Edição de 29/12/2012

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8 Gazeta do Oeste

Mossoró, sábado, 29 de dezembro de 2012

Mossoró

Falta de chuvas diminui produção de bananas CÉLIO DUARTE

Verbas liberadas em caráter emergencial têm sido usadas para investir em irrigação

falta de chuvas tem diminuído bastante a produção de bananas no Assentamento Oziel Alves. As verbas liberadas em ações emergenciais do Governo Federal têm servido, na maior parte, para serem usadas para a irrigação das plantações. "Mesmo a gente trabalhando com a irrigação a diferença é muito grande,não conseguimos fazer muito. A chuva lava o solo, tira o sal, traz nitrogênio e é uma água de primeira e vem de papai do céu", explica o produtor Antônio Elias de

A

Falta de chuvas diminui a produção de bananas no assentasmento

Souza Neto, mais conhecido como Irmão Toinho. Além dele, mais 19 fa-

mílias no assentamento produzem bananas. Um grupo de moradores é res-

ponsável por seis hectares, mas em apenas dois a fruta está sendo produ-

Atleta de 17 anos quer ser jogador de futebol Setornarjogadordefutebol profissional e defender um grandeclubeéosonhodamaioriadosgarotosbrasileiros.Com o jovem Lucas Oliveira da Silva, de apenas 17 anos, não é diferente.Atualmente ele joga como zagueiro na equipe sub17 do Baraúnas. Apesar do sonho em ser profissional, Lucas da Silva tem enfrentado algumas dificuldades financeiras para continuar jogando e seguir seu sonho. Em janeiro, o time do sub-17 do Baraúnas vai viajar para uma competição que ocorrerá na Bahia e como não existe incentivo

e financiamento de custos na categoria de base, os atletas precisam pagar a quantia de R$ 400,00 para poder viajar. É justamente o dinheiro, ou melhor, a falta de dinheiro o grande problema do jovem atleta, pois nem ele e nem a sua mãe tem condições de pagar a quantia. Para tentar conseguir o dinheiro e realizar o sonho do filho,Lucineide da Silva,mãe do atleta, tem percorrido a cidade de bicicleta em busca de apoio financeiro. A mãe do jovem mora em uma casa de taipa na Favela do Fio e diariamente passa pelo

comércio atrás de empresários em busca de uma ajuda que possa custear a ida do filho para a competição na Bahia. "Eu queria muito realizar o sonho dele,mas falta apoio. Já fui atrás de várias pessoas, mas todos me viraram as costas", lamenta a mãe. Ela conta que essa não é a primeira vez que o filho, que é estudante do Caic,deixa de participar de uma competição - que seria um passo importante em busca do sonho - por falta de recursos financeiros. "Da última vez eu chorei ao ver todos os colegas viajando e meu fi-

zida. São cerca de 800 a mil plantas por hectares e em uma colheita de 15 mil quilos, por exemplo, o valor arrecadado chega a aproximadamente R$ 20 mil. Se este ano não tivesse sido de seca, a produção seria em mais de que os atuais seis hectares e os moradores não teriam gastado tanto com irrigação e o dinheiro que sobrasse seria usado de outras formas. No local está sendo produzida a banana do tipo maçã tropical. Segundo Irmão Toinho, a banana maçã e a banana prata estão em fase de extinção e poucas cidades do Nordeste ainda produzem. A colheita do fruto é feita em vários períodos do ano, mas a produção é fraca em alguns meses, chegando a cair cerca de 30%. A produção é escoada para Mossoró e região, como João Pessoa, na Paraíba; e Fortaleza, no Ceará. O produtor informa que a Empresa Brasileira

de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) está fazendo testes no assentamento com a produção de um novo tipo da fruta: a banana princesa, que é mais resistente ao chamado "mal do Panamá", doença que tem devastado plantações de banana em vários lugares do mundo. AJUDA O produtor recebeu, recentemente, cerca de R$ 12 mil do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) em verbas de ações emergenciais devido à seca. O dinheiro foi usado para a construção de uma cerca e a maior parte foi investida na irrigação. Os valores variam de acordo com o perfil do produtor. Algumas pessoas receberam e outras estão esperando. "É um dinheiro que vem para ajudar a não perder a produção. Esses créditos têm características parecidas com o Pronaf - dois anos de carência e dez anos para pagar", explicou. OCÂMERA

lho ficando porque não tinha dinheiro", declara. Lucineide da Silva acredita que falta incentivo para meninos e meninas, que, como Lucas,querem mudar de vida e encontram uma saída no esporte. Ela pede que quem puder ajudar o filho, entre em contato através do número 8748-1258 ou deposite dinheiro em sua conta na Caixa Econômica Federal. Número da conta: Agência - 0560 C/C: 9454-9 Lucineide Silva Oliveira Caixa Econômica Federal

Lucineide espera por ajuda financeira para filho Lucas poder viajar


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