relatorio sintese conferencias regionais sul

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Conferência Regional Sul

SÍNTESE INTELIGENTE® das conferências prévias da 5ª

Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI)

O documento a seguir é a SÍNTESE INTELIGENTE® da conferência regional prévia da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5ª CNCTI) referente à região Sul, produzida pela tds.company com assistentes inteligentes da strateegiadigital As transcrições, registros de relatorias e documentos do CGEE foram revisados por especialistas para garantir a qualidade As SÍNTESES INTELIGENTES® unem a expertise humana à eficiência da inteligência artificial, proporcionando uma análise profunda e aplicável dos tópicos discutidos Essa abordagem inovadora destaca-se por oferecer uma visão concisa e enriquecida dos diálogos, identificando padrões e implicações de forma rápida e assertiva, sendo essencial para debates complexos.

Ficha técnica

Tema: 5ª Conferência Nacional de CTI | Região Sul

Anfitriã: não informado

Organizadores: Secretarias de CT&I do Estado do Paraná Santa Catarina e Rio Grande do Sul e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS),

Coordenação: não informado

Datas: 25 e 26/04/2024

Links para os vídeos: https://www.youtube.com/live/MFxvtr_iQQQ?si=gVDH5AV9wi7n dnk

https://www.youtube.com/live/4bOPihTRdAY?si=gZp6qSYfXUV4 VDy

NOTA: A síntese das conferências estaduais foi construída a partir dos relatórios de sistematização das reuniões

Introdução

A 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), organizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), ocorrerá nos dias 30 e 31 de julho e 1º de agosto de 2024, em Brasília. Como parte das preparações para este evento, foram realizadas conferências regionais com o objetivo de reunir contribuições de diversas regiões do Brasil, enriquecendo a pauta da CNCTI e aprimorando políticas públicas com o apoio da ciência e tecnologia. Este relatório foca nas contribuições da Conferência Regional Sul, destacando as discussões e recomendações sugeridas.

A Conferência Regional Sul contou com a participação de representantes de instituições públicas e privadas de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica, além de membros da comunidade científica, ecossistemas de inovação, organizações da sociedade civil, setor público e empresarial O evento, organizado pelo governo do estado do Paraná em parceria com as secretarias de ciência, tecnologia e inovação do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, visou articular ações de cooperação na área de ciência, tecnologia e inovação (CT&I)

As discussões da conferência foram estruturadas em quatro eixos temáticos principais: (1) Recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que abordou a necessidade de revisar e atualizar a estrutura e o financiamento do sistema, bem como a formação e retenção de talentos; (2) Reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas, focando na criação de ambientes favoráveis à inovação e colaboração público-privada; (3) Ciência, tecnologia e inovação para programas e projetos estratégicos nacionais, identificando áreas prioritárias como saúde, agricultura e energias renováveis; e (4)

Ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social, destacando a importância da inclusão e democratização do acesso à ciência.

Os debates na Conferência Regional Sul foram intensos e produtivos, resultando em recomendações específicas para cada eixo temático. Essas contribuições são essenciais para a formulação de políticas públicas que promovam o desenvolvimento socioeconômico sustentável, fortalecendo a democracia e a justiça social. As propostas elaboradas serão apresentadas

na 5ª CNCTI, em Brasília, contribuindo significativamente para a nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (NCTI) 2024-2030

Resumo executivo

A Conferência Regional Sul, preparatória para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), realizou debates organizados em quatro eixos temáticos. Este resumo executivo apresenta uma visão geral dos tópicos mais relevantes discutidos, destacando as descobertas mais importantes e as conclusões gerais, visando enriquecer a pauta da 5ª CNCTI, que ocorrerá nos dias 30 e 31 de julho e 1º de agosto de 2024, em Brasília.

Eixo 1: Recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

Neste eixo, as discussões focaram na necessidade de revisar e atualizar o modelo do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) e suas conexões regionais. Houve consenso sobre a importância de incluir atores relevantes não identificados anteriormente, como institutos privados de pesquisa e desenvolvimento. Além disso, as recomendações enfatizaram a inovação nas formas de financiamento, destacando a necessidade de um fluxo contínuo e adequado de recursos. Também foi ressaltada a importância da formação de pessoas para CT&I em todos os níveis educacionais, desde a educação básica até a formação profissional. A atração e retenção de talentos, a criação de parcerias entre setor público e privado, e a democratização das políticas públicas de CT&I foram consideradas fundamentais para a consolidação do SNCTI.

Eixo 2: Reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas

As discussões deste eixo abordaram a criação de ecossistemas de inovação que estabeleçam ambientes propícios à inovação por meio de parcerias entre os setores público e privado. Foi enfatizada, também, a necessidade de capacitação sobre gestão da inovação e empreendedorismo para gestores do setor público e privado As recomendações incluíram a criação

de mecanismos que promovam a colaboração e a transferência de tecnologia e conhecimento entre academia e indústria Além disso, foram sugeridas políticas de incentivo para a internacionalização de negócios, estímulo à economia verde e a criação de editais específicos para demandas de inovação por cooperativas, com fundos não reembolsáveis.

Eixo 3: Ciência, tecnologia e inovação para programas e projetos estratégicos nacionais

Neste eixo, foram identificadas áreas estratégicas prioritárias, como saúde, agricultura, energias renováveis, mudanças climáticas, semicondutores e a economia do mar. As discussões destacaram a importância da CT&I para a soberania nacional e o desenvolvimento sustentável. Como recomendações, destacou-se a promoção de arranjos produtivos regionais que atendam aos desafios produtivos locais, gerando pesquisas, tecnologias e empregos. Houve, ainda, um forte apelo para a integração das políticas de CT&I regionais com os objetivos estratégicos nacionais, visando fortalecer a capacidade do Brasil de enfrentar desafios globais e promover a inovação em setores-chave de sua economia.

Eixo 4: Ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social

As discussões no quarto eixo enfatizaram a importância da inclusão social e da democratização do acesso à ciência As recomendações incluíram promover a educação científica nas escolas públicas, garantir a participação de populações sub-representadas no sistema de CT&I e fomentar a popularização da ciência por meio de programas de divulgação científica e centros de ciência itinerantes Também foram destacadas a necessidade de políticas de incentivo à produção de conteúdo científico em formatos acessíveis e a criação de um portal de divulgação científica

Conclusões gerais

A Conferência Regional Sul trouxe à tona a necessidade de uma revisão e modernização do SNCTI, com foco na inovação como vetor do processo de desenvolvimento regional, com inclusão social e sustentabilidade As recomendações refletem a importância de fortalecer a cooperação entre academia, setor produtivo e governo, e de criar políticas públicas que garantam o desenvolvimento socioeconômico sustentável As contribuições desta conferência são essenciais para a formulação de políticas que irão compor a nova Estratégia e o Plano Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2024-2030, a ser discutida na 5ª CNCTI em Brasília

Nuvem de palavras

A complexidade das discussões podem ser parcialmente capturadas pelas palavras-chave que emergiram como os temas mais recorrentes e significativos Esses termos não apenas refletem os pontos focais dos debates, mas também sinalizam as prioridades, preocupações e direções futuras para o assunto tratado

Para facilitar o entendimento dos conceitos que dominaram essas discussões e oferecer uma visão panorâmica das tendências e focos temáticos, apresentamos abaixo uma nuvem de palavras

Tendências emergentes

Eixo 1: Recuperação, expansão e consolidação do Sistema

Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

Revisão do modelo do SNCTI

Uma tendência significativa emergente é a revisão do modelo do Sistema

Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) e suas conexões regionais Há uma crescente percepção da necessidade de integrar novos atores, como institutos privados de pesquisa e desenvolvimento, para diversificar e fortalecer a base do sistema Essa revisão visa termos um modelo mais orgânico e descentralizado

Inovação nas formas de financiamento

A inovação nas formas de financiamento do SNCTI é uma demanda urgente. Isso porque as descontinuidades dos modos de financiamento atuais tem sido uma barreira significativa, então a introdução de novas modalidades de financiamento contínuo e sustentável é vista como essencial. Isso inclui a exploração de parcerias público-privadas e a criação de mecanismos que garantam fluxos financeiros constantes (estáveis) para apoiar a pesquisa e o desenvolvimento.

Formação e retenção de talentos

Outra tendência emergente é a ênfase na formação de qualidade em todos os níveis educacionais e a retenção de talentos nas regiões A criação de programas de educação científica desde a educação básica até a pós-graduação, juntamente com estratégias de atração e retenção de talentos, é vista como fundamental para fortalecer a capacidade inovadora da região e do país Nesse sentido, propõe-se o desenvolvimento de programas nacionais para a atração de talentos e a criação de carreiras específicas para pesquisadores e gestores de CT&I

Mudanças Climáticas

Necessidade crescente de investimentos e planejamento na área de resiliência nas cidades e regiões afetadas pelas consequências das mudanças climáticas, tanto do ponto de vista social como econômico.

Parcerias e redes de colaboração

A formação de parcerias e redes de colaboração entre os atores do SNCTI, dos setores público e privado, é uma necessidade crescente Essas parcerias são essenciais para a criação de um ecossistema de CT&I robusto e integrado Além disso, a promoção de fóruns e comitês permanentes de CT&I para facilitar essa colaboração é uma iniciativa que pode resultar em uma maior sinergia e eficiência no desenvolvimento científico e tecnológico

Eixo 2: Reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas

Ecossistemas de Inovação

A criação de ambientes favoráveis à inovação, como Parques Científicos e Tecnológicos e Incubadoras, é uma tendência destacada. Isso inclui o desenvolvimento de áreas de inovação, marco legal estável e plataformas colaborativas, programas de intercâmbio e projetos conjuntos de pesquisa e desenvolvimento. Somado a isso, a promoção de uma cultura de inovação dentro das empresas e a capacitação contínua de gestores em inovação e empreendedorismo são vistas como estratégias cruciais para impulsionar a reindustrialização

Colaboração público-privado

A colaboração entre os setores público e privado está emergindo como uma tendência-chave. Incentivar a cooperação entre academia e indústria para a transferência de tecnologia e inovação é essencial para o avanço do

setor produtivo Nesse sentido, sugere-se o desenvolvimento de mecanismos que reconheçam e recompensem economicamente empresas e profissionais que se envolvem em atividades de pesquisa e desenvolvimento.

Sustentabilidade e economia verde

A integração de princípios de sustentabilidade e economia verde na reindustrialização é uma tendência emergente. O fomento a empreendimentos sustentáveis e a criação de políticas que incentivem a economia verde são vistos como passos fundamentais para alinhar o crescimento industrial com a preservação ambiental e os impactos das mudanças climáticas.

Internacionalização de negócios

A promoção da internacionalização de negócios é uma tendência significativa, sendo vista como uma forma de desenvolver os novos negócios e fomentar a inovação e o desenvolvimento tecnológico Para isso, são sugeridos incentivos fiscais e programas de apoio à exportação como meios para aumentar a competitividade das empresas brasileiras no mercado global.

Eixo 3: Ciência, tecnologia e inovação para programas e projetos estratégicos nacionais

Áreas estratégicas prioritárias

Identificar e focar em áreas estratégicas prioritárias, como saúde, agricultura, energias renováveis, mudanças climáticas e economia do mar, é uma tendência emergente Essas áreas são vistas como essenciais para a soberania nacional e o desenvolvimento sustentável Diante disso, a CT&I é considerada fundamental para enfrentar os desafios globais e promover a inovação nesses setores

Arranjos produtivos regionais

A promoção de arranjos produtivos regionais que atendam aos desafios locais é uma tendência importante. Esses arranjos visam integrar as capacidades regionais de pesquisa e desenvolvimento, gerando tecnologias e empregos que contribuam para o desenvolvimento regional e nacional. Tendo isso em vista, a articulação entre os estados para a criação de polos de inovação apresenta-se como uma estratégia eficaz.

Integração de políticas de CT&I

A integração das políticas de CT&I regionais com as políticas nacionais é uma demanda importante Promover uma maior sinergia e organicidade entre as iniciativas de CT&I e as políticas públicas de desenvolvimento nacionais pode potencializar os resultados e fortalecer a capacidade do Brasil de inovar e competir globalmente

Eixo 4: Ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social

Inclusão social e democratização da ciência

A promoção da inclusão social e a democratização do acesso à ciência são preocupações pontuadas. Em vista disso, a educação científica desde a educação básica e a criação de programas que promovam a participação de populações sub-representadas no sistema de CT&I são vistas como essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa

Popularização da ciência

A popularização da ciência por meio de programas de divulgação científica e a criação de centros de ciência itinerantes são tendências significativas Essas iniciativas visam aumentar o acesso ao conhecimento científico em comunidades rurais e periféricas, promovendo uma cultura científica ampla e inclusiva.

Produção de conteúdo científico acessível

A produção de conteúdo científico em formatos acessíveis, como vídeos, podcasts e materiais em braile, é pontuada como uma forma de garantir que todos tenham acesso ao conhecimento científico, visto como um passo fundamental para a democratização da ciência.

Portal de divulgação científica

A criação de um portal de divulgação científica que reúna informações sobre eventos, cursos, projetos e oportunidades na área de CT&I é uma tendência destacada Esse portal deve ser de fácil acesso e constantemente atualizado, servindo como uma ferramenta central para a disseminação de informações científicas

Conclusão

As tendências emergentes identificadas nas discussões da Conferência Regional Sul refletem a necessidade de maior ênfase na inovação, colaboração entre os atores do SNCTI e inclusão no campo da ciência, tecnologia e inovação. As recomendações apresentadas visam fortalecer o SNCTI, promover a reindustrialização sustentável, apoiar projetos estratégicos nacionais e fomentar o desenvolvimento social por meio da CT&I. Essas tendências são essenciais para a formulação de políticas públicas que irão compor a nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2024-2030.

Desafios, oportunidades e vantagens competitivas

Eixo 1: Recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

Desafios

Revisão do modelo do SNCTI

Atualização do modelo e revisão da estrutura atual do SNCTI para incluir novos atores e descentralizar a tomada de decisões.

Financiamento contínuo

Garantir um fluxo contínuo e adequado de recursos financeiros para pesquisa e desenvolvimento

Formação e retenção de talentos

Criação de programas eficazes de formação em todos os níveis de educação e retenção de talentos.

Integração de atores diversos

Promover a colaboração entre diversos setores, incluindo instituições privadas e organizações da sociedade civil

Oportunidades

Inovação no financiamento

Introdução de novas modalidades de financiamento, como parcerias público-privadas e fundos contínuos

Educação científica

Desenvolvimento de programas educacionais inovadores para formar futuros cientistas e tecnólogos.

Atração de talentos

Implementação de programas nacionais para atrair e reter talentos especializados em CT&I

Redes de colaboração

Estabelecimento de redes de colaboração entre setor público, privado e academia para fomentar a inovação.

Vantagens competitivas

Políticas públicas fortalecidas

Desenvolvimento de políticas públicas sólidas que suportem a continuidade e sustentabilidade do SNCTI.

Capacitação contínua

Formação contínua de profissionais qualificados, promovendo a excelência em pesquisa, desenvolvimento e inovação

Governança democrática

Implementação de um sistema de governança adequado e um modelo de gestão inclusivo e participativo, facilitando decisões mais democráticas e

eficientes

Eixo 2: Reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas

Desafios

Ambientes de inovação

Criação de ambientes de inovação, que estimulem e promovam a colaboração entre os atores do SNCTI e a transferência de tecnologia e conhecimento

Capacitação de gestores

Necessidade de capacitar profissionais em gestão da inovação e em empreendedorismo.

Barreiras regulatórias

Superar barreiras regulatórias, criando um marco legal estável, facilitando a inovação e a colaboração público-privada.

Sustentabilidade

Integrar práticas de sustentabilidade nas organizações

Oportunidades

Incentivos fiscais

Implementação de incentivos fiscais para empresas que investem em CT&I.

Parcerias estratégicas

Fomentar parcerias entre academia e indústria com foco nas atividades de pesquisa e desenvolvimento conjunto.

Economia Verde

Promover empreendimentos sustentáveis e incentivar práticas de economia verde

Internacionalização

Estimular a internacionalização de negócios por meio de programas de apoio à exportação e incentivos fiscais.

Vantagens competitivas

Cultura de inovação

Desenvolvimento de uma cultura de inovação nas empresas, impulsionando a competitividade no mercado global.

Capacidade tecnológica

Aumento da capacidade tecnológica das empresas por meio de investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento e em inovação

Posição Estratégica

Fortalecimento da posição estratégica do Brasil no cenário global por meio do desenvolvimento de uma cultura de inovação, sustentável e competitiva em escala global.

Eixo 3: Ciência, tecnologia e inovação para programas e projetos estratégicos nacionais

Desafios

Identificação de áreas prioritárias

Definir e focar em áreas estratégicas como saúde, agricultura, energias renováveis, mudanças climáticas e economia do mar.

Integração de políticas

Garantir a integração das políticas regionais e nacionais de CT&I, bem como o alinhamento com o desenvolvimento nacional

Desenvolvimento tecnológico

Promover o desenvolvimento científico e tecnológico em setores-chave para a soberania nacional.

Articulação regional

Facilitar a articulação entre estados para a criação de ambientes de inovação integrados e atuando em rede

Oportunidades

Arranjos produtivos regionais

Desenvolver arranjos produtivos regionais que atendam aos desafios locais e gerem empregos.

Fortalecimento da soberania

Utilizar a CT&I para fortalecer a soberania nacional e a capacidade de enfrentar desafios globais

Desenvolvimento sustentável

Integrar práticas sustentáveis nas políticas de CT&I para promover o desenvolvimento sustentável.

Inovação setorial

Fomentar a inovação em setores estratégicos por meio de políticas públicas direcionadas para áreas prioritárias

Vantagens competitivas

Capacidade inovadora

Fortalecimento da capacidade inovadora do país em áreas estratégicas

Desenvolvimento regional

Promoção do desenvolvimento regional por meio de ambientes e polos de inovação e arranjos produtivos locais.

Resiliência nacional

Aumento da resiliência nacional em face de desafios globais, em diversas áreas, em especial na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, com uso intensivo de ciência, tecnologia e inovação

Eixo 4: Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Social

Desafios

Inclusão Social

Promover a inclusão social mediante a democratização do acesso à ciência e tecnologia

Educação científica

Garantir uma educação de qualidade desde a educação básica até o ensino superior.

Popularização da ciência

Divulgar a ciência de maneira acessível para diferentes públicos, incluindo comunidades rurais e periféricas

Proteção dos conhecimentos tradicionais

Reconhecer e proteger os conhecimentos tradicionais e inovações de populações sub-representadas.

Oportunidades

Programas educacionais

Implementação de programas educacionais de qualidade que incentivem a participação de populações sub-representadas na área de CT&I

Centros Itinerantes de ciência

Criação de centros de ciência itinerantes que levem atividades científicas e tecnológicas a comunidades remotas.

Divulgação científica

Produção de conteúdos científicos acessíveis, como vídeos, podcasts e materiais acessíveis (como em braile, por exemplo)

Portal de divulgação

Desenvolvimento de um portal de divulgação científica atualizado e acessível.

Vantagens competitivas

Inclusão ampliada

Ampliação da inclusão social por meio do acesso equitativo à ciência e tecnologia.

Cultura científica

Fortalecimento da cultura científica na sociedade, promovendo maior participação pública nas áreas de CT&I

Diversidade na inovação

Valorização da diversidade como um motor para a inovação e o desenvolvimento científico e tecnológico.

Conclusão

Os debates na Conferência Regional Sul identificaram diversos desafios, oportunidades e vantagens competitivas em cada eixo temático. Essas reflexões são essenciais para formular políticas públicas que promovam um sistema de CT&I orgânico, robusto, inovador e inclusivo. As recomendações visam não apenas enfrentar os desafios atuais, mas também capitalizar as oportunidades e alavancar as vantagens competitivas do Brasil no cenário global

Considerações

finais e recomendações

Eixo 1: Recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

A reestruturação , expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI) são essenciais para garantir um ambiente propício ao desenvolvimento científico e tecnológico do país O modelo atual do SNCTI requer uma revisão para incorporar novos atores e permitir a descentralização do sistema Além disso, a sustentabilidade financeira é um desafio constante que necessita de abordagens inovadoras e fluxos contínuos de financiamento

Recomendações

1. Revisão do SNCTI

Implementar uma revisão do modelo atual do SNCTI, inserindo novos atores, como os institutos privados de pesquisa e desenvolvimento, e promovendo uma governança mais moderna e um modelo de gestão mais inclusivo e eficiente.

2. Financiamento sustentável

Desenvolver novas modalidades de financiamento, incluindo parcerias público-privadas, para assegurar um fluxo contínuo de recursos para CT&I

3. Formação e retenção de talentos

Criar e fortalecer programas de formação de talentos em todos os níveis educacionais, com foco na educação científica de qualidade desde a base até a pós-graduação.

4. Redes de colaboração

Estabelecer fóruns e comitês permanentes para fomentar a colaboração entre setores público, privado e a sociedade civil, visando à integração e eficiência das políticas de CT&I.

Eixo 2: Reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas

A reindustrialização em novas bases é crucial para revitalizar a indústria nacional com foco na inovação e sustentabilidade. A criação de ecossistemas de inovação que incentivem a inovação e a colaboração entre academia e as empresas é fundamental para alcançar esses objetivos Além disso, é necessário capacitar gestores e criar políticas que incentivem práticas sustentáveis e a internacionalização das empresas

Recomendações

1. Ambientes de inovação

Desenvolver habitats de inovação e regulamentações que incentivem a colaboração e a transferência de tecnologia entre academia e indústria

2. Capacitação

Implementar programas de capacitação contínua em gestão da inovação e empreendedorismo, fortalecendo a cultura de inovação nas empresas públicas e privadas.

3. Incentivos fiscais

Criar incentivos fiscais e programas de apoio à exportação para promover a internacionalização e a competitividade das empresas brasileiras

4. Sustentabilidade

Incentivar práticas de economia verde e sustentabilidade ambiental, alinhando o crescimento econômico com a preservação ambiental.

Eixo 3: Ciência, tecnologia e inovação para programas e projetos estratégicos nacionais

A identificação e o fortalecimento de programas e projetos estratégicos nacionais são essenciais para a soberania e o desenvolvimento sustentável do Brasil. Áreas como saúde, agricultura, mudanças climáticas, energias renováveis e a economia do mar são prioritárias e requerem uma integração eficiente das políticas de CT&I com os objetivos estratégicos nacionais

Recomendações

1. Áreas estratégicas

Focar em áreas estratégicas prioritárias, promovendo o desenvolvimento tecnológico e a inovação em setores-chave para a soberania nacional

2. Arranjos produtivos regionais

Desenvolver arranjos produtivos regionais que integrem capacidades locais de pesquisa e desenvolvimento, gerando empregos e novas tecnologias.

3. Integração de políticas

Assegurar a integração das políticas de CT&I com os objetivos estratégicos nacionais, fortalecendo a capacidade do Brasil de enfrentar desafios globais

4. Desenvolvimento sustentável

Promover o desenvolvimento sustentável por meio da inovação em setores estratégicos, alinhando crescimento econômico e preservação ambiental.

5. Plano de Resposta Climática e Resiliência

Desenvolvimento de estratégias de longo prazo para monitorar dados naturais contínuos, desenvolver sistemas de alerta, acompanhar o desenvolvimento de infraestrutura básica de água, energia e urbanismo e comunicar de forma adequada, direta e centralizada a sociedade

Eixo 4: Ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social

A ciência, tecnologia e inovação (CT&I) têm um papel crucial no desenvolvimento social, promovendo a inclusão e democratização do acesso ao conhecimento científico. Assim, é essencial garantir que a CT&I beneficie todas as camadas da sociedade, especialmente as populações sub-representadas, por meio de políticas de educação científica e popularização da ciência.

Recomendações

1. Inclusão social

Promover a inclusão social e a democratização do acesso à ciência e tecnologia, garantindo que todos os segmentos da sociedade se beneficiem dos avanços em CT&I.

2. Educação científica

Implementar programas de educação científica desde a educação

básica, incentivando o interesse por ciência e tecnologia entre os jovens

3. Popularização da ciência

Criar programas de divulgação científica e centros de ciência itinerantes para levar atividades científicas a comunidades rurais e periféricas.

4. Portal de divulgação científica

Desenvolver um portal de divulgação científica que centralize informações sobre eventos, cursos e oportunidades na área de CT&I, tornando o conhecimento acessível a todos

Conclusão

As recomendações apresentadas são fruto de discussões durante a Conferência Regional Sul e refletem a necessidade de um novo sistema de CT&I robusto, inovador e inclusivo A implementação dessas recomendações é vital para a formulação de políticas públicas que promoverão o desenvolvimento socioeconômico sustentável do Brasil

Essas contribuições serão fundamentais para a nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2024-2030, a ser discutida na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

Conferências estaduais da Região Sul

Paraná

A 5ª Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Paraná

ocorreu nos dias 3 e 4 de abril de 2024, em Curitiba. Organizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, o evento reuniu representantes de diversas instituições públicas, privadas e da sociedade civil para discutir e elaborar propostas a serem levadas para a conferência nacional. O objetivo central foi promover a integração entre ciência, tecnologia e inovação (CT&I), estimulando a pesquisa e o desenvolvimento e práticas que impactem positivamente a realidade brasileira, com foco na justiça e no desenvolvimento sustentável.

Tendências emergentes

Eixo 1: Recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

Fortalecimento das universidades e institutos de pesquisa

A conferência destacou a importância das universidades e dos institutos de pesquisa no desenvolvimento de CT&I. As discussões apontaram para a necessidade de mais financiamento, estabilidade no fluxo de recursos e de mais autonomia para as instituições, visando aumentar a produção científica e tecnológica nacional.

Integração entre pesquisa e setores produtivos

Houve consenso sobre a importância de aproximar a pesquisa acadêmica dos setores produtivos A proposta de aprimorar os núcleos de inovação tecnológica nas universidades foi amplamente apoiada, com o intuito de facilitar a transferência de conhecimento e de tecnologia para o mercado

Desenvolvimento de políticas públicas sustentáveis

A formulação de políticas públicas sustentáveis que incentivem a inovação

foi considerada crucial para promover a pesquisa e a inovação de maneira integrada e contínua, com foco na sustentabilidade ambiental e social

Capacitação e retenção de talentos

O fortalecimento das universidades e dos institutos de pesquisa pode resultar na capacitação de novos talentos e na retenção de pesquisadores no país, evitando a fuga de cérebros.

Aumento da competitividade

A integração entre pesquisa e setores produtivos pode aumentar a competitividade das empresas brasileiras no cenário internacional, ao promover a inovação e a melhoria contínua de processos e produtos

Sustentabilidade

Políticas públicas sustentáveis podem assegurar que o crescimento tecnológico ocorra de maneira equilibrada, respeitando os limites ambientais e contribuindo para a justiça social.

Eixo 2: Reindustrialização em Novas Bases e Apoio à Inovação nas Empresas

Apoio à Inovação nas pequenas e médias empresas (PMEs)

A conferência destacou a importância da criação de mecanismos de apoio à inovação especificamente voltados para as PMEs. As propostas incluíram a facilitação de acesso a financiamentos e incentivos fiscais.

Digitalização e Indústria 4.0

A adoção de tecnologias digitais e de conceitos da Indústria 4 0 foi identificada como essencial para a reindustrialização A implementação de sistemas inteligentes e de automação foi vista como fundamental para aumentar a eficiência e a competitividade das indústrias brasileiras.

Parcerias Público-Privadas (PPP)

As PPPs foram apontadas como uma estratégia eficaz para fomentar a inovação industrial. Dessa forma, incentivar a colaboração entre o setor público e o privado pode acelerar o desenvolvimento e a implementação de novas tecnologias.

Modernização industrial

A digitalização e a adoção de tecnologias avançadas podem modernizar a indústria nacional, tornando-a mais eficiente e competitiva globalmente

Desenvolvimento regional

O apoio às PMEs e às PPPs podem promover o desenvolvimento econômico regional, criando empregos e estimulando a economia local.

Sustentabilidade Ambiental

A inovação nas empresas pode levar a uma economia mais sustentável, com práticas industriais mais eficientes e menos danosas ao meio ambiente.

Eixo 3: Ciência, Tecnologia e Inovação para Programas e Projetos Estratégicos Nacionais

Fomento a projetos estratégicos nacionais

A conferência discutiu a importância de identificar e apoiar projetos estratégicos que possam alavancar o desenvolvimento nacional.

Biotecnologia, energias renováveis, mudanças climáticas e saúde foram áreas apontadas como prioritárias.

Incentivo à pesquisa aplicada

Incentivar a pesquisa aplicada é considerado um ponto central para transformar conhecimento em soluções reais para os desafios nacionais

Internacionalização da ciência brasileira

Promover a internacionalização da ciência brasileira, por meio de parcerias e de colaborações internacionais, foi identificado como outra tendência importante. A troca de conhecimentos e tecnologias com outros países pode fortalecer a CT&I no Brasil.

Tecnologias avançadas

O fomento a projetos estratégicos pode acelerar o desenvolvimento de tecnologias avançadas, colocando o Brasil na vanguarda em áreas-chave como biotecnologia e energias renováveis

Melhoria da qualidade de vida

Projetos estratégicos voltados para a saúde e áreas relacionadas podem resultar em melhorias significativas na qualidade de vida da população brasileira.

Competitividade global

A internacionalização da ciência pode aumentar a competitividade do Brasil no cenário global, promovendo a inovação e a troca de conhecimentos

Eixo 4: Ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social

Inovação social

A conferência enfatizou a importância da inovação social, com foco no desenvolvimento de tecnologias que promovam a inclusão e o bem-estar social. Entre as propostas, o desenvolvimento de tecnologias assistivas e de soluções para problemas sociais.

Educação e inclusão digital

A educação e a inclusão digital foram identificadas como prioridades para o desenvolvimento social, a partir da formação de cidadãos aptos a utilizar

e a desenvolver tecnologias

Descentralização da ciência e tecnologia

A descentralização da CT&I, levando inovação para todas as regiões do estado e não apenas para os grandes centros urbanos, foi tida como importante para promover o desenvolvimento equitativo.

Inclusão social

A inovação social pode promover a inclusão de diversos grupos, aumentando o acesso a tecnologias e melhorando a qualidade de vida de populações vulneráveis

Desenvolvimento educacional

A inclusão digital e a educação de qualidade em CT&I podem formar uma nova geração de cidadãos capacitados, prontos para enfrentar os desafios do século XXI.

Equidade regional

A descentralização da ciência e tecnologia pode promover o desenvolvimento equitativo entre as regiões, reduzindo as disparidades e impulsionando as economias locais

Conclusão

As discussões na 5ª Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Paraná destacaram tendências emergentes que podem moldar o futuro da CT&I no Brasil A ênfase no fortalecimento das instituições de pesquisa, no apoio à inovação nas empresas, no incentivo a projetos estratégicos e na promoção do desenvolvimento social demonstra um compromisso com o progresso sustentável e inclusivo As contribuições da conferência são fundamentais para orientar as políticas públicas e estratégias que serão debatidas na 5ª CNCTI, visando construir um Brasil mais justo, inovador e competitivo

Considerações finais e recomendações

Eixo 1: Recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

Recomendações

1. Financiamento sustentável e continuado

Estabelecer mecanismos de financiamento sustentáveis e continuados para instituições de pesquisa e universidades, garantindo a estabilidade necessária para o desenvolvimento de projetos de longo prazo. Criar novos fundos específicos para CT&I, com alocação de recursos prevista em lei.

2. Autonomia institucional

Aumentar a autonomia das instituições de ensino superior e de pesquisa, permitindo maior flexibilidade na gestão de recursos e na definição de prioridades de pesquisa, facilitando a rápida adaptação às demandas emergentes e às oportunidades de inovação.

3. Incentivo à colaboração interinstitucional

Promover a colaboração entre universidades, institutos de pesquisa e o setor privado por meio de programas e projetos conjuntos, do compartilhamento de infraestrutura e do intercâmbio de pesquisadores Facilitar a criação de redes de pesquisa temáticas e regionais

4. Capacitação e formação de recursos humanos

Investir na capacitação e formação contínua de recursos humanos qualificados em CT&I, a partir de programas de bolsas de estudo, de treinamentos avançados e de intercâmbios internacionais Incentivar a participação em cursos de pós-graduação e em programas de atualização tecnológica

Eixo 2: Reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas

Recomendações

1. Fomento à inovação nas PMEs

Desenvolver políticas específicas de incentivo à inovação nas pequenas e médias empresas (PMEs), incluindo subsídios, créditos facilitados e incentivos fiscais Criar programas de apoio técnico e consultoria para implementação de inovações tecnológicas

2. Adoção de tecnologias avançadas

A partir de incentivos fiscais, financiamentos a baixo custo e programas de capacitação, estimular a adoção de tecnologias avançadas, como a Indústria 4 0, Internet das Coisas (IoT) e inteligência artificial Promover a digitalização e a automação dos processos industriais

3. Parcerias público-privadas

Fortalecer as parcerias público-privadas (PPP) para o desenvolvimento de projetos inovadores, facilitando a cooperação entre o setor público, a academia e as empresas. Estabelecer marcos regulatórios claros e incentivos para a realização de PPPs em CT&I.

4. Infraestrutura de inovação

Investir na criação e manutenção de infraestrutura de inovação, como parques tecnológicos, incubadoras de empresas e centros de pesquisa aplicada Facilitar o acesso das empresas a essas infraestruturas para promover o desenvolvimento de novos produtos e serviços.

Eixo 3: Ciência, tecnologia e inovação para programas e projetos estratégicos nacionais

Recomendações

1. Identificação de projetos estratégicos

Realizar mapeamentos periódicos para identificar áreas e projetos estratégicos que possam impulsionar o desenvolvimento nacional Priorizar áreas como biotecnologia, energias renováveis, mudanças climáticas, saúde e defesa

2. Apoio à pesquisa aplicada

Incentivar a pesquisa aplicada com foco em resultados práticos e em soluções inovadoras para desafios nacionais. Criar programas específicos de financiamento para projetos de pesquisa aplicada, com avaliações periódicas de impactos e de resultados

3. Fortalecimento da cooperação internacional

Promover a cooperação internacional em CT&I, a partir de acordos bilaterais e multilaterais, de programas de intercâmbio e de projetos conjuntos. Facilitar a participação de pesquisadores brasileiros em redes internacionais de pesquisa e inovação.

4. Incentivo à propriedade intelectual

Incentivar a proteção da propriedade intelectual resultante de pesquisas e desenvolvimento e inovações nacionais Outro ponto é desenvolver políticas de apoio à patenteação e à comercialização de tecnologias, incluindo assistência jurídica e financeira para pesquisadores e empresas inovadoras.

Eixo 4: Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Social

Recomendações

1. Inovação social

Fomentar a inovação social, com foco no desenvolvimento de tecnologias que promovam a inclusão e o bem-estar social Criar programas de incentivo ao desenvolvimento de soluções tecnológicas para problemas sociais, abrangendo áreas como saúde, educação e habitação

2. Educação e inclusão digital

Implementar programas de educação e de inclusão digital para capacitar a população a utilizar e desenvolver tecnologias. Promover a alfabetização digital desde o ensino básico e incentivar a formação de professores em tecnologias educacionais

3. Descentralização da CT&I

Descentralizar as iniciativas de CT&I, promovendo o desenvolvimento tecnológico em todas as regiões do país, incluindo áreas rurais e periféricas. Criar incentivos para a instalação de centros de pesquisa e inovação em locais estratégicos fora dos grandes centros urbanos.

4. Participação da sociedade civil

Estimular a participação ativa da sociedade civil no desenvolvimento e na implementação de políticas de CT&I Promover fóruns e conselhos consultivos que incluam representantes de diversos segmentos sociais, para garantir que as políticas atendam às necessidades da totalidade da população.

Conclusão

As recomendações apresentadas refletem um compromisso com o fortalecimento e a expansão do sistema nacional de CT&I, a promoção da

reindustrialização baseada em novas tecnologias, o apoio a projetos estratégicos nacionais e a utilização da ciência e tecnologia para promover o desenvolvimento social A implementação dessas recomendações pode contribuir significativamente para o avanço da ciência, tecnologia e inovação no Brasil, contribuindo para que seja um país mais justo, sustentável e competitivo.

Rio Grande do Sul

A Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio Grande do Sul, realizada em 7 de março de 2024, na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), em Porto Alegre, teve como objetivo principal enriquecer a pauta da conferência nacional, a ser realizada em Brasília Organizada pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT) do Rio Grande do Sul e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS), a conferência reuniu 155 participantes de 68 instituições As discussões foram estruturadas em torno de quatro eixos temáticos principais, que abordam tópicos como a recuperação e expansão do sistema de CT&I, a reindustrialização e o apoio à inovação, projetos estratégicos nacionais e o desenvolvimento social

Este relatório sintetiza as principais contribuições da conferência do Rio Grande do Sul para cada um dos eixos temáticos, destacando as tendências emergentes e suas potenciais implicações para o campo da CT&I.

Tendências emergentes

Eixo 1: Recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

Fortalecimento da colaboração entre universidades e empresas

A integração entre universidades e empresas foi destacada como essencial para o fortalecimento do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e

Inovação (SNCTI) A colaboração visa não apenas impulsionar a pesquisa aplicada e a inovação tecnológica, mas também promover a formação de profissionais altamente qualificados

Desenvolvimento de infraestrutura e capacitação técnica

Entre os pontos ressaltados, a necessidade de investimentos contínuos em infraestrutura laboratorial e a capacitação de pessoal técnico qualificado, com propostas que incluem a criação de carreiras específicas para a gestão de laboratórios e o desenvolvimento de políticas de compartilhamento de recursos.

Planejamento estratégico de longo prazo

A implementação de um planejamento estratégico alinhado com políticas de longo prazo foi considerada fundamental para a consolidação do SNCTI Isso inclui políticas orientadas por missões de longo prazo que promovam uma infraestrutura mais sólida e eficiente

Aumento da competitividade

O fortalecimento da colaboração entre universidades e empresas pode aumentar a competitividade de ambas, promovendo a inovação e desenvolvimento tecnológico.

Melhoria na qualidade da pesquisa

Investimentos em infraestrutura e em capacitação técnica podem elevar a qualidade das pesquisas realizadas, contribuindo para avanços significativos em diversas áreas do conhecimento

Sustentabilidade do sistema de CT&I

Um planejamento estratégico de longo prazo pode garantir a sustentabilidade do sistema de CT&I, proporcionando uma base sólida para futuras inovações e descobertas científicas.

Mudanças Climáticas

Necessidade crescente de investimentos e planejamento na área de

resiliência nas cidades e regiões afetadas pelas consequências das mudanças climáticas, tanto do ponto de vista social como econômico

Eixo 2: Reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas

Inovação sustentável

Empresas como a Braskem destacaram a importância da inovação e do desenvolvimento tecnológico focados em soluções ambientalmente sustentáveis, como a economia circular e a neutralidade de carbono

Integração academia-indústria

A promoção de parcerias estratégicas e colaborativas entre empresas e instituições acadêmicas foi enfatizada. A criação de unidades de pesquisa em empresas de tecnologia foi sugerida para facilitar a colaboração e a transferência de conhecimento.

Instrumentos de fomento à inovação

A necessidade de uma regulamentação eficaz dos instrumentos de fomento existentes e a criação de novos mecanismos de apoio foram discutidas Exemplos incluem programas de startups e incentivos fiscais estratégicos

Desenvolvimento sustentável

Focar em soluções sustentáveis pode posicionar as empresas brasileiras como líderes em inovação ambientalmente responsável, atraindo investimentos e criando novas oportunidades de mercado.

Aprimoramento das capacidades tecnológicas

A integração entre academia e indústria pode resultar em avanços tecnológicos significativos, melhorando processos produtivos e aumentando a competitividade das empresas brasileiras

Ambiente favorável à inovação

Instrumentos de fomento bem regulamentados e incentivos fiscais podem criar um ambiente propício para o surgimento e o crescimento de startups e empresas inovadoras, impulsionando o desenvolvimento econômico.

Ecossistemas de Inovação

Estimular a criação e o desenvolvimento dos ecossistemas de inovação (como Parques Científicos e Tecnológicos, Hubs de Inovação e mecanismos de geração de empreendimentos) como instrumentos de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento socioeconômico e ambiental

Eixo 3: Ciência, tecnologia e inovação para programas e projetos estratégicos nacionais

Excelência na saúde

O Rio Grande do Sul foi destacado como um polo de excelência em pesquisa na área da saúde Para garantir a continuidade desse status, e seu avanço, são necessárias políticas de financiamento de médio e longo prazo

Avanços nas ciências agrárias

Desenvolver a ciência local e adaptar novas tecnologias às peculiaridades do Brasil foram aspectos ressaltados, tendo como propostas estratégias para intensificar a produção agropecuária sustentável e a comunicação eficaz com a sociedade.

Impactos das mudanças climáticas

As discussões abordaram os impactos das mudanças climáticas nas cidades e regiões afetadas pelas águas no Estado do RS, bem como a necessidade de desenvolvimento de estruturas voltadas a prevenir e mitigar os efeitos de enchentes e secas na região. Outros aspectos envolvem a exploração de recursos marinhos, inclusive considerando a proximidade do estado com a Antártica e o Atlântico Sul Nesse âmbito, a

cooperação internacional foi tratada como essencial

Avanços na saúde pública

Políticas de financiamento robustas podem garantir avanços contínuos na pesquisa em saúde, resultando em melhores tratamentos e tecnologias médicas.

Agropecuária sustentável

Inovações podem tornar a produção agropecuária mais sustentável do ponto de vista ambiental, beneficiando tanto a economia quanto o meio ambiente

Resiliência climática

Medidas para abordar os impactos das mudanças climáticas podem aumentar a resiliência das comunidades e das economias locais, promovendo segurança ambiental e desenvolvimento sustentável.

Eixo 4: Ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social

Disseminação do conhecimento científico

A importância de comunicar os resultados científicos de forma acessível e eficaz para diferentes segmentos da sociedade foi destacada. Para viabilizar essa disseminação, são necessários recursos financeiros adequados.

Interação entre ciência e sociedade

A relação entre a ciência e a sociedade, incluindo a coprodução do conhecimento e a restauração da confiança na ciência, foi discutida E as universidades desempenham um papel crucial nesse processo

Relevância social da ciência

A ciência deve abordar questões socialmente e ambientalmente importantes, como segurança alimentar e mudanças climáticas, por meio de um diálogo contínuo com a indústria e as organizações sociais.

Maior engajamento público

A disseminação eficaz do conhecimento científico pode aumentar o engajamento e a confiança do público na ciência, o que resultaria em uma sociedade mais informada e mais participativa

Soluções para desafios sociais

A ciência orientada para questões sociais pode oferecer soluções práticas para desafios como a segurança alimentar e as mudanças climáticas, melhorando a qualidade de vida.

Fortalecimento da ciência na sociedade

A interação contínua entre ciência e sociedade pode fortalecer o papel da ciência como um pilar essencial para o desenvolvimento social e econômico sustentável

Conclusão

As contribuições da conferência do Rio Grande do Sul destacam a importância de um sistema de CT&I robusto e integrado para o desenvolvimento sustentável do Brasil. As tendências emergentes identificadas em cada eixo temático apontam para a necessidade de uma colaboração contínua entre academia, indústria, governo e sociedade civil Dessa forma, será possível promover inovações tecnológicas e científicas que atendam às necessidades e desafios atuais e futuros As recomendações apresentadas na conferência são insumos valiosos para a 5ª CNCTI, contribuindo para a formulação de políticas públicas eficazes e a consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

Considerações finais e recomendações

Eixo 1: Recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

Recomendações

1. Fortalecimento da infraestrutura de pesquisa

Instituir carreiras específicas para a gestão de laboratórios, visando a profissionalização e especialização na administração dessas estruturas. Outro ponto é desenvolver políticas de compartilhamento de recursos laboratoriais entre instituições de ensino e de pesquisa para otimizar o uso das infraestruturas existentes. E, paralelamente, melhorar a administração financeira de projetos de pesquisa por meio de um planejamento estratégico de longo prazo, de modo alinhado com políticas de missão de longo prazo.

2. Formação de recursos humanos qualificados

Implementar programas de formação contínua desde o Ensino Médio até a pós-graduação, com financiamento garantido para suprir a demanda por profissionais qualificados. Além disso, estimular a interdisciplinaridade nos programas de pós-graduação, alinhando-os com o Plano Nacional de Pós-Graduação para formar profissionais versáteis e adaptáveis.

3. Transferência de tecnologia e propriedade intelectual

Fortalecer os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) para promover a inovação e a transferência de tecnologia para o setor empresarial e a sociedade De forma complementar, desenvolver políticas que incentivem a colaboração entre instituições de pesquisa, universidades e empresas, facilitando a transferência de conhecimento

4. Atualização do arcabouço legal

Atualizar o Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação para garantir a coerência e a continuidade das práticas e dos processos,

de modo a facilitar a inovação Também é necessário manter eventos como a Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação como parte integrante do arcabouço legal, fornecendo um espaço essencial para discussões e colaborações.

Eixo 2: Reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas

Recomendações

1. Promoção da colaboração academia-indústria

Estabelecer parcerias estratégicas e colaborativas entre empresas e instituições acadêmicas, incentivando a cocriação de soluções inovadoras. Outro ponto importante é reconhecer a expertise e o papel dos mestres e dos doutores na pesquisa e desenvolvimento, promovendo regulamentações que facilitem sua integração com o setor produtivo. Em adição, incentivar a transferência de conhecimento e tecnologia por meio de redes de cooperação, programas de intercâmbio e projetos conjuntos de pesquisa.

2. Instrumentos de fomento à inovação

Adotar uma abordagem abrangente e inclusiva, envolvendo todos os atores relevantes, como governos, empresas, academia e sociedade civil, além de customizar políticas e programas conforme as características e necessidades específicas de cada região, reconhecendo suas particularidades e potenciais. É necessário, ainda, valorizar e fortalecer os ecossistemas de inovação locais, criando ambientes propícios ao surgimento e ao crescimento de startups e empresas inovadoras.

3. Investimentos empresariais em inovação

Estimular o empreendedorismo e a internacionalização das empresas, oferecendo incentivos fiscais e programas de apoio à exportação Isso seria facilitado com o desenvolvimento de um ambiente regulatório claro e favorável aos negócios, com

procedimentos simplificados e incentivo a parcerias entre os setores público e privado Igualmente importante é encorajar a diversificação da base produtiva, identificando e explorando nichos de mercado promissores para impulsionar a competitividade das empresas, nacional e globalmente.

Eixo 3: Ciência, tecnologia e inovação para programas e projetos estratégicos nacionais

Recomendações

1. Fortalecimento da cultura científica

Promover a interação universidade-empresa como um meio de impulsionar a inovação e o desenvolvimento tecnológico. Em adição, legitimar a ciência, a tecnologia e a inovação perante a sociedade, aumentando a compreensão e valorização das contribuições científicas.

2. Políticas de financiamento de longo prazo

Implementar políticas de financiamento de médio e longo prazo para garantir a manutenção e a expansão de programas estratégicos nacionais. Além disso, regularizar e incentivar a compra pública de novas tecnologias geradas no ambiente acadêmico, de modo a estimular a inovação.

3. Parcerias e cooperação internacional

Aproveitando a proximidade geográfica e as conexões do Brasil com regiões estratégicas, fortalecer a cooperação internacional em áreas como mudanças climáticas e exploração de recursos marinhos E para promover um ambiente de inovação colaborativa, incentivar a aproximação das pesquisas básicas das pesquisas multidisciplinares tecnológicas aplicadas.

4. Plano de Resposta Climática e Resiliência

Desenvolvimento de estratégias de longo prazo para monitorar dados naturais contínuos, desenvolver sistemas de alerta, acompanhar o desenvolvimento de infraestrutura básica de água, energia e urbanismo e comunicar de forma adequada, direta e centralizada a sociedade.

Eixo 4: Ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social

Recomendações

1. Disseminação do conhecimento científico

Priorizar recursos financeiros para a disseminação do conhecimento científico em diferentes segmentos da sociedade, tornando os resultados das pesquisas mais acessíveis. Indicar nos projetos de pesquisa sua aplicabilidade e potencial impacto, detalhando quem será beneficiado e como será implementado, é outro ponto que merece atenção

2. Relevância social da ciência

Por meio de diálogo e colaboração com outros agentes, incluindo a indústria e organizações sociais, é possível fortalecer o papel da ciência em questões socialmente importantes, como segurança alimentar e mudanças climáticas. Para aprimorar a comunicação e a disseminação do conhecimento científico, de modo a alcançar a sociedade de maneira eficaz, é necessário também garantir que pesquisadores de alto nível continuem exercendo seu papel

3. Interação entre ciência e sociedade

Promover uma coprodução entre ciência e sociedade, restaurando a confiança na ciência e, nesse processo, destacar o papel das universidades. Além disso, adotar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) como uma agenda para orientar as ações das ciências sociais e demais áreas do conhecimento.

Conclusão

As recomendações delineadas durante a conferência Rio Grande do Sul destacam a importância de um sistema robusto e integrado de CT&I para o desenvolvimento sustentável do Brasil. A implementação dessas recomendações pode proporcionar avanços significativos nas áreas de inovação, de infraestrutura e de formação de recursos humanos Isso a partir da colaboração entre diversos atores, promovendo uma sociedade mais inovadora, competitiva e preparada para os desafios futuros As diretrizes aqui apresentadas servirão como base para a formulação de políticas públicas e estratégias que serão discutidas na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

Santa Catarina

A 7ª Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (CECTI) de Santa Catarina ocorreu em Florianópolis em 3 de abril de 2024 Esse evento, parte integrante das preparações para a conferência nacional, reuniu representantes das quatro hélices da inovação: governo, academia, empresas e sociedade civil O objetivo central foi desenvolver propostas que contribuam para a recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI), alinhando-se aos quatro eixos temáticos da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação As principais tendências emergentes identificadas em cada eixo temático são analisadas a seguir

Tendências emergentes

Eixo 1: Recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

Integração e modernização de infraestruturas

A criação de um portal único para informações sobre ciência, tecnologia e inovação e a formação de um sistema estadual de governança para CTI foram propostas destacadas. Essas iniciativas visam modernizar e unificar a infraestrutura existente, facilitando o acesso a recursos e promovendo a otimização dos processos de pesquisa e desenvolvimento.

Capacitação de recursos humanos

A capacitação de professores e a qualificação na educação básica foram temas recorrentes Estratégias focadas no desenvolvimento de habilidades em ciências exatas e raciocínio lógico buscam ampliar a base de talentos qualificados, essenciais para o avanço científico e tecnológico

Redução de assimetrias regionais

A criação de observatórios estaduais de CTI e estratégias voltadas para a gestão de recursos hídricos pretendem equalizar o acesso às oportunidades de CTI, promovendo uma distribuição equitativa de recursos e capacidades em todo o território nacional.

Fomento à pesquisa e inovação

Iniciativas para incrementar o fluxo estável de recursos financeiros para a pesquisa científica, básica e aplicada, foram enfatizadas Propostas de parcerias entre os setores público, privado e acadêmico visam fortalecer a formação técnico-profissional, crucial para a inovação contínua

Sustentabilidade e impacto ambiental

Desenvolver estratégias de bioeconomia e de diplomacia científica, bem como enfrentar as mudanças climáticas, foram pontos tratados como essenciais para garantir a sustentabilidade e o uso responsável dos recursos naturais, alinhando-se aos objetivos nacionais de desenvolvimento sustentável.

Eixo 2: Reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas

Ambientes de inovação

Investimentos em ecossistemas de inovação (como Centros de Inovação e Parques Científicos e Tecnológicos) foram propostos para fomentar o desenvolvimento de novas empresas inovadoras. A formação de lideranças inovadoras é vista como crucial para estimular a reindustrialização e promover a competitividade industrial, tanto nos ambientes de inovação como empresariais.

Sustentabilidade Ambiental dos negócios

Propostas para fomentar a ciência, tecnologia e inovação em empreendimentos empresariais sustentáveis foram destaques A integração de práticas sustentáveis ao desenvolvimento industrial é vista como fundamental para atender aos Objetivos de Desenvolvimento

Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU)

Colaboração intersetorial

A criação de redes interorganizacionais e a sinergia entre diferentes atores do ambiente de inovação são incentivadas para promover a colaboração entre instituições acadêmicas, empresas e governo, facilitando projetos conjuntos inovadores.

Eixo 3: Ciência, tecnologia e inovação para programas e projetos estratégicos nacionais

Infraestrutura tecnológica sustentável

Desenvolver programas de infraestrutura tecnológica rural e pesqueira visa reduzir a vulnerabilidade em cadeias produtivas estratégicas, com ênfase em energia, saúde e alimentação, promovendo o desenvolvimento sustentável regional.

Reestruturação do modelo educacional

Modernizar os os processos de ensino e aprendizagem com métodos científicos e fortalecer as competências digitais desde a educação básica até a pós-graduação, passando pela educação continuada, foram temas centrais, preparando a população para a economia digital globalizada.

Energia renovável e cibersegurança

Iniciativas para investir em independência energética renovável e desenvolver tecnologias de cibersegurança foram destacadas Esses investimentos são fundamentais para garantir a segurança nacional e a gestão eficaz de recursos e territórios

Eixo 4: Ciência, tecnologia e Inovação para o desenvolvimento social

Fortalecimento do terceiro setor

Iniciativas para integrar e fortalecer o terceiro setor no sistema de CTI foram propostas, abordando a sustentabilidade financeira e infraestrutura, além de ampliar o apoio da ciência na formulação e avaliação de políticas públicas

Inclusão e equidade

Garantir a participação ativa de comunidades diversas, especialmente grupos socialmente excluídos, e promover a equidade de gênero na CTI são prioridades. Propostas para implementar programas educativos que enfatizem democracia, equidade e não discriminação visam cultivar uma cultura inclusiva no ambiente de CTI.

Empreendedorismo social

Fomentar negócios de impacto socioambiental e promover a formação empreendedora em comunidades vulneráveis utilizam a CTI como ferramenta para melhorar as condições econômicas e sociais dessas áreas, promovendo justiça social e sustentabilidade.

Conclusão

As propostas elaboradas na conferência de Santa Catarina refletem um compromisso com a inovação e sustentabilidade, alinhando-se aos objetivos nacionais de CTI. As tendências emergentes destacam a importância da integração e modernização de infraestruturas, capacitação de recursos humanos, redução de assimetrias regionais, fomento à pesquisa e inovação, sustentabilidade industrial, colaboração intersetorial, desenvolvimento de infraestrutura tecnológica sustentável, reestruturação educacional, energia renovável, cibersegurança, fortalecimento do terceiro setor, inclusão, equidade e empreendedorismo social Essas iniciativas visam não apenas atender às necessidades regionais, mas também contribuir significativamente para a ciência, tecnologia e inovação, impactando positivamente o desenvolvimento econômico e social do Brasil

Considerações finais e recomendações

Eixo 1: Recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

Recomendações

1. Integração e modernização

Criar um portal unificado que centralize informações sobre ciência, tecnologia e inovação, facilitando o acesso a dados e recursos Outro ponto seria consolidar um sistema de governança que integre todos os níveis de gestão em CTI, promovendo a eficiência e a coesão das políticas públicas

2. Capacitação de recursos humanos

Para melhorar a qualidade do ensino básico, é importante implementar programas de capacitação para professores nas áreas de ciências exatas e tecnologias. A educação básica em CTI também deve ser estimulada, com o desenvolvimento de metodologias que

incentivem o raciocínio lógico e o interesse por ciências desde os primeiros anos escolares

3. Redução de assimetrias regionais

Estabelecer observatórios estaduais para monitorar e promover a equidade no acesso às oportunidades de CTI Em complemento, desenvolver estratégias específicas para a gestão eficiente dos recursos hídricos, integrando ciência e tecnologia na resolução de problemas locais

4. Fomento à pesquisa e inovação

Ampliar o fluxo de recursos financeiros destinados à pesquisa científica básica e aplicada por meio de editais específicos é um dos caminhos para incrementar esse campo. Fortalecer as parcerias entre setor público, privado e acadêmico são também um caminho para fomentar a inovação e a formação técnico-profissional.

5. Sustentabilidade e impacto ambiental

Desenvolver estratégias de bioeconomia e diplomacia científica para enfrentar os desafios das mudanças climáticas, além de formular políticas voltadas para o enfrentamento desse quadro e para a promoção do desenvolvimento sustentável.

Eixo 2: Reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas

Recomendações

1. Ambientes de inovação

Investir em ecossistemas de inovação que facilitem a inovação por meio de espaços colaborativos que estimulem novas ideias e o desenvolvimento de uma nova geração de lideranças inovadoras E, também, instituir mecanismos de apoio financeiro para empreendimentos sustentáveis e inovadores, alinhados aos

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU

2. Sustentabilidade Ambiental nos negócios

Ao estimular a integração da sustentabilidade ao desenvolvimento industrial, são incentivadas práticas que reduzem o impacto ambiental

3. Colaboração intersetorial

Estimular a criação de redes que promovam a sinergia entre diferentes atores do ecossistema de inovação, incrementando a colaboração entre instituições acadêmicas, empresas e governo para o desenvolvimento de projetos conjuntos. Outra forma de tornar o ambiente mais propício para a inovação é integrar e otimizar os instrumentos de fomento, como encomendas tecnológicas e leis de incentivo.

Eixo 3: Ciência, tecnologia e inovação para programas e projetos estratégicos nacionais

Recomendações

1. Infraestrutura tecnológica sustentável

Desenvolver programas que reduzam a vulnerabilidade em cadeias produtivas estratégicas, como a rural e a pesqueira, com foco em energia, saúde e alimentação. Também é fundamental investir na independência energética renovável, para reduzir emissões de carbono e promover uma economia verde.

2. Reestruturação do modelo educacional

Reformar os processos educacionais de modo a incluir métodos científicos e fortalecer as competências digitais, desde a educação básica até a pós-graduação, passando pela educação continuada, preparando a população para a economia digital globalizada

3. Pesquisa e desenvolvimento

Criar políticas de estado para o fomento à pesquisa básica e ao desenvolvimento sócioeconômico ambiental, promovendo a autonomia científica e tecnológica; incentivar o desenvolvimento de biotecnologia para defesa sanitária e tecnologias de cibersegurança, essenciais para a segurança nacional.

Eixo 4: Ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social

Recomendações

1. Fortalecimento do terceiro setor

Promover a sustentabilidade financeira e a infraestrutura necessária para integrar e fortalecer a atuação do terceiro setor no sistema de CTI. Além disso, desenvolver um sistema robusto para avaliar políticas públicas de CTI voltadas ao desenvolvimento social, garantindo transparência e eficácia.

2. Inclusão e equidade

É preciso garantir a participação ativa das comunidades em projetos de CTI, especialmente dos grupos socialmente excluídos, assim como promover a equidade de gênero, assegurando o protagonismo de mulheres e meninas em todas as esferas

3. Empreendedorismo social

Fomentar negócios de impacto socioambiental que promovam a segurança alimentar e a erradicação da fome, integrando práticas sustentáveis e tecnologia. Também é indispensável incentivar a formação empreendedora e o desenvolvimento de negócios de impacto social em comunidades vulneráveis, utilizando a CTI como ferramenta de transformação

Conclusão

As recomendações elaboradas durante a conferência de Santa Catarina visam promover um ambiente propício para o desenvolvimento científico e tecnológico, com ênfase na sustentabilidade, na inclusão e na inovação As ações propostas buscam fortalecer o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, de modo alinhado aos objetivos estratégicos nacionais, para promover o desenvolvimento equilibrado e sustentável em todas as regiões do Brasil

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