Sr. Vidro

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SAÚDE COMO EDUCAR O CIDADÃO QUE SE UTILIZA DO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE, DE FORMA ATRATIVA, INTERATIVA E INOVADORA?

WILSON CLAUDIO DE SOUZA BARROS

SR. VIDRO

SOROCABA – SP SETEMBRO/2018


2 WILSON CLAUDIO DE SOUZA BARROS

SR. VIDRO

Este documento pretende apresentar um problema crítico de saúde em nossa sociedade referente a cidadãos que sofrem ou sofreram traumas físicos que os debilitou de suas atividades motoras e sociais, com o intuito de formular um projeto de pesquisa voltado a sua reinserção social com qualidade.


3 WILSON CLAUDIO DE SOUZA BARROS

SR. VIDRO

Parte manuscrita do Projeto de Wilson Claudio de Souza barros, apresentado ao Prêmio Sorocaba de Inovação está de cara nova! A edição 2018.

“Agradecimentos a Eliseu Rodrigo de Souza Barros por se voluntariar a esse experimento.”


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RESUMO Um acidente grave como fratura óssea além dos traumas físicos, cirurgias, tempo ocioso de recuperação e fragilidade psicológica, inevitavelmente irá mudar em algum grau o então paciente de sua rotina anterior, mesmo após sua cura clínica. Neste ensaio será proposto um trabalho de pesquisa a fim de desenvolver um programa que lhes dê novas capacitações e perspectivas para esta etapa da vida que se apresenta.

Este trabalho não pretende trazer um projeto pronto e acabado para implementação e sim uma carta de intenções para que portas que possam ser abertas.

Em parcerias público/privado a fim de reabilitar o cidadão que se oferece como voluntários onde pretende se reabilitar a sociedade um membro mais confiante, ao estado um contribuinte ativo, ao mercado um profissional qualificado e ao empregador um colaborador motivado, tudo isso em um único indivíduo que a princípio já estaria com a estigma de deficiente ou incapaz.


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INTRODUÇÃO

Esse trabalho nasceu de uma necessidade, uma circunstância que se acometeu em nossa família e que diariamente ocorre com várias outras sem grandes alardes sociais, porém trazem consequências dolorosas a longo prazo a inúmeras vidas. Eliseu Rodrigo de Souza Barros, pedreiro de profissão e meu irmão, fora contratado por mim para fazer o acabamento de alvenaria em casa. Serviço relativamente simples e corriqueiro do seu dia a dia. Contudo o acaso e um descuido pode ter mudado sua vida para sempre. Ele caiu do da laje, cerca de 4 metros de altura, obtendo fratura nas duas pernas, uma delas exposta com esfacelação dos ossos. Uma tragédia que imediatamente cria uma cascata de novos rumos reflexões e dificuldades. Sendo ele jovem (33 anos) casado, pai de família (3 filhos) dois pequenos, em um momento de vida financeira frágil, não poderia ser esse evento menos propício. Pensando além das dificuldades ambulatoriais óbvias como emergência, tempo de espera, cirurgias, recuperação, fisioterapia, locomoção etc., existe o entorno social para testar seus limites. Em sua vida, escolhera uma carreira dedicada ao trabalho pesado geralmente ligado a construção civil, porém por melhor que seja sua recuperação essa faceta de sua especialidade está comprometida.

Então, como proceder?


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PROJETO

A proposta consististe em um projeto piloto de captação e de pesquisa para o desenvolvimento de um programa de reabilitação sustentável para pacientes e ou pessoas com deficiências ou dificuldades motoras.

Com estímulos principalmente nas áreas da educação profissionalizante e social, onde as maiores intenções estão na criação de um intercâmbio entre esferas sociais, conhecer as demandas dos envolvidos e buscar soluções conjuntas.

Neste caso apresentamos três papéis de com atuações distintas; 2.1 O Estado O papel do estado, para o amparo a seu cidadão é fundamental na saúde pública. Ele tem força logística (está distribuído por toda cidade) obtém uma infinidade de dados (informações de parte efetiva da população) a expertise sobre as limitações e potenciais de seus usuários e porta aberta 24 horas por dia. Mas é visto e utilizado sempre como um recurso extraordinário (nos envolvemos na emergência ou quando doente) após a recuperação nos afastamos deste aspecto social.

Saúde não se resume ao estado clínico do corpo, mas remete a uma conjuntura que eleve o bem-estar das pessoas.

Portanto é interessante que o cidadão seja convocado a participar do seu corpo não somente como um paciente passivo quando precisa, mas também como voluntário capaz de ajudar o seu semelhante.

Contudo nós só agimos quando nos deparamos com a dificuldade, quando ela nos atinge diretamente.


7 O sistema público de saúde pode ser mais utilizado como espaço para educação, conscientização e prevenção em que essas pessoas se utilizam dele, podendo contribuir dando visibilidade as dificuldades e possibilidades. Mas não sozinho. 2.2 Instituições - Privadas e Públicas Todos os outros setores da sociedade são dependentes da saúde pública. Sem uma população saudável não há uma economia saudável.

Essa iniciativa pretende fazer a ligação entre o setor da saúde pública e outras instituições abrindo espaço para apreciação das demandas de ambas as partes.

Na questão paciente/colaborador o projeto pretende a priori criar facilidades e o acesso de vítimas de traumas a uma reabilitação profissional e social por intermédio de intercâmbio nas esferas públicas e privadas dando margem a um capital social ainda inexplorado.

Com incentivo do poder público, empresas e instituições podem oferecer um leque de oportunidades ao projeto como: •

bolsa de estudo

estágio

participação em atividade

efetivação

Que seriam intermediados pelo programa que seria encarregado da distribuição das atividades, acompanhamento, relatório de progresso e entrega da recompensa aos envolvidos. 2.3 A sociedade como palco principal A dinâmica dos papeis no palco pode assumir contornos inesperados, mas dentro de uma lógica: “Todos nós gostamos de carinho e função!”

O voluntário, tendo as suas atividades valorizadas e acompanhadas, tende a estimular o seu entorno social a acompanhar o seu progresso.


8 Fatalmente isso pode corroborar melhores avaliações as próprias benfeitoras (saúde pública e instituição adjunta) junto a sua comunidade local.

2.3.1 Integração dos atores

Figura – Competências e responsabilidades

Benefícios: Resgate social, Criação de uma imagem positiva e ativa a todos envolvidos. Dificuldades: Complexidade e burocracia nas relações entre os setores envolvidos, interesses difusos.

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DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

3.1 Busca de uma metodologia A princípio o foco do projeto estará na coleta de dados e observação das reações de todas as partes a elementos novos e que melhorias podem ser feitas para ajustar o curso de um futuro projeto em larga escala.


9 3.2 O Voluntario O

paciente/colaborador

deve

ser

abordado

para

participar

do

projeto

voluntariamente, por ser uma iniciativa que não promete resultados absolutos. É de fundamental importância que ele compreenda o caráter experimental em que estará envolvido. Sendo cooptado através de uma explanação e respondendo a um questionário capaz de identificar suas afinidades e percepção do mundo. 3.3 Progressão O cronograma nasce em três fronts simultâneos, centralizados por um órgão com capilaridade entre os três atores, o estado, o entorno social e a iniciativa privada (ex: Parque Tecnológico) que fará a coleta e seleção de demandas.

Figura – Fluxo de Relações

Exemplo: O Estado estará fazendo o seu papel de captar cidadão em condissão de fragilidade, categorizar suas capacidades e principalmente despertar o seu potêcial. O paciente é apresentado ao programa através de folheto cartaz ou assistênte social em hospitais ou centro de saúde. Interessando ele apresentará o seu caso e o grau de restrição física e ou social, seus interesses e planos para o futuro.


10 Simultaneamente no outro aspectro do programa dar incentivo as instituições privadas ou púplicas para que vejam dentro de si espaços que elas possam abrir para a inclusão neste voluntário na forma de um ativo ou até como um colaborador.

Objetos de estímulos devem girar preferencialmente em torno de bolsas de estudo, algum treinamento profissional ou ação que não esteja diretamente ligada com a atividade fim da instituição, pois se trata de uma aproximação, do reconhecimento da existência de um pelo outro.

Nesta fase o fundamental é a humanização da relações, onde a percepção de que mais alguém além de seu círculo pessoal está interessado na sua recuperação entusiame o voluntário a novas atividades, automaticamente essa senssação deve contagiar o seu meio social que verá na instituição como benfeitora revalorizando sua imagem e consequentemente seu capital.

Fluxograma – Fluxo interna de ofertas e demandas entre os colaboradores.


11 EXEMPLO SIMPlIFICADO DE POSSIBILIDADES Programa - Busca fazer a ligação entre os atores distintos. Voluntário

Institução de Ensino

Mercado

Empresa

Quer estudar mas

Tem curso EAD que

Se interessa por

Reintegra o

não pode se

pode oferecer como

colaborador home

candidato a cadeia

locomover

benefício

service

produtiva

Ganha Oportunidade

Ganha Notoriedade e

Ganha Colaborador

Ganha Notoriedade e

Incentivo Fiscal

Incentivo Fiscal

Tabela 1 – benefícios entre colaboradores

3.4 Conclusões Se fazendo presente em ações de custo relativamente baixo e com projeção a longo prazo o relacionamento tende a ser benéfico para todos os atores deste projeto. O Voluntáro – que terá mais uma janela de chances para reconstruir sua vida, com potencial de ser um colaborador mais ativo na sociedade O Estado - que terá cumprido o seu papel de amparar sem se tornar fonte única de recurso ao cidadão em dificuldade e ainda potencializando-o como um contribuinte melhor.

O Mercado – que irá contar com instituições com responsabilidade social efetiva .


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