Negri barjas concentração e desconcentração industrial em são paulo 1880 1990

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desenvolvimento da indústria teve origem na própria dinâmica da acumulação durante

a expansão cafeeira; em que seu desenvolvimento esteve intimamente ligado à prox1m1dade da base agrícola (açúcar, algodão e carnes, por exemplo); casos em que a localização industrial foi beneficiada por fontes naturais energéticas; outros originados das antigas formas de acumulação mercantil nos negócíos cafeeiros, açucareiros e algodoe~ros,

etc; bem como em decorrência da diversificação agrícola que possibilitou

a Implantação de segmentos agroindustriais como beneficiamento de cereais, produção de açúcar e álcool e de produção de origem ammal; ou ainda casos em que desenvolveu 1mportante indústria mecânica de aparelhos e equipamentos para a agncultura e agro1ndústna

O acelerado processo de concentração Industrial que estava em curso no Estado de São Paulo aprofunde-se na Grande São Paulo, que ganha considerável peso relativo no total da indústna brasileira; no entanto, procuramos analisar o comportamento da indústria interiorizada nesse mesmo período, que não deixou de crescer, apenas o fez a ritmo pouco Inferior ao da Grande São Paulo, Prova-o o fato de que a indústria de transformação do Interior paulista teve taxa de crescimento acima da média da indústria brasileira, com o que ampliou sua participação no valor da transformação Industrial do pais. de 10.9% em 1928, para 14,7% em 1967/70, Após 1967, quando se inicia a segunda fase da industrialização pesada, começa o processo de desconcentração da indústria de transformação de São Paulo: entre 1970 e 1990, a participação de São Paulo no VTI da 1ndústna de transformação brasileira declina de 58,2% para 49.2%. Esse processo foi mais acentuado em sua Reg1ão Metropolitana com declínio, nesse mesmo VTI, de 43,4% para 26,2%, Desde !ego, é preciso ter em conta que nesse período estruturou-se um coníunto de interesses regionais que reivindicavam politícas capazes de atrair investimentos, via incentivos fiscais e creditícios. O Nordeste foi a primeira região a beneficiar-se com a cnação da SUDENE, na década anterior; a seguir foi a vez da Amazonia. através da SUDAM e Zona Franca de Manaus e, anos mais tarde. os incentivos passaram também a contemplar o Estado do Espinto Santo. Em que pese a importância desses incentivos, as ações de governo só ganharam ma1or eficácia com o li PND, que também explicitava a desconcentração da atividade produtiva do Estado de São Paulo, através de investimentos capazes de


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