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Evento: Conferência Temática O

Programa Espacial Brasileiro alinhado ao desenvolvimento socioeconômico

nacional

Características

● Data da Conferência: 2024-04-04 00:00:00

● Local: O evento foi realizado em formato híbrido. Presencialmente: Auditório Fernando de Mendonça, Prédio do LIT, INPE, São José dos Campos, SP Virtualmente: Youtube da AEB e do INPE, transmissão ao vivo. As gravações estão disponibilizadas nos dois canais.

Instituições Envolvidas

Agência Espacial Brasileira (AEB) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Nome, cargo, instituição, e-mail e telefone do responsável pelo preenchimento

João Sérgio Beserra de Lima, Analista em Ciência e Tecnologia e Assessor Técnico do Gabinete da Presidência da AEB; kkkkkkkkkkkkkkkk; (61) 2033-4145

Número e estatísticas relevantes

Presencialmente: cerca de 50 pessoas por dia. Online: No dia 04/04, somando dados do Youtube da AEB e do INPE, tivemos um total de 1524 pessoas que entraram em algum momento (não ao mesmo tempo), e considerando os 3 links criados haja vista a perda de link durante o evento por problemas técnicos. No dia 05/04 o público online foi de 613 pessoas.

Relatar os destaques e eventos especiais

Oportunidade de ampla discussão sobre temas relacionados ao desenvolvimento do setor espacial brasileiro e seus principais desafios O debate envolveu atores públicos e privados que tiveram a oportunidade de compartilhar sua visão de futuro para o setor. A Mesa Redonda: Desafios para o Setor Espacial refletiu sobre os avanços e desafios do programa espacial brasileiro desde a criação da PNDAE em 1994 Foram discutidas prioridades imediatas e estratégias de longo prazo para o Programa, considerando o contexto internacional e a posição do Brasil em organizações e acordos globais. A necessidade de definir prioridades claras para o Programa, tanto em nível nacional quanto internacional, foi enfatizada para assegurar o progresso contínuo e eficaz no setor

Sessões e Palestras

Painel 1: Ciência & Aplicação Espacial nos desafios estratégicos brasileiros.

Moderador: Gilvan Sampaio de Oliveira - Coordenador-Geral de Ciências da Terra do INPE

Debatedores: Rodrigo Leonardi - Diretor de Gestão de Portfólio da AEB; Laércio Massaru Namikawa, Prodes, Queimadas, Monan, Nowcast/INPE; Natália Rudorff OliveiraPesquisadora do INPE - Sabia Mar e AQUAE; Alessandra Fávero - Pesquisadora de Recursos Genéticos e Melhoramento Vegetal da EMBRAPA.

Painel 2: O Setor Aeroespacial na Economia Brasileira

Moderador: Marco Antonio Chamon - Presidente da AEB

Debatedores: Jadir Nogueira Gonçalves - Vice-Presidente da AIAB; Carlos Alberto Aragão de Carvalho Filho - Diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Finep; Jeferson

Cheriegate - Presidente PIT SJC.

Painel 3: Tecnologias Espaciais para o Desenvolvimento Nacional

Moderador: Clezio De Nardin - Diretor do INPE

Debatedores: Adenilson Roberto Silva - Coordenador-Geral de Engenharia, Tecnologia e Ciência Espaciais/INPE; Frederico Casarino - Diretor IAE; João Paulo Rodrigues Campos –Presidente da VISIONA; Ralph Corrêa - Sócio-Diretor da CENIC

Painel 4: Geopolítica espacial: o papel do Brasil e o contexto internacional.

Moderador: Márcia Alvarenga dos Santos - Chefe da Assessoria de Cooperação Internacional da AEB

Debatedores: Maitê de S. Schmitz - Chefe de Divisão de Mar, Antártida e Espaço do MRE; Tatiana Ribeiro Viana - Chefe da Secretaria Técnico-Científica da Organização Internacional Italiano Latino-Americana (IILA) e La Sapienza, com sede em Roma (virtual); Milton Chagas - Chefe do Serviço de Relações Institucionais do INPE

Mesa Redonda: Desafios para o setor espacial.

Moderador: Marco Antonio Chamon - Presidente da AEB

Debatedores: Ricardo Magnus Osório Galvão - Presidente do CNPq (virtual); Rodrigo

Leonardi (painel 1); Jadir Nogueira Gonçalves (painel 2); Clezio Marcos De Nardin (painel 3); Maitê Schmitz (painel 4)

Título da Sessão ou Palestra

A conferência teve a duração de um dia inteiro e mais uma manhã No primeiro dia, foram realizados 4 painéis, identificados abaixo. No segundo dia, foi realizada uma Mesa Redonda que propiciou ampla discussão sobre as temáticas postas em debate.

Painel 1: Ciência & Aplicação Espacial nos desafios estratégicos brasileiros

Painel 2: O Setor Aeroespacial na Economia Brasileira.

Painel 3: Tecnologias Espaciais para o Desenvolvimento Nacional.

Painel 4: Geopolítica espacial: o papel do Brasil e o contexto internacional.

Mesa Redonda: Desafios para o setor espacial

Resumo da Sessão ou Palestra

Painel 1: Ciência & Aplicação Espacial nos Desafios Estratégicos Brasileiros: Este painel explorou o direcionamento e ações futuras do Programa Espacial Brasileiro (PEB), com foco em expandir a autonomia e as capacidades tecnológicas nacionais. A discussão salientou a integração entre ciência e aplicações espaciais em setores como meio ambiente, defesa civil, agropecuária e segurança. A colaboração entre Governo, academia e a comunidade espacial foi destacada como essencial para o desenvolvimento de satélites como o AQUAE e a implementação de grandes projetos de dados, decorrentes do BIG DATA, para enfrentar os desafios decorrentes do aumento no volume de dados disponíveis relacionados ao setor

Painel 2: O Setor Aeroespacial na Economia Brasileira: Este painel abordou o impacto do setor aeroespacial na economia brasileira, enfatizando seu papel na promoção da equidade e no desenvolvimento sustentável A discussão ressaltou a necessidade de investimentos substanciais, tanto públicos quanto privados, para sustentar o avanço do setor. Além disso, foi discutida a importância da governança e de um ambiente de negócios favorável para o crescimento do setor. Também destacou a necessidade de divulgar o PEB de forma mais ampla para aumentar o apoio público e político e atrair mais financiamento

Painel 3: Tecnologias Espaciais para o Desenvolvimento Nacional: Este painel destacou a relevância crítica das tecnologias espaciais para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil, salientando projetos como o satélite Amazonia-1 e iniciativas de monitoramento ambiental e de recursos hídricos A discussão teve como foco a necessidade de fortalecer a base industrial nacional, o desenvolvimento de capacidades tecnológicas autônomas e a promoção da colaboração entre entidades governamentais e o setor privado. Também foram abordados a importância da pesquisa e da inovação espacial para a geração de tecnologias aplicáveis no setor industrial.

Painel 4: Geopolítica Espacial: O Papel do Brasil e o Contexto Internacional: Este painel examinou o papel do Brasil no contexto da geopolítica espacial. A discussão focou no uso dual das tecnologias espaciais e nas implicações estratégicas, econômicas e de defesa decorrentes do congestionamento do espaço. A necessidade de construir normas

internacionais e promover um ambiente seguro e estável no espaço foi destacada como fundamental, diante da ausência de consenso e da crescente quantidade de atores no setor

Principais insumos e contribuições

Painel 1: Ciência & Aplicação Espacial nos Desafios Estratégicos Brasileiros: ressaltou a colaboração interinstitucional como essencial para o avanço do PEB, conforme o Plano Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). Além de projetos já conhecidos como AQUAE e Sabia Mar, a discussão expandiu-se para a análise de como a continuidade e evolução de projetos como o CBERS-4 e Amazonia-1 são importantes para a capacidade do Brasil de responder a desastres naturais e emergências ambientais. Os participantes abordaram a importância de adaptar as capacidades tecnológicas às necessidades emergentes em monitoramento ambiental e segurança nacional, incentivando o desenvolvimento de tecnologias espaciais que possam servir como ferramentas estratégicas para a soberania nacional. A inovação em aplicações espaciais foi destacada, com um foco particular na integração de novas metodologias para o tratamento e análise de grandes volumes de dados espaciais, essenciais para a tomada de decisão em políticas públicas

Painel 2: O Setor Aeroespacial na Economia Brasileira: As discussões neste painel aprofundaram na compreensão do setor espacial como um vetor para o desenvolvimento econômico, destacando o seu papel não só como promotor de inovação tecnológica, mas também como um meio de reduzir desigualdades e promover a inclusão social. Com a economia espacial mundial projetada para alcançar altos valores, o Brasil enfrenta o desafio de estruturar um ambiente de negócios que seja tanto convidativo quanto competitivo. Os debates giraram em torno das reformas regulatórias necessárias para apoiar o crescimento da indústria, enfatizando a urgência de simplificar o ambiente de negócios para startups e empresas estabelecidas no setor. A necessidade de uma estratégia coesa que alinhe investimentos públicos e privados foi vista como essencial para potencializar os benefícios econômicos e sociais do setor espacial brasileiro

Painel 3: Tecnologias Espaciais para o Desenvolvimento Nacional: explorou mais profundamente a contribuição das tecnologias espaciais para diversas facetas do desenvolvimento do Brasil Foi destacada a relevância da autonomia tecnológica, com ênfase nos sucessos como o satélite Amazonia-1, e a necessidade de manter e expandir essa independência por meio de projetos futuros. A sessão também discutiu como a infraestrutura espacial desenvolvida internamente pode servir como ferramenta poderosa para o avanço de setores como a agricultura, gestão de recursos hídricos e prevenção de desastres naturais. A colaboração entre diferentes instituições governamentais e setores da indústria foi abordada como um elemento chave para o sucesso continuado, propondo a criação de um ecossistema que favoreça o intercâmbio de tecnologias e conhecimento

Painel 4: Geopolítica Espacial: O Papel do Brasil e o Contexto Internacional: A discussão foi ampliada para incluir uma análise mais detalhada do ambiente geopolítico complexo em que o programa espacial brasileiro opera. Os desafios de normatização internacional foram explorados, com ênfase na necessidade de o país se posicionar de forma proativa na formulação de políticas e normas internacionais. A cooperação multilateral foi discutida

como uma ferramenta para o cenário competitivo atual, onde a tecnologia espacial tem aplicações tanto civis quanto militares Foi ressaltada a importância de estratégias diplomáticas que aproveitem as parcerias tradicionais e explorem novas alianças estratégicas, garantindo que o Brasil não apenas acompanhe, mas também influencie os desenvolvimentos futuros no espaço.

Mesa Redonda: Desafios para o Setor Espacial: proporcionou uma reflexão abrangente sobre os progressos e desafios persistentes desde a instituição da PNDAE em 1994. A discussão focou na necessidade de uma governança clara e eficaz que possa definir e priorizar as missões espaciais do Brasil, seja em âmbitos civis, militares ou científicos Foi explicitado o papel de uma estrutura de governança que incorpore uma ampla participação de stakeholders, incluindo representantes industriais, acadêmicos e governamentais, para assegurar que o PEB seja robusto, responsivo e alinhado com as necessidades nacionais e internacionais A mesa também explorou os desafios de financiamento e regulamentação que precisam ser superados para que o Brasil realize seu potencial como uma potência espacial global.

Temas Principais

Painel 1: Este painel explorou a interseção entre a tecnologia espacial e o desenvolvimento estratégico nacional, com um foco particular nas aplicações que impulsionam a segurança, gestão ambiental e inovação tecnológica: . Impacto das Tecnologias Espaciais em Setores Estratégicos: Discussões sobre como as tecnologias espaciais, especialmente os satélites, transformam capacidades nacionais em áreas como defesa e monitoramento ambiental A aplicação de tecnologias espaciais para observação e análise em tempo real foi destacada como uma ferramenta para apoiar decisões críticas e efetivar políticas públicas.

Necessidade de uma Política Espacial Robusta: Consenso sobre a importância de uma política espacial integrada que promova cooperação efetiva entre governos, academia e setor privado, visando não apenas a inovação e o desenvolvimento tecnológico, mas também garantindo a sustentabilidade e financiamento adequados para os projetos espaciais.

Desenvolvimento e Suporte de Projetos Tecnológicos: Ênfase no desenvolvimento continuado de tecnologias espaciais, incluindo a fabricação de satélites e o avanço de plataformas de dados, para atender à crescente demanda por informações precisas e atualizadas, que são importantes para diversas aplicações espaciais

Painel 2: Os temas discutidos neste painel centraram-se no papel do setor espacial na economia nacional e seu potencial como agente otimizador do desenvolvimento econômico e social:

Conscientização e Financiamento: A necessidade de aumentar a conscientização da classe política e da sociedade sobre a importância estratégica do setor espacial para garantir apoio e financiamento adequados.

Infraestrutura e Projetos: Discussão sobre a necessidade crítica de infraestrutura adequada para o setor e a importância de definir e implementar projetos que possam atrair

financiamento.

Governança e Regulação: Os desafios da governança frágil e do ambiente regulatório não favorável foram destacados como obstáculos que precisam ser superados para o crescimento do setor espacial brasileiro.

Painel 3: Os temas principais discutidos neste painel focaram na autonomia tecnológica e na importância dos satélites em setores estratégicos:

. Autonomia Tecnológica: Discussões sobre a importância de desenvolver capacidades tecnológicas independentes para fortalecer a segurança nacional e a infraestrutura tecnológica do país

. Impacto dos Satélites: Análise do papel dos satélites no monitoramento ambiental, agricultura e gestão de desastres, destacando a necessidade de tecnologias espaciais na melhoria da eficiência e eficácia desses setores

. Inovação e Desenvolvimento Sustentável: Como as tecnologias espaciais podem promover o desenvolvimento sustentável e ajudar na gestão de recursos naturais e monitoramento das mudanças climáticas

Painel 4: Este painel tratou das implicações geopolíticas do espaço, a dificuldade de normatização e a nova era espacial:

Contexto Geopolítico e Normatização: Discussões sobre o contexto geopolítico desafiador e a lenta progressão na normatização internacional, que requer uma abordagem proativa e cooperativa.

. Cooperação Internacional: A necessidade de cooperação internacional foi enfatizada como essencial para superar os desafios do setor e para estabelecer o Brasil como um ator influente no cenário espacial global.

. Diplomacia Espacial e Cooperação Científica: A importância da diplomacia espacial e da sinergia entre atividades científicas e diplomáticas foi discutida, destacando o papel da IILA na promoção da cooperação regional e no desenvolvimento científico

A mesa redonda, com participantes de todos os painéis anteriores, focou em questões de governança, investimentos e estratégia internacional:

Governança do Setor Espacial: Debate intenso sobre a necessidade de definir claramente a governança do setor espacial brasileiro para coordenar efetivamente as políticas e ações futuras.

Investimento e Orçamento: Discussão sobre a necessidade de aumentar significativamente o orçamento do setor espacial para cumprir os objetivos estratégicos e manter as infraestruturas essenciais.

Estratégia Internacional e Cooperação: Foi destacada a importância de uma estratégia internacional bem definida para o setor espacial, considerando os benefícios e as limitações das cooperações internacionais.

Resultados e Recomendações

Painel 1: as conclusões ressaltaram a importância de continuar desenvolvendo o setor espacial brasileiro como um pilar para a autonomia nacional e o desenvolvimento estratégico, focando na necessidade de:

. Fortalecimento do Apoio Governamental: Ampliação significativa do financiamento governamental para pesquisa e desenvolvimento, bem como para infraestrutura crítica, a fim de sustentar e expandir as capacidades tecnológicas espaciais do Brasil.

. Estratégia Integrada para Educação e Capacitação: Implementação de programas educacionais robustos em ciências espaciais, destinados a cultivar uma nova geração de cientistas e técnicos que possam dar continuidade e inovar no programa espacial

. Investimento em Pesquisa e Inovação: Fomento contínuo à pesquisa em áreas como monitoramento ambiental e agricultura espacial, com um olhar para o desenvolvimento de novas tecnologias de satélite e sistemas de sensoriamento que aprimorem a eficiência do monitoramento e gestão de recursos

Painel 2: concluiu que a expansão e o fortalecimento do setor espacial são essenciais para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil As recomendações incluem:

. Definição de Projetos e Captação de Recursos: Desenvolvimento de projetos bem definidos que possam atrair financiamento tanto público quanto privado, destacando a necessidade de soluções inovadoras que respondam a desafios específicos

Comunicação e Engajamento: Melhoria da comunicação com a sociedade e políticos para aumentar o conhecimento e suporte ao programa espacial, ressaltando sua importância transversal para diversos setores da economia.

Infraestrutura e Regulação: Investimento em infraestrutura espacial e revisão do ambiente regulatório para criar um ambiente de negócios mais favorável e menos burocrático, facilitando o crescimento de empresas do setor.

Painel 3: as discussões culminaram em recomendações para fortalecer o setor espacial como uma ferramenta estratégica nacional:

. Fortalecimento da Política Espacial: Necessidade urgente de políticas que sustentem e promovam a pesquisa e desenvolvimento no setor espacial, com especial ênfase na expansão da capacidade industrial brasileira

. Educação e Divulgação: Expansão de programas educativos e iniciativas de divulgação para aumentar a conscientização sobre a importância e os benefícios das atividades espaciais, engajando assim a próxima geração de talentos

. Incentivos para Parcerias Público-Privadas: Encorajamento ao desenvolvimento de parcerias entre o setor público e privado, que podem levar à inovação e a melhorias significativas nos serviços e tecnologias espaciais disponíveis.

Painel 4: ofereceu recomendações sobre como o Brasil pode navegar e influenciar o cenário espacial global competitivo:

Participação Ativa em Foros Internacionais: Enfatizou-se a importância de uma participação mais ativa e estratégica em organizações internacionais para ajudar a moldar

normas e práticas globais no espaço.

Estratégias para Normatização e Cooperação: Recomendações para o desenvolvimento de abordagens diplomáticas que promovam a cooperação e ao mesmo tempo protejam os interesses nacionais, especialmente em termos de tecnologia dual e questões de segurança.

Mesa Redonda: destacou a necessidade crítica de:

. Revisão da Governança do Setor Espacial: Avaliação e reestruturação da governança do setor espacial para definir claramente responsabilidades e melhorar a coordenação entre as agências e instituições envolvidas

Aumento de Investimento: Apelo por um aumento significativo no orçamento dedicado ao setor espacial, com o objetivo de atender às demandas crescentes por serviços e manutenção de infraestrutura.

Foco em Cooperação Internacional Estratégica: Desenvolvimento de uma estratégia mais robusta para cooperação internacional, garantindo que o Brasil possa aproveitar oportunidades e ao mesmo tempo mitigar riscos associados à dependência tecnológica.

Desdobramentos Pós-Evento (Reunião ou Conferência)

A conferência culminou em discussões produtivas e propostas inovadoras para o futuro do programa espacial do país As deliberações em cada painel visaram não apenas abordar as necessidades atuais, mas também preparar o terreno para avanços futuros em ciência, tecnologia e inovação (CT&I). Com base no conhecimento gerado durante o evento, foram delineados planos de ação estratégicos, destacando as ações que devem ser criadas, retomadas ou descartadas, e as possíveis contribuições das instituições envolvidas

1. Expansão de Capacidades Tecnológicas e Infraestrutura:

. Criação de Plataformas de Dados: Propõe-se o desenvolvimento de novas plataformas de dados que suportem a expansão do programa espacial brasileiro Essas plataformas deverão melhorar a capacidade de coleta, processamento e análise de dados espaciais, essenciais para uma variedade de aplicações, desde monitoramento ambiental até segurança nacional.

. Desenvolvimento de Infraestrutura Tecnológica: A conferência enfatizou a necessidade de investir em infraestrutura tecnológica avançada para suportar os novos projetos espaciais, incluindo a fabricação de satélites e o desenvolvimento de novos veículos lançadores.

2. Governança e Coordenação Interinstitucional:

Formação de um Conselho Interinstitucional: Discutiu-se a necessidade de formar um conselho interinstitucional que integre diversas agências governamentais, instituições de pesquisa e representantes do setor privado. Este Conselho teria como objetivo alinhar os recursos e objetivos do setor espacial com as estratégias de desenvolvimento nacional, garantindo uma abordagem coordenada

Consórcio de Pesquisa Espacial: Propõe-se a criação de um consórcio de pesquisa que envolva instituições como INPE, AEB e universidades brasileiras. Esse consórcio lideraria esforços colaborativos em pesquisa e desenvolvimento, buscando inovação em tecnologia espacial e aplicando-as em setores estratégicos

3. Financiamento e Projetos Estratégicos:

. Aceleração do Desenvolvimento de Veículos Lançadores: Uma ênfase especial foi colocada no desenvolvimento acelerado de novos veículos lançadores que possam expandir a autonomia brasileira em acesso ao espaço.

. Aumento do Número de Projetos de Satélites: Encorajou-se a expansão do número de projetos de satélites, particularmente aqueles que possam apoiar funções governamentais e civis, melhorando serviços como previsão do tempo, monitoramento agrícola e gestão de desastres naturais.

4. Educação, Divulgação e Engajamento Público: Programas de Educação e Capacitação: Recomendou-se a expansão de programas educacionais focados em ciências espaciais, destinados a formar profissionais qualificados que possam sustentar e expandir o setor espacial brasileiro.

. Campanhas de Divulgação: É crucial melhorar a comunicação sobre a importância e os benefícios do programa espacial para a sociedade brasileira, visando aumentar o suporte público e político ao programa.

Debates,

Discussões e Grupos de Trabalho

A seguir, apresenta-se um resumo consolidado das discussões focadas em temas cruciais para o avanço do setor espacial do país, destacando as principais contribuições, desafios e estratégias debatidas, além de um olhar sobre as ações e recomendações futuras

Painel 1: Monitoramento e Big Data, além de foco em superação de desafios estruturais e otimização de investimentos em CT&I: Desenvolvimento de Tecnologias de Monitoramento: Reconhecimento da importância crítica de avançar em tecnologias de monitoramento e a utilização de Big Data para enfrentar desafios ambientais.

. Ações Propostas: Fortalecer a infraestrutura de dados e promover a integração de tecnologias avançadas para melhorar a capacidade de resposta a emergências ambientais e de segurança

. Discussões: Focaram em estratégias para superar desafios estruturais e otimizar investimentos em CT&I, com um olhar particular para o desenvolvimento de tecnologias de monitoramento e a aplicação de big data nos desafios ambientais

. Desafios: Inclusão de recursos avançados de processamento e análise de dados no contexto espacial, requerendo investimentos substanciais e coordenação entre várias agências e entidades privadas

Painel 2: Regulação e Governança: Identificação de falhas na governança atual e na legislação que regula o setor, destacando a necessidade de reformas para facilitar o desenvolvimento tecnológico e atração de investimentos

Estratégias Sugeridas: Melhoria na legislação para estimular a indústria nacional e melhor definição dos projetos para captação de recursos através de programas como o FNDCT e instituições como a FINEP e incentivar a participação privada através de uma regulação mais flexível

. Discussões: Trataram da necessidade de uma governança clara e de um ambiente

regulatório adequado que estimule o desenvolvimento de tecnologias pelo setor privado.

Desafios: Superar a burocracia excessiva e as deficiências na estrutura atual de governança que dificultam a agilidade e eficácia do setor espacial.

Painel 3: Parcerias Público-Privadas: Foco na criação de parcerias e na necessidade de um fundo de investimento dedicado à pesquisa espacial

. Iniciativas Recomendadas: Desenvolvimento de novos veículos lançadores e incremento no número de projetos de satélites para suporte aos setores civis e governamentais. Criar mecanismos de financiamento que apoiem projetos inovadores e fomentar colaborações entre universidades, indústria e governo

. Discussões: Concentraram-se em identificar estratégias para superar desafios tecnológicos e financeiros, destacando a importância de estabelecer parcerias público-privadas e fundos de investimento dedicados

. Desafios: Assegurar recursos contínuos e sustentáveis para pesquisa e desenvolvimento em um cenário de restrições orçamentárias.

Painel 4: Discussões: Abordaram a crescente preocupação com megaconstelações e seus impactos na astronomia, além de discutir a posição estratégica do Brasil na geopolítica espacial.

Conclusões e Recomendações: Integrar o Brasil de maneira mais ativa nas discussões internacionais sobre normatização do espaço e explorar estrategicamente parcerias internacionais para avançar na tecnologia e infraestrutura espacial.

. Desafios: Navegar no complexo ambiente internacional que requer cooperação, mas também a proteção de interesses nacionais frente a tecnologias de uso dual e a competição global.

Mesa Redonda: Discussões: Debateram os avanços e limitações do programa espacial, incluindo a discussão sobre o uso de tecnologias emergentes como IoT e satélites definidos por software.

. Conclusões e Recomendações: Foco na necessidade de um aumento substancial no investimento per capita em programas espaciais, melhoria na governança e estratégias para inclusão de novas tecnologias

. Desafios: Superar a falta de financiamento adequado, que está muito atrás de outros países com programas espaciais avançados, e a necessidade de uma estratégia clara para envolver a sociedade e promover a diversidade no setor espacial

Oportunidades de Colaboração

A conferência revelou várias oportunidades de colaboração que poderiam expandir as fronteiras da tecnologia espacial no País. As discussões abordaram a viabilidade e o potencial de diversos projetos futuros, parcerias público-privadas e fontes de investimento, refletindo um consenso sobre a necessidade de intensificar a cooperação entre o Governo, a academia e o setor privado para impulsionar inovações e aplicar soluções espaciais em

múltiplas áreas. Oportunidades de Colaboração Identificadas:

Desenvolvimento Conjunto de Satélites e Tecnologias Avançadas: Foi ressaltado o potencial para o desenvolvimento conjunto de novos satélites, com ênfase em tecnologias que suportem a agricultura espacial. Essa área apresenta uma oportunidade para integrar avanços em bioengenharia, sensoriamento remoto e automação para otimizar a eficiência e sustentabilidade da produção agrícola tanto no Brasil quanto em ambientes espaciais.

Parcerias Público-Privadas em Tecnologia e Infraestrutura Espacial: As discussões destacaram a oportunidade de estabelecer parcerias público-privadas para o desenvolvimento de infraestrutura espacial crítica, incluindo veículos lançadores e plataformas de tecnologia avançada. Essas parcerias são vistas como essenciais para acelerar o desenvolvimento tecnológico e reduzir custos, compartilhando riscos e benefícios entre o setor público e investidores privados.

Fortalecimento e Expansão do Legado Espacial Brasileiro: O país enfrenta agora o desafio de fortalecer e expandir sua influência no setor Há uma oportunidade de integrar mais profundamente o espaço e a agricultura, utilizando o espaço não apenas para observação e monitoramento, mas também como uma plataforma para soluções sustentáveis de produção de alimentos, tanto para consumo na Terra quanto em missões espaciais prolongadas

Fomento a Projetos Conjuntos e Inovação Tecnológica: Foram exploradas oportunidades para projetos conjuntos que envolvam agências governamentais e o setor privado na criação de novas tecnologias espaciais Tais projetos não só fortaleceriam o PEB como também promoveriam a inovação tecnológica através do compartilhamento de conhecimentos e recursos.

Investimentos Estratégicos e Políticas Públicas: A necessidade de políticas públicas que apoiem a inovação e o investimento no setor espacial foi amplamente discutida. A identificação de fontes de investimentos estratégicos, incluindo fundos nacionais e internacionais, é crucial para o financiamento sustentável de projetos de longo prazo no setor espacial

Ações Programáticas para Sustentar a Expansão do Setor Espacial: Recomendou-se a implementação de ações programáticas que possam sustentar a expansão contínua do setor espacial, abordando desde a formação de recursos humanos especializados até o desenvolvimento de tecnologias emergentes.

Essas oportunidades de colaboração sinalizam um futuro promissor para o PEB, com potencial para não apenas avançar na capacidade tecnológica do país, mas também para contribuir para o desenvolvimento socioeconômico e sustentável. A integração dessas iniciativas requer coordenação e compromisso contínuo de todas as partes envolvidas,

garantindo que os projetos e parcerias sejam bem-sucedidos e alinhados com os objetivos nacionais e internacionais do Brasil no espaço

Comentários Adicionais

Conceitos Inovadores em Agrotecnologia Espacial: alguns conceitos inovadores foram tratados, como " space breeding" (melhoramento de plantas no espaço) e " space farming" (agricultura espacial). Essas áreas foram identificadas como promissoras para pesquisa e desenvolvimento, oferecendo oportunidades para a aplicação de tecnologias espaciais em biotecnologia e sustentabilidade agrícola.

Importância Estratégica do Setor Espacial: o setor espacial é fundamental para o futuro estratégico do Brasil Foram discutidos conceitos relativos à sustentabilidade e à integração de sistemas espaciais com outras áreas tecnológicas, apontando para um desenvolvimento tecnológico abrangente e integrado.

Desafios de Comunicação e Investimento: Um ponto comum nas discussões foi a necessidade de melhorar a comunicação sobre os benefícios das tecnologias espaciais para a população em geral. Esta melhoria ajudaria a aumentar o apoio público e a conscientização sobre a importância das iniciativas espaciais Além disso, foi enfatizado que o sucesso e a expansão do setor dependem de investimentos contínuos, que devem ser sustentados por políticas públicas eficazes e parcerias estratégicas.

Feedback para Compartilhar: Os participantes da conferência expressaram um otimismo cauteloso sobre o futuro do programa espacial, mas também destacaram a necessidade de ações concretas para superar os desafios existentes. O feedback geral aponta para uma crescente compreensão da interconexão entre tecnologia espacial e outras áreas vitais de desenvolvimento nacional, sugerindo um caminho colaborativo e multidisciplinar para o futuro.

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