TCC arqurbuvv Arquitetura em Container: proposta para um hospital veterinário

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FERNANDA RODRIGUES PEREIRA

ARQUITETURA EM CONTAINER: PROPOSTA PARA UM HOSPITAL VETERINÁRIO

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Vila Velha, como pré-requisito do Programa de Graduação em Arquitetura e Urbanismo, para a obtenção grau de Graduanda em Arquitetura e Urbanismo. Orientadora: Laila Souza Santos.

VILA VELHA 2018



Dedico esta pesquisa ao grande arquiteto do mundo, aos meus pais e familiares pela ajuda durante a graduação, aos meus mestres da arquitetura e como respeito e agradecimento a todo animal que passou pela minha vida.


AGRADECIMENTOS Após uma longa jornada de graduação que agora finaliza e abre portas para novas fases, só tenho a agradecer por tudo que passei. Foram muitos momentos emocionantes e que deixam saudades. Agradeço a Deus, arquiteto do mundo, sem minha fé não teria forças para continuar em tantos momentos. Aos meus pais, meu eterno sentimento de gratidão por todo suporte, apoio, encorajamento e amor em cada momento difícil, agora quero compartilhar minhas conquistas com vocês. As minhas anjinhas felinas, fiéis companheiras. A toda minha família e amigos, obrigada pela compreensão pelos dias que precisei estar ausente. Aos meus amigos da graduação, minha gratidão por todos esses cinco anos, tantos desafios e conquistas tivemos juntos. Tantas noites em claro para sempre dar o nosso melhor. Somos vitoriosos e merecedores! Aos meus mestres, obrigada por todo conhecimento passado, tanto profissional quanto pessoal. Ao arquiteto Heliomar Venâncio, pelas diversas contribuições e pelo curso de arquitetura em container que tanto me inspirou. Ao arquiteto Marcello Bragatto, por compartilhar do mesmo sentimento de interesse e

admiração

pela

arquitetura

em

container,

pelas

contribuições

e

pela

disponibilidade em participar da banca. A Profª. Dra. Cristina Engel, pela disponibilidade em participar da banca e compartilhar de seu conhecimento. E em especial, a minha orientadora, Laila Souza Santos, por ter aceitado me guiar nessa etapa final, com toda sua paciência, disponibilidade, dedicação e conhecimento.

Gratidão!


RESUMO

Muito se vem debatendo nas últimas décadas a respeito do desenvolvimento sustentável e dos desafios que a arquitetura e a construção civil enfrentam neste cenário. O presente trabalho discute a relação entre a arquitetura e sustentabilidade e apresenta estratégias de projeto que promovem o conforto dos usuários e evitam prejuízos para o ambiente, bem como as vantagens do uso dos containers de reuso como sistema construtivo. O objetivo consistiu em produzir uma edificação destinada a abrigar um hospital veterinário e alinhado às preocupações atuais de redução dos impactos ambientais aplicando a tecnologia em questão. Foram realizadas revisões bibliográficas para compreensão da tecnologia e incluídas visitas a hospitais veterinários a fim de aprofundar o programa e fluxograma das atividades desenvolvidas em uma edificação com esse uso. Ao final é apresentada uma proposta de hospital veterinário para animais de pequeno e médio porte, com utilização de estratégias bioclimáticas compatíveis com o sistema, como: telhado verde, esquadrias protegidas, uso de cores mais claras, posição da edificação no terreno em relação a incidência solar, uso de energia fotovoltaica, entre outras. Palavras-Chave: Sustentabilidade na arquitetura; arquitetura em containers; projeto de hospital veterinário.


ABSTRACT

It has been debated a lot, in recent decades, regarding sustainable development and the challenges that architecture and civil construction face in this scenario. The present work discusses the relation between architecture and sustainability and features design strategies that promote user comfort and avoid damages to the environment, as well as the advantages of using reuse containers as a construction system. The objective was to produce a building designed to a veterinary hospital aligned with the current concerns of reducing environmental impacts by applying the technology. Bibliographical revisions were made to understand the technology and included visits to veterinary hospitals in order to deepen the program and flow chart of the activities carried out in this kind of building. A proposal for a veterinary hospital for small and medium-sized animals is presented, using bioclimatic strategies compatible with the container system, such as: green roof, protected frames, use of lighter colors, position of the building in the field in relation to incidence solar, use of photovoltaic energy, among others. Keywords: Sustainability in architecture; Architecture in containers; Veterinary Hospital Project.


LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Estimativa percentual da composição volumétrica de resíduos da construção civil em Olímpia (SP) .............................................................................. 13 Figura 2 - Proteção em fachada. Projeto de Pich Aguilera. 2014 .............................. 20 Figura 3 - Prateleira de luz ........................................................................................ 20 Figura 4 - Tipos de torneira ....................................................................................... 21 Figura 5 - Placas fotovoltaicas .................................................................................. 22 Figura 6 - Primeira instalação da EACF na Ilha do Rei George, Península Keller, Antártica. 2010. ......................................................................................................... 26 Figura 7 - Casa Container Granja Viana. Projeto de Danilo Corbas. 2011. .............. 27 Figura 8 - Evolução do container na arquitetura........................................................ 27 Figura 9 - Container restaurante. Autor desconhecido. ............................................. 28 Figura 10 - Empilhamento de containers ................................................................... 29 Figura 11 - Casa Alface. Projeto de HE Ding, WANG Wei e KONG Lingchen. 2014. .................................................................................................................................. 30 Figura 12 - Pavilhão de Container. Projeto de People's Architecture. 2015. ............. 30 Figura 13 - Container Park. Projeto de ATÖLYE Labs. 2015. ................................... 31 Figura 14 - Quiosque da NL Architects. Projeto de NL Architects. 2014. .................. 31 Figura 15 – Modelo Container “Dry Box” de 20 pés .................................................. 32 Figura 16 – Composição da estrutura do container. Carbonari. 2015. ...................... 34 Figura 17 - Parede hidráulica em container. 2017..................................................... 35 Figura 18 - Container sendo inspecionado ................................................................ 36 Figura 19 - Container sendo posicionado. Projeto de MAPA. ................................... 37 Figura 20 - Exemplo de parede do container ............................................................ 38 Figura 21 - Container com fachada verde. Projeto de Ghiorzi Tavares Arquitetura .. 39 Figura 22 - Container com brise. Autor desconhecido. ............................................. 39 Figura 23 - Esquadria em container .......................................................................... 40 Figura 24 – Proximidade homem e animal ................................................................ 42 Figura 25 - Proximidade homem e animal ................................................................. 43 Figura 26 – Recepção de clínica veterinária. Autor desconhecido. ........................... 44 Figura 27 - Planta baixa de um hospital veterinário. Autor desconhecido. 2010. ...... 47 Figura 28 - Vila Velha Pet Hospital............................................................................ 48 Figura 29 - Hospital Veterinário da UVV ................................................................... 49 Figura 30 – O terreno ................................................................................................ 50 Figura 31 - Os módulos que compõem a edificação ................................................. 52 Figura 32 - Fachada principal .................................................................................... 56 Figura 33 - Fachada 02 ............................................................................................. 56 Figura 34 - Fachada 03 ............................................................................................. 56 Figura 35 - Fachada 04 ............................................................................................. 57 Figura 36 - Volumetria 01 .......................................................................................... 57 Figura 37 - Volumetria 02 .......................................................................................... 58 Figura 38 - Volumetria 03 .......................................................................................... 58 Figura 39 - Volumetria 04 .......................................................................................... 59


Figura 40 - Volumetria 05 .......................................................................................... 59 Figura 41 - Volumetria 06 .......................................................................................... 60


LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Composição de entulhos no Brasil .......................................................... 24

LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Medidas do Container: 20 e 40 pés.......................................................... 32 Tabela 2 – Modelos de containers ............................................................................ 33 Tabela 3 - Densidade de massa aparente (ρ), condutividade térmica (λ) e calor específico (ϲ) de materiais diversos .......................................................................... 37 Tabela 4 - Clínicas x Hospitais .................................................................................. 44

LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Materiais utilizados na construção de residências no Brasil ................... 23 Quadro 2 - Quadro de parâmetros urbanísticos ........................................................ 51


SUMÁRIO 1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 14 1.2 OBJETIVOS ..................................................................................................... 15 1.2.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................... 15 1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................... 15 1.3 METODOLOGIA .............................................................................................. 15 1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO......................................................................... 16 2 ARQUITETURA E SUSTENTABILIDADE ............................................................. 18 3 ARQUITETURA EM CONTAINER ......................................................................... 26 3.1 MODELOS DE CONTAINER ........................................................................... 32 3.2 COMPOSIÇÃO DO CONTAINER .................................................................... 33 3.3 ADAPTAÇÕES NECESSÁRIAS ...................................................................... 35 3.3.1 ISOLAMENTO TÉRMICO E ACÚSTICO ................................................... 37 3.3.2 REFORÇO ESTRUTURAL ........................................................................ 40 4 HOSPITAIS E CLÍNICAS VETERINÁRIAS ........................................................... 42 4.1 DEFINIÇÃO DO PROGRAMA ......................................................................... 45 4.1.1 LEGISLAÇÃO ............................................................................................ 45 4.1.2 VISITAS TÉCNICAS .................................................................................. 48 4.2 SELEÇÃO DO TERRENO ............................................................................... 50 4.3 PROPOSTA DE UM HOSPITAL VETERINÁRIO ............................................. 51 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 62 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 63



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1 INTRODUÇÃO

As discussões em torno da preservação do meio ambiente e dos recursos naturais tem se intensificado nas últimas décadas. O uso da água, a produção de energia, o domínio da terra na forma da agricultura, pecuária, entre outros, definem e condicionam a existência do homem no planeta. Alguns fatores foram determinantes para o surgimento dessas preocupações. Os principais foram a crise de energia ocorrida na década de 70 do século passado (JUNIOR; FIGUEREDO, acesso em 02 jun. 2018), o aumento da população a partir da década seguinte e alguns desastres naturais relevantes nos últimos anos, parte deles inclusive devido a ações humanas. Isso foi reforçando os argumentos de que os recursos naturais são finitos e que se faz importante preservar para o futuro e considerar as gerações vindouras. Na década de 80 do século passado a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, CMMAD, da Organização das Nações Unidas, ONU, discutiu sobre o assunto e estabeleceu um conceito para “desenvolvimento sustentável” que ao longo do tempo também originou o conceito de sustentabilidade. A conclusão foi de que desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as carências da atual geração, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações, ou seja, é quando não se esgota os recursos para o futuro enquanto está explorando na atualidade (CMMAD; ONU, 1987). Esse conceito foi adotado no Relatório Brundtland, também conhecido como Nosso Futuro Comum, pela primeira-ministra norueguesa Gro Harlem Brundtland (LIRA, 2016). A arquitetura, assim como outros setores, abriu um leque de discussões para essa problemática, mostrando a importância de se conscientizar. E no caso da arquitetura de que é possível adotar uma nova forma de construir, consumindo recursos de forma mais racional e reduzindo a poluição no meio ambiente. Vale lembrar que a construção civil no Brasil é uma das atividades que mais gera resíduos, com alto consumo de materiais, de água, de energia e isso reflete em um considerável impacto ambiental (Figura 1). Esses resíduos representam em média de 50 a 70% do total de resíduos sólidos urbanos (MINISTÉRIO DO MEIO


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AMBIENTE, 2011) atestando a importância de se projetar edificações com impactos reduzidos no meio ambiente. Os resíduos da construção civil são provenientes de reformas, novas construções, reparos e demolições de obras, os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras, gesso, argamassa, telhas, vidros, plásticos, tubulações, fiação, entre outros que são comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha (SINDUSCON PARANÁ, 2017). Figura 1 - Estimativa percentual da composição volumétrica de resíduos da construção civil em Olímpia (SP)

Fonte: MARQUES NETO; CÓRDOBA, 2010 apud MARQUES NETO; CÓRDOBA; PUGLIESI; BARROSO, 2015.

Ações como dar um novo uso as águas da chuva, aproveitar o calor do sol para produzir energia ou esquentar a água, reutilizar materiais, utilizar da força dos ventos para produzir energia, construir telhados verdes que diminuem a temperatura das casas e o uso de ar condicionado em climas tropicais são apenas algumas dentre as muitas estratégias que podem ser utilizadas em prol de uma arquitetura mais sustentável e da conservação do meio ambiente.


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1.1 JUSTIFICATIVA

A ideia deste trabalho de conclusão de curso surgiu pela possibilidade de unir duas temáticas que são atuais e se complementam: a arquitetura sustentável e o reaproveitamento dos containers que ficam abandonados nos portos do Brasil (inclusive do Espírito Santo) depois de serem usados para transporte marítimo de produtos. O Espírito Santo, que possui alguns portos e grande movimentação de containers, também enfrenta a mesma problemática e por isso, tem considerável quantidade de containers usados abandonados com potencial para serem reutilizados na arquitetura. O uso do container como método construtivo veio com a ideia de possibilitar construções mais fáceis, rápidas, com custo reduzido e, quando atrelado às condições de eficiência energética e conforto ambiental, consegue se aproximar do conceito de sustentabilidade ao transformar o material abandonado, de grande volume, e dado como lixo para o mercado náutico em arquitetura, ou seja, um produto de longa vida útil. O abandono dos containers acontece porque o custo de enviar de volta ao fornecedor de origem, geralmente asiático, é muito alto ou o fabricante não tem interesse de reformar um container usado, e por isso são colocadas as unidades à venda (CASTILHO, 2016). O tempo de vida de um container é de aproximadamente 90 a 100 anos, mas para o mercado náutico ele tem validade de apenas 8 a 10 anos (RANGEL, 2015; CASTILHO, 2016). A partir dessa problemática os arquitetos vislumbraram uma nova opção para a construção.


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1.2 OBJETIVOS 1.2.1 OBJETIVO GERAL

Apresentar os containers como uma tecnologia construtiva sustentável,

exemplificando

sua

aplicação

na

arquitetura

competitiva e através

do

desenvolvimento de um projeto de hospital veterinário.

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos envolvem: 1. Apresentar o container como um sistema construtivo com potencial de uso em edificações que se pretendem sustentáveis; 2. Identificar os principais cuidados e adaptações necessárias ao projeto e à execução de edificações com o módulo; 3. Definir o programa arquitetônico de um hospital veterinário, embasados por normas, estudos de caso e visitas a hospitais veterinários em funcionamento; 4. Desenvolver um projeto de arquitetura, em nível de estudo preliminar, usando o container como sistema construtivo e empregando estratégias aliado ao que foi apresentado como arquitetura sustentável.

1.3 METODOLOGIA

Os procedimentos metodológicos adotados no trabalho podem ser divididos em dois eixos principais: o primeiro trata da revisão de literatura, realizada através de livros, artigos e revistas científicas, leis e normas, dissertações, sites, vídeos e entrevistas a fim de embasar teoricamente o desenvolvimento do trabalho, concentrando-se em obter informações sobre a relação entre arquitetura e sustentabilidade e do uso de


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containers na construção civil. O segundo eixo diz respeito à coleta de informações necessárias ao desenvolvimento de uma proposta de projeto arquitetônico de hospital veterinário, em nível de estudo preliminar, passando pelas etapas de pesquisa e definição de programa arquitetônico, levantamento de condicionantes legais e ambientais, proposta conceitual e apresentação do estudo, considerando-se que este utiliza containers.

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

O presente documento está estruturado em 4 capítulos. O primeiro capítulo aborda a introdução, apresenta justificativas, os objetivos gerais e específicos e a metodologia do trabalho. O segundo capítulo explora a relação entre arquitetura e sustentabilidade, questiona sobre o consumo de materiais e a geração de resíduos que a construção civil produz. Sugere opções para a busca de uma arquitetura mais sustentável, utilizando estratégias bioclimáticas, produzindo a própria energia e preferindo por tecnologias que ajudam a poluir menos o meio ambiente. O terceiro capítulo apresenta os containers como tecnologia de construção, suas principais características, os cuidados e recomendações na aplicação do módulo, sobretudo quanto ao conforto térmico e acústico, além de exemplificar com edificações que o usaram em sua composição. No quarto capítulo são abordados os conceitos de clínica e hospital veterinário, como eles funcionam, quais são as exigências de programa e fluxograma com base na legislação e em visitas técnicas. Em seguida é apresentado o terreno para implantação do projeto, a nível de estudo preliminar, assim como os parâmetros para a proposta. Ao final, depois do projeto, apresentam-se as conclusões deste trabalho e da proposta.


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2 ARQUITETURA E SUSTENTABILIDADE

Segundo Corbella e Yannas (2009), a arquitetura sustentável integra o edifício ao meio ambiente, de forma que o englobe ao conjunto maior. Eles destacam que arquitetura sustentável é A arquitetura que quer criar prédios objetivando o aumento da qualidade de vida do ser humano no ambiente construído e no seu entorno, integrado com as características da vida e do clima locais, consumindo a menor quantidade de energia compatível com o conforto ambiental, para legar um mundo menos poluído para as futuras gerações (CORBELLA; YANNAS, 2009, p. 19).

Uma forma eficaz de conciliar arquitetura e sustentabilidade é pensar no tema desde a concepção do projeto, tomando as decisões adequadas desde o início, como a escolha do local da obra, análise do clima, a posição da edificação no terreno quanto a orientação solar, a influência de ventos, dimensões, formato e tipologia de aberturas, onde as proteções solares serão necessárias, além de uma cuidadosa especificação e seleção dos materiais. Todas essas decisões afetam no consumo dos recursos naturais ou de energia que serão utilizados (AGOPYAN, 2011) e refletem no desempenho operacional da edificação. Um projeto de arquitetura que é elaborado com base nos princípios da sustentabilidade deve resultar em uma edificação que atenda às necessidades dos seus usuários, além de permitir a economia energética e a qualidade dos ambientes projetados (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015). Para obter o máximo da arquitetura sustentável pode-se utilizar recursos como as estratégias bioclimáticas, que consistem em elementos de projeto adequados ao clima e aplicados à edificação a fim de garantir conforto térmico e, assim, contribuir para que a edificação seja mais eficiente (LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 2004). Segundo o Ministério da Saúde (2015), algumas estratégias bioclimáticas que podem ser usadas na arquitetura são: •

Estratégias de acondicionamento do lugar;

Estratégias de resfriamento;

Estratégias de iluminação natural;


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Estratégias de eficiência energética.

Em relação às estratégias de acondicionamento do lugar: é possível favorecer a sustentabilidade quando se diminui a quantidade de cortes e aterros, quando se estuda a posição de cada ambiente na planta de acordo com a orientação solar, quando se concentram instalações em paredes hidráulicas, quando existe a captação e reuso das águas de chuva (diminuindo a demanda por novas águas), quando há presença de vegetação adequada pra promover resfriamento e sombreamento, assim como quando é levado em consideração a capacidade do solo de permear naturalmente as águas das chuvas e reduzir o gasto com projetos e obras de drenagem (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015; VENÂNCIO, 2011). Quanto às estratégias de resfriamento – especialmente úteis em regiões de clima quente e úmido, como a região metropolitana de Vitória-ES –, promover a ventilação natural é essencial. Ela pode ser obtida através da ventilação cruzada, por aberturas inferiores que possibilitam a entrada do ar frio, assim como as aberturas superiores para a saída do ar quente. Proporcionar fachadas ventiladas (Figura 2) e resfriamentos noturnos com aberturas controláveis também são boas opções para melhorar as temperaturas internas de um edifício (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015; VENÂNCIO, 2011). Para reduzir os ganhos térmicos nessas regiões, são recomendados dispositivos de proteção solar como brises, marquises, cobogós, o uso de cores claras para refletir a iluminação e aplicação de coberturas que atuem como isolantes térmicos, como os telhados verdes.


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Figura 2 - Proteção em fachada. Projeto de Pich Aguilera. 2014

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/430938258067998263/. Acesso em 11 mai. 2018.

Para ganho e aproveitamento de iluminação natural são recomendadas prateleiras de luz (Figura 3), forros de cores mais claras, especificação adequada das superfícies envidraçadas e principalmente, aberturas protegidas da incidência direta do sol (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015; VENÂNCIO, 2011). Figura 3 - Prateleira de luz

Fonte: http://www.dicadaarquiteta.com.br/2015/02/iluminacao-natural.html. Acesso em 12 mai. 2018.


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Em se tratando de eficiência energética e com o intuito de buscar a sustentabilidade na arquitetura podem ser indicados ao projeto equipamentos de baixo consumo de energia e água (Figura 4), uso de controles individuais a cada sistema de iluminação e sempre que possível, fazer uso da vegetação local (VENÂNCIO, 2011). Figura 4 - Tipos de torneira

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/787778159794305818/. Acesso em 10 mai. 2018.

Outras tecnologias também são usadas quando se pretende propor edificações fundamentadas nos conceitos de sustentabilidade: o uso de energias renováveis, tais como a energia eólica (onde há disponibilidade e frequência de ventos), energia solar térmica (com uso de placas solares em locais que o sol é frequente na maior parte do ano), e energia solar fotovoltaica (Figura 5). Além disso, podem ser utilizadas tecnologias eficientes como as lâmpadas tipo LED, de baixo consumo energético e dispositivos como: uso de temporizador em torneiras e bacias sanitárias com caixa acoplada. Além desses, as piscinas podem ser cobertas para evitar evaporação de até 90% da água (VENÂNCIO, 2011).


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Figura 5 - Placas fotovoltaicas

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/483362972483096882/. Acesso em 15 mai. 2018.

Embora existam inúmeras estratégias de projeto, por exemplo as citadas estratégias bioclimáticas, que visam aproximar as edificações do conceito de arquitetura sustentável, é inegável a importância da adoção de materiais e sistemas construtivos compatíveis com o conceito. É sabido que a construção civil ainda utiliza muitos recursos naturais, sendo a maioria não-renováveis, com desperdício de matéria-prima, energia, água e emissão de poluentes. É possível ver no Quadro 1 que desde 1991 o Censo já apontava essa informação. Esses recursos representam aproximadamente 50% do total dos recursos utilizados. Quando os materiais são selecionados corretamente, este cenário pode ter uma nova perspectiva (JOHN, 2000; OLIVEIRA, 2009).


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Quadro 1 - Materiais utilizados na construção de residências no Brasil

Fonte: adaptado de SIDRA, 2007 apud OLIVEIRA, 2009.

Nas fases de execução e demolição são gerados grandes volumes de resíduos (Gráfico 1) devido à ausência de otimização durante projeto e obra ou mesmo pela escolha da tecnologia construtiva. Os resíduos da construção são superiores a muitas atividades econômicas, sendo responsáveis por gerar cerca de 67% da massa total de resíduos sólidos urbanos (JOHN, 2000). Para a fase de construção, por exemplo, o planejamento e a compatibilização de projetos é fundamental para minimizar as perdas e quantidades excessivas de resíduos, assim como a utilização de sistemas construtivos mais limpos.


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Gráfico 1 - Composição de entulhos no Brasil

Composição média do entulho de obra no Brasil Outros Orgânicos 1% 7%

Concreto e blocos 29% Argamassa 63%

Argamassa

Concreto e blocos

Outros

Orgânicos

Fonte: adaptado de Monteiro, et al (2001). Acesso em 08 nov. 2018.

Quanto ao sistema construtivo, um método que tem sido bastante utilizado é o container, que quando usado de forma adequada e tomando os devidos cuidados quanto ao conforto térmico e acústico, pode ser um grande benefício. A construção em containers recentemente tem-se, portanto, apresentado como uma tecnologia construtiva com potencial de aplicação em diversos usos. Ele é versátil, pode ser movido de lugar, é um material que pode ser reutilizado várias vezes dentro do seu longo tempo de vida útil, o que é favorável à sustentabilidade, pois, preserva o meio ambiente do uso de recursos em excesso e atribui nova utilidade a um módulo que muitas vezes é descartado.


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3 ARQUITETURA EM CONTAINER Foi na Inglaterra, entre o final do século XX e o início deste século, que o primeiro container de uso marítimo foi reutilizado para uma construção arquitetônica (AZEVEDO; ROCHA; MACHADO, 2018). A comunidade de arquitetura começou a compreender que a quantidade excessiva de containers que ficam nos portos, sem utilidade para o comércio marítimo, não poderia continuar a ser empilhada sem ter um novo uso. Isso é um impacto muito grande para o meio ambiente. Foi então que arquitetos como por exemplo, Danilo Corbas tiveram a ideia de criar espaços com esses módulos. O uso mais recorrente é o da habitação, mas atualmente comércios, serviços e até mesmo edifícios em locais inóspitos como as estações científicas na Antártica (Figura 6) também têm utilizado containers (OCCHI; ROMANINI, 2014). No Brasil já é possível ver algumas construções com ele (Figura 7). Figura 6 - Primeira instalação da EACF na Ilha do Rei George, Península Keller, Antártica. 2010.

Fonte: http://www.brasil.gov.br/noticias/educacao-e-ciencia/2017/01/estacao-antartica-comandanteferraz-comeca-a-ser-reconstruida. Acesso em 01 jun. 2018.


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Figura 7 - Casa Container Granja Viana. Projeto de Danilo Corbas. 2011.

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/800283/casa-container-granja-viana-containerbox/583b55e4e58ecebc930000b4-casa-container-granja-viana-container-box-foto. Acesso em 09 mai. 2018.

Na trajetória dos containers, algumas modificações foram acontecendo (Figura 8). Pode-se dividir em aproximadamente cinco etapas, são elas: Figura 8 - Evolução do container na arquitetura

Fonte: adaptado de KOTNIK, 2008 apud CARBONARI, 2015.

1. A primeira vez que os módulos surgiram foi como manifesto arquitetônico e artístico de grande impacto conceitual, exaltando sua mobilidade, natureza cosmopolita e mostrando que um único container era suficiente para criar um espaço habitável (KOTNIK, 2008 apud CARBONARI, 2015).


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2. Na segunda etapa o módulo recebeu algumas áreas extras através de aberturas nas suas laterais (Figura 9), o intuito era expandir o espaço (KOTNIK, 2008 apud CARBONARI, 2015). Figura 9 - Container restaurante. Autor desconhecido.

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/375769162655890931/. Acesso em 9 nov. 2018.

3. Em seguida a ideia foi de agrupar vários containers e junto ao material original, outros revestimentos foram sendo combinados (KOTNIK, 2008 apud CARBONARI, 2015). 4. A quarta forma explorada foi da combinação de containers sob uma base de concreto e um espaço entre eles fechado por esquadrias fixas ou móveis. Assim um novo ambiente é criando entre combinações de módulos (KOTNIK, 2008 apud CARBONARI, 2015). 5. Posterior às ideias apresentadas, a arquitetura explorou o uso do container totalmente revestido por outros materiais já conhecidos, usando a tecnologia construtiva, mas não deixando transparecer do que a edificação era feita (KOTNIK, 2008 apud CARBONARI, 2015). Em projetos que buscam por altura, os módulos podem ser empilhados na horizontal, sendo de oito a nove unidades (Figura 10), ou ainda na vertical, com três unidades. Esse empilhamento não atrapalha suas características estruturais (SLAWIK et al., 2010, apud CARBONARI, 2015).


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Figura 10 - Empilhamento de containers

Fonte: adaptado de CARBONARI, 2015. Acesso em 09 nov. 2018.

Edificações cujo sistema construtivo se fundamentam no uso do container conseguem reduzir consideravelmente os resíduos (entulhos), pois não utilizam muitos materiais básicos de uma construção em alvenaria tradicional, tais como areia, cimento, tijolos, entre outros, afinal depois de posicionados os containers, a obra praticamente avança para a etapa de acabamentos. Por essas razões ela se torna mais econômica em até 30% (SCHONARTH, 2013 apud KALIL, 2016; OCCHI; ROMANINI, 2014). Além disso, o container pode ser removido da implantação de origem e levado para outros lugares. Nessa mudança a maior parte do que compõe o interior da edificação pode ser mantido em seu lugar, desde que possua resistência à movimentação. Isso possibilita, por exemplo, que um empreendedor mude seu negócio de lugar quando o contrato de aluguel acabar ou quando não for mais vantajoso permanecer naquela região (VENÂNCIO, 2018) 1. PROJETOS EM CONTAINER Quando começaram a ser usados na arquitetura, os containers eram mais aplicados a projetos residenciais, como mostra a Figura 11.

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Informações obtidas no curso: “Arquitetura e Construção em Contêiner” ministrado pelo arquiteto Heliomar Venâncio em agosto de 2018, Vila Velha, ES.


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Figura 11 - Casa Alface. Projeto de HE Ding, WANG Wei e KONG Lingchen. 2014.

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/785972/lettuce-house-he-ding-wang-wei-kong-lingchen. Acesso em 10 mai. 2018.

Depois foram sendo aplicados em projetos comerciais e institucionais como mostra a Figura 12. Figura 12 - Pavilhão de Container. Projeto de People's Architecture. 2015.

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/791412/container-stack-pavilion-peoples-architecture. Acesso em 10 mai. 2018.

Os espaços públicos também seguiram a inspiração e utilizaram o container nas suas obras (Figura 13).


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Figura 13 - Container Park. Projeto de ATÖLYE Labs. 2015.

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/790381/container-park-atolye-labs. Acesso em 11 mai. 2018.

Sem contar outros elementos que estão em conjunto com as casas ou espaços públicos que usaram o container para suprir alguma necessidade, são alguns exemplos: piscinas, varandas, quiosques (Figura 14) e banheiros públicos, o que demonstra ainda mais a versatilidade do módulo para aplicação em projetos de arquitetura. Figura 14 - Quiosque da NL Architects. Projeto de NL Architects. 2014.

Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/758565/nl-architects-explora-um-novo-modo-de-utilizarconteineres-em-seul. Acesso em 13 mai. 2018.


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3.1 MODELOS DE CONTAINER

O modelo do container varia de acordo com o uso, mas o principal é o “Dry Box” (Figura 15). Os tamanhos também possuem variações, mas os mais usuais são os de 20 pés e os de 40 pés (Tabela 1) (OCCHI; ROMANINI, 2014). Pés é a medida mais utilizada para medir os containers e representa aproximadamente 0,3048 metros. Figura 15 – Modelo Container “Dry Box” de 20 pés

Fonte: adaptado de https://www.containersbrasil.com.br/equipamentos/dry. Acesso em: 02 jun. 2018

Tabela 1 - Medidas do Container: 20 e 40 pés

Modelo

Comprimento (m)

Largura (m)

Altura (m)

Empilhamento

Resistência

20 pés

6,05

2,43

2,5

8 a 9 (vazios)

40 pés

12,19

2,43

2,5

8 a 9 (vazios)

São resistentes ao fogo e à chuva

Capacidade (m³) 33 67

Fonte: Adaptado de https://www.containersbrasil.com.br/equipamentos/dry.

No Brasil há vários fornecedores de containers: Brascontainers (São Paulo), Bunker Metal (Paraná), Central Containers (Espírito Santo), Containers Brasil (São Paulo), Delta Containers (Paraná), Locares (Espírito Santo), Miranda Container (Mato Grosso), Total Storage (Paraná), entre outros.


33

É interessante destacar que a maioria desses fornecedores já apresentam como produto, em seus sites, módulos arquitetônicos feitos de container com os recortes de esquadrias, instalações elétricas, hidráulicas e/ou soluções para o conforto térmico e acústico. Alguns, inclusive, indicam arquitetos especialistas em projetos do gênero para seus clientes. Além desse modelo, existem outras variações no mercado como na Tabela 2: Tabela 2 – Modelos de containers Modelo

Comprimento (m)

Largura

Altura

(m)

(m)

2,43

2,89

Uso

High Cube 20 pés

6,19

Indicado para transporte de

(também possui a

(o modelo de 40

grandes quantidades de

variação de 40

pés possui 12,19m

mercadorias, além de útil em

pés)

de comprimento)

projetos customizados devido a sua altura

Container

6,06

2,43

2,59

Ventilado

Indicado para transporte de cargas que precisam de ventilação, como o cacau e o café

Container

6,05

2,43

2,59

Esse modelo é revestido e

Graneleiro Dry 20

indicado para transporte de

pés (também tem

grãos e sementes

a variação em 40 pés) Container Reefer

6,05

2,43

2,59

Ideal para transporte de

20 pés (também

cargas que precisam de

tem a variação em

temperaturas constantes ou

40 pés)

temperaturas abaixo de zero

Fonte: adaptado de https://www.locares.com.br/noticia/68/container-conheca-alguns-dos-tipos-maisusados. Acesso em 30 nov. 2018.

3.2 COMPOSIÇÃO DO CONTAINER

O container é composto de estrutura metálica, o aço, material de alta resistência a corrosão (afinal, foram feitos para resistir à maresia das viagens a bordo dos navios) e possuem o piso de compensado naval (VENÂNCIO, 2018; OCCHI; ROMANINI,


34

2014). Eles têm as faces onduladas para alcançar uma melhor sustentação, suportar as cargas, os esforços e os empilhamentos. Sua parte superior é mais flexível que a inferior que conta com um reforço estrutural nativo para suportar os esforços de quando é içado pelo munck2 (VENÂNCIO, 2018)3. A sua geometria natural é retangular, formada por arestas metálicas que sustentam em forma de gaiola as faces onduladas (Figura 16). A face interna que atua como piso possui material especial: o compensado naval, capaz de suportar materiais secos e molhados, além de ser bastante resistente em composição. Figura 16 – Composição da estrutura do container. Carbonari. 2015.

Fonte: CARBONARI, 2015. Acesso em 8 nov. 2018

Esse formato retangular facilita a criação de módulos que podem se encaixar e combinar de diferentes maneiras e com isso explorar formas além da composição tradicional. Também podem se combinar com outros materiais. Além de facilitar funcionalidades como a parede hidráulica, visto que as tubulações podem passar nos espaços vazios formados entre as ondulações das vedações (Figura 17).

2

O munck é um modelo de guindaste comandado hidraulicamente e montado sobre o chassi de um caminhão. Informações obtidas no curso: “Arquitetura e Construção em Contêiner” ministrado pelo arquiteto Heliomar Venâncio em agosto de 2018, Vila Velha, ES. 3


35

Figura 17 - Parede hidráulica em container. 2017.

Fonte: BARBOSA, Ana Luísa; DOANO, Juliana Coser; LAMAS, Anna Carolina; PEREIRA, Fernanda Rodrigues. Módulo mínimo em container. Trabalho acadêmico desenvolvido na disciplina de Compatibilização de Projetos (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) - Programa Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Vila Velha. Vila Velha, 2017.

A vida útil do container varia entre 90 e 100 anos fora do uso como transporte marítimo (RANGEL, 2015; CASTILHO, 2016). E quando é necessária manutenção pode ser feita pintura com tinta epóxi específica para metais, essa tinta contribui para a vida útil e retarda os efeitos de corrosão (OCCHI; ROMANINI, 2014).

3.3 ADAPTAÇÕES NECESSÁRIAS

O container por si só é bastante eficiente para o transporte de materiais, mas para a arquitetura alguns cuidados são necessários.


36

Se forem comprados de portos para reuso deve-se verificar qual tipo de carga esse container transportou durante sua vida marítima, assim como a sua certificação atestando que é próprio para reuso (Figura 18). Se for uma carga tóxica para a saúde humana e ambiental, não poderá ser utilizado na arquitetura (OCCHI; ROMANINI, 2014). Figura 18 - Container sendo inspecionado

Fonte: http://www.qualitechirm.com/cestas-container.php. Acesso em 02 jun. 2018.

Se a carga não era tóxica, uma limpeza adequada, com descarte de resíduos e reparos, se necessário, são medidas suficientes para transformar o que seria lixo em elementos de construção. Outro cuidado que diz respeito mais ao terreno do que a forma é o fato de que para movimentar o container são necessárias grandes máquinas, como um munck (Figura 19), o terreno deve dispor de espaço suficiente para manobra delas, e se possível, não ter fiação aérea que pode dificultar na movimentação de grandes módulos (OCCHI; ROMANINI, 2014).


37

Figura 19 - Container sendo posicionado. Projeto de MAPA.

Fonte: https://www.pinterest.co.uk/pin/563372234617999879/. Acesso em 03 jun. 2018.

3.3.1 ISOLAMENTO TÉRMICO E ACÚSTICO

Como o principal material é o aço, que conduz calor e propaga ruídos com facilidade, é necessário planejar soluções que resolvam o ganho térmico do material, assim como o possível barulho, de chuvas, por exemplo. Como comparativo podem ser observadas as condutividades térmicas (λ) dos seguintes materiais: metais, madeiras e derivados, concretos, gesso e isolantes térmicos na Tabela 3. Tabela 3 - Densidade de massa aparente (ρ), condutividade térmica (λ) e calor específico (ϲ) de materiais diversos ρ (kg/m³)

λ (W/m K)

ϲ (kJ/KG k)

Aço, ferro fundido

7.800

55

0,46

Alumínio

2.700

230

0,88

Cobre

8.900

380

0,38

450-600

0,15

1,34

MATERIAL

METAIS

MADEIRAS E DERIVADOS

Carvalho, freijó, pino, cedro, pinus


38

Aglomerado de fibras de madeira denso

850 – 1.000

0,20

2,30

650-750

0,17

2,30

2.200 – 2.400

1,75

1,00

1.400-1.600

0,85

1,00

1.100 – 1.300

0,50

0,84

750 – 1.000

0,35

0,84

Lã de rocha

20 - 200

0,045

0,75

Lã de vidro

10 - 100

0,045

0,70

Aglomerado de partículas de madeira Com agregados de pedra normal CONCRETOS

GESSO

Com argila expandida, dosagem do cimento > 300kg/m³ Projetado ou de massa volumétrica elevada Gesso tradicional; gesso acartonado

ISOLANTES TÉRMICOS

Fonte: adaptado de Lamberts; Dutra; Pereira (2004).

Para isso podem ser usados materiais como a lã de rocha, lã de pet, lã mineral, entre outras, protegidas por uma camada de gesso acartonado que atua como um “colchão” (Figura 20). É possível ver na Tabela 3 que a condutividade térmica (λ) desses materiais é relativamente menor que a condutividade dos metais. Essa solução pode ser aplicada tanto nas paredes quanto no forro para melhorar o conforto térmico e acústico. Figura 20 - Exemplo de parede do container

Fonte: http://mycontainerhome.blogspot.com.br/2014/07/isolamento-termico.html. Acesso em 8 mai. 2018.


39

Telhas sanduíche, telhado verde e o próprio telhado tradicional também são usados como estratégias para beneficiar o conforto térmico e acústico dos ambientes. Além disso é importante lembrar das estratégias de conforto ambiental, como posicionar o container com suas menores faces voltadas para a pior insolação local; usar proteções nas esquadrias, como brises, marquises, cobogós e vegetações (Figura 21 e Figura 22); promover ventilação cruzada aproveitando os ventos dominantes do terreno; projetar fachadas ventiladas, entre outras. Figura 21 - Container com fachada verde. Projeto de Ghiorzi Tavares Arquitetura

Fonte: https://www.vivadecora.com.br/foto/64915/casa-containers-laranja. Acesso em: 10 mai. 2018. Figura 22 - Container com brise. Autor desconhecido.

Fonte: http://www.joiadecasa.com.br/casas-em-containers-arquitetura-sustentavel-e-moderna/. Acesso em: 12 mai. 2018.


40

3.3.2 REFORÇO ESTRUTURAL

O container se sustenta por si só, não sendo preciso uso de pilares ou vigas, exceto quando são feitas aberturas de janelas e portas. Essas aberturas são feitas por profissionais especializados da serralheria. E para resolver essa questão, é importante que seja feito reforço estrutural nas esquadrias (Figura 23) com barras galvanizadas de metalon seguindo a medida necessária (podem ser, por exemplo, 2x2 ou 4x4) em barra chata ou ainda em materiais semelhantes (informação verbal4). Figura 23 - Esquadria em container

Fonte: https://minhacasacontainer.com/2015/05/18/a-atencao-que-se-deve-dar-aos-metais-usadosnas-transformacoes-de-container/. Acesso em 13 mai. 2018.

4

Informação concedida através de entrevista com o arquiteto Heliomar Venâncio, maio de 2018.


41


42

4 HOSPITAIS E CLÍNICAS VETERINÁRIAS

Ao longo dos anos os homens foram se aproximando cada vez mais dos animais e o sentimento de afeto também foi crescendo (Figura 24). É possível ver na história como no Egito; em que os homens respeitavam os gatos; na Índia, muitos animais são venerados, sobretudo as vacas. O animal é visto como amigo, companhia e para muitos até mesmo uma relação familiar. O número de animais domésticos aumentou e atualmente são poucas as pessoas que não possuem nenhum tipo de animal de estimação (Figura 25), seja gato, cachorro, pássaro, tartaruga, entre outros (SOS ANIMAL, 2018). Figura 24 – Proximidade homem e animal

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/469007748687477107/. Acesso em 01 jun. 2018.


43

Figura 25 - Proximidade homem e animal

Fonte: https://www.bancodasaude.com/noticias/mulheres-com-animais-de-estimacao-correm-menosrisco-de-avc/. Acesso em 9 nov. 2018.

Um exemplo disso é observar a propaganda da página inicial da ABINPET: “Em 2015, o mercado pet no Brasil faturou 18 bilhões” (ABINPET, 2018), o que significa uma movimentação financeira expressiva do setor. Os animais domésticos possuem necessidades e precisam de cuidados, pois uma vez domesticados, eles tendem a se tornar dependentes do ser humano. Para atender à essas necessidades e ter esses cuidados o homem precisa auxiliá-lo, comprar ração, dar banho, tosar o pelo, dar carinho, atenção e levar ao veterinário para cuidados mais específicos como vacinas, consultas periódicas, tratamentos dentários, possíveis cirurgias, controle de pulgas, entre outros. É nesse momento dos cuidados mais específicos que entra o papel das clínicas e dos hospitais veterinários (Figura 26).


44

Figura 26 – Recepção de clínica veterinária. Autor desconhecido.

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/677651075151752030/. Acesso em: 02 jun. 2018.

Os hospitais veterinários realizam o atendimento cotidiano como consultas, revelam diagnósticos, indicam tratamentos, além de realizarem cirurgias e internações (Tabela 4). Eles ficam abertos ao público 24h por dia, de segunda a segunda, exceto casos especiais como hospitais escola (WEB ARTIGOS, 2009). No caso das clínicas, elas não precisam ficar abertas 24 horas, mas caso ofereçam o serviço de cirurgia e internação, o atendimento interno da clínica deve ser por 24 horas com a presença de um médico veterinário em período integral (CFMV, 2012). Tabela 4 - Clínicas x Hospitais Ambiente

Horário De Funcionamento

Sala Cirúrgica

Espaço De Internação

Consultas

CLÍNICA

De segunda a sábado

Opcional

Opcional (fica condicionado a existência da sala cirúrgica)

Sim

Obrigatório

Obrigatório

Sim

Não pode ter

Não pode ter

Sim

24h todos os dias da semana A critério do CONSULTÓRIOS proprietário Fonte: adaptado de CFMV, 2012. HOSPITAL

Todos os locais citados devem ter um convênio com empresa credenciada para o recolhimento de cadáveres e o recolhimento de resíduos hospitalares. Dependendo


45

do município, a Prefeitura também pode efetuar esse serviço de recolhimento do cadáver. Além desses ambientes, existem como recurso e apoio aos hospitais, clínicas e consultórios, as unidades de transporte e remoção e as ambulâncias, que não realizam consultas, apenas o transporte ou atendimento emergencial até o local de destino (CFMV, 2012).

4.1 DEFINIÇÃO DO PROGRAMA 4.1.1 LEGISLAÇÃO Segundo a Resolução nº 1015/2012 do Conselho Federal de Medicina Veterinária, para os hospitais veterinários funcionarem deve-se constar os seguintes setores: 1. Setor de atendimento, que consiste em: 1.1. Sala de recepção; 1.2. Consultório; 1.3. Geladeira (para armazenar instrumentos específicos); 1.4. Sala de arquivo médico.

2. Setor cirúrgico, consiste em: 2.1. Sala de preparo dos pacientes; 2.2. Sala de paramentação e antissepsia; 2.3. Sala de higienização; 2.4. Sala de recuperação anestésica; 2.5. Sala de lavagem e esterilização de materiais (esse serviço pode ser terceirizado, desde que comprovado por documentos); 2.6. Sala cirúrgica.

3. Setor de internação, consiste em: 3.1. Mesa e pia para higienização; 3.2. Baias, boxes ou outras acomodações individuais e de isolamento de acordo com o porte do animal e que sejam de fácil limpeza; 3.3. Local para isolamento de animais com doenças infectocontagiosas;


46

3.4. Armário para medicamentos e descartáveis;

4. Setor de sustentação contém: 4.1. Lavanderia; 4.2. Depósito e almoxarifado; 4.3. Copa para os funcionários; 4.4. Descanso para os funcionários; 4.5. Sanitários e vestiários compatíveis com a quantidade de funcionários; 4.6. Setor de estocagem; 4.7. Morgue.

5. Setor de diagnóstico, contendo no mínimo: 5.1. Laboratório de análises clínicas; 5.2. Radiologia; 5.3. Ultrassonografia. A Resolução indica ainda que o hospital deve ter contato direto com uma empresa credenciada para o recolhimento de possíveis cadáveres e de resíduos hospitalares (CFMV, 2012). A seguir é apresentada a planta baixa de um exemplo de hospital veterinário a fim de observar a proporção e proximidade dos ambientes, assim como o fluxograma funciona de acordo com as atividades desse hospital (Figura 27).


47

Figura 27 - Planta baixa de um hospital veterinário. Autor desconhecido. 2010.

Fonte: traduzido de https://br.pinterest.com/pin/375769162650080244/. Acesso em 28 mai. 2018.

Pode-se destacar, a partir dessa planta baixa, como favorável a divisão de espaços para gatos e cachorros, a forma como a hierarquia dos espaços vai evoluindo: do atendimento, passando pelas consultas, exames e chegando a cirurgia e maiores cuidados. Um ponto desfavorável é o setor de serviços e apoio ficar segmentado e


48

em distintas extremidades, assim como os canis ficarem mais afastados da recepção de cachorros, visto que podem ocasionar conflitos nos fluxos internos.

4.1.2 VISITAS TÉCNICAS Foram feitas duas visitas a hospitais veterinários com o intuito de conhecer em proximidade o programa de necessidades, além do tamanho estimado de cada ambiente. Os hospitais visitados foram o Vila Velha Pet Hospital (Figura 28) e o Hospital da Universidade Vila Velha (UVV) (Figura 29), porém ambos não permitiram que fotos autorais fossem tiradas. Figura 28 - Vila Velha Pet Hospital

Fonte: Google Maps, 2017. Acesso em 08 nov. 2018.


49

Figura 29 - Hospital Veterinário da UVV

Fonte: Google Maps, 2016. Acesso em 08 nov. 2018.

Foi constatado que ambos os hospitais visitados seguem as exigências da legislação quanto ao que é necessário e obrigatório em hospitais dessa natureza. No entanto, alguns ambientes observados nas visitas não são citados ou bem explicados na legislação, tais como: local para armazenamento de O2; saída do morgue próximo à rua para facilitar o acesso; farmácia separada e local separado e especial para equinos e bovinos (atendimento, anestésico, cirurgia e descanso), no caso de hospitais para animais de maior porte. É preciso planejar bem os fluxos e as circulações, separando a circulação limpa da suja, além das entradas e saídas. Embora não seja obrigatório por legislação e não constasse nos hospitais visitados, ambos destacaram a importância de um centro para tratamento de doenças oncológicas. Outra consideração expressa pelos dois hospitais foi de que seria melhor uma recepção que pudesse separar os felinos dos demais animais, por serem mais sensíveis e se estressarem com maior facilidade. Em média o programa arquitetônico dos hospitais visitados conta com: quatro a cinco consultórios, uma a quatro salas de cirurgia, ambiente para preparação do paciente,

higienização

médica,

internação,

pós-anestésico,

UTI,

farmácia,

laboratório, expurgo, esterilização, sala de raio-X, sala de ultrassonografia, sala de imagem, morgue, espaço para O2, copa ou cozinha para funcionários, lavanderia, banheiros, escritório médico, descanso médico, recepção e depósitos.


50

4.2 SELEÇÃO DO TERRENO Foram analisados lotes a fim de escolher um a ser usado na proposta projetual, sendo o escolhido localizado no bairro Praia de Itaparica, em Vila Velha, Espírito Santo, com fachadas voltadas para a rua Doutor Aniceto Frizzera Filho e a Avenida Saturnino Rangel Mauro (Figura 30). Essa região foi escolhida por situar-se em atual área de expansão urbana, maior adensamento e consecutivo crescimento econômico, além de poder gerar raio de abrangência para os bairros vizinhos que são carentes desse serviço. A posição do terreno também é favorável quanto à insolação, quanto à existência de ventos predominantes (nordeste e sul) e favorece uma implantação em que maiores fachadas foram voltadas para os melhores horários de luz solar. Figura 30 – O terreno

TERRENO

Fonte: modificado de Google Maps, 2018. Acesso em 01 nov. 2018.

Esse lote está situado na quadra 101, área classificada como ZOP 3, ou seja, Zona de Ocupação Prioritária. O coeficiente de aproveitamento, a taxa de ocupação máxima, a taxa de permeabilidade, o gabarito e os demais índices urbanísticos podem ser observados no Quadro 2. Pelo loteamento municipal todo o terreno da figura é dividido em três lotes horizontais, sendo o território escolhido com área igual


51

a 1146,18m² e testadas de 38,56m por 29,75m, equivalente ao somatório de dois lotes (PDM VILA VELHA, 2007). Quadro 2 - Quadro de parâmetros urbanísticos

Fonte: adaptado de PDM de Vila Velha, 2007.

O coeficiente de aproveitamento varia entre 0,2; 2,92; e 3,6. O afastamento é de 3 metros. A altura máxima é de 52,60m e o gabarito de até 15 pavimentos. A taxa de ocupação máxima é de 60% e a de permeabilidade mínima de 10% (PDM, 2007).

4.3 PROPOSTA DE UM HOSPITAL VETERINÁRIO Foi desenvolvido, em nível de estudo preliminar, um projeto arquitetônico de um hospital veterinário em containers, no intuito de apresentá-lo como sistema construtivo alternativo, porém viável e adequado inclusive a usos menos convencionais, aliando a tecnologia utilizada a soluções que favorecem o conforto dos usuários, a eficiência energética e que reduzem os resíduos de construção ao utilizar estratégias bioclimáticas e sustentáveis compatíveis com o sistema. Essas escolhas também foram feitas para que se reflita qual o tipo de construção que a arquitetura pode levar para o futuro das gerações e o impacto que ela causa no ambiente e na vida humana. Além disso, a escolha do terreno considerou a possibilidade de suprir uma população que tem poucas opções desse serviço nas proximidades. No projeto o coeficiente de aproveitamento ficou em 0,38; o afastamento de 3 metros foi usado nas testadas de frente para as ruas e 1,5 metros nos fundos e na lateral esquerda. A altura da edificação no projeto e o número de gabaritos respeita


52

a legislação e por estar próximo de casas e prédios baixos, o projeto é harmônico em relação ao entorno, não se sobressaindo no quesito altura. A taxa de ocupação ficou em 27,38% e a de permeabilidade ficou em 79,01%.

PLANTA DE LOCAÇÃO A planta de locação é apresentada para que se observe a edificação no terreno. Nela é possível observar o tamanho total do terreno e o número de containers utilizados tanto no térreo, quanto no primeiro pavimento. No total somam-se 29 containers de 20 pés cada como mostra a Figura 31. A escolha em fazer uso desse tamanho do módulo se justifica pelo fato do terreno estar localizado em área urbana adensada e rodeada por fiação aérea, o que dificultaria, na prática, a movimentação de containers de 40 pés, por exemplo, ou de tamanhos ainda maiores. A escolha do terreno de esquina facilita o posicionamento dos módulos no tamanho escolhido. Nessa planta também é possível visualizar a entrada principal para pedestres e a entrada de veículos na lateral direita. Figura 31 - Os módulos que compõem a edificação

Fonte: produção da autora. 2018.


38,55

CARGA E DESCARGA

CARROS

2,55

2,35

ESTACIONAMENTO 351,88 m²

27,33

29,75

ACESSO VEÍCULOS

13,36

5,00

4,50

2,00

MOTOS

9,62

9 3

5

13

7

15

PET PARK 52,55 m²

17

10 1

2

13,30

11 4

19

12 6

14

8

16

18

BICICLET. 3,05

EMBARQ E DESEMB.

ACESSO PEDESTRES

LOCAÇÃO TÉRREO 1 : 250

OBS: A QUANTIDADE DE CONTAINERS ESTÁ NUMERADA NA PLANTA

6,13

7,33

ÁREA DO TERRENO 1

2

3

4

5

6

7

8

9

1146,18 m²

ÍNDICES URBANOS COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO: 0,38 TAXA DE PERMEABILIDADE: 79,01% TAXA DE OCUPAÇÃO: 27,38%

10

BICICLET. EMBARQ E DESEMB.

HOSPITAL VETERINÁRIO EM CONTAINER

ACESSO PEDESTRES

LOCAÇÃO 1º PAVIMENTO 1 : 250

PLANTA LOCAÇÃO 01/05


53

O

A planta do p pet park. Os ambientes foram propostos que os containers

quatro

duas salas de cirurgia, UTI

a

armazenamento de O2,

cas adas voltadas para norte e sul;

isam ser confinados por norma. 5. As aberturas de janelas foram protegidas

container. P cobertura do primeiro pavimento.


Quadro de Esquadrias Portas e Vãos

C

B

05/05

05/05

4,80

2,45

2,25

2,35

6,00

2,35

2,25

2,45

Tipo P1 P2 P3 P4 P5 P6 PV1 PV2 PV3

2,35

P5

P3

PV1

J2

P2

P5

PV1

WC F 4,69 m²

P3

P3

P3 PV1

P3

P3

J2

P3

P3

PAREDE CONTAINER

WC M 4,44 m²

J4

P3

PAREDE GESSO

LAVAB. PNE 3,40 m²

J6

CONS. 2 13,10 m²

P3

DESC. MÉDICO 10,13 m²

P3

J5

CONS. 4 13,23 m²

P3

PV2

A 05/05

1,23

J6 J5

P1

JARDIM 3,60 m²

Paredes 1 : 50

RECEPÇÃO 24,56 m²

P3

4,00

J6

FARMÁCIA 8,21 m²

3,07

Qtde 2 8 4 2 5 14 6

PARAMENT. 2,90 m²

P3

CIRC. 31,19 m²

PV3

Peitoril 0,30 1,10 1,60 1,60 0,15 1,10 1,10

P3

6,00

CIRC VERT. 17,85 m²

HIGIENIZ. 3,53 m²

0,93

2,35

O2 1,96 m²

INFECTADOS 3,49 m² P2

DEPSIT. 2,83 m² S

Qtde 1 7 29 2 3 1 7 1 1

J4

INTERN. 6,58 m²

J2 ESTERIZ. 4,93 m²

2,25

PV1

J2

P3 P3

CIRC. LIMPA 10,46 m²

PV1

P2

J2

A

SALA CIRURGIA 01 13,28 m²

Tipo Largura Altura J1 0,40 2,00 J2 0,60 0,80 J3 0,60 0,80 J4 0,80 0,80 J5 1,00 2,00 J6 1,20 1,20 J7 1,30 1,30

INTERN. 9,39 m² UTI DESCANSO 3,32 m²

J2

J2

EXPURGO 4,97 m²

SALA DE CIRURGIA 02 13,11 m²

J2

P3 CIRC. SUJA 13,11 m²

P3

J6

2,89

LABORAT. 5,50 m²

05/05

P4

Altura 2,10 2,10 2,10 2,10 2,10 2,10 2,10 2,10 2,10

Quadro de Esquadrias - Janelas

MORGUE 1,96 m²

PLATAFORMA HIDRÁULICA

Largura 0,70 0,80 0,90 1,10 1,20 2,00 0,90 1,00 1,00

P5 CONS. 1 13,10 m²

2,21

1,30

J6

J7

BICICLETÁRIO

4,80

2,35

4,81

Gatos

J1

J1

J6

2,05

CONS. 3 13,00 m²

PROJ. MARQUISE

J7

3,75

4,80

2,35

2,35

HOSPITAL VETERINÁRIO EM CONTAINER

C 05/05

TÉRREO

B 05/05

PB TÉRREO

1 : 100

02/05


54

A planta do primeiro pavimento apresenta os seguintes ambientes: sala de espera, sala de ultrassonografia, sala de raio-

pavimento. Esse pavimento tem seu uso mais voltado para o atendimento interno e administrativo do hospital, exceto pelas salas de imagem.

pudessem desfrutar de um ambiente mais humanizado e aconchegante de se trabalhar.

cobertura.


Quadro de Esquadrias Portas e Vãos Tipo P1 P2 P3 P4 P5 P6 PV1 PV2 PV3

FACHADA

2,45

4,80

4,60

6,00

4,60

2,45

2,35

C

MARQUISE

05/05

05/05

Qtde 1 7 29 2 3 1 7 1 1

Quadro de Esquadrias - Janelas

1,33

CALHA

i=5%

CALHA

CALHA 1,59

PLATAFORMA HIDRÁULICA J6

J6

J6

J7

1,30

J5

A

D

J7 DEPÓSITO 3,54 m²

ESCRIT. MÉD. E ADM 16,82 m²

RAIO X 6,48 m²

J7 A.S. 3,54 m²

A 05/05

J6

05/05

Tipo Largura Altura J1 0,40 2,00 J2 0,60 0,80 J3 0,60 0,80 J4 0,80 0,80 J5 1,00 2,00 J6 1,20 1,20 J7 1,30 1,30

Peitoril 0,30 1,10 1,60 1,60 0,15 1,10 1,10

Qtde 2 8 4 2 5 14 6

COZ. 13,05 m²

J6

WC F 6,36 m² P2

P2

P2

J7

PAREDE CONTAINER

J3

J3

i=5%

TELHADO VERDE

PAREDE GESSO

Paredes

CALHA C

FACHADA

WC M 6,36 m²

J3

P2

J6

J6

P3 P3

P3

J3

J5

P3

SALA DE IMAGEM 8,70 m² SALA DE REUNIÃO 13,00 m²

VARANDA 13,24 m²

1,33

P6

P3 ULTRAS. 7,64 m²

P3

P3

PV1

PV1

J6

P3 JARDIM 3,79 m²

P3

CIRCULAÇÃO 6,96 m²

1,20

P3

E3

4,68

ESPERA 23,18 m²

P4

J5

Altura 2,10 2,10 2,10 2,10 2,10 2,10 2,10 2,10 2,10

B

CALHA

CALHA

FACHADA

Largura 0,70 0,80 0,90 1,10 1,20 2,00 0,90 1,00 1,00

1 : 50

TELHADO VERDE

05/05

MARQUISE

B 05/05

FACHADA

1º PAVIMENTO

OBS: RAIO-X: PAREDES REVESTIDAS DE BARITA PARA PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃO

HOSPITAL VETERINÁRIO EM CONTAINER PB 1º PAVIMENTO

1 : 100

03/05


55

PLANTA DE COBERTURA A planta apresenta a proposta de cobertura p

ha tipo

o desconforto. Para contribuir na sistema de energia solar. Esse sistema pode produzir boa parte da energia que a , visto que o programa utiliza

CORTES

parede do container foi apresentado para melhor entendimento das camadas


C

B

05/05

05/05

2,45

2,25

10,70

4,80 MARQUISE

2,45

3,53

5,80

CALHA

CAIXA D'ÁGUA

2,25

CALHA

CALHA

i=5%

CALHA

CALHA

TELHA DÂNICA SANDUÍCHE

MARQUISE

A

1,33

A

1,56 1,33

4,80

05/05

CALHA

TELHADO VERDE

i=5% PLACAS FOTOVOLTAICAS

i=5%

TELHA DÂNICA SANDUÍCHE 1,30 1,21 1,74 1,33

i=5% TELHA DÂNICA SANDUÍCHE

6,00

i=5% CALHA

ABERT. ZENITAL

05/05

i=5%

TELHA DÂNICA SANDUÍCHE

CALHA

TELHADO VERDE

TELHADO VERDE

MARQUISE C

B

05/05

05/05

COBERTURA 1 : 200

OBS: TELHA DÂNICA TIPO SANDUÍCHE COM i= 5% TELHADO VERDE MARQUISE METÁLICA, COR BRANCA PLACAS FOTOVOLTAICAS

PLANTA DE COBERTURA HOSPITAL VETERINÁRIO EM CONTAINER

04/05


1,91 2,45

CX D'ÁGUA

0,61

1,02 1,50

ILUM. ZENITAL

ESPERA

ESCRIT. MÉD. E ADM.

COZ.

2,50

VARANDA

INTERN.

INTERN.

CIRC. LIMPA

CIRC. SUJA

SALA CIRURGIA 01

CIRC. DEPOS.

ESTERIZ.

CAIXA D'ÁGUA

CORTE A

ILUMIN. ZENITAL

0,10

0,35

2,15

0,35

1 : 100

CIRC. VERT.

2,17

O2

VARANDA

Painel de gesso acartonado

0,15 0,07

Lã de PET

2,45

Perfil Container WC M

WC F

O2

CORTE B 1 : 100

0,05 0,04

PAREDE CONTAINER

0,40

CX D'ÁGUA

2,43

1 : 25 ULTRAS.

2,50

0,18

ESPERA

HOSPITAL VETERINÁRIO EM CONTAINER

0,25

CIRC. VERT.

CORTE C 1 : 100

CORTES 05/05


56

FACHADAS Figura 32 - Fachada principal

Figura 33 - Fachada 02

Figura 34 - Fachada 03


57

Figura 35 - Fachada 04

IMAGENS DA VOLUMETRIA Figura 36 - Volumetria 01

Nessa imagem é possível ver a entrada principal do hospital veterinário, ou seja, a fachada de frente para a Avenida Saturnino Rangel Mauro.


58

Figura 37 - Volumetria 02

Nessa imagem é possível ver a lateral direita do hospital; no 1º pavimento a varanda para os funcionários que é acessada pela cozinha, parte do pet park no térreo e a calçada em frente à entrada principal. Figura 38 - Volumetria 03

Já nessa figura a lateral esquerda do hospital é mostrada, assim como a calçada da frente principal e a proposta do bicicletário.


59

Figura 39 - Volumetria 04

A figura acima mostra a visual de dentro do estacionamento para a fachada dos fundos do hospital, onde a direita tem a saída do morgue e a esquerda o pet park. Figura 40 - Volumetria 05

A figura mostra uma vista aérea de perspectiva do projeto, contemplando a edificação, o pet park, o estacionamento e as calçadas.


60

Figura 41 - Volumetria 06

A figura mostra uma vista aérea de perspectiva do projeto, contemplando a edificação, o pet park, o estacionamento e as calçadas.


61


62

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

É possível refletir após apresentação da teoria e do projeto que a arquitetura em container contribui para uma forma de se construir que polui menos o meio ambiente, produz menos resíduos como construção civil, atinge os objetivos do programa proposto com poucas limitações, mas que são contornáveis; é flexível a diversos usos, seja a habitação, o comércio, instituições, serviços ou até mesmo um complemento a uma edificação de alvenaria tradicional. Além disso, consegue se combinar com diferentes alternativas de produção de energia renovável, estratégias bioclimáticas, telhados verdes, entre outros. Os módulos permitem a criatividade da volumetria, desde que bem articulado com as decisões em planta, para que também seja funcional, afinal esse é um dos maiores benefícios de se projetar em container: a funcionalidade. Viu-se que é possível ter uma edificação em container e optar por esconder sua estrutura ou deixá-la exposta como composição arquitetônica. Assim como pode permanecer fixa ou se mudar para diferentes endereços. Quanto ao projeto, a reflexão foi de que ele se adequaria na etapa 4 classificada por Kotnik e apresentada no capítulo 3 deste trabalho, como etapa de combinação com outros materiais. Já que o projeto aborda em seu conjunto outros materiais além do container e usa de espaços entre os módulos como ambientes. E uma dificuldade observada foi quanto ao pé direito do modelo escolhido, já que a medida externa do container modelo dry box de 20 pés é de 2,50 metros de altura. Internamente, com o forro e as instalações que precisam passar na horizontal, essa medida seria reduzida.


63

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