MAIA | a pequena mensageira

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Capa: APS Diagramação: Manoel Menezes Revisão: Eliane C. do R. S. de Sousa Coordenação editorial: Jennyfer Calado Barcelos Impressão e acabamento: Gráfica Optagraf

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Shimura, Igor; Bumbeer, Juliana Maia, a pequena mensageira / Igor Shimura e Juliana Bumbeer – A.D. Santos Editora, Curitiba, 2022. 48 páginas.

ISBN – 978-65-89636-20-5 1. Literatura infanto-juvenil

CDD 028.5

1ª edição – abril de 2022.

Proibida a reprodução total ou parcial por quaisquer meios a não ser em citações breves, com indicação da fonte.

Edição e Distribuição:

Uma palavra aos pais

Há mais de dois mil anos o Senhor Jesus Cristo deixou uma ordem aos Seus seguidores: “Vão e façam discípulos de todas as nações” (Mateus 28.19). Trata-se de uma ordem prática que coloca sobre os seguidores uma imensa e maravilhosa responsabilidade. Essas palavras foram dirigidas àqueles que amam a Deus de todo o coração, alma e forças (Deuteronômio 6.5) e que aguardam o fim de todas as coisas, quando todos estaremos para sempre com o Senhor.

Séculos se passaram e precisamos nos examinar quanto à nossa obediência.

Estamos realmente fazendo o que Cristo ordenou, compartilhando a nossa fé, demonstrando ao mundo o amor de Deus? Sabemos que a tarefa ainda não acabou, pois milhares de pessoas sequer ouviram falar da preciosa graça do Senhor! É nosso papel cumprir essa linda tarefa e atender a esse chamado.

Em sua carta aos romanos, o apóstolo Paulo diz que “todos os que pedirem a ajuda do Senhor serão salvos” (Romanos 10.13). No entanto, ele pergunta: “Como é que as pessoas irão pedir, se não crerem nele? E como poderão crer, se não ouvirem a mensagem? E como poderão ouvir, se a mensagem não for anunciada? E como é que a mensagem será anunciada, se não forem enviados mensageiros?” (Romanos 10.14-15).

É necessário que a nossa geração se levante e se disponha a ser mensageira das boas novas de salvação! Há milhões de pessoas que ainda não ouviram falar sobre o que Jesus Cristo fez na cruz! Por isso o Senhor disse aos Seus discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Peçam ao dono da plantação que mande mais trabalhadores para fazerem a colheita” (Mateus 9.37-38).

Sabemos que hoje há vários trabalhadores na seara. Mas, e amanhã haverá? É nosso papel “ensinar a criança no caminho em que deve andar” (Provérbios 22.6) e, para isso, devemos lhes transmitir os ensinamentos de Cristo, isto é, ensiná-las a amar os rejeitados, a incluir os excluídos, a perdoar os que nos perseguem, a respeitar os diferentes e a propagar o amor de Deus. Nossos filhos e filhas precisam sonhar em participar dos movimentos do Espírito Santo no mundo e a perceber que Ele ama a todos indistintamente.

Se tivermos êxito nessa tarefa, poderemos ter a certeza de que bons frutos virão. No futuro, muitas das crianças desta geração exercerão funções importantes na sociedade e na igreja, e poderão ser grandes mensageiras do Senhor nos mais diferentes lugares em todo o mundo, entre as mais distintas pessoas, inclusive entre povos e nações. Certamente as crianças podem fazer diferença hoje, no presente, mas é imprescindível que pensemos nas próximas gerações.

Este livro parte dessa perspectiva, objetivando aquecer os corações de pais e filhos, levando-os a desejar interceder, a amar e a servir os que ainda não conhecem o grande e amoroso Senhor Jesus Cristo. Neste livro, decidimos olhar

diferentes povos e culturas em que estão listados os refugiados, os ribeirinhos, os surdos, os sertanejos, os quilombolas, os ciganos e os indígenas, que hoje apresentam grandes desafios para a igreja de Cristo no Brasil: lutamos contra a exclusão social, o racismo, a perseguição etc. Nós somos os arautos do evangelho e, por isso, não nos calamos! Não há dúvidas que essas pessoas são alvos da ordem de Cristo quando disse “vão e façam discípulos”. Elas precisam ser incluídas nos esforços do povo cristão.

Apresentar esse desafio às nossas crianças certamente é da vontade de Deus e, por isso, ao ler esse livro com uma criança, ore com ela e peça ao Senhor que faça dela uma trabalhadora na Sua seara (Mateus 9.38).

Igor Shimura Juliana Bumbeer

Maia é uma linda menina de 10 anos. Desde quando era muito pequena, seus pais a ensinaram a amar Jesus Cristo com todo o seu coração. Ela também aprendeu que Deus ama todas as pessoas, pois Ele mesmo é o criador de tudo. Diferentemente dos homens, Deus ama a pluralidade das cores e tons de pele, dos tipos de cabelo, da cor dos olhos, etc. Deus ama todo mundo!

Se tem uma coisa que Maia ama é estar na igreja. Lá ela se sente bem, sabendo que é um lugar onde as pessoas se reúnem para orar e adorar a Deus. Ela se sente conectada a uma família: a família de Deus. Ali ela aprende muitas coisas.

Uma das coisas que Maia aprendeu é que Jesus mandou os Seus seguidores transmitirem Seus ensinamentos a pessoas de todas as nações, no mundo inteiro.

Um dia, a igreja fez um culto dedicado a esse tema e Maia ficou impressionada ao ouvir o relato de um pastor convidado. Ele disse que “muitas pessoas, de diferentes cores, povos e culturas, sofrem discriminação e injustiças. Muitas delas sequer ouviram o nome de Jesus e que para isso mudar é necessário que os discípulos anunciem o evangelho de forma prática, imitando Cristo”. Ele também disse que “muitas dessas pessoas são de outras culturas, possuem outros costumes e até falam outras línguas”.

Ao chegar em casa, Maia não conseguia parar de pensar nas palavras daquele pastor. Ela ficou com o coraçãozinho apertado imaginando o sofrimento de crianças de outros povos, próximos e distantes, que ainda não sabem nada sobre o amor de Jesus Cristo. Ela se perguntava: “Será que eu também posso mostrar quem era Jesus para as pessoas? Será que Deus pode me usar, sendo eu apenas uma criança?”.

Já era hora de dormir. Maia escovou os dentes, vestiu seu pijama e foi para seu quarto. Como de costume, seus pais oraram com ela e lhe deram um beijo de boa noite. Deitada, não parava de pensar nas palavras do pastor.

“Pessoas de outros povos sofrem discriminação e injustiças”. Aos poucos, ela foi fechando os olhinhos e adormeceu... e algo muito especial aconteceu!

Maia teve um sonho impressionante, em que Jesus lhe apareceu, levando-a para uma aventura maravilhosa entre diferentes povos no Brasil.

De repente, Maia se viu em um acampamento de ciganos nômades, e Jesus, com voz doce e suave, lhe disse: “Maia, eu amo os ciganos, mas poucas pessoas olham para eles. Eu fico triste porque muitos deles ainda não me conhecem e algumas pessoas da igreja os discriminam só porque eles são diferentes, acreditando em mentiras. Eu sou o criador e amo esse povo. Ore pelos ciganos, minha pequena Maia, e jamais deixe de falar sobre o meu amor para eles”.

Maia se aproximou de uma menininha linda que usava tranças nos cabelos e estava com um vestido rosa com enfeites de fitas em verde-limão.

A pequena ciganinha abriu um sorriso dizendo que se chamava Lárissa e que queria brincar. As duas se deram muito bem e brincaram por horas, de maneira que parecia que o tempo não passava. Quando se deu conta de que o dia já estava acabando, Maia começou a compartilhar a mensagem do amor de Deus para Lárissa, que na mesma hora decidiu tornar-se uma seguidora de Cristo. Maia ficou tão feliz que fechou seus olhos e começou a orar, agradecendo a Deus pelo que estava acontecendo.

Ao abrir os olhos, Maia estava dentro de uma comunidade indígena, sentada no chão com várias crianças, em roda. Um menininho pegou em suas mãos e disse: “Eu sou Iberê e quero mostrar uma coisa para você. Venha!”.

Continua...

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