Amos e masmorras II

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Lena Valenti

Amos e Masmorras 2

sentadas em tronos dourados, com máscaras brancas venezianas e túnicas negras. Atrás delas havia um impressionante dragão dourado que devia medir uns dez metros de altura. A câmera focou em um homem que estava excelentemente caracterizado de Venger, o mal, malíssimo de Dragões e Masmorras. Este, no seu papel, olhou fixamente a tela desenhando um sorriso diabólico com seus lábios negros e seus caninos, que Cleo desejou que fossem artificiais. Uma sombra realçava seus olhos completamente escuros, sem nada das córneas ao redor. Só se via um rosto branco e pálido, por que cobria sua cabeça e seu corpo com uma espécie de traje vermelho de homem sapo. Pelas costas nasciam duas asas de morcego completamente abertas. Tinha incrustado na altura da têmpora esquerda um único chifre vermelho. Uma voz em off deu uma mensagem aos participantes: “Queridos amos e amas: Na ceia de abertura do torneio, a Rainha das Aranhas disse que nós, os Vilões, íamos propor uma prova coletiva a todas as duplas participantes e não sabiam nem como, nem quando apareceríamos.” Cleo e Lion olhavam a tela com muita atenção. Entre os Vilões estavam homens e mulheres, pelas formas que cobriam as túnicas. E havia umas cinquenta pessoas. Seriam todos membros da Old Guard? Seriam as pessoas que financiavam o torneio? Parecia que estavam numa espécie de gruta ou cova. “Esse momento chegou. Queremos que todos os participantes e os que foram eliminados e que estão nos degraus do torneio se unam por grupos de amos protagonistas e joguem com as criaturas. Queremos grupos de amo Hank, Eric, Bobby, Shelly, Presto e Diana, com seus submissos e submissas.” Cleo não queria jogar com as criaturas. Lion não permitia que ela jogasse com ninguém. Tinham um grande problema. “Aos casais que já tem sua entrada para a final, vamos propor um desafio. Não tem que jogar com os demais nem o farão aqui, no castelo dos Orcs.” Venger não abria a boca em nenhum momento, mas ria diante de cada palavra que a voz em off pronunciava. “A dupla formada por Brutus e Olivia irá à fabrica de açúcar. Ali lhes espera um grupo de Orcs e um grupo de filhotes. A outra dupla, formada por Cam e Lex, se dirigirá ao moinho. E Lady Nala e King Lion deverão ir para a masmorra. Surpreendam-nos e demonstrem que são dignos de enfrentar-nos.” Lion franziu a testa. Estavam obrigados a obedecer às ordens dos Vilões, o deixava puto de raiva que agora que já estavam classificados, tivesse que jogar uma última vez sobre suas regras. Puxou a corrente de cachorro de Cleo e aproximou-se do seu corpo. —Não gosto disso. — murmurou. Cleo encolheu os ombros. Ela também não gostava, mas desta vez não podia dizer não, ou colocariam os dois para fora. E estavam a vinte quatros horas de enfrentar cara a cara os Vilões e obter as informações que pudessem deles. Não iam jogar todo trabalho terra abaixo agora. Também não permitiria que os receios de Lion destruíssem todos os esforços realizados, durante quase um ano e meio, por Leslie, Clint, Karen e Nick. —Temos que cruzar a linha de chegada, amo. Não nos resta outra opção. E lembre-se que, por não termos entrado como casal não temos edgeplay. 157


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