A Tardinha 24.03.2012

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SALVADOR, SÁBADO, 24 DE MARÇO DE 2012

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ANO 06

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Nº 338

EDITORA-COORDENADORA: NADJA VLADI / ATARDINHA@GRUPOATARDE.COM.BR

Jamile, 11, Iasmin, 10, Carlos, 11, e Willian, 10, fizeram o reconhecimento da cidade

Histórias

da cidade Salvador faz aniversário no dia 29/3. Já são 463 anos de muitas histórias em suas ruas e construções. Venha com a gente em um passeio e conheça algumas delas! págs. 4 e 5

SUPLEMENTO INFANTIL DE A TARDE. NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

Fernando Vivas / Ag. A TARDE


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Qual lugar de Salvador você mais gosta? Por quê?

u João, 9, capricho do s lo nos múscu seu capoeirista

Eu gosto bastante do Farol da Barra, é bem legal. Mas não deixo as praias de lado, vou sempre, beijo! Taís Cordeiro, 9

za, 9, Maria Tere ou o seu e g homena ferido jornal pre

Itapuã e a Lagoa do Abaeté são meus lugares favoritos. Está um pouco perigoso, tem assalto sempre. Mas eu vou com os meus tios bem cedo. As dunas da lagoa são lindas. E a Praia de Itapuã, uma delícia! Jamilly Santos, 12

O mar de Juliana Santos, 9, é cheio de bichos e aventuras


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SAULO DOURADO, 22, É ESCRITOR E PROFESSOR DE FILOSOFIA

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Muitos bichos, muita gente... muitas histórias! Anteontem veio um coelho e perguntou se eu era Saulo, o sujeito que escreve contos no A Tardinha. Eu lhe disse que sim, pois não, em que poderia ajudá-lo. Ele fez um movimento engraçado com a boca e revelou em tom baixo que tinha histórias para mim. Começou então a narrar as suas aventuras pela grama, a sua conquista por uma cenoura na feira livre e o pulo que deu para fugir de um monstro cheio de

dentes, perto da lagoa. “A história é boa ou não é? Quem a ouve pode até se sentir um coelho!”, falou o bichinho, que se despediu depois de meu agradecimento. Ontem veio uma beija-flor e perguntou também se eu escrevia contos no A Tardinha. Logo ela começou a falar de suas viagens pelos jardins. Como este pequeno pássaro bate as asas 70 vezes por segundo, também não

fala do jeito mais pausado. Mesmo assim, deu para entender os grandes acontecimentos de sua vida. Uma vez bebeu o néctar de uma flor envenenada e passou mal por dias. Outra vez, ela voou em direção ao Sol para conhecê-lo e saiu sem uma pena sequer! “A história é boa ou não é?”, disse ela rapidíssima. “Quem a ouve pode até se sentir uma beija-flor!”. Hoje vieram gato,

cachorro, hamster e mesmo pato! Cada um contou a sua história, com o idêntico desfecho: “Quem a ouve pode até se sentir um...”. Foi quando tive uma ideia e beijei cada um deles. “O que foi? O que foi?”, perguntaram. Já longe numa corrida, eu lhes gritei de volta: “Vou atrás das histórias das pessoas! Se todo mundo conhecer a história de todo mundo, quem sabe assim a gente passa a sentir o que é ser cada

um... e nunca mais faz mal a ninguém!”. Você tem ideias para histórias e gostaria de contá-las junto comigo? Mande quantas quiser, de sua vida ou de sua cabeça, para eu usar também a imaginação e criar a partir delas. O nome do(a) idealizador(a) vai aparecer aqui ao lado do meu como autor. Conto com a sua parceria! É só enviar para: atardinha@grupoatarde.com.br




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Que bicho te mordeu? ROBERTA MARQUES

Quem tinha a mordida mais forte: o Tiranossauro Rex ou o Dei-nosuchus (avô do crocodilo)? Agora os cientistas já sabem a

resposta! Pesquisadores da Flórida nos Estados Unidos tentaram responder a essa pergunta fazendo experimentos com crocodilos e jacarés vivos e com fósseis de parentes

desses bichos que viveram há 85 milhões de anos. Eles chegaram à conclusão de que os crocodilos venceriam a batalha, conseguindo morder duas vezes mais forte do que o

7 Tiranossauro! A partir das pesquisas com os animais vivos, eles conseguiram fazer medidas, análises, cálculos, de como era a mordida dos parentes antigos. Para que vocês consigam imaginar a força da mordida do crocodilo-da-água-salgada (o bicho atual que morde mais forte), saibam que quando ele fecha os dentes em alguma coisa, esmaga com a força igual ao peso de um carro! Outra curiosidade bacana foi que os pesquisadores descobriram que o principal fator que influencia essa força é o tamanho do bicho e não o formato do focinho. Por exemplo, o gavial (tipo de crocodilo que vive em rios da Índia), que come peixes e tem um focinho bem estreito, mas pode ter uma mordida bem potente.

Histórias indígenas

Um pajé sai em busca de novos poderes guiado por uma voz misteriosa, um garoto vai morar na mata por amor à natureza e um casal cria um plano para conseguir a permissão dos pais para se casar. Essas e outras lendas dos índios maraguás (que vivem na Amazônia) estão no livro A Árvore de Carne. Os contos estão cheios de encantamentos, maldições, deuses e lições. Com eles, dá para aprender sobre a cultura dos primeiros habitantes do Brasil.

[ leia ]

ROBERTA MARQUES É BIÓLOGA E PROFESSORA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

A Árvore de Carne e Outros Contos/ texto de Lya Minápoty e Yaguarê Yamã/ ilustrações de Mariana Newsland/ Editora Tordesilhinhas/ 52 páginas / R$ 36


LAERTE

BRUNO AZIZ

ZIRALDO

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