Curso de didatica geral regina celia c haydt (1)

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2. Dramatização A dramatização consiste na representação, pelos alunos, de um fato ou fenômeno, de forma espontânea ou planejada. É uma técnica ativa e socializada, de grande valor formativo, pois integra as dimensões cognitiva e afetiva do processo educacional e instrucional. A técnica da dramatização pode também ser denominada desempenho de papéis (roleplaying). Esta é uma atividade criadora por natureza, na qual os alunos, baseados em suas observações, representam situações reais de vida e expressam sentimentos e emoções. A dramatização, como prática educativa, deve ser considerada uma atividade dentro de uma sequência definida de aprendizagem e um recurso a ser usado para atingir certos objetivos educacionais. A técnica da dramatização pode ser usada para a aquisição de determinados conhecimentos, para desenvolver certas habilidades ou para favorecer o relacionamento e a interação entre os alunos. Do ponto de vista didático, a técnica da dramatização apresenta os seguintes objetivos: 1. Propiciar uma situação de aprendizagem clara e específica que facilite a percepção e análise de situações reais de vida, ajudando o aluno a compreender melhor os fatos e fenômenos estudados. 2. Facilitar a comunicação de situações problemáticas e sua posterior análise, evidenciando os pontos críticos e contribuindo para a indicação de possíveis alternativas de solução. 3. Desenvolver a criatividade, o senso de observação e a capacidade de expressar-se pela representação corporal e dramática. Portanto, a técnica da dramatização leva o aluno a concretizar uma situação-problema, ajudando-o a analisá-la e melhor compreendê-la, em busca de uma possível solução. O uso da dramatização no processo didático contribui para aumentar o nível dè motivação dos alunos, estimulando o seu interesse pela aprendizagem, pois supõe um envolvimento maior e favorece a participação mais intensa do aluno no ato de aprender. Bordenave e Pereira afirmam que "tecnicamente a dramatização é uma forma particular do estudo de casos", pois ajuda a "desenvolver a 'empatia', isto é, capacidade de os alunos se colocarem imaginariamente em um papel que não é o próprio"3. A dramatização pode ser de dois tipos ou modalidades: a) Planejada — Nesse caso os alunos preparam a representação, selecionando as personagens e discutindo os papéis que vão desempenhar. Se acharem necessário, podem também montar o cenário mais adequado para o desenvolvimento da dramatização. b) Espontânea — Nesse caso a dramatização não é planejada, e os alunos intervêm nela no momento que decidirem, por acharem oportuno, improvisando a representação. Ronca e Escobar dizem que "qualquer que seja o tipo de simulação algumas características estão sempre presentes: — os participantes assumem papéis que são representativos do mundo real e tomam decisões de


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