As Aventuras de Pr___in Vol.01 - O Livro dos T___s

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— Bem, por favor, vamos descobrir o que é —, disse Eilonwy, cutucando Taran nas costas. — Ande, vamos lá, está bem? Taran deu alguns passos cuidadosos. O corredor ali era mais baixo e parecia se inclinar ainda mais para o fundo. Com Eilonwy a seu lado, ele prosseguiu cautelosamente, apoiando cada pé com muito cuidado, recordando-se da queda repentina e assustadora que o levara até ali. O sussurrar transformou-se num som agudo de lamento, um gemido de tormento. Era como se vozes tivessem sido fiadas como linhas, torcidas bem retesadas, prontas para se partirem. Uma corrente gelada serpenteou pelo ar, trazendo consigo os suspiros vazios e uma onda de murmúrios surdos. Havia outros sons também, de ásperos roçares e guinchos, como pontas de espadas arrastadas sobre pedras. Taran sentiu as mãos tremerem, hesitou por um momento e gesticulou para que Eilonwy ficasse atrás dele. — Me dê a luz — cochichou —, e espere por mim aqui. — Você acha que são fantasmas? — perguntou Eilonwy. — Não tenho grãos de fava para cuspir neles, e isso é a única coisa que conheço que realmente resolve com um fantasma. Mas, sabe, realmente não acredito que sejam fantasmas. Nunca ouvi um fantasma, embora imagine que eles possam fazer sons como esses se quiserem, mas não vejo por que se incomodariam de fazer isso. Não, eu acho que é vento o que está fazendo esses barulhos. — Vento? Como poderia haver... Espere — disse Taran. — Pode ser que você esteja certa nisso. Poderia haver uma saída. — Não dando ouvidos aos sons apavoran-


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