Violetas na janela (psicografia vera lúcia marinzeck de carvalho espírito patrícia)

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casa de Deus. Todos somos chamados a participar espontaneamente desta vida comunitária, não em termos estreitos e egoístas mas em posição totalitária. Pois é fato que somos filhos deste cosmo e como tais devemos agir. Mas, enquanto a consciência desta filiação não acontece no interior do indivíduo, nós adiamos por mais ou menos um tempo a nossa participação consciente desta sinfonia universal. Aí, então, se dividem como na parábola diversas épocas em que nos colocamos à disposição do Divino para viver e usufruir da sua vinha. Mas neste documento cósmico que é esta parábola, vemos ainda entre aqueles que estão a serviço do Senhor as diversidades de intenções. Todos os chamados, dentro do contexto da palavra, estão trabalhando, estão servindo ao Senhor. Mas a motivação difere entre uns e outros. Esta é a razão da queixa daquele que mais tempo esteve trabalhando. A personalidade egoísta que só faz algum trabalho esperando um benefício ou pagamento, ou uma posição de grandeza, mede o que tem a receber seja em pagamento ou benefícios pela extensão do esforço que ele desprendeu em proveito de seu Senhor. Pois este homem virtuoso ainda não se concebe como herdeiro Divino. Este Senhor ainda lhe é algo separado. Ainda não faz parte do seu círculo íntimo. Portanto, o pagamento que ele espera é de acordo com as privações a que ele submete da ociosidade, sensações e prazeres. A sua medida ainda está vinculada às comparações que faz com seus semelhantes. Este homem ainda é escravo do tempo e do espaço, do muito e do pouco, do débito e do crédito. Este homem mesmo exercitando a virtude ainda não renasceu. Outros com a capacidade de compreensão maior já não trabalham, comparando ou esperando pagamento, seja este em forma de posses, prazeres ou de prêmios. Nem em função de posições espirituais. Eles sabem e se sentem filhos deste Senhor. Ora, se são filhos, tudo que é do Pai lhes pertence. Tudo que é deles sempre foi do Pai. Trabalham por prazer. Pois para que haja garantia de perfeição numa ação é necessário que ela seja feita com satisfação. As atitudes destes são perenes, pois eles cuidam daquilo que lhes pertence. São os escolhidos. Vejam, na parábola, os que chegaram primeiro queriam receber mais que os outros; como já dissemos, eles estão no campo da quantidade de posição social. Os segundos não se importam com o pagamento. Tudo o que fazem é por amor, pois têm o prazer em trabalhar na vinha do pai, que é também deles. As duas classes de homens estão trabalhando na vinha, mas diferem uma da outra. É baseado nesta diferença que vem o pagamento do Senhor. Aos egoístas Deus lhes concede como pagamento o sucesso no plano físico e mental. Baseado em posses, posições, satisfações físicas e mentais. 63


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