Revista Mercado Empresarial - Mecânica 2010

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Especial Mecânica 2010

Distribuição gratuita

A revista do Anuário das Indústrias

Ano 5 - Edição nº 29 - Maio de 2010 Publicação

Acesse o portal:

Economia Indústria paulista supera os piores efeitos da crise

Gestão O desafio de formar profissionais qualificados

Meio Ambiente Fascículo 3: O aquecimento global

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS: setor se recupera, mas não alcança o desempenho pré-crise



editorial

mercado empresarial A revista do Anuário das Indústrias

Setor se recupera bem, mas não alcança o desempenho pré-crise

expediente Coordenação: Mariza Simão Diagramação: Lisia Lemes Arte: Vladimir A. Ramos, Ivanice Bovolenta, Cesar Souza, José Francisco dos Santos, José Luiz Moreira, Edmilson Mandiar, Gustavo Monreal. Redatora: Sonnia Mateu - MTb 10362-SP contato: sonniamateu@yahoo.com.br Colaboraram nesta edição: Vinícius Souza e João Lopes Distribuição: 28ª Feira Internacional da Mecânica Matriz: São Paulo - Rua Martins Fontes, 230 - Centro CEP 01050-907 - Tel.: (11) 3124-6200 - Fax: (11) 3124-6273 Filiais: Araçatuba - Rua Floriano Peixoto, 120 1º and. - s/ 14 - Centro - CEP 16010-220 - Tel.: (18) 3622-1569 Fax: (18) 3622-1309 Bauru - Centro Empresarial das Américas Av. Nações Unidas, 17-17 - s 1008/1009 - Vila Yara CEP 17013-905 - Tel.: (14) 3226-4098 / 3226-4068 Fax: (14) 3226-4046 Osasco - R. Natanael Tito Salmon, 365 - 2º and. sls 1 e 2 - Cep.: 06016-075 - Tels.: (11) 3682-2865 / 3683-7868 Piracicaba: Sisal Center: Rua 13 de Maio, 768, sl 53 - 5ª andar - Cep.: 13400-300 - Tel.: (19) 3432-1524 Fax.: (19) 3432-1434 Presidente Prudente - Av. Cel. José Soares Marcondes, 871 - 8º and. - sl 81 - Centro - CEP 19010-000 Tel.: (18) 3222-8444 - Fax: (18) 3223-3690 Ribeirão Preto - Rua Álvares Cabral, 576 -9º and. cj 92 - Centro - CEP 14010-080 - Tel.: (16) 3636-4628 Fax: (16) 3625-9895 Santos - Rua Leonardo Roitman, 27 - 4º and. cj 48 Santos - SP - CEP.: 11015-550 Tel.: (13) 3224-9326 / 3232-4763 São José do Rio Preto - Rua XV de Novembro, 3057 - 11º and. - cj 1106 - CEP 15015-110 Tel.: (17) 3234-3599 - Fax: (17) 3233-7419 O editor não se responsabiliza pelas opiniões expressas pelos entrevistados.

A

ssim como a intensidade com que a crise financeira global impactou diferentemente cada área da economia, da mesma forma a recuperação exige prazos diferenciados. O setor de máquinas e equipamentos como um todo teve uma retração da ordem de 20% de 2009 em relação a 2008, e sua recuperação vem se dando de forma ainda tímida. Conforme estimativas da Abimaq, a alta deveria ser de 25% em 2010, mas a previsão é de atingir entre 15% e 18%. Um dos principais gargalos do setor segue sendo o comércio exterior, devido a fatores como o câmbio depreciado e os entraves que compõem o ‘custo Brasil’ – o que faz as indústrias brasileiras perderem em competitividade. Outra questão importante é que aqui o investimento em pesquisa e desenvolvimento dos bens de capital é até mesmo menor do que a média de investimentos em P&D da indústria em geral. Por outro lado, fato alentador é que muitas empresas do setor “aproveitaram” a baixa do mercado no ano passado para melhorar a capacitação de seu pessoal. Uma retomada mais vigorosa do setor exigiria uma mudança mais forte em fatores como a taxa de câmbio, os juros internos e a carga tributária: sem isso não há como pensar em um crescimento mais robusto, especialmente na exportação de produtos industrializados e de bens de capital. Contudo, há um outro lado interessante: com a manutenção dos Finame – BNDES (PSI), a partir de agosto de 2009, com taxa de juros fixa de 4,5% até 30/06/2010 e de 5,5% até 31/12/2010, o setor continuará a ter um instrumento bastante competitivo para promover suas vendas em 2010. O maior evento do setor, a feira Mecânica 2010, de 11 a 15 de maio, em São Paulo, traz este ano um simpósio internacional, que debaterá exatamente os três pilares que permeiam o setor: economia, gestão/ inovação e tecnologia. A MERCADO EMPRESARIAL espera contribuir, com esta edição especial, para esse debate. Boa leitura!

Mercado Empresarial

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Panorama do setor

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Gestão

Ainda não é assim... um 2008!

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Cases & Cases

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Setor de máquinas e equipamentos se recupera bem da queda de 2009, mas não deve alcançar o desempenho pré-crise.

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Experiência e inovação movendo a indústria

Economia

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Petróleo e gás movimentarão US$ 195 bilhões até 2013

Indústria química associada ao ciesp atinge meta de 100% de reuso de água Lixo espacial torna-se preocupação internacional

Parnox - qualidade e alta tecnologia em fixadores de aço inox

Sustentabilidade

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Crédito verde promove projetos sustentáveis

Sustentabilidade em shoppings centers: um caminho sem volta

Comportamento

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Indústria prevê retomada das exportações

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Venda de carro zero bate recorde histórico

Rukava - marca consolidada no segmento de esteiras transportadoras

Dicas de leitura

Vitrine

Rolink dá dicas de manutenção de materiais rodantes

Fascículo Meio Ambiente - Vol. 3

Reimagine!

Qualidade

Pesquisa mostra que 30% das MPES compram ou vendem pela internet

Dicas

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Ligas de ferro com memória

Destaque

Indústria paulista supera os piores efeitos da crise

Mercado

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Brasileiros criam tecnologia inédita de texturização de metais

Meio ambiente

Evento

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O desafio de formar profissionais qualificados

70 Nesta edição:

Produtos e lançamentos do setor da construção

O Aquecimento Global



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panorama do setor

Ainda

não é

assim...

um 2008! D

izer que o finalzinho de 2008 e início 2009 foi um período de crise profunda para a maioria dos setores, seguido por meses de recuperação até um patamar de crescimento do PIB perto de zero, a essa altura do campeonato já não é qualquer novidade. Contudo, é preciso entender que além de intensidades de impacto diferentes em cada setor, a crise também exige agora prazos diferenciados de recuperação. Que o retorno tem vindo desde o final de 2009, não há dúvidas. Mas será suficiente para levar um setor importante como o de bens de capital de volta aos excelentes patamares de desenvolvimento de um 2008 pré-crise? Afinal, alguns dos incentivos fiscais dados a setores-chave para conter a queda nas vendas já foram retirados e outros devem seguir o mesmo caminho. Isso sem falar que os principais entraves que compõem o “custo Brasil” seguem inalterados e o câmbio depreciado continua penalizando os exportadores e tornando mais competitivos os produtos (inclusive máquinas e equipamentos) vindos do exterior e especialmente da China. >>

Setor de máquinas e equipamentos se recupera bem da queda de 2009, mas não deve sequer alcançar o desempenho atingido no ano anterior.


mercado empresarial

panorama do setor

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panorama do setor

Tipicamente, num ambiente de crise e medo de recessão, o primeiro corte nas empresas é o de novos investimentos, atingindo em cheio a indústria de bens de produção. Somente depois, são diminuídos os turnos e começam as dispensas e férias coletivas. No retorno, o foco fica na tentativa de máxima utilização de capacidade instalada. Em seguida são criados novos turnos e pode haver contratações. Já a compra de novas máquinas, ainda que o processo de pré-vendas e instalação seja Christian Arntsen, demorado, fica em geral para diretor de marketing da Starrett um terceiro momento... Se o faturamento real da indústria como um todo “A recuperação em nossa indústria, cresceu 11,3% em feveque fabrica ferramentas, instrumenreiro de 2010 em relação tos de medição e máquinas de serra ao mesmo mês de 2009, de fita, tem se dado de forma basultrapassando em 1% o tante tímida, ainda que comparando patamar anterior à crise, de com os baixos números de 2009” setembro de 2008, de acordo com os Indicadores Industriais da Confederação Nacional da Indústria – CNI, na indústria de base o cenário é outro. “Com relação ao setor de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura, o ano de 2009 foi marcado por um primeiro semestre lento, de baixa demanda, e um segundo semestre de recuperação, ainda que em níveis sensivelmente abaixo do ocorrido em 2008, manifestado principalmente pelo mercado

interno”, explica André Luís Romi, Presidente da câmara do setor (CSMF) na Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos). “Considerando uma previsão de crescimento do PIB de 5% para 2010, o setor acredita que há condições para um crescimento do faturamento do setor entre 5 e 10%, comparados com 2009, mas isso nos levará apenas a números de vendas próximos aos de 2007”. Para o setor de máquinas e equipamentos como um todo, a retração de 2009 em relação a 2008 foi da ordem de 20%. Para se recompor, segundo estimativa do presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, a alta deveria ser de 25% em 2010, mas a previsão da entidade cita números entre 15% e 18%. De acordo com os dados da entidade divulgados no final de fevereiro, os sub-setores com as quedas mais acentuadas de faturamento no ano passado foram os de máquinas gráficas (-83%), seguidos por máquinas-ferramentas (-53,6%) e bens sob encomenda (-34,1%), enquanto os que mais subiram foram máquinas para plásticos (32,8%) e válvulas (1,3%). “De fato, a recuperação em nossa indústria, que fabrica ferramentas, instrumentos de medição e máquinas de serra de fita, tem se dado de forma bastante tímida, ainda que comparando com os baixos números de 2009”, acrescenta o diretor de marketing da Starrett, Christian Arntsen. “Antes de começar a comprar novas máquinas, o mercado vai esgotar completamente a capacidade instalada, ao contrario do que ocorreu entre 2006 e 2008 quando nós mesmos aumentamos nosso parque industrial. Agora, enquanto uma indústria não estiver trabalhando em três turnos e contratando pessoal para poder utilizar os equipamentos que já possui 24 horas por dia, não vai investir em outros bens de capital”. Para Arntsen, as notícias de que a indústria já está chegando ao topo da capacidade são ilusórias. “Ainda estamos bem abaixo do pico de 2008”, afirma. “No ano passado, tivemos que cortar quase 20% de nossa mão-de-obra, além de reduzirmos turnos e jornada de trabalho, e estamos cautelosos quanto a novas contratações porque apesar da pequena melhoria nas vendas em janeiro, fevereiro e março, na verdade não sabemos se os nossos clientes estão realmente vendendo mais, ou apenas recompondo os estoques que caíram muito em 2009”. Arntsen cita ainda um aumento de salário de 7%, com impacto direto nos custos, conseguido pelo sindicato dos trabalhadores no dissídio da categoria em novembro último.


panorama do setor

mercado empresarial

Qualificando a mão-de-obra

Muitas empresas do setor, como a própria Starret, “aproveitaram” a baixa do mercado no ano passado para melhorar a capacitação de seu pessoal. “Com relação ao setor de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura, o setor é demandante de mão de obra qualificada, notadamente, nas áreas de engenharia mecânica, elétrica e eletrônica, gerenciamento de projetos, bem como de profissionais de produção como operadores de máquinas a comando numérico e ajustadores mecânicos e montadores”, acrescenta Romi. “Nos últimos anos, programas como os do SENAI e das Escolas Técnicas Estaduais e Federais tem investido e modernizado o seu parque de máquinas de maneira que, atualmente, estão atualizados e no estado da arte tecnológica”. De qualquer forma, um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea em março, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged e da Relação Anual de Informações Sociais – Rais, dá conta de que deverá haver uma oferta excedente de mão-deobra qualificada no setor industrial da ordem de 145,9 mil profissionais, mesmo com uma geração de vagas estimada em 300 mil novas ocupações na indústria. “O setor de máquinas e equipamentos foi um dos que mais sofreu com a crise econômica e uma retomada forte, apesar de ter havido alguma recuperação nos primeiros meses do ano, irá sofrer com a crônica falta de investi-

mento em pesquisa e desenvolvimento, causando impacto direto na capacidade inovativa”, analisa Bruno Araújo, pesquisador do Ipea. Bruno Araújo, “Tivemos um desmanche pesquisador do Ipea muito grande com a abertura comercial, ainda nos anos 1990, e a indústria nunca se “O setor de máquinas e equipamentos foi um recuperou totalmente, com dos que mais sofreu com a crise econômica o Brasil investindo mais em e uma retomada forte, apesar de ter havido indústrias com menor valor alguma recuperação nos primeiros meses agregado”. do ano, irá sofrer com a crônica falta de

Investimentos e tecnologia

investimento em pesquisa e desenvolvimento, causando impacto direto na capacidade inovativa”

Segundo ele, que deve publicar em breve um outro estudo pelo Instituto denominado “Determinantes da acumulação de conhecimento para inovação tecnológica nos setores industriais no Brasil Bens de Capital”, diferente de países como a Alemanha e a França, aqui se investe em pesquisa e desenvolvimento dos bens de capital até mesmo menos do que a média de investimentos em P&D da indústria em geral. “É uma pena, porque a inovação nessa área se difunde para muitos outros setores da economia”, diz. “E nunca é demais lembrar que o Brasil é um dos poucos entre os 20 maiores países do mundo que continua tributando o investimento em bens de capital, numa estimativa que chega a 16% do valor. Se a Petrobras comprar uma máquina na China, por exemplo, não paga imposto porque seu produto será utilizado para exportação, mas se comprar no mercado nacional é obrigada a pagar o ICMS, o que é um tiro no pé”.

Manuel Guimarães

Segundo as estatísticas da Abimaq referente ao setor de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura, temos o seguinte quadro:

André Luís Romi, Presidente da câmara do setor (CSMF) na Abimaq

“Nos últimos anos, programas como os do SENAI e das Escolas Técnicas Estaduais e Federais tem investido e modernizado o seu parque de máquinas de maneira que, atualmente, estão atualizados e no estado da arte tecnológica”

Especificação Períodos Var. % Jan-Nov/09 Jan-Nov/08 2009/08 1 - Faturamento Nominal (R$ milhões correntes) 445,77 969,43 -54 2 - Pedidos em Carteira (semanas para seu atendimento média do período) 21,03 24,14 -12,9 3- Nível de Utilização da Capacidade Instalada (média do período - %) 77,07 83,45 -7,6 4- Comércio Exterior de Máquinas e Equipamentos 4.1- Exportação brasileira (Total) (US$ milhões FOB) 161,45 211,75 -23,8 4.2 - Importação brasileira (Total) (US$ milhões FOB) 1069,26 1498,53 -28,6

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panorama do setor

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Comércio internacional do setor de bens de capital, 2000-2007 (US$ milhões)

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Importações

Saldo

Fonte: SECEX, elaboração própria da equipe do projeto.

Já para André Romi, da CSMF – Abimaq, pelo menos no setor de máquinas-ferramenta, as empresas têm investido em média 2% do faturamento anual em P&D, com algumas investindo até mais do que esse percentual. “Com isso garantimos uma equiparação tecnológica com outros países, especialmente nos avanços em relacão à melhoria de performance dos produtos, em termos de velocidade de movimento dos conjuntos mecânicos, precisão e repetibilidade.”, compara. “Realmente existem alguns nichos de excelência, como por exemplo no setor automobilístico, que permitiram inclusive o desenvolvimento no Brasil de projetos No setor de máquinasde produtos internacionais como o ferramenta, as Fiat Palio e o Volkswagen Fox”, diz o pesquisador Bruno Araújo. “O mesmo empresas têm invespode acontecer hoje se fizermos aliantido em média 2% do ças com outros países para atrairmos faturamento anual os centros tecnológicos de empresas em P&D. estrangeiras para parcerias com agentes públicos e universidades em setores, por exemplo, como o de petróleo e gás que conta com um grande potencial de exploração do pré-sal nos próximos anos”. Romi também destaca a área de petróleo e gás como um dos mercados mais importantes para o seu setor em 2010, junto com o automobilístico, que responde em média por 20% a 30% das vendas, e a indústria e máquinas e implementos agrícolas, responsável por 10% a 15% do consumo de máquinas-ferramenta em 2009.

Comércio exterior, um dos principais gargalos

Um dos principais gargalos, no entanto, segue sendo o comércio exterior. “A exportação de máquinas já representou 30% do faturamento da Starret, mas hoje exportamos apenas 15% a 20% devido a fatores como câmbio depreciado e o ‘custo Brasil’”, explica Arntsen. “Como somos uma multinacional, estamos perdendo em competitividade para outras operações da própria empresa em países como China, República Dominicana e alguns casos até mesmo para os Estados Unidos, apesar de seus custos com mão-de-obra serem tradicionalmente bem mais altos”. Ele relata ainda que cerca de 15 modelos de máquinas fabricadas pela empresa em Itu, São Paulo, foram descontinuados e agora são importados da República Tcheca e da China para serem revendidos no nosso mercado interno. “Mantivemos apenas dois modelos que são best-sellers no Brasil, mas para os quais não temos competitividade para exportação”.


panorama do setor

mercado empresarial

através de distribuidores locais. Nesse cenário, o produtor local, via de regra, leva vantagem pelo fato de ter uma estrutura bem mais preparada para competir e oferecer condições mais estruturadas para os usuários de máquinasferramenta”. Arntsen, da Starret, concorda com ele. “Existe um grau muito grande de customização que precisa ser feito localmente, com as configurações de cada máquina de acordo com as necessidades do cliente”, explica. “Por isso, apesar da China ser também um importante fornecedor de máquinas prontas, o país vende muitos componentes para equipamentos que são montados aqui”. De acordo com os dados da Abimaq, é provável que a China ultrapasse esse ano a Alemanha no volume de vendas de máquinas e equipamentos para o Brasil, ocupando a segunda posição no ranking, atrás apenas dos Estados Unidos.

Saídas para um retomada mais vigorosa?

No setor de máquinas-ferramenta, os números são quase idênticos: “as perspectivas para as exportações em 2010 estão em níveis inferiores à média histórica do setor, da ordem de 30%, para algo em torno de 10% a 15% em 2010”, comenta André Luís Romi. “isso se deve, principalmente, ao baixo nível de investimento e demanda por bens de capital nos mercados em que tradicionalmente o setor tem participado, como os EUA, Europa e América Latina”. Ele cita como principais destinos para as máquinasferramentas brasileiras no ano passado, num total de US$ 145,24 milhões, os seguintes países: EUA (21,2%), México (20,6%), Turquia (10,7%), Alemanha (10,0%), China (7,2%) e outros países (30,0%). Em 2009 o Brasil também não se beneficiou do dólar baixo para melhorar seu parque industrial. “As importações de máquinasferramenta tiveram uma redução de cerca de 23% com relação ao ano de 2008”, atesta Romi. “Não obstante essa redução, atualmente um grande número de marcas importadas já podem ser encontradas no mercado nacional

Aparentemente não existem muitas saídas para uma retomada mais vigorosa do setor. “Eu acredito que se não houver uma mudança mais forte em fatores De acordo com os dados da como a taxa de câmbio, os juros Abimaq, é provável que a internos e a carga tributária, não há como pensar em um crescimento China ultrapasse esse ano mais robusto, especialmente na a Alemanha no volume exportação de produtos industriade vendas de máquinas lizados e de bens de capital”, analisa e equipamentos para o Arntsen. “O problema é que já Brasil, ocupando a segunda existem economistas defendendo o aumento dos juros, o que sempre posição no ranking, atrás atrapalha os investimentos em proapenas dos Estados Unidos. dução, especialmente a tecnológica, e favorece apenas a especulação financeira. Num mercado aberto como é o Brasil hoje, a combinação de juros altos e câmbio baixo pode destruir a indústria nacional”. Contudo, Romi aponta para um outro lado interessante. “Com a manutenção dos FINAME – BNDES (PSI), a partir de agosto de 2009, com taxa de juros fixa de 4,5% até 30/06/2010 e de 5,5% até 31/12/2010, continuaremos a ter um instrumento bastante competitivo para promover as vendas do setor em 2010”, diz. “O prazo de até dez anos para pagar, e o crédito do ICMS em uma parcela única, para vários setores industriais, foram incentivos governamentais importantes para o desempenho do setor em 2009”. Esperemos que esse e outros incentivos se repitam esse ano ME

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evento

Experiência e inovação movendo a

indústria

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mbiente concorrido para a realização de negócios, a Mecânica 2010, a mais tradicional feira do setor de máquinas e equipamentos para a indústria e a maior mostra industrial da América Latina, deve receber de 11 a 15 de maio, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, mais de 100 mil visitantes/compradores, de 40 países, interessados em conhecer as novidades de mais de 1.950 expositores, de 35 nacionalidades. O evento, que deu origem às feiras industriais no Brasil, nesta 28ª. versão reúne em 78.000 m2 de tecnologia em máquinas, ferramentas, equipamentos hidráulicos e pneumáticos, solda, movimentação, fornos e equipamentos, acesA 28ª. Versão traz sórios, controle de qualidade, automação, como novidade manutenção e de outros setores. um Seminário Organizada e promovida pela Reed Internacional Exhibitions Alcantara Machado, tem o apoio da principal entidade do setor, a ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos). Entre os expositores estão: Bosch Rexroth, Camozzi, Climber, Conexel, Correias Schneider, Deb’ Maq, Ergomat, Ferdimat, Festo, HB, Henkel, Instrutherm, Mello, Metal Work, Parker, Perfix, Permetal, Remae, Romi, RothenBerger, Saint-Gobain, Schioppa, Schulz, Starrett, Tapmatic, Transmotécnica, Triaxis, Unikey, Vulkan, White Martins, Zirtec / Norblast.

O evento atenderá os setores de Automação e Controle de Processos, Medição e Informática Aplicada; Ferramentas e Dispositivos; Solda e Tratamento de Superfícies, Máquina-Ferramentas; Máquinas e Equipamentos Diversos e Acessórios; Máquinas e Equipamentos para Plástico e Borracha; Motores, Acoplamentos, Redutores e Engrenagens; Equipamentos para Tratamento Ambiental e Refrigeração, Válvulas, Bombas, Compressores, Equipamentos Hidráulico e Pneumático; Equipamentos para Movimentação e Armazenagem, Fornos, Estufas, Caldeiras e Tratamento Térmico.

Simpósio Internacional

Este ano, a feira conta com uma novidade: a realização de um simpósio internacional, cujo objetivo é debater três pilares que permeiam o setor de máquinas e equipamentos para a indústria: economia, gestão/inovação e tecnologia. O Simpósio Internacional Mecânica 2010 - Novos Tempos, Novas Soluções, agendado entre 12 e 14 de maio, no Holiday Inn Parque Anhembi, é direcionado aos profissionais de todo o setor industrial, principalmente, para gerentes, executivos, diretores, técnicos responsáveis pelas áreas de robótica, manutenção, qualidade, compras, comercial, sustentabilidade, produção, administrativo-financeira, entre outros. Com a participação de renomados especialistas, a agenda do evento abordará relevantes


evento

mercado empresarial

Feira Mecânica 2008 - Vista Parcial

assuntos econômicos, como, por exemplo, os desafios da indústria nacional, a retomada da economia mundial, como competir no cenário internacional e fusão e aquisição. No caso de inovação, será apresentado o Sistema Nacional de Inovação, o papel da sustentabilidade, a importância da gestão de inovação e a uma caso de sucesso de uma empresa inovadora, e na parte de tecnologia, serão tratados temas relacionados à novos materiais, usinagem, robótica, automação e sistemas de segurança em processos de solda. Na edição anterior, em 2008, a Mecânica superou as expectativas. Na abertura da Feira, o pré-cadastramento já contava 60 mil inscritos ávidos por conhecerem as novidades do setor de máquinas e equipamentos. Durante cinco dias, 1.969 expositores apresentaram para 95.000 compradores/visitantes, de 43 países, produtos com tecnologia capaz de competir em igualdade de condições no mercado global e geração de negócios da ordem de R$ 7 bilhões, além da realização da Rodada Internacional de Negócios, uma parceria da ABIMAQ com a Apex, que resultou em 126 reuniões entre 27 empresas brasileiras e 14 compradores latino-americanos, oriundos da Argentina, da Bolívia, do Peru, da Colômbia, do Paraguai, do Uruguai, do Chile e da Venezuela ME

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economia

Indústria paulista supera os piores efeitos da crise

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desempenho geral da indústria paulista ainda está 2,6% abaixo do nível anterior à crise financeira, que eclodiu em outubro de 2008, mas os números do Indicador de Nível de Atividade (INA) apurado no mês de fevereiro pelo Ciesp e a Fiesp mostram que a recuperação total deverá ocorrer ainda no primeiro semestre deste ano. Segundo a pesquisa divulgada em abril último pelas entidades, a evolução de fevereiro sobre janeiro alcançou 1,1% com ajuste sazonal, o maior percentual desde novembro de 2008, auge da crise. Sem ajuste, o crescimento foi de 0,4%. Outras duas bases de comparação mostram o vigor da indústria: o acumulado do ano atingiu 15,4% (janeiro e fevereiro) e é o maior da série histórica da pesquisa, desde 2003, levando em consideração que no ano passado esses meses tiveram fraco desempenho. Já o acumulado nos últimos 12 meses Atividade do ainda é negativo em 3,6%, mas a tensetor produtivo em dência é que esta variação atinja rápido SP está em franca o nível zero. “O efeito comparativo já configura recuperação e bate altos percentuais de crescimento, porque recorde a cada mês a base de comparação está se livrando dos efeitos mais sangrentos da crise. Estamos em vigorosa recuperação”, avaliou Paulo Francini, diretor-titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) do Ciesp/Fiesp.

Variáveis

Mesmo com um salto de 16,2% na atividade industrial em fevereiro, sobre o mesmo mês de 2009, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) ficou estável em 76,3% nesta base de comparação (dado sem ajuste sazonal).

Por trás deste efeito, segundo Francini, a combinação de duas variáveis: o aumento da capacidade produtiva, com a maturação dos investimentos feitos a partir do segundo semestre de 2009, e também da produtividade perdida com a crise. Ou seja, produzir mais com o mesmo número de horas trabalhadas. “A corrida pelo reequipamento da indústria há de bater recordes em 2010, que será um ano comparativamente histórico para o aumento de capacidade produtiva”, afirmou Paulo Francini. Para o diretor, o grande estímulo vem do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), operado pelo BNDES. Criado em junho de 2009 e inicialmente previsto para terminar em um ano, o programa foi prorrogado até 31 de dezembro e tem o objetivo de estimular a antecipação de investimentos por parte das empresas. “O nível de utilização da capacidade sofrerá esse impacto positivo ao longo do ano. Entre a decisão de investimento e o aumento da capacidade produtiva vão aproximadamente quatro meses. Isso indica que teremos um período continuado de crescimento, e ganhos adicionais de produtividade, porque os investimentos se espalham e têm maturações distintas”, explicou Francini.

Cenário pós-crise

No total da indústria, o acumulado em 12 meses ainda é negativo (-3,6%), mas sete setores


mercado empresarial

já ultrapassaram o nível zero no desempenho isolado. Despontam produtos químicos e alimentos e bebidas. Na outra ponta, os últimos 12 meses ainda são piores que os 12 meses anteriores para nove atividades industriais que compõem o INA. O setor de máquinas e equipamentos aparece em último, porém, apesar de ter sofrido forte queda com a crise, tem uma das melhores taxas de recuperação. Outro cenário traçado pelo Ciesp/Fiesp mostra que seis setores já deixaram para trás os efeitos negativos e tiveram, em fevereiro, um desempenho superior em relação a setembro de 2008, último mês forte antes da crise financeira. São eles: • Alimentos e bebidas (12,5%); • Outros equipamentos de transporte (11,8%); • Produtos químicos (10,4%); • Celulose e papel (7,3%); • Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (7,3%); • Móveis e indústrias diversas (2,6%).

Expectativa

O Sensor Fiesp, indicador que mede a percepção dos empresários quanto ao ambiente de negócios, alcançou em março um dos melhores resultados da série, iniciada em junho de 2006: 57,7 pontos. Descontadas as boas pontuações obtidas nos meses finais do ano passado, em função da retomada pós-crise, resultado semelhante só apareceu em abril de 2008 (57,5). Entre as variáveis, o emprego atingiu um dos melhores níveis da série (60 pontos). Investimento (57,3), mercado (60,9) e vendas (58,3) seguem em alta, enquanto o estoque apresenta-se ligeiramente abaixo do desejável. “O Sensor está bombando, o que nos garante a continuidade do processo de recuperação do crescimento da indústria nos próximos meses. Temos um céu de brigadeiro à frente”, sinalizou o diretor de Economia do Ciesp/Fiesp. As entidades apostam em um crescimento de 13% para o INA em 2010. Francini acredita que a recuperação da exportação nacional de produtos manufaturados, que deverá ficar em torno de 20% (diante dos 26,6% perdidos em 2009), será um fator impulsionador desse resultado.

economia

CNI mostra que indústria aposta no crescimento das exportações Os industriais brasileiros estão mais Pesquisa foi otimistas com as exportações. Sondafeita com 1.234 gem Industrial divulgada pela Confeempresas deração Nacional da Indústria (CNI) revela que a expectativa em relação à quantidade exportada aumentou de 53,5 pontos em fevereiro para 54,6 pontos em março. Os setores em que a confiança no aumento das vendas externas teve a maior reação foram os de bebidas e de madeira. Entre os fabricantes de bebidas, a expectativa sobre as exportações subiu de 45 pontos em fevereiro para 60,7 pontos em março. Na indústria de madeira, a estimativa passou de 38,4 pontos para 55,6 pontos. Conforme a pesquisa, os dados variam de zero a cem. Valores abaixo de 50 pontos indicam evolução ou expectativa negativa e, acima de 50 pontos, evolução ou expectativa positiva. Apesar das previsões otimistas sobre o desempenho das exportações, o país ainda não superou todos os efeitos da crise externa. De acordo com a pesquisa, a utilização da capacidade instalada em fevereiro ficou abaixo do nível tradicional do mês. O indicador que mostra a utilização da capacidade instalada em relação ao nível usual foi de 48,9 pontos, similar aos 48,3 pontos registrados em janeiro. A evolução da produção também permaneceu estável. Passou de 49,2 pontos em janeiro para 50,8 pontos em fevereiro. A pesquisa da CNI revela ainda que os estoques da indústria alcançaram 48,5 pontos em fevereiro. Isso indica que ficaram abaixo do planejado pelos empresários. A Sondagem foi feita entre os dias 1º e 22 de março, com 1.234 empresas. Dessas, 679 são de pequeno porte, 363 são médias e 192 são grandes.

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BNDES muda microcrédito para ampliar alcance e duplicar desembolsos O prazo de carência foi ampliado de 24 meses para 36 meses O BNDES promoveu uma série de mudanças em seu programa de microcrédito que podem duplicar o volume de desembolsos e expandir em 50% o valor da carteira nos próximos dois anos, de R$ 80 milhões para R$ 120 milhões. Entre as mudanças, o Programa BNDES Microcrédito passa a ter o valor mínimo de financiamento para agentes repassadores de 1º piso - aqueles que emprestam diretamente ao microempreendedor - reduzido de R$ 1 milhão para R$ 500 mil, o que credencia maior número de instituições a se tornarem repassadoras, aumentando o alcance do programa. Para garantir mais estabilidade e segurança na oferta de crédito aos agentes repassadores, o prazo de carência foi ampliado de 24 meses para 36 meses, no caso de operações de 1º piso; e para 60 meses nas operações de 2º piso - em que instituições de crédito de maior porte (cooperativas centrais, bancos cooperativos ou comerciais e agências de fomento), repassam recursos a instituições credenciadas a oferecer microcrédito ao tomador final. Outra medida tomada foi a simplificação dos procedimentos internos, a fim de reduzir o tempo entre o pedido de financiamento e a liberação de recursos. Além disso, foram implementadas melhorias na metodologia e análise de risco de crédito das instituições repassadoras, o que resultou no aumento da alavancagem máxima permitida, ou seja, as instituições foram autorizadas a aumentar seu endividamento e com isso oferecer mais recursos a mais tomadores. Isso aumenta a base de carteira e expande o alcance do Programa BNDES Microcrédito.

Microcrédito

O BNDES atua no segmento de microcrédito desde 1996, quando criou o Programa de Crédito Produtivo Popular (PCPP) com o objetivo de formar uma indústria de microfinanças no Brasil com a oferta de funding para os agentes repassadores de microcrédito. Em junho de 2003, o PCPP foi substituído pelo Programa de Microcrédito (PM), o qual vigorou por dois anos. Em março de 2005, após dois anos de articulação intragovernamental, foi instituído o Programa de Microcrédito do BNDES (PMC) que buscava um maior alinhamento às diretrizes de atuação governamental estabelecidas no Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado PNMPO, que foi instituído em 25 de abril de 2005, por meio da Lei 11.110. Em fevereiro de 2010 o PMC foi substituído pelo Programa BNDES de Microcrédito - BNDES Microcrédito. Até dezembro de 2009, no âmbito do PMC, foram contratadas 40 operações, somando cerca de R$ 125 milhões, tendo sido desembolsados mais de R$ 95 milhões.

Governo prorroga incentivos àcompra de máquinas Prazo, agora, é até 31 de dezembro de 2010

O governo decidiu prorrogar o PSI - Programa de Sustentação do Investimento, que se encerraria em 30 de junho, até 31 de dezembro de 2010. A dotação do programa foi aumentada em mais R$ 80 bilhões. Criado em junho do ano passado com o objetivo de estimular os investimentos em máquinas, equipamentos, caminhões, ônibus etc., o PSI já conta com carteira de R$ 51,4 bilhões (115 mil operações), dos quais R$ 30 bilhões já foram desembolsados. Nos cinco primeiros meses de execução do PSI foram contratados mais de 70% de sua dotação inicial, segundo o BNDES, que é o operador do programa. Além disso, houve aumento da demanda por recursos do programa desde sua criação. A média das contratações mensais cresceu de R$ 5,5 bilhões, entre agosto e dezembro de 2009, para R$ 6,5 bilhões nos dois primeiros meses de 2010. A taxa de juros para a aquisição de máquinas e equipamentos será ampliada de 4,5% para 5,5% ao ano. No caso de ônibus e caminhões, no âmbito da Finame, subirá de 7% para 8% ao ano. Nas linhas de inovação do BNDES, os juros continuarão entre 3,5% e 4,5%. Para a Abimaq, a prorrogação do PSI atende pleito da entidade. “A partir de julho, os juros passarão de 4,5% para 5,5%, o que ainda é extremamente competitivo, pois se descontada a inflação representa taxa de juros praticamente negativa”, diz nota divulgada pela entidade. “Sabemos que ainda há muito a ser feito e continuaremos lutando e implementando outras ações no sentido de resgatar a competitividade da indústria nacional de máquinas e temos a certeza de que a renovação do PSI é uma importante conquista neste sentido, pois a expectativa é de que 2010 seja um ano de investimentos e a manutenção do PSI-Finame será fundamental para a recuperação da indústria neste ano”, afirma Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq. Fonte: Usinagem Brasil.


mercado empresarial

economia

Petróleo e gás movimentarão US$195 bilhões até 2013

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istante da polêmica sobre a divisão dos royalties do petróleo, as empresas do setor estão se movimentando à procura de novos fornecedores locais para atender ao aumento das diferentes demandas por produtos e serviços nos próximos anos. A previsão de investimentos de 2009 a 2013 é de US$ 195,8 bilhões, informou o superintendente da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), Alfredo Renault, durante o seminário “Oportunidades de Negócios no Setor de Petróleo e Gás”, em meados de abril em São José dos Campos (SP). Somente em exploração e produção serão investidos US$ 121 bilhões. O seminário, que reuniu cerca de 250 representantes de empresas de toda a região de São José dos Campos, é o primeiro de uma série de dez eventos que levarão as oportunidades de negócios para todo o Estado. Segundo Renault, a palavra do momento é desafio. “Temos uma perspectiva de demanda maior do que a capacidade de fornecimento para os próximos anos. Por isso, buscamos fornecedores que atuem em outras áreas, inclusive a cadeia do setor aeroespacial”. A premissa para fornecer para a cadeia de petróleo e gás, diz o superintendente, é a qualidade e a eficiência. “Estamos buscando no interior de São Paulo estes novos players”. Um levantamento informal realizado durante o seminário mostrou que 25 pessoas da platéia já forneciam para a Petrobras. “Queremos cadastrar todas essas empresas”, diz Renault. Para o secretário-executivo da Comissão Especial de Petróleo e Gás Natural do Estado de São Paulo (Cespeg) e coordenador de Infra-

Operadoras nacionais e internacionais buscam novos fornecedores no interior de São Paulo

estrutura e Logística da Secretaria de Desenvolvimento, José Roberto dos Santos, a atividade petrolífera está se expandindo e necessita cada vez mais de novos fornecedores de diversas áreas de suprimentos. “As companhias petrolíferas até agora só conseguiram preencher 30% do cadastro de empresas nacionais”, disse. Segundo o secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Luciano Almeida, a nacionalização da cadeia do petróleo gira em torno de 30%. “É uma nacionalização sem muito valor agregado. Precisamos mudar este indicador e aproveitar a maior oportunidade do segmento para os próximos 10 anos”. Ao entrar no segmento, pequenas e médias empresas precisam ter em mente que a competição se dá não apenas com as empresas brasileiras mas também com as internacionais. “Uma árvore de natal possui 10 mil componentes, comprados em diversos fornecedores. Essa cadeia de suprimentos pode ser ocupada tranquilamente pelas empresas nacionais”, diz João Mariano, líder de desenvolvimento sustentável da Shell. Árvore de natal é o nome dado ao conjunto de válvulas instalado em poços de exploração de petróleo e gás. Ele aconselha as pequenas e médias empresas a procurarem os “main consctrutor”, os chamados grandes fornecedores. “Eles também vão precisar de todos os tipos de suprimentos.”

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economia

Crédito Verde promove projetos sustentáveis

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s pequenas e médias empresas paulistas interessadas em desenvolver projetos relacionados a energias renováveis, eficiência energética e manejo de resíduos dispõem agora de uma nova fonte de recursos. A Agência de Fomento Paulista - Nossa Caixa Desenvolvimento, órgão vinculado à Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, acaba de lançar a Linha Economia Verde. Esse novo crédito tem como objetivo financiar projetos que estimulem a redução das emissões de gases de efeito estufa no meio ambiente. A Linha Economia Verde apresenta taxa de juros de 6% ao ano, corrigido pelo IPC-Fipe e pode financiar 100% do projeto, com prazo de até cinco anos para o pagamento e de um ano de carência. Também chamada de “Crédito Verde”, a linha é Com taxas de juros de voltada às empresas com faturamento anual mínimo de R$ 240 mil e máxi6% ao ano, nova linha mo de R$ 100 milhões. da Agência de Com o papel de coordenar e imFomento Paulista plantar políticas financeiras de fomento beneficia pequenas ao setor privado, a Agência promove o e médias empresas desenvolvimento econômico e social do Estado, financiando projetos sustentáveis e produtivos. Mas, diferentemente de um banco comercial, não há exigências de abertura de conta para a obtenção do financiamento. O empresário encaminha seu pedido às entidades de classe parceiras da Agência e dá andamento à documentação necessária. São mais de 20 entidades, dentre elas o Sebrae, a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq)

Para que o financiamento seja aprovado, são realizadas análises econômicas e técnicas. A avaliação econômica está relacionada a parâmetros estabelecidos pelo Banco Central, que sugere uma classificação de AA até H para as empresas, o que estabelece um percentual limite de crédito. Quanto menor for a nota, maior o nível de risco da empresa. “Nós selecionamos as que obtêm notas de AA até C. Mas, podem ocorrem exceções, desde que a empresa forneça garantias para o pagamento do financiamento, como terrenos, imóveis ou até mesmo o aval do sócio”, diz Milton Luiz de Melo, presidente da Agência.

Sustentabilidade do projeto

Análises técnicas precisam comprovar a sustentabilidade do projeto. As análises são feitas através de um convênio com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), que é uma agência do Governo do Estado de São Paulo responsável pelo controle, fiscalização, monitoramento e licenciamento de atividades geradoras de poluição. Será a partir destas análises que a Agência constatará se de fato o projeto da empresa irá reduzir a emissão de carbono. Casemiro Tércio Carvalho, coordenador de planejamento ambiental da Cetesb, afirma que a aprovação das empresas dependerá principalmente dos níveis de carbono. “Se o projeto apresentado comprovar que haverá diminuição na emissão do poluente após as adaptações e estiver comprometido com a sustentabilidade, a resposta da análise será positiva. Para que haja um acompanhamento dessas empresas, sugeriremos que elas entreguem um inventário do processo produtivo”, diz Carvalho. A expectativa para o “Crédito Verde” é grande, já que muitas empresas têm interesse em investir em sustentabilidade, adequandose às novas exigências do mercado. “Para o futuro temos a idéia de fornecer um selo verde depois que o projeto for implantado”, afirma Melo. Carlos Roberto da Silva, diretor da Amino Química, empresa que hoje utiliza uma linha de crédito da Agência voltada à inovação, ressalta a importância de incentivos privados ou estatais para o desenvolvimento de projetos sustentáveis. “É caro fazer pesquisa no Brasil. As linhas de crédito são fundamentais para a concretização de idéias, o investimento em sustentabilidade e o trabalho com recursos balanceados”, diz. Fonte: IG




mercado

mercado empresarial

Indústria prevê retomada das exportações

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s exportações brasileiras de produtos industrializados devem retomar, neste ano, a trajetória de nove anos de crescimento que a crise internacional de 2009 interrompeu, segundo as projeções da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Com uma elevação de aproximadamente 21%, as vendas de bens manufaturados para outros países alcançariam US$ 106,3 bilhões - o segundo melhor resultado da história, abaixo apenas do de 2008, quando o volume chegou a US$ 119,8 bilhões. “Dessa maneira, recuperamos metade das perdas causadas pelas turbulências do ano passado, o que é muito bom”, diz Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da entidade. “E o PIB [Produto Interno Bruto] brasileiro será afetado positivamente pela alta.” A previsão da Fiesp é apoiada em uma pesquisa com as maiores empresas exportadoras do país cuja base de operações fica no Estado de São Paulo. Como os contratos de vendas são fechados com antecedência de alguns meses, tais companhias já têm uma ideia bastante razoável de quanto efetivamente vão negociar ao longo de 2010. O crescimento esperado explica-se, essencialmente, pela recuperação de mercados consumidores que se retraíram fortemente com a crise, como os EUA. Do início de 2009 para o de 2010, a participação dos americanos nas exportações do Brasil caiu de 16,5% do total para 13,8%. Essa fatia tende a se recompor. Ao mesmo tempo, outras regiões vão ganhando importância, como a Europa, que viu sua parcela subir de 21,8% para 23%, e a América Latina, que aumentou sua fração de 28% para 30,8%. A retomada das exportações também tende a se dar de maneira espalhada entre os segmentos da indústria. As montadoras já comemoram uma elevação de 66,6% nas vendas de carros para outros países em fevereiro último ante o mesmo mês do ano passado - o destaque, entre os destinos, ficou com a Argentina. Nota-se, ainda, alta no comércio de máquinas, artigos de informática e produtos farmacêuticos.

Os aviões, os produtos químicos e os calçados são os únicos que continuam deprimidos.

Estímulo

O crescimento esperado explica-se, essencialmente, pela recuperação de mercados consumidores

A manufatura brasileira reconhece que algumas medidas tomadas pelo governo durante a crise, como a concessão de empréstimos para as companhias, ajudaram muito na passagem pelos tempos difíceis, mas pede outras providências para contribuir na reconquista do espaço perdido. “Teve gente que comemorou o fato de os EUA terem diminuído a sua parte entre os compradores de mercadorias brasileiras, o que é um absurdo. Há anos, não foi apenas em 2009, estamos perdendo competitividade em mercados importantes, como o americano. Nessas regiões, quase sempre, o Brasil é ultrapassado pela China. Fica complicado, depois, ganhar de volta os consumidores”, afirma Julio Gomes de Almeida, professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), consultor do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Se não existem muitas esperanças de modificações na política cambial brasileira --o dólar desvalorizado ante o real é apontado como a principal desvantagem para os empresários do país--, os especialistas sugerem que a devolução dos empréstimos pagos pelas companhias na fabricação de itens que serão vendidos no exterior, como manda a lei, seja realizada com mais rapidez pelos governos federal e estaduais. “Falta boa vontade em todas as esferas, e aí se encontra um grande nó”, comenta Francini. De acordo com os cálculos de Almeida, a restituição correta e célere teria o mesmo efeito que uma apreciação de 8% da moeda americana ante a brasileira. “Não precisa inventar nada, é só fazer valer o que já está determinado. E pensar em diminuir a burocracia no país, que aumenta demais os custos de operação”, afirma o professor. (Folha/ Dinheiro)

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Pesquisa mostra que 30% das MPEs compram ou vendem pela internet Pesquisa divulgada em março último pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) revela que cerca de 30% das micro e pequenas empresas da capital paulista já compram ou vendem pela internet. O número ainda é muito baixo em relação às grandes empresas, principalmente as redes de varejo, que concentram boa parte de suas operações de venda pela internet. Segundo a e-bit, empresa especializada em comércio eletrônico, as vendas online somaram R$ 10,6 bilhões em 2009 no Brasil, alta de 30% em relação ao ano anterior. A pesquisa, concluída em janeiro de 2010, realizou 500 entrevistas com gestores de empresas de todos os segmentos na cidade de São Paulo. O maior As vendas online percentual de empresas que fazem negócios pela rede é no setor industrial, que também somaram R$ 10,6 lidera o item de vendas on-line (135). Os bilhões em 2009 no segmentos de serviços e comércio atacadista Brasil, alta de 30% representam 16% e 15%, respectivamente. em relação ao ano Dos 70% que não realizam negócios pela anterior internet, cerca de 47% declarou que não o fazem por falta de necessidade de usar este canal. Apenas 19% admitem falta de estrutura e conhecimento para utilizar as ferramentas de comércio eletrônico. A superintendente de marketing da Associação Comercial, Sandra Turchi, desconfia dessas respostas. “Muitos entrevistados dizem que não se interessam pela internet por total desconhecimento de como usar a ferramenta, mas não querem admitir na pesquisa”, diz. A pesquisa mostra também que 60% das empresas que fazem negócios pela rede mundial de computadores tem loja

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virtual e 64% das compras são de pessoa jurídica (B2B). Além disso, 60% dizem ter site próprio. Das que têm site próprio, 67% possuem há mais de 3 anos e 46% renovaram seus sites nos últimos seis meses. Do total de empresas pesquisadas, 11% declararam vender pela internet. Das empresas que fazem e-commerce, a logística mais utilizada, além da própria empresa (15%), são os Correios (15%). Para o coordenador nacional da Câmara-e.net, Gerson Rolim, o comércio eletrônico nas micro e pequenas empresas tem crescido 30% por ano nos últimos cinco anos. “Se pensarmos na projeção da Anatel para 2018 de que a banda larga passará de 10 milhões para 140 milhões de usuários, temos aí o tamanho do mercado possível de e-commerce”.

Selo de Segurança

A Associação Comercial e a Câmara.Net deverão, até meados de julho, lançar um selo de segurança para aumentar a credibilidade dos negócios de micro e pequenas empresas na internet. Para Sandra Turchi, a ideia é que, para conquistar o selo, os pequenos negócios observem critérios como formas de pagamento, meios de atendimento, logística, hospedagem, certificação do servidor e legalização da empresa. “Estamos discutindo esse selo há mais de três meses e procuramos a Fundação Vanzolini, que tem experiência no assunto para nos auxiliar. A ideia é ter um selo o mais desburocratizado possível para que as micro e pequenas empresas tenham acesso”, disse Sandra. Além do selo, Rolim afirmou que deverá ser criada em breve uma câmara arbitral de e-commerce para tentar resolver os conflitos de negócios na internet. Segundo ele, a Câmara-e.net e o Ministério Público Federal criaram um fórum de comércio eletrônico para debater um marco regulatório para a internet no Brasil.


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Venda de carro zero bate recorde histórico

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Importadores de máquinas e equipamentos preveem 2010 forte, mas aquém de recorde A expectativa é

A Fenabrave acredita que as vendas em 2010 devem totalizar 3,2 milhões

As vendas de veículos zero quilômetro registraram em março último um novo recorde, ficando em cerca de 354 mil unidades, segundo informou uma fonte do setor à reportagem de O Estado de S.Paulo. O número de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus vendidos naquele mês ficou acima do registrado em março de 2009 (271.446) e também bateu o recorde anterior, de 308.760 unidades comercializadas, que foi registrado em setembro do ano passado. No trimestre, a venda de veículos novos também é recorde, tendo ficado ao redor de 789 mil unidades. O recorde em março é justificado pelo fato de ter sido o último mês com a redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o que levou os consumidores a anteciparem suas decisões de compra para aproveitar o benefício fiscal. Com a volta do imposto integral, as alíquotas passam a ser de 7% para carros com motor 1.0 e 11% para os modelos 2.0. A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) acredita que as vendas em 2010 devem totalizar 3,2 milhões.

A importação de máquide importações nas e equipamentos industriais deve aumentar em 700 equivalentes a milhões de dólares em 2010, 2,2 bilhões de um avanço de 50 por cento dólares sobre 2009, impulsionada pelo aquecimento da economia brasileira. Porém, ainda deve ficar abaixo do recorde registrado antes da crise global, segundo estimativa feita pela Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industrias (Abimei). Em 2009, o movimento ficou em cerca de 1,5 bilhão de dólares, abaixo do esperado. Isso corresponderia a 55 por cento dos 2,6 bilhões de dólares em importações em 2008. Para 2010, a expectativa é de importações equivalentes a 2,2 bilhões de dólares - alta de aproximadamente 50 por cento ante 2009. “A economia interna já demonstra melhora, o consumidor está mais confiante e a indústria planeja reinvestir”, disse o presidente da Abimei, Thomas Lee. “As empresas importadoras ainda estão se reorganizando, depois de tantas dificuldades que o setor passou em 2009”, acrescentou. Segundo Lee, as importadoras ligadas ao setor aeronáutico foram as que mais sofreram com a crise. “Não se esperava que fosse tão ruim”, afirmou. No lado oposto, a importação de máquinas ligadas a materiais plásticos foi a que menos sofreu. O presidente da Abimei comentou que as políticas do governo de estímulo à indústria automotiva e a produtos da linha branca foram positivas, mas demoraram a fazer efeito sobre o setor porque os estoques da indústria estavam muito altos. Ele estima que o Brasil tem condições de crescer 5 por cento nos próximos anos, sem formação de gargalos. Além disso, Lee avalia que as eleições presidenciais de 2010 não mudarão as diretrizes da política econômica do país. Questionado sobre o nível do câmbio, o presidente da Abimei afirmou que seria mais conveniente para o setor uma taxa ao redor de 2 reais por dólar. Isso estimularia a atividade de empresas exportadoras, que, assim, precisariam de máquinas como as importadas por empresas representadas pela associação. A Abimei é formada por 82 associados, e afirma representar mais de 80 por cento dos importadores de máquinas-ferramenta e equipamentos industriais do Brasil, com bastante participação de empresas ligadas ao setor automotivo.


dicas

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Rolink dá dicas de manutenção de materiais rodantes

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s materiais rodantes de qualidade obedecem a um padrão em sua construção. Embora existam diversos fabricantes, as características são bem próximas. Todos esses materiais trabalham com um sistema de trem de força (composto por motor, transmissão, conversor e comando final) que impulsiona a máquina em todos os tipos de terreno. De acordo com Joaquim Marcelino Filho, diretor técnico da Rolink Tractors, os materiais de alta qualidade e processos de fabricação cuidadosamente controlados que os componentes do material rodante sejam confiáveis, duráveis e tenham desgaste equilibrado de seu conjunto. Por melhor que seja o material rodante chegará o momento em que é melhor parar o equipamento e fazer a manutenção de seus componentes. “ A manutenção preventiva deve ser programada de acordo com o equipamento e o tipo de material que está sendo removido ou transportado”, orienta Joaquim Marcelino Filho. Por sua vez, os operadores também devem tomar alguns cuidados para não comprometer os materiais rodantes. O mais importante deles é operar o equipamento conforme a necessidade da execução do trabalho. Ele também deverá respeitar a orientação de manutenção preventiva para não causar dano nos componentes e evitar que a máquina fique parada por muito tempo. Como resultado, o usuário obterá maior produtividade e disponibilidade, além de menor custo por hora. Segundo Joaquim Marcelino Filho, a vida útil dos materiais rodantes depende de vários fatores, entre os quais: qualidade

dos materiais, operação devidamente qualificada, tipo de serviço em que será aplicado (rocha, areia, lama, argila) e preparação adequada para cada trabalho. “O mais importante é adquirir material de boa qualidade e manter o equipamento bem alinhado e ajustado adequadamente conforme as recomendações do manual”. No entanto, a manutenção do material rodante também pode representar uma grande parte das despesas de propriedade e operação da máquina. Para não ter gastos excessivos é melhor escolher a melhor aplicação desses materiais e gerenciar o desgaste do sistema. “É possível prever as taxas de desgaste do material rodante quando o operador conhece a área que vai operar e neste caso usase uma tabela de projeção a partir dos primeiros desgastes ou histórico dos componentes”, explica o diretor técnico. Para finalizar, a Rolink orienta para os cuidados com componentes que o operador precisa ficar atento e são fundamentais para o bom funcionamento do equipamento: A bucha é considerada um dos elementos principais na corrente de esteira; para o bom funcionamento dos roletes e das rodas guias, os trucks devem estar bem alinhados; as sapatas são itens preocupantes quando trabalham em rochas; as correntes quando se tratar de boa procedência não costumam dar problemas; o esticador de esteira deve estar com o reparo certo das válvulas e contar com a camisa do cilindro de boa qualidade para não se deformar; as molas tensoras são muito fácil de quabrar e, por fim, os parafusos têm que ser escolhidos com cuidado e, em se tratando de parafusos de elos mestres (mão de amigo), devem ser verificados e apertados a cada evento de manutenção preventiva. Fonte: Revista Eaemaquinas, ed. 47 ME



gestão

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O desafio

de formar profissionais

qualificados A

necessidade de capacitação profissional não é um assunto novo. Porém, podemos afirmar que é um tema cada vez mais atual. De um lado, universidades formam milhares de profissionais todos os anos. De outro, as empresas necessitam de novas especializações e novas características. Em muitos segmentos, possuir um curso de graduação não é mais o suficiente. O mercado quer, e precisa, de profissionais graduados, pós-graduados, com mestrado, MBA ou doutorado. Em todos os casos, o que se busca é um profissional com conhecimento teórico, prático e visão de negócio. Aquele que consegue unir a teoria transmitida pelos acadêmicos às necessidades das empresas, certamente, será o mais requisitado. O domínio de um segundo idioma, em um mundo cada vez mais globalizado, também já se tornou essencial.

* Por Rosi Vieira

O grande desafio, no entanto, é conseguir reunir e conquistar todos estes requisitos ao mesmo tempo. Em alguns segmentos, a gravidade é tamanha que os setores enfrentam verdadeiros “apagões” de mão de obra, como o mercado de Engenharia. Mas não adianta debatermos o problema. Precisamos buscar soluções que ajudem a resolver esta equação. Algumas alternativas poderiam vir da própria iniciativa privada e dos centros acadêmicos. Se uníssemos os interesses de ambos, conseguiríamos formar profissionais mais qualificados para atender a nossa demanda no mercado de trabalho. Podemos buscar oportunidades também no mercado internacional, seja por meio de


mercado empresarial

parceiras entre empresas locais e universidades internacionais, seja por meio de parceria entre as próprias universidades ou até por iniciativa particular do profissional. Hoje, há uma série de alternativas para conseguir toda a capacitação necessária no mercado externo e retornar ao Brasil com o perfil desejado pelo mercado. Estados Unidos e Europa ainda estão entre os destinos mais procurados. No entanto, alguns países, como Austrália e o Canadá, têm chamado cada vez mais atenção. Os países também têm interesses e incentivos para este intercâmbio de conhecimento e de culturas. Oportunidades não faltam e muitas universidades internacionais têm olhado para o Brasil como o país que, atualmente, oferece mais oportunidade. Para empresas instaladas no Brasil, encaminhar um profissional com boas perspectivas para especialização no exterior pode representar o mais importante investimento. Além de fluência no idioma, informações acadêmicas e reciclagem de conhecimento, certamente este profissional trará uma bagagem fantástica sobre visão e internacionalização de negócios. Claro que dispor de um profissional em um momento de ausência de mão de obra é algo que precisa ser avaliado cuidadosamente. No entanto, considerando as perspectivas de crescimento da economia brasileira no médio e longo prazo, com pré-sal, Copa do mundo, Olimpíadas e a crescente preocupação com o meio ambiente, possuir e reter profissionais qualificados continuará sendo o grande desafio das companhias locais.

gestão

Se hoje já falamos em apagão de engenheiros, já podemos imaginar a escuridão que pode tomar conta e atrapalhar o nosso desenvolvimento. Internacionalizar o ensino, buscar parceiros em outros países que possam contribuir para a formação de nossos profissionais são iniciativas que precisam estar na agenda dos profissionais de RH das empresas, nas universidades e no próprio planejamento de carreira dos nossos profissionais ME *Rosi Vieira é mestre em relações internacionais com ênfase em educação internacional e responsável pelo escritório, no Brasil, da Canadian University Application Centre (CUAC) consultoria voltada a cursos superiores e única representante das universidades canadenses Saint Mary University, Algoma University, York University’s Osgoode Hall Law Schoolv, McGill University, University of Windsor, University of Guelph e University Guelph-Humber, e sem exclusividade, da University of Victoria.

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cases & cases

U

m processo de modificação de rebolos de usinagem, desenvolvido na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo (USP), é capaz de imprimir micromarcações em peças metálicas, aumentar a lubricidade de eixos mecânicos e ampliar a vida útil dessas ferramentas. O processo inédito, já patenteado, terá implicações na indústria automobilística, espacial e eventualmente até na fabricação de melhores próteses e implantes. Trata-se de uma nova técnica de dressagem (do inglês dressing), uma espécie de afiação do rebolo na qual o disco abrasivo é desbastado e recondicionado. O desenvolvimento fez parte dos projetos de doutorado de Thiago Valle França e de iniciação científica de Alex Camilli Bottene, orientados pelo professor João Fernando Gomes de Oliveira.

Retificação temporizada

A retificação é um processo de usinagem que consiste em desbastar uma peça por meio do contato com um rebolo abrasivo. Com o uso, a superfície do rebolo sofre um desgaste e precisa ser desbastada. Isso é feito com a dressagem, que utiliza uma ferramenta ultradura de diamante. O que o grupo de pesquisa fez foi introduzir uma vibração controlada Processo imprime durante a dressagem. A ferramenta de micromarcações em diamante penetra e sai do rebolo em peças metálicas intervalos de tempo predeterminados e controlados por um software. O resultado é a impressão de microgeometrias na superfície do disco abrasivo. As microssaliências passam à superfície da peça que o rebolo usinar, formando microssulcos. Essas pequenas reentrâncias fazem o material usinado absorver melhor o óleo lubrificante e mantê-lo na superfície, melhorando seu desempenho e o rendimento da retificação.

Imagem: João Fernando Gomes de Oliveira

Brasileiros criam tecnologia inédita de texturização de metais

O processo inédito, já patenteado, terá implicações na indústria automobilística, espacial e eventualmente até na fabricação de melhores próteses e implantes.

Eixo virabrequim

Uma possível aplicação do processo está nos chamados mancais hidrodinâmicos, que apoiam eixos - componentes que devem estar constantemente lubrificados. O eixo virabrequim de um automóvel, por exemplo, tem as suas dimensões calculadas com o objetivo de manter um filme de óleo em sua superfície, a fim de permanecer sempre lubrificado. Se a lubricidade do eixo é aumentada, suas dimensões podem ser reduzidas, o que poderá ser muito útil para a indústria automotiva. “É importante salientar que o virabrequim representa mais de 50% da massa total das peças móveis internas em um motor”, disse Oliveira. O professor ressalta que, com um virabrequim mais leve, o motor precisará de menos energia para acelerar, gerando economia e melhorando o seu desempenho.

Mancais hidrodinâmicos

França lembra que as turbinas de aviões também contam com mancais hidrodinâmicos e que os benefícios levados aos motores automobilísticos poderão ir para as aeronaves. “O peso dos componentes é muito importante na aviação”, disse. Segundo ele, a tecnologia proporcionaria economia e melhoria de desempenho também para a área da aviação. Várias outras áreas que também utilizam mancais hidrodinâmicos também poderiam se beneficiar.


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mercado empresarial Imagens: João Fernando Gomes de Oliveira

Códigos de barras em metais

A impressão de padrões geométricos nas superfícies é apenas uma das aplicações dessa técnica. “Podemos inscrever códigos de barras, números de série ou desenhos específicos”, disse Oliveira. Um detalhe importante é que a impressão não altera a geometria da peça e não compromete a sua funcionalidade, características preponderantes para a usinagem de peças que exigem precisão.

Ferramentas de desbaste ou de acabamento

Diagrama esquemático do funcionamento do novo processo de tratamento das superfícies metálicas. Há ainda uma terceira aplicação do novo sistema de dressagem à qual França agora se dedica: a otimização do processo de retificação. Rebolos são similares a lixas: os de grãos maiores servem para maior retirada de material; os de granulação mais fina são aplicados em acabamentos e promovem menor desbaste. “Com desenhos específicos impressos em rebolos de grãos médios, por exemplo, podemos utilizá-lo como se fossem uma ferramenta de desbaste ou de acabamento, aumentando a flexibilidade do processo”, disse França. Isso pode gerar economia ao permitir a compra de rebolos mais baratos a fim de adaptá-los e também ao aumentar a vida útil das ferramentas, modificando-as para novas funções.

Atuador piezelétrico

O pesquisador está agora aperfeiçoando o processo de dressagem que hoje é feita por um equipamento chamado shaker (“chacoalhador”, em inglês), que movimenta a ponta de diamante a

partir de comandos do software desenvolvido pela equipe. A intenção, segundo ele, é incorporar um atuador piezelétrico aos equipamentos. “Com ele conseguiremos maior precisão, além do controle de profundidade dos sulcos”, disse, No processo atual, os sulcos são feitos a uma profundidade única, em torno de 15 micrômetros (0,015 milímetros). Com um software mais detalhado, associado ao novo equipamento, será possível aumentar a resolução de textura, multiplicar por dez a densidade atual das reentrâncias e conseguir sulcos de diferentes profundidades chegando até 50 micrômetros, segundo os pesquisadores. “Isso deverá aumentar ainda mais o leque de aplicações da tecnologia”, disse Oliveira.

Próteses metálicas

A pesquisa incluiu uma cooperação de trabalhos com a Universidade de Hannover, na Alemanha. “Na universidade alemã, a texturização é feita por meio de outros processos, como torneamento e fresamento”, disse Bottene, ressaltando que o processo brasileiro envolvendo a retificação ainda é inédito. Por isso, já foi feito um pedido de depósito de patente do processo de dressagem do rebolo. Por enquanto, as empresas são obrigadas a utilizar métodos bem mais caros para executar a texturização, como lasers e eletroerosão. A troca por um processo de fabricação mais barato poderá refletir no preço dos produtos. “Uma das aplicações da texturização é a confecção de próteses metálicas que precisam apresentar texturas que combinem com a de ossos e músculos”, disse Oliveira. Esse é mais um campo que poderá se beneficiar da tecnologia desenvolvida em São Carlos. Fonte: Agência Fapesp

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Europa quer substituir carros por sistema de transporte aéreo pessoal

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ideia de um meio de transporte aéreo pessoal é antiga, englobando conceitos de carros voadores e aviões pessoais até aparatos exóticos, como diversos tipos de mochilas voadoras, que nunca saíram da categoria de curiosidades. Mas isso talvez agora possa mudar. O centro de pesquisas da União Europeia, um organismo multinacional que congrega os melhores cérebro do velho continente, decidiu apoiar um projeto chamado Sistema de Transporte Aéreo Pessoal, que adotou a sigla PPlane. O consórcio, que recebeu um financiamento de €4,4 milhões, é liderado pela francesa Onera e inclui universidades e institutos de pesquisas de 11 países europeus. O objetivo do projeto é ambicioso: “um novo paradigma para Projeto revolucioo transporte aéreo, destinado a diminuir nário mais perto da os congestionamentos e revolucionar o realidade conceito de viagens.” Como um carro privado, o veículo aéreo PPlane pessoal deverá oferecer os benefícios da velocidade e da eficiência que só são possíveis quando o passageiro tem o veículo à sua inteira disposição para ir diretamente da origem ao destino, sem precisar dirigir-se a estações. A proposta coloca ênfase no design ambientalmente responsável, incluindo baixos níveis de ruído e redução das emissões de gases, sistema de propulsão ecológico e eficiência energética.

Tirar carros de circulação

O maior objetivo a longo prazo é tirar carros de circulação, oferecendo em troca o conforto de uma viagem

O maior objetivo a longo prazo do Projeto PPlane é tirar carros de circulação, oferecendo em troca o conforto de uma viagem mais rápida, de um lado, e a sustentabilidade ambiental de outro.

mais rápida, de um lado, e a sustentabilidade ambiental de outro.”Os objetivos ambiciosos foram estabelecidos para proporcionar reduções drásticas de ruídos e emissões, um aumento significativo da eficiência de combustível, um nível de segurança comparável ao dos aviões convencionais e baixo custo,” afirma José M. Martin Hernandez, coordenador do projeto. O projeto PPlane tem três anos para apresentar seus resultados. Fonte: Inovação Tecnológica


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Liga de ferro com memória

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s ligas metálicas conhecidas como ligas com memória de forma são capazes de retornar à sua forma original depois de terem sido deformadas pela aplicação de calor - o que as faz atenderem também pelo nome de metais com efeito térmico de memória. Elas já são usadas em um grande número de aplicações, de antenas de telefonia celular, armações de óculos, aparelhos ortodônticos e próteses cardíacas a estruturas de segurança em automóveis, tampas do tanque de combustível e até asas de aviões que mudam de formato. Agora, pesquisadores da Universidade de Tohoku, no Japão, desenvolveram uma liga de ferro que apresenta o dobro da elasticidade das ligas com memória de forma tradicionais, as chamadas SMA (Shape Memory Alloy). Segundo eles, esta enorme superelasticidade dá à liga propriedades adicionais de grande interesse na indústria e em novas aplicações, entre elas uma excelente ductilidade e uma mudança na sua magnetização. A superelasticidade mede a resposta mecânica das ligas com memória de forma. Quando elas sofrem um estresse mecânico, sua estrutura cristalina passa por uma transição de fase, normalmente de uma fase sólida de alta simetria, chamada austenita, para outra de baixa simetria, chamada martensita. O fato de ser feita à base de ferro poderá viabilizar a utilização dessas novas ligas metálicas em várias outras aplicações. Hoje, as ligas com memória de forma são baseadas na mistura de metais mais caros - titânio-níquel, cobre-zincoalumínio-níquel e cobre-alumínio-níquel.

Liga policristalina de ferro

Yuuki Tanaka e seus colegas voltaram sua atenção para as ligas policristalinas à base de ferro, bem conhecidas por sua resistência, e descobriram que elas podem se recuperar de deformações de mais de 13% a temperatura ambiente, voltando à sua forma original. A capacidade de recuperação de forma das ligas policristalinas de ferro supera largamente as mais eficientes conhecidas até hoje, feitas de ligas de níquel e titânio, que apresentam uma capacidade de recuperação de deformações de apenas 8% - além de Ela volta ao formaserem muito mais caras. Com isto, os pesquisadores sugerem que to original depois as ligas à base de ferro poderão ser utilizadas de dobrada na fabricação de pequenas peças para uso industrial ou médico, ou para melhorar o desempenho dos produtos atuais já feitos à base de ligas com memória de forma. Os resultados da pesquisa foram publicados no último exemplar da revista Science. Fonte: Inovação Tecnológica

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meio ambiente

Indústria química associada ao Ciesp atinge meta de 100% de reuso da água

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aior produtora de anidrido ftálico da América Latina, a Petrom – Petroquímica Mogi das Cruzes dá mais um importante passo dentro do seu Sistema de Gestão Ambiental, calcado nas diretrizes da ISO 14001, e se firma como uma das primeiras indústrias do Brasil a atingir o patamar de Efluente Zero, com 100% de reuso da água. Trata-se do resultado de um investimento de R$ 5 milhões. No setor químico, a empresa é a pioneira na tecnologia no território brasileiro entre as afiliadas à Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Desde meados da década de 70, a empresa – na época Hooker Chemical (Oxy) – conta com um sistema de tratamento de efluentes doEmpresa instalada em Mogi mésticos e industriais. Mas foi a partir do final dos anos 90, das Cruzes apresenta sistema com o surgimento da Petrom que possibilita reaproveitae a disponibilidade de novas mento total dos efluentes tecnologias, que a iniciativa industriais e domésticos, com ganhou destaque nas diretrizes economia de 22% no da indústria. O marco dessa mudança consumo de água na política de sustentabilidade ambiental ocorreu em 1o de agosto de 2008, com o funcionamento da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), que tem um dos mais modernos sistemas em operação no mundo e é utilizada inclusive como modelo pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

Tratamento de efluentes

A tecnologia empregada trata os efluentes através dos processos físico-químico e biológico e, por fim, por uma membrana de ultrafiltração que possibilita,

desde dezembro de 2009, a reutilização 100% de todos os efluentes, o que significa que não existe mais nenhum descarte líquido na Petrom. Provenientes do processo de produção de plastificantes, os efluentes industriais são tratados na ETE junto com os efluentes domésticos em processo contínuo que permite, ao final, a obtenção de uma água com qualidade igual ou melhor do que a captada para uso inicial, com reuso total na planta industrial. Além dos parâmetros químicos analisados, a qualidade da água obtida no sistema de reuso pode ser constatada num aquário de peixes que recebe o “by pass” do efluente tratado direto da bomba de saída da ETE, que tem capacidade para tratar 240 metros cúbicos/dia. “Os resultados obtidos pela Petrom no tratamento de seus efluentes demonstram que o setor industrial, de forma geral, pode obter melhorias significativas nos processos de sustentabilidade, contribuindo de forma ativa para a preservação do meio ambiente”, ressalta o diretor industrial da Petrom, Milton Sobrosa Cordeiro. “Além de não descartamos mais nenhum efluente nos rios, a tecnologia empregada na ETE permite redução de 22% no consumo de água, o que favorece a preservação desse


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mercado empresarial

recurso natural”, avalia o executivo, que também é diretor do Ciesp Alto Tietê.

Mais novidades

Além do Efluente Zero – 100% de Reuso, a Petrom também apresentou o Centro de Desenvolvimento e Inovação (CDI), setor voltado para a pesquisa de novas tecnologias e produtos. Com investimentos de meio milhão de reais, o departamento conta com laboratório e uma planta piloto, onde o uso dos produtos é testado em operação. O CDI entrou em operação no final de 2008 e conta com um grupo de profissionais com formação acadêmica e tecnológica, que ao longo dos últimos 30 meses deu suporte para que a Petrom, agora, se firme também como centro de excelência e inovação industrial no segmento químico. A indústria de Mogi das Cruzes figura como a maior fabricante na América Latina de anidrido ftálico, importante matéria prima na produção de plastificantes, tintas e resinas. A empresa ocupa uma área de 137 mil metros quadrados, conta com aproximadamente 200 colaboradores e atua também na produção de plastificantes ftálicos, ácido fumárico técnico e álcool isoamílico. Como resultado deste investimento, a Petrom já depositou sua primeira patente em dezembro de 2009, que é um plastificante de origem natural ME

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Sustentabilidade energética começará nos transportes, diz Goldemberg

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s pesquisas voltadas ao aprimoramento de veículos automotores deverão comandar as mudanças das matrizes energéticas de outros setores rumo à utilização de fontes renováveis. A afirmação, de José Goldemberg, do Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da Universidade de São Paulo (USP), foi feita na Convenção LatinoAmericana do Global Sustainable Bioenergy Project (GSB), realizada no final de março último, na sede da Fapesp. O físico Goldemberg, ex-reitor da USP e exministro da Educação, ministrou a palestra “Como os biocombustíveis podem ajudar o mundo a cumprir as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa?”.

Onde o mundo gasta energia

Com dados de participação de fontes primárias de energia do ano de 2008, Goldemberg destacou que petróleo, gás natural e carvão - combustíveis emissores de gases de efeito estufa - respondem por cerca de 80% da energia consumida no planeta. “Cada ser humano consome o equivalente a 1,5 tonelada de carvão por ano”, disse. Segundo ele, para substituir esses combustíveis é fundamental saber em que áreas são empregados atualmente. “A destinação da energia mundial está basicamente dividida entre três setores: transportes, indústria e edifícios. E cada uma delas responde por cerca de um terço do consumo”, disse.

A renovação de indústrias e edifícios seria muito mais demorada e onerosa. “Um prédio tem uma vida útil entre 50 e 100 anos. Por isso, renovar edifícios é trabalho para dezenas de anos”, afirmou. Por conta disso, para Goldemberg as mudanças das matrizes energéticas devem começar pelos veículos, que têm vida curta e podem ser transformados com uma rapidez muito maior. “Por esse motivo, se preocupar com transporte é um dos caminhos mais seguros para investir na sustentabilidade”, destacou.

Importância do automóvel

Nesse sentido, segundo ele, a substituição da gasolina e de derivados de petróleo por biocombustíveis seria o primeiro passo para que os países comecem a reduzir emissões do principal gás de efeito estufa, o dióxido de carbono. Goldemberg apontou que o petróleo move 30% dos veículos nos Estados Unidos. No restante do planeta, essa fonte é empregada em cerca de 13% dos sistemas de transporte e, no Brasil, sua participação é ainda maior. “Isso é porque o transporte aqui é basicamente rodoviário”, disse. Por meio de gráficos sobre o aumento de emissões de gases estufa em vários lugares, Goldemberg mostrou que os países em desenvolvimento têm aumentado a sua participação. Isso se deve, segundo ele, à industrialização acelerada de países como Índia e China. De acordo com o físico, os países têm mostrado um crescimento exponencial na frota de seus veículos, o que pode culminar com números semelhantes à da frota norte-americana, a maior do planeta, com quase um veículo por habitante. “O automóvel ocupou um lugar na população do século 20 sem precedentes na história. E é algo de que elas dificilmente vão abrir mão”, disse. O


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mercado empresarial

que torna, segundo ele, ainda mais necessárias as pesquisas em biocombustíveis. Para Goldemberg, somente a biomassa e a eletricidade se mostraram ser fontes viáveis de substituição de petróleo em um futuro próximo. E só a biomassa teria a capacidade de substituir integralmente o combustível fóssil.

O hidrogênio, uma das esperanças atuais para combustíveis limpos, também foi descartado por Goldemberg para a utilização no curto prazo. “O hidrogênio obtido hoje deriva principalmente do metano, um combustível fóssil”, disse.

Veículos Híbridos e Elétricos

O professor mostrou um gráfico das emissões de dióxido de carbono registradas no Estado de São Paulo que têm apresentado uma ligeira queda desde 1998. Goldemberg Os veículos têm atribuiu esse resultado a uma recuperação da área verde do Estado e, principalvida curta e podem mente, ao aumento gradual da utilização ser transformados de etanol pela frota paulista. Estima-se com uma rapidez que hoje metade dos veículos em São muito maior Paulo esteja rodando com etanol. “Os biocombustíveis são a verdadeira energia solar encapsulada, convertida em líquido que substitui a gasolina. Portanto, a biomassa é uma área em que vale a pena investir em pesquisas para que seja sustentável e não uma fonte de destruição de ecossistemas”, disse. (Agência Fapesp)

A eletricidade, segundo apontou o professor, tem sido empregada com êxito para melhorar o desempenho de automóveis a gasolina. Alguns exemplos de veículos híbridos bem-sucedidos nos Estados Unidos conseguem aumentar a autonomia de um carro em até dez vezes, mas ainda são modelos muito caros para competir com os convencionais a gasolina. Por outro lado, Goldemberg não vê viabilidade na aplicação a curto prazo de veículos 100% movidos a eletricidade. “Essa tecnologia ainda está na infância. Estudos norte-americanos mostram que o carro elétrico assumirá um papel importante por volta de 2030, isso porque as nossas baterias atuais não são muito mais eficientes do que aquelas que nossos avós usavam no século 19”, provocou.

Energia solar líquida

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Fascículo

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Meio Ambiente O

O

Aquecimento global é um fenômeno climático de larga extensão - um aumento da temperatura média superficial global que vem acontecendo nos últimos 150 anos. Entretanto, as causas deste aumento de temperatura ainda são objeto de controvérsia entre os cientistas. Causas naturais ou antropogênicas (provocadas pelo homem) têm sido propostas para explicar o fenômeno. Debates à parte, importante é constatar que nem os cientistas mais céticos colocam em dúvida o fato que o planeta está se aquecendo. Também não existe contestação séria ao fato de que isso vem ocorrendo em um ritmo muito elevado. Nos últimos 120 anos, a temperatura média mundial subiu 1 grau Celsius. Entre 1910 e 1940 (30 anos), 0,35 grau. Entre 1970 e 2008, aumentou 0,55 grau. De 1996 a 2008, o planeta experimentou onze recordes consecutivos de altas temperaturas. Uma vez alterado, o mecanismo natural do clima não é fácil de ser reajustado. O derretimento rápido dos pólos e uma frequência maior de tempestades violentas e inundações, entre outros fenômenos, aí estão. Mudanças climáticas dessa magnitude têm conseqüências drásticas. O cenário mais pessimista projetado pelos cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), que reúne as maiores autoridades do mundo nesse ramo da pesquisa, é de a temperatura média do planeta subirá até 4 graus até 2100. É um cenário catastrófico, mas ele só ocorrerá, na avaliação dos cientistas, se nada for feito. A projeção mais otimista dá conta de que o aumento projetado seria de 1,8 grau. Isso exigiria um corte de até 70% nas emissões de gases até o ano 2050.

Aquecimento

Global


Meio Ambiente

Aquecimento

Global

As evidências

A principal evidência do aquecimento global vem das medidas de temperatura de estações metereológicas em todo o globo desde 1860. Os dados com a correção dos efeitos de “ilhas urbanas” mostra que o aumento médio da temperatura foi de 0.6+-0.2 C durante o século XX. Os maiores aumentos foram em dois períodos: 1910 a 1945 e 1976 a 2000. Evidências secundárias são obtidas através da observação das variações da cobertura de neve das montanhas e de áreas geladas, do aumento do nível global dos mares, do aumento das precipitações, da cobertura de nuvens, do El Niño e outros eventos extremos de mau tempo durante o século XX. Por exemplo, dados de satélite mostram uma diminuição de 10% na área que é coberta por neve desde os anos 60. A área da cobertura de gelo no hemisfério norte na primavera e verão também diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950 e houve retração das montanhas geladas em regiões não polares durante todo o século XX.

As causas

Grande parte da comunidade científica acredita que o aumento de concentração de poluentes, na atmosfera, originados pela atividade humana, é causa do efeito estufa (queima de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás; queima das florestas tropicais, etc). A Terra recebe radiação emitida pelo Sol e devolve grande parte dela para o espaço através de radiação de calor. Os poluentes atmosféricos estão retendo uma parte dessa radiação que seria refletida para o espaço, em condições normais. Essa parte retida causa um importante aumento do aquecimento global. Segundo esses cientistas, os governos devem tomar medidas urgentes para salvar o mundo da catástrofe. Outros evidenciam que o aquecimento global é real, mas não

têm certeza sobre as suas causas. Dizem que pode tratar-se de atividade solar e parte de um ciclo de aquecimento e esfriamento das temperaturas na Terra – e que, nesse caso, não há nada que os governos possam fazer a respeito. Mas há também o que acham que o aquecimento global é um engano usado por aqueles que querem implantar um governo mundial – indivíduos ou grupos que estariam tentando amedrontar as pessoas para que estas se submetam aos seus planos. Na realidade, a Terra já experimentou ciclos de aquecimento muito antes de o homem fazer sua primeira fogueira. No último milênio dois importantes períodos de variação de temperatura ocorreram: um período quente conhecido como Período Medieval Quente e um frio conhecido como Pequena Idade do Gelo. A variação de temperatura desses períodos tem magnitude similar ao do atual aquecimento e acredita-se terem sido causados somente por fatores naturais. Simulações climáticas mostram que o aquecimento ocorrido de 1910 até 1945 podem ser explicado somente por forças internas-meio-ambiente e naturais (variação da radiação solar), mas o aquecimento ocorrido de 1976 a 2000 é diferente: necessita da emissão de gases antropogênicos causadores do efeito estufa para ser explicado. Ou seja, parece claro, agora, que a atividade humana está contribuindo para o aumento no ritmo da elevação da temperatura média global. Isso se dá pela emissão principalmente de CO2, o que dificulta a dissipação do calor para o espaço. Atualmente, a atividade humana produz mais CO2 do que a natureza. Antes da Revolução Industrial, as emissões de origem humana somavam 290 ppm (partes por milhão) de CO2. Agora chegam a 380 ppm. Uma das principais razões é a ineficiência energética. Para se ter uma idéia, uma única lâmpada, ao final de sua vida útil, terá consumido em eletricidade o equivalente a 250 quilos de carvão (cálculo,


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“Uma única lâmpada, ao final de sua vida útil, terá consumido em eletricidade o equivalente a 250 quilos de carvão

claro, válido para os países que geram energia elétrica com carvão mineral). A partir de 1750 as emissões de dióxido de carbono aumentaram 31%, metano 151%, óxido de nitrogênio 17% e ozônio troposférico 36%! A maior parte destes gases são produzidos pela queima de combustíveis fósseis. Os cientistas pensam que a redução das áreas de florestas tropicais tem contribuído, assim como as florestas antigas, para o aumento do carbono. No entanto, florestas novas nos Estados Unidos e na Rússia contribuem para absorver dióxido de carbono e, desde 1990, a quantidade de carbono absorvido é maior que a quantidade liberada no desflorestamento. Nem todo dióxido de carbono emitido para a atmosfera se acumula nela, metade é absorvido pelos mares e florestas. Resumindo: as mudanças climáticas são causadas pelos dois tipos de desordens: 1. De um lado, as causas naturais com influência externa, como o ciclo solar, a variação orbital, os impactos de meteoritos; e as causas naturais com influência interna, como a mudança dos continentes, a movimentação das placas tectônicas, a mudança nas temperaturas das águas dos oceanos, o esfriamento global, as glaciações e o vulcanismo (o pó dos vulcões carregando a atmosfera). 2. De outro lado, fatores provocados pela atividade humana (incluindo a atividade industrial, o desmatamento, a queimada de combustíveis fósseis e a pecuária), resultando no lançamento excessivo de gases de efeito estufa (GEEs), sobretudo o dióxido de carbono (CO2), na atmosfera. Esses gases formam uma espécie de cobertor cada dia mais espesso que torna o planeta cada vez mais quente e não permite a saída de radiação solar. Mas, o que dizer das grandes quantidades de gases emitidas para a atmosfera desde que começou a revolução industrial? A partir de 1750 as emissões de dióxido de carbono aumentaram 31%, metano 151%, óxido de nitrogênio 17% e ozônio troposférico 36%! A maior parte destes gases são produzidos pela queima de combustíveis fósseis. Os cientistas pensam que a redução das áreas de florestas tropicais tem contribuído, assim como as florestas antigas, para o aumento do carbono. No entanto, florestas novas nos Estados Unidos e na Rússia contribuem para absorver dióxido de carbono e, desde 1990, a quantidade de carbono absorvido é maior que a quantidade liberada no desflorestamento. Nem todo dióxido de carbono emitido para a atmosfera se acumula nela, metade é absorvido pelos mares e florestas.

Entenda o Efeito Estufa Efeito estufa é o aquecimento gradual do planeta provocado pelo acúmulo de certos gases na atmosfera, principalmente dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2). Os gases à base de carbono são conhecidos como gases estufa. O efeito estufa tem um lado bom. A camada de gases em torno da Terra serve para manter a temperatura do planeta nos limites adequados para a vida. Sem essa “manta” que retém o calor, a atmosfera seria cerca de 18 graus Celcius mais fria. O aspecto negativo do efeito estufa está relacionado à ação do homem. A atmosfera da Terra formou-se lentamente, em bilhões de ano. De repente, em poucas décadas, a grande produção de gases estufa pelo homem ameaça alterar seu equilíbrio, tornando-a cada vez mais espessa, o que resultaria na retenção de mais calor sobre a superfície da Terra. Não há dúvida sobre o papel dos gases no aquecimento global. Mas ainda há discussões sobre o verdadeiro papel do dióxido de carbono emitido por atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão) e a fumaça das queimadas. Foi provado o aumento da temperatura média do planeta nos últimos anos. Também já foi mostrado o aumento da emissão de gases estufa por atividades humanas. Mas não se estabeleceu ainda um clara relação de causa e efeito entre esses dois fatos. O aumento da temperatura poderia ser uma oscilação natural do planeta. Estuda-se também o papel dos oceanos. Eles cobrem três quartos da superfície do planeta. Grande parte do carbono é produzido nos oceanos através do fitoplâncton, minúsculos organismos vegetais. Qual a verdadeira capacidade de o mar servir de “depósito” de carbono? É mais um tema em discussão.

Vo l .


Meio Ambiente

“Devido ao aquecimento das águas, a ocorrência de furacões das categorias 4 e 5, dobrou nos últimos 35 anos

Os efeitos

Devido aos efeitos potenciais sobre a saúde humana, economia e meio ambiente o aquecimento global tem sido fonte de grande preocupação. Algumas importantes mudanças ambientais têm sido observadas e foram ligadas ao aquecimento global. A diminuição da cobertura de gelo (em 2005, a camada de gelo foi 20% menor em relação à de 1979 no Ártico e na Groenlândia), e as mudanças dos padrões climáticos, são exemplos das consequências do aquecimento que podem influenciar não somente as atividades humanas mas provocar mudanças nos ecossistemas: com o aumento da temperatura global algumas espécies podem ser forçadas a sair dos seus habitats (possibilidade de extinção) devido a mudanças nas condições enquanto outras podem espalhar-se, invadindo outros ecossistemas. Uma outra causa grande preocupação é o aumento do nível do mar. O nível dos mares está aumentando em 0.01 a 0.02 metros por década e em alguns países insulares no Oceano Pacífico são expressivamente preocupantes, porque cedo eles estarão debaixo de água. O aquecimento global provoca subida dos mares principalmente por causa da expansão térmica da água dos oceanos, mas alguns cientistas estão preocupados que no futuro, a camada de gelo polar e os glaciares derretam. Em consequência haverá aumento do nível, em muitos metros. No momento, os cientistas não esperam um maior derretimento nos próximos 100 anos. Devido ao aquecimento das águas, a ocorrência de furacões das categorias 4 e 5 (os mais intensos da escala), dobrou nos últimos 35 anos. E com o clima mais quente, a evaporação aumenta. Isto provoca pesados aguaceiros e mais erosão, podendo chegar a re-

sultados mais extremos com o aquecimento progressivo. Os desertos avançam: o total de áreas atingidas por secas dobrou em trinta anos. Um quarto da superfície do planeta é agora de deserto. Só na China, as áreas desérticas avançam 10.000 quilômetros. O aquecimento global também pode apresentar efeitos menos óbvios. A Corrente do Atlântico Norte, por exemplo, provocada por diferenças entre a temperatura entre os mares. Aparentemente ela está diminuindo conforme as médias da temperatura global aumentam, isso significa que áreas como a Escandinávia e a Inglaterra que são aquecidas pela corrente devem apresentar climas mais frios a despeito do aumento do calor global. Em longo prazo, as mudanças climáticas constituem uma ameaça a todos os habitantes do planeta, e em alguns lugares está minando os esforços da comunidade internacional para reduzir a extrema pobreza. Os conflitos violentos, a insuficiência de recursos, a falta de coordenação e as políticas ineficazes continuam desacelerando o progresso, principalmente na África. Em nosso continente a situação não é diferente. O Banco Mundial prevê que a América Latina sofra conseqüências “devastadoras” no meio ambiente e na economia, algumas das quais já começam a nos afetar. As geleiras andinas estão retrocedendo e podem desaparecer por completo nos próximos dez ou vinte anos, e a diminuição dos arrecifes de coral está devastando a economia das ilhas do Caribe. Se a temperatura média do planeta aumentar entre dois e três graus Celsius, a Floresta Amazônica pode diminuir entre 20 e 80%. Prevê-se um aumento das doenças, processo que foi verificado na Colômbia com a malária. O último relatório do IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, órgão científico da ONU, projeta um aumento médio de temperatura superficial do planeta entre 1,4 e 5,8º C entre 1990 a 2100. O nível do mar deve subir de 0,1 a 0,9 metros nesse mesmo período. Ante estas perspectivas, os países da região já estão tomando medidas para deter o aquecimento global e mitigar seus efeitos, como a dessalinização por meio de energia eólica, o fortalecimento da infra-estrutura costeira, a recuperação de arrecifes de coral e o desenvolvimento de novos combustíveis, como o etanol no Brasil. Respondendo a este desafio, as Nações Unidas têm criado projetos para ajudar governos e sociedade civil a lidar com as mudanças climáticas e a criar maNa próxima neiras de aplacar os efeitos do aquecimento edição: global. Políticas para Fontes: Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas salvar o (IPCC), Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente Planeta (PNUMA), Jornal do Meio Ambiente, Veja/Abril, WWF.


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meio ambiente

Tzeno Galchev

Mini geradores tiram energia das vibrações do meio ambiente

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inúsculos geradores desenvolvidos na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, são capazes de produzir eletricidade suficiente para alimentar relógios de pulso, marcapassos, sensores sem fios ou diversos outros aparelhos de baixo consumo de energia. Ao contrário das pilhas comuns, que utilizam reações químicas, ou mesmo das pilhas recarregáveis, que exigem novas cargas periódicas, os minigeradores produzem energia a partir das vibrações presentes no meio ambiente. Estas vibrações estão presentes em quase toda parte - no andar do ser humano, por exemplo - mas são mais intensas nas áreas urbanas, onde são produzidas pelo tráfego de automóveis em viadutos e pontes ou pelo funcionamento das máquinas nas fábricas.

piezoelétrico - um tipo de material que produz eletricidade quando sofre uma ação mecânica. O minigerador produzir até 0,5 miliwatt (ou 500 microwatts) a partir das vibrações normais de um ser humano movimentando-se no dia a dia. Embora pareça pouco, essa energia é muito mais do que o necessário para alimentar um relógio de pulso, que consome entre 1 e 10 microwatts, ou um marcapasso, que gasta entre 10 e 50 microwatts.

Mini geradores

Pilhas do futuro

A geração de energia a partir de vibrações teve um impulso recente com o trabalho de cientistas da Universidade de Duke, também nos Estados Unidos, que demonstraram ser possível gerar energia a partir de vibrações de frequências variáveis. Até O minigerador produzir então, quase todos os dispositivos semelhantes apresentavam capacidades até 0,5 miliwatt (ou mais limitadas porque dependiam de 500 microwatts) a partir movimentos previsíveis e regulares. das vibrações normais Uma borracha que gera energia de um ser humano e nanofios que exploram a energia movimentando-se no mecânica do ambiente estão entre os desenvolvimentos mais promissores dia a dia. na área.

Geradores piezoelétricos

Os pesquisadores agora construíram três protótipos de geradores alimentados por vibração, e já estão preparando um quarto, de maior eficiência. Nos dois primeiros, a conversão de energia é realizada através da indução eletromagnética, com uma bobina móvel, que oscila sob a ação das vibrações, ficando submetida a um campo magnético variável. Este é um processo semelhante ao dos grandes geradores que estão funcionamento em todas as usinas elétricas, qualquer que seja a fonte de energia cinética para seu acionamento. Já o minigerador mais recente, e o menor de todos, mede cerca de 1 centímetro cúbico, usa um material

Para avaliar o potencial da tecnologia, basta imaginar se cada pilha vendida hoje no comércio funcionasse com base nesse princípio, gerando energia indefinidamente, sem precisar recarregar e com uma vida útil avaliada em décadas. O alívio sobre a matriz energética nacional que uma grande quantidade desses minigeradores piezoelétricos poderia permitir ainda não foi calculado, mas certamente equivaleria a várias usinas. Os minigeradores, contudo, ainda produzem significativamente menos energia do que as pilhas e terão que evoluir bastante para alimentar dispositivos maiores. Até lá, sua aplicação principal será na alimentação de sensores, que estão se espalhando com os conceitos de edifícios inteligentes e também para o monitoramento ambiental em larga escala e de forma contínua. “Há uma questão fundamental que precisa ser respondida, que é como alimentar os dispositivos eletrônicos sem fios que estão se tornando onipresentes,” disse Khalil Najafi, que está desenvolvendo os minigeradores juntamente com seu colega Tzeno Galchev. “Há muita energia por aí, sob a forma de vibrações, que pode e deve ser aproveitada.” (Inovação Tecnológica)


mercado empresarial

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meio ambiente

Lixo espacial torna-se preocupação internacional

H

á quase uma década acontecia uma das maiores demonstrações de engenharia espacial e controle de artefatos à distância: a reentrada da MIR. Mas a maioria do lixo espacial permanece em órbita. O avanço tecnológico, com a criação dos programas espaciais e dos satélites, permitiu ao homem usufruir de serviços considerados importantes como as telecomunicações, a geração de dados e de imagens da Terra e do espaço, e a previsão do tempo, apenas para citar alguns. Grande parte dos registros históricos na área ocorreu nas últimas décadas do século 20. A primeira década deste século serviu de reflexão sobre a necessidade de maior controle da atividade, em especial, diante do acelerado crescimento no volume de detritos lançados na órbita terrestre - satélites desativados e restos de foguetes e de equipamentos que ameaçam a segurança do sistema, o chamado lixo espacial.

Reentrada da MIR

No dia 23 de março de 2001, a Rússia decidiu destruir a estação espacial Mir (Paz em russo), depois de 15 anos em órbita, mais de três vezes o tempo previsto inicialmente para a sua vida útil. O gigante de 137 toneladas retornou a Terra com manobras controladas

Imagem: NASA

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por técnicos da Agência Espacial Europeia (ESA). A estação estava a 320 km da superfície e foi conduzida em direção à atmosfera. O choque com as camadas superiores provocou explosões e a sua queima. Os restos da Mir caíram sobre uma área do Pacífico Sul, entre a Nova Zelândia e o Chile. “A reentrada da Mir foi executada com segurança e precisão - um final apropriado para o seu recorde impressionante”, disse Frank Longhurst, da direção da agência russa Moscovo, responsável pelo controle da missão. Assim, finalizou-se com sucesso a trajetória da estação russa, que teve o seu primeiro módulo lançado em 1986; pela qual 105 cosmonautas, dos quais 81 não russos, de 11 nacionalidades, tiveram a chance de voar entre 1988 e 1999. Um ano antes do objeto mais pesado lançado ao espaço voltar a Terra, a NASA realizou o seu primeiro retorno orbital completamente controlado. Também foi no mês de março (de 2000) que engenheiros e cientistas da organização começaram os preparativos para a descida gradual do Observatório de Raios Gama Compton, de 17 toneladas, para o Oceano Pacífico.


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Mapa do lixo espacial

Experiência brasileira

Dois significativos objetos que deixaram de fazer parte do conjunto de detritos que formam o chamado lixo espacial, uma das grandes preocupações deste século - entram na pauta da ONU. O pesquisador Marcelo Souza, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), lembra que o Brasil tem acompanhado as ações internacionais de controle dos detritos. Em abril de 2003, um pequeno grupo de técnicos pode observar a trajetória de reentrada do satélite BeppoSax. Construído e lançado por companhias italianas e holandesas, em 1996, com finalidade parcialmente científica e para estudar os raios X emanados do espaço cósmico. A equipe recebeu as informações da Agência Espacial Italiana (ASI) e, ao refazer os cálculos, conseguiu prever a queda no Oceano Pacífico com quase uma hora de antecedência em relação às informações oficiais. Representantes da Nasa também estiveram no Brasil, em outubro de 2000, para apresentar detalhes da operação do Compton.

De acordo com o primeiro relatório divulgado neste ano pela Nasa, o volume de lixo espacial aumentou quase 20% em 2009 em relação ao ano anterior. O levantamento trimestral detectou em torno de 15 mil objetos ao redor do planeta, desde seção de foguetes a fragmentos diversos. Em 2008, foram observados 12.743 resíduos. A avaliação é feita usando radares e telescópios óticos e análise de superfícies da nave em seu retorno do espaço. As informações sobre cada satélite fragmentado são descritas juntamente com as suas características orbitais, incluindo o número de detritos gerados. No relatório da Nasa para os detritos espaciais (Nasa Orbital Debris Program Office) é feita a contabilidade do lixo e apontados os maiores responsáveis pela sua existência. Dos 15.090 objetos que se encontram na órbita terrestre, 5.653 teriam sido de artefatos lançados pela Commonwealth of Independent States (CIS) - Reino Unido e suas colônias -, seguida dos Estados Unidos, com 4.812 e da China, com 3.144. A Agência Espacial Europeia (ESA) aparece como a entidade que menos produz lixo, responsável por 85 objetos no espaço.

Meio ambiente espacial

O crescimento do número de detritos é acompanhado pelo avanço dos programas espaciais. O pesquisador Antônio Bertachini, do departamento de Mecânica Espacial e Controle do Inpe, esclarece que o lixo espacial é resultante, principalmente, de sobras de missões espaciais. “Quando um foguete leva um satélite para o espaço sobram pedaços de todos os tamanhos, desde um estágio inteiro do foguete de dezenas de quilos a parafusos. Tudo isso que não é utilizado é chamado de lixo espacial”. Bertachini ressalta que, a cada ano, são adicionados de 70 a 100 satélites no espaço. “No começo da era espacial se lançava um satélite por ano, hoje existem mais de 800. Então, o problema só vai piorando e rapidamente”, alerta. A constatação também foi feita pela ESA. De acordo com o último relatório da instituição, os quatro mil lançamentos de satélites feitos nos últimos 50 anos produziram mais de 25 mil objetos observáveis, que são maiores do que 10 cm de diâmetro. Desses, 15 mil estão em órbita, mas o “número de partículas menores é ainda maior”, afirma o documento do Debie-1 (primeiro modelo

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meio ambiente

de voo), tecnologia de satélites de pequeno porte dedicada, em parte, a monitorar o ambiente do espaço.

Choque de satélites

O conjunto de objetos em órbita pode oferecer riscos à navegação espacial, especialmente, aos voos tripulados. A consequência disso é a possibilidade de colisões. Mesmo um pedaço pequeno pode fazer um estrago muito grande, porque a velocidade no espaço é muito alta. “Um parafuso pode perfurar um satélite e destruir equipamentos a bordo”, explica Bertachini. A presença de satélites desativados na órbita terrestre também é uma preocupação. Em fevereiro de 2009, o mundo acompanhou as notícias da primeira colisão entre dois satélites artificiais. O incidente envolveu um satélite ativo dos Estados Unidos e um desativado da Rússia, que não era mais usado desde 1995. A estimativa é de que o choque possa ter gerado 1.500 fragmentos, aumentando consideravelmente o volume dos chamados detritos espaciais. A estação russa MIR estava a 320 km da superfície e foi conduzida em direção à atmosfera. O choque com as camadas superiores provocou explosões e a sua queima. Os restos da MIR caíram sobre uma área do Pacífico Sul, entre a Nova Zelândia e o Chile. A ocorrência reacendeu o debate sobre acúmulo de lixo espacial e sobre a necessidade de serem estabelecidas políticas mais efetivas para o registro, medição e monitoramento da órbita da Terra. Desde o lançamento do Sputnik pela antiga União Soviética, em 1957, foram até verificadas outras colisões na órbita terrestre de objetos de grande porte, feitos pelo homem, mas todos de menor peso. O pesquisador do Inpe reforça que, apesar da colisão ter sido registrada recentemente, existem serviços especializados, como nos Estados Unidos, para rastrear e monitorar os objetos maiores. “E aí é possível saber onde eles estão e tentar evitá-los. Mas pedaços pequenos são muito difíceis de serem detectados. Existe um fator sorte muito grande numa missão espacial. Sempre existe uma chance de ter um problema como esse.” Segundo Bertachini, a probabilidade de um objeto reentrar na atmosfera e atingir uma pessoa na superfície é muito remota porque quando ele passa pela atmosfera é queimado. “Mas isso já aconteceu. Mesmo assim, como o planeta tem extensa área de oceanos e de regiões de desertos, fica ainda mais reduzida essa possibilidade; mas para os satélites essa é uma ameaça constante”, sustenta.

Controle espacial

O pesquisador Marcelo Souza, do Inpe, ressalta que o controle dos objetos no espaço é feito, hoje, por intermédio de telescópios ópticos e radares. É possível avaliar os objetos com tamanhos acima de 10 cm de diâmetro, inclusive por meio de ilustrações nos sites das agências internacionais. O especialista salienta que a atividade espacial seria viável mesmo sem ter esse monitoramento. Para ele, a necessidade desse controle ainda é pequena, mas se torna cada vez maior. “O espaço é muito grande o que reduz as chances de colisão em geral. Mas , em algumas órbitas especiais, como a geoestacionária, há maior chance de incidentes pelo maior uso”. Para reduzir os riscos, Souza considera importante incentivar a utilização de outras órbitas e, no Brasil, estimular o interesse pelo assunto nas instituições ligadas à área.

Direito espacial

A discussão sobre a responsabilidade ou ainda sobre as formas para retirar o lixo não avançou muito nos 50 anos da era espacial. Muita coisa já foi pensada, sem soluções concretas ou tecnologicamente viáveis. Entre as ideias mais extravagantes está a de se construir uma imensa rede ou até um veículo espacial para arrastar e coletar o lixo. Uma das alternativas mais discutidas pelos especialistas é a remoção do satélite de sua órbita antes de deixar de funcionar. Regra adotada na órbita geoestacionária (localizada a 36.700 km no plano da linha do Equador). Essa órbita é considerada importante por abrigar os satélites ligados ao serviço de telecomunicações. “Mas nem todos os satélites têm motor para serem retirados e o lixo espacial é predominantemente de peças”, reforça Bertachini. O tema ganha espaço em congressos e eventos voltados à discussão de programas espaciais. O Subcomitê Técnico-Científico do Comitê da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Uso Pacífico do


mercado empresarial

Espaço Externo (Copous, na sigla em inglês) aprovou uma série de diretrizes, em 2007, para tentar reduzir a incidência de lixo em órbita daqui para frente. O documento foi oficialmente divulgado na 47ª reunião do grupo, realizada em fevereiro último, em Viena (Áustria). A orientação repassada aos países vai desde a limitação dos dejetos espaciais liberados durante o funcionamento dos sistemas espaciais à necessidade de se minimizar os riscos de desintegração, além de realizar a reentrada controlada dos satélites em direção a Terra ao término da vida útil. O diretor de política espacial e investimentos estratégicos da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCT), Himilcon Carvalho, destaca entre os temas em debate a importância da maior troca de informações entre agências e operadoras para evitar incidentes e possíveis falhas de comunicação. “Nesse sentido, começa a se discutir até a criação de uma Agência Internacional de Tráfego Espacial”, informa.

Cemitério espacial

O diretor da AEB considera o anúncio das diretrizes para mitigação do lixo espacial um avanço, mas avalia que as recomendações devem ser obedecidas

meio ambiente

conforme a possibilidade de cada país. “Complicado impor muitas regras para os que estão em desenvolvimento e tentando crescer, como o Brasil e a Índia, onde a atividade espacial ainda é muito cara”, pondera. Para o chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), José Monserrat Filho, as diretrizes representam um passo importante, mas o documento ainda é uma simples recomendação e precisa avançar no aspecto jurídico. Na avaliação do especialista em direito internacional, uma das alternativas para evitar que as centenas de satélites em atividade se transformem em lixo espacial ao fim de suas atividades é programá-los para que eles sigam em direção a outras órbitas. “Os países estão preocupados com isso porque o lixo está nas órbitas mais utilizadas. Os satélites deveriam ser deslocados para órbitas mais distantes antes do término do combustível”, sugere. “O material usado também deve ser objeto de estudo para que seja de fácil manipulação quando se tornar um lixo espacial”, avalia. De acordo com Monserrat, as medidas não são tomadas porque são caras e complexas. “Um grande desafio para os países que desenvolvem programas espaciais. Como poderemos garantir a sustentabilidade e segurança dos procedimentos normais com o crescimento em grande escala do lixo espacial?”, indaga. (Ministério da Ciência e Tecnologia) ME

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destaque

PARNOX

Qualidade e alta tecnologia em fixadores de aço inox Trajetória

O

grande diferencial desta empresa em plena expansão é a capacidade de produzir qualquer tipo de fixador de aço inox, conforme a necessidade de seus Clientes, a partir de desenhos ou amostras de peças já existentes. Mas há outras duas razões pelas quais a empresa é reconhecida no mercado: seu alto padrão de qualidade e a tecnologia de ponta empregada pela sua produção. A empresa produz fixadores com estampagem a frio, estampagem a quente ou fixadores e peças especiais de precisão usinados. No portfolio da Parnox há cerca de 15 mil itens diferentes já fabricados! A empresa é a responsável por muitos tipos de fixadores utilizados em equipamentos que abastecem a Petrobras – aliás, é muito forte a sua atuação junto à indústria petroquímica, tendo produzido inclusive A empresa produz grandes peças para uma plataforma de peças diferenciapetróleo no Oriente Médio. das, conforme a Pata atender sua clientela da melhor forma possível, a empresa criou um necessidade do departamento técnico capacitado para Cliente. atender qualquer tipo de pedido de fixadores industriais. A empresa também tem se destacado na execução de qualquer tipo de serviço em ligas especiais, entre elas, a Inconell, Alloy 20, Duplex, Super Duplex, V8 e V8m. Para isso, investiu em máquinas e equipamentos de última geração - com o que há de mais moderno em precisão -, em certificações de qualidade ISO e em pessoal altamente qualificado. Ente os produtos fabricados pela Parnox, estão parafusos, porcas, arruelas, tirantes (barras roscadas), ou seja, todo material utilizado para fixação dos produtos industriais.

A história da Parnox começa há 22 anos, quando os irmãos e sócios Carlos Roberto Silva (Gerente Comercial) e José Severino da Silva (Gerente de Produção), fundaram a empresa focada no mercado de fixação de peças e equipamentos industriais em qualquer tipo de aço inox. A empresa nasceu com bagagem no segmento, pois o sócio José Severino da Silva é reconhecidamente um dos profissionais mais experientes na produção de parafusos e seus derivados. “De uns dez anos para cá, também começamos a produzir peças em todas as ligas existentes. Atuamos nos mercados alimentício, petrolífero, químico e de celulose, hospitalar, médico (ortopédico), indústria naval, indústria de bombas e válvulas, telefonia móvel e fixa, setor elétrico e em todos os segmentos que utilizem produtos de alta durabilidade e resistência” – relata Carlos Roberto. “Comercializamos para o Brasil inteiro, já fizemos vendas para Argentina e para o Oriente Médio. Temos muitos clientes que exportam seus equipamentos e máquinas com os fixadores produzidos pela Parnox” – ressalta o Gerente Comercial.

Expansão

A Parnox vem crescendo ano a ano. “Quando começamos tínhamos dois funcionários, hoje temos 110 e uma sede própria, na Vila Prudente, em São Paulo, com 2 400 m2 de área construída. Estamos crescendo cerca de 15% ao ano nos últimos anos”, comemora Carlos Roberto. As perpectivas no mercado brasileiro são boas” – continua. O mercado está aquecido com várias encomendas em carteira. Também somos otimistas quanto ao futuro da indústria mecânica brasileira para os próximos anos, tendo em vista o início dos projetos da Petrobras para a exploração do “Pré-Sal ME



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sustentabilidade

Sustentabilidade em shoppings centers: um caminho sem volta *Heloisa Bomfim

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importância de tornar os empreendimentos brasileiros mais sustentáveis, desde a construção até a operação, ganha cada vez mais destaque no mundo corporativo. O tema é discutido nos mais diversos segmentos de negócios, como varejo, serviços e indústria. E, cada vez mais, a aplicação de boas práticas ambientais e a preferência por empreendimentos verdes são incluídas na política global de grandes empresas. A sustentabilidade é um caminho sem volta. O desafio é investir na construção dos chamados “green buildings” e buscar formas de tornar sustentáveis também as construções antigas Em grandes empreendimentos comerciais, como shopping centers, por exemplo, o consumo de energia é um dos principais gastos mensais. Assim, além de ambientalmente correto, um projeto que vise a sustentabilidade do empreendimento - e inclua desde o design até a operação diária - significa não só a redução de consumo de recursos naturais, mas também diminuição das despesas financeiras. Ao contrário do que muitos podem imaginar, o investimento na construção de um prédio verde não chega a ser 10% superior ao de um empreendimento comum. As estimativas indicam que um empreendimento projetado para ser sustentável, desde a construção até a operação, costuma ser de 3,5% a 7% mais caro. Em contrapartida, o preço de venda ou o aluguel dos espaços, sejam salas comerciais ou lojas, também supera em cerca de 7% os valores cobrados dos empreendimentos comuns. Além disso, no longo prazo, a economia gerada com a redução do consumo e a melhoria

de performance da operação garantem uma economia de até 30% no condomínio mensal, o que torna o negócio cada vez mais atrativo para os lojistas. Ainda considerando o mercado de shopping centers, apenas cerca de 6% do total de empreendimentos existentes no País implementaram técnicas sustentáveis desde a construção. Entre elas, destacam-se a definição de um design que favoreça a iluminação natural durante o dia, equipamentos elétricos eficientes, projetos para reuso de água e utilização de água das chuvas, além de sistemas inteligentes de iluminação ou ar condicionado. Porém, e os demais shoppings? Como garantir a sustentabilidade em um empreendimento já construído? Neste caso, há uma série de processos que podem proporcionar maior eficiência da operação, otimizando o consumo de recursos naturais e garantindo a sustentabilidade. Adaptações na infra-estrutura, revisão do projeto de iluminação e o retrofit de equipamentos são alguns exemplos de como é possível rever a operação diária. Para se ter uma idéia, no processo de certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), um dos principais certificados do mundo que visa a aplicação de boas práticas ambientais, a forma e o consumo de energia elétrica e de água estão entre os principais itens avaliados. Assim, para os empreendimentos mais antigos, que não são projetados para energia solar ou reuso de água, o investimento em equipamentos novos, que consomem menos energia,


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pode ser a solução para iniciar o processo de economia. Na iluminação, a troca por lâmpadas mais eficientes, como “leds”, deve ser a primeira atitude, seguida por sensores de iluminação. No entanto, em alguns casos, iniciativas simples, como aumentar o nível do brilho do piso, podem trazer ótimos resultados na iluminação, através de reflexão. Já no sistema de ar condicionado, que corresponde a 60% da conta de energia de um shopping, investir na implementação de sistemas de controle por andar ou loja, assim como na inclusão de películas que limitam a entrada de sol no ambiente, podem ser ótimas alternativas. Também é possível optar pela inclusão de um gerador de energia para os horários de ponta, em que a energia elétrica costuma ser mais cara. Esse conjunto de ações permite uma economia de até 30% no custo operacional do empreendimento. Com relação à economia de água, um dos recursos mais escassos de nosso planeta, é possível realizar alterações nos equipamentos para o consumo inteligente. Como exemplo, podemos citar a troca de torneiras manuais para torneiras com temporizadores ou descargas a vácuo. Já existe também uma linha

sustentabilidade

de louças para banheiros com desgin projetado para reduzir o consumo de água. Com o reuso de água, iniciativa que traz mais economia entre as citadas, é possível a reutilização da água para rega de plantas e direcionamento para sanitários. Embora projetos de créditos de carbono não sejam economicamente viáveis para o segmento de shopping centers, o monitoramento do quanto foi reduzido auxilia na visualização dos efeitos positivos do projeto de eficiência energética. Vale ressaltar, entretanto, que um dos maiores desafios da manutenção do projeto sustentável em um shopping é a garantia de que o cliente final não será afetado com as mudanças realizadas. Reduzir o consumo de energia ou otimizar a operação de infraestrutura não deve interferir no grau de adequabilidade do ambiente. Se o cliente encontra um local limpo, organizado e atraente visualmente, ele ficará mais tempo no shopping, o que aumenta a probabilidade de conversão da venda e, consequentemente, o ticket médio do shopping. Os shoppings verdes são, de fato, um caminho sem volta ME

*Heloisa Bomfim business developer da área de empreendimentos comerciais e shoppings centers da Dalkia Brasil

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comportamento

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Reimagine! *por Tom Coelho

“Se você não gosta de mudança, vai gostar ainda menos de irrelevância.” (General Eric Shinseki)

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ocê pode ler as 352 páginas de “Reimagine! Excelência nos negócios numa era de desordem” (Futura, 2004) ou assistir aos 77 minutos do filme com igual título, distribuído no Brasil pela Siamar, para entender o porquê de Tom Peters ser considerado um dos nomes mais influentes da administração moderna. O fato é que Peters aborda temas que por vezes não chegam a ser inovadores, mas sua forma de apresentá-los é única e surpreendente. Ilustra, exemplifica e utiliza cases de empresas para demonstrar que é possível fazer diferente, fazer a diferença. Algumas sugestões que podem ser extraídas de sua obra acompanhadas de breves reflexões pessoais:

1. Abrace uma grande visão. Você ou sua empresa alcançarão o grau de crescimento e de exposição que postularem em seus planos. Pense pequeno e pisará a grama, pense médio e caminhará por entre arbustos, pense grande e habitará uma floresta. Se desejar ser a maior empresa de seu setor parecer utópico, experimente imaginar ser a melhor. Isso é sempre possível. E compartilhe esta visão.

2. Contrate grandes pessoas. Num mundo de produtos comoditizados, são as pessoas o grande diferencial. Aprenda a selecionar gente com vontade de trabalhar, com eletricidade no corpo e brilho nos olhos. Gente com atitude, mais do que habilidades, que podem ser ensinadas a qualquer tempo. Gente melhor do que você! E contrate devagar, buscando qualidade a partir da quantidade. Mas demita rápido, tão logo seja preciso.

3. Promova o envolvimento. Faça as pessoas trabalharem com você e não para você. Elas devem se sentir não apenas parte do processo, mas protagonistas das soluções. O envolver é entrelaçar, compartilhar e comprometer-se. Empenho que decorre do entusiasmo, determinado menos por questões financeiras e mais pelo orgulho de pertencer e pelo respeito aos propósitos da companhia e à liderança.

4. Treine o tempo todo. Prepare sua equipe treinando-os continuamente. A tarefa é desenvolver competências técnicas, comportamentais, relacionais e até valorativas. Esqueça a mensuração baseada em horas de treinamento anual por pessoa. Isso é balela estatística. A verdadeira régua está na qualidade do treinamento. Ajude-os a conhecer tudo sobre seus produtos e serviços, mas contribua também para que se tornem também pessoas melhores e não somente profissionais melhores.

5. Comunique constantemente. Mantenha a todos informados: colaboradores, clientes, acionistas. Faça a informação – de qualidade – circular. Use da transparência, evite eufemismos, diga a verdade. A mentira tem pernas curtas, vida longa e seu legado é devastador. Compartilhar resultados favoráveis é prazeroso e fácil, mas poucos fazem o mesmo com as más notícias, perdendo a oportunidade de captar grandes aliados para superá-las.


comportamento

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9. Ofereça um atendimento extraordinário. Duvido que ainda haja neste mundo uma pessoa qualquer que não tenha sido flagrantemente destratada, negligenciada e até desrespeitada enquanto consumidora. São profissionais de telemarketing ativo que invadem nossa privacidade na calada da noite, muitas vezes para oferecer um produto do qual já somos seus usuários. São profissionais de telemarketing passivo, dos ordinários serviços de atendimento ao cliente, desprovidos de treinamento, autonomia e bom senso, que raramente resolvem uma demanda com iniciativa, interesse e rapidez. São profissionais em pontos de venda, que não procuram identificar nossas necessidades, mas apenas sugerir o que lhes convém, e raramente solícitos por ocasião de uma troca ou substituição. Estou farto deste desatendimento! Gente que não entende que venda se processa antes, durante e depois da compra. Gente que não aprende que vender e servir andam de mãos dadas. Gente que ainda não descobriu que a única coisa que cativa um cliente é uma experiência de atendimento inesquecível e extraordinária. E que isso é fácil de proporcionar: basta dar atenção.

6. Desenvolva ideias e soluções inovadoras. Pense fora da caixa, do plano bidimensional. Faça propostas absurdas ao mesmo tempo em que reflete sobre o óbvio – assim surgiu a jornada flexível de trabalho. Atente para as perguntas e formule outras perguntas quando tiver obtido uma provável resposta – assim nasceu o carro bicombustível. Fique de olho nas conseqüências, inclusive aquelas que parecerem totalmente desfavoráveis – assim foi criado o medicamento para disfunção erétil. Hospitais não precisam ser tristes, aulas não carecem de ser chatas, políticos não necessitam ser corruptos.

7. Design é fundamental. Em termos de design, o que menos conta é a beleza, ainda que ela possa e deva ser contemplada. O que está em jogo é a funcionalidade, a praticidade, o tipo de material empregado. Falamos de leveza, de manuseio, de alternativas com custo inferior – e valor agregado superior. Continuo sem entender por que aqueles sachês de mostarda, maionese e ketchup são tão irritantemente difíceis de serem abertos. Ou por que as embalagens de sanduíches não são formatadas para funcionarem como guardanapo, evitando o contato das mãos com o alimento. Alguém se habilita?

8. Tecnologia para facilitar. Tecnologia que se propõe exclusivamente a transparecer uma imagem futurista apenas intimida e afasta clientes, além do risco de representar um caminhão de dinheiro jogado no lixo. O que se espera são instrumentos para agilizar processos, promover a integração, ampliar a comunicação, reduzir custos diretos ou indiretos. A mudança tecnológica deve ser evolucionária, e não revolucionária. Pequenos avanços hoje, grandes inovações amanhã.

10. Divirta-se! Quer colher comprometimento dos funcionários, fidelidade dos clientes e retorno sobre o investimento? Construa um ambiente que seja prazeroso para trabalhar e agradável para visitar. Um local onde quem trabalha aguarde ansiosamente pela segunda-feira para iniciar uma nova e produtiva semana. Um espaço onde quem consome sintase estimulado a permanecer por horas desfrutando de sua atmosfera e infraestrutura. Livrarias com confortáveis poltronas onde se pode degustar a leitura de qualquer obra sem restrições, por exemplo, já aprenderam esta lição.

Reflita sobre estas propostas, celebre as conquistas e gerencie com paixão. Tenha menos foco em coisas, mais cuidado com pessoas. Reinvente. E reimagine!

*Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 países. É autor de “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional”, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros.

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Biocombustível super

limpo é produzido com tecnologia de TV a plasma

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Imagem: Albin Czernichowski

mesmo processo responsável por iluminar as enormes telas das TVs de plasma poderá ser a base para uma nova geração de reatores capazes de produzir biocombustíveis ultra limpos. Albin Czernichowski, da Universidade de Orleans, na França, construiu um pequeno reator de baixo custo, que ele chamou de reator GlidArc, que usa o plasma - nuvens de um gás eletricamente carregadas - para produzir combustíveis super limpos. Segundo o site Inovação Tecnológica, o biodiesel gerado pelo reator com tecnologia a plasma, por exemplo, libera 10 vezes menos material particulado do que o diesel normal. Embora os dois feitos - ser barato de fabricar e produzir combustível menos poluente - já fossem o suficientes para chamar a atenção para o reator GlidArc, ele tem também o mérito de fazer isto utilizando rejeitos, resíduos e biomassa. “Quase todas as peças do reator podem ser compradas na loja de ferramentas mais próxima. Nós usamos encanamentos e conexões comuns, por exemplo, e isolamentos térmicos utilizados em residências. Em vez de cerâmicas sofisticadas, nós usamos os mesmos tijolos refratários usados nas churrasqueiras. Você poderia construir um desses em poucos dias, por cerca de 10.000 dólares,” diz Czernichowski. Essa verdadeira fábrica de biocombustível limpo, mais ou menos do tamanho de uma geladeira, gaseifica resíduos orgânicos que seriam

Llibera 10 vezes descartados - óleos usados, lixo orgânico menos material ou biomassa vegetal - para criar um gás particulado do que rico em monóxido de carbono e hidrogênio. A seguir, o gás é transformado em o diesel normal biocombustíveis. Na área rural, por exemplo, um reator de baixo custo como este poderia gerar o combustível para alimentar as máquinas a partir das palhas deixadas na lavoura depois da colheita, afirma o pesquisador. Nas áreas urbanas, o óleo de cozinha das residências e dos restaurantes parece ser a matéria-prima ideal. Nas regiões onde o biodiesel já é produzido, o reator GlidArc pode converter em combustíveis limpos o glicerol, que sobra no processo tradicional - o processo de produção de biodiesel gera uma quantidade de glicerol equivalente a 10% do biodiesel produzido. O reator deriva seu nome de Gliding Arc, um arco de corrente que se forma entre dois eletrodos para gerar um plasma no interior do reator. O plasma permite que as reações químicas ocorram em temperaturas incrivelmente mais baixas do que nos reatores convencionais. Isto torna os gases oriundos do aquecimento (pirólise ou gaseificação) da biomassa ou do glicerol, por exemplo, muito puros e quimicamente ativos, o que viabiliza sua transformação em combustíveis limpos.


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tecnologia

Produção

em alta velocidade Datron

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egundo a Agência Fapesp, uma nova pesquisa resultou no aprimoramento da capacitação brasileira em uma área de conhecimento dominada por apenas seis países no mundo, a usinagem com altas velocidades, ou high speed machining (HSM, em inglês). Coordenado pelo professor Reginaldo Teixeira Coelho da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), o Projeto Temático “Usinagem com altas velocidades de corte – HSM”, apoiado pela Fapesp, é considerado estratégico para a indústria brasileira, uma vez que está impondo novos padrões de produtividade e qualidade ao setor. “A HSM não só economiza tempo de produção como proporciona maior precisão dimensional e melhor acabamento para as peças usinadas”, disse Coelho. O processo consiste em submeter Projeto estratégico o material a cortes, em desbastes ou acabapara a indústria mentos em velocidades de cinco a dez vezes maiores que as utilizadas em usinagens brasileira convencionais. A técnica foi concebida no início do século 20, mas somente no fim da década de 1980 foi alcançada a tecnologia necessária para que fosse colocada em prática. Os desafios para a sua execução envolvem o desenvolvimento de três áreas distintas: máquinas, ferramentas e software. “Os atuais programas para usinagem chamados CNC são extremamente longos, e não é mais possível escrevê-los manualmente como se fazia no passado”, explicou Coelho, ressaltando que somente cinco empresas no mundo comercializam softwares adequados para HSM. “A tecnologia também depende de ferramentas especiais, fabricadas e revestidas de materiais mais duros como aqueles baseados em nitreto de titânio-alumínio (TiAl)N ou nitreto de cromo-alumínio (CrAl)N. Já as máquinas precisam ser especialmente projetadas para o desempenho em alta velocidade. Partes móveis como os ‘carros’ [contendo sobre si a mesa móvel na qual a peça é presa, no caso de

uma fresa)] devem ser extremamente leves ou a inércia impedirá a usinagem em HSM”, disse. O Projeto Temático, que se iniciou em fevereiro 2006, conseguiu avanços importantes em diversas operações de usinagem, como torneamento, fresamento e rosqueamento. Neste último a equipe obteve resultados superiores aos de países como os Estados Unidos. “Nossos resultados se igualam àqueles obtidos por laboratórios tradicionais na Alemanha, precursores dessa tecnologia”, comemora Coelho. Outra vantagem da usinagem com alta velocidade é a dispensa de um fluido de corte. Nas fabricações convencionais é necessário utilizar óleo ou uma emulsão de óleo com água para proteger a peça fabricada e a ferramenta que a corta do calor gerado pelo atrito e formação de cavacos. Com a alta velocidade, no entanto, o tempo de contato da ferramenta com a peça é tão pequeno que as partes pouco se aquecem, proporcionando um processo adiabático (ausência de troca de calor). Quando muito, é utilizado apenas ar comprimido. Durante o Temático, o grupo inovou com o uso de ar gelado em alguns processos.


tecnologia

mercado empresarial

“Robô-aranha” para uso industrial

O Tecnologia estratégica

Por confeccionar peças em muito menos tempo, a HSM representa um considerável ganho de produtividade, além de proporcionar precisão dimensional e rugosidade baixíssima, menor que um mícron (0,001 mm), o que significa uma superfície extremamente lisa e adequada para moldes de injeção de plástico. “O ganho com a tecnologia de alta velocidade pode ser ainda mais impactante no caso de ela ser utilizada na fabricação de peças, moldes e ferramentas de conformação para os setores aeronáutico e de termeletricidade”, disse Coelho. Com a HSM, um molde da indústria de injeção de plásticos, por exemplo, pode ser fabricado na metade do tempo gasto pelo processo convencional. Se o material das peças for de corte fácil, como compósitos à base de resina ou ligas de alumínio, esse tempo cai para um décimo do período de usinagem comum. “No Brasil, uma empresa espera em média seis meses entre a encomenda do molde e o início de sua utilização. Isso, dentre outros fatores, leva indústrias de grande porte a encomendar moldes no exterior”, disse Coelho. Por esse motivo, o pesquisador estima que a HSM será cada vez mais estratégica para o Brasil. Agora sua equipe pretende aprimorar a pesquisa desenvolvendo a chamada usinagem de alto desempenho. Esse novo conceito envolve aqueles de HSM integrados ao desenvolvimento mecânico e eletrônico das máquinas-ferramentas otimizados por ensaios virtuais, antes mesmo da fabricação, a fim de corrigir erros de projeto sem a necessidade de construir vários protótipos. “Esse novo campo também inclui a microusinagem, com a confecção de peças ou de seus detalhes, que sejam menores que 1 milímetro. Componentes de celulares, instrumentos médicos e odontológicos e microrreatores, por exemplo, dependem de processos de fabricação nessa escala”, disse.

produto de uma emRobô deve chegar presa da Incubadora de ao mercado no vaJundiaí promete ser um lor de US$ 100 mil dos maiores lançamento do ano para a indústria. Trata-se do primeiro robô tipo delta projetado e construído no Brasil, com 100% de tecnologia nacional. O robô, com aspecto semelhante a uma aranha, pesa 150 quilos. O equipamento foi desenvolvido pela Aura Indústrias e Comércio de Equipamentos Eletrônicos. A criação do robô delta brasileiro foi fruto da tese de doutorado do professor da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, Milton Flávio de Macedo, também proprietário da Aura. Segundo ele, o “robô-aranha” deve chegar ao mercado no valor de US$ 100 mil, o que representa um terço do preço do modelo delta fabricado na Alemanha. O modelo delta – com três braços – produzido pela Aura, tem como principal característica a velocidade de movimento, associada à visão computacional. O robô é indicado principalmente para as indústrias alimentícia, médica e de componentes automotivos na separação e embalagem de produtos. “Ele é capaz de ‘enxergar’ um componente aleatoriamente disperso em uma esteira em movimento, fazer a análise de qualidade da forma e dimensões do objeto, capturá-lo em qualquer posição e posicioná-lo em uma embalagem ou conteiner de forma precisa e rápida”, explica o engenheiro e professor Milton Flávio de Macedo. Em uma planta industrial o “robô-aranha” é fixado no teto. A Incubadora de Empresas de Jundiaí abriga empresas de base tecnológica e de economia tradicional e atualmente conta com 19 empresas residentes que atuam em áreas diversas como desenvolvimento de projetos em automação industrial; comércio atacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos para médicos e hospitalaes; fabricação e assistência técnica em equipamentos tratadores de ar; serviço de usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais; fabricação de cadeira, maca para função de transporte de paciente; fabricação de esquadrias de alumínio; entre outras. Além das empresas que mantém suas instalações nas dependências da Incubadora, outras 15 são associadas (ligadas à Incubadora e já com sede própria). No ano passado, o faturamento geral chegou a R$ 5 milhões. No total a incubadora gera 80 empregos diretos.

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tecnologia

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Ciência H

Tecnologia espacial para automóveis

MDUSpac

e

Cortesia Volkswage

n Media Service

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m novo carro prepara-se para chegar à linha de montagem, pronto para receber o painel de instrumentos, em Palmela, Portugal. A velocidade e a posição são controladas como se fosse a acoplagem de uma nave à Estação Espacial Internacional. Inventado no Centro de Incubação de Empresas da Agência Espacial Europeia (ESA – European Space Agency), o novo equipamento usa a tecnologia de acoplagem para colocar com precisão o painel de instrumentos no carro. As linhas de montagem da indústria automóvel percorreram um longo caminho desde o seu aparecimento em 1914, pelas mãos de Henry Ford, nas sua fábrica no Michigan (EUA), para chegarem à fábrica da Volkswagen – Autoeuropa, em Palmela –, que recorre à tecnologia espacial para O novo equipamento controlar a sua linha de produção. usa a tecnologia de Desenvolvida pela MDUSpace, acoplagem para colocar no Centro de Incubação de Emcom precisão o painel presas da ESA (Holanda), o sistema baseia-se nos conceitos de reconhede instrumentos no cimento e seguimento de objectos carro usados na acoplagem do Veículo de Transferência Automatizado (ATV) à Estação Espacial Internacional. O equipamento foi instalado na unidade de Palmela, no ano passado, e está agora sendo avaliado. “As linhas de montagem da indústria automóvel baseiam-se num tapete rolante que transporta os carros para serem montados, a uma velocidade controlada, mas não constante. O carro vai sendo montado por trabalhadores

ou máquinas robóticas, nas várias estações de montagem, ao longo do tapete”, explica Miguel Brito, do departamento de desenvolvimento de negócios da MDUSpace. “Quando se trata de encaixar um módulo da viatura – por exemplo, o painel de instrumentos –, a montagem é feita por um manipulador, um posicionador de peças robótico, controlado manualmente. À medida que os carros se vão deslocando no tapete, o manipulador desloca-se também, exatamente à mesma velocidade. Se for mais depressa ou mais devagar que o carro pode riscá-lo ou provocar outro tipo de danos.” O método tradicional de resolver este problema envolve a colocação do manipulador no carro, durante a montagem, o que pode esforçar a estrutura do veículo, ou, em alternativa, sincronizar as velocidades das duas estruturas, o que, em geral, exige sistemas de controle caros e complicados.

Solução inovadora, software de reconhecimento

Este novo sistema oferece uma solução inovadora para sincronizar o manipulador com o carro. Combina uma câmara com software de reconhecimento de objetos, desenvolvido a partir dos sistemas de acoplagem das naves espaciais, de forma a garantir que o manipulador e o carro seguem exatamente à mesma velocidade e mantêm as posições relativas. Funciona tal como quando o ATV se junta à ISS. Para a aproximação final e acoplagem, o ATV usa uma câmara para detectar impulsos de luz refletidos por pontos específicos da ISS. Analisando os padrões refletidos, o software de controlo determina com precisão a distância e o ângulo até ao porto de acoplagem. No processo de montagem de automóveis, o operador escolhe os pontos de referência no carro como um alvo do sistema de reconhecimento de objetos. A partir daí é calculada a distância do manipulador até ao carro, retendo automaticamente as posições relativas.



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qualidade

RUKAVA Marca consolidada no segmento de esteiras transportadoras

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undada em 1998, em São Paulo, para desenvolver trabalhos de engenharia na área de meios auxiliares à Produção, três anos depois a Rukava já iniciava suas atividades em esteiras transportadoras de alumínio estrutural. E não parou mais! Consolidou sua marca no mercado e hoje está entre as melhores do País em seu segmento, trabalhando com todos os tipos de transportadores e todos os tipos de materiais. Segundo o Diretor Industrial Rubens Godoy, o grande diferencial da empresa é a qualidade Rukava, “conquistada ao longo de anos de esforços e parcerias com empresas do exterior. Este ano demos mais um passo na consolidação de nossa marca, estamos em processo de certificação ISO9001”. Os carros-chefes da Rukava são os projetos logísticos e a fabricação de esteiras transportadoras, sendo que a produção é toda feita internamente. A empresa é reconhecida por reduzir custos e aumentar a eficiência nos processos produtivos. Do portfólio da empresa, Godoy aponta um produto que vem alcançando um grande destaque: “são nossas mesas elevatórias e carrinhos hidráulicos. Os clientes que têm adquirido este equipamento estão muito satisfeitos com nossa qualidade e vem nos recomendando ao mercado”, ressalta. “Atendemos todos os segmentos de mercado, do petroquímico, mineração, ao industrial em geral e agronegócios, e nossa atuação passou de nacional e internacional no início de 2009, quando iniciamos a internacionalização da Rukava. Em função disso, acreditamos que nosso volume de exportações tende a crescer em 2010, comparado a 2009. Como estamos buscando novas parcerias internacionais e levando nossa marca para todos os continentes, a tendência é nosso faturamento crescer cada vez mais. Acredito até que no início do próximo ano teremos

que pensar em abrir uma filial!”, comemora o Diretor Rubens Godoy. Com mais de 60 clientes fidelizados, a Rukava se programa para ampliar esse número em virtude das parcerias internacionais que estão sendo efetuadas. Por outro lado, as parcerias com multinacionais exige que a empresa esteja na vanguarda na implantação de inovações tecnológicas, buscando o que há de mais avançado na área. A Rukava tem, atualmente, 30 funcionários, e entre eles, a equipe que compõe o Departamento Técnico, que conta Em plena expansão, com engenheiros capacitados e treinacom qualidade, dos dentro das mais modernas técnicas planejamento e internacionais de qualidade e inovação muito gás, Rukava tecnológica. “Desenvolvemos parcerias em projetos internacionais com engetem tudo para se nheiros de outros países”, complementa tornar a grande líder o Diretor. na sua área Segundo Godoy, a crise afetou de um modo geral todo o segmento, “pois os investimentos pararam e não houve crescimento, mas acredito que em 2010 já esteja ocorrendo o início da recuperação”. Para a Rukava, isso é praticamente uma certeza, já que os planos de expansão são muitos, como conclui o Diretor Industrial Rubens Godoy: “planejamos consolidar nossa marca mundialmente e nos tornar líderes de mercado” ME

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dicas de leitura

DINÂMICA - ANÁLISE E PROJETO DE SISTEMAS EM MOVIMENTO Tongue e Sheppard se dedicam a ajudar o leitor no desenvolvimento das habilidades e do conhecimento de que precisará para ser bem-sucedido. Destaque para o desenho de diagramas de corpo livre.

Autores: Benson H.Tongue, Sheri D.Sheppard Editora: LTC (Grupo GEN)/2007 Número de páginas: 372

ESTÁTICA - MECÂNICA PARA ENGENHARIA (10ª EDIÇÃO) Desenvolvida para facilitar o ensino e o aprendizado, esta obra de R. C. Hibbeler apresenta em profundidade toda a teoria da estática em engenharia e suas aplicações. Entre os temas abordados estão propriedades de sistemas de força concorrentes, concentradas e distribuídas, forças de atrito, centro de gravidade, centróide, momento de inércia, trabalho virtual e energia potencial. Para que o aprendizado seja gradual e seguro, os princípios começam a ser explicados desde situações simples até se chegar às mais complexas. Na maioria desses casos, cada princípios é aplicado primeiro a um ponto material, depois a um campo rígido submetido a um sistema de forças coplanares e, finalmente, a um caso geral de sistema de forças tridimensional atuando sobre um corpo rígido. Autor: R. C. Hibbeler Editora: Pearson / Prentice Hall (Grupo Pearson) /2005 Número de páginas: 560

ENSAIOS MECÂNICOS DE MATERIAIS METÁLICOS - Fundamentos Teóricos e Práticos 5ª EDIÇÃO Trata dos novos ensaios mecânicos de importância crescente no país. Descreve ensaios específicos para diversos produtos industriais. Dá noções de normas técnicas. Autor: Sérgio Augusto de Souza Editora: Edgard Blucher /2004 Número de páginas: 304

À VOLTA DA MÁQUINA - FERRAMENTA UM ESTUDO TÉCNICO O autor aborda com propriedade os mais variados assuntos que tratam das máquinas-ferramenta: engenharia mecânica, máquinas, ferramentas, fabricação de peças, aplainamento, maquinagem de peças no escatelador, esmerilamento de peças, abertura de roscas em peças, maquinagem de peças cônicas, fresagem de peças, maquinagem de rodas dentadas, maquinagem de cavilhas lisas, rebaixadas nos extremos, maquinagem de veios, de peças munidas de furos, produção de peças com forma de corpos de revolução. Autor: Heinrich Gerling Título original: Run Um Die Werkzeugmaschine Tradutor: Fernando Figueiredo da Conceição Editora: Editorial Reverté, RJ - Número de páginas: 232


dicas de leitura

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EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS E DE PROCESSOS

TOLERÂNCIAS, AJUSTES, DESVIOS E ANÁLISE DE DIMENSÕES Neste livro são discutidos os conceitos de Fabricação; os Sistemas de Ajuste, de Tolerâncias, de Desvios de Forma e Posição; com exemplos de aplicação objetivos e reais, juntamente com princípios gerais de Cotagem e Rugosidade Superficial. Trata-se de uma obra bastante completa no assunto de tolerâncias e ajustes de montagem mecânica. Inclusive mostra exemplos práticos com aplicação técnica. Recomendado tanto para técnicos em mecânica como para Engenheiros.

O presente livro continua atual e preenche a lacuna de literatura técnica em relação ao uso dos equipamentos mais comuns da indústria brasileira. Equipamentos como Ventiladores, Bombas, Agitadores são abordados em seus aspectos técnicos. Autor: ARCHIBALD JOSEPH MACINTYRE Editora: LTC (Grupo GEN) /1997 Número de páginas: 292

Autor: Oswaldo Luiz Agostinho Editora: Edgard Blucher /2001 Número de páginas: 312

INTRODUÇÃO À MECÂNICA DOS FLUIDOs 6ª EDIÇÃO Este texto foi escrito para um curso de introdução à mecânica dos fluidos. A abordagem do assunto, como nas edições anteriores, enfatiza os conceitos físicos da mecânica dos fluidos e os métodos de análise que se iniciam a partir dos princípios básicos. O objetivo principal deste livro é auxiliar os usuários a desenvolver uma metodologia ordenada para a solução de problemas. Para isto, parte-se sempre das equações básicas, apresenta com clareza as considerações ou hipóteses adotadas, e tenta relacionar os resultados matemáticos com o comportamento físico correspondente.

TRAÇADO DE CALDEIRARIA E FUNILARIA: DESENVOLVIMENTO DE CHAPAS – 2ª. EDIÇÃO O caldeireiro e o funileiro são dos profissionais que menos têm a temer da automação progressiva da indústria mecânica. Apesar dos processos de estampagem, prensagem e dobragem de chapas, para peças mais elaboradas e de tamanho maior, a técnica, quase artesanal, do caldeireiro, torna-se indispensável. Nesta obra, Ciardulo fornece os rudimentos da técnica do trabalho de caldeiraria da única forma que permite efetiva aprendizagem: o trabalho concluído, o esquema de desenvolvimento e o desenvolvimento propriamente dito. Os exemplos escolhidos são de grande utilidade prática e isto torna este livro de fundamental importância para o engenheiro, para o técnico e supervisores de produção.

Autores: Robert W. Fox, Alan T. Mcdonald e Philip J. Pritchard Editora: LTC (Grupo GEN) / 2006 Número de páginas: 816

Autor: Antonio Ciardulo Editora: Hemus / 2004 Número de páginas: 127

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Já no mercado a nova sopradora para plásticos da Romi equipamento possui tecnologia avançada para fabricação de embalagens plásticas de até 10 litros, com uniformidade de parede e peso. Diferencial: trata-se de um equipamento robusto e com alta velocidade nos movimentos, controlados por meio de uma unidade hidráulica superdimensionada e de fácil acesso. O controle geral da máquina é feito por meio de um CLP Moog e programador de parison de 128 pontos, resultando em um controle detalhado da peça a ser soprada, garantindo alta qualidade do produto final. A Linha Compacta - Simples Estação é composta de equipamentos com conceito de sopro superior, sistema de rebarbação totalmente Tecnologia avançada automático, destinados a clientes de médio porte, pois se tratam de equipamentos de para fabricação de alta produtividade, alcançando a produção embalagens plásticas de embalagens de até 10 litros. A Romi acaba de lançar no mercado a de até 10 litros A Linha Compacta - Dupla Estação é sopradora Romi Compacta 5TD para uso composta de equipamentos com conceito de em linhas de produção da indústria do setor sopro superior, sistema de rebarbação totalplástico. O equipamento é considerado um mente automático, destinados a clientes de médio porte, dos mais produtivos da linha de sopradoras. É desenhada pois se tratam de equipamentos de alta produtividade, de forma compacta e modular. Com conceito de sopro alcançando a produção de embalagens de até 10 litros. superior e sistema de rebarbação totalmente automático, o

Guilhotinas e Prensas Dobradeiras Hidráulicas da Newton A Newton mostra na Mecânica 2010 sua linha de Guilhotinas e Prensas Dobradeiras Hidráulicas. A Prensa dobradeira hidráulica sincronizada Newton mod. PSH-60060 tem capacidade de dobra em chapas de aço até 600 toneladas em 6100mm de comprimento e oferece: CNC Color Gráfico 2D marca Cybelec modelo DNC-880 para comando dos eixo Y1-Y2 e X. (possibilidade de configuração de até 11 eixos independentes controlados pelo CNC); Mesa compensadora controlada pelo CNC; Paralelismo entre mesa e prensador através de sistema sincronizado; Unidade hidráulica compacta, simples e de fácil manutenção (óleo hidráulico incluso); Cavas laterais que permitem a execução de dobras com grandes abas; e componentes móveis protegidos para segurança do operador. A Guilhotina hidráulica de ângulo variável Newton mod. GHV-6016 possui capacidade de corte em Aço 1010/1020 (R=420 N/mm2) até 16,0mm de espessura em 6100mm de comprimento.

Os produtos são oferecidos em várias configurações Outras características: CN marca Elgo modelo 2011 para posicionamento do limitador traseiro; Ajuste do comprimento (na linha do corte) através de potenciômetro; Limitador traseiro (motorizado) com abertura até 1000mm de extensão com basculamento automático para peças maiores; Mesa rebaixada com almofadas e esferas transferidoras para facilitar a alimentação das chapas; Braços de apoio frontal; Cavas nas laterais para cortes contínuos; e componentes móveis protegidos para segurança do operador. Os dois produtos são oferecidos em várias configurações e contam com assistência técnica especializada em todo o Brasil e exterior.


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Os lançamentos da Walter A Walter está lançando três produtos inovadores: o Combo Zip, a Bio-Circle MINI e o AF-Weld. O Combo Zip é um novo disco delgado de dupla aplicação, desenvolvido especialmente para operações onde há a necessidade de rebarbar ou desbastar a superfície após o corte. Os discos Combo Zip são extra reforçados com 3 camadas de reforço, o que permite desbastes leves, sua espessura de 2mm permite cortes rápidos. Têm centro deprimido para cortes rentes e possuem calota metálica para maior segurança durante a operação além de não conter contaminantes tornando-o recomendado para utilização em aço inoxidável. Já a Bio-Circle MINI é a mais nova integrante da família Bio-Circle, o único sistema de lavagem de peças com sistema auto-renovável com processo de biorremediação que, além de limpar eficazmente as peças, elimina descarte. Além de contar com todos os benefícios de uma eficaz lavagem de peças que elimina totalmente o uso de solventes ou desengraxantes alcalinos, a Bio-Circle MINI é uma máquina de tamanho com dimensões reduzidas e de fácil movimentação, ideal para oficinas mecânicas ou departamentos de manutenção em geral. Seu design moderno com rodízios torna o uso da nova Bio-Circle MINI mais prático podendo ser facilmente levada por todos os lugares onde há necessidade de lavagem de peças. Leve de ser transportada, sua capacidade máxima é de 80 litros e o sistema completo pesa 90 Kg. A MINI conta com um filtro de 200 µm que reduz a quantidade de contaminantes em sus-

A empresa traz ao mercado muitas novidades pensão, estendendo assim o poder de limpeza do líquido Bio-Circle L. Uma limpeza segura ao operador e ao meio ambiente. Atende todos os requisitos para empresas que visam Certificações Ambientais.

Anti-respingo de soldas à base de água

Outro lançamento da Walter é o novo anti-respingo de soldas à base de água, inofensivo ao operador e ao meio ambiente. Elimina risco de porosidades e trincas na solda além de oferecer uma extraordinária proteção contra oxidação. Alta performance em casos críticos de soldagem. Disponível num revolucionário sistema de aplicação, o que elimina os tóxicos aerossóis convencionais. A estação de recarga Air Force recarrega as latas com o líquido anti-respingo AF-Weld e ar comprimido. Promete reduzir o descarte com resíduos de produtos químicos e de latas de aerossol. As garrafas do sistema Air Force são reutilizáveis e mantém sua eficiência, precisão e poder de nebulização. Este sistema reduz grandes quantidades de latas de aerosóis que são descartadas todos os dias na indústria, além de reduzir os custos de armazenagem e descarte de produtos perigosos. Propõe-se a ser uma alternativa totalmente segura que elimina o impacto ambiental.

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Inovador rolamento da SKF reduz o consumo de energia Produto garante alto desempenho operacional e reduz em até 30% o consumo de energia

A SKF do Brasil lança no país o resultado de seu projeto mais ambicioso no que diz respeito ao desenvolvimento de produtos nos últimos anos: o rolamento rígido de esferas E2. Fabricado com uma gaiola de polímero especial que permite uma lubrificação perfeita, geometrias internas otimizadas e melhor acabamento das superfícies, que lhe garante um menor coeficiente de atrito. Desta forma, o usuário do novo rolamento consegue reduzir o consumo de energia em até 30% em relação aos existentes atualmente no mercado. Desenvolvido pelo grupo SKF para aplicações de carga leve a normal, tanto para uso em sistemas automotivos ou em máquinas e equipamentos industriais, os novos rolamentos rígidos de esferas SKF E2 podem ter até o dobro da vida útil em relação a uma peça comum. Isso graças a uma lubrificação especial feita com uma graxa sintética especial, que é aplicada de forma calculada para garantir uma perfeita rotação do rolamento durante toda a sua vida útil. Com isso, é possível operar a peça com menor atrito, reduzindo a temperatura em cargas e velocidades equivalentes e aumentando em até 15% a velocidade da operação. Segundo Mauro Luna, diretor de vendas industriais e marketing da SKF do Brasil,

o novo rolamento E2, que também é comercializado no mundo todo, vai revolucionar o mercado nacional, pois permitirá que indústrias de todos os tamanhos e segmentos economizem energia e ainda reduzam as emissões de CO2 de seus processos produtivos. “Com o E2, um motor elétrico de 37KW,usado em uma operação de 12 meses em 3000 rpm, economiza 140 KWh e 46.000 g de CO2. Além disso, a peça está dimensionada para durar 10 anos, garantindo ao usuário um retorno sobre o investimento que pode variar entre 500% e 900%”, completa o executivo. Hoje, mais de um terço da produção mundial de eletricidade é utilizada pelo setor industrial e suas máquinas e equipamentos, especialmente motores e geradores elétricos, que representam 2/3 deste consumo. Por conta desse cenário, o executivo da SKF do Brasil acredita que o novo rolamento será um sucesso e deverá crescer, ainda este ano, cerca de 10% em volume de vendas no país. “O consumo de energia é responsável por mais de 95% dos custos operacionais de um motor elétrico. Fica evidente o grande benefício do rolamento E2 para uma indústria, que com sua utilização poderá reduzir a parte do gasto energético de suas máquinas devido ao atrito do rolamento em até 30% ao dia. Além disso, consolida o alto grau de comprometimento da SKF no desenvolvimento de tecnologias que beneficiam o meio ambiente no Brasil e no mundo”, conclui.


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ReliaSoft: soluções para desenvolvimento de produtos A ReliaSoft, empresa especializada em treinamento, Ferramentas conconsultoria e desenvolvimento de softwares para a Entrolarão qualidade genharia da Confiabilidade, apresentará na Mecânica e confiabilidade 2010 soluções para auxiliar diversos setores da indústria dos produtos a controlar a qualidade e confiabilidade de seus produtos nas etapas do seu ciclo de vida. Segundo Claudio Spanó, diretor executivo da ReliaSoft, com as ferramentas de análise é possível determinar períodos de garantia ou prever quando o produto estará com maturidade ideal para ser lançado no mercado, evitando altos custos em garantia e possíveis ações de recall. “A confiabilidade é bastante flexível e pode ser aplicada em diversas áreas, como engenharia e desenvolvimento de produtos, qualidade, pós-vendas, manutenção e linhas de produção”, afirma Spanó. Na América do Norte e Europa, mais de 90% da aplicação da Engenharia da Confiabilidade é voltada para a área de produto. Já na América do Sul, Ásia e Oceania, a confiabilidade é mais absorvida pela área de manutenção, sendo que, no Brasil, representa 75% das aplicações. “O investimento em confiabilidade ainda é muito baixo no País. Para se ter uma ideia, o setor de produtos nos Estados Unidos investiu, de janeiro a agosto de 2009, 40 vezes mais em engenharia da confiabilidade do que as empresas brasileiras”, conclui o executivo da ReliaSoft. Durante a Mecânica 2010, os empresários e profissionais do setor também terão a oportunidade de conversar com os consultores da ReliaSoft. Os especialistas poderão orientar sobre o uso de dados de garantia para levantar as curvas de confiabilidade de produtos em campos, gerar projeções de vendas mais precisas e obter informações para subsidiar a área de engenharia. Para isso, serão apresentadas ferramentas de análise de confiabilidade que permitem monitorar o desempenho do produto, ainda na fase de desenvolvimento, por meio de ensaios acelerados, índices do crescimento da confiabilidade e realização de experimentos para entender o comportamento do produto.

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Porta Rápida Automática Ray-Door RP da Rayflex a problemas de contaminação destes, desde os processos de fabricação até a logística de armazenamento e distribuição. No armazenamento, aspectos como isolamento térmico, fechamento para separação de ambientes, entre outros, são fundamentais para alguns fabricantes e as portas industriais contribuem para atingir esses objetivos. Alguns tipos de portas contemplam não apenas a segurança dos produtos armazenados, como também Novas tecnologias a segurança dos operadores de armazéns e docas. A possibilitam portas tecnologia desses equipamentos tem evoluído substancialmente e a automação utilizada pelas portas (eletrônimais leves e ca) permite controlar fatores como tempo de abertura O item segurança sempre foi preocuresistentes para conservação de temperatura ideal (nos casos em pação da Rayflex, empresa que há 21 anos que os ambientes são refrigerados), além de pressão do desenvolve e fabrica portas industriais rápidas e automáticas - sempre seguindo as tendências mundiais, ambiente, ruídos, raios UV etc. Metalúrgicas, siderúrgicas e a indústria em geral, com ênfase buscando novas tecnologias que possibilitem a fabricação de portas mais leves, resistentes, com reduzidos cuidados de manutenção, para a automobilística, são outros importantes setores que utilizam e equacionando qualidade e custo. Na Mecânica 2010, a empresa portas automáticas rápidas para exercer desde simples tarefas de mostra os mais recentes modelos de seu portfólio, destacando-se separar ambientes, até impedir que a fuligem gerada em uma área produtiva contamine a outra. Impedem que o fino papel alumínio a Porta Rápida Automática Ray-Door. A base da tecnologia da Rayflex é europeia, onde estão os fique impregnado de pó, prejudicando sua futura aplicação como maiores fabricantes de portas rápidas. As portas automáticas embalagem de alimento. Hoje, esse tipo de porta já é previsto no atendem um mercado cada dia mais consciente no que se refere projeto construtivo da indústria. A instalação adequada de portas é resultado de verificações que ao isolamento e proteção de ambientes que necessitam cuidados com as linhas de produção de alimentos e bebidas, produtos far- contemplam o circuito que empilhadeiras e carrinhos cumprem macêuticos e cosméticos (os principais), de máquinas. Ou seja, diariamente, a logística das pessoas, o tipo de trânsito interno e necessitam atenção para esterilidade, preservação de temperatura externo; a necessidade de manutenção da temperatura e da pressão (chegando até -30º) e pressão, isenção de poeiras, insetos, ruídos, interna. Todos esses fatores é que determinam o uso de uma ou outra barreira sanitária. raios UV, barreira contra fuligem, entre outros. A Rayflex é uma entre as muitas empresas de pequeno e médio Essa conscientização (que ainda é tímida considerando-se as recomendações da Anvisa), o atendimento às normas internacio- porte que se mantém em crescimento, reforçando o tripé ideal: nais para a exportação, e uma maior preocupação com melhores qualidade, meio ambiente e responsabilidade social. Em 2009, condições ambientais para o país e para seus próprios colabora- comercializou mais de 400 portas automáticas. Em seu portfólio, dores, tem levado o mercado a investir na substituição de antigas encontram-se, além de portas rápidas, equipamentos para docas e pesadas portas de ferro, por portas mais leves, fabricadas com (dock-door / seccional / dock-sheter = abrigo retrátil); portas manta poliéster, possibilitando o crescimento da Rayflex nos vai-vem e cortinas: Ray door RP (autorreparável: volta às guias automaticamente); Frigo-door; modelos de eparação simples de últimos anos. Cada vez mais, as indústrias precisam garantir a integridade ambientes; vai-vem PVC (flex way); vai-vem MDF (flex way 2000); dos produtos e têm preocupação com a segurança em relação cortinas em tiras PVC; e biombos para soldas.


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Os destaques da Instrutherm Há 25 anos no mercado de instrumentos de medição, a Instrutherm apresenta soluções inovadoras na Mecânica 2010, entre elas destacam-se a câmera térmica com infravermelho, o medidor de vibração do corpo humano, o microscópio com visor LCD e o limpador ultrassônico. Projetado especialmente para os profissionais que necessitam de precisão geométrica, o microscópio MDV-200 tem visor LCD de 8” com resolução de 800x600 pixels, ampliação de até 20x, iluminação Bulbo, focagem controlada, saída USB, que permite descarregar dados posteriormente num computador, e base móvel. Para manutenção preventiva, a empresa lança dois equipamentos: a câmera térmica portátil com infravermelho, TI-1500, que mede a temperatura de até quatro pontos simultâneos, numa distância de até 10 metros, grava imagens, áudio e vídeo, tem saída USB e caracteriza-se por “evitar” sobreaquecimentos em ambientes e máquinas diversos; já o MV-100 é medidor portátil de vibração do corpo humano, que possibilita o controle e avaliação do fenômeno físico que pode afetar o bem-estar, saúde e desempenho do profissional exposto constantemente ao mesmo. Já para a higienização de metais e produtos semelhantes, a empresa traz o limpador ultrassônico LU-200, que limpa profundamente em cerca de cinco minutos, utilizando água e ondas de ultrassom. Além disso, o aparelho é compacto, silencioso e possui alarme e display digital com programação de tempo de desligamento automático. A Instrutherm está instalada em São Paulo, com atuação em todo o mercado nacional, tendo clientes empresas de porte como Petrobras, Siemens, Honda Automóveis do Brasil, General Motors, Hope, entre outros.

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Bonfiglioli apresenta novos tamanhos de redutores de velocidade A Bonfiglioli do Brasil traz ao mercado novos tamanhos de redutores de velocidade das linhas de produtos das séries HDP e HDO, que permitirão aplicações de torque de até 125.000 Nm. Também foram feitos upgrades na série HDPE, configuração especificamente desenvolvida para o comando de extrusoras de rosca simples, que pode ser compartilhada com a maioria dos componentes e engrenagens da série HDP e HDO. Os dois novos tamanhos de redutores modelos 150 e 160 das séries HDP e HDO ampliam o portfólio de soluções da Bonfiglioli Riduttori, para atender projetos nos mais diversos segmentos industriais, especialmente na montagem de produtos para serviços pesados. Os redutores oferecem uma excelente opção de configuração padrão, englobando inúmeras variantes de eixo de saída (sólido, oco e disco de contração) e variantes de seção de entrada, mais uma abrangente seleção de opções de lubrificação e resfriamento. Já os redutores de velocidade para o comando de extrusoras de rosca simples, que compõem a série HDPE, apresentam um mancal incorporado ao redutor. A construção específica assegura lubrificação de todas as partes rotatórias do redutor e do suporte da extrusora. Devido à montagem modular, cada um dos tamanhos de estrutura do redutor HDPE permite a seleção do mancal mais adequado para vencer as forças axiais geradas pela rosca da extrusora. O resultado é uma unidade de acionamento tecnicamente otimizada e de baixo custo. Dimensões de montagem customizadas para o suporte da extrusora permitirão a adaptação na maioria das interfaces de máquina do cliente. A Bonfiglioli oferece o serviço de assistência técnica, com o objetivo de selecionar o comando mais eficaz a ser aplicado na extrusora.

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wimaq qualidade em máquinas para perfis A Wimaq Industrial Ltda é uma empresa que se dedica a fabricação de máquinas e equipamentos para produção de perfis contínuos e conta com a experiência adquirida a vários anos no mercado nacional. Os equipamentos tem tecnologia própria e atualizada competindo no mercado nacional e internacional com os mais renomados fabricantes. Dentre os produtos fabricados estão: Máquinas para conformação de tubos com solda HF; Máquinas perfiladeiras contínuas para perfis diversos; máquinas para teste hidrostático de tubos com costura; Rolos conformadores para máquinas de tubos e perfiladeiras; Sistemas

de corte para linhas contínuas de tubos e perfis; Sistemas de alimentação contínua de fitas de aço; Equipamento para emenda da extremidade de bobinas; Linhas para corte de bobinas de chapa.

www.wimaq.com.br (51) 3364-5280 Rua Igapó, 37 - Sarandi - Porto Alegre - RS


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mercado empresarial

TUBONIL – DESDE 2006 A Tubonil está no mercado desde 2006. Trata-se de uma empresa nova, mas com profissionais com muitos anos de experiência no mercado de tubos de aço carbono sem costura e com costura, de pequenos e grandes diâmetros. O comercializa também a linha de Tubos Especiais de 12” a 24” SCH 40 A SCH 160, Tubos Mecânicos ST52 de 50,00mm a 650,00mm paredes grossas, padrão e fora de padrão. Localizada no município de Guarulhos – SP, numa área de 2.500m2, tem instalações modernas e funcionais que lhe permitem atender, com alto nível de qualidade, todas as demandas de seus clientes e fornecedores em todo o Brasil.

A maior preocupação da empresa é com a satisfação de seus clientes e com o cumprimento qualitativo de suas atividades: assim, dedica-se à melhoria contínua de seus produtos e serviços. Tudo isso faz da Tubonil mais que um distribuidor de tubos de aço, um parceiro de negócios preocupado em atender seus clientes de forma diferenciada, orientando e prestando suporte técnico.

Tubonil Comercial de Tubos de Aço Ltda. Fone/Fax: (11) 2406-7494 www.tubonil.com.br • vendas@tubonil.com.br

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repuxabem: especializada em repuxos Fundada em 1989, a Repuxabem oferece a seus clientes soluções completas em serviços de repuxo. O empresário Antônio dos Santos, após vários anos de estudo em desenhos e projetos, tornouse mestre na área de repuxo, que é um processo de fabricação pelo qual uma chapa metálica adquire formas arredondadas através de um modelo previamente definido. Com sua vasta experiência fundou a empresa Repuxação Belém, hoje chamada Repuxabem, com atuação em diversossegmentos. Os técnicos da empresa analisam e desenvolvem cada projeto com eficiência e segurança, objetivando um produto de qualidade a preços competitivos.

Especialização em Repuxos de aço, ferro, alumínio, latão e cobre, Fusíveis Elétricos e Sistema Hidráulico.

Repuxabem Comercial Ltda - EPP (11) 2692-4613 / 2694-1606 www.repuxabem.com.br • repuxabem@repuxabem.com.br


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mercado empresarial

tudo para elevação, movimentação e amarração de cargas A Acro é um grupo de empresas com sede em São Paulo que atua oferecendo soluções e projetos de elevação, amarração e movimentação de cargas. Conta com uma linha completa de cabos de aço, plastificação de cabos, acessórios, laços, correntes, cordas, cabos navais e cintas de poliéster. Esses produtos são distribuídos através de uma rede que compreende a matriz e mais 5 empresas do grupo. Dentro de sua estratégia de constante crescimento, em junho de 2009, a Acro abriu uma nova filial em Santa Catarina, atendendo aos

principais portos e empresas da região. Dando continuidade ao seu plano de expansão, desde abril de 2010 a Acro conta com uma nova filial em São Paulo, localizada no bairro Parque Novo Mundo, com amplas instalações e uma gama cada vez maior de produtos e serviços, sempre com o objetivo de atender seus clientes e parceiros com mais rapidez e eficiência.

www.acrocabo.com.br Fone: (11) 3299-5400 Rua Nilton Coelho de Andrade, 1326 - SP

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índice de anunciantes

123 Achei........................................................................................... 66 Abrasipa.............................................................................................. 76 Acerotec Produtos Siderúrgicos........................................................ 64 ACMW Indústria e Comércio............................................................. 12 Aço Forte............................................................................................ 80 Acro Cabos de Aço Indústria e Comércio........................................ 79 ACT Sistemas Hidráulicos.................................................................. 71 Aguiafix Comércio de Fixadores e Ferramentas............................. 49 Air King Compress do Brasil............................................................. 82 Anéis São Cristóvão Indústria e Comércio....................................... 33 Anglo Americana Comercial de Ferro e Aço................................... 63 Anluz................................................................................................... 58 Beerre Assessoria Empresarial......................................................... 75 Bombas Climax Indústria e Comércio.............................................. 81 Brasved............................................................................................... 47 Bugatti Brasil...................................................................................... 76 Cabos de Aço São José...................................................................... 81 CIESP.................................................................................................... 40 Chapaço Distribuidora de Produtos Siderúrgicos............................ 51 Cofibam Condutores Elétricos........................................................... 05 D & D Manufatureira................................................................. 3ª capa De Carlo Usinagem e Componentes................................................ 81 Eleko Parafusos.................................................................................. 33 Eletroaços Comércio de Ferro e Aço................................................ 34 Embu Mangueiras e Conexões......................................................... 50 Enerpac Durazzo & Cia...................................................................... 68 Engemac de Jundiaí........................................................................... 21 Extretec Indústria e Comércio de Trefilados................................... 80 Fábrica de Escovas Suissa S/A......................................................... 78 Fama Ind. e Com. de Equip. de Segurança..................................... 51 Fast-Bras Abrasivos e Equip. Vibratorios......................................... 80 Fatruwal Borrachas e Vedações....................................................... 39 Feital................................................................................................... 17 Ferraço Indústria e Comércio............................................................ 80 Fervax Com. & Imp. de Acessórios Industriais................................ 78 Foxwall............................................................................................... 37 Furoexpress Com. de Chapas Perfuradas e Expandidas................ 72 Hidraufort Comércio de Tubos e Conexões..................................... 51 Igus do Brasil..............................................................................4ª Capa Industrat Tratamento Térmico.......................................................... 31 Infrafort Tubos e Conexões de PVC.................................................. 58 Inova Laser Gravações...................................................................... 47 Kort Fort Comércio de Corte de Ímãs.............................................. 31

Lacorte Comércio Corte e Laminação de Aço................................. 81 Lotus Metal......................................................................................... 51 M Totika Metalúrgica......................................................................... 21 Macrol................................................................................................. 58 Marte Etiquetas Metálicas................................................................ 76 Metalúrgica Luma.............................................................................. 26 Miranda Lynch & Kneblewski........................................................... 78 Mudras Comercial e Industrial.......................................................... 24 Nhasz.................................................................................................. 67 Novex................................................................................................. 35 Novoaço Especial............................................................................... 14 Oxicorte Guaçu................................................................................... 58 Partel Parafusos................................................................................. 48 Pirafer................................................................................................. 49 Pontabrás Abrasivos Industriais....................................................... 73 Precision Eletroerosão e Usinagem CNC......................................... 35 Prócorte Produtos Siderúrgicos........................................................ 34 Regional Compressores..................................................................... 73 Repuchotec......................................................................................... 58 Repuxabem Comercial...................................................................... 78 Rolfer Rolamentos............................................................................. 58 Rolink Tractors Comercial Serviços...................................... 13/15/53 Rukava Assembley System Comércio e Indústria.......................... 23 Salgueiro Indústria e Comércio de Aço........................................... 48 Segpack Embalagens........................................................................ 78 Sesi-SP e Senai-SP............................................................................. 45 Siderúrgica São Joaquim S/A........................................................... 77 Socorro Mangueiras Com. Imp. e Exp............................................. 72 Super Finishing do Brasil................................................... 2ª capa /29 Superfine Steel Aços Inoxidáveis..................................................... 75 Tecmol Molas Técnicas Indústria e Comércio................................. 69 Tekno S/A Indústria e Comércio...................................................... 47 Tercabo Cintas e Cabos de Aço........................................................ 50 Torame Ind de Cabos de Aço Ltda................................................... 39 Tropical Tendas.................................................................................. 69 Tubonil Comercial de Tubos de Aço................................................. 64 Válvulas Industriais Kinteck.............................................................. 68 Vedalara Vedações............................................................................ 26 Vertex Com. e Ind.............................................................................. 82 Vibramol Ind e Com de Molas.......................................................... 71 Wimaq Industrial................................................................................ 79 Zara Transmissões Mecânicas.......................................................... 27




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