Fieb 65 anos

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A INDÚSTRIA NA BAHIA

Salvador, Bahia, Sexta-feira, 31/05/2013 Este caderno é parte integrante do Jornal A TARDE. Não pode ser vendido separadamente.

Capa/ Marca: Edu Argolo



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José de Freitas Mascarenhas “A inovação é uma das principais ferramentas para a competição” A TARDE- Como o senhor avalia o papel da FIEB no apoio à indústria da Bahia ao longo dos 65 anos da Federação? JOSÉ MASCARENHAS- A FIEB tem estado presente nos momentos mais marcantes da industrialização baiana. Seja atuando por canais político-institucionais seja oferecendo suporte ao parque industrial instalado e às empresas que aqui se instalam, a exemplo de apoio em serviços técnicos/tecnológicos, qualificação de mão de obra, saúde, treinamento de executivos e defesa de interesses da indústria. É possível afirmar que o conjunto dessas ações torna a FIEB um fator de suporte na expansão da base industrial e na atração de novos investimentos para a Bahia. AT- Quais são as expectativas de crescimento da indústria baiana e quais as tendências de atuação da FIEB? JM- A indústria baiana tem crescido a uma média superior à da indústria nacional. No período de 2003 a 2012, a indústria de transformação acumulou um crescimento de 26% no Estado e de 24% no país. Hoje, a participação da indústria no PIB da Bahia alcança 30% e chega a 76% do total das exportações estaduais.

São números que demonstram a sua importância, não obstante os desafios que enfrenta. Há uma tendência de forte crescimento em segmentos como o da energia eólica, automotivo, construção civil, mineração e mecânica. O Sistema FIEB está atento a essas transformações e apoia, nas esferas técnica e institucional, tanto as empresas existentes quanto as que planejam aqui se implantar. AT- Então, o potencial de crescimento é grande... JM - Há um grande espaço para o crescimento, especialmente nos segmentos já citados e em várias regiões do Estado. Entretanto, para que as potencialidades dessas regiões sejam bem aproveitadas é necessário investir em infraestrutura, incluindo a construção da Fiol e do Porto Sul, com a integração daquela ferrovia à Norte-Sul; a modernização do Porto de Aratu, a recuperação e duplicação da malha rodoviária, além de melhorar a qualidade na oferta de energia. Sem falar nos investimentos na área social, especialmente em Educação e Saúde de qualidade. AT- Quais os principais gargalos que retardam seu desenvolvimento?

Presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB)

José de Freitas Mascarenhas faz parte de uma seleta linhagem de homens que conhecem profundamente os meandros da economia baiana e sabem transitar, com desenvoltura e competência, pelos gabinetes governamentais de todos os níveis. Não por acaso, ele está no comando da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) pela segunda vez. É o 11º presidente da história de uma instituição rica em realizações e com papel importante na decisão dos rumos a seguir para que o empresariado baiano seja bem-sucedido e o Estado ocupe lugar de destaque no cenário nacional. Nesta entrevista, concedida ao repórter Sérgio Toniello, Mascarenhas fala sobre os objetivos da FIEB, que completa 65 anos com muitos desafios que estão a exigir rápida solução.

JM- Sem considerar os problemas macroeconômicos, como tributação em excesso e as questões do câmbio diria que temos na Bahia um mercado consumidor ainda restrito, mas com potencial de crescimento. Esse crescimento será maior ou menor a depender de fatores que influenciam na competitividade e na criação de empregos, especialmente os relativos à infraestrutura de transportes, à universalização de oferta de energia e de telecomunicações; maior qualificação dos trabalhadores e oferta de serviços sociais como saneamento, educação e saúde. Além disso, a melhoria da competitividade é o foco central da ação da FIEB. A melhoria do desempenho dos fatores assinalados, aliados à política ativa na área de inovação e desenvolvimento de tecnologia pelas empresas significará baixar nossos custos de produção. AT- A concentração industrial na Região Metropolitana de Salvador é benéfica ou é essencial industrializar o interior? JM- Quando assumi a FIEB, em 2010, coloquei como uma prioridade estratégica o apoio à interiorização da indústria. E é o que a FIEB vem fazendo, reforçando a oferta de serviços em regiões importantes da Bahia. Nesse sentido, desenvolve-

Arquivo Sistema FIEB

mos o Programa de Interiorização, já lançado no Oeste (Barreiras e Luís Eduardo Magalhães), no Sul (Ilhéus e Itabuna), em Feira de Santana e na região Sudoeste (Vitória da Conquista), que são bases de onde partirá o atendimento à região no seu entorno. São regiões com grande potencial de crescimento e de atração de novos investimentos. Partimos do pressuposto de que a desconcentração dos investimentos industriais é fator estratégico para a economia baiana; que contribuirá, inclusive para aliviar a pressão sobre a cidade de Salvador. AT- Qual é a importância da inovação para nossa indústria? O que está bem e o que precisa ser melhorado? JM - A inovação é uma das principais ferramentas para a competição. Por essa razão, uma prioridade do Sistema FIEB é o apoio às empresas nessa área. Elas têm que ser inovadoras para manter ou conquistar mercados. E quem inova são as pessoas. Por essa razão, IEL e SENAI, este por meio dos seus centros – Cimatec, Cetind e Dendezeiros –, estão sendo cada vez mais equipados, seja no apoio à modernização da gestão, na qualificação de mão de obra ou na oferta de soluções tecnológicas.

O Estaleiro Enseada do Paraguaçu está começando a se tornar realidade.

65 anos da FIEB. Uma data muito querida para quem quer ver a indústria baiana crescer.

A construção, em Maragojipe, de um dos maiores estaleiros do Brasil conta com o apoio da FIEB, que tem tido uma atuação decisiva na atração de fornecedores de soluções para a indústria naval, na oferta de cursos de capacitação focados nessa área e no desenvolvimento de carreiras, através de parceria com o SENAI. Juntos, estamos criando um mar de talentos e oportunidades no Recôncavo Baiano.

www.eepsa.com.br

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E a FIEB também acreditou nesse sonho.


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Rômulo Almeida, protagonista do desenvolvimento regional no Brasil Por mais de 40 anos, de 1946 a 1988 (ano do seu falecimento), o economista e professor Rômulo de Almeida – baiano de Salvador – participou como protagonista dos principais acontecimentos políticos e econômicos do país. Ele foi autor de inovações na gestão pública que impulsionaram, e continuam impulsionando, o desenvolvimento do Brasil, e, particularmente, o desenvolvimento do Estado da Bahia. Homem de larga visão política, econômica e social, foi considerado por muitos um sonhador, um visionário, pois seu objetivo era pensar o Brasil a partir da Bahia sem depender da visão sulista, nem ceder à burocratização do planejamento que se instalou a partir dos anos 70. Segundo historiadores e economistas brasileiros, os rumos das políticas de desenvolvimento regional no país passaram, ao longo da segunda metade do século XX, pela visão de Rômulo Almeida. Um dos marcos de sua carreira foi a luta pela inserção da região Nordeste na dinâmica econômica nacional, nas perspectivas política e da industrialização.

Sua atuação foi tão marcante que dirigentes da Comissão Econômica da América Latina (Cepal) o elegeram um dos sete sábios da América Latina. Quando migrou para o Rio de Janeiro e se tornou colaborador da Cepal, destacando-se pela ampla visão da vida dos países latino-americanos, o economista tornou-se figura notável no plano nacional e internacional. Defendeu a integração dos países do continente, debruçando-se, especialmente em torno de um grande projeto da Bacia do Prata. Segundo o professor Fernando Cardoso Pedrão, doutor e docente livre pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), também presidente do Instituto de Pesquisas Sociais, que por muito tempo trabalhou com Rômulo Almeida, o que o mestre teve de mais especial foi a sua tenacidade. “Contra os que viam nele apenas um sonhador, digo que ele foi um estadista, alguém que sempre colocou o interesse público antes do privado, realizando coisas extraordinárias. A geração de Rômulo se caracterizou por pensar o Brasil”.

Uma das grandes formulações de Rômulo Almeida foi o Banco do Nordeste que ele criou e do qual foi o primeiro presidente. O BNB foi a primeira instituição na América Latina que combinou, de maneira bem-sucedida, a avaliação de projetos com pesquisas básicas. O banco priorizou inicialmente a concessão de crédito rural e os projetos de redescontos rurais, consolidando a base econômica de financiamentos para o desenvolvimento da agricultura. “O BNB incentivou o desenvolvimento dos setores de produtos minerais, florestais e agropecuários da região; incentivou também as indústrias de alimentação que industrializavam produtos regionais e contribuíam para melhorar o padrão alimentar do Nordeste e a indústria artesanal e doméstica, levando sempre em conta o fator humano”, destaca Pedrão.

“Contra os que viam nele apenas um sonhador, digo que ele foi um estadista, alguém que sempre colocou o interesse público antes do privado, realizando coisas extraordinárias” Fernando Cardoso Pedrão, doutor e docente livre pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)

CONCEBEU O POLO- Na Bahia, Rômulo inovou ao criar subcomissões por temas, articulando as esferas pública e privada. Partiu dele a proposta de

criação do Fundo de Desenvolvimento Agroindustrial (Fundagro), que ajudou a modernizar a economia rural. Sob sua orientação, os projetos para o setor agrícola eram elaborados com base em um estudo técnico da geografia de cada região, de forma a desenvolver as potencialidades e corrigir as deficiências das atividades agrícolas. Pedrão lembra, ainda, que Rômulo teve papel preponderante na concepção do Plano Diretor do polo de desenvolvimento de Salvador e Região Metropolitana – o Centro Industrial de Aratu (CIA) – e na concepção do Polo Petroquímico de Camaçari. “Ele concebeu nosso Centro Industrial e depois o Polo Petroquímico. Da mesma forma, como líder da assessoria econômica informal do segundo governo de Getúlio Vargas, foi protagonista na criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), da Petrobras e da Eletrobras. E, em sua participação na Associação do Livre Comércio da América Latina (ALALC), ele foi importante promotor da integração latino-americana”.

Por Sérgio Toniello

De acordo com o economista Cleber Borges, Rômulo teve também uma destacada atividade acadêmica, atuando como professor da Faculdade de Ciências Econômicas da UFBA, Escola Brasileira de Administração Pública e da Fundação Getúlio Vargas. Foi a partir dessa experiência que ele idealizou a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES), ainda hoje atuante na esfera federal. Rômulo foi o primeiro homem público a introduzir o planejamento no Estado brasileiro. Na verdade, o significado estratégico do Planejamento veio à luz para todo o país em 1955, quando Rômulo Almeida, então secretário da Fazenda do Estado da Bahia, criou e presidiu a primeira Comissão de Planejamento Econômico (CPE) do Estado. A visão estratégica do planejamento estava associada a uma perspectiva nacionalista e regional. Para ele, explica Cleber Borges, “planejar era o meio de alcançar a diminuição das desigualdades regionais, tomando como elemento dinâmico a industrialização”.

Carlos Casaes/ Ag. A TARDE

O Complexo Industrial de Camaçari reúne mais de 90 empresas de diversos setores como celulose, automotivo, energia eólica, fertilizantes, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas e indústrias química e petroquímica

Complexo Industrial de Camaçari completa 35 anos No próximo dia 29 de junho, o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, o Complexo Industrial de Camaçari, completará 35 anos. Anteriormente conhecido como Polo Petroquímico, a mudança no nome anunciou o novo ciclo de expansão e diversificação dos negócios na região, localizada a 50 km de Salvador. Entre os mais recentes investimentos estão o Complexo Acrílico da BASF, em parceria com a Braskem, que já está sendo implantado; a montadora JAC Motors e a fábrica de cosméticos d’O Boticário, que, juntos, devem gerar, nos próximos cinco anos, cerca de 17 mil postos de trabalho. O Complexo Industrial de Camaçari, hoje, reúne mais de 90 empresas de diversos setores como celulose, automotivo, energia eólica, fertilizantes, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas, além, é

claro, das indústrias química e petroquímica. De acordo com Mauro Pereira, superintendente-geral do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), o polo tem muitas conquistas a comemorar. “A principal delas é o reconhecimento nacional e internacional de uma área organizada e preparada para receber grandes projetos industriais, o que tem sido o diferencial nas decisões dos empresários, quando comparada a outras áreas ao redor do mundo”, destaca. Já entre os desafios, o maior deles continua sendo a infraestrutura, a exemplo das deficiências portuárias e do modal ferroviário. Para se ter uma ideia da sua dimensão e representatividade, além de empregar diretamente cerca de 15 mil pessoas, o Complexo Industrial de Camaçari possui um faturamento de US$ 16 bilhões/ano, sendo responsável

por 90% do Produto Interno Bruto (PIB) de Camaçari e 20% do PIB da Bahia. A presença de grandes empresas do porte de Braskem, Monsanto e Ford foi fundamental para o seu fortalecimento – a instalação desta última, em 2001, foi, sem dúvida, o marco desse novo momento de diversificação do polo, impulsionando a indústria automotiva junto com as produtoras de pneus Bridgestone e Continental. Onze anos depois, outra montadora anuncia a sua instalação no local, a chinesa JAC Motors, que prevê a construção de uma fábrica, um centro de distribuição e um polo de autopeças no local, investimento estimado em R$ 1 bilhão, criação de três mil empregos diretos e produção de 100 mil veículos/ano, a partir de 2014. A quantidade corresponderá a um terço do volume da Ford, que pre-

tende aumentar a produção anual de 250 mil para 300 mil automóveis e construir uma nova fábrica de motores, a primeira do Nordeste. Para completar o setor automotivo, conforme anunciado pelo governo no início do ano, a montadora chinesa Foton assinou um protocolo de intenções para fabricar 30 mil vans e micro-ônibus por ano em Camaçari até 2017. Esses recentes anúncios vêm reforçar um dos grandes anseios do Complexo Industrial, que é continuar atraindo empresas transformadoras para fortalecer a sua cadeia produtiva. “Vemos isso como uma grande oportunidade a ser trabalhada pelo governo e por empresários. O ponto fundamental é eliminar o chamado turismo molecular, que é o envio da matéria-prima, agregando custos de logística/transporte na ida, e na volta, quando o produto acabado

chega para ser comercializado. É uma grande oportunidade de gerar investimentos e empregos para o nosso Estado e de interiorizar o desenvolvimento”, destaca Mauro. SaúdE, SEgUraNça E MEiO aMBiENtE- Uns dos grandes diferenciais do Complexo Industrial de Camaçari são os programas de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA). Entre eles está a Análise Preliminar de Perigo do Polo, um dos mais completos estudos de risco do mundo, com um programa de gerenciamento de riscos em todas as empresas. “Os grandes grupos citam os programas nas áreas de Segurança, Saúde e Meio Ambiente como fatores decisivos na escolha de Camaçari, para projetos que já estão operando ou em vias de iniciarem suas operações”, destaca Mauro.

Por Marília raMoS

Hoje, o Polo dispõe de um Centro de Treinamento para Controle de Emergências, com capacidade para treinar 3 mil profissionais por ano, e conta com o Plano de Auxílio Mútuo, através do qual uma empresa pode recorrer à ajuda das demais para o controle rápido de emergências. Pioneiro no país, esse sistema demonstra a existência de uma consciência coletiva de segurança, indispensável a um complexo industrial de tal dimensão. Com a premissa de garantir a segurança em todo o complexo, mensalmente são promovidos encontros e reuniões com grupos específicos, como profissionais das áreas de Saúde, Segurança, Responsabilidade Social e Recursos Humanos, visando intensificar treinamentos e o aperfeiçoamento de modelos e rotinas operacionais.


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Aos poucos, indústrias seguem em direção ao interior baiano Embora ainda esteja concentrada em municípios da Região Metropolitana de Salvador, como Camaçari e Simões Filho, e no Recôncavo Baiano, a produção industrial na Bahia está caminhando em direção ao interior. São empresas das áreas: automotiva, de bebidas, celulose, calçados, mineração, entre outras que contribuem para aumentar, gradativamente, a competitividade da indústria baiana, atraindo novos investimentos para o Estado, além de criar oportunidades de trabalho. Recente exemplo disso é o complexo eólico que será instalado na Bahia, já considerado o maior do Brasil. Com investimentos previstos em R$ 6,5 bilhões, serão mais de 50 projetos de usinas elétricas movidas pela força dos ventos, e cinco fábricas de componentes para os geradores eólicos, segundo a Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração (SICM). O complexo abrangerá 11 municípios, criando 1,9 mil vagas de emprego para a população do Semiárido baiano. Consolidando-se como o polo de bebidas da Bahia, a cidade de Alagoinhas vem atraindo grandes empresas nos últimos anos. Com investimentos de R$ 1 bilhão, a cervejaria Itaipava contará com uma unidade no local, além das já existentes Schin e Latapack, que produz latas de alumínio. Mais recentemente, foi a vez da Indústria São Miguel inaugurar no município sua primeira fábrica de bebidas no Brasil; com investimentos de R$ 50 milhões e capacidade de produção de 15 milhões de litros de refrigerante por mês, a empresa emprega diretamente 500 pessoas. Outra indústria que também vem se destacando fora da RMS é a de madeira, papel e celulose. Para se

Divulgação

“A Bahia tem uma enorme vocação para a produção de papel e celulose por ter um ambiente propício para a cultura do eucalipto” Jorge Cajazeira, presidente do sindicato de Papel e Celulose do Estado da Bahia (Sindpacel)

ter uma ideia, o setor florestal ocupa 16% do PIB estadual, superando o de Soja e Derivados (14%) e bem próximo ao da Petroquímica (18%). “A Bahia tem uma enorme vocação para a produção de papel e celulose por ter um ambiente propício para a cultura do eucalipto, principal matéria -prima para a fabricação produtiva e ambientalmente correta de produtos derivados dessa madeira”, avalia o presidente do Sindicato de Papel e Celulose do Estado da Bahia (Sindpacel), Jorge Cajazeira. Por conta do solo e do clima favoráveis, o Extremo Sul baiano atraiu grandes empresas da área de papel e celulose, como a Suzano (Mucuri), a Fibria (Nova Viçosa) e a Veracel (Eunápolis). Para isso, é preciso, no entanto, utilizar os recursos de forma consciente, exigindo certificação com base em rigorosos padrões socioambientais.

“A sustentabilidade está se transformando em um parâmetro e referencial de excelência para o mundo dos negócios. Conciliar o ganho econômico, com o social e o ambiental é um caminho que requer disposição estratégica”, destaca. Segundo Cajazeira, além dos ganhos econômicos, a presença de investimentos florestal e agroindustrial tem gerado um impacto positivo na região. “A cidade de Mucuri, por exemplo, aumentou sua renda per capita em R$ 70 entre os anos de 1991 e 2000. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Mucuri também cresceu 31,43%, superando a média do Estado da Bahia e do Brasil”, pontua. qualificação- A interiorização das indústrias na Bahia é, portanto, um processo fundamental para promover o

crescimento econômico. Se, por um lado, o Estado é beneficiado com investimentos e desenvolvimento regional, por outro, as empresas têm acesso a novos mercados e oportunidades de qualificação, conforme explica Evandro Mazo, gerente geral do Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB). “A interiorização é o que pode garantir um ambiente propício para assegurar a competitividade empresarial e atrair investimentos. É isso que vai garantir a sustentabilidade do crescimento e, consequentemente, o desenvolvimento regional”, pontua. Em 2011, foi lançado o Programa de Interiorização do Sistema FIEB, que tem como objetivo auxiliar as empresas interessadas em buscar qualificação para ingressar na cadeia produtiva. Esse auxílio é feito através do IEL, do SENAI e SESI, e conta com a parceria de instituições como o Sebrae,

bancos de fomento ao crédito, secretarias estaduais e associações industriais locais. “A orientação é alinhar a demanda local com a oferta de produtos e serviços do sistema, contando com a parceria com associações industriais e instituições de representação do interior, construindo o processo de ordenamento dos pleitos locais”, explica Evandro. Hoje, o Programa de Interiorização do Sistema FIEB abrange as regiões Oeste, Sul, e Sudoeste e Central (Feira de Santana). Até o final do ano será estendido à região Norte (Juazeiro). Com o 4º maior PIB do Estado, o município de Feira de Santana possui uma localização estratégica, que interliga as principais vias rodoviárias do Sul/Sudeste e do Norte/Nordeste do país. A região reúne empresas do porte da Nestlé, Belgo Bekaert Arames, Standard Tyres, maior fabricante de pneus especiais da América Latina, e a Pirelli Pneus, que anunciou a ampliação da fábrica. Outra localidade considerada estratégica pelo programa é Ilhéus. Com 184 mil habitantes e PIB de R$ 1,6 bilhão, a economia de Ilhéus é baseada em serviços e na indústria, em especial, aquelas ligadas ao setor de informática e eletrônicos, ópticos e telecomunicações. É lá que está situado o Polo de Informática de Ilhéus. Esse polo sofreu com a crise de 2008 e, hoje, necessita de um processo de revitalização para atrair novas empresas do ramo de informática, o que deve ocorrer nos próximos anos com o complexo portuário Porto Sul. escoamento da produção- Para atrair novas empresas e fortalecer

Parabéns, FIEB, por ajudar a mover, nesses 65 anos de existência, as engrenagens do Desenvolvimento Industrial da Bahia.

O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas parabeniza a Federação das Indústrias do Estado da Bahia pelos seus 65 anos dedicados ao desenvolvimento econômico do nosso Estado.

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Por Marília raMos

a cadeia produtiva é preciso, além de oferecer benefícios e isenções, investir em infraestrutura para garantir o transporte e o escoamento da produção. A FIOL, o Porto Sul e novas rodovias sinalizam a abertura de caminhos para que grandes empresas possam aproveitar o potencial de cada região. Além desses, outro atrativo promete ser a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em Ilhéus. O projeto prevê a construção de um distrito industrial, com suspensão fiscal de tributos federais, voltado à exportação da produção, com acesso ao Complexo Industrial de Ilhéus e também ao Porto Sul. “No momento, a indústria deve exportar 80% do valor produzido, podendo vender no mercado interno até 20%. Tramita no Congresso um projeto de lei reduzindo o percentual mínimo de exportação para 60% e a venda no mercado interno de até 40%, já em fase final de aprovação”, pontua Isaías Mascarenhas, diretor da ZPE Bahia. Conforme explica Isaías, uma ZPE depende fundamentalmente da logística portuária para escoar a sua produção. Em Ilhéus, a adequação do Porto do Malhado será complementada com a implantação do Porto Sul, integrando assim o complexo logístico intermodal. “Este é um diferencial competitivo da ZPE de Ilhéus, que poderá contar com dois portos. Com dois portos competitivos, juntamente com a FIOL e com o aeroporto, a ZPE de Ilhéus será o polo catalizador do desenvolvimento, não apenas do Sul da Bahia, mas também de largas porções do Brasil Central”, destaca.


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Qualificação é fundamental para a sobrevivência de micro e pequenas empresas Por maríLia ramoS

Responsáveis por 99% dos empreendimentos formais no Brasil, hoje as micro e pequenas empresas (MPEs) empregam mais da metade dos profissionais com carteira assinada no país. Somente na Bahia, segundo dados do Dieese/Sebrae, elas foram responsáveis pela criação de 330 mil empregos entre os anos 2000 e 2011, o que corresponde a 76,8% da mão de obra, principalmente nos setores de comércio, serviços, indústria e construção civil. Por estarem inseridos em um mercado cada vez mais acirrado, micro e pequenos empresários devem buscar o aprimoramento contínuo em gestão e inovação, entre outras qualificações, para garantirem a sua competitividade e a sobrevivência do negócio. Uma pesquisa realizada pelo Sebrae, em 2011, mostrou que três em cada 10 empresas fecham até os dois primeiros anos de atividade. Entre os motivos está a má administração do negócio, tanto por problemas de qualificação como de capital. Além destas, questões como carga fiscal-tributária elevada e logística insuficiente também são entraves vividos pelas MPEs na Bahia. “Com frequência, atendemos pequenos empresários que possuem bons produtos, mas seus negócios não são lucrativos, o que acaba influenciando na sua desistência e contribuindo para o alto índice de mortalidade empresarial”, afirma Armando Costa Neto, superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL). Ele cita, ainda, a falta de articulação, de mobilização e a baixa capacitação gerencial dos micro e pequenos empresários como fatores que dificultam a sobrevivência das empresas no mercado.

João Alvarez/ Sistema Fieb

Para ajudar a transformar esta realidade vivenciada pelas MPEs, instituições como o IEL e o Sebrae vêm desenvolvendo programas e serviços destinados a orientar e qualificar os empresários, estimulando o associativismo e a criação de redes empresariais, fundamentais para o sucesso da pequena empresa. “De maneira geral, as ações lideradas pelo IEL representam uma oportunidade para que eles exercitem a identificação e a solução de problemas gerenciais, com o propósito de fortalecer o negócio, tornando-o mais competitivo”, pontua Armando. Os profissionais mais atentos, que sabem que o desenvolvimento empresarial não acontece da noite para o dia, já estão buscando a qualificação necessária para atender à maior demanda nos próximos anos, especialmente em virtude da economia favorável do país e também dos grandes eventos esportivos. “As empresas têm utilizado nossos serviços para atenderem às exigências do mer-

cado comprador e de oportunidades recentes para a geração de negócios, como é o caso da Copa do Mundo”, pontua Armando Costa. A recomendação, portanto, é antecipar-se às demandas e encarar a qualificação como um investimento, não um custo. “Esperar a oportunidade aparecer para buscar auxílio pode ser muito tarde”, alerta. Ou seja, é preciso muito mais do que ter um bom produto para empreender. “É necessário antecipar-se às demandas da clientela e garantir excelência na gestão, afinal, em tempos de concorrência acirrada, leva vantagem quem exercita corretamente funções como: planejamento, precificação, finanças, promoção, gestão de talentos, vendas e controles e, principalmente, inovação”, lista o superintendente do IEL. FOCO EM INOVAÇÃO- É em inovação que o IEL tem focado para estimular as empresas ligadas à indústria, setor que hoje res-

PESQUISA

Taxa de Sobrevivência Micro e PequenaS eMPreSaS (2011) ‘‘Com frequência atendemos pequenos empresários que possuem bons produtos, mas seus negócios não são lucrativos, o que acaba influenciando na sua desistência e contribuindo para o índice de mortalidade empresarial“

De cada

micro e pequenas empresas abertas no Brasil,

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a mesma pesquisa mostra que as indústrias são as que obtêm mais sucesso: permanecem ativas nos dois anos seguintes.

Armando Costa Neto, superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL)

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permanecem em atividade após os primeiros dois anos de existência

75,1%

em seguida, vem o:

74,1%

COMÉRCIO

VISÃO TRANSVERSAL- Atualmente, a indústria tem demandado cursos de várias áreas e profissionais com um perfil diferenciado, priorizando profissionais com domínio técnico e com uma visão mais transversal e interdisciplinar. Luis Alberto Brêda, gerente do Núcleo Estratégico do Senai-Bahia, acredita que não

Nordeste

71,7% SERVIÇOS

número cai para 69,1%.

66,2% CONSTRuÇÃO CIVIL

os profissionais que estão identificando oportunidades de mercado e desejam abrir a sua própria empresa ou querem se informar melhor sobre o assunto, podem recorrer a instituições de apoio como o Sebrae, que lhes auxiliam no aumento da potencialidade empreendedora e criativa.

Cresce demanda por mão de obra qualificada na indústria Um dos entraves à competitividade da indústria brasileira é a escassez de mão de obra qualificada para atender as demandas do mercado de trabalho. Entre os profissionais mais requisitados estão os das áreas de Mecânica, Elétrica, Mecatrônica, Eletromecânica, Química, Automação e Controle, Construção Civil, Mineração, Petróleo e Gás e Construção Naval. Na Bahia, alguns cursos têm o objetivo de capacitar os profissionais e atender, principalmente, empresas localizadas no Polo Industrial de Camaçari e no Centro Industrial de Aratu, que contam atualmente com um déficit nas áreas técnicas, principalmente nas Engenharias e Ciências Exatas. Sílvia Cavalcanti, psicóloga e orientadora profissional e de carreira, conta que hoje o mercado considera que a taxa de desemprego para boa parte dos profissionais está negativa, ou seja, há mais vagas do que profissionais qualificados para atender a essa demanda. Muitas vezes, a falta de qualificação é confundida com a falta de oportunidade. “A sensação é que as empresas estão em uma rua, buscando desesperadamente gente qualificada, e as pessoas estão em outra rua, paralela à da empresa, se debatendo por uma oportunidade. Desse jeito, sem olhar para o mesmo lado, pessoas e empresas jamais se encontrarão”, pontua.

ponde por quase 8% das MPEs na Bahia. “É difícil imaginar a indústria baiana competitiva sem o componente da inovação em seu DNA. Sabemos que esse é um processo gradual e que tão importante quanto prepará-las para inovar é fortalecê-las, no sentido de que elas ocupem posições de destaque em seus respectivos mercados”, explica o superintendente. Para isso, o IEL oferece diversos programas e serviços focados no setor. Entre os principais projetos estão o Indústria Ecoeficiente, que procura apoiar a inovação sustentável; o Jogo da Inovação, cujo objetivo é levar a prática da inovação para o cotidiano empresarial; o Programa de Qualificação de Fornecedores, com foco no aprimoramento da gestão das empresas prestadoras de serviços e ofertantes de produtos para as empresas -âncora locais; além de serviços de consultoria tecnológica e apoio à captação de recursos. “Sabemos que o caminho é longo, mas temos comemorado o avanço”, finaliza.

Por Livia montenegro

Fotos Sistema FIEB

Cursos capacitam profissionais para atender déficit no setor

Luiz Alberto Brêda, gerente do núcleo Estratégico do Senai-BA

‘‘A sensação é que as empresas estão em uma rua, buscando desesperadamente gente qualificada e, as pessoas estão em outra rua, paralela à da empresa, se debatendo por uma oportunidade. Desse jeito, sem olhar para o mesmo lado, pessoas e empresas jamais se encontrarão“ Sílvia Cavalcanti, psicóloga

é apenas a formação que contribui para a inserção no mercado de trabalho, mas um perfil profissional alinhado a alguns requisitos como o relacionamento interpessoal e o empreendedorismo individual, que são essenciais para se conseguir bom posicionamento no mercado, faz toda a diferença. “Não basta ser um bom técnico, tecnólogo, engenheiro, é importante que se tenha uma visão sistêmica, empreendedora e com a capacidade de lidar com as pessoas. As profissões do futuro estarão voltadas às áreas que se inter-relacionem com a informá-

tica, software, mecatrônica, automação, comunicação, mobilidade, desenvolvimento de produtos, gestão, entretenimento, entre outras”, afirma. As formações específicas em vários campos de interesse da indústria facilitam a inserção dos profissionais no mercado de trabalho. Louise Mota, formada no curso de Aprendizagem Industrial Técnica, atua hoje em uma empresa do Polo Industrial de Camaçari e, desde que se formou, viu a sua vida profissional evoluir de maneira significativa. “Já tinha interesse em atuar na área, e quando procurei o Senai soube das vagas na área e logo fiz a minha inscrição no curso. Quando terminei o curso, já tinha o meu emprego garantido”, conta. Mota diz ainda que no curso realizado conseguiu desenvolver atividades práticas e projetos de conclusão de curso com atividades de solução de problemas industriais reais. Além de uma boa formação, é necessário que os profissionais façam investimentos em suas carreiras, para se adequarem ao uso das tecnologias de cada empresa. “Além do aspecto técnico, a indústria precisa de profissionais com visão sistêmica, pró-atividade, dinamismo e facilidade de trabalhar em grupo”, assegura Sílvia Cavalcanti. Nos cursos, são realizadas atividades de iniciação científica, intercâmbio científico e tecnológico fora do Estado e do país, além de projetos integradores, visitação a fábricas, palestras técnicas e atividades de solução de problemas industriais reais. “É feita uma análise da demanda do mercado, e com isso aplicamos metodologias inovadoras e tecnologias aderentes às necessidades industriais”, conclui Brêda.


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Inovação tecnológica como cultura organizacional Elemento crucial no apoio à competitividade da indústria, a inovação tecnológica tornou-se um investimento essencial para a sustentabilidade das empresas e, portanto, para o crescimento econômico do Estado. Dentro desse contexto, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (Secti) e o Instituto Euvaldo Lodi – Núcleo Regional na Bahia (IEL/BA) vêm se debruçando em ações e programas voltados ao estímulo do processo de inovação tecnológica. Colocar o Estado como primeiro centro de convergência da inovação tecnológica do Norte/ Nordeste, segundo o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Paulo Câmara, é uma estratégia essencial do Governo, cujo objetivo é imprimir um novo ritmo de desenvolvimento sustentável na Bahia. “A articulação com a comunidade científica é a base da nossa administração, que está voltada, em especial, para o incremento de tecnologias de ponta”, afirma. A implementação do Parque Tecnológico da Bahia, completa, é parte desse investimento que busca, juntamente com o empresariado, com o Poder Público e com a sociedade em geral, impulsionar o desenvolvimento socioeconômico. Conforme o secretário Paulo Câmara, a inauguração do Parque Tecnológico (Paralela), em 2012, foi um grande marco e trouxe para a Bahia novas perspectivas para o conhecimento, para a pesquisa e

Eduardo Moody/ Divulgação

O Parque Tecnológico trouxe para a Bahia novas perspectivas para a pesquisa e para a inovação Divulgação

‘‘O Parque Tecnológico tem a missão de contribuir para o desenvolvimento do Estado, com a criação de um centro de excelência em pesquisa aplicada, agrupando entidades públicas e privadas para avançarem na promoção e no empreendedorismo tecnológico como instrumento de transformação social e cultural“

HOJE É DIA DE PARABÉNS. A Bahia se tornou uma das maiores economias do país, é o quinto maior produtor de bens minerais, tem um dos seus principais complexos automotivos e um dos mais proeminentes mercados da construção civil e nada disso seria possível sem o seu apoio. Por isso, hoje, antes de mais nada, a gente faz questão de dizer: Muito Obrigado.

PARABÉNS FIEB, PELOS SEUS 65 ANOS. UMA HOMENAGEM DO SINDIBRITA SINDICATO DA INDÚSTRIA DE MINERAÇÃO DE PEDRA BRITADA DO ESTADO DA BAHIA.

SINDIBRITA

Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado da Bahia

Paulo Câmara , secretário de Ciência e Tecnologia e Inovação Tecnológica

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Salvador, Bahia Sexta-feira, 31/05/2013

Por Claudia lessa

para a inovação. “O Parque Tecnológico tem a missão de contribuir para o desenvolvimento do Estado, com a criação de um centro de excelência em pesquisa aplicada, agrupando entidades públicas e privadas para avançarem na promoção e no empreendedorismo tecnológico como instrumento de transformação social e cultural”.

Competitividade- O Instituto Euvaldo Lodi – Núcleo Regional da Bahia (IEL/BA), por sua vez, vem contribuindo para o processo de capacitação e modernização tecnológica empresarial, ao difundir a cultura da inovação e proporcionar maior competitividade às indústrias do Estado. O objetivo, como explica o superintendente do IEL, Armando Neto, é buscar soluções criativas que garantam a competitividade. Criado, em 1969, pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), o IEL atua, desde 1994, em projetos de tecnologia e inovação em empresas privadas ou instituições governamentais de apoio ao desenvolvimento industrial, tecnológico e de inovação, difundindo a cultura da inovação e proporcionando maior competitividade às indústrias do Estado. Segundo o superintendente do IEL, a inovação tem sido tratada como fator determinante para a permanência das empresas em mercados cada vez mais competi-

tivos. “O tema inovação segue uma tendência nacional, seja por meio do apoio de agências de financiamento para projetos inovadores ou pela necessidade de incorporar a temática em sua cultura organizacional. A empresa que inova, busca novos conhecimentos, estimula sua equipe e está atenta às novidades tecnológicas, obtém novos produtos, novos modelos de negociação, novos mercados”, fundamenta. No Fórum de Inovação Tecnológica, coordenado pelo IEL, entidade do Sistema FIEB, um dos focos de discussão é sobre a importância de investimento em capacitação de pessoal. “Sentimos que a Bahia não está bem posicionada no campo da inovação, mas está melhorando. As empresas estão percebendo, cada vez mais, a importância de se inserir nessa temática porque, do contrário, podem não sobreviver”, afirma o superintendente do IEL. Junto ao ambiente de confiança, a autonomia individual da equipe é um componente chave da inovação, segundo especialistas. “Se o funcionário recebe metas claras e tem a liberdade para criar, a empresa proporcionará um terreno fértil para a inovação. Mas se um gestor quer controlar tudo, gerenciando todos os movimentos do funcionário, acaba por sufocar a criatividade e o pensamento individual, necessários para a inovação”, enfatiza Jeffrey Baumgartner, no livro The Way of the Innovation Master.


É MUITO BOM SER REPRESENTADO POR QUEM PENSA COMO A GENTE.

Transformar a Bahia, com um planejamento alinhado e ordenado das nossas ações tem sido a contribuição da FIEB nestes 65 anos. Pensar e defender a sustentabilidade, competitividade, geração de renda, qualificação profissional e inovação. Uma Instituição que apoia, fomenta a interiorização e o crescimento sustentável da indústria. Uma federação que nos representa nestas quase 6 décadas de fundação do SINDPACEL, por meio de planejamento, parceria, inovação, qualificação profissional, modernização e sustentabilidade nas ações desenvolvidas.

UMA HOMENAGEM DO SINDPACEL AOS 65 ANOS DA FIEB.

SUSTENTABILIDADE REFLETIDA NOS NOSSOS NÚMEROS:

3.000 12.500 Trabalhos Diretos

A BAHIA:

Da produção de celulose do Brasil

Maior produtor de celulose solúvel com 91%; 4º maior produtor brasileiro de papel; 17% da produção brasileira de celulose; 658 mil hectares de florestas plantadas; Associados preservam 306 mil hectares de mata nativa.

71 3450.1126

ASSOCIADOS

Trabalhos Indiretos

5%

| administrativo@sindpacel.com.br


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