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DIVERSIDADE,EQUIDADEEINCLUSÃO VISIBILIDADE TRANS

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BRANCO Janeiro

BRANCO Janeiro

Por Ana Siqueira

Como surgiu?

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O mês de janeiro foi escolhido como o mês da Visibilidade Trans, graças ao ato ocorrido no dia 29 de janeiro de 2004, o lançamento da campanha “Travesti e Respeito”. Este foi um marco na luta por direitos para pessoas trans e travestis, e escolhido como o Dia Nacional da Visibilidade Trans.

A campanha foi feita em busca da sensibilização da sociedade em torno do assunto identidade de gênero, procurando combater estigmas e a violência sofrida pela comunidade trans e travesti.

Preconceitos

Preconceito, baixa escolaridade, desemprego, discriminação e violência fazem parte da comunidade Trans no Brasil, enquanto a expectativa de vida média da população brasileira é de 74 anos, de acordo com o IBGE, a de pessoas trans é de apenas 35 anos;

Grande parte da população Trans sofre com a rejeição em vários espaços - por exemplo, o mercado de trabalho - muitas vezes causada pelas dificuldades que encontramos devido à falta de escolaridade e a discriminação.

Infelizmente se torna um ciclo vicioso, onde nos falta oportunidades devido à discriminação, e quando temos uma oportunidade, corremos o risco de perdê-la por alguma falta que a própria discriminação nos trouxe.

Eu fui apoiada por muitas pessoas em minha volta, além disso, tive ajuda de muitos amigos LGBTs, porque o fato de termos dificuldades parecidas, em geral, nos tornou uma família. Eu sofri todas as discriminações que me levaram a ter problemas de falta de escolaridade e, com isso, falta de espaço no mercado de trabalho. Apenas há alguns anos eu consegui finalizar meus estudos com a ajuda da minha mãe – que, por sorte, também sempre me apoiou, o que não acontece com muitas pessoas LGBTs, em especial pessoas Trans - e ano passado comecei meu ensino superior com ajuda de amigos e a entrar nessa área.

Inclusão e oportunidades

Pessoas na nossa comunidade estão à procura desses dois fatores: inclusão e oportunidade. Hoje em dia, contamos com mais apoio devido à expansão da tecnologia. Temos vários portais que nos auxiliam nessa jornada de inclusão, como o Transempregos, fundado pela Maite Schneider, e o EducaTRANSforma, liderado por Noah Scheffel. Ambos buscam trazer oportunidades, tanto de ensino quanto de empregabilidade para pessoas trans e travestis.

Graças à Transempregos eu fui apresentada ao projeto da G&P, o Acelera G&P. Aqui, fui muito bem recebida por toda a equipe, e recebi a oportunidade de aprender todos os dias. Além disso, venho aprendendo a me introduzir ainda mais nessa área que, apesar de muito desafiadora, é importante para mim.

Como fazer a diferença?

Na G&P, já estamos fazendo uma grande diferença com os grupos de diversidade Ir atrás das informações e sempre perguntar para as pessoas que fazem parte dessas comunidades é muito importante Hoje em dia, vivemos na era da tecnologia, temos informações na palma da mão Se você sente liberdade e que a pessoa está aberta a responder, pergunte, caso a pessoa fique desconfortável peça desculpas e tente sempre ter empatia com o próximo.

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