Jaqueline

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Estudos posteriores, demonstraram crescimento satisfatório tanto em uso de dieta hiperprotéica e normocalórica (ACOSTA et al.,1999), quanto em uso de dieta normoprotéica e normocalórica (CORNEJO et al., 1995; CORNEJO et al., 2003; CORNEJO; RAIMAN, 1999). A justificativa da utilização de dieta hiperprotéica no tratamento dos fenilcetonúricos se deve à diferença na absorção e utilização de aminoácidos livres em relação à absorção e utilização da proteína natural. O protocolo britânico para o tratamento da PKU recomenda a utilização de dieta hiperprotéica - no mínimo 3g/Kg/dia de proteína em crianças até 2 anos de idade (BRITISH GUIDELINES FOR THE PKU MANAGEMENT, 1998; WAPPNER et al., 1999; ELSAS; ACOSTA, 1994;

ACOSTA; YANNICELLI, 2001)

também recomendam a utilização de dieta hiperprotéica, mas em quantidade superior à do protocolo britânico - 3,0 a 3,5g/Kg/dia para lactentes até 6 meses de idade. No presente estudo, lactentes em uso de dieta hiperprotéica e normocalórica apresentaram crescimento adequado, demonstrando que esta dieta é capaz de garantir crescimento adequado em crianças com PKU. Apesar da dieta hiperprotéica garantir crescimento adequado, a necessidade de sua utilização precisa ser mais bem estudada, pois a ingestão excessiva de proteínas, a longo prazo, pode ocasionar doenças renais e hepáticas. Os dois grupos, leite materno e controle, apresentaram médias de ingestão protéica correspondentes a 140% e 130% respectivamente, quando comparados com as recomendações da RDA (FOOD AND NUTRITION BOARD; COMMISSION ON LIFE SCIENCES; NATIONAL RESEARCH COUNCIL, 1989). O grupo leite materno apresentou média de ingestão protéica de acordo com as recomendações específicas para fenilcetonúricos do protocolo britânico (WAPPNER et al., 1999) e de Acosta e Yannicelli (2001), mas apresentou alta porcentagem de recordatórios abaixo daquelas recomendações. Apesar de hiperprotéica, a média de ingestão do grupo controle foi inferior às recomendações específicas para fenilcetonúricos e a porcentagem de recordatórios de acordo com as recomendações protéicas para fenilcetonúricos foi baixa. Esta observação demonstra a dificuldade em atingir a recomendação protéica específica para fenilcetonúricos, tanto do protocolo britânico (WAPPNER et al., 1999) quanto de Acosta e Yannicelli (2001). Apesar disso, a média de ingestão protéica do grupo controle foi semelhante à média de ingestão 74


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