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Vitória na retomada da luta

CAMPANHA: UMA GRANDE VITÓRIA NA RETOMADA DA LUTA!

Mais uma vez prestamos contas de nosso trabalho e informamos a categoria.

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Encerramos uma etapa importantíssima da retomada de nossas lutas. Mesmo com as divergências com uma parte da categoria, o que respeitamos, e apesar das tentativas de alguns poucos oportunistas em nos dividir por outros interesses, a grande maioria da categoria tomou a decisão correta e garantiu nossa histórica CCT.

Além das principais informações, estamos apresentando uma pequena avaliação de nossa campanha salarial.

SEMPRE É BOM RELEMBRAR

Os patrões se aproveitaram da pandemia para atacar nossos empregos e direitos, pra colocar suas empresas em RJs e levar ainda mais vantagens diante de seus credores, especialmente contra nós, trabalhadores de suas empresas.

Além disso, os patrões tiveram mais vantagens com as Medidas Provisórias e alterações de leis promovidas pelo Governo Federal, Decretos do Governo do Estado e das prefeituras. Assim, tivemos enormes perdas, tanto de remuneração, quanto de direitos na lei e das garantias de nossa CCT.

Durante esse período, especialmente no primeiro ano, estivemos em grande desvantagem, com a maior parte da categoria sem trabalhar e sofrendo um mundo de incertezas.

O sindicato ficou, praticamente, de mãos amarradas e amargamos perdas, a maior delas, de nossos empregos. Mas, nunca desistimos e fizemos mais que o possível.

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TENTARAM O MESMO EM NOSSA CAMPANHA SALARIAL

No início do ano começamos a debater a primeira campanha salarial em três anos. Em assembleia aprovamos a Pauta, entregamos aos patrões e ao Poder Público e buscamos iniciar as negociações. Foi um período difícil, de muitas divergências na categoria, muito descrédito no sindicato. Disso também os patrões se aproveitaram para atrasar as negociações e buscar DIVIDIR nossa categoria. 02 – Alterar as jornadas de 03 horas e acrescentar uma jornada de 07:20 h;

03 - Não reconhecer a totalidade das perdas pelo INPC;

04 – Não discutir a questão dos cobradores;

05 – O fim da PL;

Até a última hora os patrões mantinham basicamente as seguintes posições: 01 – Ter duas CCTs diferentes; 06 – Diziam querer um acordo rápido, mas, não apresentavam propostas concretas e jogavam tudo para o Poder Público.

É impossível abordar em pouco tempo a infinidade de reuniões com patrões e representantes da Prefeitura de Florianópolis. A representação do Governo do Estado só conversava com os patrões e veio para a mesa de negociações

SOMENTE NO ÚLTIMO DIA, quando viu que a greve sairia, naquela noite. NOSSA POSIÇÃO

A categoria cobrava assembleia, mas, não tinha nada de concreto a ser apresentado e só iria desgastar nossas reuniões. Assim, diariamente fazíamos o debate com a base e sempre dissemos: nunca fizemos aventuras, não será agora que faremos.

Para os patrões/Poder Público sempre deixamos claro que: 01 – Não aceitaríamos divisões/diferenças de espécie alguma; 02 – Não abriríamos mão da totalidade de nossas perdas salariais;

03 – Não abriríamos mão da PL;

04 – Não abriríamos mão da luta pelos nossos empregos e o segundo trabalhador dentro dos ônibus;

05 – Que reconhecemos o papel dos governos na gestão do transporte, mas, nossa luta é com os patrões. ASSEMBLEIAS NO MOMENTO CERTO E COM ORGANIZAÇÃO

No momento certo chamamos a categoria para a primeira assembleia. A proposta patronal mantinha as diferenças e as enormes perdas. Por UNANIMIDADE rejeitamos a proposta e decretamos o ESTADO DE GREVE. A partir dessa estratégia correta, os patrões viram que a categoria estava voltando a acreditar em si mesma, que lutaríamos muito pela manutenção de nossa CCT. As negociações tomaram impulso e os patrões alteraram bastante sua proposta.

A Diretoria chamou nova assembleia e apresentou a nova proposta, sabendo que poderia melhorar. Nessa assembleia e com nova proposta um pouco melhor, apresentamos os

A Diretoria conduziu as assembleias com seriedade, compromisso com a verdade e informações corretas, sem dar ouvidos a ofensas e provocações infantis. Sempre tivemos certeza de nossa responsabilidade e não fazer aventuras que custariam caro para no futuro. 04

pontos positivos e os pontos negativos. Deixamos claro nossa posição: não defendemos a proposta porque ainda tinha problemas e podia melhorar, porém, também não atacamos, porque tinha alguns pontos que não poderíamos mais perder.

Infelizmente, alguns companheiros só gritavam e nos ofendiam, não tinham interesse em debate sério. Só um exemplo: nesse momento os patrões já admitiam fazer CCT para toda categoria, dois anos de INPC e futuramente discutir o restante das perdas e a PL.

Com paciência, conduzimos a assembleia a não aceitar a proposta e chamar nova reunião para o dia seguinte, aí já no período noturno, indicando que iríamos para a luta se não evoluíssem as posições patronais. No período da manhã a grande maioria votou por essa posição. Já na parte da tarde, tivemos mais votos favoráveis a aceitação da proposta, no somatório dos dois períodos, não foi aprovada a proposta patronal.

Um exemplo e aprendizado: Uma das principais acusações que aparece todos os anos: já tá tudo acertado!

A sempre quem insista nessa acusação sem sentido e, mais uma vez, essa acusação foi desmascarada e desmentida. A prova é que apresentamos 03 propostas patronais diferentes em 03 assembleias. E foi a categoria que decidiu o que fazer em cada uma elas.

NÃO É NO WHATSAPP OU NO GRITO! É COM DEBATE E VOTAÇÃO DEMOCRÁTICA QUE SE DECIDE

A noite, a Praça de Luta estava cheia de trabalhadores. Era energia pura. Muitos pequenos grupos de companheiros se reuniam e discutiam o que fazer. É isso que constrói: Diálogo franco e direto entre a categoria.

Infelizmente, algumas pessoas defendiam “rejeitar qualquer proposta” que a Diretoria apresentasse. Uma irresponsabilidade. Como alguém “nega algo que desconhece”?

Exatamente às 22 h iniciamos a assembleia.

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