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Cincos destaques na apresentação

anos. Sem dúvida uma alegria para a Diretoria do sindicato, que via seu trabalho recompensado, independentemente da decisão que a categoria tomaria, que seria cumprida, como sempre foi. E estava pronta toda a infraestrutura para o

caso da categoria decidir pela greve. Estava tudo organizado, inclusive a alimentação, os já tradicionais: pão com linguiça, café, refrigerantes, água, som, etc, além da disposição de luta para encaminhar a decisão da galera. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA PATRONAL

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Iniciamos a apresentação da proposta e alguns companheiros já gritavam contra.

Com toda a tranquilidade dizíamos: ninguém vai ganhar no grito. Todo mundo pode falar o que quiser e a decisão é o voto da maioria que está na luta, decidindo seu próprio futuro. A proposta vem dos patrões e quem decide é quem está na ASSEMBLEIA.

A proposta:

01 – 02 CCTs iguais: a de Florianópolis, assinada pelo SETUF, e a da Metropolitana, assinada pelo SETPESC. Dois sindicatos patronais e o SINTRATRUB assinando as duas;

02 – Todo o conteúdo exatamente igual das duas CCTs, com exceção do percentual das escalas de três horas, que é um pouco maior na metropolitana.

03 – Financeiras – (salários, tíquetes alimentação, aux. Creche etc) - reajuste de 15% correspondendo a 02 anos de INPC, de 2020 e 2022;

04 – Pagamento da PL/Novembro – Pagamento dos valores da PL, no mês de Dezembro/22 e com outro nome, usando os mesmos critérios de cálculo da PL/CCT; 05 – Grupo de Trabalho coordenado pelo Poder Público (Pref. Florianópolis e Gov. do Estado), SINTRATURB, SETUF e SETPESC, para debater e decidir sobre:

05.1 – Formas de pagamento do INPC de 2021 -7,59%;

05.2 - Formas de requisitos e pagamento da PL – É importante salientar que o nome e os requisitos serão alterados, porque das 09 empresas, 06 estão em recuperação judicial. Podem ser impedidas pela justiça de pagar PL enquanto não quitarem todas as dívidas com seus credores e poderá demorar muito tempo ainda.

05.3 – Cobradores/Agentes de Bordo/Agentes Auxiliares – Discutir nova designação, tarefas e locais de trabalho onde é necessária a presença do segundo trabalhador no transporte, determinando o número final de postos de trabalho. Se este número for maior do que o dos atuais cobradores, as empresas terão que contratar trabalhadores para os postos que foram fechados.

Tudo em documento assinado pelo Prefeito de Florianópolis e concordância do Secretário de Infraestrutura SC - ARESC – Agência Reguladora de Tarifas públicas de SC.

06 – Manutenção de todos os itens já constantes da atual CCT. NOSSA AVALIAÇÃO, DECISÃO DA ASSEMBLEIA

Nessa assembleia a Diretoria defendeu a aceitação da proposta e fechamento de acordo, pelas razões brevemente apresentadas a seguir:

01 – Garantimos a UNIDADE de toda a categoria em CCTs idênticas, sem diferenças e divisões entre nós;

02 – Garantimos o RECONHECIMENTO DAS PERDAS SALARIAIS de 03 anos, sendo os anos de 2020 e 2022 (15%) pagos agora. que venha a ter outro nome no futuro. E, neste momento, garantimos o PAGAMENTO DA PL em Dezembro/2022;

04 – Garantimos a continuidade do debate sobre a manutenção de um segundo posto de trabalho, em auxílio aos motoristas;

05 – Garantimos a manutenção de todo o texto de nossa CCT, inclusive cláusulas que impedem a aplicação da reforma trabalhista, que destruiu direitos de trabalhadores.

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06 – O trabalho da Diretoria e a vontade de lutar da categoria, retomando a força de nosso movimento, fez os patrões desistirem dos ataques a nossa unidade e direitos historicamente conquistados.

Possíveis grandes prejuízos com a rejeição da proposta:

01 – A rejeição da proposta implicaria em fazermos greve, arriscando o que já estava assegurado e sem garantias de avanços. Como todos sabem, nunca corremos da luta e de greve, mas, essa negociação seria levada para dentro do TRT-SC.

Principais perdas:

01.1 - TRT só garante o pagamento do INPC do último ano, 12,46%. De cara já perderíamos 2,54%, referente ao INPC de 2020; 01.2 - - Com base na recente decisão do STF sobre as negociações salariais, da nova lei trabalhista e da legislação das RJs, o TRT decidiria pelo fim da PL e das cláusulas que impedem a aplicação da reforma trabalhista nefasta a nossos direitos.

01.3 - O TRT não instituiria o Grupo de Trabalho, portanto, não teríamos a condição de garantir o pagamento do INPC/2021 – 7,59%; também não haveria o debate sobre a questão dos cobradores/segundo profissional no transporte e da PL;

02 – Teríamos que realizar uma greve CONTRA O TRT, com os patrões só assistindo tudo e esperando a decisão. Teríamos uma luta muito maior do que fizemos no passado, quando a categoria era maior e tinha muito mais força do que neste momento.

Então, foi feita uma segunda votação, com os companheiros favoráveis a cada proposta se colocando em grupos de cada lado de nossa Barraca de Luta, deixando um corredor no meio. Em seguida, contamos quantas pessoas estavam em cada lado, o que seria até desnecessário, pois a quantidade de pessoas do lado da aprovação era muito maior. O resultado foi de 167 votos contrários e 284 votos favoráveis, não havendo abstenções.

ASSEMBEIA APROVA A PROPOSTA E AUTORIZA ASSINATURA

Após muitas falas, debates e até algumas tentativas de tumultuar a assembleia, chegamos ao momento da votação, que foi realizada DUAS VEZES, para não sobrar dúvidas e evitar as “fake News” de WhatsApp.

Encaminhamos votação da forma tradicional, levantando os braços. Já aí ficou claro que a proposta de aceitar o acordo era majoritária. Mas, alguns companheiros questionaram.

ENCERRADA A CAMPANHA SALARIAL, A LUTA CONTINUA

GARANTIR O GRUPO DE TRABALHO E O PAGAMENTO DA PL

Com a decisão da assembleia, muitos companheiros ficaram “saboreando um pão com linguiça”, refris, água e café, enquanto c onversavam e avaliavam o resultado final. Voltamos a nos reunir em atividades do sindicato, encontrar amigos, celebrar vitórias.

No dia seguinte, a Diretoria começou a preparar os documentos para assinatura da CCT e demais encaminhamentos.

Os companheiros contrários a aceitação proposta alegaram que o Grupo de Trabalho não funcionará e que os patrões não pagarão a PL em dezembro.

A luta dos trabalhadores nunca tem fim. Continuar o trabalho e a luta não é nenhuma novidade para nós, que encaminharemos a reorganização da categoria, mais filiações ao sindicato para aumentar nossa força e garantir os encaminhamentos, como sempre fizemos. 01 - Agora vamos garantir a constituição do grupo de trabalho e que as propostas se desenvolvam no seu interior. Se começar a enrolação, chamaremos a categoria em assembleia e vamos organizar a luta para cumprimento do acordado. Como sempre.

02 - Se os patrões não pagarem a PL em dezembro, sabemos muito bem o que fazer: paralisar o transporte às vésperas do Natal e garantir o que nos devem.

Que novidade e dificuldade tem nisso? É diferente do momento mais agudo da pandemia, quando descumpriram acordos e estávamos sem condições de maiores lutas e embates. Agora estamos de volta com força.

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