Pegasus e o fogo do olimpo kate ohearn

Page 64

tivermos sorte, a UCP e o exército vão se concentrar em achar as criaturas antes de virem atrás de nós. Enquanto isso, vamos alimentar o Pegasus e limpar essa sua perna. Quando o sol começou a se pôr, Emily e Joel limparam e cuidaram dos cortes no traseiro de Pegasus, depois de terem feito o mesmo com a perna de Emily. O remédio estava fazendo efeito e ela se sentia bem melhor. – Pelo menos agora sabemos quem enfiou aquela lança no Pegasus – disse Emily enquanto passava gentilmente um creme antisséptico em um ferimento na perna traseira do animal. – Mas a questão agora é: por quê? – Joel perguntou. Emily deu um beijinho no focinho do garanhão, depois se sentou e pegou uma maçã. Antes que a fruta pudesse chegar em sua boca, seus olhos se arregalaram. – Robin! – ela exclamou. – Como? – Joel correu até ela. – O que aconteceu? – A última coisa que meu pai me disse foi para que eu me lembrasse de Robin! – Emily se apoiou em Joel e, dolorosamente, ficou em pé. – Não tinha entendido o que ele queria dizer, pois era um código para o caso de a UCP estar ouvindo, mas agora me lembrei! – Lembrou o quê? Do que você está falando, Emily? Enquanto falava, Emily foi guardando as coisas na cesta de piquenique de Eric e Carol. – Quando eu era bem pequena, meus pais me traziam ao parque e a gente ia até uma área bem escondida na extremidade norte. Meu pai fingia que era o Xerife de Nottingham, minha mãe era a Lady Marion e eu era o Robin Hood! Todo domingo a gente vinha aqui e brincava de luta de espadas. – Ainda não entendi nada... – Joel disse confuso. – Antes de desligar, meu pai disse para eu me lembrar de Robin e depois falou que estaria lá. Entendeu agora? Ele estava me dizendo para levar você e o Pegasus para o lugar onde brincávamos de Robin Hood. É uma área muito reservada, ninguém nos encontrará. Poderemos nos esconder por um tempo e planejar o que faremos a seguir. – E o que estamos esperando, então? – Joel exclamou. – Vou colocar você em cima do Pegasus e seguiremos em frente! Permanecendo na segurança das árvores, eles caminharam para o norte do parque. O sol finalmente se pôs, por isso a maior parte do caminho foi feita no escuro. Enquanto seguiam, ouviram os sons de vários helicópteros sobrevoando o Central Park e, olhando para cima, por entre as árvores, viram as luzes brilhantes de buscas apontadas para baixo. – Estão procurando a gente – disse Joel sombriamente. Emily olhou para Pegasus e percebeu que ele estava ainda mais branco no escuro, não se parecendo mais com um cavalo comum. Não havia dúvida de que ele era diferente. Se acertassem o facho de luz no garanhão não haveria escapatória. – Joel, espere, temos que parar. Me ajude a descer, por favor. – Não podemos parar, temos que nos encontrar com seu pai na área... – Ele parou quando viu Emily se esforçando para descer sozinha. – O que foi? – perguntou enquanto a ajudava. – Qual o problema? – Você brilha de tão branco que é, Pegs! Temos que fazer algo em relação a isso. – Depois se virou para Joel. – Ele não estava assim quando o encontrei lá no teto do meu prédio, e mesmo a noite passada o branco não era tão brilhante. Mas olhe agora, ele parece brilhar mais a cada minuto! – Tem razão, ele está brilhando cada vez mais. Joel colocou a cesta de piquenique no chão e começou a mexer nas coisas dentro dela.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.