone da Burti A

Burti lançou em julho um apli­ cativo para iPhone. O soft­ware leva ao aparelho celular do Ap­ ple o Via!Burti, sistema utilizado para o envio de arquivos a veí­ cu­los de comunicação. A novida­ de está disponível na Apple Sto­ re, com acesso gra­tui­to. Com o aplicativo será possível acompa­ nhar o status de anún­cios, fazer o pre­view, liberar e agendar vei­ cu­la­ções, além de vi­sua­li­zar con­ firmações de recebimento e até mesmo solicitar a produção de provas. Segundo Leo­nar­do Burti, vice-​­presidente executivo da em­ presa, o lançamento é um marco para a BurtiSoft­ware, que passa a ser uma desenvolvedora cre­ den­cia­da Apple. “Nosso po­ten­ cial de desenvolver soluções fica ain­da mais evi­den­cia­do. Além do iPhone, em breve lançaremos o aplicativo para a plataforma An­ droid”. Cerca de cinco mil peças pu­bli­ci­tá­rias passam pelo Via!Burti mensalmente. O sistema aplica au­to­ma­ti­ca­men­te todas as carac­ terísticas de ge­ren­cia­m en­to de cores para os mais de três mil jor­ nais, revistas e gráficas cadastra­ dos na plataforma, via­bi­li­z an­do a transmissão dos arquivos com qualidade e segurança. www.burti.com.br

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AlphaGraphics inaugura três lojas no modelo de conversão E

1-ª Bienal do Livro Paraná será realizada em outubro Entre os dias 1º e 10 de ou­tu­ bro, a Fagga/GL Events promo­ ve a 1ª Bie­nal do Livro Paraná, no Estação Con­ven­tion Center, em Curitiba. Com curadoria do jornalista e escritor Rogério Pe­ rei­ra, a Bie­nal é considerada um dos prin­c i­p ais eventos li­te­r á­ rios do País. A programação in­ clui café literário, atividades in­ fantis e sessões de au­tó­gra­fos. A expectativa da organização é ­atrair um público de 200 mil vi­ sitantes. A Bie­nal do Livro Para­ ná contará com 60 expositores, aproximadamente 40 au­to­res e mais de 80 sessões na pro­

Lisboa sediará a 1-ª Conferência Internacional em Design e Artes Gráficas De 27 a 29 de ou­tu­bro, será rea­

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li­za­da em Lisboa, Portugal, a 1ª Conferência In­ter­na­cio­nal em De­ sign e Artes Gráficas (Cidag), sob o tema “De­s a­f ios Tecnológicos para o Design e a Produção Grá­ fica”. Organizada pelo Instituto Su­pe­rior de Educação e Ciên­cias

gramação cultural. A Fagga GL / Events também é responsável pelas bie­nais do Rio de Ja­nei­ro, Bahia e Minas Ge­rais. O evento conta com o ­apoio da Fundação Cultural de Curiti­ ba, do Snel (Sindicato Na­cio­nal dos Editores de Livros) e do Gru­ po RPC (jornal Gazeta do Povo, Rádio Mundo Livre FM e RPCTV — afi­lia­da à Rede Globo). 1ª- Bienal do Livro Paraná Data: 1º- a 10 de outubro de 2010 Horário: dias de semana, das 9h às 22h, e fins de semana, das 10h às 22h Local: Estação Convention Center (Av. Sete de Setembro, 2.775, Curitiba PR) www.bienaldolivroparana.com.br

e Instituto Politécnico de Tomar, a conferência tem por objetivo ge­ rar uma reflexão sobre os de­sa­ fios tecnológicos para o setor de design e produção gráfica. A pro­ gramação contará com palestras de es­pe­cia­lis­tas em segmentos as­so­cia­dos à área, que utilizam ou desenvolvem tec­no­lo­gias de ponta para a produção de novos ma­te­r iais, equipamentos, soft­ wares e ferramentas de informá­ tica, sempre com a preo­cu­pa­ção de inovar as me­to­d o­l o­g ias de cria­ção e comunicação. O evento abrange con­fe­rên­ cias ple­ná­rias, palestras e apre­

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s­p e­c ia­l i­z a­d a em soluções de impressão digital e comunica­ ções personalizadas, a AlphaGra­ phics está promovendo a cam­ panha “Transforme Seu Negócio”, que tem como objetivo conver­ ter gráficas independentes em fran­quias da rede. A campanha envolve gráficas instaladas nas prin­ci­pais cidades do País, como São Pau­lo (capital e in­te­rior), Belo Horizonte, Porto Alegre, Curiti­ ba, Recife, Goiâ­nia, Ma­naus, Be­ lém, São Luis, Natal, Londrina, Ca­xias do Sul e Campo Grande. O mote da campanha é incenti­ var em­pre­sá­rios do setor gráfico a apro­vei­ta­rem os investimentos já efe­tua­dos, como parte de suas es­ truturas ­atuais, pontos co­mer­ciais e mercado onde ­atuam, para se integrarem à rede AlphaGraphics. “Além de uma marca amplamen­ te conhecida em todo o mundo, ou­tras vantagens de ­atuar junto à AlphaGraphics são economia

sentações de pôsteres nas se­ guintes ­­áreas: Design (identidade vi­sual ins­ti­tu­cio­nal, design in­for­ ma­cio­nal e design edi­to­rial); Pro­ dução Gráfica (gestão da cor, equipamentos e atitudes am­ bien­t ais na produção gráfica); Novas Fron­tei­ras (aprendizagem do design e produção gráfica, perfis pro­f is­sio­nais e empregabi­ lidade e es­tra­té­gias para susten­ tabilidade or­ga­ni­za­cio­nal) e No­ vos De­sa­f ios (com informações pertinentes aos novos ma­te­riais e responsabilidade so­cial). Um time de con­c ei­t ua­d os pro­f is­sio­nais foi escalado para

de escala, trei­na­men­to e supor­ te contínuo, mar­ke­ting coo­pe­ra­ do, certificações, selo de qualida­ de e sistema web-​­to-print, como o AG Foto, voltado para consumido­ res fi­nais, e o AG Online, para em­ presas, além do ­agBook (www. ag­b ook.com.br), pri­m ei­r a rede física de livros sob demanda do mundo”, afirma Rodrigo Abreu, vice-​­p residente in­t er­n a­c io­n al da empresa. Em julho, três antigas gráficas independentes abriram suas por­ tas com a ban­dei­ra AlphaGraphics. A pri­m ei­r a inauguração dentro desse modelo aconteceu no dia 23 de junho, em São Bernardo do Campo (SP). Os ou­tros dois casos de conversão, ambos em Campi­ nas, são de gráficas que já traba­ lhavam com impressão digital e que agora apostam na expertise da AlphaGraphics para diversificar e alavancar seus ne­gó­cios. www.transformeseunegocio.com.br

dividir suas ex­pe­riên­cias em de­ bates com os visitantes da Ci­ dag. Dentre as personalidades já confirmadas estão: os es­pa­nhóis Joan Costa, Ra­fael Pozo Puér­to­las e Ricard Casals; a argentina Shei­la Pontis; os britânicos Mark Porter e Blai­ne Brownell; os portugueses Rui Amorim, Filipe Viei­ra, Hugo Ferrão, Guta Mou­ra Gue­des e El­ vira Fortunato; o in­dia­no Rajen­ drakumar Anayath; o ita­lia­no Car­ lo Vezzoli e o bra­si­lei­ro Ma­noel Man­tei­gas de Oli­vei­ra, diretor da Escola Senai Theo­bal­do De Nigris. Sai­ba mais sobre a conferência no portal www.cidag.com.pt.


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Ricardo Viveiros recebe prêmio da Conlatingraf O jornalista e escritor Ricar­

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do Vi­vei­ros, colaborador da Revista Abigraf há mais de 20 anos, receberá o prêmio Ben­ jamin Hurtado Echeverria, ou­ torgado pela Confederação Latino-​­Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf). Indicado em reconheci­ mento à cobertura dos con­ gressos e eventos da entida­ de nas duas últimas décadas, Vi­vei­ros foi confirmado por todos os paí­ses membros da Conlatingraf, por unanimida­ de. O prêmio será entregue em Cancun, México, duran­ te o XXII Congresso Latino-​ ­Americano da Indústria Grá­ fica, que será rea­l i­z a­d o de 10 a 13 de novembro. Cria­do em 2001, com o nome do pri­ mei­ro presidente da Conla­ tingraf, o “Benjamin Hurtado Echeverria” tem a finalidade de destacar personalidades e empresas que tenham con­tri­buí­do diretamen­ te para o desenvolvi­ mento da indústria grá­ fica latino-​­americana. Cada país membro in­ dica apenas um nome, que deverá ser acei­to em as­s em­b leia com a participação de todos os paí­ses participantes. Ricardo Vi­v ei­r os é jornalista com atua­ção nas mí­dias impressa e eletrônica, ganhador da medalha da Organiza­ ção das Nações Unidas (ONU) por ma­té­rias so­ bre “Di­rei­tos Humanos”, no Ano In­t er­n a­c io­n al da Paz (1986), e de dois

“Prêmio Esso de Jornalismo” por trabalhos em equipe. Empresário de comunica­ ção, fundou, em 1987, a Ri­ cardo Vi­vei­ros & As­so­cia­dos – Oficina de Comunicação, uma das maio­r es empresas no ranking bra­si­l ei­ro do se­ tor e detentora de importan­ tes prê­mios. Com expertise em arte, desde 2001 escreve as ma­té­r ias de capa da Revista Abigraf sobre importan­ tes pintores bra­si­lei­ros. Des­ de seu pri­mei­ro livro, lançado em 1969, a coletânea de poe­ mas “Tempo de Amor e Guer­ ra”, Vi­vei­ros vem se dedican­ do à literatura, lançando obras bio­grá­f i­cas, didáticas, históri­ cas, além de contos e crônicas. Prefere, porém, ser reconhe­ cido como o “jornalista que também escreve livros”. A pro­ fissão que exerce por pai­xão e que o ensinou a escrever.

REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

Em setembro, JB só em versão digital

A partir de setembro o Jornal do Brasil, um dos mais antigos do País, publicado há 119 anos no Rio de Ja­nei­ro, parará de circular, passando a ter apenas uma versão online. Contudo, a Docas Inves­ timento, controladora do JB, do empresário Nelson Tanure, não de­ sistiu de passar adian­te a marca arrendada da família Nascimento Brito. De acordo com o diretor de operação da Docas, Eduar­do Já­ come, o grupo estuda a possibilidade de ficar apenas com a versão online e transferir o di­rei­to sobre a edição impressa a pos­sí­veis inte­ ressados. Descontente com a mudança para a internet, o presiden­ te do JB, Pedro Grossi, declarou que permanece no jornal somente enquanto circular a edição impressa. O Jornal do Brasil é o segun­ do jornal que dei­xa de circular de­pois de ser assumido por Nel­ son Tanure. Há pou­co mais de um ano, o mesmo aconteceu com a Gazeta Mercantil, que parou de circular por problemas fi­nan­cei­ros.

Agfa compra Pitman E

m julho, a Agfa Graphics anun­ciou a aquisição da Pitman Com­ pany USA, uma das prin­ci­pais empresas na área de impressão jato de tinta in­dus­trial e pré-​­impressão para produção de embalagens nos Estados Unidos. O objetivo da aquisição é a complementa­ ção tecnológica, já que há alguns anos a Agfa vem investindo em soluções de impressão digital com as linhas Anapurna e Dotrix. A aquisição au­men­ta a re­cei­ta da Agfa Graphics nos Estados Uni­ dos em mais de US$ 500 mi­lhões. Com sede em Fair­f ield, Nova Jer­ sey, a Pitman conta com 502 fun­cio­ná­rios e 16 unidades no país. www.agfa.com.br


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O discurso do candidato vencedor ninguém ouviu ainda...

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Xerox do Brasil completa 45 anos e anuncia novo diretor M

Vittorio Denesi, presidente da Simpress

C

Simpress investe R$ 10 milhões em TI

om o objetivo de moderni­ zar sua estrutura interna e oti­ mizar os serviços prestados, a Simpress, provedora de out­ sour­cing de impressão e gestão de documentos, investirá mais de R$ 10 mi­lhões na área de TI ao longo de 2010, o que repre­ senta um au­men­to de cerca de 30% em relação ao ano passa­ do. O projeto de TI da empresa para este ano inclui investimen­ tos na área de desenvolvimen­ to interno, na qual a Simpress rea­li­za pesquisas e desenvolve soft­wares e novas aplicações customizadas de acordo com a demanda de seus clien­tes e de novos par­cei­ros. Outra par­ te do investimento será aplica­ da na implantação de um novo sistema de gestão em­pre­sa­rial, além da manutenção dos sis­ temas vigentes e dos projetos

de tecnologia que já estão em andamento dentro da empre­ sa. De acordo com Vittorio De­ nesi, presidente da Simpress, o objetivo desse investimento é modernizar os processos in­ ternos para promover um di­fe­ ren­cial competitivo, com solu­ ções inovadoras e à frente das necessidades do mercado. “Acreditamos na importância da tecnologia para dar supor­ te à expansão de nossos ne­gó­ cios, de acordo com a evolu­ ção tecnológica global. Assim, ini­c ia­m os uma nova fase na companhia, em que teremos a oportunidade de prestar ser­ viços cada vez mais efi­cien­tes, com sistemas au­to­ma­ti­z a­d os, que demandam menos tempo de operação e menores custos para nossos clien­tes”. www.simpress.com.br

Nova diretoria na Abraform No dia 4 de agosto foi rea­li­za­

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da a cerimônia de posse da nova diretoria da Abraform – As­so­cia­ ção Bra­si­lei­ra da Indústria de For­ mu­lá­rios, Documentos e Ge­ren­ cia­men­to da Informação para o triê­nio 2010/2013, no au­di­tó­r io da Escola Senai Theo­b al­d o De Nigris, em São Pau­lo. A elei­ção aconteceu no dia 22 de junho. Mi­

guel Aguero, da Gráfica e Edito­ ra IGF, assume a presidência, ten­ do como 1º vice-​­presidente José Luiz Sou­z a (PC Print), 2º vice-​ ­presidente Ita­ mar Pezani Je­ ronymo (Center Form´s), diretor administrativo José Arthur de Pau­la (Formatho Impressos), dire­

REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

árcio Mattos assumiu em julho a diretoria executiva de Equipa­ mentos de Alto Volume da Xerox do Brasil. O executivo, que ocu­ pava an­te­rior­men­te a posição de diretor co­mer­cial para Artes Grá­ ficas, trabalha na Xerox desde 1997 e dará con­ti­nui­da­de ao tra­ balho que vem sendo desenvolvi­ do na área. Márcio é formado em matemática, com ênfase em in­ formática e tem pós-​­gra­dua­ção em mar­ke­ting e gestão de ne­gó­ cios. Na Xerox do Brasil, ele ocu­ pou diversas funções na área de equipamentos de alto volume, como gerente de mar­ke­ting de iGen, gerente de vendas Artes Gráficas em São Pau­lo e geren­ te na­cio­nal de iGen e CF. Márcio Mattos substitui Fábio Neves, que dei­xou a companhia. 45 anos de Brasil – No dia 15 de junho, a empresa completou 45 anos no Brasil. Originalmente dedicada à missão de assegurar ­maior produtividade para es­cri­ tó­rios de todos os tamanhos, a Xerox trou­xe para o País a inven­ ção do cien­tis­ta norte-​­americano Chester Carlson, batizada como processo xerográfico. Ainda hoje a xerografia está presente na ma­ nei­ra como qualquer pessoa co­ pia ou imprime documentos em es­cri­tó­rios do mundo todo. Está no fundamento de co­pia­do­r as, impressoras a laser e mul­ti­f un­ tor administrativo adjunto Gelson Tomita (Contiplan), diretor fi­nan­ cei­ro João Luiz Jun­quei­ra Cai­res (Avaron) e diretor fi­nan­cei­ro ad­ junto Vladimir Casagrande (Casagrande). Diretores: Al­ ceu Malucelli Jú­nior (Gráfica Ipê), Luis Carlos Gou­v eia (SPP Aga­ print), Luis Fernando Borri (In­

Márcio Mattos, diretor executivo de Equipamentos de Alto Volume da Xerox do Brasil

cio­nais di­gi­tais e é também usa­ da para ­criar extratos de cartões de crédito, personalizar malas diretas, produzir livros ins­tan­tâ­ neos e pôsteres, além de me­ morandos, recibos e arquivos. “Tenho imenso orgulho em ser o presidente da Xerox do Brasil. Essa satisfação não vem apenas da oportunidade de estar à fren­ te de uma organização capaz de oferecer tec­n o­l o­g ias para pre­ servar e compartilhar informa­ ções, simplificando e colocando o processo de troca e conheci­ mento ao alcance de qualquer pessoa, mas também por fazer isso em um país singular por sua grandeza e por seus contrastes”, afirmou Yoram Levanon. www.xerox.com.br

tergraf Indústria Gráfica), Cláu­dio Marques Car­nei­ro Barbosa (Tho­ mas Greg & Sons), Eduar­do Casse­ tari (Tiliform), Sergei Lima (Gráfica e Editora Lima), Marcos Mazet­ ti (Genoa) e José Pau­l o Rimoli (Rimoli & Cia). Conselho Fiscal: Thia­go Pe­rei­ra (Jelprint), Célio Si­ mões Cerri (Cau­ta) e José Eduar­do Ferrari (Gráfica Ferrari). www.abraform.org.br


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ENTREVISTA Tânia Galluzzi

O senhor acredita que a tecnologia de impressão digital atingiu a maturidade? Não. Acho que ela amadureceu mui­to com relação há 15 anos em termos de produtividade, mas ain­da há um longo caminho. Há mui­tas oportunidades.

Alon Bar-Shany

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Hoje, o Brasil é o grande mercado para a HP Indigo

lém de seu gosto confesso pelo Brasil, o is­rae­len­se Alon Bar-​­Shany, vice-​­presidente e gerente geral da Divisão Indigo da HP, é inabalável em sua crença de que existe um mundo de oportunidades para os gráficos. A HP Indigo rei­vin­di­ca para si 50% do mercado mun­dial de impressão de alta qualidade, número que cresce para 74% nos paí­ses do bloco econômico Ásia/Pacífico. Em entrevista exclusiva à Revista Abigraf, rea­li­za­da durante a ExpoPrint, o executivo revelou todo seu en­tu­sias­mo pelo mercado bra­si­lei­ro e falou sobre os de­sa­f ios e perspectivas da impressão digital. “Aqui as pes­soas não estão comprando máquinas di­gi­tais porque o offset está morrendo, como nos Estados Unidos ou na Europa. Eles compram digital porque veem a oportunidade de fazer mais di­nhei­ro e am­pliar o negócio.” REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

Vamos começar falando dos anos 90, o início da impressão digital. ­Quais são as prin­ci­pais lições daquele pe­río­do que o senhor traz até hoje? Essa é uma boa pergunta. Para mim, a pri­mei­ra lição é nunca desistir. Mesmo em tempos di­f í­ceis, se você tem a visão correta e as pes­soas certas, pode ter sucesso. A segunda lição é que você tem de permanecer mui­to, mui­to perto de seus clien­tes. A decisão mais importante que tomamos, apesar de termos enfrentado problemas, es­pe­cial­men­te em 1994, 1995 e 1996, foi sempre focarmos nossos clien­tes e em como fazer para que eles tivessem ne­gó­cios lucrativos. Isso é o que acontece conosco. Mesmo no ano passado, com todos os problemas enfrentados mun­dial­men­te, con­ ti­nua­mos a trabalhar com nossos clien­ tes, com uma tecnologia mui­t o boa. Aprendemos a ser otimistas.

­ uais são os de­sa­f ios para a impresQ são digital no que tange à tecnologia e ao mercado? Em termos de mercado o problema cru­ cial é a percepção do consumidor, fazer com que as pes­soas entendam o que podemos fazer com a impressão digital. Um dos problemas que aconteceram em 1995 e 1996 foi o fato de a impressão digital nem sempre ter alcançado uma boa reputação. Ainda há resquícios daquela época, pes­soas que acreditam que a qualidade não é tão boa, que as máquinas não são con­f iá­veis, que são lentas etc. Nós temos mui­to trabalho a fazer para educar o mercado, nem tanto com relação aos impressores co­mer­ciais, porque eles frequentam fei­ras e têm contato com as impressoras Indigo, mas com os departamentos de mar­ke­ting dos clien­ tes fi­nais, as agên­cias, os editores. Melhorou bastante, mas ain­da há mui­to o que fazer. Em termos tecnológicos o desafio não está na impressão em si, mas sim na solução como um todo. A cria­ção dos trabalhos para a impressão digital, o envio escalonado destes à impressora e a saí­da para o acabamento. Quan­ do você tem de lidar com mil, duas mil ordens de serviço ao dia não pode fazer tudo ma­nual­men­te como na impressão con­ven­cio­nal. Você tem de au­to­ma­ti­zar tudo, ter certeza de que não há erros, de que o clien­te poderá vi­sua­li­zar cada etapa do trabalho. Quais são os grandes mercados para as impressoras HP Indigo hoje? O Brasil é um grande mercado, com uma economia forte. Porém, quando falamos de segmentos de mercado, impressão co­mer­cial, embalagens, q­ uais são os grandes mercados? A melhor coi­sa que vem acontecendo desde os anos 90 é a diversificação das


aplicações. As prin­ci­pais aplicações ain­da são os ma­te­r iais pro­mo­cio­nais, brochuras, ma­te­ rial de ponto de venda etc. Contudo, o mercado de fotografia se tornou mui­to importante, os fotolivros, área que está começando a crescer aqui no Brasil. De­pois, o segmento edi­to­r ial, e o Brasil está liderando o mundo nessa área, com grandes clien­tes fazendo livros lindos em impressoras Indigo, e o mercado de rótulos e embalagens, setor que vive um ótimo momento aqui. E por último, um segmento no qual o Brasil também está inovando, o mercado de mar­ke­ting direto e transpromo. Nós temos aqui cases de sucesso com clien­tes como o Bradesco e o Itaú. São cinco ou seis segmentos que têm em comum o fato de estarem combinando a tecnologia de impressão Indigo com as alternativas da internet, na produção de malas diretas, impressos personalizados etc. Como o senhor vê a indústria gráfica latino-​ ­americana e, mais especificamente, a indústria gráfica bra­si­lei­ra? A América Latina ain­da é uma pequena parte do mundo da impressão, mas está crescendo mui­to rápido para todos. Mesmo nesta fei­ra você pode ver mais impressoras offset do que vimos na Ipex. O que é sur­preen­den­te. Aqui ain­da é um lugar onde se vende offset. O mesmo não acontece na América do Norte e na Europa. É um mercado excitante, com grandes oportunidades no geral. Tenho de dizer que a impressão digital está crescendo mui­to rápido aqui. A América Latina é a re­g ião que mais cresce para nós. Um pou­co mais rápido que o mercado asiá­ti­co. Poderia nos dar alguns números? No Brasil, por exemplo, o número de páginas impressas por nossos clien­tes está crescendo 65% anual­men­te e na América Latina 55%, na média. Em alguns paí­ses mais rapidamente, como no Chile e na Colômbia. Isso em todos os segmentos, como edi­to­r ial, mercado fotográfico, de etiquetas. São real­men­ te boas no­tí­cias. O senhor visitou algumas gráficas aqui. ­Quais foram suas impressões? Estive no Brasil algumas vezes nos últimos tempos, pelo menos duas vezes por ano, visitando mui­tos clien­tes. Nossos maio­res clien­

tes no Brasil são empresas de classe mun­dial. Você vê pou­cas com­pa­nhias desse tamanho mesmo nos Estados Unidos. A segunda observação que posso fazer é que as pes­soas são mui­to inovadoras. Além disso, a economia vai indo bem, as empresas estão investindo e assumindo riscos e con­ti­nuam comprando offset. As pes­soas não estão comprando máquinas di­g i­t ais porque o offset está morrendo, como está acontecendo nos Estados Unidos ou na Europa. Elas compram digital porque veem a oportunidade de fazer mais di­nhei­ro e am­pliar o negócio. Ainda há aqui um pou­ co menos opções em comparação aos Estados Unidos ou à Europa em termos de soluções integradas, mas isso está mudando. Todas os fornecedores de acabamento estão aqui na fei­ra, todas as empresa de workflow estão aqui, mais e mais fornecedores de papel vêm oferecer es­ pe­cia­li­da­des, novos substratos, e também vejo soAqui as pessoas luções bra­si­lei­ras mui­to boas, es­p e­c ial­men­t e no não estão comprando segmento de soft­ware.

máquinas digitais porque o offset está morrendo, como nos Estados Unidos ou na Europa. Eles compram digital porque veem a oportunidade de fazer mais dinheiro e ampliar o negócio.

Dian­t e desse cenário, ­quais são os objetivos da HP para o Brasil? Esse crescimento fantástico remete-​­me ao início, quando me­d ía­m os o desempenho de forma mui­t o simples, através do número de páginas que nossos clien­tes imprimem. Acredito que conseguiremos manter o crescimento de 65% ao ano por mui­to tempo. Para isso, temos de trabalhar com nossos clien­tes e par­cei­ros para educar o mercado no sentido do que fazer com o digital.

O que o senhor está achando desta edição da ExpoPrint? É im­pres­sio­nan­te. Estou vindo da Ipex e estive na Print 08, nos Estados Unidos, que foi terrível. Aqui temos grandes estandes, todos estão trazendo equipamentos. Eu já esperava uma boa fei­ra, mas estou im­pres­sio­na­do com o número de pes­soas, a qualidade dos fornecedores e das soluções, es­pe­cial­men­te com relação ao offset. Há mui­to mais máquinas offset aqui do que na Ipex, lá quase não havia offset. A Ipex foi 90% digital. JULHO/AGOSTO 2010  REVISTA ABIGR AF

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Renina Katz


Foto: Juan Esteves

ARTE

São 62 anos de uma criativa produção sempre comprometida com a qualidade, na qual destaca‑se a difícil técnica da gravura. Do drama ao lirismo, do preto e branco às cores, a pura emoção da arte em distintas técnicas exaltando um imenso amor à vida. Ricardo Viveiros

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1 Cosmos 2 – litografia, 56 × 76 cm, 1992. 2 Litoral – litografia, 56 × 56 cm, 1985. 3 Sem título – água-forte, 70 × 50 cm, 1983. 4 Sem título – água-forte, 54 × 60 cm, 1988. 5 Da série O Vermelho e O Negro – litografia, 70 × 50 cm, 1979. 6 Homenagem EBM – litografia, 56 × 76 cm, 1992.


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A origem

As múltiplas faces da emoção

Renina Katz nasceu no Rio de Ja­nei­ro, em 30 de dezembro de 1925. Não enfrentou a comum resistência fa­mi­liar da época quando optou pela car­rei­ra artística. Assim, ingressou na Escola Na­cio­nal de Belas Artes (Enba), li­cen­cian­do-​­se, mais tarde, em Desenho pela Faculdade de Filosofia, ambas da Universidade do Brasil. Embora desenhasse e pintasse, logo cedo apai­xo­nou-​­se pela gravura. Aprendeu as suas diferentes técnicas com grandes mestres: o aus­tría­co Axel Leskoschek e o ita­lia­no Carlos Oswald. 8

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7 Adeus às armas – litografia, 60 × 80 cm, 1994. 8 Da série O Vermelho e O Negro 2 – litografia, 75 × 53 cm, 1985. 9 Ciroco – água forte, 37 × 56 cm, 1987. 9

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ui­ta coi­sa já foi dita, é dita e será dita sobre a Arte ao longo da história da humanidade, porque acima de tudo ela é parte da vida como o seu mais amplo ref lexo. Pode-​­se supor que o artista cria a partir da emoção, tendo o cui­da­do de observar fundamentos técnicos. Ao sentir, imaginar, pretender uma mensagem, surge também a necessidade de estabelecer forma, estilo e linguagem para a sua transmissão. Por fim, a obra “pronta” ain­da corre o risco de ser “re­cria­da” na interpretação que lhe dá cada espectador, identificando-​­se ou não com ela. “A obra de arte é pri­mei­ro obra, de­pois obra de arte”, disse Fernando Pessoa. E qual será essa tênue linha que separa uma coi­sa da ou­ tra? O poe­t a português não explicou. Mui­tos filósofos fazem as suas reflexões sobre o tema, mas, a rigor, nada é definitivo, porque inexiste a ponte entre a arte, o originário e a verdade. A obra e a arte, a cria­ção e o produto têm seu ponto de partida ao transformar a natureza do homem na sua referência exis­t en­c ial. Mas fica a pergunta: pode haver uma só e mesma verdade na obra e na arte?

REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

Renina nunca desistiu de estudar, aprender e descobrir. Buscou aprofundar o seu conhecimento nas técnicas da gravura orien­tal e ocidental. Suas pesquisas lhe permitiram desenvolver um trabalho artístico de tal relevância em qualidade que expôs e participou de coletivas e bie­nais na­cio­nais e in­ter­na­cio­nais, e suas obras integram importantes acervos particulares e públicos em vá­r ios paí­ses do mundo. Nesse mesmo pe­r ío­do, quando o Rio de Ja­nei­ro era a capital do Brasil, o am­bien­ te in­te­lec­t ual intenso permitiu que Renina convivesse com poe­t as, músicos e ou­ tros artistas plásticos de expressão como, por exemplo, Portinari. Dele, inclusive, ela mereceu um texto para o catálogo de sua pri­mei­ra exposição, em 1949. 


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A consciência

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Em 1950 Renina Katz se transfere para São Pau­lo. Le­cio­na “Gravura” no Museu de Arte de São Pau­lo (Masp); “Desenho” no curso voltado à formação de professores da Fundação Armando Álvares Pen­tea­do (FAAP) e no curso de Arquitetura e Urbanismo na Faculdade de Belas Artes de São Pau­lo (Febasp); e “Programação Vi­sual” na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Pau­lo (FAU-​­USP). Foi também na FAU que a artista con­cluiu mestrado e dou­to­ra­do, de ma­nei­ra até então inédita, tendo seu próprio trabalho como tema de tese. Le­cio­nou na ins­ti­tui­ção por quase 30 anos, e então se aposentou, tendo formado gerações de artistas. Seus pri­mei­ros trabalhos, nos anos 1950, em razão de uma cons­ciên­cia política e militância nos movimentos estudantis, apresentam temática comprometida com o chamado Rea­lis­mo So­cial. Tal movimento, surgido na ex-URSS no início dos anos 1930, objetivava rea­lis­mo na forma e no con­teú­do. No Brasil, podemos men­cio­nar Carlos ­S cliar, Mário Gruber, Candido Portinari, Virginia Artigas e Abelardo da Hora como artistas que também passaram por essa fase. Em 1956, Renina publicou o seu pri­ mei­ro álbum de gravuras, “Favela”, tendo

10 Canyon – água-forte, 50 × 35 cm, 2002. 11 Cosmogonia – litografia, 50 × 70 cm, 1974. 12 A Muralha – litografia, 63 × 90 cm, 1987.

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como tema as sub-​­habitações dos morros ca­r io­cas. Mais tarde, vie­ram ou­tros trabalhos trazendo a rea­li­da­de dos camponeses sem terra, dos retirantes nordestinos e de ou­tros grupos de desassistidos. O encontro

3•572 issn 010

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revista

gráfica

48 0 1 0 • nº 2 • jul/ago 2 • ano xxxV

/ agosto f 248 julho revista abigra

2010

dústria arte & in

Capa

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Da série Cárceres – litografia, 60 × 40 cm, 1974. REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

A artista já havia con­cluí­do a fase do Rea­ lis­mo So­cial quando deu uma guinada em sua car­rei­ra. A cria­ção e a temática são am­ plia­das e, neste momento, a sua produção — mantendo a apurada técnica de sempre —, cresce e encontra a mesma e única verdade tão procurada na obra e na arte. Renina busca inovações e alcança resultados sur­ preen­den­tes. Como se abrisse um baú na memória da vida, liberta imagens ricas em força e magia, valorizando cores, trans­pa­ rên­cias e luminosidades. Cria su­per­f í­cies translúcidas nas vá­r ias matrizes litográficas e amplia seu repertório cromático. As retas e curvas na arte de Renina não são geo­me­tria, são instigantes e emo­cio­na­dos caminhos que nos levam à reflexão. É a obra de uma pessoa tornando-​­se arte de toda a humanidade.



EXPOPRINT

Uma semana para ser lembrada Fazendo jus ao seu sobrenome, a ExpoPrint Latin America 2010 con­se­guiu ­atrair o interesse da indústria gráfica de toda a América Latina, recebendo um público além do esperado.

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Tânia Galluzzi

ExpoPrint 2010, que aconte­ ceu entre 23 e 29 de junho, foi um sucesso. Agradou tan­ to aos expositores quanto aos visitantes. Os pri­mei­ros apostaram alto no evento, levando para o Transamerica Expo Center, em São Pau­ lo, não só seus prin­ci­pais lançamentos, dispostos em estandes montados segun­ do padrões in­ter­na­cio­nais, mas também equipes bem preparadas. Os visitantes, por sua vez, compareceram em núme­ ro su­pe­r ior ao estimado, 35.523 no to­ tal, apesar de o evento ter competido em au­diên­cia com a Copa do Mundo. “A fei­ra teve densidade e profundida­ de. Estava encorpada, com equipamen­ tos e informações interessantes, inclusi­ ve com técnicos com os ­quais po­día­mos conversar sobre detalhes dos sistemas. Foi excelente em todos os sentidos”, afir­ mou Fernando Ullmann, diretor da Ip­ sis, gráfica pau­l is­t a es­pe­cia­l i­za­d a em produtos edi­to­r iais de alta qualidade. REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

O empresário estava atrás de linhas de acabamento e, sem dar detalhes, afir­ mou ter encontrado o que procurava. Edson Benvenho, diretor co­mer­cial da Mi­dio­graf, de Londrina, Paraná, aca­ bou adquirindo mais do que o planejado. A ­ideia era con­cluir ne­gó­cios na área de soft­ware, mas achou também soluções de acabamento e dispositivos complemen­ tares à impressão offset. “Havia a neces­ sidade e a oportunidade surgiu na fei­ra”, conta o executivo. “Foi uma fei­ra com­ pleta. Estive na drupa 08 e, comparan­ do-​­as, não em termos de área, mas sim de organização e qualidade de exposito­ res, a ExpoPrint não dei­xou nada a de­ sejar”. A Mi­dio­g raf conta hoje com 200 fun­cio­ná­r ios e dedica-​­se aos segmentos pro­mo­cio­nal e edi­to­r ial. Igualmente interessada em soft­ware, mais especificamente em sistemas inte­ grados de gestão, Simone ­Ayoub, geren­ te de Mar­ke­t ing da gráfica Mattavelli, gostou do que viu. Afora os aplicati­ vos, os pro­f is­sio­nais da Mattavelli, que atua no segmento pro­mo­cio­nal em São Pau­lo, dedicaram es­pe­cial atenção às novidades em tintas. Mesmo para quem trabalha com pro­ dutos que não estavam exatamente no foco da mostra, como Ricardo Sutto, da pau­lis­ta Sutto Graphics, a fei­ra agradou.

“O que chamou a nossa atenção foram as impressoras offset e di­g i­tais, mas para nós, que lidamos com comunicação vi­ sual e serigrafia, despertaram interesse algumas ma­té­rias-​­primas di­fe­ren­cia­das e pa­péis es­pe­ciais”. Fator Brasil

Uma conjunção de fatores con­t ri­buiu para os resultados da ExpoPrint. O bom momento da economia bra­si­lei­ra andou pela fei­ra de braços dados com a cícli­ ca necessidade de atua­li­za­ção tecnoló­ gica por parte da indústria. O pe­r ío­do de rea­li­za­ção do evento foi estrategica­ mente escolhido, no intervalo da dru­ pa, mas, por coin­ci­dên­cia ou não, a fei­ra aconteceu apenas um mês após a Ipex, fazendo com que os expositores trou­ xes­sem para cá equipamentos recém-​ ­l ançados mun­d ial­men­t e. Eles foram motivados pelo vigor do mercado bra­ si­lei­ro e latino-​­americano e pela espe­ rança de que a consolidação de uma fei­ ra re­gio­nal possa gerar um bom volume de ne­gó­cios, como analisa Bruno Morta­ ra, superintendente do ONS27, Organis­ mo de Normalização Se­to­rial, da ABTG, e es­pe­cia­lis­ta em pré-​­impressão. É preciso olhar ain­da para a rea­li­da­ de dos grandes fornecedores do setor grá­ fico, justamente aqueles que se uniram


para c­ riar a Afei­graf, entidade promotora da ExpoPrint. Se o Brasil está bem, com perspectiva de grandes investimentos e geração de empregos nos próximos anos por conta dos eventos esportivos pro­ gramados para 2014 e 2016, os paí­ses de­ senvolvidos ain­da patinam na tentativa de sair da crise. O Brasil é visto, então, como um campo fértil em meio a um ce­ nário hostil, como dei­xou bem claro Alon Bar-​­Shany, vice-​­presidente e gerente ge­ ral da Divisão Indigo da HP em entrevis­ ta exclusiva, que você lê na página 18. “Aqui as pes­soas não estão comprando máquinas di­g i­t ais porque o offset está morrendo, como ocorre nos Estados Uni­ dos ou na Europa. Eles compram digital porque veem a oportunidade de fazer mais di­nhei­ro e am­pliar o negócio”. O executivo da HP não foi o único a vir para a fei­ra. Os dirigentes dos prin­ ci­pais fornecedores da indústria gráfica mun­dial estiveram aqui, in­cluin­do exe­ cutivos que nunca ha­v iam pres­ti­g ia­do uma mostra no Brasil. Outro paradigma quebrado pela Ex­ poPrint 2010, como assinalam Bruno Mortara e Ma­noel Man­tei­gas de Oli­vei­ra, diretor da Escola Senai Theo­bal­do De Ni­ gris, foi a presença de visitantes da cos­ ta oes­te da América do Sul e da Améri­ ca Central. “Ficou claro que essa é uma fei­ra re­g io­nal, da América Latina”, diz Bruno. Circulava pelos corredores o co­ mentário de que a ExpoPrint enterrou de vez a Graphics of the Americas, rea­ li­za­da em Orlando, nos Estados Unidos. Não que tenha sido responsável pelo es­ va­zia­men­to da GOA, mas ela jogou a pá de cal. “Na quarta e na quinta-​­fei­ra falei mui­to mais o espanhol”, comentou Cel­ so Luís Custódio Pe­rei­ra, diretor da Ical, que levou para a mostra soluções para encadernação de pequenas tiragens e produtos personalizados.

Ne­g ó­c ios rea­l i­z a­d os, expositores sa­t is­fei­t os

A tônica entre os expositores da Expo­ Print foi o otimismo. Vá­r ios afirmaram que foi a melhor fei­ra de que participa­ ram nos últimos 20 anos, como Fran­ cisco Veloso, diretor da Overlake, es­pe­ cia­li­za­d a em vernizes, e ou­t ros, mais en­tu­sias­ma­dos, disseram que foi a me­ lhor mostra feita no Brasil até hoje. “Nunca vendemos tanta Ryobi numa fei­ ra. E não somente Ryobi, como também Horizon e ou­tras soluções. Foi a melhor fei­ra da qual participamos”, disse Janio Coe­lho, gerente da Fer­ros­taal. Esse foi um evento eminentemente voltado para a impressão offset. O ­maior estande foi ocupado pela Hei­del­berg, ri­ valizando em tamanho com o montado pela empresa na Ipex, porém com mais equipamentos aqui do que na fei­ra de Birmingham. O destaque ficou com o lançamento da Speed­mas­ter CX 102, im­ pressora offset folha in­tei­ra, com veloci­ dade de 16.500 páginas por hora. A má­ quina exposta já havia sido vendida para

a Congraf, de São Pau­lo, e, em entrevista coletiva no dia 24, a Hei­del­berg do Bra­ sil anun­ciou a venda da segunda CX 102 para o mercado bra­si­lei­r o, adquirida pela Stilgraf, voltada para o segmento pro­mo­cio­nal e também se­dia­da na ca­ pital pau­lis­ta. Na conversa com os jor­ nalistas, o presidente mun­dial da Hei­ del­berg, Bernard Sch­reier, ressaltou a tendência de re­g io­na­li­za­ção das fei­ras, afirmando que a ExpoPrint e a China Print devem firmar-​­se como represen­ tantes dos mercados latino-​­americano e asiá­ti­co. “Nos paí­ses in­dus­tria­li­za­dos, o segmento de impressão co­mer­c ial está estabilizado ou re­t raí­do, enquan­ to a área de embalagens segue crescen­ do. Já nos paí­ses emergentes, os dois segmentos estão em expansão”. Ques­tio­na­do sobre a aposta nos for­ matos maio­res para impressoras offset, sobretudo quanto à existência de espaço para esse perfil de equipamento no Bra­ sil, Sch­reier foi categórico: “Há mercado no Brasil para máquinas de grande for­ mato em função da produtividade. Posso citar o exemplo de uma empresa localiza­ da na Europa Central, trabalhando com web-​­to-print, que está imprimindo cartões em offset de grande formato, montando as chapas com vá­rios cartões diferentes”. Segundo dados da empresa, a Hei­del­berg vendeu mais de 250 castelos de impres­ são, mais de 50 máquinas de acabamen­ to e 29 CtPs Suprasetter na ExpoPrint.

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A Bobst expôs uma linha de máqui­ nas que pode ser chamada de “equi­ pamentos de entrada”. São os modelos “Commercial” e “Ambition”, destinados aos clien­tes no início do processo de au­ tomatização de suas fábricas, projetados com alta tecnologia. “A feira foi acima das nossas expectativas. O número de visitantes e seus interesses nos surpre­ enderam, mostrando um mercado aque­ cido e vários negócios foram discutidos e finalizados”, relatou Alceu Bicalho, gerente de marketing e vendas.

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Já a resposta de Gerd Fink­bei­ner, presidente do conselho executivo da manroland, à mesma pergunta, se­g uiu em direção oposta. “Há pou­cos clien­tes para o grande formato, mesmo na Ale­ manha”. O executivo encontrou-​­se com a mídia es­pe­cia­li­za­da na manhã do dia 24 com o objetivo de ­atrair atenções para a nova impressora offset Roland 500, seis cores mais verniz, equipada com unidade de laminação a frio em linha, o InLiner Foi­ler Prindor. A impresso­ ra em exposição foi adquirida pela Pre­ mier Artes Gráficas, de São Pau­lo, sendo a pri­mei­ra com essa configuração a ser instalada na América do Sul. A gráfica investiu 1,6 milhão de eu­ros no equipa­ mento, valor que espera recuperar em cinco anos. “Que­re­mos atingir o seg­ mento de embalagens, rótulos e catálo­ gos finos, no qual ain­da não atua­mos”, afirmou Plinio Ferrari, diretor da gráfi­ ca. O equipamento vai dobrar a capaci­ dade produtiva da Pre­mier e também o quadro fun­cio­nal, que deve passar de 27 para 50 pro­f is­sio­nais. Nome até então en­rai­z a­do na im­ pressão con­ven­cio­nal, a Fer­ros­taal mos­ trou na fei­ra sua nova faceta híbrida, combinando as soluções offset Ryobi com as impressoras di­g i­tais da Xerox, a qual representa desde março deste ano. Isso fora a impressão offset rotativa da Manugraph e da japonesa TKS e os sis­ temas de acabamento Horizon e Kolbus. “Estamos mui­to sa­tis­fei­tos com os resul­ tados co­mer­ciais da ExpoPrint”, decla­ rou Mario Barcelos, diretor presidente da Fer­ros­taal do Brasil. No estande da empresa estava a im­ pressora digital Xerox Color 1000, lan­ REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

çada mun­dial­men­te em maio na Ipex. Seus prin­ci­pais di­fe­ren­ciais são a velo­ cidade (100 páginas por minuto) e o EA toner claro, uma quinta cor que simu­ la o efei­to de verniz. Desenvolvido em conjunto por pesquisadores da Fuji Xe­ rox, esse toner transparente confere às imagens acabamento liso, reduzindo o efei­to de relevo normalmente atri­buí­do aos toners tra­di­cio­nais. A Gutenberg também apresentou um portfólio diversificado, com desta­ que para as impressoras offset da Ko­ mori, as offset di­g i­t ais da Presstek e as di­g i­tais da Konica Minolta. “Recebe­ mos gráficas pequenas, mé­dias e gran­ des e ne­go­cia­mos aqui na fei­ra por vol­ ta de US$ 15 mi­l hões, de guilhotinas até impressoras. Acredito que os des­ contos que oferecemos motivaram ain­ da mais os clien­tes ”, afirmou José Fer­ nandez, vice-​­presidente, no penúltimo dia do evento.

Mais volume nos pri­mei­r os dias

Ainda no campo da impressão, a Rota­ tek , além do lançamento na­cio­nal da impressora Universal, que pode combi­ nar vá­rios processos, como offset, flexo­ grafia e rotogravura na produção de ró­ tulos e embalagens fle­xí­veis, apro­vei­tou para divulgar a Ecoflex 330, impressora rotativa modular flexográfica com seis unidades de impressão, duas de corte e vinco, sistema de vi­deoin­s­pe­ção e saí­ da em bobinas. “Os pri­mei­ros dias fo­ ram excelentes, sábado foi bom e os últi­ mos dias foram mais fracos. Recebemos mui­tos em­pre­sá­rios de ou­tros estados e dos paí­ses vizinhos”, informou Antonio Dalama, diretor da empresa. No dia 29, José Carlos Barone, di­ retor executivo da Müller Martini, elo­ giou igualmente o movimento nos pri­ mei­ros dias da fei­ra. “Ainda não temos a venda efetivamente concretizada, mas



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já ne­go­cia­mos cinco do­bra­dei­ras MBO, sem contar os equipamentos que estão expostos”. A empresa apro­vei­tou a fei­ ra justamente para rea­f ir­mar a repre­ sentação da alemã MBO e para o lança­ mento para a América Latina (um mês de­pois da apresentação na Ipex) da en­ cadernadora Amigo PUR , sistema com­ pacto de lombada quadrada com veloci­ dade de até 1.500 livros por hora. Com equipamentos para pequenas e mé­dias tiragens, a Ra­dial Tecnograf ha­ via contabilizado, na tarde do dia 29, a venda de sete sistemas de acabamento (laminadoras, envernizadoras e troque­ ladoras), das ­quais uma seguirá para o Chile e as de­mais para os estados de São Pau­lo, Rio de Ja­nei­ro, Paraná, Pernam­ buco, Rio Grande do Sul e ­Goiás. “O grá­ fico está atrás de au­to­ma­ção, de sistemas que elevem a produtividade”, declarou o diretor Mau­r í­cio Maselli. Di­re­cio­na­da da mesma forma à pós-​ ­impressão, porém para os segmentos de embalagens e rótulos, a Furnax colheu bons frutos com a linha de guilhotinas e periféricos da marca Hércules. “A fei­ ra demonstrou o clima de otimismo que tomou conta do País, estabelecendo um ótimo parâmetro entre fornecedores e a qualidade de seus produtos”, afirmou Luís Flávio Soa­res de Lima, gerente da Divisão Gráfica do grupo. O clima positivo encorpou as ven­ das da T&C. “A fei­ra foi mui­to produti­ va tanto para a linha Epson quanto para a ­S creen. Estamos atual­men­t e dan­ do prosseguimento à ne­go­cia­ção de 27 CtPs e aproximadamente 45 impresso­ ras Epson”, disse o diretor Renato Moc­ cagatta após o evento. A T&C apresen­ tou a nova impressora digital de grande formato Epson Stylus Pro GS6000. Tra­ balhando com larguras de até 1,60 m e alimentação rolo a rolo, o equipamen­ to atinge velocidade de 91 metros por hora na opção de qualidade máxima e o dobro no modo produção diá­r ia. Os CtPs estavam também no estan­ de da Kodak, que enfatizou a Thermal Direct, chapa térmica digital sem pro­ cessamento que suporta até 100 mil im­ pressões. Outro destaque foi a impresso­ ra digital Nexpress SE3600, lançada em REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

ExpoPrint Latin America 2010 Expositores

211 Expositores bra­s i­l ei­r os

155 Expositores in­ter­na­c io­nais

56 Número de marcas

508 Visitantes únicos

35.523 Ne­g ó­c ios gerados durante o evento

US$ 300 mi­lhões Visitantes in­ter­na­c io­nais

1.258 Visitantes de ou­t ros paí­s es da América Latina

1.042 maio na Ipex, unidade que chegou ven­ dida para a gráfica Plural. Trata-​­se de uma impressora digital de alto volume, com capacidade de impressão de 3.600 folhas formato A3+, cinco por zero co­ res, por hora. Da linha de impressoras di­g i­t ais monocromáticas Digimaster

foram vendidas 10 máquinas segundo Solange Prado, gerente de conta. No campo da impressão digital, a HP apresentou portfólio completo de soluções para a indústria gráfica, no qual vale ressaltar as novas HP Indi­ go 7500 e 3550, mostradas em pri­mei­ ra mão na Ipex. A 7500 atende volumes de até um milhão de páginas coloridas por mês e a 3550 destina-​­se aos clien­ tes que estão entrando no mercado de aplicações com impressão digital. “A fei­ ra foi um sucesso absoluto. Ultrapassa­ mos nossas metas e os executivos que vie­ram de fora ficaram im­pres­sio­na­dos com a visitação e com o fato de o gráfi­ co latino-​­americano estar investindo e comprando equipamentos”, disse Fer­ nando Alperowitch, diretor de ne­gó­cios da Indigo para a América Latina. No estande da Agfa, a principal atra­ ção foi a impressora digital UV de gran­ de formato Anapurna Mw, que trabalha com seis cores mais o branco. Com re­ solução de 1.400 × 720 dpi e velocida­ de estimada de até 54 m²/h em subs­ tratos rígidos e fle­x í­veis, uma cabeça de impressão por cor mais duas cabe­ ças para o branco, ela tem largura má­ xima de impressão de 1,58 m. A máqui­ na em exposição na fei­ra é a segunda vendida no Brasil. O clien­te po­ten­cial para esse equipamento é aquele que precisa de alta qualidade de imagem no segmento de sinalização.


A Canon expôs os prin­ci­pais modelos para impressão digital das linhas ima­ gePress, imageRunner e imagePrograf. “A recente aquisição da Océ e os lança­ mentos previstos para este ano são al­ gumas das es­tra­té­g ias da empresa para crescer e apro­vei­tar as oportunidades de ne­gó­cios geradas pela expansão da tec­ nologia digital, es­pe­cial­men­te no setor gráfico”, afirmou Jun Otsuka, presidente da Canon do Brasil. Vá­r ios expositores revelaram a in­ tenção não só de participar da próxima ExpoPrint, que será em 2014, mas tam­ bém de ocupar um espaço m ­ aior, como a Overlake. “A ExpoPrint tem tudo para firmar-​­s e como o evento re­fe­r en­c ial para a indústria gráfica no Hemisfério Sul”, comentou o diretor Francisco Ve­ loso. De acordo com o empresário, o evento superou as expectativas, sobre­ tudo nos três pri­mei­ros dias. “Recebe­ mos mui­tos visitantes es­tran­gei­ros, de todos os paí­ses da América Latina. Até mexicanos, que tra­d i­cio­nal­men­te dão preferência às fei­ras norte-​­americanas, passaram por aqui”. No total, 1.120 pes­ soas estiveram no estande da Overlake. Além do volume de visitantes e da qua­ lidade do público, Veloso se mostrou sa­ tis­fei­to com a receptividade ao catálogo Vida+Up e à linha de vernizes serigráfi­ cos lançados na fei­ra, bem como aos no­ vos vernizes offset desenvolvidos pela empresa, sendo um UV e dois à base de água. O di­fe­ren­cial dos produtos é a redução do uso de ma­té­r ias-​­primas de fontes não re­no­vá­veis. O investimento em tintas am­bien­ tal­men­te mais ami­gá­veis foi uma ten­ dência evidente. A Sun Chemical desta­ cou as linhas SunLit Dia­mond e Exact, para impressão offset plana, que fazem parte da família de tintas à base de óleo de soja, matéria-​­prima renovável. “A Ex­ poPrint foi excelente, tivemos a partici­ pação da maio­r ia de nossos prin­ci­pais clien­tes, clien­tes po­ten­ciais e de­m ais fornecedores da ca­deia de impressão, crian­do alian­ças e desenvolvendo no­ vos projetos”, ressaltou Cristina Barros, gerente de Mar­ke­ting. Na Pre­mia­ta, o apelo am­bien­tal veio através da linha ISO Bio-​­Reverse Zero

VOC, destinada à impressão offset pla­

na. Com as mesmas pro­prie­da­des das linhas Bio-​­Reverse e ISO Bio-​­Reverse, a nova linha apresenta formulação 100% vegetal, tanto no veí­cu­lo de dispersão quanto nos ­óleos. As tintas podem ser aplicadas em máquinas offset planas com ou sem reversão para substratos revestidos e não revestidos. A questão am­bien­t al nor­teou tam­ bém a participação do Grupo Bignardi, cujas empresas ­atuam no segmento grá­ fico e de fabricação de papel. O grupo

apresentou seus con­cei­tos de sustenta­ bilidade transformados em ações apli­ cadas em sua linha de produção. “Nos­ sa participação na ExpoPrint deste ano mostrou com clareza que a Bignardi está comprometida com as mudanças ­atuais e principalmente alinhada com as dire­ trizes da so­cie­da­de, que está em busca da sustentabilidade dos ­meios de produ­ ção e do seu próprio consumo”, explicou Alexandre Duckur, diretor co­mer­cial. A Calcgraf é ou­tra empresa dispos­ ta a ocupar um estande ­maior em 2014.

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“Pela nossa ex­pe­r iên­cia, é difícil gráfi­ cas adquirirem sistemas de gestão em uma fei­ra, mas foi o que aconteceu aqui. Fechamos mui­tos ne­gó­cios”, afir­ mou o diretor Rogério Yo­kou­chi San­ tos. A visitação no estande da Calcgraf, quando comparada à pri­mei­ra edição da mostra, em 2006, foi aproximada­ mente 20% ­maior. A empresa mostrou a versão completa do Web­g raf, novo sistema de gestão que utiliza a inter­ net como plataforma, reduzindo o cus­ to do produto. Foram rea­li­za­das mais de 300 apresentações. Esse mesmo con­cei­to de computação em nuvem (­cloud computing) foi utilizado pela Metrics e Ecalc. A Metrics lançou o serviço IQuo­teMe­trics, que usa a inter­ net como plataforma. Através dele, as gráficas têm acesso às ferramentas Me­ trics de CRM e Orçamento e Vendas sem a necessidade de aquisição de licenças e sem despesas internas de instalação, manutenção e suporte. Para utilizar os serviços é necessário apenas rea­li­zar a configuração e adaptação do sistema se­ gundo as informações da empresa, além de ter acesso via banda larga à central de dados da Metrics. REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

A Ecalc mostrou a versão para plata­ forma web de seu sistema informatizado de gestão. Modular, ela envolve a gestão co­mer­cial, de orçamentos, das opera­ ções administrativas e fi­nan­cei­ras, do planejamento e controle de produção e do re­la­cio­na­men­to com o clien­te. A base de dados fica segura nos servidores da empresa, sendo o acesso às informações controlado através de senha. A Technotrans, voltada para siste­ mas au­xi­lia­res aos equipamentos de im­ pressão, entrará igualmente na disputa por mais espaço na próxima fei­ra. Bernd Wallat, diretor, enfatizou não só os ne­gó­ cios fechados, mas o número de conta­ tos. “Fizemos mais contatos aqui do que na Ipex, no mês passado. A ExpoPrint está se firmando como uma drupa para a América Latina”. A empresa lançou aparelhos compactos de filtragem para impressoras planas de médio e grande formato e uma linha de sistema central de abastecimento de tinta. Na linha de au­xi­la­res, a Druck Che­ mie, es­pe­cia­li­za­da em produtos quími­ cos e aces­só­r ios técnicos, apresentou duas novas soluções de fonte: a Wasser­ top HS 2.48, para impressão offset rotativa

heat­set, e a Alkoless 8.01, para offset pla­ na, que têm como di­fe­ren­cial a elimi­ nação do uso do ál­cool isopropílico na impressão. “A fei­ra valeu pela participa­ ção ins­t i­t u­cio­nal. Recebemos pes­soas de fora de São Pau­lo e de vá­r ios paí­ses da América Latina”, afirmou o diretor Eduar­do R. Franklin. Entre os fornecedores de ma­té­r ias-​ ­primas, como fitas e sistemas para la­ minação, o saldo também foi positivo. “Para a Prolam, nossa tática de demons­ trar que a termolaminação está acessí­ vel a todos os tamanhos de empresa foi um sucesso ao expor termolaminadoras com diversas capacidades de produção”, disse Marcos Marcello, diretor.

ExpoPrint 2014 A próxima edição da fei­ra será rea­li­za­da de 16 a 22 de julho de 2014, no mesmo Transamerica Expo Center, em São Pau­lo, para a qual está planejada uma am­plia­ção de 8.000 m² de área de exposição. Antes dela a Afei­graf promoverá a 2ª Conferência Trends of Print, marcada para 12 a 14 de setembro de 2012.



Com essa operação, a empresa reforça sua aposta em biotecnologia na busca da competitividade e sustentabilidade de seus negócios.

N

André Dorf, diretor executivo de Estratégia e Novos Ne­gó­cios

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SUZANO www.suzano.com.br

o dia 14 de julho, a Suzano Papel e Celu­ lose con­cluiu a aquisição da FuturaGene, empresa de pesquisa e desenvolvimento de bio­tec­no­lo­g ia para os mercados de culturas flo­ res­tais e bio­com­bus­tí­veis. Com isso, a Suzano re­ força sua atua­ção no desenvolvimento de tec­no­lo­ gias sus­ten­tá­veis, a fim de atender às crescentes demandas por ­maior produtividade e qualidade das fibras de eu­ca­lip­to, agregando mecanismos para uma melhor utilização de recursos na­tu­rais. Fundada em 1924, a Suzano foi pio­nei­ ra no desenvolvimento de celulose bran­ quea­d a a partir do eu­ca­lip­to, em 1957. “Com mais de três décadas de pesquisas e desenvolvimento, a Suzano formou uma das bases genéticas de eu­c a­l ip­t o com ­maior produtividade florestal do mundo e po­ten­cial para ser adaptada a diversas condições de solo e clima, bem como para diferentes usos fi­nais, tais como a produ­ ção de celulose”, diz André Dorf, diretor executivo de Estratégia e Novos Ne­gó­cios. Desde 2001, a empresa mantinha acordo de coo­pe­ra­ção tecnológica com a FuturaGene, que tem o incremento de produtividade florestal para o processo in­dus­trial como uma das tec­no­lo­g ias mais avançadas de seu portfólio. “Acreditamos que a bio­t ec­no­lo­g ia pode ser uma ferramenta para manter nossa competitivi­ dade e sustentabilidade no longo prazo”, afirma Dorf. Os be­ne­f í­cios da bio­tec­no­lo­g ia não se limi­ tam aos ganhos em silvicultura, mas in­cluem a ­maior produtividade florestal, resultando em um menor investimento em terras e plan­tios com ca­ racterísticas específicas adequadas ao processo produtivo, como m ­ aior con­teú­do de fibra e m ­ aior resistência às doen­ças. Além dos ne­gó­cios flo­res­tais, principal ativi­ dade da Suzano, algumas tec­no­lo­gias que estão no portfólio da FuturaGene podem ser usadas para

REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

Foto: Ricardo Telles

Suzano conclui aquisição da FuturaGene ou­tras culturas, como, por exemplo, o algodão, o milho e ou­tras es­pé­cies, principalmente no que se refere a bioe­ner­g ia e bio­com­bus­tí­vel. A Suza­ no vai ava­liar qual o melhor modelo de negócio para cada uma dessas tec­no­lo­gias e tomar as deci­ sões de acordo com o grau de maturidade de cada uma, o que será preciso para desenvolvê-​­la até o ponto de co­mer­cia­li­za­ção e o alinhamento com a estratégia da empresa. “Em conformidade com as legislações de biossegurança mais avançadas do mundo, o Brasil exige que se façam testes rigoro­ sos antes de liberar o plantio co­mer­cial de orga­ nismos geneticamente modificados. Por isso, nos próximos anos vamos centrar esforços na etapa experimental, contando com os pesquisadores de nosso Centro de Tecnologia em Itapetininga (SP) e da FuturaGene”, explica o diretor da Suzano. Essa aquisição contribui para o processo de in­ ter­na­cio­na­li­za­ção da empresa, que passará a ope­ rar centros de pesquisa em Is­rael e na China e ex­ perimentos em campo em Is­rael, Estados Unidos, China e Sudeste Asiá­ti­co, além de já pos­suir es­cri­ tó­r ios co­mer­ciais para a venda de papel e celulose na China, Estados Unidos, Europa e Argentina. A Suzano Papel e Celulose, empresa de base flo­ restal e uma das maio­res produtoras verticalmen­ te integradas de papel e celulose de eu­ca­lip­to da América Latina, é parte do Grupo Suzano, que in­ veste no setor de papel e celulose há 86 anos, com operações glo­bais em aproximadamente 80 paí­ses. A empresa conta com cinco unidades in­dus­triais: Suzano, Rio Verde e Embu, no in­te­rior do Estado de São Pau­lo, Mucuri, no Estado da Bahia, e também possui 50% de participação no Conpacel (Consór­ cio Pau­lis­ta de Papel e Celulose). A Suzano anun­ ciou em 2008 um novo ciclo de crescimento que au­ men­ta­rá sua produção de celulose em 150%, com novas fábricas a serem instaladas no Maranhão e no ­Piauí, respectivamente, em 2013 e 2014, e uma ter­cei­ra unidade a ser definida.


Ipex 2010 reflete retomada dos negócios Segundo os organizadores, a feira realizada na Inglaterra movimentou dezenas de milhões de libras, espalhando uma nova onda de otimismo no mercado gráfico.

O evento contou com mais de 1.000 expositores, de 40 paí­ses, dos q ­ uais vá­ rios relataram ní­veis recordes de ne­gó­ cios, de acordo com os organizadores. A HP superou suas metas de re­c ei­t a. A Xerox vendeu mais de 100 sistemas

U

ma das mais importantes fei­ras do setor gráfico mun­dial, a Ipex 2010 aconteceu de 18 a 25 de maio em Birmingham, na Inglaterra, com a presença de pou­co menos de 50.000 pes­soas, de 135 paí­ses, ex­ce­t uan­do os mais de 20.000 expositores, agentes, re­ vendedores e dis­t ri­bui­do­res, além de 500 jornalistas. Apesar do público ter sido menor do que o registrado na edi­ ção an­te­r ior da fei­ra quadrienal, quan­ do recebeu 52.000 visitantes, o número de es­tran­gei­ros cresceu 8% em relação a 2006, representando 48% do total re­ gistrado, com destaque para a França, Alemanha e Paí­ses Bai­xos.

Geor­ge Clarke, ­atual presidente da Ipex e diretor da Hei­del­berg no Rei­no Unido

digitais. A Canon ultrapassou seus ob­ jetivos com a co­mer­cia­li­za­ção de 250 sistemas de impressão. A entrada de pedidos na Konica Minolta excedeu as expectativas, sendo que os pedidos rea­ li­za­dos nos três pri­mei­ros dias já co­ briam o custo de participação. A Hei­ del­b erg relatou encomendas de 140 unidades de impressão só no Rei­no Uni­ do e a Agfa gerou mais de 25 milhões de eu­ros em vendas para todo o mundo. A Duplo, es­pe­cia­lis­ta em acabamen­ to, elo­g iou a Ipex como a fei­ra de ­maior sucesso em que já participou, com mais de 2 milhões de libras ne­go­cia­dos. Mais de um terço dos expositores nunca havia participado do evento. Geor­ge Clarke, ­atual presidente da Ipex e diretor da Hei­del­berg no Rei­no Unido ressalta: “A Ipex 2010 foi um enor­ me sucesso. O evento veio em um mo­ mento favorável do ciclo econômico e de investimento e será lembrada como a fei­ra da recuperação”. JULHO/AGOSTO 2010  REVISTA ABIGR AF

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Impressora Jet 720, da Fujifilm

sinalização, tanto para am­bien­te inter­ nos quanto externos. Praticamente to­ dos os fabricantes de impressão digital já pos­suem em sua linha algum equipa­ mento rolo a rolo, de mesa ou ambos, en­ tre os ­quais a qualidade varia bastante. Conversando com os gráficos, a técnica observou que mui­tos utilizam esse tipo

Forte presença digital

Sandra Rosalen, técnica gráfica es­ pe­c ia­l is­t a em impressão offset e ex-​ ­coor­de­na­do­ra técnica da ABTG, esteve por três dias na mostra. Para ela, ficou bem claro que não faz mais sentido pen­ sar em offset ou digital, cor ou PB, mas sim no que o clien­te deseja sobre prazo, qualidade e preço. Somente a partir des­ sa resposta é que qualquer decisão tec­ nológica pode ser tomada, e rápido, pois os ciclos de produtos encurtaram. A tecnologia digital estava em todos os cantos da fei­ra, mas nem por isso a técnica acredita num fim trágico para a impressão con­ven­cio­nal. Ela aposta num caminho duplo, o híbrido, com o apro­ vei­ta­men­to do que cada tecnologia tem de melhor em resposta às necessidades dos vá­rios nichos de mercado. Falando em segmentos de mercado, Sandra Rosalen sur­p reen­d eu-​­s e com a quantidade de soluções voltadas à

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Impressora TruePress Jet SX B2, da ­Screen

REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

Impressora HP T200 Color Inkjet

de equipamento como uma impressora digital comum, ou seja, a aplicação não é exatamente sinalização. Talvez pela di­ versidade de suportes ou porque a quali­ dade desses sistemas au­men­tou mui­to e tornou-​­se uma alternativa dupla. Dentre as novidades apresentadas na fei­ra, três impressoras di­g i­tais cha­ maram mais a atenção de Sandra Rosa­ len: a Jet 720, da Fujifilm, a T200, da HP, e a True­press Jet SX B2, da ­Screen. A Jet 720 é uma solução jato de tin­ ta voltada para os mercados co­mer­cial e pro­mo­cio­nal. Produz 2.700 folhas por hora no formato B2. O nome da tecno­ logia empregada é cu­r io­so para os bra­ si­lei­ros: denominado Samba, o sistema 


S i m p l e s m e n t e d i f e r e n t e.

Stand Böttcher - Expoprint 2010 mbiente O meio a à KBA e à agradece m g por tere Gutenber s o t u d o r usado p l em Álcoo ö B ttcher s o. Isopropílic

Na Expoprint 2010, recebemos milhares de v i s i t a s, d i s t r i b u í m o s c e n t e n a s d e c a t á l o g o s, celebramos muitos negócios fechados e nos o r g u l h a m o s p o r t e r e s t a d o l á , a o s e u l a d o. M a s nosso desafio é, a cada dia, fazer sua empresa c r e s c e r e m p r o d u t i v i d a d e, p o r i s s o, c o n h e ç a nossa linha eco-sustentável e seja um cliente P r i n t S y s t e m s d a B ö t t c h e r.

w w w. b o t t c h e r. c o m . b r


Impressora Xerox 800/1000

representa um ganho expressivo em produtividade e qualidade de impressão em 1.200 × 1.200 dpi e quatro ní­veis de cinza. O range de suportes varia de 100 a 300 g/m² com total suporte a dados va­ riá­veis. O que se destaca no equipamen­ to é a qualidade de impressão. O lançamento co­mer­cial da HP T200 só deve acontecer em 2011. Desenhada para atender as exi­gên­cias dos merca­ dos transpromo, tran­sa­cio­nal e livros, o equipamento rotativo digital com lar­ gura de 521 mm faz 821 páginas A4 em duplex a cores por minuto, com resolu­ ção de 1.200 × 600 dpi. É um modelo me­ nor que a T300, mas ain­da com um pre­ visão de volume de produção/mês alta: 23 milhões de A4. Já quem interessou-​­s e pela True­ press Jet SX B2 não precisa esperar.

Impressora Enthrone 29, da Komori

pressora de alimentação contínua colo­ rida, suporta pa­péis de 55 a 350 g/m² e tem velocidade de 800 ou 1.000 ppm no formato máximo de 330 × 488 mm. Vol­ tada para altos volumes, o ciclo mensal

dade de aplicação de verniz antes ou de­ pois da impressão; e a Ryobi 920, forma­ to 920 × 640 mm, cujos di­fe­ren­ciais são o sistema de secagem UV‑LED e interface mais amigável.

Impressora CX-​­102, da Hei­del­berg

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A máquina traz impressão frente e ver­ so com passagem única e alta qualidade, chegando a 1.440 por 720 dpi. Com am­ pla gama de suportes, que va­r iam de 80 a 400 g/m², o equipamento faz 1.620 pá­ ginas por minuto em simplex e 810 em duplex. São 108 páginas A4 por minuto. Ainda na linha das impressoras di­ gi­tais, vale citar a Xerox 800/1000. Im­ REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

do equipamento é de 1,5 milhão de pági­ nas por mês na versão 800 e 1,75 milhão na versão 1000. Entre os representantes da impres­ são con­ven­cio­nal, a técnica destaca a En­ throne 29, da Komori, que atinge 13.000 folhas por hora no formato máximo de 530 × 750 mm; a CX-​­102, da Hei­del­berg, que chega a 16.500 fls/h e pode ter a uni­

Impressora Ryobi 920



Fotos: Roberto Loffel

Fabio Arruda Mortara assume presidência do Sindigraf-SP Com nova diretoria, o Sindigraf‑SP planeja continuar a fortalecer o trabalho na área de capacitação empresarial e ressalta a qualidade do relacionamento mantido com os demais sindicatos durante as duas últimas gestões. Ada Caperuto

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A

partir de agosto, o Sindicato das In­dús­t rias Gráficas no Estado de São Pau­lo passou a ter como presidente o empresário Fabio Arruda Mortara, que assume o cargo ocupado por Mário César de Camargo nas duas últimas gestões. Ex-​­presidente da As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra de Tecnologia Gráfica e atual­men­te na liderança da Abigraf-SP, Mortara acumula conhecimentos nas questões as­so­cia­ ti­vas. Adi­cio­ne-​­se à ex­pe­riên­cia na superação dos entraves do setor, a habilidade e a capacidade de motivar pes­soas e empresas para o exercício da vida as­so­cia­ti­ va. “O Sindigraf- SP será a ter­cei­ra presidência que assumo, graças à con­f ian­ça

de Mário César Martins de Camargo e dos de­mais colegas. Será tão de­sa­f ia­dor quanto os novos tempos que envolvem a nossa indústria, mas todos os obstáculos serão suplantados se forem abordados de forma pro­f is­sio­nal e coe­sa por todos da diretoria que agora é empossada”, comentou o empresário. Para vencer tais de­sa­f ios, Mortara já estabeleceu metas que di­re­cio­na­rão o trabalho na diretoria do Sindigraf-SP. Ele cita um dos prin­ci­pais, que é preservar o bom re­la­cio­na­men­to com os sindicatos de trabalhadores, conquistado nas últimas gestões, mantendo os entendimentos em nível elevado e construtivo. O novo presidente pretende fortalecer o sindicato por via da am­plia­ção da base de empresas con­tri­buin­tes em todo o Estado de São Pau­lo, buscando defender os interesses das in­dús­trias gráficas de forma firme e constante. “Além disso, queremos am­pliar os serviços e be­ne­f í­ cios oferecidos, seja por via do fortalecimento das par­ce­r ias com a Abigraf- SP e a ABTG, seja com a cria­ção de novas formas de atendimento aos as­so­cia­dos”, declarou Mortara. Para ele, a capacitação e o conhecimento são o ­maior atributo que uma entidade de classe pode oferecer a seus as­so­cia­dos e às equipes das empresas as­so­cia­d as. “Como marcas de minhas gestões na ABTG e na Abigraf- SP estão sempre as ações para formação e capacitação de pro­f is­sio­nais gráficos. Portanto este será, sem dúvida, um ponto forte da nova gestão, prosseguindo e aprimorando, sempre que possível, os excelentes programas que o Sindigraf-SP já patrocina, como as Semanas de Artes Gráficas e o trabalho de normalização do ONS 27 e do TC130”. Este aspecto é também ressaltado por Mário César ao apontar as prin­ci­ pais conquistas da entidade nos seis últimos anos. “Fizemos um grande trabalho voltado ao público interno, em parceria com a ABTG, no sentido de qualificar o empresário. O Sindigraf- SP se tornou o ­maior patrocinador das Semanas de


Artes Gráficas nas diferentes re­g iões do Estado de São Pau­lo. Esta era uma ­ideia bastante antiga da entidade, por sabermos do nosso papel e da rea­li­da­de que mostra ser a falta de qualificação em­pre­ sa­r ial o principal problema do gráfico”, declarou o ex-​­presidente. Seis anos sem greve

No que diz res­pei­to aos trabalhadores, Mário César lembra que, embora este trabalho esteja na esfera de organismos como o Senai, o Sindigraf- SP pode estender sua parceria com os diversos sindicatos dos trabalhadores. “Abrimos alguns caminhos para operar junto com os sindicatos dos trabalhadores no âmbito do Fundo de Amparo ao Trabalhador, que possui verba disponível para a qualificação da mão de obra do chão de fábrica. Esta é uma vertente que a nova gestão poderá explorar. Temos conversas já bem encaminhadas com a direção do sindicato dos trabalhadores neste sentido, mas a nossa principal preo­cu­pa­ção é a qualificação do empresário”. Ele também destaca o excelente re­la­cio­na­men­to com os sindicatos como um ponto forte das duas últimas gestões. “Apesar de nossa posição na relação capital-​­trabalho, em princípio con­f li­t uo­sa, conseguimos estabelecer um am­ bien­te res­pei­to­so. Não fui, talvez, o patrão mais bonzinho da década, mas também não fui o pior. Sou­be­mos manter uma relação de ne­go­cia­ção, com res­ pei­to, com prin­cí­pios, com ética, com a palavra mantida, com compromissos assumidos e rea­li­za­dos, tanto da nossa parte, quanto da parte deles. Neste aspecto, eu congratulo o sindicato dos trabalhadores, porque se portaram de forma pro­f is­sio­nal dentro de sua base de ne­go­cia­ções”. Para Mário César isso evidencia maturidade por parte dos integrantes das entidades que representam a indústria gráfica pau­lis­ta. “Foram seis anos sem nenhuma greve, nenhum

tipo de recurso ao ju­di­ciá­r io. Eu penso que, uma vez elei­t o para ne­g o­ ciar eu deveria fazer isso até a última instância, ou estaria abrindo mão de um dever”. Ao lado da questão trabalhista, o ex-​­presidente comentou o aspecto tributário que, la ment avel mente, não apresenta a mesma evolução. “De­p ois de tantos anos de bat a l ha para trazer um pou­co de lucidez ao setor gráfico, ain­da perdura a indefinição em relação ao ICMS e ao ISS. Agora somos atacados no âmbito da imunidade, com a cobrança de ISS na impressão de livros por algumas pre­fei­tu­ ras que querem au­men­tar sua arrecadação a qualquer custo. Eu vejo isso com pena, porque conduz a uma indefinição nos ne­gó­cios”. Apesar dos problemas, Mário César se diz tranquilo em relação ao papel imune. “Foi o Sindigraf- SP que chamou a atenção para o desvio de finalidade do papel imune no nosso setor. Mas verificamos que o problema persiste. Adotaram-​­se alguns controles, ou­tros estão em fase de implantação, como o Recopi, em nível es­ta­dual. Porém, quando chamamos a atenção do governo para isso, buscando apenas disciplinar a tributação, são impostas ou­t ras medidas para au­men­tar a arrecadação”. No balanço geral, Mário César reforça o ponto de que, embora competitiva entre si e, agora, com ou­tros ­meios, a indústria gráfica deve con­ti­nuar contando com em­pre­sá­rios capacitados e dispostos a entender que ain­da existem oportunidades de crescimento para o setor.

Mário César de Camargo exerceu a presidência no período de agosto de 2004 a julho de 2010

Diretoria do Sindigraf-SP Triênio 2010/2013 Diretoria Executiva Fabio Arruda Mortara (CLFA Artes Gráficas); Alexandre Tadeu dos Santos (Fotoimpress Postais e Arts Gráficas); Luis Antonio Inácio Pereira Magalhães (Tilibra Produtos de Papelaria); José Carlos Christiani de La Torre (Fascreen Artes Gráficas); Reinaldo Marcelino Espinosa (RWA Artes Gráficas); Luiz Gornstein (Ipsis Gráfica e Editora) e Silvio Roberto Isola (Gegraf Indústria Gráfica). Suplentes – Diretoria Executiva Arno Witte (Witte Comércio e Serviços Gráficos); Umberto Giannobile (Giankoy Autoadesivos Indústria e Comércio) e João Mário Ferracini (Gráfica Educacional Brasileira). Conselho Fiscal Luiz Edmundo Marques Coube (Tiliform Informática); Paulo Gonçalves (Gonçalves Indústria Gráfica) e Wilson dos Santos (Ribergráfica). Suplentes – Conselho Fiscal Davidson Guilherme Tomé (Gráficos Sangar); Sidney Anversa Victor (Indústria e Comércio Gráfica Conselheiro) e Marina Romiti Kfouri (Gráfica Romiti). Delegados – Fiesp Mário César Martins de Camargo (Artes Gráficas e Editora Sesil) e Fabio Arruda Mortara (CLFA Artes Gráficas). Suplentes – Delegados Fiesp Silvio Roberto Isola (Gegraf Indústria Gráfica) e Flávio Marques Ferreira (Indústria de Embalagens Santa Inês).


Evolução é a tendência no segmento digital Gráficas digitais encerram triênio com crescimento de 48% e alimentam expectativas de números ainda maiores.

D

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Na pesquisa, esses serviços representam 27% e 17% do mercado, contra 4% e 10%, respectivamente, nas gráficas con­ven­cio­nais. “Mesmo assim, aposto mui­to na evolução do varejo, das agên­ cias de propaganda, na impressão de ma­nuais de uso de produtos e apostilas escolares, que combinam necessidades de prazos curtos de entrega, bai­ xas tiragens e print on demand”, declara. Com relação à área edi­to­r ial, é evidente o au­men­to no número de títulos publicados, crescendo mui­to a tendência de edições com pequenas tiragens, gerando, assim, mais oportunidades para os impressos di­g i­tais.

con­ven­cio­nais, na relação com as re­ cei­t as geradas. Foram R$ 182 mi­l hões no nicho digital, contra R$ 1,3 bi­l hão no con­ven­cio­nal, ou seja, 14% de participação nos investimentos, contra 7,4% nas re­cei­tas. Na opi­nião do diretor do Iemi, parte desta participação elevada é também reflexo dos altos custos de aquisição das máquinas di­g i­tais, quando comparadas às máquinas con­ven­cio­ nais. “Mesmo assim, o aprimoramento nas gráficas di­g i­tais se manteve durante a crise em 2009, enquanto que nas con­ven­cio­nais os investimentos caí­ram 7,5% em valores no­mi­nais”. Com o incremento deste nicho, Marcelo acredita que o valor dos equipamentos tende a di­mi­nuir, assim como o de insumos e con­su­m í­veis. “Se isso não ocorrer, o mercado pode abortar essa expansão mais à frente”. O alto preço das máquinas está, também, re­la­cio­na­do à velocidade com que as inovações são apresentadas a cada ano, assim como acontece em ou­tras ­­áreas tecnológicas.

ados divulgados na última pesquisa sobre o desempenho do setor gráfico bra­si­lei­ro, com ênfase no segmento digital, produzida pelo Grupo Em­pre­sa­r ial de Impressão Digital da Abigraf São Pau­lo (GE -Digi) e pelo Instituto de Estudos e Mar­ke­ting In­dus­ trial (Iemi), revelaram grande expansão no número de gráficas di­g i­tais. O estudo, que abrange o pe­r ío­d o de 2007 a 2009, revela crescimento de 48% no faturamento dos parques di­g i­ tais em apenas três anos, contra 8% no setor gráfico como um todo. Os da- Investimentos tímidos dos demonstram o grande po­ten­cial do O desenvolvimento mais acelerado do segmento. Para Marcelo Prado, diretor setor digital tem permitido taxas de do Iemi, o resultado é consequência de investimento mais au­d a­cio­sas do que Futuro digital aspectos decisivos, como o fato de esse as observadas para os equipamentos Marcelo ressalta que o mercado digiprocesso de impressão ser relatital tem mui­to a evo­luir, pois as Faturamento do setor gráfico vamente recente e ain­d a pou­co gráficas deste segmento oferebrasileiro – 2006 e 2009 explorado. Ele também men­cio­na cem inúmeras oportunidades a Valores em R$ milhões 22,7 a novidade dos recursos e serviserem exploradas, e sem dúvida 21,1 ços, que nem todos conhecem, a em número mui­to ­maior do que oferta de soluções efi­cien­tes para as pro­por­cio­na­d as pelo sistema bai­xas tiragens e os prazos curtos con­ven­cio­nal, já bastante conhede entrega. “O mercado está bascidas e utilizadas. A expectativa tante aberto para o au­men­to despara o próximo triê­n io é que o 3,7 2,5 1,7 0,7 sa demanda, mas é preciso dinúmero de empresas com recurvulgar melhor o digital entre os sos de impressão digital ao menos 2006 2009 clien­tes po­ten­ciais”. triplique. “Para tanto, é preciso  Setor Gráfico   Gráficas digitais   Tecnologia digital De acordo com Marcelo, a parum cenário favorável para a ecoticipação dos impressos di­gi­tais no nomia e para o segmento gráfico investimentos em equipamentos montante das re­cei­t as da indúscomo um todo”. do setor gráfico brasileiro – 2006 e 2009 tria gráfica foi de 7,4% sobre os Nas empresas que afirmaram 1.281 Valores em R$ milhões R$ 22,7 bi­lhões faturados em 2009. ter uma posição estratégica defini“Acredito que este per­cen­tual conda para os três anos futuros — certinue a crescer nos próximos anos, ca de 30% do total de entrevistaà medida que se consiga vender dos na pesquisa —, quase todas as 475 melhor os recursos e be­ne­f í­cios ações a serem adotadas estão re­la­ 182 desse sistema de impressão”. cio­na­das à inovação tecnológica e 142 125 89 Os segmentos que devem con­ à incorporação de recursos di­gi­tais ti­nuar a se expandir nos próxide impressão, fator que demons2006 2009 mos anos, segundo Marcelo, são tra a tendência de este segmento  Setor Gráfico   Gráficas digitais   Tecnologia digital os de dados va­r iá­veis e de livros. con­ti­nuar a ganhar terreno. REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010



ECONOMIA Texto e dados: Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf

Importações de produtos gráficos realizadas pelo Estado do Amazonas No ano passado, o valor dos produtos gráficos importados pelo Amazonas representou praticamente um terço do déficit registrado na balança comercial do setor gráfico nacional.

M

ui­tas importações de produtos da indústria gráfica bra­si­lei­ra estão entrando no País por in­ termédio de compras fei­tas por empresas do Estado do Amazonas. Por isso, pesquisamos as importações das 44 posições de produtos gráficos classi­ ficados com a Nomenclatura Comum do

Mercosul (NCM) efe­t ua­d as pelo referi­ do Estado entre os anos de 2007 e 2009, além do pri­mei­ro quadrimestre de 2009 comparado com igual pe­r ío­do de 2010. Através do resultado dessa ava­lia­ção foi possível verificar ­quais produtos es­ tão sendo importados em maior volume, con­tri­buin­do para o déficit na balança co­mer­cial do setor, e apontar algumas medidas que con­tri­buam para conter o ritmo dessas importações. Para a elaboração desse estudo foi feito um levantamento junto à base de dados online do Sistema de Análise das

Informações de Comércio Ex­te­r ior de­ nominado AliceWeb, da Secretaria de Comércio Ex­te­r ior (Secex) do Ministé­ rio do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex­te­r ior (MDIC). Em 2009 o Brasi l i mpor tou US$ 297,78 mi­l hões de produtos gráfi­ cos pro­ve­nien­tes de todo o mundo. Ape­ nas o Estado do Amazonas foi respon­ sável pela entrada de 10,2% desse valor, ou seja, US$ 30,35 mi­lhões. No mesmo ano o saldo da balança co­mer­c ial bra­si­lei­ra ficou deficitário em US$ 77,6 mi­lhões, enquanto o saldo

Quadro 1 – Países de origem dos produtos gráficos mais importados pelo Estado do Amazonas Produtos gráficos mais importados pelo Amazonas em 2009

Principais origens dessas importações

85235200  Cartões munidos de um circuito integrado eletrônico 48191000  Caixas de papel ou cartão ondulados (canelados)

Suíça, Reino Unido, EUA e China China, Coreia do Sul, EUA e Hong Kong

48195000  Outras embalagens de papel ou cartão, incluindo capas para discos 48192000  Caixas e cartonagens dobráveis de papel/cartão não ondulados

China, Tailândia e Malásia China, EUA e Argentina

49019900  Outros livros, brochuras e impressos semelhantes

Japão e EUA

Fonte: AliceWeb

Tabela 1 – Principais produtos gráficos importados pelo Estado do Amazonas e sua participação no total das importações brasileiras NCM

2007 (em milhares de US$) BRASIL

44

AMAZONAS

Participação % Amazonas

2008 (em milhares de US$) BRASIL

AMAZONAS

Participação % Amazonas

2009 (em milhares de US$) BRASIL

AMAZONAS

Participação % Amazonas

48191000

21.469

819

3,81%

24.315

3.468

14,26%

11.437

3.501

30,61%

48192000

19.875

140

0,70%

35.063

410

1,17%

42.959

415

0,96%

48195000

974

328

33,71%

1.415

486

34,38%

2.032

622

30,59%

49019900

118.299

54

0,05%

126.044

139

0,11%

111.525

278

0,25%

85235200

66.836

20.431

30,57%

70.063

22.064

31,49%

39.156

21.506

54,92%

Total

227.451

21.771

9,57%

256.900

26.569

10,34%

207.108

26.320

12,71%

Fonte: AliceWeb

REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010


amazonense registrou um déficit de US$ 25,2 mi­lhões. Portanto, o Estado do Amazonas representou sozinho expres­ sivos 32,5% do déficit da balança co­mer­ cial do setor gráfico bra­si­lei­ro. Os produtos gráficos mais importa­ dos pelo Amazonas no pe­r ío­do (2007– 2009) foram: • NCM 85235200 – Cartões munidos de um circuito integrado eletrônico • NCM 48191000 – Caixas de papel ou cartão ondulados (canelados) • NCM 48195000 – Outras embalagens de papel ou cartão, incluindo capas para discos • NCM 48192000 – Caixas e cartona­ gens dobráveis de papel/cartão não ondulados. A NCM 49019900 — Outros livros, brochuras e impressos semelhantes

— é considerada também bastante sensível em razão da velocidade com que as importações vêm crescendo. Em 2007 o Estado amazonense im­ portou US$ 53,5 mil desses produtos. Em 2009 foram US$ 277,8 mil. Esses nú­ meros mostram uma evolução su­pe­r ior a 200% em dois anos. Provavelmente, trata-​­se, neste caso, da importação de ma­nuais que são embalados junto com os eletrodomésticos fabricados na Zona Franca de Ma­naus. No Quadro 1 podemos verificar nas NCMs citadas quais são os paí­ses de ori­ gem das importações de produtos gráfi­ cos amazonenses. É possível notar que a China e os Es­ tados Unidos são exportadores relevan­ tes de quase todos os produtos gráficos listados no quadro.

Os dados de importações do Estado do Amazonas são apresentados na Tabela 1. Nela consta quanto o Brasil impor­ tou desses produtos e qual a participação amazonense nessas importações. Vemos que o Amazonas é responsável por par­ cela subs­tan­cial das importações bra­si­ lei­ras de cartões (55%) e de alguns tipos de embalagens (31%).

SETOR GRÁFICO DO AMAZONAS Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE/Rais) mostram que o Estado do Amazonas reúne 126 estabelecimentos, que empregam aproximadamente duas mil pessoas, numa média de 15,8 funcionários por gráfica.

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A indústria gráfica nacional está preparada para atender às mais diferentes exigências impostas pela fabricação de embalagens e, melhor ainda, supera os demais países em termos de flexibilidade de soluções. Ada Caperuto

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Yes, nós temos boas práticas

mbora seja mais comum no setor professora da ABTG, ressalta que, emalimentício e far­ma­cêu­ti­co, qual- bora não possua normas técnicas, em quer segmento in­dus­t rial pode função da complexidade de sistemas, e deve adotar as regras de Boas substratos e finalidades que envolve, Práticas de Fabricação, a conheci- este segmento é aquele que se depara da sigla BPF (ou, no original em inglês, com um número mais expressivo de reGood Manufacturing Practices – GMP). quisitos normativos e le­gais, neste caso, Trata-​­se de uma série de normas espe- os determinados pelos fabricantes dos cíficas de cada setor, que produtos que vão dentro estipulam e orien­tam os das embalagens. procedimentos capazes Isso mesmo! A embade garantir um produto lagem é considerada parfinal acei­to pelos controte do produto e deve inles de qualidade internos corporar e cumprir todas e atender aos padrões do as condições ne­ces­sá­r ias mercado consumidor. ao seu acon­d i­cio­na­men­ Na área gráfica o con­ to, proteção e divulgação cei­to BPF se aplica, em es­ junto ao consumidor. “Ela pe­cial, à produção de emdeve oferecer con­ve­niên­ balagens. Rosana Aléssio, Sidney Anversa Victor, diretor da cia, saú­de e segurança, gerente técnica da Ge- Congraf e do Grupo Empresarial acompanhar o estilo de de Embalagens da Abigraf-SP graf Indústria Gráfica e vida e ser am­bien­tal­men­te REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

correta. Atender a tais necessidades e preo­cu­pa­ções nem sempre é uma tarefa fácil”, diz a es­pe­cia­lis­ta. Real­men­te parece complicado. E é mesmo, mas são de­sa­f ios que a nossa indústria já venceu. É o que garante o diretor do Grupo Em­pre­sa­r ial de Embalagens da Abigraf- SP, Sidney Anversa Victor, também diretor da Congraf – Indústria e Comércio Gráfica Con­se­lhei­ro. “Existe alta complexidade na fabricação de embalagens, cada tipo tem características pró­prias, mas todas as dificuldades são per­fei­ta­men­te con­tor­ná­veis”. Tal superação se dá em um país no qual a imensa maio­r ia das empresas (90% no caso das quase 20 mil gráficas existentes) tem porte micro e pequeno, lembra o coor­de­na­dor do Grupo de Trabalho de Pequenas e Mé­dias Gráficas (GT-Peme) e diretor da Fo­toim­press Pos­tais e Artsgráficas, Alexandre Tadeu


dos Santos. Ele men­cio­na dade. Saber agregar valor os números do Estudo Se­ e atender às mais distintas to­r ial da Indústria Gráfidemandas é, na opi­n ião dela, algo que diferencia ca no Brasil, de 2009, que o Brasil. “Em cada categoapontam um per­cen­t ual ria, mui­tos de­sa­f ios já fode 8,5% de estabeleciram vencidos, mas exismentos voltados à produtem ou­tros que podem ser ção de embalagens, algo em torno de 1.700 gráfiexplorados. É uma indúscas, com a re­g ião Sudestria em contínuo proceste concentrando mais de so de desenvolvimento 50% destas. Essas empree que está acompanhansas convertedoras ­atuam, Rosana Aléssio, gerente técnica do o crescimento efetivo da Gegraf Indústria Gráfica e principalmente, nos seg- professora da ABTG da economia bra­si­lei­ra”. mentos alimentício e far­ ma­c êu­t i­c o, o que pode in­f luen­c iar a Versáteis implantação das BPF. “Na área de emba- Rosana Aléssio enfatiza que, para atenlagem é crescente a busca pela certifica- der não apenas aos quesitos de BPF (veja ção de qualidade ISO. Com isso, ocorre página 50), mas às diferentes necessidaum au­men­to no controle do processo prodes, as embalagens devem ser resistendutivo entre as empresas mé­dias e grantes para acon­di­cio­nar produtos perigodes, o que acaba forçando as pequenas sos, como in­f la­má­veis e contaminantes; a adotar medidas semelhantes”. suportar condições extremas de umidaA des­pei­to da prevalência dos dois de e temperatura; adequar-​­se aos processegmentos, Lu­cia­na Pelegrino, direto- sos de envase em linha e, além de tudo, ra executiva da As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra de ser capazes de comunicar e multiplicar Embalagem (Abre), afirma que é difícil o consumo do produto. destacar um único nicho no qual as emOutro aspecto importante, que ampresas na­cio­nais so­bres­saiam em qualiplia o leque de normas a serem atendi-

das, é que o segmento lida com grande va­r ie­da­de de ma­te­r iais, sejam substratos celulósicos (papel, papelão ondulado e papel-​­cartão) ou não (plásticos, me­tais, tecidos, vidros etc.). “Isso acaba crian­do um complexo universo de tec­no­lo­g ias, sistemas e processos de impressão, como f lexografia, offset, rotogravura, serigrafia e digital, entre ou­tros”, diz Rosana. Mais recentemente, a embalagem também assumiu o “dever” da fun­cio­ na­li­da­de. Sidney cita o caso dos cartuchos de medicamentos e os invólucros de produtos de grife, que contêm mecanismos que protegem contra a pirataria. “A tecnologia avança mui­to na direção da proteção das marcas e do con­teú­do, e o papel-​­cartão mantém-​­se firme como o substrato ­ideal nessa busca”. Belas

Não basta proteger, preservar ou ajudar a au­men­tar as vendas; uma embalagem fei­t a sob parâmetros de BPF também deve ser bonita. Fábio Mestriner, coor­ de­na­dor acadêmico de pós-​­gra­dua­ção do Núcleo de Estudos da Embalagem da Escola Su­p e­r ior de Propaganda e JULHO/AGOSTO 2010  REVISTA ABIGR AF

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Para Lu­cia­na, a coma formação de um número cada vez Marketing (ESPM), sa­ plexidade na fabricação é ­maior de pro­f is­sio­nais nesta área, a tenlien­t a que um dos ponsimilar em qualquer emdência é que sua presença seja am­plia­da tos mais importantes no balagem, uma vez que totambém nas gráficas de pequeno porte”, segmento é a sintonia endas elas devem ter uma opina Alexandre. tre design e fabricação. característica do mercaA recomendação que dá do ­atual: agregar di­fe­ren­ em au­las na faculdade ou Verdes ciais de valor, como cores Sidney men­cio­na ou­tro ponto importanno Comitê de Design da metalizadas, brilho, verAbre é para que agên­cias te a ser considerado por quem pretenniz de reserva, contrase designers busquem a inde adotar as BPF: a responsabilidade so­ te etc. “É preciso vencer tegração de seus projetos cioam­bien­tal. “Além de todos os de­mais com a indústria, a fim de o desafio de destacar sua atributos, a embalagem tem de ser recigarantir a necessária qua- Alexandre Tadeu dos Santos, embalagem perante as clável, bio­de­g ra­dá­vel e produzida com coordenador do GT-Peme e diretor lidade final. “A fabricação da Fotoimpress de­mais, algo que crie enmatéria-​­prima renovável. E, quando se tem complexidades técnicantamento e desperte a trata da questão am­bien­t al, as vantacas que não podem ser ignoradas e a in- atenção do consumidor”. gens do papel-​­cartão prevalecem frendústria tem as respostas mais con­fiá­veis Segundo ela, hoje não apenas produte aos substratos concorrentes”. nesta atividade”, declara ele. tos mais nobres agregam valor às suas embalagens. “A gente percebe isso até Incomparáveis em produtos como detergentes, que é Na opi­nião dos entrevistados, sem exuma categoria sensível a preço e comceção, a indústria na­cio­nal de embalapetitiva, mas que, ain­d a assim, busgens é competitiva e não deve nada à de ca di­f e­r en­c iais”. Lu­c ia­ ou­tros paí­ses, nos q ­ uais a na acrescenta que não produção está mais evo­ apenas os produtos de luí­d a tecnologicamente. apelo mais popular esE mais: na opi­nião do ditão cons­c ien­t es da imretor do GE -Emba, nosso portância do design, mas país, em confronto com também as empresas, inou­t ras nações, se destadependentemente do porca no cumprimento das te, estão atentas à necesnormas e boas práticas sidade de investir neste de fabricação. “De modo aspecto. “Os designers esgeral, as empresas estão presentes principal- Fábio Mestriner, coor­de­na­dor de tão altamente capacitamente nas mé­dias e gran- pós-​­gra­dua­ção da Escola Superior das. Leve em conta que de Propaganda e Marketing des empresas, mas, com os equipamentos são os 


B O B S T G R O U P . C O M


As boas práticas, em síntese Rosana Aléssio apresenta um conjunto de

cui­da­do para não impacmesmos, ou até mais tar o preço final do proatua­l i­z a­dos, que os das duto. Temos ampla capagráficas es­t ran­g ei­r as”, cidade de trabalhar com declara Sidney. orçamentos mais aperDo ponto de vista do tados que ou­t ros paí­ses. design, Mestriner lembra que os bra­s i­lei­r os vêm É interessante ver que conquistando prê­m ios essa flexibilidade da nosem todos os concursos sa indústria se amolda rain­t er­n a­c io­n ais por sua pidamente às condições cria­t i­v i­d a­de, sendo que de mercado que se alteperfumes, cosméticos e ram de uma hora para bebidas vêm se so­b res­ Lu­cia­na Pelegrino, diretora ou­t ra, cumprindo deexecutiva da As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra sain­do neste sentido. mandas não previstas, de Embalagem (Abre) Para Lu­cia­na, nós ain­ adequando embalagens da saí­mos na frente porque sabemos de- sem perder qualidade, se desdobrando senvolver embalagens e agregar valor para atender às necessidades de mercaa elas de um modo condizente com os do”, declara a diretora da Abre. Embora diferentes ní­veis de poder aquisitivo da paí­ses como os Estados Unidos, Inglapopulação. “A indústria tem que tomar terra e, em es­pe­cial, o Japão — onde o poder aquisitivo é altíssimo — tenham sido citados como exemplos na inovação e desenvolvimento de embalagens, o Brasil, como se conclui, não deve nada a eles.

regras exigidas, em es­pe­cial pela indústria far­ma­cêu­ti­ca e alimentícia, para a produção de embalagens: 1. Controle de hi­gie­ne pes­soal 2. Uniformes e aces­só­rios 3. Hábitos com­por­ta­men­tais 4. Hi­gie­ne am­bien­tal 5. Edificações 6. Instalações sa­ni­tá­rias 7. Serviços ge­rais 8. Hi­gie­ne ope­ra­cio­nal 9. Geral 10. Recepção 11. Armazenamento de matéria-​­prima e insumos 12. Processo 13. Equipamentos e uten­sí­lios 14. Armazenamento e transporte do produto acabado 15. Manutenção Outra importante regulamentação que afeta diretamente a indústria de embalagens é a portaria nº 177/99 da Agência Na­c io­n al de Vigilância Sanitária (Anvisa), que aprova o regulamento técnico “Disposições ge­rais para embalagens e equipamentos celulósicos em contato com alimentos” e seus anexos. Existe, além destas, um sem número de ou­tras regras, normas e leis que envolvem a produção de embalagens, como, por exemplo, uso específico de cores, tamanho e tipo de letra, dizeres le­gais, formato padrão etc.


ano XX  Nº 77  julho/2010

Texto: Tainá Ianone

Ibep avança no mercado de revistas Investindo sempre na mais atualizada tecnologia, a empresa também aposta na valorização do capital humano e nas relações pessoais com os clientes para o sucesso.


Fotos: Roberto Loffel

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ste é um ano mais do que es­pe­cial para a Ibep Gráfica. Instalada no Jaguaré, na zona oes­te de São Pau­lo, a empresa está comemorando cinco anos de constante crescimento. Além da expansão, a trajetória da gráfica tem sido marcada pela forte atua­ção no mercado edi­to­rial, imprimindo importantes títulos de revistas bra­si­lei­ras, livros de arte e catálogos. E, para atender a este segmento exigente, tem investido em moderna tecnologia e no capital humano. Instalada em sede própria de 37 mil metros quadrados, seus 320 fun­cio­ná­rios se empenham em oferecer serviços de alto nível. A carência de uma gráfica apta a disponibilizar um processo de impressão completo para o mercado foi o grande motivo para Jorge Yunes, diretor superintendente da Ibep, investir nesse perfil. Os resultados mostram que ele está no caminho certo. “O Jorge tem uma visão ampla do mercado, é um homem de ne­gó­cios”, revela Gilberto Carito, diretor co­mer­cial.

No parque gráfico da Ibep as impressoras rotativas e planas, em fun­cio­na­men­to 24 horas por dia, produzem ao mês cerca de 90 milhões de cadernos e 15 milhões de folhas, respectivamente. “Consolidamo-​­nos em publicações de alta qualidade, um nicho pou­co explorado. Hoje expandimos consideravelmente nossa atua­ção”, conta Carito. Além dos 400 títulos de revistas, a empresa imprime livros didáticos, paradidáticos, catálogos e folhetos.

Gilberto Carito, diretor co­mer­cial


Única gráfica bra­si­lei­ra de grande porte a oferecer trabalhos em máquinas planas e rotativas, a Ibep aposta em mais um processo, a impressão digital. A instalação da tecnologia, ini­cia­da há três anos, ganhou mais força nos últimos 12 meses. “Montamos uma estrutura exclusiva em nosso parque gráfico para atender a mais essa demanda. Temos investido em novos equipamentos à medida que am­plia­mos nossa car­tei­ra de clien­tes”, declara o diretor co­mer­cial. Do Brasil para o mundo Após conquistar o mercado na­cio­nal e tornar-​­se uma das maio­res gráficas do País, a Ibep sentiu a necessidade de alçar voos maio­res. Há um ano em parceria com o Graphia — grupo de exportações do setor, coor­de­na­do pela Abigraf Na­cio­nal —, ela participa de eventos in­ter­na­cio­nais apresentando seus trabalhos. A ini­cia­ti­va pro­ por­cio­na visibilidade à empresa, a qual já conquistou clien­tes no segmento digital, embora o objetivo seja, também, exportar impressão offset. Investimento Com faturamento ­anual de R$ 120 mi­lhões, a Ibep é uma das gráficas com ­maior crescimento em seu nicho de atua­ção e está a caminho de atingir a meta de crescimento de


am­bien­tal. ”Mais do que clien­tes, conquistamos amigos”, diz Carito. Ele faz questão de que todos que visitam a empresa sintam-​­se em casa. “Para nós, o clien­te não é apenas mais um. Acredito que, por pensarmos assim, a ­maior parte dos nossos clien­ tes nos acompanha desde que entramos no mercado. Se hoje comemoramos cinco anos, compartilhamos desta alegria com aqueles que estão conosco e fazem parte da família Ibep”. Com os fun­cio­ná­rios não é diferente. Existe a preo­cu­pa­ção de compartilhar os objetivos e conquistas da empresa, estabelecendo um ­maior vínculo e interação entre todos.

35% projetada para este ano. Tanto sucesso é reflexo de inovações postas em prática. Além dos serviços de pré-​­impressão, impressão e acabamento, a gráfica agora oferece o Ibep Log, serviço próprio de dis­t ri­b ui­ç ão dos produtos impressos dos clien­tes, em operação há pou­co mais de um mês. Para 2011, o objetivo é con­ti­nuar o investimento em tecnologia, mantendo o parque gráfico equipado com os mais modernos equipamentos. Capital humano Os investimentos da Ibep não são voltados somente ao seu parque gráfico, mas também à valorização humana e ao aspecto

Ibep Gráfica Av. Alexandre Mackenzie, 619 (Jaguaré) 05322-​­000 São Pau­lo SP Tel. (11) 2799.7799 vendas.grafica@ibepgrafica.com.br www.ibepgrafica.com.br

Consciência ambiental Através do mote “Sou cons­cien­te, uso inteligente”, a gráfica desenvolve campanhas internas, promove palestras sobre preservação am­bien­tal, cons­cien­ti­za­ção quanto ao uso de água e energia e a importância da reciclagem. “Orien­ta­mos os nossos fun­cio­ ná­rios a serem agentes multiplicadores, levando as informações que passamos para a família e amigos”, diz Gilberto. Confirmando seu compromisso com o meio am­bien­te, a Ibep Gráfica possui certificação FSC (Forest Stewardship Coun­cil) e está em busca da certificação Cerflor.


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Luiz Metzler

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Morre o diplomata das artes gráficas

vô imigrante alemão dono de gráfica e de jornal em tempos de guerra, pai médico e deputado na ditadura Vargas, mãe sempre amiga e com­pa­n hei­ra do marido e dos cinco filhos. Luiz Bertram Metzler, nascido em Novo Hamburgo (RS), aprendeu desde mui­to cedo, com a família e a vida, que coragem, liberdade, educação, cultura e trabalho — sem nunca perder a elegância — são valores capazes de manter um homem vivo. E que o res­pei­to e amor ao próximo trazem felicidade. A sua relação com papel, tinta e máquina de imprimir começou aos 15 anos na Typographia do Centro, em Porto Alegre (RS), para onde seguiram os Metzler, quando o jornal da família tornou-​­se a principal voz da comunidade alemã no Brasil. O jovem Luiz sempre trabalhou para se sustentar, mesmo filho de médico e político. Estudante de Economia, dirigiu o res­tau­ran­te universitário fechado pelos militares após o golpe de 1964. De­pois disso, com 23 anos, resolveu “exilar-​­se” na Alemanha. Trabalhou como aprendiz em uma editora e se­g uiu cursando a faculdade. Dois anos de­pois, estava de volta ao Brasil para assumir a diretoria in­dus­trial da Gráfica e Editora A Nação, novo nome da antiga empresa fa­ mi­liar. Imprimiu moderno espírito de gestão, ­criou um conselho de fun­cio­ná­ rios, desenvolveu fluxos ra­cio­nais de produção e implantou controle de custos. Aumentou o comprometimento da equipe, buscou qualidade, fidelizou e ­atraiu clien­tes. Em 1969, Metzler veio para São Pau­lo trazendo na bagagem esperança e boa vontade para, com sua competência e visão de futuro, cons­truir uma car­rei­ra que dei­xa marca indelével na história do setor gráfico. Pri­mei­ro trabalhou na Gutenberg, representante da Hei­del­berg. De­pois, na própria in-

REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

dústria alemã que se instalou no Brasil, na qual ­atuou até 2008. Por mui­tos anos, foi uma espécie de Relações Públicas levando e trazendo pro­fis­sio­nais e em­pre­sá­rios do setor pela ponte que estabeleceu, com sua es­pe­cial ma­nei­ ra de ser, entre o Brasil e a Alemanha. Na sua inteligente simplicidade, dizia aprender mui­to e o tempo todo, fosse com um jovem mecânico ou com um maduro empresário.

Em mea­dos dos anos 1980 entrevistei Metzler sobre as chances de rea­ber­t u­ra das importações, fechadas em 1975 pelo Governo Federal. Im­pres­sio­nou-​­me sua figura plena de simpatia. Os cabelos fartos e brancos, o olhar profundo e a voz calma. Mesmo no auge da crise se­to­r ial não con­ se­g uiu ser deselegante, embora firme nas críticas ao poder. Aquele homem sereno, dominando o tema e con­fian­te no futuro era uma boa “fonte”. De­pois desse pri­mei­ro encontro, o destino se encarregou de cruzar nossas vidas mais vezes. O Governo Collor, em 1990, rea­briu o País às importações. Voltei a entrevistar Metz-

ler. Mais tarde, montei meu próprio negócio de assessoria de imprensa e, entre os pri­mei­ros clien­tes, estava a Abigraf. Com o atendimento à entidade, passei a escrever para a Revista Abigraf. E foi assim que pude conviver com Metzler e observar sua imensa capacidade de lidar com as pes­soas. Ele apresentou-​­me a cidade de Hei­ del­berg. Seus olhos brilhavam a cada informação, era das pou­cas cidades alemãs pou­pa­das de bom­bar­deios na guerra. E mostrou o castelo, a universidade, a fábrica de vinho explicando os detalhes de cada lugar. Ouvi de Fernando Pini que Luiz Metzler sempre dava um jei­to de conseguir uma bolsa de estudo e o pri­mei­ro emprego para mui­tos de seus alunos do Senai de São Pau­lo. Pini tinha imenso res­pei­to e gratidão por ele, na sua opi­ nião um dos maio­res incentivadores das artes gráficas. Metzler não ajudou apenas alunos de Pini, mas dezenas de jovens em busca de uma car­rei­ra. E orien­tou vá­rios técnicos para o aper­ fei­çoa­men­to pro­f is­sio­nal, dando qualidade ao produto gráfico bra­si­lei­ro. Metzler foi, também, responsável por grande parte da imagem positiva que o setor gráfico bra­si­lei­ro tem no Ex­t e­r ior, sempre nos representando junto aos mercados in­ter­na­cio­ nais com mui­to far play. Metzler era culto, bem informado e capaz de falar sobre vá­r ios temas. Ele perdeu o pai aos 16 anos, quando desenvolveu a capacidade de entender as pes­soas, buscar seus ­reais motivos para ações de todo o tipo e, assim, evitar conflitos. Um homem de boa vontade e de bem com a vida. Luiz Metzler (1941–2010) adorava fotografia, sua máquina registrou inúmeras pes­soas e eventos. Sua imagem, na qual brilha um terno sorriso de paz, tornou-​­se uma eterna lembrança. Por Ricardo Viveiros



Oficina resgata as origens da impressão Desde 2004, a OTSP busca propagar a técnica que deu origem aos princípios fundamentais das artes gráficas. Clarissa Domingues

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m meio às constantes evolu­ ções tecnológicas, com moder­ nas técnicas de impressão que parecem transcender as limita­ ções do papel, surgiu, em fe­ve­rei­ro de 2004, no bair­ro da Moo­ca, em São Pau­ lo, um lugar de resgate dos prin­cí­pios formadores do pensamento na comuni­ cação vi­sual gráfica, a Oficina Tipográ­ fica São Pau­lo (OTSP). Aos seus idea­l i­z a­d o­r es — Marcos Mello, Clau­dio Rocha e Clau­dio Fer­lau­to — a ­ideia de explorar os recursos da tipo­ grafia aplicados ao design gráfico foi fun­ damental no processo de cria­ção da ofici­ na. Além disso, havia a necessidade de se tomar uma atitude a res­pei­to do su­ca­tea­ men­to dos equipamentos de impressão tipográfica e dos tipos de metal descar­ tados pelas empresas e, com frequência, derretidos e vendidos por quilo. A oficina fun­c io­n a também como um ateliê de gravura. A partir de alian­ ças com artistas, são impressas matri­ zes de xilogravura, linóleo e ain­da mol­ des inusitados, fei­tos com barbante e


ou­t ros objetos que contenham relevo. As provas fun­cio­nam como uma etapa do processo de cria­ção, com in­ter­fe­rên­ cias pos­te­r io­res por parte dos artífices ou even­tual finalização no sistema digi­ tal. Já foram rea­li­za­dos trabalhos com vá­r ios artistas, dentre eles Jai­me Pra­ des, Guto Lacaz, Rubens Matuck e Giba Gomes. “Num am­bien­te que conserva o conhecimento e a linguagem do sistema de impressão tipográfica, preservando também o patrimônio histórico e artís­ tico das artes gráficas no Brasil, a OTSP é o ponto de encontro de pro­f is­sio­nais de longa data. São técnicos ex­pe­r ien­tes, pes­soas generosas que ain­da têm mui­ to que ensinar”, conta o diretor vice-​ ­presidente da OTSP, Clau­dio Rocha. A oficina utiliza os recursos da com­ posição ma­nual e mecânica, em linoti­ po, e a impressão tipográfica, com aca­ bamento artesanal, para produzir peças gráficas com caráter experimental in­ tegradas a processos in­dus­triais, como impressão offset e computação gráfica. Também desenvolve produtos edi­t o­ riais, entre eles a revista Tupigrafia, que é ofi­cial­men­te editada pela OTSP. Atual­men­te, com o ­apoio da Escola Senai Theo­bal­do De Nigris, onde está instalada, a oficina oferece os cursos de Composição Ma­nual e de Encader­ nação (veja no site www.oficinatipografica.com.br). As au­las são abertas a todos os interessados e divididas em módulos teó­r i­cos e práticos. Ao fim do curso de Composição Gráfica, o aluno recebe um pacote com uma tiragem de cartões pro­ duzidos por ele e a linha de composição em linotipo com o seu nome. No curso de Encadernação, os alunos produzem diversos cadernos, com capa dura e lom­ bada canoa ou quadrada, utilizando di­ ferentes técnicas de costura e colagem.

nai é uma ins­t i­t ui­ç ão exemplar, que, além de oferecer uma ótima estrutu­ ra por um preço super acessível, nos dá a possibilidade de consultá-​­los sem­ pre que pensarmos em algum projeto”. O arquiteto também fala sobre os be­ne­ fí­cios men­tais obtidos por meio da tipo­ grafia ma­nual: “as limitações da com­ posição ma­nual e número de tipos nos

O acervo da OTSP e do Senai- SP está integrado e conta com impressoras ti­ pográficas, que também fazem corte e vinco, dois linotipos e mais de uma centena de gavetas de tipos de metal e ma­dei­ra. Estímulo à criatividade

As inúmeras possibilidades que a ti­ pografia pode pro­p or­c io­n ar na cria­ ção de um projeto gráfico foi o que le­ vou o arquiteto de informações Marco Mo­rei­ra a buscar um aprimoramento na área. No fim do ano passado, ele in­ tegrou a turma do segundo módulo do curso de tipografia oferecido pela OTSP e conta que gostou mui­to da ex­pe­r iên­ cia. “A equipe possui profundo conheci­ mento do assunto e nos dei­xa à vontade para tirarmos nossas dúvidas e mergu­ lharmos no mundo da tipografia. O Se­

leva a usar mui­to o nosso lado cria­ti­vo para elaborar cartazes tão impactantes como os que desenvolvemos nos soft­ wares ­atuais”. Marco também é au­tor do blog Magel Studio (www.magelstudio. com.br/categoria/tipografia), em que disponibiliza um resumo das au­las com diversas fo­to­g ra­f ias e trabalhos desen­ volvidos a partir da tipografia. Para aqueles que desejam conhecer de perto a OTSP, o agendamento de vi­ sitas pode ser fei­to pelo e-​­mail: mello@ oficinatipografica.com.br. JULHO/AGOSTO 2010  REVISTA ABIGR AF

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Office PaperBrasil terá espaço de lançamentos Os organizadores do evento criaram um novo espaço dedicado exclusivamente aos lançamentos e desenvolveram um projeto especial para atrair compradores da América Latina.

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aior evento das Américas na área de produtos e suprimentos para es­cri­tó­r ios, pa­pe­la­r ias e escolas, a Office PaperBrasil Escolar abre suas portas no dia 30 de agosto. Entre as no­ vidades está a montagem de espaço de lançamentos, área na entrada da fei­ ra com ce­ná­r ios que reproduzirão uma escola, um escritório e uma papelaria. O objetivo é demonstrar a fun­cio­na­li­da­

de dos produtos e lançamentos. A fei­ ra terá também, no dia 1º de setem­ bro, uma edição es­pe­cial do “Gerando Demanda pelo Conhecimento”, even­ to que mistura formação pro­f is­sio­nal, workshop e networking entre fabricantes e revendedores de pa­pe­la­r ias, compra­ dores corporativos e tecnologia. O cur­ so é gra­tui­to e itinerante, já tendo passa­ do pelas cidades do Rio de Ja­nei­ro, São Pau­lo, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Ri­bei­rão Preto, Salvador e Goiâ­nia. Dentro do Projeto Comprador Na­ cio­n al, a Francal vai oferecer corte­ sia de 150 hospedagens de três dias em apartamentos duplos para compradores

indicados pelos expositores. A organiza­ dora da Escolar vai também promover a vinda de compradores da América La­ tina através do Projeto Comprador In­ ter­na­cio­nal. “Con­ti­nua­re­mos com nos­ sa estratégia de am­pliar o público-​­alvo da fei­ra. Além dos varejistas, queremos ­atrair compradores corporativos que têm como prio­ri­da­de a linha de produtos e serviços para es­cri­tó­r ios”, afirma Wa­ nira Salles, gerente de Ne­gó­cios da Fran­ cal. São esperados cerca de 40 mil visi­ tantes e a participação de mais de 400 expositores, que ocuparão 82 mil m² do Pavilhão de Exposições do Anhembi. A edição deste ano acontece em no­ vos dias e ho­rá­r ios: de segunda a quin­ ta-​­fei­ra (30 de agosto a 2 de setembro), das 10h às 19h nos três pri­mei­ros dias e das 10h às 17h no último. Objetivo é ali­ nhar-​­se com os prin­ci­pais eventos do se­ tor no mundo e atender a demanda dos expositores por um pe­r ío­do mais amplo para ne­go­cia­ção. Em 2011, a Office PaperBrasil Escolar dará início a um processo de setorização (juntar as empresas no pavilhão por tipo de produto), novo desenho da planta e cria­ção de vá­r ias recepções.

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Duas gerações da família Guarnieri conduzem as atividades da Igil (E/D): Giovani Guarnieri, gerente de produção; Miguel Guarnieri, diretor financeiro; Miguel Guarnieri Júnior, gerente financeiro; Marcelo G. Guarnieri, diretor de impressão; Cátia R. Guarnieri, gerente de RH; Graziani Guarnieri, gerente de pré-impressão; Antonio Guarnieri, diretor de produção; Leopoldo P. Guarnieri, gerente de vendas e Agostinho Guarnieri, diretor de vendas.

Igil chega à terceira geração Fundada há 60 anos com o objetivo de imprimir um dos jornais da cidade de Itu, a Igil apostou na versatilidade e atualização tecnológica do seu parque gráfico para crescer. Tainá Ianone

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Gildo Guarnieri, fundador da gráfica, participou em junho de 1965, em Águas de Lindóia (SP), do I Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, durante o qual foi fundada a Abigraf Nacional.

C

onhecida como o “Berço da Repúbli­ ca” por ter sido sede em 1873, du­ rante o Império, da 1ª Convenção Republicana do Brasil, Itu chegou a ser, na década de 1850, o município mais rico do Estado de São Pau­lo, graças às la­vou­ ras de cana-​­de-açúcar, algodão e café. Entre seus filhos mais ilustres merecem destaque os nomes de Prudente de Mo­rais, pri­mei­ro presidente civil da República, e o grande pintor Al­mei­da Jú­nior. Foi nesse município, que acaba de com­ pletar 400 anos, que a Igil – Indústria Gráfica Itu Ltda. cons­truiu uma história que já tem seis décadas. Gildo Guar­nie­ri ­criou a empre­ sa em 1950, com o propósito de imprimir o jornal A Voz de Itu. Nos 23 anos seguintes ele conduziu a gráfica diversificando pou­co a oferta de trabalhos. Em 1973, ano de seu falecimento, os filhos assumiram a empre­ sa. A nova gestão e a decisão de investir em ou­tros segmentos marcaram o início do pro­ cesso de expansão. Assim, em apenas dois anos, o parque gráfico foi transferido para um prédio próprio, com 3.800 metros qua­ drados de área cons­truí­da. A consolidação no mercado e o reconhe­ cimento vie­ram de um nicho específico: a

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produção de impressos para con­ces­sio­ná­ rias de au­to­mó­veis. “Temos forte presen­ ça no segmento de impressos administra­ tivos, pro­mo­c io­n ais e edi­t o­r iais, mas foi graças a este trabalho que a Igil ficou co­ nhecida e começou a crescer”, diz Agosti­ nho Guar­nie­r i. Na opi­nião do empresário, em 60 anos mui­tos foram os de­sa­f ios enfren­ tados, mas talvez o ­maior deles tenha sido a mudança da gestão e do nicho de merca­ do. Agora uma nova etapa se aproxima, com os irmãos Guar­nie­r i preo­cu­pa­dos em rea­ li­zar uma bem-sucedida transferência dos ne­gó­cios para seus filhos. Para Agostinho, este será um momento decisivo, pois o se­ tor está mui­to mais competitivo e exige um preparo ain­da ­maior. “Hoje o mercado não permite deslizes. É preciso pensar e agir de modo mais dinâmico, sem grande margem para enganos”, avalia. Modernizar para competir

Em 1990, ano que marcou o início da infor­ matização das empresas, a Igil percebeu a necessidade de inserir as novas tec­no­lo­g ias no dia a dia de sua produção. Começou op­ tando por equipamentos Hei­del­berg para a área de impressão e acabamento. Desde


então, os aprimoramentos têm sido fre­ quentes, seguindo a tendência do mercado. As mais recentes aquisições foram uma off­ set Speed­mas­ter SM 74 quatro cores e a do­ bra­dei­ra Stahlfolder TI 52, para acompanhar o au­men­to na produtividade. A compra de um sistema CtP em 2007 agilizou a pré-​­i mpressão. O processo foi coor­de­na­do pela ter­cei­ra geração dos Guar­ nie­r i, os diretores Leo­p ol­d o, Gra­z ia­n i e Gio­va­ni. “Hou­ve um pou­co de resistência ini­cial, mas, menos de um mês após a ins­ talação, subs­t i­t uí­mos 90% dos processos con­ven­cio­nais”, comenta Leo­pol­do. Segundo Agostinho, a qualidade dos tra­ balhos produzidos pela Igil a coloca num novo patamar competitivo. “Isso só é pos­ sível com um parque gráfico atua­l i­z a­do. A cada ano renovamos e am­plia­mos nossos

equipamentos para otimizar a produção e, principalmente, reduzir os prazos”. Nos pró­ ximos 12 meses novos investimentos serão fei­tos no setor de acabamento, na aquisição de uma al­cea­dei­ra com sistema de cola PUR e acabamento verniz UV. Os investimentos em maquinário, sem dúvida, foram fun­da­men­tais. No entanto, para a família Guar­n ie­r i, o grande valor está na equipe de trabalho. Agostinho co­ menta que os 80 fun­cio­ná­r ios — mui­tos de­ les há mais de 25 anos na gráfica — são os grandes res­pon­sá­veis por garantir à empre­ sa a excelência no atendimento aos clien­tes.

Um cui­da­do que se estende ao pós-​­venda. Pelo volume de trabalho e número de cida­ des atendidas, a empresa conta com servi­ ços de transporte pró­prios, para garantir entregas pon­tuais aos seus clien­tes.

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Em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à indústria fotográfica mundial, a diretora da Keystone Brasil, Agnes Garai, foi agraciada com uma rica taça em cristal Waterford pela direção do Congresso Anual Cepic 2010.

Agnes Garai recebeu da presidente do Cepic, Christina Vaughan (E), a taça em sua homenagem, no transcorrer do congresso realizado em junho, na capital irlandesa. À direita, Sylvie Fodor, diretora executiva do Cepic

Agnes Garai, diretora da Keystone Brasil, recebe homenagem

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a honra que recebi num dia inesquecível, na recepção VIP do Cepic. Foi um momen­ to lindíssimo na minha vida e é real­men­te difícil descrever a felicidade que senti e de que lembrarei sempre”, afirmou. O Cepic, fundado em 1993 em Bruxe­ las (Bélgica), representa atual­men­te mais de mil agên­cias de fotografia e bancos de imagens em 20 paí­ses da Europa. Seu con­ gresso, rea­li­za­do anual­men­te, conta com a participação de representantes da indústria dentro e fora da Europa, e a cada ano um país diferente do continente eu­ro­peu é esco­ lhido como sede. A edição deste ano ocorreu juntamente com uma conferência sobre no­ vas mí­dias e contou com 700 participantes de 352 empresas de 37 paí­ses.

Fotos: Keystone

urante a recepção do último congresso ­anual do Cepic (sigla em inglês para o Centro da Indústria Fotográfica), rea­li­ za­do entre os dias 9 e 13 de junho em Du­ blin (Irlanda), a diretora da Keystone Bra­ sil, Agnes Garai, recebeu uma homenagem surpresa por sua trajetória pro­f is­sio­nal e dedicação à indústria fotográfica mun­dial. Nascida em 1926 em Buda­ peste (Hungria), Agnes veio ao Brasil em 1939 e começou sua car­r ei­ra dois anos de­ pois, aos quinze anos de ida­ de, no Rio de Ja­nei­ro. Fluen­ te em cinco idio­mas (inglês, alemão, francês, português e húngaro), ela trabalhou por 25 anos na Philips, de onde saiu para assu­ mir a direção da Keystone Brasil, em 1968. A fi­lial bra­si­lei­ra da empresa foi fundada por seu pai, Arnold Garai, dando con­ti­nui­da­de ao trabalho de seu irmão, Bert Garai, funda­ dor da Keystone Press Agency em Londres, pio­nei­ra no campo do fotojornalismo. Agnes é até hoje uma pessoa central para a com­ panhia, atuan­do nas ­­áreas administrativa, fi­nan­cei­ra e in­ter­na­cio­nal do grupo. A homenagem foi recebida das mãos de Christina ­Vaughan e Sylvie Fodor, pre­ sidente e diretora executiva do Cepic, res­ pectivamente. Agnes, que sempre participa do congresso ­anual do centro, foi pega des­ previnida: “Foi uma surpresa maravilhosa

Jorge Borges, CEO do Grupo Keystone, e Agnes Garai


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Unigraph. Pioneirismo em terceirização de tecnologia Líder em seu segmento e primeira a utilizar o sistema CtP na América Latina, a Unigraph se une à Insight para inovar mais uma vez, com serviços de terceirização de impressão digital.

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Tainá Ianone

clien­tes, inclusive trabalhos em grandes formatos, displays em geral e metalgrafia. Esta demanda volumosa é atendida por meio de dois CtP térmicos, um CtP con­ven­cio­nal, duas máquinas de provas di­g i­t ais, um prelo, duas imagesetters e

á 17 anos prestando serviços de pré-​­impressão para as in­ dús­t rias gráficas de todo o País, a Unigraph CtP Service mantém, desde 2005, suas operações concentradas em um prédio de dois mil metros quadrados, no bair­ro da Saú­de, em São Pau­lo. Com estrutura e equipamentos para atender aos mais diferentes segmentos gráficos, a Unigraph agrega à qualidade de atendimento con­tí­nuas inovações nos serviços oferecidos aos

24 horas

Em busca de ­maior competitividade, a Unigraph passou a oferecer a ferramenta job web há quatro anos e hoje agrega praticidade ao recebimento e envio

Fotos: Roberto Loffel

Sylvio Toledo Serra Neto, diretor da empresa

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de­mais equipamentos inerentes ao processo. “Trabalhamos para uma ampla gama de setores porque contamos com a flexibilidade oferecida por equipamentos efi­cien­tes”, relata Sylvio Toledo Serra Neto, diretor da Unigraph. Pio­nei­ra no fornecimento ter­cei­ri­za­ do do serviço de CtP na América Latina, há uma década, a mais recente conquista da empresa nesse processo foi a aquisição de uma impressora ­Screen 8.800 EX , que pro­por­cio­nou crescimento de 50% na quantidade de chapas gravadas, atingindo 40 mil por mês.


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de arquivos aos clien­t es. Empregado em quase 90% dos pedidos, o sistema via FTP comporta a transmissão de um alto volume de dados pela internet. Até mesmo a aprovação do ma­te­r ial é fei­ta online. “Algumas das gráficas que atendemos já contam com uma estrutura em seu escritório, com um plotter e um computador, o que possibilita a impressão do ‘boneco’ do ma­te­r ial na própria empresa”, revela Sylvio. A equipe de 40 fun­cio­ná­r ios se reveza em três turnos para manter as máquinas em fun­cio­na­ men­to 24 horas por dia, praticamente a semana in­tei­ra. “Além dessa estrutura física, mantemos um plantão telefônico, no qual o clien­te é atendido quase que ime­dia­ta­men­te, mesmo quando não estamos abertos”. Parceria com a Insight

Dian­te do crescimento do mercado de impressão digital, a Unigraph e sua par­ cei­ra há uma década, a Insight, decidiram inovar no segmento. De acordo com Sylvio, após mui­tas pesquisas encontraram no equipamento digital jato de tinta Agfa:Dotrix a tecnologia ­ideal. “Apesar da grande diversidade de modelos que existe no mercado, ain­da não havia um na América Latina que apresentasse estas características. É uma máquina híbrida, com capacidade in­dus­trial, sem concorrência no mercado”, afirma. O equipamento, com tecnologia UV, permite alta qualidade e personalização,

vantagens que se ­aliam à ampla versatilidade de substratos que processa. “Assim como aconteceu com o CtP, precisamos desenvolver a introdução do con­c ei­to da prestação de serviço desse sistema.” Em fun­cio­na­men­to há dois meses, a Dotrix já trou­xe resultados positivos para as duas empresas. “Estamos com uma demanda grande de trabalho, mesmo operando essa máquina em dois turnos. Por isso, em breve, teremos que abrir um ter­cei­ro”, diz Sylvio. Futuro

A expectativa de crescimento para este e o próximo ano, é mui­to grande. O empresário informou que uma tendência interessante em ascensão é a ter­cei­ri­za­ ção de pré-​­impressão em CtP, em sentido contrário do que ocorreu há alguns anos. “As gráficas que instalaram a tecnologia em seus parques perceberam que ter o serviço internamente não é sinônimo de valor agregado, pelo contrário, isso gera gastos fixos. Por isso, a ter­cei­r i­za­ção tornou-​­se extremamente interessante, pela redução de custos”, comenta o diretor da Unigraph. A área digital, ain­d a em desenvolvimento na empresa, junto com a Insight, também tem perspectivas positivas para o próximo ano, afinal, o trabalho está apenas começando. & UNIGRAPH PRÉ-IMPRESSÃO GRÁFICA Tel. (11) 5589-3677 www.unigraph.com.br

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história viva

H

á 52 anos, G ­ eorg Wigand Sch­ midt caminhou pela pri­mei­ ra vez rumo à Rua Abdon Ba­ tista, em Join­vil­le (SC), para o seu pri­mei­ro dia de trabalho na Im­ pressora Ipiranga. Hoje, aos 84 anos, ca­ sado com Wal­traud Schmidt, tem quatro filhos, sete netos e uma bisneta e ­Georg mantém a mesma rotina de chegar ao tra­ balho rigorosamente às 6h30. A consoli­ dação e o sucesso da empresa são reflexo de mui­to trabalho e dedicação deste ho­ mem, que começou a dividir as respon­ sabilidades dos ne­gó­cios com seu pai, Wigand Schmidt, seis anos após este ad­ quirir a antiga Tipografia Ipiranga com o sócio Egon Schultz. Entretanto, sua vida pro­f is­s io­n al teve início aos 20 anos, quando conquis­ tou o pri­mei­ro emprego, como técnico em química. A ex­pe­r iên­cia no trabalho foi adquirida em in­dús­trias de diferen­ tes segmentos nas cidades in­te­r io­ra­nas de São Pau­lo. O retorno para Join­vil­le, sua cidade natal, ocorreu em 1958, quan­ do teve a oportunidade de começar a car­rei­ra como empresário gráfico. Jovem e prestes a se casar, ele entrou em um universo até então desconheci­ do. “Mesmo sem conhecer nada dessa área, a ex­pe­r iên­cia foi sen­sa­cio­nal, pois na juventude tudo é fácil”, relembra.

­Georg Schmidt, o químico que virou impressor A oportunidade de imprimir seus conhecimentos na indústria gráfica e a coragem de enfrentar o desconhecido fizeram desse join­vi­len­se um importante nome no setor.

Tainá Ianone

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Letra por letra

Em 1952, a Tipografia Ipiranga ganhou um novo pro­prie­tá­rio, novo nome e nova história. Es­pe­cia­li­za­da em produtos ti­ pográficos da linha de ma­te­r iais de es­ critório e impressos co­mer­ciais, a em­ presa evo­luiu da composição ma­nual com tipos de chumbo para as máquinas tipográficas au­to­má­ti­cas, passando a se chamar Impressora Ipiranga. Desde então, a modernização foi uma constante, mas as maio­res mudan­ ças ocor­re­riam nas duas décadas seguin­ tes. Em 1961 chegou a pri­mei­ra offset de uma cor e, dez anos de­pois, a pri­mei­ra bicolor. A tipografia primitiva passou para a linotipo, mais tarde subs­ti­tuí­da


pela fotocomposição por uma diaty­pe e, de­pois, pelo sistema compugraphic e pela pré-​­impressão digitalizada. Em 1981 entrou em operação a ino­ vadora offset quatro cores. A princípio, os impressos fabricados eram notas fis­ cais, avisos e fichas. Os equipamentos modernos e a impressão colorida pos­ sibilitaram à ­Georg oferecer aos clien­ tes ma­te­rial pro­mo­cio­nal, ins­ti­tu­cio­nal, folhetos, livretos e catálogos. A grande mudança em estrutura físi­ ca aconteceu em mea­dos dos anos 1990, quando foi cons­truí­do um moderno par­ que fabril com instalações preparadas para receber tecnologia de ponta. Mais uma vez seguindo a tendência do mercado e adaptando-​­s e às novas tec­no­lo­g ias, a gráfica agregou aos seus serviços, em 1999, o departamento de pré-​­i mpressão digital, também englo­ bando todos os es­tá­g ios de finalização dos trabalhos. Para ­Georg, a consolidação da Im­ pressora Ipiranga, que hoje tem uma car­tei­ra de mais de 500 clien­tes, é atri­ buí­da à qualidade no atendimento e nos produtos oferecidos, assim como à mo­ dernidade tecnológica. “Nossa missão sempre foi atender ao mercado com itens e serviços inovadores”, revela. A gráfica, que ini­ciou suas ativida­ des com apenas três fun­cio­ná­rios, conta com mais de 60 pro­f is­sio­nais trei­na­dos

Georg Schmidt (ao centro) integrou, em junho de 1965, uma das comissões durante os trabalhos do I Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, em Águas de Lindoia (SP), ocasião em que foi fundada a Abigraf Nacional, e fez parte, como suplente, da sua primeira diretoria

para atender a demanda e as exi­gên­cias a­ tuais. “A nossa se­r ie­da­de, ética e res­ ponsabilidade na função nos conferem os atributos ne­ces­sá­r ios para transfor­ marmos os sonhos dos nossos clien­tes em rea­li­da­de impressa”, declara. Parte da história

A atua­ção de G ­ eorg não se limita à traje­ tória da Impressora Ipiranga, mas tam­ bém se faz presente na cons­ti­tui­ção da Abigraf Na­cio­nal. Foi graças à amizade com Pery Bo­mei­sel, um dos res­pon­sá­veis pela fundação da entidade, que o empre­ sário foi convidado para comparecer ao evento em que ocorreu a fundação da Abigraf Na­cio­nal, o I Congresso Bra­si­lei­ ro da Indústria Gráfica, em 18 de junho

de 1965, na cidade pau­lis­ta de Águas de Lin­doia. Dois anos mais tarde fez parte do grupo que ­criou o Sindicato das In­dús­ trias Gráficas de Join­vil­le. ­Georg sempre participou ativamente nas ações da en­ tidade, em es­pe­cial da Abigraf Re­g io­nal Santa Catarina, fundada em Blumenau em novembro de 1967, da qual fez parte da pri­mei­ra diretoria e exerceu a presi­ dência na gestão 1972/1975, com a sede itinerante estabelecida em Join­vil­le. “A cria­ç ão da Abigraf possibilitou uma cons­cien­ti­za­ção mais forte dos grá­ ficos e uma ­m aior interação entre os em­p re­s á­r ios e pro­f is­s io­n ais do setor. Esse re­la­cio­na­men­to foi de extrema im­ portância para o desenvolvimento da indústria gráfica bra­si­lei­ra”.

Instalações atuais da Impressora Ipiranga, em Joinville (SC), são o testemunho dos 52 anos de empenho, competência e paixão de Georg Schmidt pelas artes gráficas

69 JULHO/AGOSTO 2010 REVISTA ABIGRAF


Mais uma vez, os diretores da Facform, Francisco de Assis e Ailza Jardim, recebem o prêmio Sappi. À esquerda, Wayne Rau, diretor da Sappi Trading e, à direita, Flavio Ignacio, diretor da Sappi Trading Brasil.

Facform leva ouro, prata e bronze no Sappi Trading impressores uma plataforma para medir seu desempenho e combinar suas habilidades com determinação para serem os melhores”, disse o diretor exe­ cutivo da Sappi Trading, Way­ Sappi Trading, divisão de comér­ ne Rau. “A impressão é mais do cio in­ter­n a­cio­n al da Sappi, fabri­ que apenas tinta sobre papel. cante de papel e celulose, anun­ É tanto uma expressão física ciou no dia 25 de maio os ganhadores do como uma ex­pe­riên­cia emo­cio­ prêmio Printers of the Year re­g io­nal da nal. Enquanto as novas tec­no­ América do Sul, em ce­ lo­g ias da moda prêmios conquistados rimônia rea­li­za­da no Jo­ e a indústria do pela facform no Sappi ckey Club de São Pau­lo. gla­m our apro­ trading Printers of The Year O programa de pre­mia­ vei­tam a ­maior Ouro ção bia­nual faz parte da parte do hype, Calendários competição mun­dial Sa­ o meio gráfico é dife­ ppi In­ter­na­t io­nal Prin­ rente de qualquer ou­ Prata Livros ters of the Year, que re­ tro. É pes­soal e íntimo; Embalagens e Etiquetas conhece a excelência ele cativa, envolve e sa­ Promoções Próprias do Impressor gráfica em trabalhos im­ tisfaz. Como uma indús­ pressos em pa­péis finos. tria, esta é a nossa van­ Bronze Impressos em Geral Do Brasil, apenas a Fac­ tagem competitiva”. form, de Pernambuco, Os prê­m ios foram foi pre­m ia­d a, conquistando um ouro, disputados por impressores das quatro três pratas e um bronze. Além dela, re­giões da Sap­pi Trading (América Cen­ na América do Sul, somente a Fyrma tral e do Sul, Ásia, Austrália e Nova Ze­ Grafica, do Chile, conquistou um ouro. lândia), em onze ca­te­go­r ias: re­la­tó­r ios A gráfica pernambucana já foi ven­ ­anuais, livros, folhetos, ca­len­dá­rios, ca­ cedora em ou­tras edições do concurso, tálogos, impressão digital, revistas im­ inclusive na etapa mun­d ial. “O Sap­pi pressas em offset plana e rotativa, em­ Trading Printers of the Year fornece aos balagens e etiquetas, impressos geral e

promoções pró­prias do impressor. “Esta noi­te foram entregues dois prê­mios de bronze, quatro de prata e dois de ouro para gráficas da América do Sul e esta­ mos certos de que os dois prê­mios de ouro trarão o reconhecimento na in­ dústria gráfica e res­pei­to na pre­mia­ção Sap­pi In­ter­na­tio­nal Printers of the Year. Mas os ver­da­dei­ros vencedores são os clien­tes, pois os impressores da nossa re­g ião lhes fornecem publicações de ní­ vel mun­dial, que são utilizadas com or­ gulho na rea­li­za­ção de seus ne­gó­cios”, disse o diretor executivo da Sappi Tra­ ding Brasil, Flavio Ignacio. O grupo in­ter­na­cio­nal independen­ te de cinco juí­zes, que representam as prin­ci­pais as­so­cia­ções e federações in­ dus­triais em seus respectivos paí­ses, é composto por: Ronald Widdershoven, dos Paí­ses Bai­xos; Hendrik Tepe, Die­ ter ­Geiss e Die­ter Raff, da Alemanha; e

Em setembro, os ganhadores do prêmio ouro da Sappi Trading (Facform e Fyrma, Chile) disputarão com os vencedores da América do Norte, Europa e África o Sappi International Printers of the Year.

A

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REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

Greg Grace, da Austrália. Comentando sobre a qualidade dos produtos inscri­ tos, o juiz Greg Grace disse que “os tra­ balhos im­pres­sio­na­ram com suas exce­ lentes densidades de cor, tinta no papel e acabamento. Pai­xão e desempenho na impressão foram certamente fatores pre­ sentes nessa competição”. O juiz Hendrik Tepe afirmou que os vencedores de ouro da América do Sul exemplificaram arte­ sanato gráfico nas suas escolhas, in­cluin­ do o tamanho das publicações, o uso da cor e das técnicas de ornamento. SAPPI www.sappi.com


Sustentabilidade

P

rofessor do Centro de Ciên­cias Agrá­r ias, do Departamento de Engenharia Florestal da Univer­ sidade Federal de Viçosa (MG), Se­bas­tião Renato Valverde foi convi­ dado pela diretoria executiva da Abi­ graf a dar sua con­tri­bui­ção sobre os aspectos da política florestal quando da elaboração da Campanha de Valo­ rização do Papel e da Comunicação Impressa. Nesta entrevista para a Revista Abigraf, ele revela aspectos particulares sobre o plantio de flores­ tas no Brasil e garante que a ativida­ de pode im­pul­sio­nar o crescimento de re­g iões empobrecidas.

No Canadá eles manejam a floresta, que é uma forma correta de usar as árvores nativas. É a forma inteligente de o homem utilizar aquilo que a natureza disponibilizou para nós.

Se­bas­tião Renato Valverde

Menos preciosismo, mais desenvolvimento Especialista em meio ambiente defende que o plantio de florestas é um caminho seguro e responsável para a ocupação de terras e a geração de empregos. Ada Caperuto

Autor de inúmeros artigos sobre o tema, atuan­te nas áreas ­­ de econo­ mia e política am­bien­t al, o profes­ sor Sebastião Valverde começa der­ rubando um mito: ao contrário do que se divulga, o consumo do papel faz mui­t o bem. “Lamentavelmen­ te, as in­dús­t rias flo­res­t ais, no pas­ sado recente, foram mui­to critica­ das. A questão do chamado ‘deserto verde’ gerou impactos negativos nas ­­áreas so­cial e am­bien­tal”. O es­pe­cia­lis­t a, que em sua tese de dou­to­ra­do defendeu a importân­ cia da con­tri­bui­ção so­cioe­co­nô­mi­ca do setor florestal, avalia que este pos­ sui um po­ten­cial mui­to grande para de­sen­ca­dear o desenvolvimento sus­ tentável. “Tenho uma relação mui­ to próxima com todas as indústrias 71 JULHO/AGOSTO 2010  REVISTA ABIGR AF


f lo­r es­t ais. Participo de au­d iên­c ias públicas, reu­n iões e se­m i­n á­r ios em todo o Brasil, procurando levar escla­ recimento à so­cie­d a­de sobre o plan­ tio de eu­ca­lip­to. E ele fun­cio­na exata­ mente como ou­tros tipos de la­vou­ra, mas traz be­ne­f í­cios am­bien­tais que os ou­tros não trazem”.

Poderíamos estar melhor, caso não houvesse uma burocracia ambientalista, que tem dificultado o avanço das pesquisas em biotecnologia. O Brasil, de acordo com Valverde, se destaca no manejo florestal quando se trata do plantio de eu­ca­lip­to. Mas ele lembra que ou­tros paí­ses, embora não plantem as árvores com a finalidade de produzir papel e celulose, são modelos a serem citados, como é o caso do Ca­ nadá. “Eles manejam a floresta, que é uma forma correta de usar as árvores nativas. Isso não é pecado. Na verda­ de, eu considero isso uma glória. É a forma inteligente de o homem utilizar aquilo que a natureza disponibilizou para nós”, diz o professor. Desmatamento

Outro dos prin­c i­pais mitos sobre a indústria de papel e celulose é que o plantio de eu­ca­lip­tos seria o gran­ de responsável pela des­trui­ção da flo­ resta amazônica. “Grande parte dos desmatamentos são oriun­dos da ex­ pansão da fron­tei­ra agrícola, pela ne­ cessidade de cultivar alimentos em es­ cala cada vez ­maior. E a dinâmica tem sido essa, numa mesma área pri­mei­ ro se desmata, em seguida formam-​ ­se as pastagens para de­pois vir com a produção de grãos. O problema é que o Brasil ain­da não adota uma tecno­ 72 REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

logia efi­cien­te; não havia preo­cu­pa­ ção, porque ain­da temos mui­ta terra disponível. Porém, à medida que a le­ gislação começa a dificultar o desma­ tamento, só resta tornar as ­­áreas dis­ po­ní­veis cada vez mais produtivas, em vez de ocupar novos lo­cais”. A boa notícia é que o modelo adota­ do até hoje, embora equivocado, ain­da não nos levou ao fim do mundo, mas é preciso agir o quanto antes. “Quan­ do atingirmos um nível de produtivi­ dade que venha a saturar, teremos que rever a questão da ocupação. Nós te­ mos tecnologia para fazer tanto agri­ cultura quanto reflorestamento com árvores co­mer­ciais da forma mais sus­ tentável possível, sem a menor preo­cu­ pa­ção, não tem esse alarmismo, não é uma coi­sa catastrófica”. Ques­t io­na­do sobre a possibilida­ de de as empresas glo­bais do setor instalarem suas plantações no Bra­ sil, Valverde é taxativo: “Serão mui­ to bem-​­vindas”. A justificativa está na geração de empregos e no desenvol­ vimento econômico em que isso po­ derá redundar, es­pe­cial­men­te por se­ rem re­g iões so­cial­men­te degradadas,

de­pau­pe­ra­d as. “As novas in­dús­t rias terão que ocupar o in­te­r ior. E o in­te­ rior está clamando por isso. A qualida­ de de vida do meio rural hoje é mui­to ruim. Então nós temos a oportunida­ de e terra à disposição para que essas empresas venham, crian­do condições para esses produtores recuperarem a dignidade. E não tenho dúvida de que a melhor opção é o plantio co­mer­cial de eu­ca­lip­tos para o setor de papel e celulose”, declara. Se ele estiver correto, será preci­ so, pri­mei­ro, vencer os entraves de um “pre­cio­sis­mo am­bien­t al”. O Bra­ sil precisa se desvencilhar da políti­ ca am­bien­t a­lis­t a excessiva, a fim de ­atrair investimentos mais sus­ten­t á­ veis. Afinal, do ponto de vista da tec­ nologia de produção florestal, nosso país é modelo. “Po­de­r ía­mos estar me­ lhor, caso não hou­ves­se uma burocra­ cia am­bien­ta­lis­ta, que tem dificultado o avanço das pesquisas em bio­tec­no­lo­ gia”. Para Valverde, embora ain­da haja certo fôlego, es­ta­ría­mos mais bem po­ si­cio­na­dos competitivamente se tivés­ semos enveredado mais, investigado melhor a transgenia.


Sustentabilidade

Plantar para imprimir

O

Redução do gás carbônico na atmosfera, expansão das florestas nativas e da economia local são apenas alguns dos reflexos das florestas plantadas.

eu­ca­lip­to — originário de ilhas da Ocea­nia, como a Austrália — chegou ao País em mea­dos do século XIX, para con­tri­buir com a produção de dormentes para as linhas fér­reas instaladas à épo­ ca. Devido a sua fácil adaptação, ra­ pidamente se tornou parte da pai­ sa­gem, mesmo não sendo nativo de nossa flora. Na verdade, o Brasil foi um dos pri­mei­ros paí­ses a utilizar o eu­c a­l ip­to para a produção de celu­ lose, um desenvolvimento que teve início na década de 1920 mas atingiu a plena produtividade somente três décadas mais tarde. A escolha pelo cultivo da planta deu-​­se pela sua ca­ pacidade de rápido crescimento e pro­ dutividade. Em comparação a uma floresta tropical nativa de 30 hecta­ res, uma plantação de eu­ca­lip­to de apenas um hectare produz a mesma quantidade de ma­dei­ra. As boas condições do solo e o cli­ ma tropical, alia­dos à tecnologia de

ponta e à disponibilidade de ­­áreas para plantio e de mão de obra, tor­ nam o Brasil um dos paí­ses com con­ dições plenamente fa­vo­rá­veis ao seu cultivo. De acordo com a So­cie­da­de Bra­si­lei­ra de Silvicultura (SBS), a es­ pécie vegetal está presente nos cin­ co continentes e em todos os estados bra­si­lei­ros. No País, a ­maior concen­ tração encontra-se nas re­g iões Sul e Sudeste, com plantações menores em alguns estados do Centro-​­Oeste, Norte e Nordeste.

Em comparação a uma floresta tropical nativa de 30 hectares, uma plantação de eu­ca­lip­to de apenas um hectare produz a mesma quantidade de ma­dei­ra.

Tainá Ianone

Garantias

O plantio do eu­ca­lip­to protege contra processos erosivos, pro­por­cio­na per­ mea­bi­li­da­de, au­men­ta a taxa de infil­ tração das águas plu­viais e regulariza o regime hidrológico nas ­­áreas planta­ das. Outro ponto a ser destacado: uma das exi­gên­cias para o plantio é man­ ter — ou au­men­tar — as ­­áreas de pre­ servação de ma­nan­ciais e matas ci­ lia­res, que devem ocupar no mínimo 20% da pro­prie­da­de. A As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra dos Produ­ tores de Florestas Plantadas (Abraf) informa que, em 2008, as empresas as­ so­cia­das preservaram 1,67 milhão de florestas nativas, um crescimento de 14,4% em relação ao ano an­te­r ior. A atividade é grande im­pul­sio­na­ do­ra econômica das re­g iões onde é praticada. As comunidades dos arre­ dores são be­ne­fi­cia­das não apenas pela geração de empregos — os números da Abraf dão conta de 500 mil trabalhos diretos e dois milhões indiretos —, 73 JULHO/AGOSTO 2010  REVISTA ABIGR AF


Cultivo brasileiro

Apesar do grande número de florestas plantadas no País, ain­da existe muito espaço para am­plia­ção, pois apenas 1,5% das terras são ocupadas pela ati­ vidade florestal. Mas é preciso em­ penho por parte das empresas e go­ vernos. Dos 300 milhões de metros cúbicos de ma­dei­ra consumidos por ano, somente 100 milhões provêm de plan­tios flo­res­tais. Segundo dados do relatório da As­ so­cia­ção Bra­si­lei­ra de Celulose e Papel 74 REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

O plantio do eucalipto protege contra processos erosivos, proporciona permeabilidade, aumenta a taxa de infiltração das águas pluviais e regulariza o regime hidrológico nas áreas plantadas. (Bracelpa) divulgado em maio de 2010, o Brasil aparece em sexto lugar no ranking do gênero, com apenas 6,6 mi­ lhões de hectares, bem menos que na­ ções com ­­áreas ter­r i­to­r iais menores, como a Índia, com 32,6 milhões de ha., o Japão, com 10 milhões, e a In­ donésia, com 9 milhões de hectares de área cultivada.

Feira Florestal

Entre os dias 13 e 15 de abril de 2011, acontecerá em Mogi Gua­çu (SP) a pri­ mei­ra fei­ra florestal dinâmica da Amé­ rica Latina, a Expoforest – Fei­ra Flo­ restal Bra­si­lei­ra. O evento consolida o Brasil como potência mun­dial na área de plantação de florestas, co­lhei­t a e transporte florestal. Nos mais de 118 hectares de área de plantio de eu­ca­lip­to clonal, os vi­ sitantes conhecerão as novas tec­no­lo­ gias para a implantação e a co­lhei­ta de florestas plantadas e os equipamen­ tos utilizados. Informações sobre o evento podem ser obtidas através do site www.expoforest.com.br ou pelo telefone (41) 3049.7888.

Certificação

A certificação florestal voluntária tem se desenvolvido desde a década de 1980. Dentre as prin­ci­pais entidades in­ter­na­cio­nais destacam-​­se a Forest

www.imprimiredarvida.org.br www.sbs.org.br www.abraflor.org.br www.fsc.org www.pefc.org

Este caderno foi impresso em papel reciclado Eco Millennium 90 g/m²

mas também com a arrecadação de impostos, investimentos em in­f raes­ tru­t u­r a, consumo de bens de pro­ dução, fomento a novos em­preen­d i­ men­tos, assim como projetos so­ciais, in­cluin­do a construção de escolas e postos de saú­de. Ocupando a segunda posição na balança co­mer­cial do agronegócio, a indústria de base florestal tem gran­ de relevância no comércio ex­te­r ior. De setembro de 2002 em relação ao mesmo mês do ano seguinte, celulo­ se, papel e produtos sólidos de ma­ dei­r a acumularam exportações de US$  5,1 bi­l hões, valor ultrapassado apenas pela soja, com faturamento de US$ 7,7 bi­lhões no mesmo pe­r ío­do.

Stewardship Coun­c il (FSC) e o Pro­ gramme for the Endorsement of Forest Cer­ti­f i­ca­tion Schemes (PEFC). No Brasil, desde 1996, a So­cie­da­ de Bra­si­lei­ra de Silvicultura, por meio de par­ce­r ias e ­apoio, vem trabalhan­ do com o projeto voluntário Progra­ ma Bra­si­lei­ro de Certificação Flores­ tal (Cerflor). Desenvolvido dentro da estrutura do Sistema Na­cio­nal de Me­ trologia, Normalização e Qua­li­d a­de In­dus­t rial (Sinmetro) e com a As­so­ cia­ção Bra­si­lei­ra de Normas Técnicas (ABNT), a certificação surgiu, em 22 de agosto de 2002, para atender a de­ manda do setor produtivo florestal do País. O Cerflor visa à certificação do manejo florestal e da ca­deia de custó­ dia. Em 2005, o Programa Bra­si­lei­ro de Certificação Florestal foi acei­to in­ ter­na­cio­nal­men­te pelo PEFC. Porém, como o reconhecimento tem validade de cinco anos, em ja­nei­ro último foi solicitada nova ava­lia­ção, a qual está em processo de análise.


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Fotos: Vitor Salgado

Imprimir é dar vida Mesa constituída para o lançamento da campanha na Fiesp: (E/D) Julião Flaves Gaúna, presidente da Abigraf-MS; Daniel Ciliurczuk, diretor do conselho diretor da Conlatingraf; Claudio Barone, diretor superintendente da gráfica Abril; Mário César de Camargo, presidente da Abigraf Nacional; Leonardo Del Roy, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria Gráfica; Pedro Renato Eckersdorff, vice-presidente da Abemd (Associação Brasileira de Marketing Direto) e presidente executivo da Anatec (Associação Nacional de Editores de Publicações) e Luiz Gonzaga de Andrade, presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas de Teresina/PI

Campanha da Abigraf, realizada em parceria com entidades de diferentes setores vinculados à indústria gráfica, tem como objetivo levar à população esclarecimentos sobre a produção do papel e sua importância para a sociedade. Tainá Ianone

76

O

dia vinte e quatro de junho, em que é celebrado o Dia da Indústria Gráfica, marcou também o lançamento ofi­cial da campanha “Imprimir é dar Vida”, evento promovido pela Abigraf Na­cio­nal, na sede da ­Fiesp (Federação das In­dús­trias do Estado de São Pau­lo). A ini­cia­ti­va da As­so­cia­ção, desenvolvi­ da em conjunto com a ca­deia produtiva do papel e da comunicação impressa, recebeu ­apoio de 22 entidades, que entendem como pri­mor­dial a divulgação da importância do papel para o desenvolvimento econômico e so­cial bra­si­lei­ro, bem como à preservação do meio am­bien­te. “Nosso ofício está sob se­ vero ataque. Cabe a nós, do setor, mostrar à população que o papel é bom para todos, pois, no balanço final, o resultado é positi­ vo”, disse Mário César de Camargo, presi­ dente da Abigraf Na­cio­nal. O empresário ain­da ressaltou que restringir a impressão é coi­bir o conhecimento. A campanha, que difunde informações sobre o cultivo do eu­ca­lip­to e a produção de papel e celulose, esclarece dúvidas e der­ ruba mitos acerca do assunto. O objetivo é, também, corrigir a informação que tem sido

Mário César de Camargo

REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

José Fernando da Silva Rocha

propagada, dei­xan­do claro que a produção de papel e a impressão gráfica não têm qual­ quer relação com a des­trui­ção de florestas e a devastação am­bien­tal. A exposição das ações da campanha — que inclui um website e peças pu­bli­ci­tá­r ias — foi precedida por apresentação de Se­bas­ tião Renato Valverde, professor do departa­ mento de Engenharia Florestal da Univer­ sidade Federal de Viçosa (veja entrevista à pág. 71), que explicou sobre as técnicas de plantio manejado no Brasil. De acordo com ele, a tecnologia usada para o cultivo de flo­ restas plantadas no Brasil é imbatível. “So­ mos os melhores em produção de papel e celulose, e os mais sus­ten­tá­veis e competiti­ vos no mundo”. Valverde afirmou que, além do cultivo do eu­ca­lip­to não concorrer com a agricultura e pe­cuá­r ia, é a única alterna­ tiva de plantio viá­vel para relevos aciden­ tados. Sobre os empecilhos go­ver­na­men­ tais, ele sa­lien­t a: “é um pre­cio­sis­mo que atrapalha a produção”. Campanha

Uma das pes­soas que está à frente da cam­ panha, desde o surgimento da ­ideia, em

Sebastião Renato Valverde

Marcos Ferraz


novembro de 2008, durante as­sem­bleia da Abigraf Na­cio­nal, é José Fernando da Silva Rocha, presidente da Abigraf Re­g io­nal San­ ta Catarina. “Minha atenção foi desperta­ da pelas mensagens que começaram a ser transmitidas, por e-​­mail e pela televisão, de que consumir papel não era uma atitu­ de am­bien­t al­men­te sustentável, pois isso provocava o desmatamento”, revela. A partir desse momento, a ini­c ia­t i­va vem contando com grande envolvimento e dedicação do presidente da Abigraf- SC, no­ mea­do coor­de­na­dor na­cio­nal da campanha junto à Abigraf Na­cio­nal. Rocha conta que nesse pe­r ío­do de pou­co mais de um ano do projeto, mui­t as foram as reu­niões organi­ zadas na sede da As­so­cia­ção, em São Pau­lo, com a finalidade de definir as diretrizes da ini­cia­ti­va e as peças pu­bli­ci­tá­r ias. Um dos mais importantes recursos utili­ zados para con­tri­buir na divulgação da cam­ panha é o portal www.imprimiredarvida. org.br. Coor­de­na­do por Rocha, o site já é uma importante fonte de informações para

o público em geral e de pesquisa para trabalhos escolares e acadê­ micos. Os resultados positivos já podem ser notados. “A recepti­ vidade nas de­mais Abigrafs Re­ gio­nais foi ótima. Todos os pre­ sidentes consideram excelente a ini­cia­ti­va, que é considerada uma das maio­res e mais impor­ tantes já rea­li­za­das pela Abigraf Na­cio­nal”. Marcos Ferraz, responsável pelo desen­ volvimento da campanha publicitária, fez a apresentação das peças de publicidade im­ pressa, spots de rádio e, ain­da, uma carti­ lha orien­ta­ti­va, com linguagem específica para o público infanto-​­juvenil, a ser dis­tri­ buí­d a nas escolas. Para os ­meios di­g i­t ais foram desenvolvidas peças de endomar­ ke­ting, banner de divulgação na internet e uma assinatura padrão para mensagens ele­ trônicas, a ser utilizada por todos os parti­ cipantes da ini­cia­ti­va, com o mote: “Evite desperdício, mas se precisar, imprima este e-​­mail tranquilo”.

Manifesto Durante o lançamento da campanha “Imprimir é dar Vida” foi divulgado um manifesto de ­apoio endossado pelas entidades cos­sig­na­tá­rias da ini­cia­ti­va, aqui re­la­cio­na­das: ­Fiesp, Abigraf, Abap, Abemd, ­Abiea, Abimaq, Abitim, ABPO , Abraform, Abrelivros, Abro, ABTG , ABTCP , Afei­graf, Anatec, Anave, Andipa, Aner, ANL , Bracelpa, CBL e SBS .

77 JULHO/AGOSTO 2010  REVISTA ABIGR AF


O P I N I Ã O

Antônio Almeida

Presidente da Abigraf Regional Goiás

E‑book não inviabiliza livro impresso

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história e o curso dos acontecimentos na civilização humana têm demonstrado que, não obstante o ceticismo de uns e o negativis‑ mo de outros quanto à previsão da extinção de deter‑ minados meios de comunicação, em decorrência das novidades tecnológicas, a sobrevivência das formas convencionais é possível, viável e necessária. Com o advento da televisão, por exemplo, a par‑ tir da década de 20, no século passado, não foram poucos os analistas e estudiosos a preverem o fim do rádio. Porém, esse sistema de comunicação basea‑ do em ondas eletromagnéticas propagadas no espa‑ ço não apenas sobreviveu — mesmo diante dos avan‑ ços propiciados pelos tubos de raios catódicos (CRT), LCD (cristal líquido), circuitos integrados de imagem refletida e telas planas, que usam tecnologia de cris‑ tal líquido de matriz ativa ou displays de plasma —, como também adquiriu um novo vigor. Isso foi possível a partir da renovação e do apro‑ veitamento criativo das novas tecnologias, que auxi‑ liaram na sua expansão. Assim, a tecnologia de trans‑ missão de som por ondas de rádio, criada no fim do século XIX por Nikola Tesla, continua a informar, sa‑ tisfazer e divertir milhões de ouvintes em todo o mun‑ do. O livro impresso, o jornal, o rádio e a revista nunca perderão espaço e importância. No mesma ótica, o surgimento da reprodução de obras literárias por meio de equipamentos eletrôni‑ cos, como os chamados e‑books, não significa o fim do livro impresso. O livro digital é bem‑vindo, mas o livro impresso permanecerá vivo, sólido, dinâmico e pujante no mercado editorial. Nenhuma revolução tecnológica será capaz de acabar com ele, que é e con‑ tinuará sempre sendo incomparavelmente mais prá‑ tico, democrático, acessível e companheiro, em qual‑ quer hora e em todos os lugares. Como disse Charles W. Elliot, “livros são os mais silenciosos e constan‑ tes amigos, os mais acessíveis e sábios conselheiros e os mais pacientes professores”. A Abigraf Nacional, que representa um setor de 20 mil empresas, constitutivas do parque gráfico bra‑ sileiro, o qual emprega mais de 200 mil trabalhadores, REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

atenta às transformações oriundas da adoção de novas tecnologias, tem desempenhado um papel da mais alta relevância, no sentido de evidenciar a importância do material impresso para a economia do País e a necessi‑ dade de sua manutenção e constante aperfeiçoamento. A nossa entidade aponta que a indústria de impres‑ sos gráficos tem ainda um grande espaço e enorme po‑ tencial para crescer no cenário nacional, levando‑se em conta a condição de um país cujo objetivo estraté‑ gico é o de se ver incluído entre as nações mais desen‑ volvidas do mundo. Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas, a pedido do Ministério da Cultura, nós temos no Brasil uma proporção de apenas 2,67 bibliotecas públicas — alternativa mais barata e abrangente para a democra‑ tização do acesso ao livro e promoção da leitura — por 100 mil habitantes. Em 1.152 municípios brasileiros — 20% do total — não existem bibliotecas. O déficit brasileiro no campo da leitura é também gigantesco. O nosso índice de leitura é um dos mais bai‑ xos do mundo, com apenas 3,7 livros lidos por habitan‑ te, com média de apenas 1,8 lido por pessoa ao ano. Apenas 25% das famílias com renda superior a 15 sa‑ lários mínimos mensais compram livros não‑didáticos. A expansão dos e‑books não pode e nem deve pre‑ judicar o mercado de livros impressos. Um meio de comunicação não exclui o outro. O videocassete não acabou com o cinema e nem a televisão com o rádio. Existe público para cada veículo. O livro eletrônico irá absorver uma parte do mercado do livro impresso, po‑ rém, um não substituirá o outro. Os leitores terão duas formas de leitura, livros físicos e eletrônicos. São meios que podem perfeitamente se integrar e interagir, assim como todas as demais mídias, para que todos possam sobreviver, prosperar e crescer, ofe‑ recendo ao público leitor cada vez mais opções de qualidade para uma boa leitura. Livros, jornais, revistas, cadernos, manuais de produtos distintos, embalagens e numerosos outros impressos, que interagem no dia a dia com todos os cidadãos, alcançando milhões de pessoas, continua‑ rão a existir, gerando empregos, impostos, riquezas e levando educação e cultura à população.

antonio@kelps.com.br


VO C Ê S A B E O QUE ACONTECE CA DA V E Z QU E U M L I V RO, UM CADERNO, UMA EMBALAGEM, UMA REVISTA OU UM FOLHETO

É IMPRESSO?


Imagem de eucalipto


U M A N O VA Á R V O R E

DA

E D U C A Ç Ã O,

D A I N F O R M A Ç Ã O, E DA DEMOCRACIA

É P L A N TA D A. A cadeia produtiva do papel e da comunicação impressa inicia a campanha de informação sobre o que produz para a sociedade. Vêm esclarecer dúvidas e, principalmente, trazer à luz da verdade algumas questões ligadas à sustentabilidade. A principal delas é deixar claro que, as árvores destinadas à produção de papel provêm de florestas plantadas, e que essas são simplesmente culturas, lavouras, plantações como qualquer outra. Somos uma indústria alinhada com a ecologia e a natureza, ou seja, as nossas impressões são extremamente conscientes. Hoje, temos processos mais limpos do que a grande maioria das indústrias. E, mesmo assim, buscamos todos os dias novas tecnologias de produção que respeitem ainda mais o equilíbrio do meio ambiente. Somos uma indústria que traz prosperidade para o país e benefícios para todos os brasileiros. Temos imenso orgulho de saber que cada vez que imprimimos um caderno, um livro, uma revista, um material promocional ou uma embalagem, estamos levando conhecimento, informação, democracia e educação a todos. Imprimir é dar veracidade, tornar palpável. Imprimir é assumir compromisso. Imprimir é dar valor. Principalmente à natureza.

IMPRIMIR É DAR VIDA.

w w w. i m p r i m i re d a r v i d a . o rg. b r


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Navilouca (1972), publicação carioca, tinha na sua capa, entre os inúmeros artistas populares, os poetas concretos Décio Pignatari, Augusto e Haroldo de Campos. Pensando bem, muitas das liberdades compositivas e tipográficas de que usufruimos hoje devemos a estes três pensadores verbo-visuais. Assim como devemos nossas liberdades cromáticas aos artistas

Em 1962 os poetas concretistas lançaram o número um da revista Invenção, a mais influente nave louca do final do século XX, que via na evolução e na inovação uma saída para a mesmice do modernismo brasileiro. A quinta e última edição é datada de janeiro de 1967.

Nave louca de um único tripulante:

psicodélicos, em particular a Victor Moscoso

Décio Pignatari, que mostrava poemas visuais com a colaboração de artistas

e aos cartazistas cubanos e poloneses

como Fernando Lemos, Telma Weiz,

(em especial a Henryk Tomaszewski) que

Virgínia Quental e Roberto Campadello.

criaram peças magníficas nas últimas décadas

Impresso com clichês e tipos metálicos

do século XX. O legado dos artistas brasileiros

tradicionais em 1968, São Paulo, SP.

aqui enfocados — desde os poetas citados, passando pelos maestros Julio Medaglia,

Filhote gaúcho, impresso

Damiano Cozzela e Rogério Duprat e chegando

em serigrafia, com tiragem

aos popularíssimos Caetano, Gil e Tom Zé – não

de 50 exemplares, criado

deve ser desprezado por nenhuma das gerações eletrônicas ou internéticas atuantes ou se

e produzido em Porto Alegre, RS, em 1971, tripulada por Nilo Paim Soares, Cristina Burger,

formando na universidade e no mercado.

Luis Paulo Gallina,

Rogério Duarte, Luciano Figueiredo e

Flávio Pons e Claudio Ferlauto.

Oscar Ramos, dentre muitos, forjaram o vocabulário conhecido como tropicalista, que, de resto, é o vômito antropofágico das vocalizações internacionais contestadoras, das loucuras, das

Nave louca baiana, de 1974, comandada por

experiências baratas, das visões formadas pelo uso

Erthos A. de Souza

de drogas, todas elas típicas das décadas de 1960

com a colaboracão de

e 1970. Ou ainda por desespero existencial

Augusto de Campos, Caetano Veloso

e político em função da falta de perspectivas

e Rogério Duarte,

criativas, a partir de 1968, tendo em vista que,

Salvador, Bahia.

no Brasil, a ditadura militar abortou esse parto criativo bem no seu início. A partir de então passamos de atores a espectadores das mudanças do mundo. E isto vai até o final dos anos 1980,

Com projeto gráfico de Julio Plaza, Através #3, São Paulo, SP, reunia projetos de diversos artistas — Julio Medaglia, Ivan Cardoso, Luciano Figueiredo,

quando, quase do nada, caimos de boca na grande

Haroldo de Campos, Oscar Ramos, Alice

aventura evolucionária da era digital.

Ruiz, Paulo Leminski e Regis Bonvicino ­—

Claudio Ferlauto

sob o conselho editorial formado por Lucrécia Ferrara, Leyla Perrone-Moisés, Décio Pignatari e Boris Schnaiderman.

82

Foi uma espécie de arca de Noé

REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

da vanguarda no final dos anos 1970.


Navilouca, primeira edição única, supostamente de 1972,

O Time Out, nos anos 1970, foi o mais

para a Phonogram (gravadora dos tropicalistas), editada

importante guia cultural da cidade de

por Lúcio Urubatan de Abreu para Edições Gernasa.

Londres, no Reino Unido. Na época era

uma nave louca underground, com inclinações esquerdistas e contestadoras. As capas ao lado tratam respectivamente (de cima para baixo) de cocaína, da morte de J.F.Kennedy, do massacre dos índios Cintas Largas no Brasil e de outras

TORQUATO & OSCAR RAMOS

etnias indígenas na América do Sul e, por fim, do affair de John Lennon e Yoko Ono. Sua visualidade era pioneira na apropriação de imagens vernaculares, reproduções de gravuras antigas, charge, caricatura e uma diagramação que, embora montadas sobre um rigoroso grid/grade tradicional, exalava um aroma de transgressão e desbunde típicos do período. Suas principais matérias jornalísticas eram, quase sempre, políticas. Além de indicar filmes, peças de teatro, livros e outras atvidades culturais da swinging London, ela tinha

CHACAL & ROGÉRIO DUARTE

uma forte seção de poesia, de ações políticas e sociais (agit prop), de comida (eating out), e classificados sem preconceitos, que lembram alguns sites contemporâneos. Outra nave útil naquele período foi o Domebook 2, que, ao lado da publicação intitulada Shelter, era tripulada por centenas de jovens que desejavam construir suas casas sem os limites estabelecidos pelas convenções e que tinham uma visão mais avançada que a dos arquitetos do grupo inglês Archigram.

HÉLIO&LUCIANO FIGUEIREDO

O principal guru destes loucos navegantes era um engenheiro-designer-arquiteto dos EUA, Buckminster Fuller, o inventor das cúpulas geodésicas.

83 JULHO/AGOSTO 2010  REVISTA ABIGR AF


Catálogos novaiorquinos dos anos 1970 dirigidos a diretores de arte; um dos raros dicionários de artes gráficas publicado no Rio Grande do Sul nos anos 1950; anuário de fotoletras da Alltype, São Paulo, anos 1980; Octavo, revista tipográfica londrina de 1986, editada por ex-alunos de Weingart; e ABC’s of Type, um dos primeiros bestsellers sobre tipografia, publicado nos EUA em 1990.

: as naves loucas dos tipos : catálogos, manuais, dcionários :

Quando todos nós estivermos usando o leitor de livros Kindle, não existirão mais capas de livros visíveis nas prateleiras e nas mãos dos leitores de metrô e salas de espera. “Há algo de especial em ter um belo livro que parece intelectualmente pesado e apetitoso”, disse Bindu Wiles — em uma matéria de Motoko Rich no The New York Times, publicada pela Folha de S.Paulo em abril passado —, que se lembra de ter apreciado quando recentemente, ao reler Ana Karênina, as pessoas podiam ver a capa no metrô. “Você se sente meio orgulhosa de estar lendo isso”. Mas nada disso acontecerá se estivermos lendo ou ouvindo “livros” de formatos invisíveis. ☛ São mudanças que parecem esquisitas, mas que serão tão naturais quanto um JPG no e-mail ou um arquivo de som que navega de Tóquio para São Paulo. Um dia também muitos acharam estranho poder ter sua própria Bíblia, impressa e encadernada sobre a mesa da sala, e aprender a lê-la sozinho e silenciosamente. Antes disso a leitura era pública, feita em voz alta, sob o comando ou controle de um mestre, de um padre ou de um bruxo. Seria mais ou menos como fazemos hoje ao reunir os amigos em volta de uma tela de plasma e de um computador para assistir Barcelona e Internacional na final do Mundial de Clubes: som alto e um narrador “lendo” táticas, explicando regras, justificando fatos que acabamos de assistir. ☛ As letras também serão, na maioria, fugazes jogos de pixels, impossíveis de controlar, que mudam de cores e dimensões a todo instante. As letras como as conhecemos estarão, sem graça e sem arte, apenas no corpos dos e-mails, assopra nos ouvidos atentos a designer norte-americana Jessica Helfand. Estamos, cotidiana e meticulosamente, organizando as novas regras e convenções para as entrelinhas, para o kern, para o uso de caixas altas e baixas, cada vez que projetamos textos em movimento e que vivem em misteriosos layers: o outro planeta da tipografia.



Quadrinhos

Ainda menino, Joe Kubert apaixonou-se pelas tiras de Tarzan ilustradas por Hal Foster. Quatro décadas depois, já famoso, ele seria responsável durante cinco anos por uma das melhores séries do Rei das Selvas.

por Joe Kubert o trabalho e dar a forma definitiva ao Homem-​­Macaco. Após as his­tó­r ias do deste­ mido personagem das selvas passarem pelas mãos de diver­ sos artistas, eis que, em 1972, a DC resolveu fazer uma edição es­pe­cial em formato comic book e escolheu o cul­tua­do au­tor de

O

personagem cria­do em li­ vros pelo escritor ame­ ricano Edgar Rice Bur­ roughs foi ilustrado pelos mais talentosos desenhistas em qua­ drinhos. Começou com Harold (Hal) Foster no ano de 1929, em tiras. De­pois vie­ram os capítulos do­mi­ni­cais coloridos em forma­ to jornal. Quan­do Foster ­criou Príncipe Valente, em 1937, cou­ be a Burne Hogarth prosseguir

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Sargento Rock, Joe Ku­ bert. “Ali surgia uma oportunidade de vol­ tar a me conectar com as ale­g rias da minha infância”. O artista de­ senvolveu esse trabalho com grande sucesso até fe­ve­rei­ro de 1977, quan­ do as his­t ó­r ias passa­ ram a ser publicadas pela Marvel. Para o de­lei­t e dos fãs bra­si­lei­ros de qua­ Tarzan, ilustrado pelos mestres Hal Foster (E) e Burne Hogart (D). drinhos, a Devir acaba de lançar lu­xuo­so álbum em cores com as oito pri­mei­ras his­tó­r ias adaptadas, Álvaro de Moya é autor do livro Vapt-Vupt. escritas e ilustradas por Kubert, de fe­ REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

ve­rei­ro a novembro de 1972, uma de­ las completan­ do o trabalho de Hogar th. Com c olor i­ zação de Ta­ tjana Wood, é uma edição im­ perdível, trazen­ do 208 páginas e óti­ ma qualidade gráfica. A edição conta com um prefácio do pró­ prio desenhista, cria­dor e professor na sua The Joe Kubert ­School of Car­too­ning and Graphics, instalada em Nova York. Kubert já esteve em nosso país em 1995, no ComicCon, evento rea­l i­za­do pela Escola Panamericana de Arte e De­ sign na inauguração de sua sede em São Pau­lo (Revista Abigraf nº 151).

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Galeria da SIB - Sociedade dos Ilustradores do Brasil

Autor: GUSTAVO DUARTE Título: Perna de Pau. Cliente: Lance Técnica: traço no nanquim e cores no Photoshop.

Sociedade dos

Ilustradores Revista Abigraf  setembro 2005 87 www.sib.org.br do Brasil


Sustentabilidade à chinesa Participantes do evento da APP no Hotel Sofitel, suas unidades e países. Em pé (E/D): James Huang, Gold Huasheng/China; Dody Darma, Tjiwi Kimia/Indonésia; Agi Aditya, Pindo Deli/Indonésia; Victor Cortez, Ningbo/China; Jack Huang, Gold Huasheng/China; Majoy Viccari, Cathay/ Brasil; Fernando Zelaya, Gold East Paper/China; David Tan, HQ APP/Indonésia; Pow Wei Siong, Indah Kiat Serang/Indonésia; Ian Lifshitz, HQ APP/ Canadá; Geraldo Ferreira, Cathay/Brasil; Cybele Costa, Cathay/Brasil; Adi Wangsa, Tjiwi Kimia/Indonésia; Agachados: Carolina Lo, Gold Huasheng/China; Eva Lee, Gold East Paper/China; Adrian Arditiar, Indah Kiat Serang/Indonésia; Atul Tyagi, HQ APP/Indonésia.

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APP organiza evento para apresentar novos produtos e destaca a atuação socioambiental responsável das suas plantas fabris na Ásia.

Asia Pulp & Paper Co., ter­c ei­r a ­maior fabricante em volume de celulose e papel do mundo, reu­n iu executivos e pro­f is­sio­nais da indústria gráfica em 10 de junho, no Hotel Sofitel, em São Pau­lo, para palestras sobre sustentabilidade na indústria de papel e celulose e também para a apresentação dos seus produtos. Aberto por Geraldo Fer­rei­ra, diretor geral da Cathay BR , sub­si­diá­r ia da APP no Brasil, o programa contou com apresentação de Ian Lifshitz, gerente de sustentabilidade e de sensibilização do público nas Américas, que demonstrou os programas de sustentabilidade da companhia, detentora da marca de 15 milhões de toneladas produzidas por ano em suas plantas localizadas na China e Indonésia. “O grupo opera de acordo com diretrizes certificadas globalmente, garantindo aos fornecedores de celulose um produto que atende aos rigorosos cri­té­r ios de uso sustentável das florestas”, ressaltou o executivo. Para dar uma visão na­c io­n al do tema, a APP convidou Alfredo Lobo, REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

diretor de Qua­li­da­de do Inmetro, que falou sobre o sistema Cerflor (Certificação Florestal no Sistema Bra­si­lei­ro de Ava­lia­ção da Conformidade). O evento teve ain­d a palestras dos executivos do Grupo APP, que apresentaram produtos lançados recentemente no mercado mun­dial, como os pa­péis Nevia Plus, Un­coa­ted Digital e Digital & Eva-​­Ni­reus e os cartões Ningbo e Poly. Nova globalização

Um dos mais aguardados módulos do evento foi “China e Brasil, na Segunda Etapa da Globalização”, por Demétrio Magnoli, so­ció­lo­go e pesquisador do Grupo de Análises de Conjuntura In­ ter­na­cio­nal (Gacint) da USP. Ele trou­xe uma perspectiva histórica dos motivos que estão conduzindo a China a um forte crescimento no comércio in­ter­na­cio­ nal. “Na pri­mei­ra fase da globalização, até a metade dos anos 1990, o per­cen­ tual ain­da era pequeno, mas hoje, com 9% do total, o país empata tecnicamente com o pri­mei­ro colocado no ranking, a Alemanha”. Ele destacou a tendência de au­men­to nas exportações chinesas para paí­ses da América Latina e África, re­g iões que ain­da detêm uma fatia reduzida nesse comércio. Em nosso continente, em 2008, o valor ficou próximo de 50 bilhões de dólares — pou­co se

comparado com a Europa, que, no mesmo ano, comprou cerca de 371 bilhões de manufaturados chineses. O evento foi encerrado por Geraldo Fer­rei­ra, que apresentou a fábrica do grupo na província chinesa de Hai­ nan. Ele ressaltou que o Brasil está em uma re­g ião estratégica, de menor custo de produção de celulose, mas que, por enquanto, a APP não considera a instalação de uma fábrica no País, onde a empresa mantém uma representação co­mer­cial desde 2007. Segundo o diretor, os chineses ain­da estão cau­te­lo­sos em relação a uma expansão fora da Ásia. Porém, em agosto, um grupo de executivos virá ao Brasil ava­l iar alguns projetos, entre eles o de uma fábrica local. “Nosso negócio por enquanto é a co­mer­cia­li­za­ção de papel, es­pe­cial­men­te para o mercado edi­to­r ial e, futuramente, o segmento de embalagens, para o qual estamos estudando produtos. Quan­do começamos a ­atuar no Brasil, o objetivo foi, e ain­ da é, o de mostrar ao mercado alternativas estratégicas para fornecimento de papel. O evento de hoje ratifica ao mercado esta intenção. Estamos trazendo novos produtos para que os clien­tes possam po­ten­cia­li­zar seu negócio”. & CATHAY BR Tel. (11) 3078.3838  www.cathay.com.br


Estamos acostumados a deixar uma ótima impressão. Agora não só no acabamento. Ser uma gráfica completa significa deixar nossos clientes plenamente satisfeitos quanto a qualidade e agilidade na execução de seus trabalhos.Pensando nisso, a Aquarius investiu em 2 impressoras rotativas Harris M-1000B.

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IMPRESSÕES

Reinaldo Espinosa

Presidente Executivo da ABTG

Empreendedorismo sempre ão há como não se deixar contagiar pelo sucesso da ExpoPrint. É muito bom ver que nosso setor é capaz de organizar uma grande feira, bem montada, contando com a participação dos principais fornecedores desse mercado, que se fizeram presentes com o que de melhor têm em termos de equipamentos, sistemas, soluções e, enfatizo, com suas lideranças em nível mundial. Pelos estandes e corredores, o português muitas vezes confundiu‑se com o espanhol; nos rostos, traços que não fazem parte de nosso cenário cotidiano, pontos que reunidos, conferiram à feira um contorno realmente internacional. Os olhos do mundo da impressão estavam voltados para São Paulo. Podemos e devemos nos sentir orgulhosos disso, de saber que a indústria gráfica brasileira, aliada ao bom momento da economia nacional, justifica toda essa atenção. Mas temos de ter a justa medida. É preciso entender que o Brasil e a América Latina representam para muitas companhias, pressionadas pelo baixo desempenho das economias de seus países de origem, a tábua de salvação, uma enseada mais tranquila para quem vem navegando em mares revoltosos. Isso torna o segmento gráfico nacional ainda mais atrativo.

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O momento é positivo, porém com facetas diferentes dependendo do segmento para o qual se olha. O setor de embalagem vai muito bem, impulsionado pela elevação da demanda como um todo. E vem assim já há algum tempo, beneficiado pelo crescimento do poder aquisitivo da população. Tradicionalmente, já seria o suficiente para estimular também o segmento de impressos promocionais, só que isso não vem ocorrendo. As verbas publicitárias continuam sofríveis, fruto do arrocho que os departamentos de marketing das grande companhias, globalizadas, vêm sofrendo. Muitas subsidiárias brasileiras estão tendo de apertar o cinto para estancar a sangria de suas matrizes na Europa e nos Estados Unidos. A imprensa destacou que, no mês de junho, os dólares voltaram a sair do País em ritmo comparável ao momento mais agudo da crise financeira em 2008: foram US$ 4,279 bilhões, o pior fluxo cambial desde dezembro de 2008. Temos de estar atentos para não repetirmos erros do passado. Empreendedorismo sempre, mas com os pés plantados no chão. reinaldo@rwagrafica.com.br


18ª

PESQUISA DE SALÁRIOS E BENEFÍCIOS NA INDÚSTRIA GRÁFICA PAULISTA

A PESQUISA É SOBRE O MERCADO, MAS OS RESULTADOS VÃO APARECER NA SUA GRÁFICA. A Pesquisa Salarial é a melhor ferramenta para a administração de cargos, salários e benefícios da Indústria Gráfica Paulista. São 58 empresas participantes, 166 cargos setorias descritos e pesquisados, 6 segmentos analisados, cerca 13.659 profissionais na amostra, relatórios com apresentação e metodologia, relação das empresas participantes distribuídas por segmento e porte, gráficos analíticos, medidas estatísticas por cargo, segmento empresarial e porte, além de análise da política de RH. Associada SINDIGRAF-SP/ABIGRAF-SP: R$ 500,00

Informações: 11 3164-3193

EXECUÇÃO

Não Associada: R$ 1.200,00.

REALIZAÇÃO


18ª PESQUISA DE SALÁRIOS RELAÇÃO DOS CARGOS PESQUISADOS ÁREA DE PÓS-IMPRESSÃO (ACABAMENTO) SUPERVISOR DE ACABAMENTO LÍDER DE MANUSEIO OPERADOR DE MÁQUINA OPERADOR CORTE E VINCO AUTOMÁTICO OPERADOR CORTE E VINCO MANUAL OPERADOR PROCESSO INTEGRADO OPERADOR MÁQUINA COSTURA OPERADOR DE ALCEADEIRA OPERADOR DE DOBRADEIRA OPERADOR MÁQUINA COLAGEM (EMBALAGEM) OPERADOR DE GRAMPEADEIRA OPERADOR GUILHOTINA OPERADOR MÁQUINA MONT. CAPA AUTOMÁTICA PLASTIFICADOR OPERADOR MÁQUINA COSTURA (1/2 OFICIAL) OPERADOR MÁQ. ACAB. PROC. INTEGRADO (1/2 OFICIAL) AJUDANTE GERAL / AUXILIAR DE ACABAMENTO BLOQUISTA 2º AJUDANTE MÁQUINA INTEGRADA PAUTAÇÃO AJUDANTE DE ACABAMENTO OPERADOR DE SOLDA GERENTE DE ACABAMENTO

CÓDIGO 3101 3201 3301 3018 3302 3303 3304 3306 3307 3308 3309 3310 3313 3315 3401 3402 3403 3501 3502 3601 4025 8003

ÁREA DE IMPRESSÃO GERENTE DE PRODUÇÃO GERENTE DE IMPRESSÃO SUPERVISOR IMPRESSÃO LÍDER DE IMPRESSÃO OPERADOR IMPRESSÃO ELETRÔNICA / DIGITAL IMPRESSOR FORM. CONTÍNUOS - 4 A 6 CORES IMPRESSOR FORM. CONTÍNUOS -6 CORES OU MAIS IMPRESSOR OFFSET PLANA MONOCOLOR (OFICIAL) IMPRESSOR OFFSET PLANA BICOLOR (OFICIAL) IMPRESSOR OFFSET 4 CORES (OFICIAL) IMPRESSOR OFFSET PLANA 6 CORES (OFICIAL) IMPRESSOR OFFSET ROTATIVA - MONOCOLOR IMPRESSOR OFFSET ROTATIVA 4 CORES IMPRESSOR OFFSET ROTATIVA 6 CORES OU MAIS IMPRESSOR FLEXOGRAFIA IMPRESSOR FLEXOGRAFIA (1/2OFICIAL) IMPRESSOR OFFSET PLANA (1/2 OFICIAL) IMPRESSOR OFFSET ROTATIVA (1/2 OFICIAL) IMPRESSOR OFFSE 6 OU AMIS CORES (HEAT SEAT) 1º AJUDANTE IMPRESSOR OFFSET PLANA 1º AJUDANTE IMPRESSOR OFFSET ROTATIVA 2º AJUDANTE IMPRESSÃO OFFSET REBOBINADOR BOBINADOR COLORISTA IMPRESSOR DE SERIGRAFIA

8001 8002 2101 2201 2301 2302 2303 2304 2305 2306 2307 2308 2309 2310 2311 2312 2401 2402 2403 2501 2502 2601 2602 2603 2604 2606

ÁREA DE APOIO GERENTE DE MANUTENÇÃO GERENTE DE PCP GERENTE DE TI SUPORTE PRODUÇÃO INSTALADOR DE MÍDIA OFICIAL SUPERVISOR CONTROLE QUALIDADE INSTALADOR DE SANCAS/PROPAGANDA ENCANADOR DE MANUTENÇÃO ADESIVADOR IDER DE MERCEARIA SOLDADOR DE LONA AJ. DE SOLDADOR DE LONA EMBALADOR MONTADOR PINTOR SUP. PLANEJAMENTO CONTROLE PRODUÇÃO - PCP SUPERVISOR MANUTENÇÃO MEC./ELÉTRICA/ELETRÔNICA SUPERVISOR DE ALMOXARIFADO SUPERVISOR ORÇAMENTOS GRÁFICOS LÍDER DE MANUTENÇÃO ELETRÔNICO LÍDER MANUTENÇÃO MECÂNICA TÉCNICO ELETRÔNICO ELETRICISTA MANUTENÇÃO (OFICIAL) MECÂNICO MANUTENÇÃO (OFICIAL) OPERADOR DE EMPILHADEIRA PROGRAMADOR DE PRODUÇÃO LUBRIFICADOR INSPETOR DE QUALIDADE TÉCNICO GRÁFICO APONTADOR DE PRODUÇÃO EXPEDIDOR PRODUTOS ACABADOS MECÂNICO MANUTENÇÃO (1/2 OFICIAL) ELETRICISTA MANUTENÇÃO (1/2 OFICAL) AUXILIAR DE MANUTENÇÃO ANALISTA DE SISTEMA DE QUALIDADE AUXILIAR DE PROCESSO QUALIDADE COORDENADO PROCESSO QUALIDADE

8004 8005 8006 4101 4031 4033 4028 4034 4037 4038 4039 4040 4041 4042 4102 4103 4409 4410 4201 4202 4203 4204 4205 4206 4207 4208 4210 4211 4301 4302 4303 4304 4401 4402 4403 4404

ÁREA DE APOIO TÉCNICO MEIO AMBIENTE COORDENADOR ATENDIMENTO TÉNCNICO MATERIAIS ANALISTA IMPORTAÇAÕ/EXPORTAÇÃO

CÓDIGO 4411 5023 5041 5042

ÁREA DE PREPARAÇÃO E PRÉ-IMPRESSÃO SUPERVISOR DE PRÉ-IMPRESSÃO LÍDER MONTAGEM ELETRÔNICA LÍDER DE TRATAMENTO IMAGEM DIGITAL LÍDER DE MONTAGEM CONVENCIONAL LÍDER CTP (GRAVAÇÃO ELETRÔNICA - FORMAS DE IMP.) RECEPCIONISTA DE PRÉ-IMPRESSÃO (OPER. DE TRÁFEGO) OPERADOR MONTAGEM ELETRÔNICA OPERADOR TRATAMENTO IMAGEM DIGITAL OPERADOR RETOQUE ELETRÔNICO OPERADOR DE CTP (GRAV. ELET. DE FORMAS DE IMP.) OPERADOR DE SCANNER OPER. SIST. PROVA ANALÓGICA (PRELO CONVENCIONAL) OPER. SIST. PROVA ANALÓGICA (PRELO AUTOMÁTICO) OPERADOR DE MONTAGEM CONVENCIONAL COPIADOR (CHAPAS, CLICHÊS, ETC.) ARQUIVISTA DE FILMES E/OU FORMAS DE IMPRESSÃO REVISOR DE FOTOLITO PROJETISTA GRÁFICO DESIGNER GRÁFICO OPERADOR DE SISTEMA DE PROVA DIGITA OPERADOR DE IMPOSIÇÃO ELETRÔNICA ASSISTENTE DE PRÉ-IMPRESSÃO PROGR. VISUAL GRÁFICO / PROD. GRÁFICO AUXILIAR DE PRÉ-IMPRESSÃO LÍDER DE PROVA LÍDER DE SCANNER GERENTE DE PRÉ-IMPRESSÃO

1101 1201 1203 1204 1209 1301 1303 1304 1305 1306 1307 1308 1309 1310 1311 1312 1313 1314 1315 1317 1318 1319 1320 1401 1402 1403 8000

ARÉA ADMINISTRATIVA GERENTE COMERCIAL (MKT. E VENDAS) GERENTE DE VENDAS GERENTE DE SISTEMAS GERENTE DE SUPRIMENTOS GERENTE DE RECURSOS HUMANOS GERENTE ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO CONTROLLER GERENTE ATENDIMENTO AO CLIENTE MÉDICO DO TRABALHO (4 HORAS) SUPERVISOR DE RH SUPERVISOR CONTABILIDADE SUPERVISOR EXPEDIÇÃO SUPERVISOR VENDAS SUPERVISOR FINANDEIRO LÍDER DE EXPEDIÇÃO COORDENADOR DE ATENDIMENTO ANALISTA DE RECURSOS HUMANOS ANALISTA DE PESSOAL ANALISTA CONTÁBIL ANALISTA DE SUPORTE ANALISTA DE SISTEMAS ANALISTA DE CUSTOS ANALISTA FINANCEIRO TÉCNICO DE MATERIAIS COMPRADOR TÉCNICO COMPRADOR (MATERIAL NÃO PRODUTIVO) ORÇAMENTISTA GRÁFICO SECRETÁRIA DE DIRETORIA MOTORISTA DIRETORIA MOTORISTA VEÍCULOS LEVES MOTORISTA VEÍCULOS PESADOS AUXILIAR DE PESSOAL AUXILIAR DE CONTABILIDADE AUXILIAR DE CUSTOS AUXILIAR DE ENFERMAGEM DO TRABALHO FATURISTA AUXILIAR ADMINISTRATIVO TÉCNICO SEGURANÇA DO TRABALHO RECEPCIONISTA TELEFONISTA (6 HORAS) ANALISTA DE VENDAS ANALISTA IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO SUPERVISOR IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO ASSISTENTE ATENDIMENTO-VENDAS ASSISTENTE CRÉDITO COBRANÇA ASSISTENTE FINANCEIRO ASSISTENTE RECURSOS HUMANOS ASSISTENTE SUPORTE SUPERVISOR COMPRAS SUPERVISOR DE FATURAMENTEO EXECUTIVO DE CONTAS ANALISTA FISCAL

8007 8008 8009 8010 8011 8012 8013 8014 5101 5102 5103 5104 5105 5106 5107 5108 5201 5202 5203 5204 5205 5206 5207 5208 5209 5210 5211 5212 5213 5214 5215 5301 5302 5303 5304 5305 5306 5307 5308 5309 5310 5311 5312 5313 5314 5315 5316 5317 5318 5319 5321 5322

TOTAL: 166


SERVIÇOS PRESTADOS PELA ABIGRAF SÃO PAULO AOS SEUS ASSOCIADOS • Valores especiais em hospedagem, através do Club de Férias. Opções no site: www.clubdeferias.com.br • Descontos em produtos Johnson&Johnson através do site da Labcarter • Planos Odontológicos Prodent Valores Especiais. • Descontos especiais na compra de veículos GM e FORD. • Desconto na compra de alguns produtos SERASA. • Colônia de férias (Praia Grande) • Acesso irrestrito às informações econômicas do setor. • Assessoria jurídica: atendimento às consultas, divulgação da legislação e acompanhamento dos projetos de lei. • Elaboração de pleitos. • Palestras exclusivas para associados. • Desconto no aluguel do auditório da ABTG. • Sala de reuniões gratuita. • Desconto nas inscrições de produtos para o Prêmio Fernando Pini e nos preços dos ingressos para a festa. • Assinatura Gratuita das Revistas ABIGRAF e Tecnologia Gráfica. • PESQUISA SALARIAL GRATUITA (para empresas participantes). • Divulgação da empresa no Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica. • Acompanhamento para visitas técnicas à DRUPA.

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• Descontos na compra de softwares da CALCGRAF. • Assessoria gratuita na importação de equipamentos. • Parceria com o IEL – Instituto Euvaldo Lodi – para intermediação de contratação de estagiários. • Possibilidade de participação no GRAPHIA – Projeto de exportação da Indústria Gráfica. Oferece suporte de profissionais especializados em comércio exterior, e a participação em feiras e missões internacionais. • Convênio com a Caixa Econômica Federal para linhas de crédito para capital de giro e antecipação de 13º salário. • Descontos em cursos e palestras. • Desconto na compra de manuais técnicos. • Desconto em consultoria técnica da ABTG. • Associação automática à ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica. • Consultoria gratuita pela ABTG Junior para empresas com até 20 funcionários. • Receber informações atuais sobre normas elaboradas, revisadas ou em estudo pelo Organismo de Normalização Setorial de Tecnologia Gráfica da ABTG (ONS27). • O associado da ABIGRAF São Paulo também tem a extensão dos benefícios oferecidos pela FIESP.


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Manolo Moran Retratos e intervençþes 3


2

F OTOG R A F I A

Manolo Moran destaca-se pela habilidade em dirigir pessoas e pela capacidade de transmitir, através da iluminação, o clima exato de uma campanha. Passar emoções é o cerne de seu novo projeto, no qual lança mão da inovadora projeção mapeada. Tânia Galluzzi

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1 Agência AlmapBBDO: Cliente Alka Seltzer 2 Trabalho pessoal. Série Futebol, 2009 3 Agência África: Cliente Itaú 4 Agência DM9DDB: Cliente Fedex


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5 Agência DM9DDB: Cliente Bohemia 6 Agência EC: Cliente Date.com 7 Agência DM9DDB: Cliente SBP 8 Agência AlmapBBDO: Cliente Havaianas

está mergulhado num projeto inovador, calcado nessas ferramentas. É que Manolo, 49 anos, tem conseguido manter-​­se fiel à prática de resolver a foto num só clique. “Sou da velha guarda. Sempre que posso, procuro fazer uma foto só”. O resultado são imagens mais dramáticas, fruto de uma iluminação natural, seja ela do astro rei ou de flashes e refletores. A garota da propaganda do Itáu

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N

o cenário ­atual da fotografia publicitária, onde prepondera a pós-​­produção e o que se vê nos anún­cios é uma combinação de imagens, ora bem resolvida, ora lembrando uma colcha de retalhos mal costurada, Manolo Moran aparece como voz dissonante. Que fique claro que não há nada contra recursos di­g i­tais, mesmo porque o fotógrafo

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está mesmo lá no ae­ro­por­to com uma ae­ro­ na­ve ao fundo, assim como foram colocados numa ­praia real os co­quei­ros e os chinelos para o anúncio das Ha­vaia­nas. A iluminação precisa, que acompanha e ajuda a transmitir o clima idea­li­za­do pela agência, é o que tanto agrada os clien­tes. Manolo aprendeu o ofício de fotografar com um pé na Espanha e ou­tro no Brasil. Filho de es­pa­nhóis, foi para Barcelona logo após formar-​­se em Engenharia, em 1985. Ficou um ano por lá e com a ex­pe­r iên­cia adquirida conquistou espaço na DPZ, já de volta à capital pau­lis­ta. Em 1989, passou mais um pe­r ío­do de um ano na Catalunha, até que em 1990 preparou o terreno para fixar raí­zes em São Pau­lo, montando seu estúdio no bair­ro de Pi­nhei­ros. Nesse caminhar, naturalmente, as fotos foram refletindo a aptidão de Manolo no trato com as pes­soas. “Gosto da direção. Como dizia Susan Sontag, fotografar é poder. 



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9 Agência AlmapBBDO: Cliente Cesar Food 10 Trabalho pessoal. Série Futebol, 2009 11 Agência Publicis: Cliente Bavária

Quan­do se fotografa gente, o fotógrafo tem de estar no poder. Se o modelo te dominar, não há foto”. Ao mesmo tempo é preciso res­ pei­tar os limites de cada um. “O retrato nunca é uma porção completa. Naquele instante registramos um nível de sentimento”. As pes­soas estão em boa parte das imagens pu­bli­ci­t á­r ias que cria e também em seu trabalho pes­soal. No ano passado, Manolo esteve na galeria Casa da Xiclet, em São Pau­lo, com a exposição “Futebol”, retratando as emoções pungentes provocadas pelo esporte através de 11 imagens.

alcançado”. Isso está acontecendo, segundo Manolo, pelo grau de interferência do clien­te na produção fotográfica, que controla cada detalhe em função da restrição de verbas. “Não se pode arriscar, ou­sar”. E a necessidade de se atrever está levando o fotógrafo para um caminho diverso, apesar de calcado no mundo das imagens. Ao lado do cenógrafo Frank Mo­rais, ­criou a Formentera Cria­ção Cenográfica e está desenvolvendo no Brasil a técnica de projeção ma­pea­da. A tecnologia torna possível ­criar ilusões vi­suais através da projeção de filmes em su­per­f í­cies va­ria­das. Com a cria­ção 10

Intervenções lúdicas

& MANOLO MORAN Tel. (11) 3816.4067 www.manolomoran.com

Diversas vezes ganhador de ­leões em Cannes (o mais recente neste ano, um leão de prata pela campanha “Vizinhos”, cria­d a pela DM9DDB para a Fedex), Manolo já foi elei­to o melhor fotógrafo publicitário pelo jornal Meio & Mensagem. “Mas o grande barato da fotografia publicitária, que é a carga emo­cio­nal, está cada vez mais difícil de ser

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de uma animação a partir do ma­pea­men­ to em 3D do espaço, consegue-​­se projetar um vídeo, sem distorções, não apenas sobre formas simples, mas também sobre formas complexas, como um carro, uma estátua ou a fachada de um edifício. O resultado são ilusões óticas in­crí­veis. Vale conferir a intervenção fei­ta no Museu do Ipiranga, em março deste ano, cujo vídeo está no site da Formentera http://formentera.com.br/, no link Cases, Projeção Ma­pea­d a 3'33". “Essa técnica abre inúmeras possibilidades para a promoção de marcas e produtos. Quan­do fazemos as apresentações, há o encantamento ime­dia­to, mas o cria­ti­vo ain­da precisa descobrir a melhor forma de utilizá-​­la e é nisso que estamos trabalhando”. Assista ao vídeo do Museu do Ipiranga e a ou­tros que estão no blog da Formentera e você também vai querer estar lá quando acontecer a próxima performance de Manolo e Frank.



Chegou!

14º Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica

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E DI TA DO P O R

12 Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica 2007/2008 º

12th Brazilian Printing Industry Yearbook 2007/2008

2009

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Preparados para os Estados Unidos Atento às oportunidades de negócios oferecidas pelo mercado americano, o Graphia faz sua lição de casa.

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om a recuperação econômica dos Estados Unidos, ­maior comprador de produtos gráficos do mundo, as empresas gráficas bra­si­l ei­r as podem ter novas oportunidades de inserção de seus produtos naquele país. Preparar-​­se para fazer disso uma rea­li­da­de é o trabalho que vem rea­li­zan­do o Graphia, o grupo de exportações do setor, coor­de­na­do pela Abigraf Na­ cio­nal, com ­apoio da Apex-​­Brasil (Agência Bra­si­lei­ra de Promoção de Exportação e Investimentos). De acordo com o gerente responsável pelo projeto, Wagner Silva, “o cenário de retomada da economia dos EUA nos faz vislumbrar um grande po­ten­cial de incremento das exportações nos próximos anos”. Embora algumas empresas bra­si­lei­ras já ­atuem como exportadoras para a América do Norte, o número ain­da é pequeno perto do po­ten­cial importador do país e da capacidade de produção das gráficas no Brasil. Segundo Wagner, visando incrementar essa participação, está sendo ne­ go­cia­do um novo convênio com a Apex-​­Brasil que deve ser fechado em breve. Esse acordo deverá trazer o suporte necessário às atividades co­mer­ciais, dando fôlego fi­nan­cei­ro para as empresas participarem como expositoras em fei­r as in­ter­na­cio­nais, missões co­m er­c iais, rodadas de ne­gó­cios e encontros com clien­tes no ex­te­rior. Outra ação prevista para apro­vei­t ar melhor uma virada positiva na economia americana é um trabalho de branding, com vistas a projetar a marca do Graphia e alinhar os objetivos or­ga­ ni­za­cio­nais do grupo ao público

(E/D) Ricardo Fonseca (consultor Papelaria, Graphia), Sidney Menezes (Choi & Menezes Advogados), Expedito Silva (Imagem e Acesso a Mercados, Apex), Wagner Silva (gerente, Graphia) e Marcio Almeida (gestor de Projetos, Apex).

desejado. “Com essas ini­cia­ti­vas almejamos consolidar nossa posição nos clien­tes já conquistados e promover a forte expansão desta base”, revela Wagner. Conhecer para exportar Para as empresas que desejam ingressar no comércio ex­t e­ rior, o gerente do Graphia dá alguns conselhos. Antes de tudo é imprescindível adquirir cultura exportadora por meio de uma visão de futuro e adequado planejamento estratégico. “Caso a empresa nunca tenha exportado, é con­ve­nien­te que disponha de uma estrutura co­mer­cial e fabril apta a atender ao novo desafio”. Outro ponto importante

está nas pesquisas de mercado. “Atua­mos nesse modelo. Dispomos de uma estrutura de ­apoio ope­ra­cio­nal, logístico e de pro­ fis­sio­nais qualificados e es­pe­cia­ li­za­dos em comércio ex­te­rior”. Dentre as dificuldades existentes para o início das exportações, Wagner ressalta a alta carga tributária, a logística e a burocracia, além de fatores internos e pe­cu­lia­ri­da­des de cada mercado no ex­te­rior. Palestras É progressivamente positivo o resultado das exportações bra­si­ lei­ras nos últimos cinco anos, de acordo com os números apresentados pelo Graphia. De 2005

para 2009, o volume em vendas saiu de US$ 176 mi­lhões para US$ 220 mi­lhões, um crescimento de 26%. No último ano, as vendas externas foram im­pul­sio­ na­das pelos segmentos de embalagens e cartões impressos, os ­quais ocuparam a pri­mei­ra e segunda posições, respectivamente, no ranking das exportações. Além das ações de promoção co­m er­c ial, como suporte às com­pa­nhias bra­si­lei­ras com foco na América do Norte, a Apex Brasil mantém um Centro de Ne­gó­cios na zona franca de Mia­mi (EUA). “O ­apoio e a parceria são fun­da­men­tais para o fomento às exportações bra­si­lei­ ras se­to­riais, in­ter­na­cio­na­li­za­ção de nossas gráficas e inserção da cultura exportadora em nosso país”, explica Wagner. No Brasil, a título de “lição de casa”, o Graphia promoveu em maio duas palestras sobre as oportunidades co­mer­ciais, com temas que abordaram a abertura de com­pa­nhias nos Estados Unidos — in­c luin­d o aspectos como estrutura so­cie­tá­ria, vistos, investimentos in­ter­na­cio­nais e sistema tributário americano — e o fun­cio­na­men­to do Centro de Ne­gó­cios da Apex em Mia­mi e em ou­tros paí­ses. www.graphia-alliance.com.br

(E/D) Everaldo Tozzi (diretor, Reipel), Vitor de Campos (Exportação, Romitec), Ligia Koch (Exportação, Reipel), Rosana Albanez (Exportação, Jandaia), Alessandra Baldwin (Terra Realty), Ricardo Fonseca (consultor, Graphia), Sidney Menezes (Choi & Menezes Advogados), Expedito Silva (Imagem e Acesso a Mercados, Apex), Marcos Campos (diretor, Romitec), Wagner Silva (gerente, Graphia), Gustavo Hipólito (gerente comercial, Log & Print), Carlota Carneiro (Promoex), Marcio Almeida (gestor de Projetos, Apex), Giselle Hipólito (consultora, Graphia) e Patrício Prado (Promoex). Também estavam presentes no evento, mas não aparecem na foto, Carlos Rettmann (diretor, Confetti) e Chris Brooks (Concierge).

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Representante no Tocantins A Abigraf Nacional se reúne com o Sindicato da Indústria Gráfica no Tocantins para avaliar a abertura de uma regional no Estado.

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ntônio de Sou­s a Al­m ei­d a, vice-​­presidente Re­gião Centro-​­Oeste, e Sonia Regina Carboni, diretora executiva, da Abigraf Na­cio­nal, estiveram, nos dias 16 e 17 de julho, em Palmas, capital do Tocantins, com o objetivo de desenvolver ne­go­cia­ções para a abertura de uma representante re­gio­nal da entidade naquele Estado, reu­nin­do-​­se com Sergio Tavares, presidente do Sindicato das In­dús­trias Gráficas e ou­tros representantes do setor local. De acordo com Tavares, que assumiu a presidência do sindicato há pou­co menos de um ano, a ini­cia­ti­va de procurar, há alguns meses, a Abigraf Na­cio­nal foi motivada pelo interesse em buscar informações para a possibilidade da instalação de uma re­gio­nal no Tocantins. A reu­nião, informa ele, foi uma oportunidade de discutir os termos para

Reunião realizada na Federação das Indústrias, em Palmas. (E/D) Inês Ribeiro, do conselho fiscal do Sindicato das Indústrias Gráficas do Tocantins – SIG/TO (Dot Fotolito); Marlei Valduga e Deiliane de Souza, da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins – Fieto; Sérgio Tavares, presidente do SIG/TO (Gráfica Provisão); Sônia Carboni, diretora executiva da Abigraf Nacional; Mário Martins, escritor; Elizângela Marinho, do conselho fiscal do SIG/TO (Gráfica Palmas); Luiz Carlos Oliveira, tesoureiro do SIG/TO (Capital Gráfica); Antônio de Sousa Almeida, vice-presidente Região Centro-Oeste da Abigraf Nacional (Gráfica Kelps); Davi Panisset (Gráfica Formato) e Gliner Borges, tesoureiro suplente do SIG/TO (Gráfica Papyrus).

viabilizar tal proposta, que dependerá, no entanto, de alguns ajustes. “Daremos con­ti­nui­da­de ao trabalho, procurando cons­

ti­tuir a Abigraf es­ta­dual no menor tempo possível. O sindicato existe há mais de 14 anos, mas a ­atual diretoria tem se mostrado

mui­to ativa nos planos de fortalecer o setor. Ainda dependemos de alguns recursos ma­te­riais e de pes­soal para, pri­mei­ra­men­ te, consolidar nossa estruturação. Mas, desde já, colocaremos em prática um levantamento do setor, a partir de uma pesquisa que envolverá todas as gráficas do Estado”, declarou o empresário que, em Palmas, dirige a Provisão Gráfica e Editora. De acordo com o Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf, a indústria gráfica do Tocantins, em 2008, foi responsável pela geração de 361 empregos, dis­tri­buí­dos em 89 estabelecimentos, de 14 mu­ni­cí­pios. Segundo dados recentes do Ministério do Trabalho e Emprego, em ja­nei­ro de 2009 o setor empregava 380 trabalhadores, registrando acréscimo de 5,5% sobre o ano an­te­rior.

Treinamento e capacitação são fundamentais Na 5ª edição do evento em Bauru, empresários reiteram a importância da Semana de Artes Gráficas.

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erca de 50 pro­f is­sio­nais do mercado gráfico reu­ni­ram-​ ­s e no tra­d i­c io­n al almoço organizado pela Abigraf-SP na abertura da Semana de Artes Gráficas (SAG) de Bau­ru. O evento, rea­li­za­do de 17 a 21 de maio, contou com palestra de Fabio Arruda Mortara, presidente da entidade, que abordou os de­sa­ fios na indústria de comunicação impressa na nova década. Na oca­sião, os em­pre­sá­rios gráficos ressaltaram a importância da SAG para o mercado local, que possui 135 gráficas e emprega 3.450 pro­fis­sio­nais nos

39 mu­ni­cí­pios que formam a re­ gião. Para Luiz Edmundo Marques Cou­be, 1º vice-​­presidente sec­cio­nal e responsável pela seção de Bau­ru da Abigraf-SP, em termos de evolução tecnológica, a cidade está no mesmo patamar que as de­mais localidades bra­si­lei­ras onde a indústria gráfica se mostra mais competitiva. “O perfil é o mesmo”, destacou. Já Ricardo Carrijo, diretor da Tilibra, disse que a SAG é uma oportunidade de “trei­nar a equipe e receber informações sobre novas soluções e tec­no­ lo­gias”. Carrijo citou também o

fato de Bau­ru ter um setor gráfico bem estruturado. Jorge Luiz Brega Pe­rei­ra, diretor da Joar­te, apontou os cursos da Semana como um momento de aprendizado e crescimento pro­f is­ sio­nal. Sua empresa inscreveu cinco fun­cio­ná­rios nos cursos. Pe­rei­ra sugeriu desenvolver, durante a SAG, atividades voltadas à ava­lia­ção de custos e preços de serviços gráficos. Nesta edição, a quinta em Bau­ru, a Semana de Artes Gráficas contou com os seguintes cursos: “Desenvolvendo Equipes de Desempenho Su­pe­rior”;

“Qua­li­da­de com Foco no Resultado”; “Qua­li­da­d e no Acabamento Gráfico” e “Produção Gráfica”, ministrados por es­pe­ cia­lis­t as e que englobam assuntos das ­­áreas administrativa, produtiva e co­mer­cial. Próximas edições Em agosto, a programação segue para Ri­bei­rão Preto (dias 2 a 6) e São José do Rio Preto (dias 16 a 20), ambas na 5ª edição. Em setembro é a vez de Campinas, do dia 13 ao 17. E, em ou­ tu­bro, ocorre a 2ª edição da SAG de Ba­rue­ri, de 18 a 22.

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Papel imune é discutido em fórum das entidades do setor Representantes da Sefaz-SP orientaram empresários e profissionais do setor gráfico, papeleiro e editorial sobre o Recopi.

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isando sanar as dúvidas das empresas que trabalham com papel imune destinado à impressão de livros, jor­nais ou pe­ rió­di­cos, com relação ao Sistema de Reconhecimento e Controle das Operações com Papel Imune (Recopi), em 28 de junho cerca de 300 pes­soas participaram do fórum “Controle do Uso do Papel Imune”, no Hotel Cae­sar Business Pau­lis­ta, em São Pau­lo. O evento foi rea­li­z a­do pela Abigraf Re­gio­nal São Pau­lo, Sin-

digraf-SP, Câmara Bra­si­lei­ra do Livro (CBL), As­so­cia­ção Na­cio­nal dos Editores de Revistas (Aner) e As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra das Empresas com Rotativas Offset (Abro). A pri­mei­ra palestra sobre o Sistema Recopi, cria­do pela Secretaria de Ne­gó­cios da Fazenda de São Pau­lo (Sefaz-​­SP) através da Portaria CAT 14/2010, foi apresentada pelo diretor adjunto do setor de Administração Tributária, João Marcos Winand, que fez uma breve introdução

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sobre o trabalho da Secretaria e o cenário do setor junto ao órgão fiscalizador. O Sistema foi abordado por Marcelo Bergamasco Silva, assistente fiscal e líder do projeto Recopi, o qual ressaltou que, para o fun­c io­ na­men­to da ferramenta, é imprescindível o ­apoio dado pelas entidades de classe. O grande benefício para os em­p re­s á­r ios gráficos e editores com a implementação do sistema será o fato de contarem com um novo mecanismo para ajudar a reduzir a ação de quem pratica concorrência des­ leal, ao utilizar papel imune para ou­tras finalidades que não as estipuladas pela lei. Devido à informatização, cada operação receberá um número de controle, o qual permitirá o cruzamento das informações prestadas, in­c luin­d o quantidades de papel, fornecedores e des­ti­na­tá­rios, além dos estoques, que deverão ser informados mensalmente. “À medida que a obri­ga­to­rie­da­de da emissão da Nota Fiscal Eletrônica alcançar os diversos setores econômicos, teremos uma poderosa ferramenta de cruzamento de dados, para sub­si­diar o processo de monitoramento e fiscalização”, revela Marcelo. O cadastramento no Sistema Recopi deve ser rea­li­z a­do por todos os estabelecimentos que rea­li­zam operações com papel imune, sejam eles fabricantes de papel, revendedores, dis­tri­bui­ do­res, importadores, usuá­r ios

(empresas jornalísticas e editoras), gráficas, convertedores de papel, bem como por armazéns ge­rais ou depósitos. “O con­tri­ buin­te destinatário pau­lis­ta deverá confirmar o recebimento do papel imune no Sistema Recopi no prazo de sete dias, contados da data da operação interna para a qual foi obtido o número de registro de controle da operação pelo remetente, sob pena de ser desconsiderado au­to­ma­ti­ca­men­te o prévio reconhecimento da não incidência do imposto na operação e de serem blo­quea­dos novos pedidos de controle para os envolvidos na referida operação”, alerta o líder do projeto. Durante o fórum, os representantes da Sefaz-SP também comunicaram a prorrogação de 30 dias do prazo para a entrada em vigor das regras referentes ao Recopi, estendendo o limite até 31 de julho deste ano. Apesar da nova data, João Marcos e Marcelo recomendaram às empresas que solicitem seu cre­den­cia­men­to o quanto antes, a fim de os deferimentos serem obtidos no pe­río­do previsto. Aquelas que não o fizerem até a men­cio­na­da data poderão rea­li­zá-​­lo a qualquer momento, sem ônus; em contrapartida, ficarão impedidas de fazer uso do papel imune até que estejam em conformidade com as exi­gên­cias da Portaria CAT 14/2010. Mais informações pelo portal www.fazenda.sp.gov.br/ recopi. 



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Motivação e logística influenciam a produtividade Palestras realizadas pela Abigraf-SP e Sindigraf-SP abordaram o aumento da competitividade e a melhoria de índices de produção.

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m junho, dando prosseguimento à programação de palestras di­re­cio­na­das aos pro­ fis­s io­n ais do setor gráfico, a Abigraf-SP e o Sindigraf-SP promoveram mais dois encontros na capital pau­lis­ta. O tema “Recursos Humanos: Talentos e Com­pe­tên­cias em Pequenas e Mé­dias Empresas” foi abordado no dia 1º de junho, durante evento promovido pelo Sindigraf-SP, na ­Fiesp (Federação das In­dús­trias do Estado de São Pau­lo), com ­apoio da FIA (Fundação Instituto de Administração). O con­teú­do, ministrado por Sérgio Nery, professor no MBA-​ ­FIA e administrador de empre-

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sas, discutiu a importância da gestão de talentos. De acordo com ele, as com­pa­nhias de menor porte devem conhecer as expectativas pro­f is­sio­nais dos fun­c io­n á­r ios e estimulá-​­l os, mesmo que com ações simples. Do contrário, os maio­res talentos ficarão concentrados

em mul­ti­na­cio­nais, porque estas, em tese, oferecem mais vantagens. O perfil do pro­f is­sio­nal também mudou: as pes­soas não mais projetam as car­rei­ras em longo prazo e sim buscam atingir novas metas em pe­río­dos mais curtos, a cada dois ou três anos em média. Por esse motivo, as empresas precisam se atua­li­zar para evitar a escassez de fun­cio­ná­rios qualificados. Na opi­nião de Nery, a falta de visão corporativa, que recai na au­sên­cia de programas de orien­t a­ç ão e de metas, bem como de planos de desenvolvimento de car­rei­ra, é um dos pecados cometidos pelas pequenas e mé­dias empresas.

Sérgio Nery, professor no MBA-​­FIA

Eduar­do Banzato, es­pe­cia­lis­ta em Logística e Engenharia In­ dus­trial. O encontro demonstrou a importância de um sistema de logística efi­cien­te para o bom desenvolvimento das atividades de uma gráfica e au­ men­to de sua produtividade. Banzato abordou temas como sistemas de movimentação e estocagem, tecnologia da informação, embalagens e todos os itens direta ou indiretamente re­la­cio­na­dos à logística interna de uma organização, que ne­ces­sa­ria­men­te in­fluen­ciam no desempenho da empresa gráfica.

Para o segundo semestre, a Abigraf-SP programou palestras com os seguintes temas e datas: “Implantação de Gestão Am­bien­t al e Certificações na Indústria Gráfica”, com He­loi­se Lunardi Cou­ti­nho, consultora em­pre­sa­rial de meio am­bien­te, qualidade e certificações (10 de agosto); “Qual o Futuro da Indústria Gráfica?”, com Hamilton Terni Costa, ex-​­presidente da Abraform e ABTG, diretor geral da AN Consulting (14 de setembro); “Estratégia de Mar­ke­ting e Vendas: Reen­ge­nha­ria para a Rees­tra­te­gi­za­ção de Business Branding”, com José Augusto Nascimento, diretor consultor da BBN Brasil e da BBN Mun­dial (5 de ou­tu­bro); “Gestão Fi­nan­ cei­ra Em­pre­sa­rial”, com Mau­rí­ cio Galhardo, diretor da Galhardo Trei­na­men­to e Consultoria Fi­nan­cei­ra (9 de novembro); e “Como se Preparar para Buscar Fi­nan­cia­men­to: Análise Jurídica de Contratos de Fi­nan­cia­men­ to”, com Cássio Lacaz, ex-​­diretor jurídico do HSBC. Informações: Tel. (11) 3164.3199 e-mail: spinheiro@abigraf.org.br

Logística No dia 8 de junho, o programa de palestras trou­xe o debate em torno de uma questão: “A Gestão da Intralogística e da Melhoria Contínua no Am­bien­ te Gráfico”. Rea­li­za­da pela Abigraf-SP no au­di­tó­rio da ABTG , a palestra foi ministrada por 

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Caminhos convergentes para a América Latina

XX Prêmio Fernando Pini, um clássico! Revelar grandes talentos da indústria gráfica, esta é a missão do Prêmio, que chega à sua vigésima edição.

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onalisa, Harley-​­Davidson e Bea­tles, são apenas alguns ícones de clássicos mun­diais. Para conquistar tal classificação é preciso ser único e impecável em sua performance, atributos mais do que presentes no Prêmio Bra­si­lei­ro de Excelência Gráfica Fernando Pini. A temática da festa que celebrará as duas décadas do concurso dei­xa essa característica ain­da mais evidente. A 20ª edição será única e es­pe­cial, e promete entrar para a história da indústria gráfica, graças a todo empenho, tradição e capacidade do setor. Para comemorar mais uma edição da ­maior pre­mia­ção da indústria gráfica na América Latina, a Abigraf Na­cio­nal e a ABTG prepararam algumas novidades. Uma delas é a cria­ ção da categoria “Embalagens em Papelão Ondulado”. Pela pri­mei­ra vez no concurso serão contemplados os produtos gráficos com finalidade de acon­d i­c io­n a­m en­to, que podem ser impressos como embalagens semirrígidas e diretamente na superfície do papelão ondulado. A novidade tem, porém, uma ressalva: não podem concorrer kits pro­mo­cio­nais ou embalagens sa­zo­nais. Duas ou­tras ca­te­go­rias foram alteradas, com a finalidade de melhorar a participação das in­d ús­t rias gráficas. “Impressos de Segurança” terá o descritivo técnico como item obrigatório da inscrição e a ca-

tegoria “Cadernos Escolares” abrangerá cadernos espiralados, costurados, colados, argolados e gram­p ea­dos, com capa dura ou flexível. Por fim, foi modificada também a participação dos fornecedores gráficos, os ­quais tiveram que se cadastrar pre­via­men­te nas ca­ te­go­rias de interesse, dentre as 14 dis­po­ní­veis, até 20 de julho.

A edição deste ano contará com 64 ca­te­go­rias, divididas em 12 segmentos. Assim como nos anos an­te­r io­r es o evento contemplará três Grand Prix — prê­mios de Atributo Técnico do Processo —, os ­quais elegem a Melhor Impressão, o Melhor Acabamento Edi­to­rial e o Melhor Acabamento Cartotécnico entre os produtos finalistas do Pini. Contagem dos votos Este ano a apuração dos votos da pri­mei­ra fase será rea­li­z a­ da utilizando-se o equipamento Konica Minolta bizhub 211,

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desenvolvido pela fabricante e seu par­cei­ro tecnológico Prodimage. O sistema permitirá au­ to­ma­ti­zar e agilizar o processo de contagem dos votos. A solução Konica Minolta – Prodimage possui entrada das imagens no sistema de GED Prodimage Pro­fes­sio­nal, o qual rea­li­za a lei­tu­ra via OMR (optical mark re­cog­ni­tion) e faz o carregamento au­to­má­ti­co dentro do banco de dados da ABTG . A informatização do processo de apuração reduzirá de forma expressiva o tempo e o número de pes­soas envolvidas para obtenção do resultado. O julgamento dos trabalhos inscritos é fei­to em duas etapas, nas pri­mei­ras quinzenas de ou­ tu­bro e novembro. Após a escolha dos finalistas, todos os trabalhos inscritos ficarão em exposição aberta ao público, em local a ser confirmado, entre 13 de ou­tu­bro e 3 de novembro. A grande festa de entrega do Prêmio Fernando Pini está marcada para 23 de novembro, no Expo Barra Funda (Rua Tagipuru, 1.000), em São Pau­ lo. O evento será encerrado ao som de uma das bandas de rock na­cio­nal mais clássicas do País. De acordo com os organizadores, o suspense sobre o nome do grupo faz parte da magia que envolve a cerimônia. As inscrições podem ser fei­ tas até 17 de setembro pelo site www.fernandopini.org.br, que também traz o regulamento do concurso.

Representantes da Conlatingraf e do Cifag reuniram-se durante a ExpoPrint 2010 para debater o futuro do ensino no setor gráfico.

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m 25 de junho, a Conlatingraf (Confederação Latino-​ ­Americana da Indústria Gráfica) e o Cifag (Centro Interamericano para a Inovação, Formação e Desenvolvimento Tecnológico da Indústria da Comunicação Gráfica) reu­ni­ram-​­se durante a ExpoPrint Latin America 2010, no Transamerica Expo Center, em São Pau­lo — evento promovido pela Afei­graf (As­so­cia­ção dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica). O encontro teve como temas o panorama ­atual da indústria gráfica latino-​­americana, as formas de capacitação e otimização da qualificação da mão de obra e os caminhos para am­ pliar a integração entre as­so­cia­ ções e entidades dos diferentes paí­ses da re­gião. Na oca­sião, os participantes também discutiram as diretrizes do XXII Congresso Latino-​ ­Americano da Indústria Gráfica. O evento tem como principal objetivo au­men­tar a sinergia entre as in­dús­trias do setor gráfico da América Latina. Para isso, novas ferramentas do conhecimento deverão ser utilizadas para buscar saí­das aos de­sa­f ios do mercado global. Outro tema abordado foi a 17ª edição do Concurso Latino-​­Americano de Produtos Gráficos Theo­b al­d o De Nigris. Estavam presentes o presidente do Cifag, Carlos Aguirre; o presidente da Abigraf Na­cio­ nal, Mário César de Camargo;


e o presidente da Abigraf-SP, Fabio Arruda Mortara. O Cifag é integrado por representantes da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Panamá, Peru, República Dominicana, Uru­guai e Ve­ ne­zue­la, além de Juan Ma­nuel del Campo, da Fundação para a Formação Con­ti­nua­da (Espanha) e Ma­n oel Man­tei­g as de Oli­vei­ra, diretor da Escola Senai Theo­bal­do De Nigris. De acordo com Mário César de Camargo, o pri­mei­ro desafio observado pela Conlatingraf é a contínua busca pelo aprimoramento da capacitação pro­f is­ sio­nal — uma preo­cu­pa­ção que persiste há alguns anos. Segundo ele, é importante fortalecer a coo­pe­ra­ção mútua entre os paí­ ses da América Latina com a divulgação nos respectivos websites das entidades e por ou­tros ­meios eletrônicos. “Nossa intenção é montar um planejamento de integração das informações e, assim, promover mais e melhor o ensino no setor”. O presidente da Abigraf Na­ cio­nal também men­cio­nou os entraves políticos a serem enfrentados. “Temos como principal desafio ­criar uniformidade de diá­lo­go, es­pe­cial­men­te por parte dos paí­s es que enfrentam si­tua­ções comuns, crian­do propostas para soluções”, disse, acrescentando que o encontro serviu principalmente para compartilhar ­ideias e encontrar caminhos para os problemas enfrentados em cada um dos paí­ses membros da Conlatingraf. “Nossos pontos divergentes já nos são conhecidos, mas neste momento precisamos encontrar os convergentes”, con­cluiu Camargo. O documento de trabalho da reu­nião está no portal www. conlatingraf.com/inside/cifag/ menu_cifag.htm.

Plano odontológico a custo reduzido para associados Graças à parceria firmada entre a Abigraf-SP e a Prodent, beneficiários poderão passar por diversos procedimentos odontológicos imediatamente após a adesão ao plano.

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evolução nas técnicas odontológicas disponibiliza numerosos tratamentos que via­bi­li­z am a solução de problemas comuns e até procedimentos estéticos, como cla­rea­ men­to dentário. Entretanto, os altos valores cobrados por clínicas particulares impedem que mui­t as pes­s oas tenham fácil acesso a estes serviços. Procurando pro­p or­cio­nar mais qualidade de vida aos colaboradores do setor gráfico, gerando satisfação e, consequentemente, melhor rendimento, a Abigraf-SP firmou parceria com a assistência odontológica Prodent. Trata-​ ­se de convênio para be­ne­f i­ ciar empresas do Estado de São Pau­lo as­so­cia­das à entidade, oferecendo plano odontológico a custo reduzido. De acordo com o coor­de­ na­dor administrativo e fi­nan­

cei­r o da Abigraf-SP, Rogério dos Santos Camilo, a Prodent foi escolhida por sua solidez no mercado e qualidade dos serviços oferecidos. Além de ser a ­maior empresa de plano odontológico sem vínculo com bancos, possui flexibilidade de inclusão de usuá­rios como cônjuges e agregados (pais e irmãos) do fun­cio­ná­ rio, o que ou­tras empresas não permitem. “Manter o sorriso sau­dá­vel e har­mo­nio­so é uma boa ma­nei­ra de ficar bem consigo mesmo. Gostar mais da própria aparência estimula a segurança para enfrentar os problemas do co­ti­dia­no. Uma boca bem cui­da­da reflete na saú­de de todo o corpo”. Sobre o plano Com valores a partir de R$ 10,50 por be­ne­f i­ciá­rio, o plano inclui atendimento em clínica ge-

ral, dentística (res­t au­r a­ções), pe­rio­don­tia (gengivas), endodontia (ca­nais), ra­dio­lo­gia (RX), cirurgia oral menor, odon­to­pe­ dia­tria, prótese (provisória) e aparelhos ortodônticos (exceto documentação e manutenção ortodôntica), assim como pronto-​­socorro 24 horas. Sem carência, o tratamento ao pa­cien­te pode ser ini­cia­do ime­dia­ta­men­te após sua adesão. A contratação do convênio é fei­ta por meio da All Van Corretora, par­cei­ra da Abigraf há seis anos. O fun­cio­ná­rio terá a opção de aderir ou não ao plano. O valor a ser descontado será determinado pela própria empresa, podendo ser de zero a 100% em folha de pagamento. Vale a pena conhecer o portal da Prodent (www.prodent. com.br). Nele o as­s o­c ia­d o pode ter acesso a informações sobre toda a rede cre­den­cia­da, consultas, acompanhamento de tratamentos e fazer solicitações de serviços a qualquer momento. Pode, ain­d a, obter va­lio­s as dicas de prevenção da saú­de bucal. Plano Odontológico Prodent Contato: All Van Corretora Telefone: (11) 5525.0777

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MENSAGEM

Fabio Arruda Mortara Presidente da Abigraf Regional São Paulo

Campanha em defesa do direito à informação

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ivros, cadernos, jornais, revistas, rótulos, manuais, embalagens, envelopes, agendas, talões de cheques e cartões são produtos a serviço da cultura, da informação, do ensino, da economia, da alimentação, da saúde e da interação cotidiana dos indivíduos. Ante sua importância, é insensato e injusto permitir que, pela desinformação de uns e má fé de outros, sejam confundidos com práticas e materiais ameaçadores do meio ambiente. Para fazer a antítese de um conceito equivocado que se dissemina no País e informar corretamente a sociedade sobre um tema de seu direto interesse, acaba de ser lançada a “Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa”. São suas signatárias 19 entidades de classe integrantes da cadeia produtiva e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que se soma à defesa de um setor fundamental para o desenvolvimento brasileiro. O objetivo do movimento é deixar claro e indubitável que cem por cento do papel produzido no Brasil para atividades de impressão advém de florestas cultivadas. Ou seja, não se derruba um arbusto nativo sequer no País para que nossas crianças tenham livros e cadernos e para que possamos ler jornais e revistas, acondicionar produtos em seguras embalagens de papel‑cartão e desfrutar de todos os benefícios com que a mídia impressa contempla nossa civilização. A despeito do advento de novos e importantes meios eletrônicos, a demanda da comunicação impressa continuará se expandindo, à medida que as nações, como vem ocorrendo no Brasil, tenham êxito na retomada do crescimento e no desafio REVISTA ABIGR AF  JULHO/AGOSTO 2010

da justiça social. Seu crescimento, sob essas perspectivas, é inevitável, pois reflete os índices de alfabetização, a inclusão socioeconômica, a democratização das oportunidades e a universalização do ensino público. Por isso, é lamentável observar como alguns segmentos divulgam impunemente, de modo leviano e irresponsável, que imprimir causa devastação de florestas. É pertinente e oportuna, portanto, a mobilização de vinte das maiores e mais respeitadas entidades de classe do País no sentido de tranquilizar a sociedade quanto à inocência ecológica do consumo de produtos da indústria gráfica. Mais ainda, ao contrário do que se tem difundido, a produção de papel contribui para o meio ambiente. Além de não agredir a flora nativa, as florestas cultivadas — e depois colhidas — são absolutamente sustentáveis. Seu manejo permite manter grandes áreas plantadas. Ademais, essas culturas retiram da atmosfera significativa quantidade de dióxido de carbono, principal causador do efeito estufa. No Brasil, por exemplo, as matas plantadas sequestram um bilhão de toneladas anuais. Somos, portanto, uma indústria que gera benefícios para todos os brasileiros, já que imprimir agrega valor e fortalece cada vez mais algo tão precioso quanto a democratização do conhecimento. A “Campanha de Valorização do Papel e da Comunicação Impressa” objetiva informar corretamente a opinião pública. Ao fazê‑lo, as vinte entidades signatárias, muito além da defesa de seus setores de atividade, prestam inestimável serviço à sociedade, evitando que um conceito equivocado mitigue o acesso a mídias fundamentais da informação, ciência, cultura, conhecimento, literatura e formação intelectual dos indivíduos.

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