Israel, "tinha uma prova real da existência de depósitos em bancos suíços". Para aumentar o efeito teatral dessa ação, D’Amato chamou Elie Wiesel para dar apoio. Em um testemunho mais tarde amplamente difundido, Wiesel se mostrou chocado — chocado! — com a revelação de que os executores do Holocausto procuravam saquear os judeus antes de matá-los: "No começo nós pensamos que a solução final fosse motivada apenas por uma ideologia envenenada. Agora sabemos que eles não se limitavam a matar os judeus; por mais terrível que isso possa soar, eles queriam o dinheiro judaico. A cada dia sabemos mais sobre esta tragédia. Thomas Sacton, "A Painful History", em Time, 24 de fevereiro de 1997. Audiências diante do Comité de Serviços Bancários e Financeiros, Câmara dos Deputados, 25 de junho de 1997. Bower, Nazi Gold, 301-2. Rickman, Swiss Banks, 48. Levin também silenciou sobre Salmanovitz ser judeu (cf. 5, 129, 135). 22
Não há limite para a dor? Nenhum limite para o ultraje?" É evidente que a pilhagem nazista dos judeus não é novidade; uma grande parte do estudo acadêmico de Raul Hilberg, The Dest ruct ion of t he European Jews, publicado em 1961, é dedicado à expropriação dos judeus pelos nazistas.23 Também foi declarado que os banqueiros suíços surrupiaram os depósitos das vítimas do Holocausto e destruíram metodicamente registros vitais para encobrir seus rastros, e que só os judeus sofreram tais abominações. Investindo violentamente contra os suíços em uma audiência, a senadora Barbara Boxer declarou: "Este Comitê não vai permitir um comportamento duplo por parte dos bancos suíços. Não digam ao mundo que vocês estão procurando quando estão retalhando."24 Pena que "o valor da propaganda" (Bower) dos idosos reclamantes judeus testemunhando sobre a perfídia suíça tenha logo se esgotado por si mesma. Porque
a
indústria
do
Holocausto
teve
de
procurar
uma
nova
revelação
comprometedora. O frenesi da mídia fixou-se na obtenção do ouro que os nazistas pilharam dos tesouros centrais da Europa durante a guerra. Embora denunciada como uma revelação assustadora, na verdade era notícia velha. O autor de um estudo clássico sobre o assunto, Arthur Smith, contou na audiência da Câmara: "Eu ouvi durante toda a manhã e esta tarde coisas que, numa grande extensão, já são conhecidas há anos; e fiquei surpreso com o fato de muitas delas serem apresentadas como novas e sensacionais." O objetivo das audiências, no entanto, não era informar, mas, nas palavras da jornalista Isabel Vincent, "criar histórias sensacionais".
Levin, Last Deposit, 60. Audiências diante do Comitê de Serviços Bancários e
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