Me Earl and the dying girl

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coisas. Isso é simplesmente uma combinação incrivelmente perigosa, como vocês vão ver depois, neste livro, se eu puder sequer terminá-lo sem surtar e jogar meu laptop de um carro em movimento para dentro de um lago. Muito bem. Então os hormônios da amizade da Madison, ativados pela leucemia de Rachel, começaram a ser bombeados através do organismo dela e, agora, ela demonstrava sua amizade se sentando junto com a gente durante o almoço. – Tem alguém sentado aqui? – perguntou ela. Ela tem esse tipo de voz de mel escuro, que parece sábia e que não combina bem com sua aparência. Isso também é sexy. Eu me sinto feito um babaca escrevendo como ela é gostosa, por isso vou parar. – ACHO QUE NÃO!! – falou Naomi. – Senta com a gente – falou Rachel. Então ela se sentou. Naomi estava em silêncio. O equilíbrio de poder mudara de modo que nenhum de nós percebera ainda. Havia tensão no ar. Era um momento de grande oportunidade e de maior perigo. O mundo estava prestes a mudar para sempre. E eu tinha carne na minha boca. – Greg, isso parece um almoço interessante – falou Madison. O almoço era sobras de fatias de carne, brotos de feijão e alface num recipiente plástico. Também havia um pouco de molho teriyaki e cebolinha. Basicamente parecia um alienígena que viera à Terra, tivera uma aula sobre como fazer salada, mas não tinha se saído muito bem no exame final. De qualquer forma, essa era a minha oportunidade e eu a agarrei. – Eu já tinha almoçado – falei. – Isso é o vômito de um alienígena espacial. Rachel e Anna deram um muxoxo, e Madison, na verdade, deu uma risadinha. Eu não tive tempo para registrar verdadeiramente as ramificações causadoras de uma ereção por causa disso, porque era evidente que Naomi estava prestes a fazer uma tentativa arrogante e irritante de retomar o centro da atenção, e eu tinha que evitar isso a todo


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