Preview Revista Polícia Militar

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Expediente: Conselho Editorial Maj PM Robson Garrido de Paiva Silva Cap PM José Lourenço Júnior Pereira Júnior 2º Ten PM João Paulo Lopes Gomes Cabo PM Vitor Leonel P. de Albuquerque Colaboradores Cel PM Ciro Rodrigues de Oliveira Júnior Cel PM QOR Anselmo Fernandes da Silva Ten Cel PM Jeferson Ulisses Pires 1º Ten PM Breno Carlos Thamer Miranda Ramos 1º Ten PM Carlos Magno de Souza Vilaça

1º Ten PM Rodrigo Rodrigues Oliveira 1º Ten PM Ademir Corrêa da Silva Júnior 2º Ten PM Edenir Luiz Correa Sub Ten PM Webert Marques Clementino Sub Ten PM Evandro Fernandes Medeiros Sub Ten PM Paulo Henrique Marques 1ª Sgt PM Roberta Cristiane G. Tozzo Wriedt 3º Sgt PM Edney Knop Fotografia 1º Sgt PM Aldrin Rosa Nunes

02 – Hístórico da 4ª Companhia de Missões Especiais 04 – Palavra do Comandante Geral da PMMG 05 – Palavra do Chefe do Estado-Maior da PMMG 06 – Palavra do Comandante da 4ª Região da Polícia Militar 07 – Palavra do Comandante da 4ª Cia M Esp 08 – Palavra do 1º Comandante da 4ª Cia M Esp 10 – Palavra do 1º Subcomandante da 4ª Cia M Esp 12 – Palavra do Subcomandante da 4ª Cia M Esp 14 – Administração 16 – Pelotão de Policiamento com cães, 30 anos 18 – Pelotão de Polícia Montada 20 – Pelotão de Choque 22 – Grupamento de Ações Táticas Especiais (GATE) 24 – Rondas Táticas Municipais (ROTAM) 26 – Pelotão de Trânsito Urbano 28 – Missão da 4ª Cia M Esp

Revisão ortográfica 3º Sgt PM Viviane Alves Esteves Projeto Gráfico e Diagramação ArtWork Propaganda (32) 3215-7075 Impressão Esdeva Indústria Gráfica


HISTóRICO da 4ª Companhia de MissÕes Especiais da Polícia Militar de Minas Gerais

Criada pela Resolução nº 3.564, de 29 de Dezembro de 2000, a 3ª Companhia de Missões Especiais, que por força da Resolução 4.281 de 13 de Dezembro de 2013, passou a ser denominada 4ª Companhia de Missões Especiais, é uma Unidade da Polícia Militar que realiza o recobrimento de todas as Unidades de área da 4ª RPM. Sua criação se deu motivada pela necessidade do comando da 4ª RPM em estabelecer uma tropa para o recobrimento de área e que atuasse frente ás ocorrências extraordinárias, aquelas que fogem ao rotineiro, e produzir resposta satisfatória nas chamadas Zonas Quentes de Criminalidade (ZQC). A Unidade iniciou suas atividades sob o comando do Ten Cel Anselmo que permaneceu na função de 09 de Fevereiro de 2001 a 30 de Dezembro de 2002, passando o comando ao Maj Ramalho que esteve na Unidade de 30 de dezembro de 2002 a 11 de julho de 2003. Quem assume em 11 de julho de 2003 e permanece até 07 de fevereiro de 2008 foi o Ten Cel Ronaldo Nazareth que passou o comando ao Ten Cel Paulo Henrique que atuou de 07 de fevereiro de 2008 a 11 de janeiro de 2013, ocasião em que passou o comando ao Ten Cel Gleik que permaneceu na Unidade até 10 de junho de 2015, quando em solenidade militar, passa o comando ao atual comandante da 4ª Cia M Esp, Major PM Robson Garrido de Paiva Silva. A 4ª Cia M Esp possui um setor administrativo composto pelas Seções de Inteligência, Planejamento e Comunicação Organizacional, além de uma Seção Administrativa. Na parte operacional, possui um Grupamento de Missões Especiais estruturado em 02 (dois) pelotões de Choque, 01(um) pelotão Canil, 01 (um) pelotão de Cavalaria, 04 (quatro) Pelotões ROTAM, 01 (um) GATE e 01 (um) Pelotão de Polícia de Trânsito, contendo efetivo policial superior a 200 militares

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A 4ª Cia M Esp é encarregada de suplementar as demais Unidades Operacionais da 4ª RPM, ou seja , o Segundo, Vigésimo Primeiro, Vigésimo Sétimo , Quadragésimo Sétimo Batalhões da Policia Militar de Minas Gerais, Sexta CIA Ind., Décima CIA Ind. e Quarta CIA Ind. Mat. e, para tanto, atua, diuturnamente, no combate a criminalidade violenta, através de operações policiais diversas no atendimento de ocorrências de maior complexidade e maior grau de risco, visando atingir sua missão específica. Cada um dos seguimentos da 4ª Cia M Esp tem seu emprego direcionado para as suas atividades típicas, contudo, sempre voltado para o apoio às Unidades de Área, não deixando de cumprir também suas metas, as quais são especificamente o aumento no número de operações realizadas e de apreensões de arma de fogo. Como Unidade especializada compete a 4ª CIA M ESP, dentro de sua missão principal, estar em permanente treinamento para atuar preventivamente e repressivamente, de forma isolada ou em conjunto com outras forças, nos locais onde ocorra ou haja iminência de perturbação da ordem, cabendo-lhe especialmente atuar nas seguintes operações: • Controle de distúrbios civis; • Atuação em ocorrências de alta complexidade; • Ocupação, defesa e/ ou retomada de pontos sensíveis; • Repressão à rebelião ou motins em estabelecimentos prisionais; • Atividades de trânsito urbano Em sua missão secundária, além de muitas outras atividades policiais, a Companhia executa, mediante determinação do Comando Regional, o chamado terceiro esforço, utilizando-se, para tanto, dos Pelotões de Cães,


Cavalaria, Choque e GATE. Em suas atividades diuturnas têm-se o emprego principal que se faz, principalmente, pelos Pelotões das Rondas Táticas Municipais (ROTAM). Estes empregos podem ser verificados através das seguintes ações: • Operação presença em locais de risco; • Escolta de presos e de valores; • Policiamento em eventos especiais e/ ou extraordinários, cívicos, religiosos, esportivos, culturais, reivindicatórios e outros de vulto; • Batidas policiais isoladas ou em apoio/conjunto ás outras Unidades de área; • Recobrimento de subáreas; • Cumprimento de mandados de busca e apreensão; • Captura de infratores de alta periculosidade; • Operações de choque e controle de distúrbios civis; • Reintegração de posse; • Combate ao crime organizado; A 4ª Cia Missoes Especiais atua ordinariamente, na prevenção e repressão aos delitos através do emprego de tropas especializadas para a pronta resposta no atendimento de ocorrências de alta complexidade e gerenciamento de crise. A Unidade tem o seu emprego policial baseado em dados estatísticos e Geoprocessamento, levando-se em consideração a Zona Quente de Criminalidade do município, sendo esta uma nova e moderna concepção para prestar segurança pública com qualidade e inteligência. Os policias da 4ª Cia Missoes Especiais passam por cursos, treinamento específicos e aperfeiçoamento, tudo, com objetivo de se manterem atualizados e em condições de agir a qualquer momento, nas ocorrências que exijam intervenções táticas e técnicas especializadas. No ano de 2014 a Unidade capacitou vários policiais militares no curso de Operação de Controle de Distúrbio – OCD, curso esse

que oportunizou a tropa da 4ª CME ser deslocada para atuar na segurança dos eventos Copa do Mundo na cidade de Belo Horizonte especialmente frente as manifestações, capacitou também policiais no curso de Procedimentos ROTAM. Na sua atividade principal, desde a sua criação, a Unidade atua com o emprego maciço de seus policiais nos principais eventos da cidade de Juiz de Fora, com por exemplo : Policiamento nos inúmeros eventos futebolísticos realizados no Estádio Municipal Mario Heleno ; Policiamento especializado nos diversos Shows Musicais ocorridos no Parque de EXPOSIÇÃO de Juiz de Fora , bem como feiras agropecuárias ; Policiamento eventos Carnavalescos , religiosos e culturais realizados na área Central e Praças da cidade de Juiz de Fora; Inúmeras Operações de Grande Impacto na prevenção ou repressão qualificada da criminalidade , entre outras Em termos de prevenção, a Companhia desenvolve o projeto denominado Transitolândia que recebe por ano em médias dez mil (10.000) crianças de escolas públicas e particulares, sendo referência em nossa região no que diz respeito a educação no trânsito. A equipe ainda atende idosos com vistas a capacitá-los a transitar de forma segura em nossa cidade. Por reconhecimento e notoriedade dos serviços prestados, pode-se citar, dentre outros, que a 4ª Cia Missoes Especiais já foi agraciada com Mérito Guilherme Fernando Halfeld, em 31Mai07, Premiação da Integração da Gestão em Segurança Pública (IGESP) nos anos de 2008, 2009, 2010 e 2011. No dia 29 de dezembro de 2015 a 4ª Cia Missoes Especiais completa 15 anos de sua criação e nos últimos 05 anos, Jan/10 a Dez/14, obteve êxito na prisão de 3.148 cidadãos infratores, apreensão de mais de 390 ( trezentas e noventa ) armas de fogo e realização de 36.838 operações preventivas. Juiz de Fora – MG, 28 de Outubro de 2015. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL 4ª CIA MESP

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Palavra do Comandante Geral da PMMG Desde 29 de dezembro do ano 2000, a 4ª Companhia de Missões Especiais exerce relevante missão no âmbito da 4ª Região de Polícia Militar, sendo a Unidade responsável pelas atividades de controle de distúrbios civis; contraguerrilha urbana e rural; ocupação, defesa e retomada de pontos sensíveis; repressão à rebelião ou motins em estabelecimentos prisionais, atividade de trânsito urbano, operações diversas, além de realizar o recobrimento de todas as Unidades da RPM. Ao longo desse tempo, a Unidade cresceu e se solidificou, angariando a credibilidade e a confiança do público interno e externo, por meio de uma atuação irretocável, alinhada às doutrinas que balizam a atividade a policial, tendo por premissa institucional “valorizar nosso policial militar e proteger o cidadão de bem”. Neste ano, quando comemoramos o aniversário de 15 anos da 4ª Companhia de Missões Especiais, mais do que relembrar a história da Unidade, é momento de refletir sobre a importância do trabalho exercido por todos aqueles que têm, ou tiveram o privilégio de ali servirem. Por isso, é com grata satisfação que parabenizo cada policial, cada funcionário pelo excelente serviço prestado em prol do povo da 4ª RPM. Na oportunidade, parabenizo o Coronel PM José Geraldo de Lima, Comandante da 4ª RPM e o Major PM Robson Garrido de Paiva Silva, atual Comandante da 4ª Cia. M. Esp. pela forma abnegada e séria com que vêm conduzindo a Unidade. A todos, meus sinceros parabéns!

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Marco Antônio Badaró Bianchini, Cel. PM Comandante-Geral da Polícia Militar


Palavra do CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA PMMG Há 15 anos, por meio da Resolução nº 3.564, de 29 de Dezembro de 2000, a 3ª Companhia de Missões Especiais tornava-se 4ª Companhia de Missões Especiais, Unidade da Polícia Militar que realiza o recobrimento de todas as Unidades de área da 4ª RPM. Com responsabilidade sobre as atividades de trânsito, Cavalaria, ROTAM, Canil, Choque e GATE, a 4ª Cia MEsp atua em uma extensa área territorial abrangida por 85 municípios, com as mais variadas características de população e infraestrutura e com a missão de ampliar a capacidade de atendimento das demandas por segurança pública na Zona da Mata mineira. Juiz de Fora, por sua importância turística, econômica, geográfica, histórica e cultural, sempre reclamou a instalação de uma unidade com capacidade humana e logística de atuar em recobrimento às outras sediadas no município e no seu entorno. Esse desejo foi satisfeito com a criação da 4ª Cia MEsp, naquela oportunidade comandada pelo Tenente-Coronel Anselmo Fernandes da Silva. Hoje, após 15 anos de instalação da 4ª Cia MEsp, é possível perceber os avanços da segurança pública no âmbito da 4ª RPM, proporcionados, também, pela alta capacidade de respostas que caracteriza a atuação daquela Unidade Especializada. A atividade de segurança pública é complexa e perpassada por variáveis que, não raras vezes, dificultam ainda mais a atuação das forças policiais. Numa sociedade em que a criminalidade se especializa e se aprimora cada vez mais, ampliando e diversificando suas formas de atuação, é preciso contar com uma polícia forte, altamente qualificada, capaz de fazer face a essa realidade. A Polícia Militar de Minas Gerais tem cumprido o seu papel com dedicação e coragem, levando às populações das mais longínquas localidades a presença do Estado, personificada na farda e nas cores heráldicas da nossa Instituição. Nesta celebração de quinze anos, parabenizo cada bravo integrante da 4ª Cia MEsp que, no cotidiano operacional, salvando vidas, enfrentando perigos nas esquinas das cidades, sobre o dorso do cavalo ou sobre rodas, empenha-se e trabalha com afinco para fazer segurança pública com efetividade e contribuir para a promoção da paz social em Juiz de Fora e toda a extensão territorial sob responsabilidade da 4ª RPM. Que o sentimento de solidariedade e a vontade de fazer sempre o melhor continuem presentes em cada um, para que a Polícia Militar se fortaleça cada vez mais por meio de um serviço de excelência. Felicidade a todos!

Marco Antônio Bicalho, Cel. PM Chefe do Estado-Maior

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Palavra do Comandante da 4ª Região da Polícia Militar No ordenamento jurídico, o Princípio da Especialidade determina que a lei especial deve derrogar a lei geral por carregar os preceitos desta em conjunto com alguns quesitos especializantes que carregam substratos diferenciais e específicos de aplicação. Seguindo essa perspectiva, conforme apregoa o próprio nome, a 4ª Companhia de Missões Especiais (4ª Cia M Esp) da 4ª Região da Polícia Militar, na seara de trabalhos desempenhados, representa notoriamente a especialidade que a nossa Corporação assentiu ser necessária para que a segurança pública seja efetivada em sua máxima completude diante das mudanças e evoluções econômico-sociais. Uma vez que em algumas ocasiões são necessários diferentes tipos de policiamentos, a missão principal da 4ª Cia M Esp clama por um treinamento permanente e particularizado cuja dedicação e seriedade são dignas de elogio, além de geradoras de diversos reconhecimentos. Afinal, a Companhia já foi agraciada com diversas premiações e honrarias. Tais condecorações são frutos da permanente capacitação, dos cursos aperfeiçoantes e do treino constante que consolidam a atuação preventiva e repressiva, gerando sempre uma resposta favorável em prol da sociedade. Nesse sentido, a 4ª Cia M Esp acaba reiterando, com notoriedade, o papel e a visibilidade da Polícia Militar na área de abrangência da 4ª RPM. De maneira isolada ou em conjunto, nos espaços onde a ordem fora perturbada ou esteja em vias de ser alterada, nos momentos de tensão ou de distúrbios, os policiais do Trânsito, dos Pelotões de Cães, da Cavalaria, do Choque, do Grupamento de Ações Táticas Especiais (GATE) e das Rondas Táticas Municipais (ROTAM) reforçam nossa imagem positiva a fim de amplificar o respeito e a admiração emanados pelos cidadãos. As intervenções estratégicas e as técnicas especializadas, inerentes a essa Unidade, permitem não só uma resposta adequada e singular a ser apresentada para a sociedade, mas também confirmam, por meio prático e com ações, a máxima de “nossa profissão, sua vida”. No entanto, embora claramente apresente atuação diferenciada de acordo com a própria especialidade, a 4ª Companhia de Missões Especiais não deve ser vista como um braço que se sobrepõe aos serviços rotineiros. O empenho dela não está à parte. Na verdade, esse trabalho complementa, fortifica e enaltece a Instituição como um todo. A responsabilidade, os objetivos, a ética, a seriedade e o respeito aos direitos humanos, abordados de maneira especializada nas páginas desta revista, fazem coro à unidade sólida de desempenho da PMMG. A 4ª Cia M Esp, portanto, é um exemplar reforço consolidante da ação da Polícia Militar. Com essa singularidade, podemos nos adequar de maneira exemplar ao que se espera de nós, a segurança, o bem estar e a tranquilidade do povo da Zona da Mata.

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José Geraldo de Lima, Cel PM Comandante da 4ª Região de Polícia Militar


Palavra do Comandante da 4ª Cia M Esp No ano em que a 4ª Cia M Esp completa 15 anos de sua existência, tenho a oportunidade de estar à frente do Comando. E, apesar do pouco tempo como Comandante, tive o privilégio de trabalhar nessa honrosa Unidade como Aspirante e, posteriormente, como Oficial ROTAM Comando, na ocasião em que a companhia ainda não existia com a atual configuração e a denominação era 27º BPM. Nesse momento festivo, dirijo meus sinceros agradecimentos ao Exmo Sr. Cel Bianchini, Comandante Geral da PMMG, que confiou a mim a nobre missão de comandar a 4ª Cia de Missões Especiais, Unidade especializada, cuja tropa não foge ao seu papel e apoia todas as Unidades de Área da Zona da Mata Mineira, com muito afinco. Agradeço, ainda, ao Sr. Cel Geraldo, Comandante da 4ª RPM, por ter corroborado a decisão do Exmo Sr. Cel Comandante Geral, para empossarme no Comando da Unidade. A história da 4ª Cia M Esp foi construída ao longo desses 15 anos por profissionais que não mediram esforços para que o nosso papel não se perdesse ao longo do tempo e

para que hoje a Unidade pudesse contar com uma tropa leal e motivada. Nesse mister, não posso deixar de agradecer especialmente aos ex-comandantes que iniciaram essa jornada e deixaram aqui marcas e exemplos que perduram até os dias atuais. Dirijo-me, em agradecimento, também, àqueles que aqui serviram pois também foram peças indispensáveis na engrenagem que movimenta a 4ª Cia M Esp. Aos comandantes do Pelotão de Trânsito, do Pelotão de Cães, do GATE, do Pelotão Montado, do Pelotão de Choque, do 1º, 2º, 3º e 4º Pelotões ROTAM e Chefes das Seções da Unidade reservo uma fala especial e reconheço que me sinto tranquilo à frente do comando da Cia, porque conto com profissionais compromissados e que representam bem nossa Unidade e nossa Instituição. Por fim, agradeço a toda tropa atualmente lotada na 4ª Cia M Esp, por apoiarem minhas ideias e ações, com lealdade e compromisso, com a segurança da sociedade juizforana e da Zona da Mata Mineira. Obrigado a todos! Robson Garrido de Paiva Silva, Maj PM Comandante da 4 CIA M ESP.

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Palavra do 1º Comandante da 4ª Cia M Esp Quando solicitado a tecer comentários sobre o 15º ano de existência da 4ª Companhia de Missões Especiais, confesso que tive certa dificuldade em redigir este texto: em primeiro lugar, pelo lapso temporal, uma vez que depois de quinze anos, muitos detalhes e acontecimentos não foram mais por mim lembrados, e em segundo, porque, na reserva remunerada há quase cinco anos, já não tenho mais conhecimento do contexto morfológico e conceitual em que ela se encontra atualmente. Entretanto, apesar deste preâmbulo, gostaria já de início, de me congratular com todos os militares dessa valorosa Unidade de nossa Polícia Militar, da qual já tive a honra de ser um de seus integrantes, o que muito me orgulha. A ideia inicial de sua concepção se deu em meados do ano 2000 e surgiu da percepção do Cel PM Clóvis Kitamura, então comandante do 4º Comando Regional de Policiamento (4º CRP, atual 4ª RPM), de que o espaço territorial sob sua jurisdição necessitava de uma Força de Reação que fosse dinâmica, eficaz, eficiente e, principalmente, bem treinada e equipada, capaz de exercer com êxito as atividades extraordinárias e especiais de policiamento. Vale ressaltar aqui, que àquela época, ainda não existia a 13ª Região Da Polícia Militar. Fui premiado por ele para capitanear a implementação daquele empreendimento, do qual participamos desde a minuta de Resolução que efetivamente viria a criar, em 30 de dezembro de 2000, a 3ª Companhia de Missões Especiais da Polícia Militar. Iniciamos, efetivamente, os trabalhos em 09 de fevereiro de 2001, juntamente com os seguintes militares, na época: Cap PM Jeferson Ulisses, Sgt PM Júnior e Cb PM Pilato. Militares que integravam uma Unidade virtual, exercendo suas atividades precariamente em uma pequena sala, cedida pelo 2º Batalhão da Polícia Militar. A partir de 20 de fevereiro daquele mesmo ano, recebemos a transferência de outros militares para a formação de um Grupamento de Choque, o Grupo de Ações Táticas (GATE), o Canil e o Grupamento de Polícia Montada (GPMont). Operacionalmente, estava estruturada a 3ª Companhia de Missões Especiais do 4º CRP. Entretanto, o mais difícil ainda estava por vir: conseguir uma espaço para sediar a recém nascida Unidade. Partimos do zero e com pouco mais de um ano, conseguimos uma gleba no terreno do Instituto Cândido Tostes, junto à ULTRAMIG, proprietária daquele espaço, erguemos um hangar para abrigar um helicóptero, com excelente estrutura, inclusive um heliponto dentro das normas preconizadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a estruturação e pavimentação do acesso que levava às instalações da 3ª Cia Mesp. Em 2002, com a assunção por parte do Cel PM Ciro Rodrigues de Oliveira Júnior do 4º CRP, após estudos encomendados por ele, tomou-se a decisão de que a 3ª Cia Mesp assumiria também a gestão das Rondas Táticas Municipais(ROTAM) e do policiamento de trânsito na cidade de Juiz de Fora. No início do

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ano de 2003, já promovido ao posto de tenente coronel, assumi o Comando do 2º Batalhão da Polícia Militar, dando por cumprida minha missão na 3ª Cia MEsp, naquilo que possível realizar. Passaram por lá outros oficiais que a comandaram e, cada um deles, sem exceção, com proficiência e brilhantismo, só fizeram engrandecê-la, tanto em estrutura, como em operacionalidade. Mas minha ligação com a 3ª Cia Mesp ainda não acabara, pois no início de 2009, quando fui alçado ao coronelato e ao Comando da 4ª Região da Polícia Militar, pude ter a clara percepção que aquele embrião de unidade que ajudei fundar, se transformara em uma poderosa “ferramenta” dentro do modelo de gestão por resultados e participação comunitária, princípios que eram fomentados e buscados através dos conceitos praticados naquela era histórica da Polícia Militar, e mais importante, sem perder as características próprias de suas origens, ou seja, agir como força de reação em ocorrências e circunstâncias de maior complexidade, e também, como suplementação, cooperação e apoio às demais unidades de área que executavam o policiamento rotineiro, para a retomada dos padrões esperados frente a determinados desvios momentâneos, transitórios e específicos, através da saturação da presença policial e repressões qualificadas, sempre mantendo o profissionalismo e aprimoramento, através de treinamentos constantes. Por derradeiro, me dirijo a cada integrante dessa prestimosa Unidade da Polícia Militar, para dizer-lhes que dentro do universo social no qual tenho convivido atualmente com mais frequência, tenho a clara percepção que as pessoas, o cidadão de bem, os admira e respeita, pela honradez, qualificação e profissionalismo com que os senhores exercem suas atribuições como operadores de Segurança Pública, razão pela qual me sinto muito feliz e orgulhoso. Desta forma, gostaria, nesta data, de cumprimentá-los efusivamente. Um fraternal abraço a todos seus militares.

Anselmo Fernandes da Silva, Cel QOR PM 1° Comandante da 4ª CIA M Esp


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Palavra do 1º Subcomandante da 4ª Cia M Esp Era o final do ano 2000, quando ainda servia no 21º BPM, quando recebi uma determinação de me apresentar ao Sr. Comandante da 4ª RPM, Cel Kitamura, pois o oficial tinha em mente uma nova missão para mim. Ansioso, me dirigi, de imediato, à sede da região, a qual era instalada na estação ferroviária do bairro Mariano Procópio. Lá chegando, o Sr. Cel Kitamura me disse que eu seria transferido para a sede da região, até que a nova Unidade de recobrimento fosse criada. De pronto, fiquei exultante, pois teria condições de trazer para a minha cidade os ensinamentos e práticas operacionais que aprendi durante o período em que servi no, então, Batalhão de Missões Especiais, em Belo Horizonte. Mas, com aquela “pulga atrás da orelha”, se essa criação iria demorar ou não a acontecer. Logo após o Natal, veio a publicação da criação da, então, 3ª Companhia de recobrimento, sendo modificada para 3ª Companhia de Missões Especiais e, mais recentemente, modificada mais uma vez para 4ª Cia de Missões Especiais, para que coincidisse com a nomenclatura da região. Foi designado para o comando da nova Unidade o, então, Maj Anselmo Fernandes da Silva, oficial empreendedor, que comandava a 4ª Cia PRv e acabara de construir uma nova sede para aquela Unidade. E este oficial, então, Cap Ulisses, recebeu a grata satisfação de ser o primeiro subcomandante, acompanhado do Cb Pilato, motorista do Comandante, e do, então, 1º Sgt Júnior, que seria o secretário da Unidade. Começamos, então, a saga desta valorosa Unidade da PMMG. Recebi como primeira incumbência do Sr. Comandante a missão de preparar um curso de nivelamento operacional para toda a tropa que viria a servir na nova unidade. Idealizamos um curso que abrangeria todas as ações que seriam desencadeadas pela Unidade, que, originalmente, contaria com 02 Pelotões de Choque; 01 pelotão GATE; 01 Pelotão de Cavalaria e 01 pelotão de cães. Com isso, fizemos o curso de Operações Policiais, com período de duração de 30 dias, dividindo o efetivo em duas turmas, pois o serviço não poderia parar e ninguém poderia ficar sem fazê-lo, já que estávamos inaugurando um novo conceito de policiamento de recobrimento para toda a cidade e 4ª RPM. Findo este nivelamento, vieram o curso de operações especiais, em 2001, com alunos de toda a 4ª RPM, e o curso de procedimentos ROTAM, em 2002, quando da reestruturação do policiamento em Juiz de Fora, momento em que a Companhia de Missões Especiais passou a incorporar aos seus quadros quatro pelotões ROTAM e

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a Companhia de Trânsito Urbano. Em 2003, realizamos mais um curso de operações especiais, desta vez contando com militares da 4ª RPM e de outras instituições militares do Brasil, com militares das polícias militares do Espírito Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Era a Unidade extrapolando as fronteiras do Estado de Minas Gerais. Operacionalmente a Companhia, desde os primórdios da sua criação, demonstrou para o que veio. Já no primeiro ano de instalação, enfrentamos uma grande rebelião no CERESP, com mais de 500 presos rebelados que tomaram os dois pátios do estabelecimento prisional. Com uma ação rápida e coordenada, conseguimos, juntamente com o 2º BPM e 27º BPM, conter a rebelião. Muitas outras ações operacionais de êxito aconteceram. E, talvez, a mais significativa, no período em que lá servi, tenha sido a apreensão de 3 toneladas de maconha, com prisão de três indivíduos na zona rural de Juiz de Fora. Era um sábado à tarde. Fui acionado para ir ao local da ação, de iniciativa da Guarnição ROTAM do Sgt Cláudio. Lá chegando, identifiquei, de pronto, que era uma ação espetacular daquela valorosa tropa, que não esmoreceu diante das dificuldades daquele local e do perigo que aquela ação podia gerar. Bons tempos aqueles! Comprometimento, dedicação e muita satisfação de pertencer a uma Unidade valorosa como aquela. Na unidade, servi de dezembro de 2000 a setembro de 2003. Muitos amigos ali conquistei, muita experiência operacional e de vida ali adquiri, lições para o resto de uma vida. Muito obrigado. Parabéns valorosa 4ª Cia de Missões Especiais

Jeferson Ulisses Pires, Ten Cel PM Primeiro SUBCMT da 4ª CIA M ESP


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Palavra do Subcomandante da 4ª Cia M Esp A 4ª Companhia de Missões Especiais teve sua criação em 29 de dezembro de 2000, à época com a nomenclatura de 3ª Companhia de Missões Especiais. Voltando no tempo, recordo de minha adolescência quando jogava bola na área onde hoje se instala a 4ª Cia M Esp, e que também serviu de palco para os diversos treinamentos em que participei na condição de aluno dos Cursos de Formação de Soldado e de Cabo, nos anos de 1989 e 1990, respectivamente. Erguida em uma área conhecida como “ Campo da Máquina”, tivemos a oportunidade e a honra de participar de tamanho desafio, atuando direta e indiretamente em sua construção, bem como da implantação da estrutura administrativa responsável em dar suporte ao efetivo destinado a atividade fim, iniciando com a chegada do Pelotão GATE, que se seguiu pelos Pelotões de CHOQUE, de Polícia Montada, de Policiamento com Cães , ROTAM e, por fim, o Pelotão de Policiamento de Trânsito. Anos se passaram, outras missões foram confiadas e cumpridas, dentre elas o orgulho de ter comandado o 1º Pelotão de Polícia de Trânsito e por fim, com a confiança de meus Comandantes e a proteção de Deus, a última missão na PM antes de me transferir para a reserva: Subcomandar a 4ª Cia M Esp, aquela que participei da criação e onde encerro minha vida profissional. Uma Unidade operosa, com a responsabilidade de apoiar todas as outras que integram a 4ª Região da Polícia Militar, missão esta que encontrou um fator facilitador, qual seja, o Recurso Humano existente na Unidade, que se mostra a todo momento, compromissado, dedicado e principalmente leal, a quem rendo minhas mais sinceras homenagens pelos trabalhos realizados nos 15 anos de existência da 4ª Cia M Esp. Sem essa tropa diferenciada, que não esmorece frente às missões mais árduas, buscando sempre a excelência na prestação de serviço, a Unidade não teria conquistado a admiração e respeito do público interno e externo. Parabéns a todos que contribuíram e continuam contribuindo para o engrandecimento desta tão honrada Unidade. Que Deus os abençoe, sempre.

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José Lourenço Pereira Júnior, Cap PM Subcomandante da 4ª CIA M Esp


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ADMINISTRAÇÃO A Seção Administrativa é responsável pelo controle e assessoramento ao Comandante da Unidade nos procedimentos institucionais (Inquérito Policial Militar, Sindicância, Recompensa, Atestado de Origem, etc), bem como realizar o processamento de dados estatísticos e o planejamento de operações com o emprego do efetivo disponível. Mantém controle sistemático dos Militares da Unidade para frequentarem o Treinamento Policial Básico (TPB). A Seção também tem a responsabilidade no controle para cumprimento das requisições judiciais/policiais, além do controle de solicitação de crédito para realização de diligências do Serviço Público.

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Toda documentação referente a qualquer requerimento institucional, especialmente no que diz respeito a solicitação de direitos adquiridos, controle de férias, controle de efetivo, confecção de oficios da Unidade e fichas de Avaliação Anual de Desempenho Profissional – AADP, tem o tramite inicial feito através da Seção Adminitrativa da Unidade. Neste contexto ainda aincluem-se os militares incumbidos de atuar no apoio logístico, nas comunicações internas e externas da instituição e os que dedicam-se à inteligência e contra inteligência.


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Pelotão de Policiamento com cães, 30 anos O Sgt QPR Alberto Tran, precursor na criação do Pelotão de Cães em Juiz de Fora, oriundo do Pelotão de Cães de Belo Horizonte, foi convidado a desempenhar uma nova missão: criação e instalação do Pelotão de Cães em Juiz e Fora, pertencente ao 2º BPM. Então, no ano de 1985, o, então, Cb PM Alberto Tran, estreitou seus contatos com o Comandante do 4º Pel REM, Unidade do Exército Brasileiro em Juiz de Fora. Através deste contato, houve obtenção de autorização por parte do Estado Maior do Exército, para a procriação de cães daquela Unidade Militar, com o objetivo final de atender a demanda da Polícia Militar, com os filhotes retirados da cria. Assim, o Cb PM Tran iniciou a seleção dos militares que se encontravam em curso de formação, com o objetivo de formar o Pelotão de Cães. Desta seleção obteve-se a designação de militares que realmente tinham interesse e gosto pelo trato com os animais. Passado este passo inicial, o Cb Tran, logo após a formação do Curso de Soldados, em novembro de 1985, de um total de 17 (dezessete) soldados recém formados, iniciou os trabalhos com um total de 08 (oito) militares selecionados e 08 (oito) cães doados pelo Exército Brasileiro. Iniciou-se, assim, um legado de histórias, vitórias e ações repletas de sucesso e orgulho para o município de Juiz de Fora e região. O Pelotão de Cães em Juiz de Fora foi criado com a finalidade de atuar no Policiamento a pé, motorizado, de guarda, escolta de presos, captura de foragidos, localização de entorpecentes, operações em unidades prisionais, estádios de futebol, e outros eventos de cunho social, como apresentações e solenidades cívico-militares. Dentre os cães recebidos na doação do Exército Brasileiro, dois deles se destacaram, tanto na parte operacional, como cães de captura, como em competições dentro e fora do Brasil. O cão KING, representou o Brasil por duas vezes no Campeonato Sul Americano de Adestramento, sendo uma no Chile e outra na Argentina, além de participação em várias ocorrências de captura com êxito. A cadela CRIS foi coroada como Campeã Brasileira e Mineira de Adestramento – CG II, atingindo o grau máximo em CG III, no Campeonato Mineiro de Adestramento. Dentre outros serviços realizados pelo Pelotão de Cães, podemos destacar os seguintes feitos: •Em 1986, após rebelião de presos na Penitenciária de Linhares, quatro detentos fogem em um veículo, tomando destino ao morro do sabão. Após 18 horas de buscas, o Cão KING, conduzido pelo Cb Tran, localizou os quatro foragidos da penitenciária, sendo um destes, o falecido “Leitão”; •Em 1989, após intensas buscas, a cadela CRIS localizou, em uma mata na pedreira do Vitorino Braga, dois meliantes, os quais haviam invadido uma residência de um médico, tomando seus familiares como reféns; •Na Estrada de Monte Verde, próximo à fazenda São Mateus, localidade conhecida como chácaras Del Rey, o Pelotão de Choque, através de denúncia anônima, localizou aproximadamente 900 quilos de maconha. Não satisfeitos, foi realizado o acionamento da equipe do Canil, e o cão COMANCHE, conduzido pelo Sgt Wanderson e Cb Adenilton, após intenso rastreamento, indicou a localização de 1.100 (Um mil e cem) quilos de maconha, enterrados a uma profundidade de 1,20 metros, fato este com repercussão nacional, sendo veiculado, na época, no Jornal Nacional.

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Atualmente, o Pelotão de Cães de Juiz de Fora, pertencente à 4ª Companhia de Missões Especiais, conta com um efetivo de 18 (dezoito) policiais militares e 13 cães, dos quais cinco são da raça Pastor Belga Mallinois, pertencentes à carga patrimonial do Estado e oito da raça Pastor Alemão, sendo estes últimos cedidos, através de um Contrato de Comodato, de um criador Particular, Sr. Nilton César Lomar, sócio proprietário do Canil Lieudegarde. Dentre os animais que formam o plantel de cães do Pelotão, podemos destacar os cães Basko, Ema, Kiara e Iafa, os quais estão despontando na localização de entorpecentes, com diversas ações de sucesso, em apoio às Unidades de Juiz de Fora e Região. Já na área da repressão, destacam-se os cães Frila, Pajé e Fathar, com êxito em diversas ocorrências de capturas. A atuação destes semoventes é destacada também em eventos esportivos, policiamento ostensivo, estabelecimentos prisionais e apoio a outros órgãos. O pelotão tem como transporte uma viatura de codinome ROCCA, adaptada para policiamento com cães, que atua, diuturnamente, na manutenção e preservação da ordem pública.

MEMORIAL CANIL Em 1985, o 2º BPM operava sob o comando do Ten Cel José Alaim Lopes. A 33ª Companhia, sob o comando do Capitão Roberto Luiz Rocha, era responsável pelos destacamentos mais próximos da sede e pelas operações especiais. Na época, realizadas apenas pela ROTAM e Pelotão de Choque. O 2º Ten Maciel José Ferreira Dornelas, subcomandante do Pelotão ROTAM, foi convocado pelo Comandante para instalar e iniciar as atividades do Canil – Dois de Ouro. Os primeiros boxes já estavam prontos. Possivelmente com capacidade para oito animais. Os primeiros cães, ainda filhotes, em número de cinco, haviam sido doados pelo comando da 4ª Região do Exército. Era uma ninhada produzida no Canil do Pelotão de Remuniciamento. Uma fração do Exército sediada próximo à ASE Campestre.

O Cabo Alberto Tran foi transferido do destacamento de Bicas para a sede, em razão da sua especial capacidade para adestrar cães. Já havia permanecido algum tempo à disposição da 4ª Região Militar para treinar os cães do Pelotão de Remuniciamento. A doação dos cães pelo General, comandante, foi uma espécie de contrapartida pelos relevantes serviços prestados pelo Cabo Tran. O Capitão Mirabeaux (EB) prestou grande colaboração, auxiliando, juntamente com alguns militares do exército, nos primeiros passos do adestramento. Colaborou também no andamento do registro (pedigree) dos animais. Cinco novos soldados concludentes do CFSd daquele ano foram destinados ao Canil. Não foi possível recordar nominalmente de todos. Dentre eles: Augusto, Hipólito, Moisés. Ao mesmo tempo que os cães eram adestrados, os novos soldados eram treinados como adestradores pelo Cabo Alberto Tran. Os Soldados eram muito jovens, recém formados e totalmente imaturos. Alberto Tran dava-lhes longas preleções quanto às técnicas de adestramento. É claro que sua experiência mostrava, ao mesmo tempo, as individualidades temperamentais dos cães e muitas deficiências de personalidade de cada soldado. O Cabo Tran assumiu uma espécie de paternidade em relação aos jovens soldados. Além dos ensinamentos técnicos, aconselhava e orientava-os em relação à carreira profissional, dinheiro, namoro e outros assuntos. Alberto Tran conquistou o respeito deles e tinha legitimidade para tomar medidas disciplinares diretamente, no âmbito do canil. Deixava os subordinados detidos. Apenas relatava suas providências ao comandante do pelotão e pedia “homologação”. Com isso obteve considerável êxito. Vários soldados se tornaram adestradores competentes. Também os cães começaram a se sobressair positivamente, não só auxiliando nas operações policiais militares, mas também em provas de adestramento de cães em nível estadual e até nacional. O Cão King e a cadela Crhis sagraram-se campeões nacionais em provas para cães adestrados. Por outro lado, por iniciativa dos próprios militares, foram construídos obstáculos físicos e montada uma pista de exibição dos cães adestrados, que encantava o público em apresentações nos mais diversos tipos de evento. Cel. QOR Maciel José Ferreira Dornelas

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Pelotão de polícia montada O Primeiro Pelotão de Polícia Montada foi criado, na cidade de Juiz de Fora, no dia 10 de fevereiro de 1992. Foi composto com o efetivo de 24 policiais militares, 01 tenente, 03 sargentos, 20 cabos/soldados, além de 12 semoventes oriundos do RPMONT (Regimento de Polícia Montada), atual RCAT, e possuía, ainda, um caminhão de transporte animal, também oriundo do Regimento. O Pelotão Montado foi instalado no parque de exposições de Juiz de fora, local onde se encontra até hoje. O primeiro comandante do Pelotão, em 1992, foi o 1º Ten PM Anderson Luiz Esteves Gomes, atual Cel BM QOR. O pelotão de Cavalaria conta, hoje, com o efetivo de 19 militares, sendo 01 Subtenente, o comandante, 08 sargentos, 10 cabos/soldados e 09 semoventes, contando ainda com um caminhão de transporte animal e uma VP Caminhonete Triton L200. O Pelotão Montado pertence à 4ª Cia M Esp e exerce, hoje, atividade de Policiamento Ostensivo, Policiamento de Choque e eventos em geral. Uma das principais características do policiamento é a ostensividade, destacando-se das demais modalidades de policiamento devido a esta peculiaridade. A primeira exigência para que um policial militar integre o corpo da cavalaria é o gosto pelos animais. A vocação também é um fator decisivo para concluir, de forma satisfatória, as atividades diárias da equipe de cavalaria. Após a designação para o Pelotão, o policial militar participa das aulas de equitação, quando aprende a montar e também a fazer a limpeza e higienização do animal. Durante este período, o policial militar recebe instruções que o capacitam a atuar em controle de distúrbios civis, deixando-o preparado para atuações de manutenção da ordem pública. No seu trabalho diário, o pelotão montado lança várias equipes, também chamadas de “conjuntos”, os quais são formados pelo policial e cavalo, contando, também, com a viatura de apoio, e executam o policiamento na área central e em diversos bairros da cidade de Juiz de Fora, atuando também em Estádios de Futebol e em diversos eventos com concentração de grande público, no intuito de garantir a manutenção da ordem e também o lazer do cidadão de bem.

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pelotão de Choque Desde a criação da Companhia de Missões Especiais, na cidade de Juiz de Fora, o Pelotão de Choque faz parte de sua configuração, sempre no recobrimento e apoio operacional a outras unidades da 4ª Região da Polícia Militar de Minas Gerais, na Zona da Mata Mineira. Em suas atribuições, definidas pela DGEOp 3.01.01/2010, o Pelotão de Choque tem como missão primária a atuação nas operações de controle de distúrbio civis. Atua também na intervenção e reintegração de posse, tanto no âmbito rural quanto em âmbito urbano. Age também no controle a rebeliões e motins em estabelecimentos prisionais rebelados em apoio à SUAPI (Subsecretaria de Administração Prisional). Como missão secundária, o Pelotão de Choque desempenha o policiamento ostensivo geral em apoio às Unidades, em shows e eventos artísticos, festas religiosas e festas populares. Atua em eventos desportivos e também desempenha operações de ocupação em aglomerados urbanos. O pelotão de Choque é uma tropa qualificada para a execução de suas missões, tendo um vasto campo técnico de treinamentos para o emprego operacional de suas missões específicas, dentro de uma atuação de repressão qualificada, no intuito do restabelecimento da ordem e manutenção da paz em sociedade.

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O policial militar integrante das tropas de Choque tem um perfil específico, devendo ser treinado em determinadas funções, para que possa garantir um excelente aproveitamento. Nas operações de Choque, é exigido um ótimo condicionamento físico aliado ao preparo mental. É necessário também ter conhecimentos técnicos e práticos nas aplicações de táticas de Operações de Choque. A seleção e o treinamento dos efetivos devem ser criteriosos. Devem-se observar o compromisso com instituição, a resistência à psicofadiga, a resiliência, o autocontrole, a disciplina tática e a higidez física. Antes da criação da SUAPI, o pelotão de choque atuava frequentemente em operações de apoio às buscas nos estabelecimentos prisionais de Juiz de Fora. Apoiava, também, em buscas em cadeias públicas de outras cidades da 4ª RPM. O Pelotão de Choque era frequentemente acionamento ao CERESP, para conter princípios de rebelião. Com o surgimento da SUAPI, as buscas ficaram menos frequentes, sendo realizadas pela própria SUAPI. Mas a missão de atuação na Intervenção de Choque em Estabelecimentos Prisionais permanece, caso extrapole os esforços primários daquela subsecretaria.


No ano de 2005, houve uma rebelião no complexo penitenciário do bairro Linhares, em Juiz de Fora, e foi necessária a intervenção do Pelotão de Choque na Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, cuja operação durou seis dias, com a rendição dos presos e liberação dos reféns. Os policiais militares sempre são atualizados quanto aos conhecimentos técnicos e táticos de Operações de Choque. Trata-se de uma tropa que sempre deve estar treinada e pronta para a ação do restabelecimento da ordem. Na 4ª Companhia de Missões Especiais, foram realizados alguns cursos específicos, como Controle de Distúrbios Civis, Intervenções Estratégicas em Movimentos Sociais, Operações de Controle de Distúrbios. Alguns policiais militares também realizaram capacitação técnica e específica no Batalhão de Polícia de Choque, para multiplicarem conhecimentos e padronizarem condutas na atuação como Tropa de Choque. O maior emprego operacional das Tropas de Choque no Estado de Minas Gerais foi na Copa das Confederações em 2013 e na Copa do Mundo de 2014, quando a capital Belo Horizonte foi palco de diversos jogos de futebol.

Em 2013, devido ao grande movimento de manifestações sociais durante a Copa das Confederações, com a maior manifestação social dos últimos tempos no país, ato que foi repentino e crescente, Pelotões de Choque de todo o Estado foram hipotecados ao Batalhão de Choque na Capital para apoio na realização do evento. Dois pelotões da 4ª Companhia de Missões Especiais foram hipotecados nessa ocasião. Novamente, em 2014, em apoio à Copa do Mundo de futebol, dois pelotões foram para a capital mineira. O pelotões foram empregados diretamente no evento, e garantiram a realização com sucesso de todos os eventos relacionados à Copa do Mundo. A Polícia Militar de Minas Gerais foi elogiada, mundialmente, por sua atuação, em todos os sentidos. Atualmente, o primeiro pelotão de choque está sediado na 4ª CIA M Esp, sob o comando do 2° Ten PM Geovane Garcia Muniz.

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Grupamento de Ações Táticas Especiais (GATE) No final de 1997, o, então, Ten PM Neir Adriano de Souza, Comandante do Pelotão de Choque do 27º BPM, depois de autorizado, selecionou 10 policiais militares da referida fração, a fim de participarem do Curso de Ações Táticas, o qual foi ministrado, em janeiro de 1998, pelo, então, Cap PM Eduardo Lucas de Almeida, doutrinador em matéria de Ações Táticas e Operações Especiais da Polícia Militar de Minas Gerais. O referido oficial, recém-chegado dos Estados Unidos, onde realizou diversos cursos na área, promoveu o curso, em Juiz de Fora, capacitando o Ten PM Neir e sua equipe a operarem em ocorrências de alta complexidade e em ações táticas. Em fevereiro de 1999, foi realizado o Curso de Operações Especiais, em Juiz de Fora, com a finalidade de formar e especializar mais policiais militares a atuarem em ocorrências típicas de alta complexidade, contribuindo para a criação do Grupo Especializado da 4ª Região da Polícia Militar, denominado de GER-4, o qual realizava instruções e treinamentos específicos, diuturnamente, na área de Ações Táticas e Operações Especiais. Em 2000, com a criação da 3ª Companhia de Missões Especiais, atualmente, 4ª Companhia de Missões Especiais, com previsão em sua estrutura de um Pelotão GATE, os militares que pertenciam ao GER-4 foram transferidos para a 4ª Companhia de Missões Especiais, formando o quadro de efetivo do Grupamento de Ações Táticas Especiais, GATE, que atua em Juiz de Fora e região, até os dias de hoje, prestando excelentes serviços. O Grupamento de Ações Táticas Especiais da 4ª Companhia de Missões Especiais, amparado pela força, tradição e doutrina de seus fundadores, com as suas devidas atualizações doutrinárias, é uma tropa em condições de operar no contexto de ocorrências de alta complexidade que extrapolem a capacidade de atendimento ordinário, atuando nas ações/operações de caráter repressivo, em todo o espaço territorial de responsabilidade da 4ª Região da Polícia Militar, assessorando o Comando da Região e das Unidades na Gestão de Eventos de Defesa Social de Alto Risco, tais como:


• resgate de pessoas que se encontrem como reféns ou “vítimas” de perpetradores de incidentes críticos; • salvamento de cidadãos que estão a portar armas e se encontrem em tentativa de autoextermínio; • prisão de cidadãos-infratores armados que se encontrem barricados; • localização e prisão de cidadãos-infratores que se encontrem em locais de difícil acesso, tais como matas e florestas; • resgate de guarnições policiais que se encontrem em confrontos com infratores fortemente armados no interior de aglomerados urbanos; • desativação de artefatos explosivos improvisados e convencionais; • gestão de incidentes críticos que envolvam ameaças de bombas; • realização de vistorias antibombas em estádios de futebol e locais de grandes eventos; • retomada de estabelecimentos prisionais em situações de rebelião;

• proteção de autoridades e pessoas ameaçadas, conforme normas e legislação vigente. Também amparado pelo trinômio “Treinar, Operar e Oferecer Treinamentos”, essa tropa de Operações Especiais da 4ª Companhia de Missões Especiais está em constante treinamento teórico e prático, operando em diversas ocorrências de eventos especiais na Região e oferecendo e realizando diversas instruções e cursos para o público interno e outras instituições, tais como 2º BPM, 27º BPM, 21º BPM, 6ª Cia PM Ind, 10ª Cia PM Ind, 47º BPM, 4ª Cia Ind MAT, Exército Brasileiro, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Sistema Prisional, e outros. O GATE é composto por cinco equipes comandadas por Oficial: • Time de Gerenciamento de Crises (TGC); • Equipe de Sniper (atirador policial de precisão); • Esquadrão Antibombas; • Time de Invasões Táticas; • Comando de Operações em Mananciais e Áreas de Florestas (COMAF).

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Rondas Táticas Municipais (ROTAM) A Quarta Companhia de Missões Especiais possui uma variedade de frações e dentre estas podemos destacar a fração ROTAM, que tem a missão precípua de resolver as ocorrências de maior complexidade e que fogem à capacidade e, mesmo, condições técnicas das viaturas específicas para o patrulhamento rotineiro e atendimento de ocorrências corriqueiras. Ela atua em um cenário altamente diversificado e marcado pela frequente atuação da criminalidade violenta, através de um sistema de recobrimento às vulnerabilidades do policiamento ostensivo geral, sobretudo, em suplementação às Unidades de área, com atuação em locais de elevado índice de criminalidade, pela repressão a assaltos a estabelecimentos bancários, realização de escolta de presos perigosos ou de valores de monta incomum. A ROTAM é uma fração que pauta suas ações na legalidade, além de demonstrar uma persistência diferenciada, na tentativa de prisão de perpetradores, sendo de vital importância para a Quarta Região da Polícia Militar, na prestação de serviços de segurança pública à sociedade de Juizforana e demais cidades sob a responsabilidade da Região. Seu emprego ocorre diuturnamente e de forma laboriosa na busca da excelência do serviço policial, contando com policiais valorosos e altamente capacitados para a atividade, contando ainda com treinamentos constantes através de cursos específicos na atividade ROTAM.

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Ontem, hoje e sempre

Reportagem do jornal Tribuna de Minas em 04 de outubro de 1981.

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pelotão de TRÂNSITO urbano O trânsito urbano em Juiz de Fora, inicialmente, pertenceu ao 2º BPM. Criado como Companhia de Trânsito, esteve diretamente ligado à 30ª Cia do 2 de Ouro. Teve sua sede na Rua Maria Perpétua, Rua Olegário Maciel, Terminal Rodoviário, Rua da Bahia, Barão de Santa Helena, Rua Tupi e retornou à Barão de Santa Helena/Granbery. Sua responsabilidade territorial se estende por todo o perímetro urbano da cidade de Juiz de Fora e também pelos bairros mais distantes e distritos. Com a criação do 27º BPM, um pelotão de trânsito ficou responsável pela área daquela Unidade, sendo novamente anexado a uma Companhia.

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Com a municipalização do trânsito, imposta pelo CTB, necessário seria adequar a estrutura da Companhia de Trânsito, que agora já pertencia à 4ª Cia M Esp, sendo então reduzida a grupamento e posteriormente a Pelotão de Trânsito. Sua área de atuação continua a mesma. Atuamos em diversas atividades desenvolvidas pela 4ª Cia M Esp, em ações e operações relativas ao trânsito e a recobrimento. O 1º Pel de Trânsito desenvolve ações como: Operação Lei Seca, Volta às aulas, Operação Trânsito Seguro, Blitzen repressivas, preventivas e educativas, apoio às outras Unidades da 4ª RPM e aos pelotões da Cia MEsp, Batedores para Escoltas, e outras. Apoiamos, ainda, órgãos municipais e estaduais e entidades que apresentem algum trabalho voltado à educação no trânsito.


Este ano, assim como em anos anteriores, tivemos ativa participação na semana do trânsito, desenvolvida pela SETTRA, cujo tema foi “Seja você, a mudança no trânsito”. Tivemos, mais uma vez, oportunidade de trabalharmos em operações conjuntas com a Polícia Militar Rodoviária, Polícia Rodoviária Federal, SETTRA e os Bombeiros Militares. Participamos ativamente, para contribuirmos e promovermos um trânsito melhor e mais seguro. Nossos militares são chamados a palestrarem em diversas empresas da cidade, estabelecimentos de ensino, desde o Ensino Básico ao Ensino Superior, instruindo condutores e pedestres sobre a responsabilidade de cada um, em prol de um trânsito mais harmonioso e seguro. Temos orgulho em pertencermos ao Pelotão de Trânsito da 4ª Cia M Esp, pois sabemos da importância do nosso papel e o valor do nosso trabalho, embora muitos não compreendam a nossa missão. Mas fazemos o que é necessário, e pautados na legalidade, com o objetivo único de que todos possam usufruir de um trânsito em Paz e em Segurança. Dentre as ações anteriormente citadas, desenvolvidas pelo pelotão de trânsito, podemos destacar: Pronto Atendimento de Trânsito (PAT), atendimento com viaturas, diuturnamente, aos acidentes de trânsito, palestras educativas em empresas e estabelecimentos de ensino, com destaque para a atividade desenvolvida pela Transitolândia, a qual já serviu de modelo para outros estados da federação, e que visa ensinar às crianças os princípios básicos de segurança para se comportarem nas vias publicas, seja a pé ou em veículos, motorizados ou não, em atividades cotidianas e brincadeiras. Atualmente, o 1º Pelotão de Trânsito está sediado à rua Barão de Santa Helena, 481 - Granbery. Sob o comando do 1º Ten Rodrigo Rodrigues Oliveira, conta com o efetivo de 53 militares, uma frota de 5 viaturas básicas, 5 motocicletas e 2 veículos de transporte de tropa (Vans). Estamos sempre prontos a cumprir nossa missão, afinal “NO TRÂNSITO SOMOS TODOS PEDESTRES.”

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