Revista Mercado Empresarial - Mecânica 2010

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Pesquisa mostra que 30% das MPEs compram ou vendem pela internet Pesquisa divulgada em março último pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) revela que cerca de 30% das micro e pequenas empresas da capital paulista já compram ou vendem pela internet. O número ainda é muito baixo em relação às grandes empresas, principalmente as redes de varejo, que concentram boa parte de suas operações de venda pela internet. Segundo a e-bit, empresa especializada em comércio eletrônico, as vendas online somaram R$ 10,6 bilhões em 2009 no Brasil, alta de 30% em relação ao ano anterior. A pesquisa, concluída em janeiro de 2010, realizou 500 entrevistas com gestores de empresas de todos os segmentos na cidade de São Paulo. O maior As vendas online percentual de empresas que fazem negócios pela rede é no setor industrial, que também somaram R$ 10,6 lidera o item de vendas on-line (135). Os bilhões em 2009 no segmentos de serviços e comércio atacadista Brasil, alta de 30% representam 16% e 15%, respectivamente. em relação ao ano Dos 70% que não realizam negócios pela anterior internet, cerca de 47% declarou que não o fazem por falta de necessidade de usar este canal. Apenas 19% admitem falta de estrutura e conhecimento para utilizar as ferramentas de comércio eletrônico. A superintendente de marketing da Associação Comercial, Sandra Turchi, desconfia dessas respostas. “Muitos entrevistados dizem que não se interessam pela internet por total desconhecimento de como usar a ferramenta, mas não querem admitir na pesquisa”, diz. A pesquisa mostra também que 60% das empresas que fazem negócios pela rede mundial de computadores tem loja

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virtual e 64% das compras são de pessoa jurídica (B2B). Além disso, 60% dizem ter site próprio. Das que têm site próprio, 67% possuem há mais de 3 anos e 46% renovaram seus sites nos últimos seis meses. Do total de empresas pesquisadas, 11% declararam vender pela internet. Das empresas que fazem e-commerce, a logística mais utilizada, além da própria empresa (15%), são os Correios (15%). Para o coordenador nacional da Câmara-e.net, Gerson Rolim, o comércio eletrônico nas micro e pequenas empresas tem crescido 30% por ano nos últimos cinco anos. “Se pensarmos na projeção da Anatel para 2018 de que a banda larga passará de 10 milhões para 140 milhões de usuários, temos aí o tamanho do mercado possível de e-commerce”.

Selo de Segurança

A Associação Comercial e a Câmara.Net deverão, até meados de julho, lançar um selo de segurança para aumentar a credibilidade dos negócios de micro e pequenas empresas na internet. Para Sandra Turchi, a ideia é que, para conquistar o selo, os pequenos negócios observem critérios como formas de pagamento, meios de atendimento, logística, hospedagem, certificação do servidor e legalização da empresa. “Estamos discutindo esse selo há mais de três meses e procuramos a Fundação Vanzolini, que tem experiência no assunto para nos auxiliar. A ideia é ter um selo o mais desburocratizado possível para que as micro e pequenas empresas tenham acesso”, disse Sandra. Além do selo, Rolim afirmou que deverá ser criada em breve uma câmara arbitral de e-commerce para tentar resolver os conflitos de negócios na internet. Segundo ele, a Câmara-e.net e o Ministério Público Federal criaram um fórum de comércio eletrônico para debater um marco regulatório para a internet no Brasil.


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