Revista Turma do Zebuzinho - Nº 8

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ZEBU Z U

80 ANOS DO PARQUE FERNANDO COSTA

EXPOZEBU RUMO AOS 90 ANOS

O ZEBU EM NOSSAS VIDAS

ANO 8 / Nº 8 / 2023

A 8ª edição da ‘Turma do Zebuzinho’ é um presente para os leitores. Traz, com responsabilidade, a importância do Zebu em nossas vidas, além da comemoração dos 80 anos do Parque Fernando Costa, com a expectativa pelos 90 anos de ExpoZebu, a maior feira das raças zebuínas do mundo.

A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) com 104 anos de história, orgulha-se em ser referência nesta viagem literária que a edição propõe em suas páginas, começando com a valorização do passado até os dias atuais, e os planos para o futuro da nossa entidade.

Contemplando cada parte importante da nossa trajetória, a ‘Turma do Zebuzinho’ descreve os espaços que atraem o público e que recebem com todo conforto os animais, como os famosos pavilhões.

No ano em que o projeto em parceria com a Apex-Brasil, o ‘Brazilian Cattle’, celebra 20 anos, a leitura proporciona mais conhecimento sobre nosso trabalho e garante um passeio imaginário pela sede nacional da ABCZ, sem esquecer de mencionar os personagens que contam e integram a saga do Zebu no Brasil, os pioneiros e os mascates.

Essa viagem ancestral ao universo da pecuária zebuína promove, além do resgate de nossas origens, o reconhecimento de todo esforço em fomentar o desenvolvimento das raças. Atuação que vem acompanhada da responsabilidade social e do papel do Zebu na educação, bem como a força da ABCZ, presente em todos os estados brasileiros, através do trabalho de seus técnicos de campo e seus escritórios regionais.

Nesta edição da ‘Turma do Zebuzinho’, destacamos nossa evolução com o melhoramento genético zebuíno, a forma como impactamos positivamente o ambiente em que estamos inseridos e uma de nossas grandes apostas: o projeto ‘Geoparque Uberaba – Terra de Gigantes’, uma das iniciativas que projeta o Zebu internacionalmente. Vale muito a pena conferir e compartilhar.

Boa leitura!

Gabriel Garcia Cid

Diretoria 2023-2025

EDITORIAL

36 ESTÚDIO ABCZ TV, SEDE DA ABCZ MULHER E ABCZ COZINHA

38 O ZEBU NA EDUCAÇÃO

39 A REVISTA TURMA DO ZEBUZINHO

40 A FORÇA DA ABCZ

41 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE ZEBU

42 A EXPOZEBU

43 ESTUDOS E PESQUISAS

44 ASSOCIAÇÕES PROMOCIONAIS DAS RAÇAS ZEBUÍNAS

48 O BOI NA CULTURA BRASILEIRA

49 O ZEBU E O MEIO AMBIENTE

50 UBERABA RUMO AOS 205 ANOS

52 PROJETO GEOPARQUE UBERABA – TERRA DE GIGANTES

53 ZEBU, CHICO XAVIER E DINOSSAUROS

54 TERRA DE GIGANTES

55 UBERABA

56 RESIDENCIAL ABCZ

SRTM SE TRANSFORMA EM ABCZ
80 ANOS DO PARQUE FERNANDO
PARQUE FERNANDO COSTA 12 UM “MUSEU A CÉU ABERTO” 14 EDIFICAÇÕES HISTÓRICAS 16 OS PAVILHÕES 18 BRAZILIAN CATTLE 19 SEDE NACIONAL DA ABCZ 20 LEILÕES DE GADO – O TATERSAL DE ELITE 22 HOMENAGENS E MONUMENTOS 24 PERSONAGENS E PERSONALIDADES 28 PIONEIROS, MASCATES, RAÇAS ZEBUÍNAS 30 ARTE NO PARQUE 32 MUSEU DO ZEBU Indubrasil
SUMÁRIO 6 ABCZ RUMO AOS 105 ANOS (1919 – 2024) 8 A
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COSTA (1941-2021) 10
Tabapuã

ABCZ rumo aos 105 anos (1919 – 2024)

ORIGENS

A história da maior e mais conhecida associação de criadores de gado zebu do mundo começa em 1919, com a fundação da Sociedade do Herd Book Zebu - SHBZ, após estudos realizados pelos zootecnista francês Fernand Ruffier e o criador Alceu Miranda.

No canto esquerdo, o palacete de Joaquim Machado Borges para onde a SHBZ se transferiu na década de 1920 e que, mais tarde, sediou as primeiras reuniões do SRTM. Acervo: MuZe.

A Sociedade Herd Book Zebu - SHBZ

Uberaba foi o início de um esforço de pecuaristas de Uberaba e região. Na ata de fundação, de 16 de fevereiro de 1919, constam 97 assinaturas de membros fundadores.

Certificado da Sociedade do Herd Book Zebu

Lista dos sócios honorários, sócios fundadores e contribuintes, apresentando 94 assinaturas. Acervo: MuZe.

A Sociedade foi criada para melhorar a qualidade das raças bovinas da espécie Zebu, pois cada animal recebia um certificado com sua própria árvore genealógica. Dessa forma, poderia saber quem eram os pais, os avós, os tataravós, e assim por diante, de cada bezerro que nascia. Separando sempre os melhores bovinos para reprodução.

Reportagem no jornal Lavoura e Comércio sobre os temas debatidos na primeira reunião da SRTM ocorrida em julho de 1934. Foto - Acervo: MuZe.

Caberia a essa Sociedade realizar o registro genealógico das raças da espécie Zebu existentes na época: Indubrasil, Gir, Guzerá e Nelore, bem como defender os interesses dos produtores rurais da região do Triângulo Mineiro.

O Governo Brasileiro passou a reconhecer oficialmente o Registro Genealógico de Bovinos de Origem Indiana apenas em 1938. Isso foi muito importante, pois possibilitou ao longo do tempo o acompanhamento da melhoria de todo gado que passou a ser registrado no País.

Em 1934, o presidente da Sociedade do Herd Book Zebu, Fidelis Reis, reuniu-se em Uberaba com um grande número de pecuaristas durante uma feira agropecuária e decidiram transformar a Sociedade do Herd Book Zebu em Sociedade Rural do Triângulo Mineiro.

Público na inauguração da primeira sede da SRTM em 1935. Acervo: MuZe.

Presidente da República Getúlio Vargas realiza o 1º registro oficial pelo Ministério da Agricultura e a SRTM em Belo Horizonte em 1938. Acervo: MuZe.

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Uberaba. Acervo: MuZe. Gir Gir Mocho

Em 1967 a SRTM se tornou a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), mantendo o direito de realizar e controlar o Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas (SRGRZ). Desde então, a ABCZ tem se dedicado à modernização da pecuária e ao Melhoramento Genético das Raças Zebuínas (PMGZ), do Pró – Genética, do Museu do Zebu, do Brazilian Cattle e da Faculdades Associadas de Uberaba – FAZU.

DAS PRIMEIRAS EXPOSIÇÕES AO PRIMEIRO PARQUE NA RUA SÃO SEBASTIÃO

Em 2022 a Expozebu completou 87 edições, tornando-se a maior exposição de gado zebuíno do mundo. A primeira feira de gado Zebu no município foi realizada no ano de 1906 por iniciativa privada, pelos coronéis José Caetano Borges e Joaquim Machado Borges, na Fazenda Cassu.

Hoje a ABCZ conta com 25 Escritórios Técnicos Regionais –ETRs e mais de 24 mil associados, realiza milhares de visitas técnicas anuais, cerca de 650 mil cabeças registros de zebuínos por ano, auxiliando o produtor rural ao longo de toda cadeia produtiva.

Ocorreram outras exposições em 1911, 1917, 1922 e 1928, as quais eram promovidas pela municipalidade, sendo a última de 1934, realizada no pátio da Santa Casa de Misericórdia, no Bairro Abadia.

Guzerá Diretoria que transformou a SRTM em ABCZ em 1967. Acervo: MuZe. Imagem aérea do Parque Fernando Costa. Acervo: ABCZ. Anúncio e foto da fazenda Cassu no início do século XX Acervo: MuZe.
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Santa Casa da Misericórdia, local onde foi realizada a Exposição de 1934.
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A SRTM se transforma em ABCZ 80 anos do Parque Fernando Costa (1941-2021)
Nelore Mocho Nelore

PARQUE FERNANDO COSTA

ORIGENS DO PARQUE DE EXPOSIÇÕES FERNANDO COSTA DE UBERABA

A INFLUÊNCIA DO MINISTRO DA AGRICULTURA NA CONSTRUÇÃO DO PARQUE FERNANDO COSTA

O Ministro da Agricultura Fernando Costa ao visitar a IV Exposição Feira de Uberaba em 1938, no primeiro Parque de Exposições e vendo a acanhada estrutura da feira, prometeu construir um novo parque pelo Governo Federal à altura da qualidade dos animais zebuínos apresentados nas exposições.

A Prefeitura de Uberaba doou ao Ministério da Agricultura um terreno de 150.000 m², cabendo ao Governo Federal custear a obra, orçada em mais de mil contos de réis.

O projeto para o Parque de Exposições de Uberaba era uma obra notável, equivalente aos parques de São Paulo e Rio de Janeiro e foi assinado pelo engenheiro Mário da Costa Carvalho. O estilo arquitetônico ainda preservado da maioria das edificações remanescentes de 1941 é o neocolonial.

O Parque Fernando Costa, que recebeu esse nome em homenagem ao então Ministro da Agricultura Fernando Costa. Foi inaugurado pelo Presidente da República Getúlio Vargas em 10 de maio de 1941, com a presença do governador de Minas Gerais, Benedito Valadares, o prefeito de Uberaba, Whady Nassif e o presidente da SRTM, José de Souza Prata, entre outras autoridades.

O Presidente Getúlio Vargas e Governador Benedito Valadares assistiram a inauguração do Parque e o lançamento de dois bustos esculpidos em suas homenagens –obras artísticas de grande valor do renomado escultor Arlindo Castellani.

Desfile de gado na exposição de 1941. Acervo: Arquivo Nacional. Churrasco com Presidente Vargas, Governador de Minas Benedito Valadares e o Ministro Fernando Costa. Acervo: Arquivo Nacional Imagem de registro de inauguração de 1941 do Parque Fernando Costa, contando também com a vinda de Getúlio Vargas à Uberaba. Acervo: MuZe.
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Presidente Getúlio Vargas e Ministro da Agricultura Fernando Costa na ocasião da inauguração do parque Fernando Costa em 1941. Acervo: Arquivo Nacional. Acervo: Arquivo Nacional.
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Fachada do Parque Fernando Costa na ocasião de sua inauguração no ano de 1941. Acervo: Arquivo Nacional. O Parque Fernando Costa, situado no município de Uberaba - Minas Gerais teve sua localidade escolhida no bairro São Benedito, nas proximidades do antigo prado de corrida do Jockey Clube e da Estação Ferroviária Oeste de Minas. Agora vamos saber um pouco de sua história! Indubrasil

Um “Museu a Céu Aberto”

ARQUITETURA ORIGINAL DE 1941

Além do Parque, expressivas inaugurações ocorreram no mês de maio no município de Uberaba no lançamento da primeira Exposição Nacional Agropecuária do Brasil Central. Tais como a Fazenda Experimental de Criação Getúlio Vargas, sendo ambas as conquistas articuladas pela SRTM. A Praça de Esportes Minas Gerais, hoje o Uberaba Tênis Clube; o Obelisco à Modernidade e a nova Praça Rui Barbosa; a Usina Hidroelétrica Pai Joaquim e o Serviço de Tratamento de Água e Esgoto.

O Parque Fernando Costa é um “lugar de memórias” singulares. Referência turística na cidade em consonância com o projeto “Geoparque Uberaba”, que busca reconhecimento pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura – UNESCO.

O espaço conta com 34 pavilhões, além de locais especiais para realização de festas e leilões. Grandes empresas do Setor estão representadas no Parque Fernando Costa. Fazem parte das instalações do Parque, as Sedes das Associações Promocionais de Cada Raça Zebuína com registro genealógico da ABCZ.

É a localidade que mais recebe visitantes em Uberaba (cerca de 800 mil pessoas por ano entre turistas brasileiros e de diversas nacionalidades) e desperta, principalmente aos moradores da cidade e da região, o sentimento de afeição e de pertencimento à Região do Triângulo Mineiro.

Cangaian Estande do Sítio Histórico e Cultura ABCZ do aspirante Geoparque Uberaba Terra de Gigantes. Acervo: ABCZ. Monumento comemorativo aos 100 anos da ABCZ. Acervo: MuZe. Presidente da SRTM Adalberto Rodrigues da Cunha, o criador Mário Franco e o Presidente da República Juscelino Kubitschek na abertura da Expozebu de 1960. Quase todos os presidentes brasileiros após Vargas prestigiaram a feira ao longos anos. Foto - Acervo: MuZe.
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Foto do Uberaba Tênis Clube, na parte condizente à piscina. Acervo: MuZe.
Sindi
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Ao longo dos tempos o Parque Fernando Costa vem sendo arena de grandes feitos da política brasileira, dos famosos animais campeões das feiras e da excelência que elevou a pecuária brasileira à categoria de liderança internacional na produtividade, no desenvolvimento científico e tecnológico. Punganur Brahman

EDIFICAÇÕES HISTÓRICAS

PRINCIPAIS BENS CULTURAIS EDIFICADOS

QUE COMPÕEM O PARQUE FERNANDO COSTA

O pórtico, entrada principal do Parque Fernando Costa, é um bem cultural de grande valor arquitetônico e histórico para a memória de Uberaba e constitui um símbolo nacional da pecuária, destacando-se como um dos elementos marcantes da paisagem urbana da cidade. Preservam-se intactas todas suas características originais, com oito colunas em arco abatido. Oferece acesso central para veículos e nas laterais para os pedestres. Além disso, através de sua imponente estrutura garante visibilidade, tanto de seu exterior quanto de seu interior, de onde se pode observar seu acesso através de todas as avenidas que o circunda, valorizando sobremaneira sua beleza arquitetônica carregada de simbologias.

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O palanque oficial do Parque Fernando Costa é uma edificação que expressa muitas memórias, pois, ao longo dos tempos, tem sido palco de importantes momentos da história política brasileira, recebendo quase todos os presidentes brasileiros desde Getúlio Vargas em 1941. Também é um local querido pelos criadores de zebu, uma vez que de suas arquibancadas são acompanhados, abertamente, o julgamento de animais que se tornam, ano a ano, referências para o desenvolvimento da pecuária nacional.

Em bela arquitetura, a construção é demarcada por um frontão arqueado, sustentado por várias colunas, a partir do qual se tem visibilidade panorâmica da pista. Sua estrutura inicial passou por ampliações que preservaram sua originalidade por se tratar de um bem com expressivo valor cultural.

Na última reforma, elaborada pelo arquiteto Carlos Pontual, ocorrida durante a gestão do presidente Orestes Prata Tibery Jr. (2004-2007), erigiu-se uma moderna cobertura em treliças metálicas e o palco foi estendido, composto por um ambiente com cabines de som e arquibancada de cadeiras confortáveis, preservando e valorizando o bem cultural.

“Pórtico da entrada – Elemento original do Parque Fernando Costa. Autor: Engenheiro Mário de Costa Carvalho. Período: 1941. Foto - Acervo: MuZe. Palanque Oficial. Autor: Engenheiro Mário da Costa Carvalho. Período: 1941. Foto - Acervo: MuZe.
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Cobertura moderna que preserva o Palanque histórico. Acervo: MuZe.
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Sindi Gir

OS PAVILHÕES

A partir do projeto original foram construídos pavilhões destinados a exposições de gado (oito deles ainda bem preservados em sua integridade), dois para equinos, um para suínos e também um aviário. Posteriormente foram edificados novos pavilhões de equinos dos quais, atualmente, restaram apenas dois transformados em refeitório e arquivo. Entre as décadas de 1970 e 1990 foram construídas réplicas dos primeiros pavilhões, mantendo as características arquitetônicas originais. Os exclusivos para gado possuem planta de formato retangular, com partido retilíneo; a estrutura é em pilares de alvenaria com baias distribuídas no seu interior; os acessos são demarcados por ornamentos e bancos laterais e, na cobertura, há “sheds” para ventilação e iluminação natural.

Existem no Parque outros pavilhões para abrigar animais das raças zebuínas, construídos nos anos 2000, que não seguem o estilo da época. No total, atualmente, são 50 pavilhões de diferentes estilos de variados momentos históricos.

Palanque oficial circundado por pavilhões de gado de diferentes épocas. Acervo: ABCZ.
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atualmente
o
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Monumento dos 80 anos da delegação do Registro Genealógico das Raças Zebuínas da Origem Indiana pelo Ministério da Agricultura em 1938. Foto –Acervo: MuZe.
prédio
é
ocupado pelo Terra Bank. Acervo:
MuZe, 2022. Cangaian A edificação – remanescente do projeto original de 1941, com a função de “aviário” – foi sede do Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA, funcionou o Banco do Brasil e hoje é ocupado pelo Terra Bank. Sofreu algumas intervenções, ao longo do tempo, modificando sua finalidade. Dos aspectos originais, preservam-se a estrutura, os elementos artísticos, a cimalha e o beiral. Guzerá Gir

A edificação foi originalmente projetada para abrigar um pavilhão de animais e passou por diferentes reformas e usos. Dentre esses usos destacam-se o “Restaurante do Peão” e a “Casa do Criador”, antigos pontos de encontro dos pecuaristas durante as exposições.

BRAZILIAN CATTLESEDE NACIONAL DA ABCZ

Posteriormente foi transformada em espaço de recepção a estrangeiros e em escritório; sua área se estendeu para 400 m² e recebeu o nome de “Salão Internacional Fazenda Mata Velha”, atual sede do Brazilian Cattle.

O pórtico na fachada frontal foi preservado com adorno no principal acesso e um espaço de recepção foi criado com acréscimo de fechamento em vidro.

O Projeto Internacional Brazilian Cattle, é uma parceria entre a ABCZ e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - Apex-Brasil. Busca a promoção da bovinocultura de carne e de leite do Brasil e sobre as inúmeras contribuições da criação de animais para a pecuária comercial sustentável em todo mundo. Os resultados obtidos superam todas as expectativas da entidade.

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A sede nacional da ABCZ foi inaugurada solenemente em 2 de maio de 1978, pouco tempo após a concretização da doação do Parque Fernando Costa, pelo Governo Federal, à ABCZ. Conferiu grande prestígio ao evento as presenças de personalidades: Ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli; do Secretário da Agricultura de Minas Gerais, Agripino Abranches Viana; do Prefeito Municipal de Uberaba à época e demais autoridades, além de um grande número de criadores. Em 2022 na gestão presidente Rivaldo Machado Borges Jr., a sede sofreu sua última reforma e está bastante moderna e atualizada as necessidades de nosso tempo.

O arquiteto Wagner Schröden desenvolveu um arrojado projeto em estilo moderno, com traços retilíneos, em concreto armado, caracterizado pelo contraste de amplas fachadas envidraçadas. A construção do prédio durou 24 meses e foi realizada com recursos da ABCZ e do Ministério da Agricultura, ocupando uma área de 3.300 m². O edifício se integrou bem ao conjunto arquitetônico do Parque Fernando Costa, marcando um importante estilo de seu tempo. Schröden também foi autor do plano diretor do Parque de Exposições, da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu – ABCZ, e do projeto inicial da Faculdade Associadas de Uberaba – FAZU.

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Edifício onde se encontra o escritório internacional Brazilian Cattle. Acervo: MuZe. Nelore
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Na imagem acima, a construção da sede da ABCZ no Parque Fernando Costa em 1978. Abaixo, sede da ABCZ após reforma em 2022. Autor: Arquiteto Wagner Schroden. Acervo: MuZe.

LEILÕES DE GADO – O TATERSAL DE ELITE

Existia, no local, um Tatersal de Elite destinado à realização de leilões de gado. Na gestão do presidente Rômulo Kardec de Camargos (1998-2001), o tatersal foi substituído por um Centro de Eventos multiuso em cujo espaço de construção foram incorporadas áreas residenciais e comerciais.

A palavra tatersal relaciona-se ao Mercado de Leilões de Cavalos da Inglaterra, fundado em 1766 por Richard Tatersal. O primeiro tatersal da ABCZ (demolido) era em formato de arena e funcionava onde, atualmente, está um pavilhão com estrutura metálica, ao fundo da ABCGIL.

Para isso levaram-se em conta modernos conceitos de engenharia e arquitetura, alinhados ao uso do local para a promoção de eventos diversos e de leilões. O espaço interno é adaptável entre 1200 e 2500 pessoas; com 4 camarins, piso do palco removível, sistemas de luz e de sonorização, geradores de energia e cozinha industrial, área externa de estacionamento com capacidade para 600 automóveis, além de baias para os animais.

Durante a gestão de José Olavo Mendes, entre 2001 e 2004, construiu-se um novo tatersal multifuncional com capacidade de 600 pessoas. Na gestão de Eduardo Biagi passou por completa remodelação e revestimento. Inaugurado em 2 de maio de 2013, a edificação recebeu o nome de “Tatersal Rubico Carvalho”, conta com uma moderna estrutura para realização de eventos e remates e apresenta em sua área externa confortáveis baias para os animais.

Centro de Eventos “Rômulo Kardec de Camargos”. Autor: Engenheiro Hugo Sternick. Foto - Acervo: MuZe Tatersal Rubico Carvalho. Foto - Acervo: MuZe. Brahman
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Gir
Nelore

HOMENAGENS E MONUMENTOS

O Obelisco à Modernidade foi uma homenagem ao Governador de Minas Gerais, Benedito Valadares, durante os anos de 1940, em agradecimento às obras: Parque Fernando Costa, Fazendo Experimental Getúlio Vargas e a sede da Sociedade Rural do Triângulo Mineiro – SRTM, que beneficiaram a região do Triângulo Mineiro e a pecuária do Zebu, no Brasil. Esta obra é um dos símbolos das artes e significativo bem cultural para a memória da Região. Foi com este espírito de valorização da memória uberabense que, em 2013, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu – ABCZ, com apoio da Prefeitura Municipal de Uberaba, transportou o Obelisco para o Parque Fernando Costa. Humberto Cozzo, autor da obra, se tornou um dos mais reconhecidos artistas da arte escultórica brasileira do século XX.

Humberto Cozzo tem grande importância dentro do cenário artístico brasileiro. Sendo assim, as obras produzidas sob encomenda do Município de Uberaba (em 1941) fazem parte desse significativo legado e acervo, menção de singularidades e belezas. Descendente de italianos, o escultor paulista Humberto Cozzo (1900-1981), foi grande companheiro e amigo de Candido Portinari. Os artistas foram vizinhos na Rua Gustavo Sampaio nos anos de 1920 no bairro do Leme no Rio de Janeiro. Bastante presentes em espaços públicos, suas obras em diversas ocasiões foram encomendadas sob medida a governos, famílias e entidades diversas. Era um dos artistas que moldou o estilo do populismo de Vargas em monumentos.

Na imagem da inauguração do Obelisco à Modernidade na Praça Rui Barbosa em 1941, o Governador Benedito Valadares e o Presidente Getúlio Vargas são ladeados com a população local. Acervo: Arquivo Nacional.

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Foto frontal Obelisco à Modernidade. Acervo: MuZe. CangaianSindi Foto do artista Humberto Cozzo finalizando uma escultura. Fonte: Wikipedia.
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PERSONAGENS E PERSONALIDADES

BUSTOS DOS PRINCIPAIS PERSONAGENS QUE DESEMPENHARAM IMPORTANTE PAPEL PARA A CONSOLIDAÇÃO DA PECUÁRIA DO ZEBU NO BRASIL

Durante o período do Estado Novo (19371945), o governo do Presidente Getúlio Vargas desempenhou importante papel para a consolidação da pecuária do Zebu no Brasil. Em 1941 foram fundados o Parque Fernando Costa, a Fazenda Experimental Getúlio Vargas, a Sede da Sociedade Rural do Triângulo Mineiro – SRTM e realizada a primeira exposição nacional das raças zebuínas.

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No início do século XX Rodolfo Machado Borges adquiriu os primeiros animais que deram origem ao seu plantel. Em 1934 um de seus reprodutores “Martelo” e a vaca “Moreninha” foram os primeiros animais registrados pela Sociedade Rural do Triângulo Mineiro – SRTM.

Cinco anos depois, adquiriu de Otávio Machado, em 1939, o touro “Bey” (Gir) que com a vaca “Anabela” geraram um dos mais importantes touros de todos os tempos, o famoso “Chave de Ouro”. Apesar de não ter participado de gestões da Sociedade Herd Book e da SRTM, Rodolfo Machado Borges, foi um líder classista bastante participativo em seu tempo.

O busto simboliza as realizações feitas pelo Governo do Estado Novo a favor da classe de pecuaristas, no ano de 1941, em especial ao Governador de Minas Gerais, Benedito Valadares. Arlindo Castellani, autor da obra, também elaborou os bustos do Presidente Getúlio Vargas, do Ministro da Agricultura Fernando Costa e dos painéis sobre “A vida rural”, obras que estão no Parque Fernando Costa.

Busto de Getúlio Vargas. Autor: Arlindo Castellani de Carli. Foto - Acervo: MuZe. Busto de Benedito Valadares. Autor: Arlindo Castellani de Carli. Foto - Acervo: MuZe.
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Busto de Rodolfo Machado Borges. Foto - Acervo: MuZe.
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Bustos de Importadores. Autor do busto: Northon Fenerick. Elaboração: 2010. Foto - Acervo: MuZe

A entrega do busto ocorreu paralelamente à inauguração da sede da ABCZ em 3 de maio de 1978. Como secretário da Agricultura de Minas Gerais e ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli teve importante papel no setor agrário e em relação ao desenvolvimento da agropecuária no Cerrado, ao apoiar a modernização da Embrapa.

Vice-presidente da ABCZ em três gestões e diretor em outras duas, Vicente Araújo teve importante atuação para o desenvolvimento da entidade e da pecuária do Zebu. Também presidiu a Associação Brasileira de Criadores de Gir – ASSOGIR e, como criador, era proprietário das Fazendas São Judas Tadeu, em Uberaba, e Vera Cruz, em Conquista. Confeccionado como uma homenagem póstuma, este busto ficava no hall do Palanque Oficial, localidade que a partir de 1999 passou a ser reconhecida pela diretoria da ABCZ como “Palanque Oficial Vicente Araújo de Souza”.

Em 1958 o espanhol residente no Paraná, Celso Garcia Cid, organizou uma expedição que conseguiu importar, dois anos depois, zebuínos da Índia para o Brasil. Na ocasião, havia forte resistência à reabertura desse mercado. Em 1962, os pecuaristas Torres Homem Rodrigues da Cunha, Rubico de Carvalho, Nenê Costa e Celso Garcia Cid realizaram a famosa importação de gado de genética, que deu origem à moderna pecuária tropical, a bordo do Navio Cora. Os animais frutos dessas expedições causaram enorme impacto no desenvolvimento da pecuária brasileira, especialmente para as raças Gir e Nelore.

Busto de Vicente de Araújo de Souza Júnior. Autor: Northon Fenerick. Período: 1999. Foto

Dona Olinda era casada com Vicente Rodrigues da Cunha, fundador da marca VR. Junto com o seu filho único, Torres Homem, fez da marca VR uma das mais conceituadas do país, usando sua vocação política para destravar a importação de animais Nelore da Índia na década de 1960, contribuindo para a evolução da raça no Brasil. A família Rodrigues da Cunha sempre foi inovadora no sistema de seleção da raça Nelore e no uso de tecnologias, inaugurando em 1968 o primeiro laboratório nacional de coleta de sêmen.

- Acervo: MuZe.
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Gir Mocho Brahman Busto de D. Olinda A. Rodrigues da Cunha. Autor do busto: Mário Pitanguy. Elaboração: 2019. Foto - Acervo: MuZe Busto de Alysson Paulinelli. Autor: desconhecido. Período: 1978. Foto - Acervo: MuZe
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PIONEIROS, MASCATES, RAÇAS ZEBUÍNAS

A “cápsula do tempo” foi uma iniciativa da gestão 1998/2001, cuja ideia era serem abertas no marco dos 100 anos da ABCZ, que até então se acreditava que seriam comemorados em 2034. Devido a pesquisas recentes, a história da ABCZ foi conectada à história da Sociedade Herd Book Zebu, fundada em 1919.

Logo após a inauguração, em 1941, o terreno do Parque Fernando Costa foi cercado por arame farpado sustentado em postes de cimento armado sobre base de alvenaria de tijolos. Na segunda gestão do Presidente da ABCZ, Manoel Carlos Barbosa (entre 1980 e 1982) esse gradil foi substituído por outro que prevalece até a atualidade.

Ao longo de toda a sua extensão, a obra é artisticamente ornamentada em ferro fundido, com representações de raças zebuínas, logomarcas dos patrocinadores (empresas, fazendas e bancos, entre outras instituições) que ajudaram a construí-lo. Devido a sua beleza estética, tornou-se uma referência arquitetônica na paisagem urbana de Uberaba. Guzerá

O Monumento uma homenagem aos “mascates” (termo regional para comerciantes de gado que difundiram o zebu pelo território brasileiro e países vizinhos) é uma proposta de cubos sobrepostos que indicam os pontos cardeais. No topo desses cubos, vislumbra-se uma vara de tanger gado, instrumento de trabalho comum no cotidiano rural.

Os bens culturais Monumento aos Mascates e a Capela Ecumênica estão localizados à esquerda e à direita do Museu do Zebu e foram idealizados por integrantes da gestão do presidente da ABCZ, Rômulo Kardec de Camargos (1998-2001), e pelo presidente da Fundação Museu do Zebu, Márcio Cruvinel Borges. A Capela foi projetada para realização de cultos ecumênicos e apresenta estilo que dialoga com o do conjunto arquitetônico do Parque Fernando Costa. Hoje, atendendo a outra finalidade, no local funciona a Grife da ABCZ.

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Monumento aos Mascates. Autor da obra: Arquiteto Demilton Dib. Elaboração: 2001. FotoAcervo: MuZe. Monumento aos Pioneiros e Cápsula do Tempo. Autor da obra: Demilton Dib Elaboração: 2001. Foto - Acervo: MuZe. Gradil Ornamentado. Autor da obra: Ovídio Fernandes. Elaboração: entre 1980 e 1982. Foto - Acervo: MuZe.
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Sindi Cangaian Grife da ABCZ, antiga Capela Ecumênica, ao lado do Museu do Zebu. Acervo: MuZe.

Esses bancos faziam parte da primeira sede e recinto de exposições da Sociedade Rural do Triângulo Mineiro – SRTM, inaugurada em 1935, localizada à época na Rua São Sebastião, Bairro São Benedito. São umas das poucas peças remanescentes desse período e integram o conjunto do paisagismo do Parque Fernando Costa. Cada banco possui duas bases para apoio do assento e do encosto, executada em peças monolíticas de forma sinuosa. O material utilizado é o granilite, constituídos de pedaços de mármore e cimento, água e areia.

Essas obras retratam cenas do cotidiano rural brasileiro, do homem do campo em sua lida, na lavoura e na pecuária zebuína. Elaboradas no ano de 1942 tais peças estiveram, por muito tempo, expostas no antigo Banco Mineiro de Produção e, posteriormente, no Banco do Estado de Minas Gerais – BEMGE. Do mesmo artista, também se destacam: os bustos do Governador Benedito Valadares, do Presidente Getúlio Vargas e do Ministro Fernando Costa, expostos no Parque Fernando Costa, confeccionados em maio de 1941, data de inauguração do Parque e da sede da Sociedade Rural do Triângulo Mineiro – SRTM.

O autor dos painéis Arlindo Castellani se destacou nos meios especializados, ao desenvolver seu próprio estilo criativo denominado por “axionismo”, que define como a reunião, internacional, em uma mesma composição de diversas normas, tendências e técnicas como as do classicismo, impressionismo, expressionismo, abstracionismo, entre outras. Ao longo de sua trajetória, Castellani deixou trabalhos em várias localidades do país, sendo considerado um artista de relevância nacional.

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ARTE NO PARQUE
Bancos do jardim da Praça Romeu Borges, de frente ao Museu do Zebu. Elaboração: década de 1930 pela Marmoraria Santa Helena. Foto - Acervo: MuZe. Painéis sobre a Vida Rural que fazem parte do acervo do Museu do Zebu. Autor: Arlindo Castellani de Carli. Elaboração: 1942. Foto - Acervo: MuZe. Brahman

A FUNDAÇÃO MUSEU DO ZEBU EDILSON LAMARTINE –GUARDIÃO DA MEMÓRIA DA PECUÁRIA BRASILEIRA

A Fundação Museu do Zebu Edílson Lamartine Mendes, tem como mantenedora a Associação Brasileira de Criadores de Zebu - ABCZ.

A organização dessa instituição se iniciou em 19 de dezembro de 1983, através da assinatura de um convênio entre a ABCZ com as seguintes instituições de ensino e cultura, Faculdades Integradas de Uberaba - FIUBE, hoje Universidade de Uberaba - UNIUBE; Faculdade de Agronomia e Zootecnia de Uberaba, hoje Faculdades Associadas de Uberaba - FAZU e a Fundação Cultural de Uberaba - FCU.

Em 1984, durante a 50ª Expozebu, o Museu do Zebu foi inaugurado e aberto ao público no dia 2 de maio com o lançamento de sua primeira mostra. O nome escolhido para a instituição, “Edílson Lamartine Mendes”, foi uma forma de homenagear o importante criador e ex-presidente da antiga Sociedade Rural do Triangulo Mineiro-SRTM, instituição anterior à ABCZ.

Originalmente foi construído para abrigar o Pavilhão de Vacinas, composto, na época, com salas para práticas de laboratório e outras atividades. É um dos remanescentes do contexto da inauguração do Parque Fernando Costa, em 1941, e sofreu intervenções durante esses anos ao ampliar sua estrutura. O prédio tornou-se sede do Museu do Zebu “Edilson Lamartine Mendes.

MUSEU DO ZEBU
Museu do Zebu “Edilson Lamartine Mendes”. Autor: Engenheiro Mário da Costa Carvalho. Elaboração: 1941. Foto - Acervo: MuZe. Museu do Zebu Edilson Lamartine Mendes em 2022 durante a Expogenética. Acervo: MuZe.
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Nelore Mocho
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Nelore

O Museu do Zebu é a única instituição museológica de divulgação e conservação da memória do Zebu. Busca constantemente promover ações, estudos e pesquisas que tem como propósito fomentar a melhoria do acervo e das mostras, no interesse de ampliar o conhecimento do público com o tema. O Centro de Documentação do Museu do Zebu - Zebudoc e o Museu Virtual do Zebu, integrados a um vasto conteúdo do site Zebu.org se tornaram importantes fontes de pesquisas. Grande parte do patrimônio documental do Museu encontra-se digitalizado e tem sido organizado em um acervo virtual, de fácil acesso e disponível na internet.

MONUMENTOS DEDICADOS A CADA RAÇA

A praça Vicentino Rodrigues da Cunha, recebeu o Memorial do Zebu, localizada na rotatória de frente ao Parque Fernando Costa, ganhou destaque dentro de um Projeto artístico-arquitetônico que realça a presença das nove raças zebuínas e solidifica a imagem de Uberaba como Capital Mundial do Zebu. As esculturas foram criadas pelo artista Mário Pitanguy e Gustavo Penna foi o arquiteto responsável pela obra.

O Museu do Zebu dispõe de diversas ações educativas, que buscam facilitar a interação de visitantes no conhecimento sobre a história e a cultura da pecuária zebuína no Brasil e no mundo tropical. Em tempo de visitação o Museu recebe cerca de 30 mil visitantes por ano, contando com inúmeros projetos educacionais, culturais e científicos. De maneira geral, no passeio ao Museu, o visitante conta com todo apoio e monitoramento, podendo optar pela visita livre ou orientada por profissionais.

O projeto, idealizado pelo arquiteto Gustavo Penna, promete ser o novo cartão postal para a cidade. O conjunto conta com colunatas para a sustentação de um exemplar de cada raça, evidenciando e valorizando a espécie. O artista Mário Pitanguy, referência internacional na confecção de bustos e esculturas em bronze, é o responsável pelos monumentos. A Praça ainda conta com um espelho d ‘água com queda e recurso visual da borda infinita que abriga o internacionalmente conhecido e respeitado caranguejo da ABCZ. A inauguração do novo layout da Praça se deu durante a ExpoZebu 2022.

Rotatória do Parque Fernando Costa após início da reforma de 2022. Acervo: ABCZ. Atual rotatória do Parque Fernando Costa após realização da reforma de 2022. Acervo: ABCZ.
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Indubrasil Guzerá Mediação promovida por estagiário da UFTM com estudantes que visitavam o Museu do Zebu em 2018. Foto - Acervo: MuZe Mediação promovida por estagiária da UFTM com estudantes que visitavam o Museu do Zebu em 2022. Acervo: MuZe.

ESTÚDIO ABCZ TV, sede da ABCZ MULHER e ABCZ COZINHA

Na imagem 1, a marca em formato de Z primeira letra da palavra Zebu. Ao centro do desenho lembra um DNA símbolo de infinito, uma alusão ás infinitas possibilidades que o melhoramento genético oferece. Mas criada com o objetivo de reconhecer os animais superiores, aqueles que são marcas também com o caranguejo da ABCZ.

No Parque Fernando Costa existe o Estúdio ABCZ TV, onde são gravados diversos programas sobre temas relacionados à pecuária zebuína e transmitidas às exposições de gado. Também existe um estúdio destinado, especificamente, para a culinária zebuína, intitulado ABCZ Cozinha. Há também um amplo espaço multiuso destinado ao público feminino, chamado ABCZ Mulher.

Na imagem 2, a marca traz duas setas em sentido contrário, formando a letra Z, inicial de Zebu. As setas representam a relação investimento/Retorno (investimento vai, retorno vem). Também simbolizam os dois polos que se atraem: na parte superior, o animal PO e abaixo o de corte, na aplicação do sêmen. No espaço livre onde as duas setas quase se encontram, é possível visualizar a letra X, remetendo ao cruzamento das raças zebuínas, fator-chave para o melhoramento genético, que está na base da evolução da carne.

A jardinagem foi trabalhada com os arbustos popularmente conhecidos como “Pingo de Ouro”. Composto com folhas amareladas de fácil maleabilidade na poda, onde é possível à estilização das plantas em bordaduras, cercas vivas e até mesmo em bonsais.

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Imagem do salão multiuso ABCZ Mulher. Foto – Acervo: ABCZ. Imagem do estúdio Cozinha ABCZ. Foto – Acervo: ABCZ. Imagens do estúdio da ABCZ TV. Foto – Acervo: ABCZ. Paisagismo formando a marca do Programa Carne de Zebu. Foto - Acervo: MuZe. Paisagismo formando a marca Z do PMGZ – Programa de Melhoramento Genético das Raças Zebuínas. Foto: Acervo MuZe. Brahman Cangaian

Tabapuã

O Zebu na EducaçãoA Revista Turma do Zebuzinho

A primeira edição da Revista “Turma do Zebuzinho” foi lançada em 2014 por iniciativa do Museu do Zebu e da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu - ABCZ. A cada ano, a revista inova em sua produção de conteúdo. São apresentadas perspectivas diferentes sobre as dinâmicas que envolvem a criação do Zebu. Desta forma, são abordados os mais diversos temas.

O Projeto “Zebu na Escola” ocorre em parceria com instituições de ensino. Busca o envolvimento de alunos das redes municipal, estadual ou particular de ensino e está articulado ao projeto Geoparque Uberaba: Terra de Gigantes.

O “Café com Prosa” promove encontros que discutem a valorização da memória ao apresentar aqueles que têm sua trajetória de vida relacionada à história do Zebu. Nessa perspectiva, há ações integradas às parcerias que o Museu mantém com instituições de ensino superior de Uberaba e Região.

O Projeto “Zebu na Universidade”, visa promover a integração do Museu do Zebu e da ABCZ, com instituições de ensino superior que comumente agendam visitas para conhecer todo conteúdo do espaço cultural no Parque Fernando Costa.

Revistas do

Os personagens que exibem o desenrolar das temáticas das revistas são os mascotes (Zebuzinhos) das raças Brahman, Cangaian, Gir, Guzerá, Indubrasil,

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Apresentação de estudantes no Centro de Eventos da ABCZ durante a abertura do projeto Zebu na Escola em 2022.Imagem: Acervo MuZe. Zebuzinho publicadas até a 7ª edição. Imagem: Acervo: MuZe. Mediação promovida por técnico da ABCZ com estudantes do projeto Zebu na Universidade que visitavam os pavilhões de gado na Expozebu de 2022. Foto - Acervo: MuZe. Encontro promovido com o escritor Paulo Machado Borges durante o lançamento do livro “Memórias de um Zebuzeiro” no encontro Café com Prosa em 2017. Foto - Acervo: MuZe. Nelore, Sindi, Tabapuã e Punganur. Nelore

O trabalho de seleção genética de zebuínos, conduzido há décadas por técnicos e pesquisadores, tem promovido significativo progresso na qualidade dos rebanhos do país, tornando-os cada vez mais eficientes e produtivos.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE ZEBU

Os processos e tecnologias empregados asseguram serviços cada vez mais rápidos e seguros, permitindo uma administração profissional focada em resultados. Predominante na pecuária nacional com 80% de zebuínos puros ou mestiços e com nove raças registradas na ABCZ e suas variedades, o zebu contribui com a economia brasileira como maior fonte de proteína animal e com os produtos do boi como o couro, o leite e seus derivados.

A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) atua em toda a cadeia produtiva, desde a pecuária seletiva até a comercial, desenvolvendo junto aos produtores rurais um trabalho de orientação sobre pastagens, crédito financeiro, fomento, extensão rural e mercado consumidor para assegurar a evolução da pecuária nacional.

A cadeia do Agronegócio da pecuária de corte de 2021 foi de R$ 913,14 bilhões. Este volume inclui uma vasta de todos os negócios que envolvem o setor, como por exemplo: os insumos utilizados na pecuária, passando por investimentos em genética, sanidade animal, nutrição, exportações e vendas no Mercado externo e interno.

A ABCZ registra em todo o Brasil cerca de 600 mil zebuínos por ano e detém o maior banco de dados do mundo sobre o zebu com mais de 14 milhões de animais com registros de nascimento. Através do PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos), acompanha o melhoramento genético de bovinos de mais de 2004 criadores em todo o país.

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FORÇA DA ABCZ
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Sindi Nelore Mocho Programa Nacional de Avaliação de Touros Jovens – PNAT durante a Expogenética. Foto - Acervo: ABCZ. Arte montagem de laboratório de genética.Imagem - Acervo: Talk Science. Fotografia artística do ferrete de Caranguejo da ABCZ. Imagem - Acervo: Adriano Garcia. O Zebu e a economia. Foto e montagem - Acervo: MuZe. Catálogo da Expogenética 2016. ImagemAcervo: ABCZ.

A ExpoZebu é realizada desde 1935. Recebe anualmente mais de 430 mil visitantes que participam de leilões, exposições, palestras, cursos e debates sobre diversos temas relacionados à atividade da pecuária. Na edição de 2022 movimentou serviços e atividades que fazem circular cerca de 350 milhões de reais. Durante a exposição acontecem avaliações do gado, concursos leiteiros, leilões, encontros técnicos, feiras gastronômicas, lançamentos de livros, homenagens, atividades culturais e shows que fazem da festa o principal atrativo da Microrregião de Uberaba.

ESTUDOS E PESQUISAS

A ABCZ atua também no apoio à pesquisa científica, ensino superior e inovação tecnológica; no fomento ao ambiente de negócios e à prospecção de novos mercados; na articulação da pecuária com os demais elos da cadeia produtiva da carne e do leite; no suporte técnico aos associados e na representação dos produtores rurais junto ao governo e à sociedade.

Outra feira promovida pela ABCZ é a ExpoGenética que reúne em exposição os principais programas de melhoramento genético do país.

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A ExpoZebu
Recinto de avaliações do Parque Fernando Costa na Expozebu de 2022. Acervo - Imagem: MuZe. Pórtico da Faculdade Associadas de Uberaba – FAZU. Foto - Acervo : ABCZ. Estandes do Brazilian Cattle em feira internacional. Foto - Acervo : ABCZ. Arte da Expogenética de 2022. Imagem - Acervo : ABCZ.

ASSOCIAÇÕES PROMOCIONAIS DAS RAÇAS ZEBUÍNAS

A união da ABCZ e as Associações Promocionais das Raças Zebuínas é de extrema importância definindo ações conjuntas e positivas para o melhoramento de todas as raças registradas no Serviço Genealógico da ABCZ. O Parque Fernando Costa no seu interior sedia estandes para a divulgação das raças zebuínas, permitindo às associações promocionais desenvolverem ações para valorizar cada uma das raças que representam.

A ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE GUZERÁ E GUZOLANDO DO BRASIL – ACGB

Para promover e contar a história de sucesso da Raça surgiu a Associação dos Criadores de Guzerá e Guzolando do Brasil (ACGB), fundada em 22 de maio de 1956, de âmbito nacional, reconhecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), através da Portaria nº. 91 de 03/02/1998.

A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE GIR - ASSOGIR

A Associação Brasileira dos Criadores de Gir - ASSOGIR, foi fundada em 22 de maio de 1956 e registrada no Ministério da Agricultura em 08 de agosto de 1966. Hoje a Associação é composta por criadores de animais de dupla-aptidão, tanto para produção de leite como para produção de carne, nas variedades: mocha e padrão.

A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE GIR LEITEIRO

Com a finalidade de reunir selecionadores especialmente de Gir leiteiro, em 17 de setembro de 1980 foi fundada a Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro - a ABCGIL.

AASSOCIAÇÃODOSCRIADORESDE NELORE DO BRASIL – ACNB

Em 7 de abril de 1954, com a finalidade de integrar criadores em torno de um objetivo comum: fortalecer e defender a raça e criaram a Associação dos Criadores de Nelore do Brasil – ACNB. Sua sede está localizada na capital paulista. Possui ainda um escritório no Parque Fernando Costa, em Uberaba/MG, compondo o patrimônio arquitetônico do parque de exposições.

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Nelore Sedes da Associação Brasileira dos Criadores de Guzerá e da Associação Brasileira dos Criadores de Gir. Foto - Acervo: MuZe. Sede da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil. Foto: Acervo: MuZe.
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Sede da Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro. Foto: Acervo: MuZe.

A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE INDUBRASIL – ABCI

A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE SINDI –ABCSINDI

Para promover o desenvolvimento, o melhoramento genético e a divulgação da raça, surgiu em 1962 a Associação Brasileira dos Criadores de Indubrasil – ABCI

A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE TABAPUÃ

Em busca do reconhecimento do Tabapuã como raça, no dia 14 de outubro de 1968, Alberto Ortenblad, Fazenda Água Milagrosa, mobilizou criadores e fundou a Associação Brasileira dos Criadores de Tabapuã, oficialmente reconhecida pelo Ministério da Agricultura em 1969.

Constituída por criadores, técnicos e pesquisadores do Gado Sindi, a Associação Brasileira dos Criadores de Sindi –ABCSINDI foi fundada, em 20/01/2004.

A ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE BRAHMAN

DO BRASIL – ACBB

A Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB) foi criada em outubro de 1998. Trata-se de uma entidade de fomento e promoção da Raça Brahman, registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sob o número PR 24-3A. Sua Sede imponente se destaca compondo o conjunto arquitetônico do Parque Fernando Costa.

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Sede da Associação Brasileira dos Criadores de Indubrasil. Foto: Acervo: MuZe. Sede da Associação Brasileira dos Criadores de Brahman. Foto: Acervo: MuZe. Sede da Associação Brasileira dos Criadores de Sindi. Foto: Acervo: MuZe. Sede da Associação Brasileira dos Criadores de Tabapuã. Acervo: MuZe.

O Boi na Cultura BrasileiraO Zebu e o Meio Ambiente

No Brasil o boi está bastante representado na literatura de cordel que exalta a cultura sertaneja e a colonização do sertão brasileiro. O escritor Guimarães Rosa afirma que “cada boi tem uma característica específica e participa ativamente da conversa, pois são agentes da natureza já houve um tempo” em que os bois “conversavam entre si e com os homens”.

No Brasil há um grande esforço para disseminação de técnicas de baixa emissão de carbono. Nesse sentido, existem modelos sustentáveis, como os sistemas agroflorestais de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), que permitem termos pastagens e lavouras em harmonia com floresta plantadas.

No folclore o boi é simbolizado através de manifestações populares que ocorrem ao redor do País como a Festa do Bumba-meu-boi que também é chamado de Boi-Bumbá, Bumba-meu-boi ou Boi-Calemba no Rio de Janeiro. Em outros estados há denominações distintas como Bumba de Reis ou Reis de Boi na Paraíba e Boi Pintadinho no Espírito Santo.

FESTIVAL FOLCLÓRICO DE PARINTINS

Festival de Parintins, os bois são representados em suas alegorias por típicos Zebus.

Foto: Acervo: Agência Brasil.

Um dos mais fascinantes espetáculos folclóricos do Brasil ocorre a 420 km de Manaus, capital do Amazonas. Cerca de 60 mil pessoas, anualmente, vão ao município de Parintins para torcer por um dos bois da festa – o Caprichoso e o Garantido que fazem parte do mais emblemático folguedo do boi-bumbá (cerimônia que mistura teatro, dança, música e circo) no Brasil.

A história do gado brasileiro está inserida no folclore através dos cantadores, dos dançadores, dos violeiros e batedores de emboladas com pandeiros. Presente na vida rural, o boi é figura constante no repertório da canção de câmara brasileira e na cultura musical erudita, além de estar presente em vários estilos musicais existentes no país: MPB, Cantigas Populares, Música Sertaneja de Raiz, Cantigas de Ninar, Vaquejada...

O aumento de consumo de produtos alimentícios no mundo torna o Brasil um dos mais importantes produtores de carne bovina do Planeta. O Brasil foi o maior exportador mundial de carne bovina, em 2021, ao participar com 22,3% do volume negociado, sendo que o segundo maior fornecedor deste produto alimentício foram os Estados Unidos com participação de 14,4% da quantidade exportada. O Brasil é um importante produtor de derivados do boi como o couro, o leite, além de sua participação no segmento farmacêutico.

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Cangaian Quadro da Tarsila do Amaral “Paisagem com Touro”. Fonte: Enciclopédia Cultural Itaú. Foto: Acervo: MuZe. Mestre Fogaça elabora receita com carne de Zebu da Campanha “Tá na mesa do Brasil”. Foto: Acervo: ABCZ. Festa dos vaqueiros de Curaçá – Imagem – Acervo: Rede GN. Arte de José Antônio da Silva retratando uma comitiva com gado Zebu. Exposição: Pinacoteca de São Paulo. Foto: Acervo: MuZe.
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Uberaba rumo aos 205 anos

O potencial turístico do Município de Uberaba encontra-se em manifestações arquitetônicas que representam a tradição em várias edificações da cidade, nas igrejas católicas e no espiritismo que tem como ícone o médium mundialmente reconhecido Francisco Cândido Xavier – “Chico Xavier”. As manifestações culturais são representadas em festas como Folia dos Reis, Congado, Festivais de Viola e Catira.

UMA NOVA OPORTUNIDADE PARA O TURISMO

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A forte vocação agropecuária acompanha Uberaba desde a sua fundação e tem como representante o octogenário Parque Fernando Costa, onde se encontra a sede da ABCZ – Associação Brasileira dos Criadores de Zebu; palco de manifestações e eventos relativos à presença da raça zebuína em todo o território nacional, o que posiciona Uberaba no patamar de referência mundial no melhoramento genético e zebuíno de elite. Pecuaristas de todo o mundo visitam Uberaba durante o seu principal evento que é a ExpoZebu.

Uberaba, Capital Mundial do Zebu e Capital Cultural do Triângulo Mineiro, cerca de 340 mil habitantes e anualmente sedia, desde a década de 1930, a Expozebu - maior feira de pecuária zebuína do planeta. Guzerá
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Expressão de Congada de frente à Igreja São Domingos em Uberaba. Foto: Acervo: Fundação Cultural de Uberaba Igreja Santa Rita em Uberaba. Imagem: Fabio Brito. O Catira é uma dança bastante tradicional na cultura rural e uberabense. Na imagem o famoso catireiro Romeu Borges com a dançarina na Festival Nacional de Catira em 2013. Foto – Acervo: Fundação Cultural de Uberaba. Festejos da Festa da Abadia em Uberaba. Foto - Acervo: Fundação Cultural de Uberaba. Expressão de Congada na Praça Santa Terezinha em Uberaba. Foto - Acervo: Fundação Cultural de Uberaba.

Projeto GEOPARQUE Uberaba – Terra de Gigantes

Zebu, Chico Xavier e Dinossauros

OS GEOSSÍTIOS E SÍTIOS HISTÓRICOS

No patrimônio geológico, o destaque é a singularidade dos registros paleontológicos de nossa região, representado notadamente pelos Dinossauros que são reconhecidos pelo mundo. Nos sítios históricos e culturais é destacada a relevância do gado Zebu que não é só econômica, mas também cultural. Ainda há as representações sustentadas pelo terceiro pilar que é a força e significância da religiosidade em Uberaba que teve sua expressão máxima no ícone Chico Xavier, o maior brasileiro de todos os tempos.

O PARQUE FERNANDO COSTA E O SÍTIO ABCZ

Geoparque é um programa criado pela UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – com o objetivo de que haja a conservação e valorização de uma área com um rico patrimônio geológico de especial importância científica, raridade, ou relevância estética ou cênica representando um território (paisagem) suficientemente grande para gerar atividade econômica – notadamente através do turismo. Somado à importância histórica, cultural, paisagística e paleontológica. Um Geoparque traz à população local desenvolvimento econômico por meio do turismo sustentável.

O Parque Fernando Costa, por si só já é uma verdadeira joia rara merecidamente reconhecido para compor o Projeto Geoparque de Uberaba. O Sítio ABCZ está localizado no Parque Fernando Costa, marcado pela beleza de suas edificações em estilo arquitetônico da década de 1940 com representações de vários segmentos pecuários e por emblemáticos monumentos que contam a trajetória de sucesso da instituição. Vem sendo arena de grandes feitos da política brasileira, dos famosos animais campeões da Expozebu e da excelência que elevou à pecuária brasileira a categoria internacional na produtividade, no desenvolvimento científico e tecnológico.

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Indubrasil Gir Mocho Arte montagem: Dinossauro, Chico Xavier e Zebu. Foto – Acervo PMU. Geossítio Peirópolis, no bairro rural Peirópolis em Uberaba. Foto – Acervo: Fábio Brito.

TERRA DE GIGANTESUBERABA

O “Geoparque Uberaba - Terra de Gigantes” integrará espaços chamados de sítios histórico-culturais e geossítios os quais se encontram em diversas localidades de Uberaba e retratam as riquezas geológicas, a herança histórica e a cultura local. Alguns exemplos: Sítio histórico-cultural ABCZ, Geossítio Peirópolis, Geossítio Ponte Alta, Geossítio Caeira, Geossítio Univerdecidade, Geossítio e Sítio histórico-cultural Museu da Cal – (Caeira do Meio), Geossítio Serra da Galga, Geossítio Vale Encantado, Geossítio Santa Rita, Sítio histórico-cultural Fazenda Cassu, Sítio histórico Fábrica de Sinos, Sítio histórico-cultural Memorial Chico Xavier. O Geoparque Uberaba: Terra de Gigantes tem como meta impulsionar o desenvolvimento regional através da valorização da vocação turística do Município.

CAPITAL CULTURAL DO TRIÂNGULO MINEIRO, MATERIAL E IMATERIAL

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Imagens em sentido horário: Igreja São Domingos, Capela Nossa Senhora das Dores, monumetnos de Cristo e São Sebastião no patio da Catedral Metropolitana de Uberaba. Foto(s) – Acervo: Fábio Brito.

A VALORIZAÇÃO DOS TRATADORES DE GADO NAS EXPOSIÇÕES

Os tratadores de gado que acompanham e cuidam dos bovinos nas exposições de gado no Parque Fernando Costa receberam um lugar especial para suas hospedagens nos dias das feiras. Trata-se do “Residencial ABCZ Cícero Correia de Lima”. Inaugurado em 2017, o espaço tem 900 m² e capacidade de hospedar 320 tratadores em quartos confortáveis e áreas de convivência.

O nome do espaço é uma homenagem ao tratador Cícero Correia de Lima, carinhosamente chamado de “Cicinho”. Ele iniciou suas atividades como tratador e inseminador nos anos de 1980, trabalhando com os criadores Cláudio Garcia de Souza e Orestes Prata Tibery Jr e até hoje permanece ao lado da família OT.

RESIDENCIAL ABCZ
Gir

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