Aloe vera (Babosa): Tecnologias de plantio em escala comercial para o semiárido e utilização

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C a p í t u l o I | 73 folhas jovens conservam uma cor verde-azulada e crescem curvadas para baixo (MORENO et al., 2012). Tanto o regulamento para a agricultura ecológica da União Europeia 2092/91 como as normas básicas de IFOAM permitem, em pouca quantidade, somente o uso de fosfatos naturais sobre solos pobres em fósforo. Portanto, as deficiências de fosforo na lavoura de Aloe vera podem ser compensadas mediante aplicação de rocha fosfórica em pó e farinha de ossos, antes da preparação do terreno (ASOCIACIÓN NATURLAND, 2000). A disponibilidade de potássio tem sido praticamente normal para os solos da região Nordeste.

SISTEMA DE PROPAGAÇÃO DO ALOE VERA POR REBENTOS A propagação por rebentos é a mais utilizada para os aloes em comparação ao sistema de micropropagação, porque é o método mais utilizado comercialmente, por meio de rizomas subterrâneos modificados, que quando se emergem a superfície se diferenciam em novos rebentos. Em ambos os métodos, os indivíduos gerados mediante este tipo de reprodução (assexuada) constituem os clones. O custo de cada rebento pode variar de 30 centavos a um real. No caso de uma muda micropropagada seu valor pode exceder de oito a dez vezes em relação a um rebento de Aloe normal de boas características. Vale salientar que a melhor idade das plantas para gerar rebentos é entre 3 a 5 anos, quando se obtêm rebentos mais viáveis para as novas plantações. Considerada a idade na qual a planta-mãe está em plena atividade vegetativa e em melhores condições de poder nutrir os rebentos que emergem. Uma plantação velha e não zelada produzirá rebentos deformes no seu bulbo e folhas, com pouco vigor e com alta probabilidade de serem atacados por fusarium. Também se deve verificar o estado de maturidade da planta mãe, pois, caso a mesma esteja emitindo o pendão floral, deve-se descartar seus rebentos, já que estes terão menor longevidade. Apesar de que a frequência de formação destes é muito baixa e sazonal. Dependendo das condições de cultivo do Aloe vera, no segundo ano é, em média, um rebento por planta e nos anos subsequentes são três rebentos por planta (SINGH; SOOD, 2009). Em razão dos rebentos se formarem dos rizomas emergidos em distintas épocas, consequentemente o tamanho dos rebentos ao redor da planta-mãe é variável (Figura 48). Esse aspecto é determinante ao decidir qual é o destino dos rebentos, se são para


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