Catimbó na história

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Catimbó na História

Datas Importantes da História do Brasil Fatos Históricos Antes de 1500

A tese mais aceita é que os povos indígenas das Américas são descendentes de caçadores asiáticos que cruzaram o passando da Sibéria para a América do norte. Os mais antigos povoadores do atual território brasileiro chegaram há aproximadamente 12 mil anos. Contudo, foi encontrado em lagoa santa (minas gerais) o crânio de uma mulher de traços negroides, batizada de Luzia, que viveu há 11.500 anos. Deste modo, alguns pesquisadores consideram provável que populações negroides também tenham vivido nas Américas, e que estas foram exterminadas ou assimiladas pelos povos negroides muitos séculos antes da chegada dos europeus.

1500


Descobrimento do Brasil Estima-se que, no início da colonização portuguesa, cerca de quatro milhões de ameríndios viviam no atual território brasileiro. Encontravam-se divididos em diversos grupos étnicos lingüísticos: tupi-guaranis (região do litoral), macro-jê ou tapuias (região do planalto central), aruaques (Amazônia) e caraíbas (Amazônia).

Para podermos saber a ciência dos mestres na Jurema Sagrada catimbó, temos a obrigação de saber a historia do Brasil.

1501 A história de Pernambuco começa com a expedição de Gaspar de Lemos, em 1501.

1532 É oficializada em 1532, quando foi criada a capitania de Pernambuco (ou Nova Lusitânia), doada a Duarte Coelho, que fundou Igarassu e Olinda e iniciou a cultura da cana-de-açúcar. Em 1630, a capitania foi invadida pela Companhia das Índias Ocidentais, que, desembarcando na praia de Pau Amarelo, derrotou a frágil resistência portuguesa na passagem do Rio Doce, invadiu sem grandes contratempos Olinda e derrotou a pequena, porém aguerrida, guarnição do forte (que depois passaria a ser chamado de Brum), porta de entrada para o Recife através do istmo que ligava as duas cidades. (Mauritsstad, ou Mauricéia), até então com poucos habitantesportugueses. Maurício de Nassau

1549 A história da Companhia de Jesus no Brasil inicia com a chegada dos jesuítas em 1549 na Bahia. Então fundaram um colégio e iniciaram a catequese dos índios. Posteriormente, já na segunda metade do século XVIII, seriam expulsos de Portugal e de suas colônias pelo Marquês de Pombal. Atualmente possuem vários colégios e universidades dispersos pelo país, além de paróquias e atuação no apostolado social, bem como na formação do clero, religiosos e leigos católicos. GRANDE MARCO DA INTOLERÂNCIA RELIGIOSAS NO BRASIL.

Século XVI O território nacional não foi imediatamente ocupado pelos europeus partir do descobrimento do Brasil em 1500. A colonização começou somente a partir de 1532. Antes disso, havia apenas feitorias nas quais o pau-brasil era armazenado esperando os navios que vinham da metrópole. Apenas alguns degredados, desertores e náufragos haviam se estabelecido em definitivo no Brasil, vivendo e se miscigenando com as tribos indígenas. Ao contrário do que muitos pensam os primeiros colonos não foram só ladrões e assassinos ou prostitutas mandados para o Brasil, mais maioria era composta por camponeses pobres, agregados de um pequeno nobre que vinha estabelecer engenhos e plantações de canade-açúcar no Brasil.


Apenas alguns poucos eram criminosos, em geral pessoas perseguidas pela igreja por sua falta de moral ou por cometerem pequenos delitos: judeus, cristãos-novos, bígamos, sodomitas, padres sedutores, feiticeiras, visionárias, blasfemadores, impostores de todas as espécies. O índio brasileiro não suportava a escravidão. Acostumado a viver durante milênios a um meio de vida livre, nômade, a mortalidade indígena no meio escravocrata era muito alta. O índio brasileiro se negava a trabalhar para o colonizador: muitos fugiam ou se suicidavam. A situação caótica obrigou os colonos a importar mão-de-obra do continente africano. É a partir da década de 1550 que começou a aportar na colônia os primeiros navios com escravos da áfrica. Além de resolver o problema da mão-de-obra (faltavam índios e portugueses), o tráfico negreiro era muito rentável. No século XVI desembarcaram no Brasil em torno de 50 mil portugueses e 50 mil africanos.

Século XVIII

O desenvolvimento da mineração trouxe para o Brasil centenas de milhares de africanos, que foram escravizados na extração de ouro. Um fato novo foi, pela primeira vez na história da colônia, a vinda de um enorme contingente de colonos portugueses. Tal surto migratório deve-se a alguns fatores: Portugal e, em particular, a região do norte e nordeste, teve uma alta taxa de crescimento populacional e, em consequência, superpopulação. As notícias de que na colônia sul-americana estava ocorrendo a exploração da mineração serviu como esperança para milhares de portugueses que resolveram cruzar o oceano atlântico e se aventurar nas minas gerais. A imigração de casais açorianos para o litoral do sul do Brasil foi de fundamental importância para a demografia da região. No século XVIII, desembarcaram um milhão e 600 mil Africanos, e 600 mil portugueses no


brasil. O Brasil passou a possuir a maior população africana fora da áfrica e a maior população lusitana fora de Portugal.

1574 A capitania da Paraíba foi um subdivisão do Brasilcolonial criada em 1574, com a extinção dacapitania de Itamaracá.

1575 A luta contra a escravidão está presente na História brasileira desde o início da colonização portuguesa. Em 1575, já havia registros escritos que designavam de mocambos os refúgios de escravos que fugiam da violência de seus senhores ou que participavam de levantes coletivos urbanos ou rurais em busca de uma maneira alternativa de vida e de sobrevivência

1591 O culto da Jurema é o fato da Santidade mostrar, ainda no primeiro século da colonização, que os índios estavam longe de absorver de forma passiva as ideias e crenças do cristianismo europeu. Ao contrário das narrativas da história oficial, durante a colonização os invasores tiveram que enfrentar forte resistência desses povos. A Jurema e a Santidade, portanto, seriam exemplos desta resistência ao colonialismo português. Santidade de Jaguaripe foi registrada através das confissões e denúncias de baianos e pernambucanos diante do tribunal da inquisição em 1591 e 1592.

Século XVI

A Vila de Alhandra, a aldeia “Iguaraig”, a que se refere Jaboatam, seria a mesma “Aratagui”. Assim, a primeira referência à aldeia que deu origem à Alhandra teria sido feita ainda no final do século XVI. Os índios lá assentados vinham de um aldeamento jesuíta e eram provavelmente Tabajaras, uma vez que neste período o litoral sul, sob controle dos portugueses, era habitado por índios aliados. Mantê-los mais distantes dos moradores, a “aldeota” e sua igreja seria transferida meia légua acima.

1610 Alhandra , aparece no Catálogo da Companhia de Jesus, com o nome de Assunção, estando sob a administração dos jesuítas de Olinda.

1630 Os holandeses conquistam a capitania estabelecem a colônia Nova Holanda

de

Pernambuco

em fevereiro de 1630 e

1661 6 de agosto de 1661a República Holandesa cede formalmente o Nordeste brasileiro à Portugal através da Paz de Haia.

1575 A luta contra a escravidão está presente na História brasileira desde o início da colonização portuguesa. Em 1575, já havia registros escritos que designavam de mocambos os refúgios de escravos que fugiam da violência de seus senhores ou que participavam de levantes coletivos urbanos ou rurais em busca de uma maneira alternativa de vida e de sobrevivência

1746


Alhandra é administrada pelos padres oratorianos, sendo então registrada como aldeia de Nossa Senhora da Assunção de Arataguí, pertencendo à freguesia de Taquara.

1758 Alhandra elevação da aldeia à categoria de vila recebe o nome de Alhandra

1807 A 07 de Março de 1807 a Família Real desembarcou no Rio de Janeiro, onde se refugiou das tropas francesas de Napoleão Bonaparte que tinham invadido o território português.

1821

“Permanência da Corte no Rio na independência do Brasil”, que acontecerá em 1822, um ano depois da partida de D. João VI de regresso a Portugal.

1822 A colonização no Brasil deixou fortes marcas na demografia, cultura e economia do país. Em linhas gerais, considera-se que as pessoas que entraram no Brasil até 1822, ano da independência, foram colonizadores.

1808 A transferência da corte portuguesa para o Brasil foi o episódio da história de Portugal e da história do Brasil em que a família real portuguesa e a sua corte (inicialmente 15 mil pessoas) se radicaram no Brasil, entre 1808 e 1820

1808


Chegada de Maria Luziara no Brasil e 1822 conhece o Preto Zé Pelintra. MARIA DA CONCEIÇÃO DE ALCANTRA chega no Brasil com a Fámilia Real(1808 a 1822) ainda Moça menina e Recebe apelido por sua Terra Natal de Altas Torres. Passa a ser conhecida por Maria Luziara. A partir de então, as famílias que entraram na nação independente foram consideradas imigrantes, mais porem o Rei Dom João VI se apaixonou pela Mestra Maria Luziara filha do Mestre João Grande. Que ainda era uma menina moça, e lhe deu muitas Joias e quando ele voltou para Portugal ela foi obrigada a ir para o Recife e foi morar no Bairro do Espinheiro, mais as suas joias perdeu no caminho para o Pernambuco, na travessia do Rio São Francisco por volta de 1822 tem parte da cantiga de Maria Luziara que fala assim: “… Na passagem do riacho Luziara perdeu. perdeu, perdeu a sorte que o que o macho lhe deu …”


A mestra Luziara tinha um grande mistério com ela, pois todos os homens que a olhavam se apaixonavam pela sua educação, beleza e gentileza, ela teve educação Europeia. Chegando ao Recife no Cais do Apolo em suas redondezas nos cais vizinhos era um local de prostituição, e na época mulher separada, ou que não fosse casada eram obrigadas a se prostituir daí Maria Luziara mocinha, conheceu a Rua da Guia. E se prostitui causando grandes transtornos e brigas no bordel, pois era muito bela e todos os homens a cobiçavam entre eles alguns hoje mestres da Jurema sagrada, e foi a mulher da paixão do nosso amado Mestre Rei do Catimbó Preto Zé pelintra. que nasceu na vila do cabo de são Agostinho – PE , na mesma época. Quando Maria Luziara chegou em Recife o Jovem José de Aguiar estava entrando na vida boemia e foi amor a primeira vida pela bela Portuguesa. Maria Luziara foi morar no bairro do espinheiro, como já disse, mas Maria Luziara saia do bairro onde morava e ia para a boemia no cais do Apolo, e umas das mestras que andaram pela rua da guia, tal como a sua cantiga diz: “….O Luziara na zona do Espinheiro, as mulheres mata de flechas e Os homens mata de cheiro…..” Certa ocasião teve uma grande briga pelo seu amor, muitos homens brigaram e a policia a prendeu, mais um homem que morava na rua da amargura por nome José de Aguiar vulgo Zé Pelintra, se apresentou na policia como um advogado a tirou, e o mestre Manoel Quebra Pedra pegou as suas economias e comprou um pedaço de terra na serra da Borborema onde ela passou a criar gado. ela canta assim: “Na serra da Borborema Tem uma cidade encantada nela entra Iracema Sendo nas horas marcada. É, campos tão verdes vejo o meu gado todo espalhado Estou na mesa da Jurema Venho a juntando o meu gado” A mestra do amor, que adora margaridas, gira sol, doces tudo que e belo, suas oferendas gosta que seja em riachos de água cristalina ao lado de campinas. “campos verdes cidade bonita lá vem Luziara com laços e fitas” Segundo os antigos quando as águas batiam forte nas pedras na praia de Tambaba na Paraíba e que um Juremeiros tinha morrido e a jurema o recolheu. O mestre que era recolhido logo estava de volta. Só que agente se esquece de uma coisa. os índios os seus Pajés eles faz assim um guerreiro morre e um período ele o invoca e consagra em outro e aquele passa a manifesta aquele amigo da aldeia que era um bom guerreiro e consagrado em tronco.


MESTRE PRETO ZÉ PELINTRA Como o Mestre Preto Zé Pelintra foi consagrado para o seu caboclo. Só que ninguém dos seus irmãos Juremeiros não gostava dele quando era vivo, pois falava que ele estragava a religião, pois só queria saber de farra e bebida mais foi assim que o seu Zé pelintra foi pegando cabeça e se consagrando nelas e manifestava e saia para a rua como se fosse vivo e o médium deixava de existir para dar a sua vida para os mestres. Hoje mesmo todo médium que tem o mestre Zé pelintra nas correntes tem o orgulho de usar e fazer as coisas que o mestre gostava mais na verdade e a energia do mestre. Temos que observar que quando o mestre zé pelintra e consagrado na jurema sagrada ele e acordado e puxado a ciência do mestre e daí ele revela que o seu nome de batismo é José Gomes, José de Santana, José Francisco.. eita são muitos mesmo. E na umbanda vem como Zé Pelintra. Entretanto o médium que não era consagrado na Jurema Sagrada catimbó, era médium de umbanda e manifestava com o mestre Zé Pelintra, apos a sua morte veio como o exu malandro ou uma linha de malandro da umbanda que são espíritos de médiuns ou pessoas que tinha afinidades com Os mestres como o Carioca José Pelintra da Lapa, não e um mestre de Jurema e sim uma bela corrente de Malandro que ele mesmo criou, alguns o trata como exu, como tem linha de boiadeiro e vaqueiro tem a corrente de Malandro na Umbanda não sendo mestre de jurema porem nada tira o brilho e a força desta corrente de malandros.. No entretanto existiu no Bairro da Encruzilhada – Recife Pe. O mestre Zé Malandro, em


recife era boêmio e namorava com a mestra Navalhada, todo que ela canta assim, que morava em casa amarela mais a sua perdição era na encruzilhada.

Metade do século XIX

Sobre o último regente destes índios, Inácio Gonçalves de Barros, Vandezande encontrou importantes documentos, escritos na segunda metade do século XIX, assinados por Antônio Gonçalves da Justa Araújo, engenheiro nomeado pelo imperador para proceder à medição das terras indígenas na Paraíba. Os manuscritos consistem em pareceres contrários ao pedido de Inácio Gonçalves de reintegração ao cargo de regente dos índios da extinta aldeia de Alhandra, bem como a restituição das terras que constituíam o patrimônio desses índios. Um dos documentos afirma, ainda, que foi demarcada para Inácio Gonçalves de Barros, 62:500 braças quadradas de terras em um lugar denominado Estivas. Este, como veremos mais adiante, tornou-se um dos lugares sagrados para os Juremeiros da região.

1826 Alhandra, carta do Vigário de Alhandra, Braz de Melo Moniz, de 14 de setembro de 1826,4 o qual cumpria ordem do imperador para que fossem fornecidas informações que ajudassem na elaboração do “plano geral da civilização dos índios”. O nome Alhandra foi dado pelo Juiz de Fora da Comarca de Pernambuco, Miguel Carlos Caldeira de Pina Castelo Branco, em homenagem à Vila de Alhandra Portuguesa. Carta de 1826, encontrada no Arquivo Público da Paraíba, do Vigário de Alhandra ao Presidente da Província da Paraíba, Alexandre Francisco de Seixas Machado.

1826 Carta de 1826, do Presidente da Província da Paraíba, Alexandre Francisco de Seixas Machado, ao Vigário de Alhandra, encontrada no Arquivo Público da Paraíba. Maria do Acais II, recentemente falecida no chalet à beira da estrada João PessoaRecife, confronte a sua capela cheia de santos bonitos, no seu sítio imenso, gozou dum prestígio considerável que impunha sua reputação de grande catimbozeira. era uma feiticeira notável, enriquecida, de modos de grande senhora. A sua técnica mágica, todavia, não era diferente dessa de todo dia das outras mesas.


Mas as suas sessões eram muito fechadas, e o que fazia para todo mundo eram trabalhos encomendados e que realizava sem assistência, no recesso do seu pequeno templo, defronte ao chalet.

1835 Quilombolas Malunguinhos, cujo último líder destes quilombos foi morto em combate, nas Matas do Catúca (quilombo que se estendia desde as matas de Beberibe, na divisa Recife com Olinda até Goiana) em setembro de 1835. Na mata do Catucá, região da Cova da Onça as áreas do engenho Pitanga, conhecida como Malunguinho, diminutivo de origem Banto, que quer dizer amigo ou companheiro, de longa dinastia na luta e resistência do Complexo do Quilombo de Catucá, na Região da Mata Norte de Pernambuco, que abrange das matas de Beberibe até a cidade de Goiana, cujo último representante foi morto em combate em 18/09/1835, pelas forças Imperiais

1862

Alhandra, sobre os motivos pelos quais os esforços para “civilizá-los”, com “avultadas despesas da Fazenda Pública”, não teriam dado resultados. Apesar da resistência, os aldeamentos na freguesia de Alhandra foram considerados extintos em 1862.

1888 Abolição da Escravatura 13/05/1888

1889 Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro

1892 Alhandra, os dados oficiais que proclamavam o desaparecimento dos índios, Joffily registrou a predominância do que chamou de “typo indígena puro”, que na Paraíba ainda existia na Bahia da Traição e em Alhandra

1897 Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, nasceu em 7 de julho de 1897 na pequena fazenda dos seus pais em Vila Bela, atual município de Serra Talhada, no estado de Pernambuco. Era o terceiro filho de uma família de oito irmãos.

1908 ORIGEM DA UMBANDA – 15 DE NOVEMBRO DE 1.908 ZÉLIO DE MORAES E O CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS A primeira manifestação de Umbanda, sem influência kardecista e nem de Candomblé, e ou da Jurema Sagrada com registro histórico é a do “Caboclo Sete Encruzilhadas” em seu médium Zélio Fernandino de Moraes, 15 de Novembro de 1.908. Assim como a “Tenda Nossa Senhora da Piedade” fundada por Zélio é o primeiro templo de Umbanda registrado no Brasil

1910 Morte de Maria Índia ou Maria Gonçalves de Barros

1910 A referida juremeira era irmã do Mestre Casteliano Gonçalves e sobrinha da mestra Maria Gonçalves de Barros, também conhecida por Maria do Acais (a primeira), de quem herdou, por volta de 1910, a propriedade denominada Acais. Esta, hoje pertencente a uma de suas netas, localiza-se ao oeste de Alhandra, as margens da antiga estrada João Pessoa/Recife. Possui uma casa principal, algumas casas de moradores e, na parte mais alta da fazenda,


a capela de São João Batista. Por trás da capela, encontra-se uma escultura de um tronco de jurema, feita em concreto na década de 1950, sobre o túmulo do Mestre Flósculo, filho de Maria do Acais. Descendo um pouco à direita, por trás da casa principal, vê-se uma das “cidades” mais antigas de Alhandra, formada por três pés de jurema preta.

1911 Maria Bonita nasceu em 8 de março de 1911 no sitio Malhada da Caiçara do município de Paulo Afonso na Bahia. Depois de um casamento frustrado, tornou-se a mulher de Lampião, conhecido como o “Rei do Cangaço”, em 1929, mas ainda morando na fazenda dos pais. Um ano depois, em 1930

1915 Em 1915, acusou um empregado do vizinho José Saturnino de roubar bodes de sua propriedade. Começou, então, uma rivalidade entre as duas famílias. Quatro anos depois, Virgulino e dois irmãos se tornaram bandidos. Matavam o gado do vizinho e assaltavam. Os irmãos Ferreira passaram a ser perseguidos pela polícia e fugiram da fazenda. A mãe de Virgulino morreu durante a fuga e, em seguida, num tiroteio, os policiais mataram seu pai. O jovem Virgulino jurou vingança.

1918 Lampião formou o seu bando a princípio com dois irmãos, primos e amigos, cujos integrantes variavam entre 30 e 100 membros, e passou a atacar fazendas e pequenas cidades em cinco estados do Brasil, quase sempre a pé e às vezes montados a cavalo durante 20 anos, de 1918 a 1938.

1929 Em 1929, conheceu Maria Déa, a Maria Bonita, a linda mulher de um sapateiro chamado José Neném. Ela tinha 19 anos Maria Bonita era o apelido de Maria Gomes de Oliveira, a primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros.

1930 Alhandra, A tradição da Jurema em Alhandra está diretamente ligada às famílias remanescente da antiga aldeia Aratagui, especialmente a Inácio Gonçalves e seus descendentes. Dentre estes, destaca-se sua filha,( Maria Gonçalves de Barros, ou Maria Índia)


sua sobrinha Maria Eugênia Gonçalves Guimarães, conhecida por Maria do Acais, mestra falecida na década de 1930, cujo prestígio ultrapassou as fronteiras do Estado.

1934 Alhandra, O lugar é frequentemente visitado por fiéis vindos de outras cidades e até de outros Estados, que lá rezam, acendem velas e seis A primeira referência ao Açaís é feita acidentalmente, em 1934, por Arthur Ramos, em “O Negro Brasileiro”. Nele, o autor cita um texto publicado no Jornal de Alagoas, em que é relatada uma caravana


de Maceió com destino ao Açaís. A matéria explora, sobretudo, o fato de ter a Mestra repreendendo um dos visitantes que descansava sob um pé de jurema, a quem chamava Mestre Esperidião, alegando que tal ato desrespeitoso seria a causa do insucesso do trabalho de cura por ela realizado. Deixam oferendas. O culto praticado pela tradicional família do Açaís era o Catimbó. O Catimbó não pode ser descrito apenas como uma sessão de mesa, voltada exclusivamente para as aflições e urgências do dia-a-dia, como a cura de enfermidades, problemas amorosos, intrigas na comunidade, etc.

28 de julho de 1938 Virgulino Ferreira da Silva, Data de falecimento, fazenda Angico, Sergipe.

Cangaceiro Lampião

Nascido na cidade de Vila Bela, atual Serra Talhada, no semiárido do estado de Pernambuco, foi o terceiro filho de José Ferreira da Silva e Maria Lopes de Oliveira. O seu nascimento só foi registrado no dia 7 de agosto de 1900. Até os 21 anos de idade ele trabalhava como artesão, era alfabetizado e usava óculos para leitura, características bastante incomuns para a região sertaneja e pobre onde ele morava. Uma das versões a respeito de seu apelido é que ele modificou um fuzil, possibilitando-o a atirar mais rápido, sendo que o cano aquecia tanto que brilhava dando a aparência de um lampião. Sua família travava uma disputa mortal com outras famílias locais até que seu pai foi morto em confronto com a polícia em 1919. Virgulino jurou vingança. Tornou-se um mito em termos de disciplina. O bando chamava os integrantes das volantes de “Macacos” – uma alusão ao modo como os soldados fugiam quando avistavam o grupo de Lampião: “pulando”. Durante os 20 anos seguintes (começou aos 21 anos), Lampião viajou com seu bando de


cangaceiros, que nunca ultrapassou o número de 50 homens, todos a cavalo e em trajes de couro, chapéus, sandálias, casacos, cintos de munição e calças para protegê-los dos arbustos com espinhos típicos da vegetação caatinga. Para proteger o “capitão”, como Lampião era chamado, todos usavam sempre um poder bélico potente. Como não existiam contrabandos de armas para se adquirir, em sua maioria eram roubadas da polícia e unidades paramilitares. A espingarda Mauser e uma grande variedade de pistolas semiautomáticas e revólveres também eram adquiridos durante confrontos. A arma mais utilizada era o rifle Winchester. Lampião foi acusado de atacar pequenas fazendas e cidades em sete estados além de roubo de gado, sequestros, assassinatos, torturas, mutilações, estupros e saques. Entretanto para muitas pessoas, especialmente no Nordeste, tem-se imagem de que Lampião era como o Robin Hood do sertão brasileiro, que roubava de fazendeiros, políticos e coronéis para dar aos pobres miseráveis, que passavam fome e lutavam para sustentar famílias com inúmeros filhos. Era devoto de Padre Cícero e respeitava as suas crenças e conselhos. Os dois se encontraram uma única vez, no ano de 1926, em Juazeiro do Norte. Sua namorada, Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita, juntou-se ao bando em1930 e, assim como as demais mulheres do grupo, vestia-se como um cangaceiro e participou de muitas das ações do bando. Virgulino e Maria Bonita tiveram uma filha, Expedita Ferreira, nascida em 13 de setembro de 1932. Há ainda a informação controversa de que eles tiveram mais dois filhos: os gêmeos Ananias e Arlindo Gomes de Oliveira, mas nunca foi comprovada a verdade dos fatos . O casal teria tido ainda dois natimortos

15 de julho de 1895 – Nasce Antônio Ferreira da Silva, que se tornaria o cangaceiro Antônio Ferreira. Seus pais eram Maria Lopes de Oliveira, conhecida como dona “Maria Jacoza”, e Venâncio Nogueira, seu patrão. Venâncio Nogueira doa a ela o sítio Passagem das Pedras, no riacho São Domingos, em Serra Talhada – PE. José Ferreira da Silva, conhecido como “Zé Ferreira” e natural da fazenda Carro Quebrado, em Triunfo – PE, casa-se com “Maria Jocoza”, e assume a paternidade da criança. 7 de novembro de 1896 – Nasce Levino Ferreira da Silva, o “cangaceiro Vassoura”, primeiro filho biológico de “Zé Ferreira” com “Maria Jacoza”. 7 de julho de 1897 – Nasce Virgulno Ferreira da Silva Lampião, no sítio Passagem das Pedras, em Serra Talhada – PE. 8 de março de 1911 – Nasce Maria Gomes de Oliveira, vulgo Maria Bonita, na fazenda Malhada Caiçara, em Santa Brígida – BA. Seus pais eram José Felipe e Maria Joaquina da Conceição, conhecida como “Maria Déa”. Alguns estudiosos do cangaço revelam que não há certeza sobre a data de nascimento de Maria Bonita, e também que ela não seria filha de José Felipe, mas de um senhor chamado “Agripino”, ex-namorado de “Maria Déa”. Segundo o pesquisador Valdir de Moura Ribeiro, o nascimento de Maria Bonita foi em 10 de janeiro de 1910. 1916 – “Ze Caboclo” é preso pelo inspetor Manoel Lopes sob a acusação de roubo de bodes. Os irmãos Ferreira (Antônio, Levino e Virgulino) também são acusados do crime por Domingos Rodrigues, pagando a ele uma indenização financeira. Após este incidente, foram encontrado dois chocalhos pertencentes a Zé


Saturnino nas vacas dos Ferreiras. “Ze Saturnino” então pega três chocalhos dos Ferreiras e coloca em vacas suas. O jovem Virgulino pega um burro pertencente a “Ze Saturnino”, que acusa os Ferreiras de ladrões. Virgulino Ferreira, ofendido, manda ele ir buscar o burro em sua casa, e então mata nove reses de “Zé Saturnino”. Saturnino foi falar com “Zé Ferreira”, arbitrariamente proibindo seus filhos de cuidar do rebanho em campo. Esta ordem de Saturnino não foi acatada pelos irmãos Ferreira, e eles foram emboscados por Saturnino na fazenda “Pedreira”, em Lagoa da Água Branca. Nesta ocasião Antônio Ferreira, o irmão mais velho de Virgulino, foi ferido. “Zé Ferreira”, foi então até Serra Talhada (PE) pedir ajuda ao Coronel Antônio Timóteo de Lima, latifundiário petencente à mesma corrente política da família Nogueira (Venâncio Nogueira era o pai biológico de Antônio Ferreira). No entanto, nenhuma providência foi tomada. “Quelé do Cipó”, parente de “Ze Saturnino” tentou apaziguar a questão, propondo reconciliação entre Saturnino e os Ferreira, mas “Zé Saturnino” não quis saber de qualquer tentativa de acordo. 5 de agosto de 1917 – É fundado o povoado de Nazaré do Pico, distrito de Floresta – PE. 1917 – Na tentativa de evitar mais conflitos, “Zé Ferreira”, homem calmo e sensato, vende suas terras e vai morar na fazenda Poço do Negro, próximo ao povoado de Nazaré do Pico, em Floresta – PE. 10 de fevereiro de 1918 – “Zé Saturnino” vai buscar um dinheiro em Nazare do Pico, quebrando um acordo não ir à cidade onde a família Ferreira morava. Ele então é emboscado por Virgulino e seu primo Domingos Paulo. No dia seguinte “Ze Saturnino” acompanhado por 15 homens, cerca a fazenda Poço do Negro, residência dos Ferreira. No conflito, um dos homens de Saturnino é baleado, o cabra “Ze Guedes”. 1919 – Nazaré do Pico é invadida por “Jacinto Alves de Carvalho”. Virgulino, agora chamado de Lampião, defende o povoado. José Alves Nogueira, tio de “Zé Saturnino” é emboscado por Virgulino Lampião. João Flor, padrinho de Virgulino, vai até o local do embate, pensando que era “Jacinto” novamente atacando o povoado. Contudo, ele descobre que o ato fora cometido por seu próprio afilhado, iniciando um atrito entre ele e os Ferreira. Levino Ferreira da Silva dá um tiro no canto da rua e Odilon Flor, filho de João Flor, revida quase atingindo Lampião na cabeça. Começa o tiroteio e Levino é ferido e vai até a casa de Chico Euzebio, onde é preso e levado para Floresta. Levino é solto e os Ferreiras vão embora para Água Branca, em Alagoas. 1920 – Lampião junta-se ao cangaceiro Antônio Matilde e ataca por diversas vezes a fazenda “Pedreira”, pertencente a Zé Saturnino. Dos cabras que acompanhvam Lampião, podemos destacar os cangaceiros Antônio Ferreira, Levino Ferreira (Vassoura), Antônio Rosa, Baião, Manoel Tubiba, Cajazeira, Baliza, Zé Benedito, Olimpio Benedito e Manoel Benedito. “Ze Saturnino” vendo prejuízos a seu gado e à sua fazenda, procurou seu tio, o


famoso cangaceiro “Cassimiro Honório”, que trouxe vários cabras para defesa da fazenda do sobrinho. Lá, alguns combates com o bando de Lampião foram travados. Entres os cabras de Ze Saturnino podemos citar Nego Tibúrcio, Ze Guedes, Ze Caboclo, Vicente Moreira, Batoque e o famoso Marcula. Maio de 1920 – Em Alagoas, “Ze Ferreira” manda o filho João Ferreira comprar remédio para um sobrinho doente. O delegado Amarilio prende João Ferreira, como isca para tentar prender os seus irmãos foragidos. Maria Jacoza, mãe de Lampião, fica preocupada e resolve ir embora da região. Ela adoece e morre na fazenda “Engenho” de Luiz Fragoso. Dezoito dias após sua morte. Ze Ferreira, pai de Lampião, Antônio e Vassoura, são morto pelo tenente José Lucena de Albuquerque Maranhão e os irmãos Ferreira resolvem entrar de vez na vida do cangaço. 1921 – Os Ferreira entram no grupo dos Purcinos e matam o viajante Arthur Pinto. O tenente “Zé Lucena” vai até Poço Branco (AL), onde trava tiroteio com o grupo dos Purcinos. O cangaceiro Gafanhaque é morto. Nesse ano os Ferreiras e os Purcinos matam ainda 6 irmãos da família Quirino, de Julio Batista. Junho de 1921 – Os Ferreiras entram no grupo de Sebastião Pereira e Silva, vulgo Sinhô Pereira, cangaceiro famoso de Serra Talhada – PE. 8 de agosto de 1921 – Combate na centenária fazenda “Carnaúba”, em Serra Talhada (PE), entre “Sinhô Pereira” e “capitão Zé Cataeno” sendo morto o cangaceiro Luiz Macario, e vitória da força volante. Setembro de 1921 – Combate na fazenda “Feijão” entre Sinhô Pereira e tenente João Marques de Sá. Vitória dos cangaceiros sem morte nenhuma. Outubro de 1921 – O bando de Sinhô Pereira e Lampião vai para o Ceará, onde travam combate na fazenda “Mandaçaia”, não sofrendo nenhuma baixa em ambas as partes. Quatro dias depois travam combate na vila de Coité morrendo um soldado e saindo dois bandidos feridos. Depois houve outro combate onde foi morto o cangaceiro “Pitombeira” e saiu ferido o cangaceiro “Lavandeira” e dois soldados. 23 de junho de 1922 – Lampião faz um assalto a fazenda “Baronesa de Agua Branca”, da cidade de Água Branca (AL), roubando ai grande quantia em dinheiro, sendo a primeira vez comandante de um grupo próprio. 18 de julho de 1922 – Combate em Poço da Areia (AL)contra a força de 120 soldados do tenente Medeiros, além de parte da família Quirino. Baixas após assalto: O sargento Agapito e dois soldados, contra 20 cangaceiros de Lampião. Neste combate saiu gravemente ferido o cangaceiro Fiapo I sendo morto por Lampião depois. Agosto de 1922 – Devido aos pedidos da família o cangaceiro Sinhô Pereira vai embora da fazenda “Preá”, no Ceará, com destino a Goiás, para junta-se ao primo e ex-cangaceiro Luiz Padre. 20 de outubro de 1922 – Invasão de São José do Belmonte (PE) onde é morto o rico comerciante e chefe político, coronel Luiz Gonzaga Lopes Ferraz. Lampião não tinha nenhum inimizade com o coronel mas atacou a cidade e matou o comerciante a pedido de “Yoyo Maroto”, parente de “Sinhô Pereira” e inimigo político de Gonzaga. Depois disso a viúva vai embora do estado.


31 de julho de 1923 – De supresa, Lampião entra em Nazaré do Pico e vai até o casamento de sua prima e ex-amor de infância Maria Licor Ferreira e Enoque Menezes com o intuito de acabar o casamento sendo repelido pelo padre Kerlhe que pede para ir embora e deixar o casamento acontecer. Ele decide ir embora mas deixa a ordem para ninguém no povoado dançar. 1 de agosto de 1923 – Combate na praça de Nazaré entre Lampião e a forca do sargento “Sinhorzinho Alencar” com a ajuda dos civis nazarenos João Flor, Euclides Flor, Manoel Flor, Davi Gomes Jurubeba, Pedro Gomes de Lira e Zé Saturnino e mais seis homens. Lampião vai embora. Depois desse ocorrido João Flor conseguer alistar sua família na Força Volante de Combate ao Banditismo de Pernambuco por influência aos irmãos Pessoa de Queiroz. Tem inicio a Força de Nazaré, a mais ferrenha perseguidora de Lampião. 12 de agosto de 1923 – Combate na fazenda “Enforcado”, na Serra do Pico, em Floresta (PE) entre o grupo de Lampião e os nazarenos. Saiu ferido o bandido Miguel Piloto e os nazarenos Pedro Gomes de Lira, Olimpio Jurubeba e Adao Thomaz Nogueira. 5 de janeiro de 1924 – Lampião invade a cidade de Santa Cruz da Baixa Verde – PE em busca de matar o seu ex-amigo Clementino Quelé. Nesse combate Lampião incendiou 3 casas e foi repelido pela força policial comandada pelo tenente Pedro Malta. Nesse combate morreram Pedro Quelé e Alexandre Cruz, ficando ferido Deposiano Alves Feitosa. 11 de janeiro de 1924 – Lampião ataca novamente Santa Cruz da Baixa Verde – PE. Foi repelido por Clementino Quelé que depois entrou na policia. Janeiro de 1924 – Lampião ataca o povoado de Tupanaci, em Mirandiba – PE onde na ocasião encontrava-se um pequeno grupo de cangaceiros comandados por Tibúrcio Severino dos Santos, vulgo Nego Tibúrcio, ex-cabra de Zé Saturnino e odiado por Lampião. Lampião então entra em combate e mata Tibúrcio e seus cabras partindo o cangaceiro em vários pedaços e jogando o corpo no meio da rua. Março de 1924 – Combate de Lampião na Serra do Catolé, em São José do Belmonte – PE. Lampião é gravemente ferido no pé sendo cuidado pelo Dr. José Cordeiro e pelo Dr. Severino Diniz, da cidade de Triunfo – PE. A pedido do padre Kerlhe ele pensou em se entregar para a policia mas depois voltou atrás e continuou no cangaço. 27 de julho de 1924 – Lampião manda um subgrupo com 84 cabras tendo o comando dos cangaceiros Antônio Ferreira, Levino Ferreira, Sabino Gomes, Paizinho, Meia Noite e o fazendeiro Chico Pereira atacar e saqueiar a cidade de Sousa – PB. Tudo na cidade virou alvo de saque, os cangaceiros roubaram o comércio, residências, tendo a cidade um prejuízo incalculável. O principal alvo era o coronel Otávio Mariz, desafeto de Chico Pereira que fugiu. O juiz Dr. Archimedes Soutto Mayor foi humilhado em praça publica pelo bando. O destacamento local era comandado pelo tenente Salgado que nada pode fazer. Depois desse ataque o coronel Zé Pereira, de Pincesa Isabel – PB, nunca mais deu proteção ao cangaceiro.


14 de novembro de 1924 – Lampião toca fogo na casa da fazenda Lagoa do Mato, de Pedro Thomaz Nogueira sendo perseguidos pelos nazarenos Manoel Jurubeba, Manoel Flor, Inocêncio Nogueira e Levino Cabloco ate chegar na fazenda Baixas de Antonio Feitosa, em Floresta – PE. Lá houve novo combate entre Lampiao com 15 a 20 bandidos contra os nazarenos Euclides Flor, Olimpio Jurubeba, Eloi Jurubeba, Pedro Lira, Abel Thomaz, Manoel Thomaz e Davi Jurubeba que saiu ferido no tornozelo. Foi morto o bandido Manoel de Margarida e dos nazarenos Olimpio Jurubeba e Inocencio Nogueira. 11 de fevereiro de 1925 – Lampião entra pacificamente na cidade de Custódia – PE. 20 de fevereiro de 1925 – Lampião tenta entrar pacificamente na vila de Espírito Santo,município de Tabira – PE nos dias de hoje, para visitar seu primo Herculano Ferreira, porém é surpreendido por um ataque da Família Gomes dos Santos, importante família do pajeú daquela época com vários Fazendeiros em Serra Talhada, Floresta e na Vila de Espírito Santo Tabira. O ataque foi comandado pelo Tenente Anselmo Saraiva de Moura, vindo de Serra Talhada, que havia comprado uma grande fazenda no Sitio Cajá, tendo trazido a sua família para morar e defender aquela vila. 4 de julho de 1925 – Lampião ataca a fazenda Melancia, em Flores – PE. O proprietário Zé Calú é violentado pelo grupo. Em seu socorro vieram os sargentos Imbrain e Zé Guedes com 30 soldados vão atrás do grupo que se aloja na fazenda Barra do Juá onde são mortos dois cangaceiros. Dali os cangaceiros vão para o sitio Tenório, em Flores – PE onde o soldado Berlamino Morais em pleno combate viu um vulto de cangaceiro em cima de uma pedra gritando e atirando. Belarmino então atira e mata. Era o cangaceiro Levino Ferreira da Silva, irmão de Lampião. No outro dia ao saber disso o capitão Zé Caetano e o cabo Pedro Monteiro vão até a fazenda Tenório e encontram os 3 corpos sem a cabeça, pratica esta utilizada pelos cangaceiros para dificultar o reconhecimento pela policia. 14 de novembro de 1925 – Combate na fazenda Xique-Xique, em Serra Talhada – PE entre Lampiao e a forca volante composta de Euclides Flor, Manoel Flor, João Jurubeba, Aurelino Francisco, Hercilio Nogueira, Ildefonso Flor e o rastejador Batoque. Neste combate é morto o soldado Ildefonso Flor. Dois cangaceiros são capturados, Mão Foveira e Cancão. 4 de fevereiro de 1926 – Na fazenda Caraibas, em Floresta – PE houve combate entre Lampiao com 60 cangaceiros e a força volante do tenente Optato Gueiros com 35 soldados. O tenente Higino Belarmino, o cabo Manoel de Souza Neto e o rastejador Batoque saíram feridos. Foi morto os soldados Aristides Panta, Benedito Bezerra de Vasconcelos e Antonio Benedito Mendes e também 6 cangaceiros de Lampiao. 18 de fevereiro de 1926 – Lampiao aproveita e ataca Nazaré do Pico com 50 cabras. No povoado estavam apenas Lucio Nogueira, Abel Thomaz, Aureliano Nogueira, Manoel Jurubeba, Gomes Jurubeba e Joao Jurubeba. Depois chegou Odilon Flor com Euclides Flor, Vicente Grande, Manoel Lira, Antonio


Capistrano e Quinca Chico. Lampiao recuou de com raiva tocou fogo nas fazendas de Euclides, Joao Flor, Afonso Nogueira e Praxedes Capistrano. 20 de fevereiro de 1926 – A Coluna Prestes passa próximo ao povoado de Nazaré com 600 homens sendo perseguida pela força legalista comandada pelo major Otacilio Fernandes que ao entrar no povoado houve troca de tiros por engano com os habitantes. 23 de fevereiro de 1926 – Lampião ataca a fazenda Serra Vermelha, em Serra Talhada – PE e Antônio Ferreira mata Zé Alves Nogueira, tio de seu inimigo Zé Saturnino. Zé Nogueira havia sido sequestrado pela Coluna Prestes na passagem da mesma pela região e tinha acabado de chegar em casa cansado da violencia sofrida pelos revoltosos e sua morte gerou grande ódio na família Nogueira. 12 de março de 1926 – Lampião recebe a patente de capitão do Exército Patriótico de Padre Cícero em Juazeiro do Norte – CE. Lampião tinha bastante respeito e devoção ao padre e sua chegada na cidade foi com festa sendo até entrevistado. Foi a ultima vez que reuniu toda a família para tirar uma foto. Recebeu muita munição e ordens para combater a Coluna Prestes. 20 de abril de 1926 – Lampiao ataca o povoado de Algodões que se encontrava com os soldados doentes de malária. 3 de julho de 1926 – Lampião ataca as cidades de Cabrobó – PE, Ouricuri – PE e Parnamirim – PE. 7 de julho de 1926 – Lampião manda o cangaceiro Sabino Gomes atacar a cidade de Triunfo – PE saqueando o comércio local. Houve troca de tiros com a policia saindo mortos 2 soldados e o comandante da policia local. 1 de agosto de 1926 – Lampião com 80 cangaceiros ataca a fazenda Serra Vermelha, em Serra Talhada – PE. A família Nogueira composta do major João Alves Nogueira, do seu filho Neneco e dos seus netos Luiz, Dãozinho, Raimundo e Gentil Nogueira combatem saindo morto o cabra Zé Paixão e Antônia, ambos moradores de João Nogueira, este tio-sogro de Zé Saturnino. 26 de agosto de 1926 – O cangaceiro Horácio Novaes pede a Lampião para ataca a família Gilo, na fazenda Tapera, em Floresta – PE por conta de uma mentira que Horacio soltou para Lampiao sobre o patriarca da família. Lampiao então mata 12 pessoas da família e na hora de mostrar uma carta ao patriarca o mesmo responde que nao sabe ler e escrever sendo morto na mesma hora por Horacio Novaes. Lampiao percebe a mentira de Horacio e ele sai do grupo indo embora para o sul do pais. 2 de setembro de 1926 – Lampiao ataca novamente a cidade de Cabrobó – PE. 6 de setembro de 1926 – Lampiao ataca a Fazenda Saco do Martinho de propriedade do Tenente Coronel Martinho da Costa Agra Parnamirim – PE morrendo 2 soldados. 16 de setembro de 1926 – Combate na fazenda Tigre, em Itacuruba – PE entre Lampiao e o cabo Francisco Liberato. Lampiao foi ferido na homoplata e o cangaceiro Moreno no pé. Lampiao foi para a Serra da Cunha, em Tacaratu – PE trata do ferimento. Lá ficou escondido sobre a proteção do rico-fazendeiro Angêlo Gomes de Lima, o Anjo da Gia.


11 de novembro de 1926 – Combate na fazenda Favela, em Floresta – PE entre Lampiao e a força volante comandada pelo cabo Manoel de Souza Neto e o sargento Zé Saturnino. A força recuou morrendo 5 soldados sendo um deles João Gregorio Ferraz Neto, da família nazarena. Do lado dos cangaceiros morreram cinco bandidos. Após o combate o capitão Muniz de Farias chegou na fazenda e mandou toca fogo em tudo por ter raiva do dono da fazenda. 25 de novembro de 1926 – Lampião sequestra o viajante Mineiro Dias e vai até a Serra Grande, em Serra Talhada – PE. Nessa serra acontece o maior combate entre cangaceiros e a policia. Participam do combate o major Theofanes Ferraz Torres, tenente Higino Belarmino, tenente Sólon Jardim, sargento Arlindo Rocha, cabo Manoel Neto, aspedacada Euclides Flor e mais 400 homens. Lampião do alto da serra ataca e mata onze da policia e deixa onze feridos entre eles Manoel Neto e Arlindo Rocha. De Lampiao apenas Antônio Ferreira foi baleado. 25 de dezembro de 1926 – Por conta do ferimento e da falta de munição gasta no combate da Serra Grande, o cangaceiro Antônio Ferreira junto de Luiz Pedro, Jurema e Biu vão até a fazenda Poço do Ferro, em Tacaratu – PE, pertencente ao coiteiro Angelo Gomes de Lima. O cangaceiro Luiz Pedro estava limpando uma arma e acabou dormindo. Antônio Ferreira em ato de bricadeira balança a rede para acorda-lo e a arma dispara acidentalmente atigindo Antônio Ferreira. Lampião é chamado até a fazenda. Chegando lá encontra Antônio ainda vivo e isenta Luiz Pedro de culpa. Logo depois morre o cangaceiro Antônio Ferreira, seu irmão. 3 de abril de 1927 – Lampião manda um subgrupo comandado pelo cangaceiro Jararaca atacar a cidade de Carnaíba – PE assaltando o comércio local. 15 de maio de 1927 – Lampiao tenta entrar na cidade de Uiraúna – PB com 35 cabras sendo repelidos pela força policial comandada pelo tenente Nelson Furtado Leite e mais 14 homens. O combate durou cerca de uma hora saindo vencedora a força policial que perdeu apenas um soldado. 13 de junho de 1927 – Lampião ataca a cidade de Mossoró – RN. O bando de Lampião foi dividido em vários subgrupos comandados pelos cangaceiros Sabino Gomes, Massilon Leite, Jararaca e Luiz Pedro. A cidade estava totalmente organizada tendo a frente o prefeito Rodolfo Fernandes que distribuiu seu pessoal nas 4 torres da cidade, que aquela altura era a segunda maior do estado. Lampião sofreu sua maior derrota. O cangaceiro Jararaca foi preso e enterrado vivo. Mossoró saiu vencedora. 15 de junho de 1927 – Lampião em fuga do combate de Mossoró sequestra a senhora Maria Rocha e o senhor Antônio Gurgel pedindo 80 contos de réis. Para isso ele vai até a cidade de Limoeiro do Norte – CE sendo recebido pacificamente pelo juiz Custódio Saraiva que passou telegrama sobre o resgate do sequestro que não chegou. Lampião dormiu na cidade e depois foi embora. 17 de junho de 1927 – Combate entre Lampião e a Força Volante na Serra da Micaela, em Jaguaribara – CE. Lampião com 42 homens e a policia com 815 homens comandados pelo major Moisés Leite de Figueiredo, cunhado do major Isaias Arruda, este velho coiteiro de Lampiao. Apesar do combate ter sido


morto dois soldados e um saiu ferido, o major Moisés com grande número de policias foi acusado de covarde pelo tenente Joaquim Teixeira de Moura. 7 de julho de 1927 – Lampião em fuga de Mossoró passa um bom tempo na Serra do Coxá, em Milagres – CE. Depois de alguns dias saiu e foi para a casa de Zé Cardoso na fazenda Ipueiras, em Aurora – CE. Lá era coito de seu velho amigo Isaias Arruda o que fez Lampiao confiar. Chegando nessa fazenda Lampião almoçou e logo depois o dono ofereceu 8 cabras para participar do bando o que foi recusado por Lampião descofiado de traição. Realmente estava combinado entre o major Moisés e seu cunhado Isaias Arruda essa estrategia. Lampiao resolve ir embora sendo atacado pelo major Moisés com 15 soldados. 9 de julho de 1927 – Lampiao passa pelo Morro Dourado, em Milagres – CE em rumo a cidade de Santa Inês – PB. 27 de março de 1928 – Lampião vai até a fazenda Batoque, em Jati – CE do coiteiro Antonio da Piçarra. A Força de Nazaré entra no estado cearense. O cangaceiro Sabino Gomes conversava ao pé de um fogueira quando é atingindo na boca por Hercilio Nogueira, dos nazarenos. Lampião bate em retirada sendo perseguindo pela policia. Duas semanas depois, não aguetando vê tanto sofrimento com o ferimento de Sabino, o cangaceiro Mergulhão á pedido mata Sabino com um tiro de misericórdia. 21 de agosto de 1928 – Lampiao atravessa de canoa o Rio São Francisco entrando no estado da Bahia com os cangaceiros Luiz Pedro, Ezequiel Ferreira, Moreno, Virgínio Mordeno e Mergulhão. 26 de agosto de 1928 – Lampiao entra na cidade de Bonfim – BA. Houve pequeno combate com a força do tenente Manoel Neto. 1 de março de 1929 – Lampião entra pacificamente na cidade de Carira – SE. 25 de novembro de 1929 – Lampião entra em Nossa Senhora das Dores – SE. De lá vai de carro até a cidade de Capela – SE. Lá visita o comércio local, assiti um filme no cinema e recolhe dinheiro com os comerciantes locais. 16 de dezembro de 1929 – Lampião entra na cidade de Pombal – BA. 22 de dezembro de 1929 – Lampiao entra em Queimadas – BA. Lá ele assaltou a casa de João Lantyer de Araújo Cajahyba e cortou os fios do telegrafo e sequestrou os telegrafistas Joaquim Cavalcante e Manoel Envagelista que receberam o regaste de 500 mil réis. Depois foi até a cadeia e prendeu o sargento Evaristo Costa e outros 7 soldados. Foi almoçar e depois voltou para a cadeia e soltou todos os presos. Mandou os todos os 7 soldados ajoelharem e matou um por um. Pela noite, saqueou o comércio onde conseguiu 20 contos de réis. Foi ao cinema da cidade e depois mandou fazer um baile. 23 de dezembro de 1929 – Lampiao invade a cidade de Quijingue – BA. Lá ele fez um baile e deu dinheiro para o povo. 25 de dezembro de 1929 – Lampiao ataca a cidade de Mirandela – BA. A força policial comandada pelo Francisco Guedes de Assis repele o ataque travando pequeno combate onde é morto os civis Manoel Amaral e Jeremias Dantas e mais um soldado. Nesse combate é ferido o cangaceiro Luiz Pedro. Lampiao então entra na cidade e saqueia o cormécio local.


17 de outubro de 1930 – Lampião invade a cidade de Simão Dias – SE. Invadiu casas, saqueou o comércio local e humilhou alguns moradores, levando a morte à esposa do latifundiario Martinho Ferreira Matos que estava de resguardo quando foi violentada pelo próprio. dezembro de 1930 – Lampião conhece Maria Bonita, casada com o sapateiro Zé de Neném. Ela já era apaixonada pelo cangaceiro e fugiu com ele deixando uma carta para o ex-marido. Foi a primeira mulher a participar do cangaço. 24 de maio de 1931 – Combate em Tanque do Touro entre o bando de Lampião e o tenente Arsênio. Nesse combate, a cangaceira Dadá, esposa de Corisco tem um filho que nasce em pleno tiroteio. A criança, de nome Josafá morre dois meses depois. 28 de julho de 1931 – O Governo da Bahia contrata a Força de Nazaré comandada pelo tenente Manoel de Souza Neto para combater Lampião naquele estado. Faziam parte daquela força o sargento Davi Jurubeba, Euclides Flor, Manoel Flor, João Gomes de Lira, Pedro Gomes de Lira, Herculano Nogueira, João Cavalcanti, Vicente Grande, Henrique Gregório e Antônio Capistrano, tudo gente do povoado. 6 de setembro de 1931 – Combate na fazenda Aroeiras, em Glória – BA entre Lampiao e a força volante do tenente Manoel Neto com 15 soldados. Neste combate acontece episódio épico em um riacho onde Manoel Neto e o famoso cangaceiro Corisco ficam frente a frente tendo o cangaceiro fugido em disparada. Não houve baixas nesse combate. 5 de janeiro de 1932 – Lampiao invade a cidade de Canindé – SE. Nesta cidade violenta várias moças e saqueia o comércio local. 8 de janeiro de 1932 – Lampiao encontra-se com 32 cangaceiros na fazenda Maranduba, em Poço Redondo – SE. A força do tenente Manoel Neto com 100 soldados vai em perseguição travando grande combate. Na frente da força estava os soldados Joao Cavalcanti e Hercilio Nogueira que tombaram mortos. Adalgisio Nogueira, irmão de Hercilio tentou socorrer e também foi alvejado morrendo no local. Foi o maior combate de Lampiao na Bahia. A força recuou com 6 soldados mortos e 12 feridos. Os cangaceiros perderão 3 cabras e um outro que de tão ferido Lampiao matou. 20 de janeiro de 1932 – Lampião invade a cidade de Olindina – BA. 22 de abril de 1932 – Lampiao trava combate na fazenda Caldeirão contra força do tenente Abdon Menezes e Manoel Neto. 11 de agosto de 1932 – Combate entre o bando de Lampião e o tenente Ladislau na fazenda Cajazeira, em Cipó – BA. 13 de setembro de 1932 – Nasceu Expedita Ferreira Nunes, filha de Lampião e Maria Bonita em Porto da Folha – SE. 23 de outubro de 1937 – Um subgrupo de Lampião, comandado por Corisco e Gato atacam violentamente a cidade de Piranhas – AL. O intuito era resgatar a cangaceira Inacinha, companheira de Gato.


No dia 27 de julho de 1938 A morte de Lampião e seu bando O bando acampou na fazenda Angicos, situada no sertão de Sergipe, esconderijo tido por Lampião como o de maior segurança. Era noite, chovia muito e todos dormiam em suas barracas. A volante chegou tão de mansinho que nem os cães pressentiram. Por volta das 5:15 do dia 28, os cangaceiros levantaram para rezar o oficio e se preparavam para tomar café; quando um cangaceiro deu o alarme, já era tarde demais. Não se sabe ao certo quem os traiu. Entretanto, naquele lugar mais seguro, o bando foi pego totalmente desprevenido. Quando os policiais do Tenente João Bezerra e do Sargento Aniceto Rodrigues da Silva abriram fogo com metralhadoras portáteis, os cangaceiros não puderam empreender qualquer tentativa viável de defesa. O ataque durou uns vinte minutos e poucos conseguiram escapar ao cerco e à morte. Dos trinta e quatro cangaceiros presentes, onze morreram ali mesmo. Lampião foi um dos primeiros a morrer. Logo em seguida, Maria Bonita foi gravemente ferida. Alguns cangaceiros, transtornados pela morte inesperada do seu líder, conseguiram escapar. Bastante eufóricos com a vitória, os policiais apreenderam os bens e mutilaram os mortos. Apreenderam todo o dinheiro, o ouro e as joias.

Metade do século XIX O Catimbó se expandiu por uma área relativamente extensa. Este fato é do mesmo modo exemplificado pela presença destes elementos nas sessões de Jurema realizadas, em várias cidades do sertão nordestino, Estas seriam sete: Jurema, Vajucá, Junça, Angico, Aroeira, Manacá e Catucá.


A praia de Tambaba, pertencente ao município vizinho do Conde. Destas, duas já tinham desaparecido, a de Tambaba e a do mestre Manuel Cadete. Esta última, hoje mais conhecida como cidade do mestre Cesário, ressurgiu anos após sua pesquisa. Em Estivas, cujo acesso, sobretudo no inverno, é bastante difícil, existia a cidade do mestreMajor do Dia. A propriedade, também herdada por Maria do Açaís, foi vendida por sua nora, mestra Damiana. Tempos depois, Estivas seria palco de um conflito de terra, que resultaria no assassinato de um dos seus moradores, o Mestre Adauto. E Mestra Damiana era filha de Manoel Ferreira, conhecido como Mestre Manoel Caboré, e da Mestra Maria Casimira Gonçalves, sobrinha de Maria do Açaís. Nomes de prestígio no Catimbó de Alhandra. Últimas visitas à propriedade encontraram a casa do sítio demolida e o que restou dela invadida pelo mato. No lugar onde havia o renomado pé de jurema existe agora uma lavoura.

1938

Morte de Lampião – Em 28 de julho de 1938, no município de Poço Redondo, Sergipe, na fazenda Angico, Lampião foi morto por um grupamento da Polícia Militaralagoana, as chamados volantes, chefiado pelo tenente João Bezerra, juntamente com dez de seus cangaceiros, entre os quais se encontrava sua companheira, Maria Bonita, Luís Pedro, este o seu cangaceiro mais fiel, além de Mergulhão, Elétrico, Quinta-Feira, Caixa de Fósforo, Adília, Cajarana e Diferente. Foram todos decapitados e suas cabeças, devidamente etiquetadas, levadas como comprovante de suas mortes, foram expostas nas escadarias da igreja matriz de Santana do Ipanema.

1969 Morte de José Ferreira (Zezinho do Acais) na margens da estrada em Alhandra

1959


Juremeiro Neto

Nascimento em 21 de dezembro de 1.959 do Mestre Neto Juremeiro – na cidade de Brasília, meses antes da inauguração oficial da futura capital Brasileira. 1970 com 10 anos Sou iniciado espiritualmente na Umbanda com a Tia Titá do Caboclo Tupinambá afilhada de Dona Geraldina a primeira Umbandista de Goiânia. 1975 com 15 anos foram para e Omoloco, na casa de Irani de Oxossi do Caboclo Ubiraja, filho do Irone. 27/12/1977 aos 18 anos iniciado no candomblé com um Bori de feitura nação Angola como o Pai João de Abuque, era natural de Petrolina PE, filho de Zequinha Gongobira. 18/08/1980 aos 20 anos foi feitura no santo – (Yansã). 1986 aos 27 anos recebem os título de Babalorixá na angola, chama-se deka. 1994 aos 34 anos passaram para o axé oxumare sendo a obrigação de 14 anos. 1999 – Firmeza de Corrente na Jurema do Reino de Tupã e ou Jurema de Caboclo pelo Mestre 2000 – Iniciação Batizado e Juremação na Jurema do Reino de Tupã ou Jurema Sagrada de Caboclo, consagrado para o Príncipe do Reino das Águas Claras Pajé Rio Verde. Pelas Mãos do Juremeiro Luca, consagrado pela Mestra Mãe Nasira de Jequiê Ba,(sempre Presente em Memória), consagrada para o Caboclo da Pedra Preta por um Pajé dentro da Aldeia dos Índios Tupinambás. 2001 – Consagração na Jurema de Caboclo e ou Jurema do Reino de Tupã . 2001 aos 41 anos obrigação de 21 anos de Santo com o Babalorixá Renato de Logunédè da Cidade de Uberaba – Mg. A partir de 2001 passou a tocar somente a Jurema Sagrada do Reino de Tupã e ou Jurema Sagrada de Caboclo. 2002 a 2004 Renovações e Reforço na Jurema de Tupã e ou Jurema de Caboclo, são renovações e grau na Jurema Sagrada para o Príncipe Rio Verde.


2005 aos 45 anos Consagração na Jurema Sagrada do Reino do Acais na Mesa de Mestria, Consagrado para o Mestre Zé Maria sendo esse Mestre em vida consagrado para o Mestre Preto Zé Pelintra seu Zé Maria tinha apelido em vida de Zé Molambo, A Jurema do Acaes em Natal – Rn como todos chama Jurema de Baba Carol, na cidade de Natal – Rio Grande do Norte. 2006 aos 46 anos Renovação e ou Reforço consagração do Caboclo Tupinaré e o Mestre José Galo Preto pelo Mestre Jeová Brasil, sendo sendo o Axé de Força nome popular na Jurema do Babalorixá e Mestre de Jurema Carol da Jurema do Acaes Natal – Rio Grande do Norte 2007 – Renovação e consagração a Juremeiro Mestre na Jurema de Caboclo e ou Jurema do Reino de Tupã pelo Juremeiro Luca. Cujo o qual e a Rama da Jurema de Caboclo é a bandeira da minha casa pelo nome Aldeia do Tronco da Jurema de Caboclo Pajé Rio Verdeem Alexania – Go – 1 hora de Brasilia – DF 2008 – Dando continuidade na Rama em que eu nasci e fui consagrado que e a Jurema de Tupã e ou a Jurema de Caboclo, a ate a presente data todos os encantamentos e ciência do dono de minha correntes espirituais o Príncipe das Águas Claras Pajé Rio Verde .

Juremeiro Neto. (Na Jurema de Caboclo e considerado Mestre quando tem a sua terceira geração).

Dono da Croa e ou Dono das Correstes:

Príncipe das Águas Claras Pajé Rio Verde. Índio yanomami Aldeia waikas São os Pajés os responsáveis pela transmissão destes conhecimentos através de geração em geração”. São eles os conhecedores das cerimônias de curas, das construções das malocas, da criação e manutenção dos cosmos.


Yanomâmi: povo constituído por diversos grupos cujas línguas pertencem à mesma família.

Denominada Xiriâna, Xirianá e Waiká.

anteriormente


Mestre ZÊ Maria – Atuado em Juremeiro Neto


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