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Suicídio, o que precisamos saber?

Falar sobre suicídio ainda é um tabu em nossa sociedade. São muitas as razões para isso: medo, preconceito, desconhecimento, culpa e muitas outras.

Suicídio é um assunto delicado e uma prova disto é que não existem campanhas permanentes de prevenção e, de uma forma geral, acreditase que abordar o tema pode incentivar as pessoas a atentarem contra a própria vida.

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Como se diz, colocamos o problema para baixo do tapete e criamos a falsa ideia de que se não falarmos sobre o assunto, ele resolve por si mesmo. Será?

Aumentar a conscientização da comunidade, oferecer informações claras, indicar onde buscar ajuda e romper o tabu são iniciativas necessárias para avançarmos na prevenção ao suicídio (OMS, 2021).

As estatísticas mundiais revelam que:

MAIS DE 700.000 pessoas morrem por suicídio todos os anos.

75%

O suicídio é a QUARTA PRINCIPAL causa de morte entre jovens de 15 a 19 anos.

Para cada suicídio há muito mais pessoas que tentam o suicídio. Uma tentativa anterior de suicídio é o fator de risco mais importante para o suicídio na população em geral.

77% dos suicídios globais ocorrem em países de baixa e média renda.

A INGESTÃO DE PESTICIDAS,

ENFORCAMENTO E ARMAS DE FOGO estão entre os métodos mais comuns de suicídio em todo o mundo (OMS, 2021).

As informações acima revelam que precisamos fazer alguma coisa para prevenir as mortes por suicídio. Já pensou como ajudar?

A principal ferramenta para prevenir as mortes por suicídio é o conhecimento. Desta forma, precisamos saber:

1 - Existe uma ligação entre comportamento suicida e transtornos mentais.

Vários estudos científicos mostram que a existência de um transtorno mental é um forte fator de risco para o suicídio, uma vez que, em 96% das mortes por suicídio, caberia um diagnóstico de algum transtorno (ABP, 2016). Devemos então ficar atentos para o fato. Pesquisas apontam que aproximadamente de cada 100 pessoas que tiraram a própria vida aproximadamente 35% sofriam com um transtorno de humor (depressão e bipolaridade) e outros 22% experimentavam um transtorno por uso de substância psicoativa (uso de álcool e outras drogas).

2 - É necessário ficarmos atentos aos jovens entre 15 e 19 anos. Estudos mostram que as áreas do cérebro responsáveis por tomadas de decisões só estão totalmente amadurecidas após os 20 anos de idade. Isso significa que antes dessa idade muitos não estão prontos para tomar decisões importantes e que os adultos deveriam ficar mais atentos quanto à orientação dessa população. Devemos repensar a ideia de que aos 18 anos os jovens podem decidir sozinhos o que é importante para suas vidas, principalmente quando essas decisões são relacionadas ao consumo de substâncias lícitas ou ilícitas (drogas) que podem alterar o funcionamento cerebral.

Dicas de prevenção de suicídio

Abaixo algumas dicas que podem ajudar (WHEITEN, 2016).

Falar de forma vaga não ajuda, é necessário falar claramente e se necessário pergunte diretamente se a pessoa está considerando a possibilidade de tirar a própria vida.

2 - Demostre compreensão e empatia É importante mostrar ao outro que você se interessa por ele. Pessoas em sofrimento pensam que ninguém se importa com suas dores, seja honesto e converse abertamente.

3 - Identifique o problema central e ajude a solucionar.

Pessoas com pensamentos suicidas estão confusas e não conseguem raciocinar claramente, uma boa conversa pode ajudar a identificar os problemas e buscar soluções.

4 - Em momento de crise, jamais deixe uma pessoa com ideação suicida sozinha

Remova do local equipamentos e objetos que possam ser utilizados como ferramentas para uma tentativa de suicídio e procure contato com os familiares e outras pessoas que possam ajudar.

5 - Incentive a pessoa a procurar ajudar profissional

Os profissionais terão mais experiência em lidar com as crises e podem direcionar melhor o tratamento de quem está sofrendo e pensando em tirar a própria vida.

É importante tentar convencer a pessoa a buscar ajudar de um profissional da área de saúde mental.

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