Voz da Madeira | Dezembro 2014

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MENSAL • 19 • DEZEMBRO 2014

TURISMO

Melhor passagem do ano da Europa é na Madeira

LOCAL

Imortalizado na sua terra

HISTÓRIA

LAPINHA MADEIRENSE

ENTREVISTA | DANIEL FIGUEIROA

“Um trabalho deste género será sempre feito com base num conjunto de estudos elaborados por várias entidades e instituições. É caso para dizer que todas as críticas e contribuições são bem-vindas, desde que sejam colocadas de forma construtiva.” www.vozdamadeira.pt


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SUMÁRIO

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3 Editorial 6 Região 14 Nacional 18 Internacional 20 Opinião 22 Entrevista 26 Política 30 Economia 31 Finanças 32 Turismo 34 Cultura 36 Saúde 38 Ciência e Tecnologia 41 Desporto 50 Flash 52 Cinema 58 Música 60 Espetáculos 70 Livros 76 Vinhos 79 Frase 80 Perfil 82 Pessoas 84 O Outro Lado 86 Gastronomia 88 Porto Santo 90 Local 92 Autonomia 100 História 102 Diáspora 104 Social 116 Publicidade

FICHA TÉCNICA Edição: Voz da Madeira http://www.vozdamadeira.pt vozdamadeira@vozdamadeira.pt Propriedade: Letras e Vírgulas - LDA Diretor/Editor: Maurício Pereira Distribuição: Gratuita Online Periocidade: Mensal Registado na ERC: 126332 ISSN: 2182-8786 NIPC: 510 564 690 Sede/Redação: Rua Nova Levada do Cavalo, Nº1, Fração- C 9000-721 Funchal

ESTATUTO EDITORIAL

1 - “Voz da Madeira” é uma publicação online, actualizável a qualquer hora, acessível na World Wide Web através do endereço www.vozdamadeira.pt, que disponibiliza informação generalista, dando enfase às questões ligadas à Região Autónoma da Madeira. 2 - “Voz da Madeira” defende a liberdade de expressão e a liberdade de informar. 3 - “Voz da Madeira” publica informação credível, objetiva e atual. 4 - “Voz da Madeira” distingue entre géneros informativos, opinativos e interpretativos. 5 - “Voz da Madeira” assume o compromisso de respeitar sempre o sigilo das suas fontes de informação e de nunca quebrar esse princípio fundamental. 6 - “Voz da Madeira” é concebido, redigido e produzido no cumprimento das orientações e princípios definidos neste Estatuto Editorial e pela sua Direção.


EDITORIAL

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Diretor Voz da Madeira

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MAURÍCIO PEREIRA

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Findamos 2014 com o sentimento de missão cumprida. Foi mais um ano a dar voz à Madeira nos quatro cantos do mundo.

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Mais um ano a dar voz à Madeira

Recebemos nas páginas desta revista, que a cada mês chega mais longe, entrevistados das mais distintas áreas. Veja-se, por exemplo, Gonçalo Henriques, diretor do The Vine Hotel, Jaime Freitas, Secretário Regional da Educação e Recursos Humanos, Valentina Silva Ferreira, jovem escritora madeirense em ascensão, Décio Sousa, um jovem portosantense que concilia a música e a medicina, João Baptista, Presidente da Associação Académica da Universidade da Madeira, Pedro Garcia, jovem cantor, entre tantos outros, não menos importantes. Acolhemos a pluralidade de opiniões que chegaram pelas mãos de Luís Viegas Cardoso, Andreia Micaela Nascimento, Cláudia Monteiro de Aguiar, Élvio Sousa, Nélio Gouveia, Tuna Universitária da Madeira e muitos outros, que tantas perspetivas e temas nos deram. Reconhecemos, através da apresentação do seu perfil, o honroso trabalho de variadas personalidades da nossa terra, como Vânia Fernandes, Jocelino Velosa, Paula Saldanha, Fátima Lopes, Nini Andrade Silva, Ruben Micael ou Idalino Vasconcelos. Viajamos, todos os meses, pela História da Madeira e pelos relatos da Autonomia que conquistamos, tão cruciais para a realidade que, hoje, conhecemos. Demos voz às comunidades madeirenses espalhadas pela Diáspora, que embora longe de nós, nunca perderam os laços com a ilha mãe. Deliciamo-nos com as descrições de iguarias pertencentes a vários restaurantes e projetos gastronómicos da Madeira ou a ela ligados, como “A Bica”, “Doces e Salgados da Nelma”, “Tulipa”, “Sabores da Madeira”, “Porto dos Frades”, etc. Para acompanhar, nomeamos, com a ajuda de quem sabe, os melhores vinhos! Na área do lazer, não faltaram as sugestões de cinema, aplicações, ciência e tecnologia, livros (com direito a uma parceria com o blog “Mil Estrelas no Colo”), passeios e até cultura. Nem, tão pouco, as fotos das melhores festas e eventos realizados por cá! E claro, como não poderia deixar de ser, registámos e levamos até si, as notícias da Região, do País, do Mundo, de Economia, Finanças, Turismo, Saúde, Política e Desporto. A todos os que engradeceram as páginas da “Voz da Madeira”, um muito obrigado! A si, que torna este projeto possível, agradecemos. Bom ano! Maurício Pereira

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REGIÃO

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Carlos Martins nomeado para Diretor Clínico do SESARAM

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O Secretário Regional dos Assuntos Sociais nomeou o médico Carlos Martins, com grau de assistente sénior e até agora diretor do serviço de Otorrinolaringologia do SESARAM, para Diretor Clínico. Teresa Espírito Santo, especialista em enfermagem médico-cirúrgica e pós – graduada em cuidados paliativos, foi nomeada para Diretora de Enfermagem.

Governo entrega veículos e motos à PSP Madeira A PSP Madeira recebeu 23 veículos e 2 motos, a 29 de Dezembro. A Secretaria Regional da Cultura, Turismo e Transportes afirmou que este material “irá certamente reforçar a capacidade de intervenção do comando da PSP na Região”.


REGIÃO Natal Diferente dinamizado por alunos de Medicina

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A Associação Académica da Universidade da Madeira irá iniciar, em 2015, um novo projeto: “Um mês, um tema”. A iniciativa abarca visitas guiadas por onze espaços de interesse cultural na capital madeirense. Estas irão realizar-se no segundo sábado de cada mês, pelas 11 horas.

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“Um mês, um tema”

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Na manhã da véspera de Natal, os estudantes de Medicina da Universidade de Lisboa e da Universidade da Madeira promoveram a iniciativa ‘Natal Diferente’. Este evento contemplou uma interação diferente com os doentes internados e, ainda, uma distribuição de prendas, angariadas pelos estudantes junto de várias empresas, pelos distintos serviços do hospital Dr. Nélio Mendonça.

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REGIÃO APD faz balanço positivo

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Filipe Rebelo, presidente da Associação Portuguesa de Deficientes – Delegação da Região Autónoma da Madeira, entregou em colaboração com outras entidades mais duas cadeiras de rodas, no último mês de 2014. Ao longo do ano, foram entregues mais de três dezenas, uma tarefa possível somente com parcerias com outras associações e que muito tem ajudado as pessoas com necessidades especiais.

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Santana recebeu Feira de Minerais e Fósseis

“Jornadas de Segurança no Mar” em Câmara de Lobos

Santana recebeu nos dias 15, 16 e 17 de Dezembro, a IV Feira de Minerais e Fósseis, na Escola B+S Bispo D. Manuel Ferreira Cabral de Santana. A iniciativa foi organizada pelo grupo de Biologia e Geologia da referida escola em parceria com a Empresa Minerália.

A 3ª edição das “Jornadas de Segurança no Mar” decorreu no auditório da Casa da Cultura de Câmara de Lobos, no dia 12 de Dezembro. Segurança no Mar, Marinha, uma profissão e Educar para o Mar foram alguns dos temas tratados.


REGIÃO Festa de Natal do Recluso realizou-se a 12 de Dezembro

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O “III Encontro de Mediação Familiar da Região Autónoma da Madeira” teve lugar em Câmara de Lobos, a 5 e 6 de Dezembro, no Museu de Imprensa. Oradores nacionais e internacionais marcaram presença.

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Mediação Familiar em Câmara de Lobos

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O Estabelecimento Prisional do Funchal realizou, uma vez mais, a Festa de Natal do Recluso. Atuações musicais, humor e outras atividades fizeram parte deste convívio.

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Unidade para Pessoas com perturbação mental aguda inaugurada

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A Casa de Saúde S. João de Deus passou a ter uma Unidade para pessoas com perturbação mental aguda, localizada no edifício de S. José. Este novo serviço tem uma área de serviços com 2.140 m2 e conta com quatro pisos, 28 enfermarias, 50 camas, vários gabinetes técnicos, dois refeitórios, atelier e ginásio.

UMAR já tem sede regional A associação UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta já tem uma sede regional. O espaço fica no Edifício 2000, na Avenida Calouste Gulbenkian e foi cedido pela Câmara do Funchal ao abrigo de um contrato de comodato válido para os próximos cinco anos. O espaço tem como principal objetivo apoiar mulheres vítimas de violência doméstica, desigualdade laboral e discriminação entre géneros.

Alunos de Machico organizam Semana da Solidariedade Durante uma semana, no mês de Dezembro, a Escola Básica e Secundária de Machico dinamizou a “Semana da Solidariedade”. Várias instituições de solidariedade social estiveram no estabelecimento de ensino a apresentar a sua causa e a angariar verbas e, paralelamente, as várias turmas compuseram, cada uma, um cabaz para entregar a famílias carenciadas.


REGIÃO Escutismo católico celebrou 86 primaveras

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O escutismo católico da Madeira celebrou, a 8 de Dezembro, o seu 86º aniversário. Diversas atividades preencheram a data, que coincidiu com o encerramento das comemorações dos 500 anos da Diocese do Funchal.

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NACIONAL

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Mais de trezentos professores faltaram à prova de avaliação

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O Ministério da Educação e Ciência informou que quase 350 professores inscritos na prova de avaliação de capacidades faltaram ao dito exame. Recorde-se que “esta prova visa comprovar a existência de conhecimentos e capacidades fundamentais e transversais à lecionação de qualquer disciplina, área disciplinar ou nível de ensino”, conforme orienta o Ministério.

Cavaco Silva concedeu três indultos O Presidente da República, Cavaco Silva, concedeu, perto do Natal, três indultos relativos a penas de expulsão do país. Razões humanitárias constituíram os fundamentos que estiveram na base das medidas de clemência concedidas.


NACIONAL

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Quase oito centenas nasceram fora de estabelecimentos de saúde

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O INE revelou que, em 2013, 792 crianças nasceram fora de estabelecimentos de saúde, tendo 602 partos ocorridos no domicílio e 190 noutros locais não indicados.

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O Governo aprovou, a 18 de Dezembro, uma requisição civil que abrangeu cerca de 70% dos trabalhadores da TAP, e influenciou a greve que estava prevista para o final do ano. Desta maneira, foi permitido realizar todos os voos previstos para os quatro dias da greve, conforme havia adiantado o ministro da Economia.

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Governo aprovou requisição civil

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INTERNACIONAL 15 de Dezembro foi um dia de estagnação para a Bélgica, devido a uma greve geral contra a austeridade, nomeadamente contra o aumento da idade de reforma e a suspensão da indexação salarial à inflação. Os sindicatos afirmam que este foi um momento histórico!

Economia brasileira com recuo de 0,26%

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Greve estagna Bélgica

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A economia brasileira registou um recuo de 0,26%, segundo divulgou o Banco Central do Brasil. Os dados referem-se ao mês de Outubro deste ano e em comparação com 2013, o retraimento foi ainda mais acentuado.


INTERNACIONAL

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A infanta Cristina, irmã do rei de Espanha, pagou, este mês, os 600 000 euros que o Ministério Público exigia pela sua responsabilidade no caso Noos. Este montante é metade dos fundos que, segundo a acusação, entraram ilegalmente na empresa Aizoon, detida por Cristina e o marido.

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Infanta Cristina de Espanha paga 600 000 euros

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OPINIÃO

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O Natal está aí! Está a chegar o Natal, um momento muito aguardado pois, entre muitos outros aspectos, fazme viajar até a minha infância. O cheiro a cacau, a licores caseiros, a carne vinho e alhos, a tinta fresca, a lixívia e a plástico, o sono que se vai acumulando após vários dias a levantar cedo para assistir às missas do parto, os presentes que se vão empilhando dentro do armário bem escondidos, os encontros da família e a roupa nova e o pijama para estrear na Noite de Natal são algumas das recordações que guardo, carinhosamente, desde criança. Na minha casa o bacalhau nunca foi muito apreciado como prato principal da Noite de Natal. Nem o peru. Aliás, nunca me esquecerei da disputa entre os meus pais para ver quem cozinhava um só peru em aventuras culinárias diferentes. O peru lançou o caos naquela cozinha e, até chegarmos ao adro da igreja onde passávamos a Missa do Galo, a birra entre eles foi o ambiente dominante.

Andreia Micaela Nascimento Na família havia quem usasse, nestes momentos, o fato. Sim, o fato da Noite de Natal. A única ocasião do ano em que ele saía do armário. Enquanto criança pensava que aquele fato era sinónimo de licores e de chegada tardia a casa. O problema não era, no entanto, a chegada tardia a casa, depois de passarem a noite nos carrinhos eléctricos do Almirante Reis. O problema residia no facto de, por dormirem tarde, acordavam tarde e nunca mais chegava a hora de abrir os meus presentes, a minha recompensa por ter sido (dentro dos possíveis) bem comportada o ano inteiro. Esta minha ansiedade apenas desapareceu quando o meu irmão nasceu. Ele era o rei lá de casa – e ainda o é – e, por ele, as pessoas levantavam-se bem cedo. Não porque quisessem mas porque ele, o rei, tocava viola incessantemente à beira da cama de todos eles até se reunirem na sala, ainda de pijama e ensonados, a vê-lo abrir os inúmeros presentes amontoados debaixo do sapatinho. E depois dele, todos nós podíamos usufruir dos nossos presentes, da nova aparelhagem que agora incluía o leitor de CD, o último trabalho discográfico do Michael Bolton, até porque agora já havia o dispositivo que


OPINIÃO

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A vida é assim. Feita de recordações, de mudanças e de vivências. E o Natal é, para mim, a melhor altura do ano pois faz-me regressar, através dos vários sentidos e memórias, a uma altura da vida muito especial enquanto me permite criar novas relações, novas tradições e inesquecíveis momentos partilhados em família.

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o permitiria usar, ou o relógio Benetton, marca da moda e que fazia furor entre as amigas da escola. Quis o destino que essa altura do ano, muito vivida e sentida na minha família, fosse manchada pelo inesperado e repentino desaparecimento do meu pai. Desde então, o Natal é comemorado de forma diferente. Já ninguém se chateia por causa de um peru, o almoço já não começa impreterivelmente às 12h30, já não vamos à Missa do Galo na Camacha pois recorda-nos o ano em que, pela última vez, o fizemos todos juntos e já ninguém acorda com o estalar da bombas e dos ratinhos. As coisas mudam. Não para melhor ou pior, apenas mudam. Mas esta altura do ano, época em que se fazem balanços e promessas serve também para reflectir e para recuperar tudo aquilo que, em tempos, nos fez feliz e nos fez crescer.

Dou muito valor à Festa. Mesmo vivida de forma diferente há novas tradições e inúmeras recordações a serem construídas. Agora já sou eu quem compra o pijama a ser estreado na Noite de Natal. Agora já é tradição familiar assistir, pela televisão, aos cânticos de Natal entoados na Noite do Mercado (adormecendo a meio, até porque após 9 missas do parto… elas não matam mas moem, dizem). Agora alguns dos presentes na família são trocados com base no sorteio do ‘amigo secreto’, sempre a 8 de Novembro, data do último aniversário do ano comemorado na família. De facto, este momento acaba por tornarse uma grande aventura de Natal pois, nem cinco minutos depois, há duas ou três pessoas que, não conseguindo guardar segredo, vão transmitindo individualmente o nome que estava escrito no seu papel enquanto, em jeito de troca de informação, querem saber quem saiu a quem.

Andreia Micaela Nascimento

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ENTREVISTA

Daniel Figueiroa, Diretor Regional de Infraestruturas e Equipamentos, finda o ano a reavivar todo o processo de intervenção na Frente Mar do Funchal.

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VM: Desde o início, esta intervenção foi alvo de fortes críticas. Como foi ter de lidar com este feedback, diariamente? DF: Críticas há sempre, umas construtivas, outras que não passam do simples maldizer. Traçado o objetivo, houve que ir em frente, com apoio nos estudos que entretanto foram executados.

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VM: Este foi, desde sempre, o projeto a implementar nesta área? Nunca se pensou em retirar os inertes que ali estavam e devolver a antiga imagem que todos tinham da Avenida do Mar? DF: Ponderadas as várias hipóteses, logo se considerou que a retirada dos inertes para outro local, era a menos viável, tendo em conta vários fatores: - O seu elevado custo, sem qualquer mais-valia; - A falta de um local alternativo disponível; - O impacto de centenas de camiões a atravessarem a cidade, após o transtorno causado pelo próprio evento de 20 de Fevereiro. VM: Como se chegou a esta conclusão? DF: Por outro lado, viu-se ali uma oportunidade única para aproveitamento daquele espaço que, de um momento para o outro ali apareceu, para ampliar a frente mar do Funchal, dotando-a das condições que hoje estão à vista de todos.

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Assim, pode dizer-se que os planos para encontrar uma solução para aquele depósito de materiais, foram iniciados logo que ficaram concluídas aquelas limpezas de emergências.

Voz da Madeira: Para reavivar memórias, quando se iniciaram os planos para a intervenção na frente mar do Funchal? Daniel Figueiroa: Como é sabido, logo após os trágicos acontecimentos de 20 de Fevereiro de 2010, foram iniciados os trabalhos de limpeza das ribeiras obstruídas. Por razões estratégicas de emergência, foi decidido usar a praia da frente mar do Funchal como depósito da grande quantidade de inertes a remover, na impossibilidade de encontrar outro local adequado tão próximo das zonas a limpar.

VM: Quais foram os momentos mais delicados em termos de execução das obras? DF: As obras correram com normalidade, com as dificuldades inerentes a este tipo de trabalhos. Um momento delicado ocorreu aquando do temporal de fins do ano passado, quando as fortes ondas do quadrante Sul embateram na obra, ainda sem as proteções definitivas. Felizmente as infraestruturas, ainda que só parcialmente construídas, resistiram muito bem à intempérie. VM: Porque se optou por unir algumas ribeiras? DF: A união dos troços finais das ribeiras de Santa Luzia e de João Gomes foi uma opção dos projetistas, tendo em conta os estudos hidráulicos realizados.


ENTREVISTA

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VM: A segurança da população foi, por muitos, colocada em causa. Perante tão profundas acusações, que dados científicos existem para demonstrar a exequibilidade da obra e a segurança que providencia aos madeirenses? DF: A obra foi precedida de estudos científicos apropriados, nomeadamente o Estudo de Avaliação do Risco de Aluviões na Madeira, elaborado por técnicos do Instituto Superior Técnico, do Laboratório Regional de Engenharia Civil e da Universidade da Madeira, e o projeto de engenharia propriamente dito, elaborado por especialistas nacionais.

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ENTREVISTA

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VM: Foi descoberto um espólio arqueológico junto à Praça da Autonomia. Situações como esta obrigaram a uma forte mudança no rumo e na planificação da intervenção? DF: Os achados arqueológicos descobertos na zona entre os troços terminais das ribeiras de Santa Luzia e de João Gomes, constituem certamente uma mais-valia para a oferta cultural da cidade do Funchal, cujo desenvolvimento e aproveitamento futuro caberá à DRAC. Durante a execução da obra é óbvio que houve necessidade de fazer o seu enquadramento na empreitada, nos termos previstos na lei.

VM: Quantas pessoas estiveram e estão, ainda, envolvidas? DF: No pico da execução das obras, estiveram envolvidas mais de 500 pessoas, entre trabalhadores, engenheiros, fiscalização, projetistas e técnicos em geral. VM: Qual o investimento inerente a toda esta mudança na imagem da cidade? DF: A obra inerente às Ribeiras de Santa Luzia e João Gomes e zonas envolventes, que vão desde o Forte de São Tiago ao Cais do Funchal, teve um custo de € 37 500 000. A obra da Ribeira de São João custou cerca de € 19 700 000. A estas quantias há ainda que somar o custo do novo Cais de Cruzeiros, a cargo da APRAM e que, para além da sua função de cais acostável, serve também de proteção à zona do antigo depósito de inertes, onde atualmente estão implantados a Praça do Povo e os jardins envolventes. De referir, ainda, que está na fase de concurso uma empreitada que visa complementar a obra de São João e onde estão previstos os trabalhos de continuação do passeio da Avenida Sá Carneiro até à entrada da Marina e os acabamentos dos espaços envolventes no Varadouro de São Lázaro, nomeadamente as instalações dos clubes náuticos. VM: Para quando a inauguração dos espaços, ainda, a sofrer reabilitação? DF: Os novos espaços já foram parcialmente inaugurados e estão ao serviço da população com o sucesso que está à vista. Faltará ainda concluir os trabalhos do Cais de Cruzeiros e a zona do estaleiro, o que se prevê venha a acontecer em Abril próximo. VM: Desde que foram publicadas as primeiras fotos afetas ao resultado final da intervenção, muitas foram as opiniões positivas. Nas inaugurações, milhares estiveram presentes. Os funchalenses e os madeirenses, em geral, já se renderam à nova cara da cidade? DF: Julgo que sim, basta ver a aceitação que a obra tem tido, pelo cidadão comum.


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VM: Por outro lado, continuam algumas críticas. O diretor do Observatório Oceânico da Madeira, Rui Caldeira, por exemplo, afirmou que as obras que se estão a realizar no porto do Funchal podem prejudicar o movimento de navios. Confirma-se? DF: Não conheço essas críticas específicas, mas posso dizer que o projeto foi objeto de vários ensaios em modelos físicos e matemáticos, onde foram estudadas todas essas situações. Um trabalho deste género será sempre feito com base num conjunto de estudos elaborados por várias entidades e instituições. É caso para dizer que todas as críticas e contribuições são bemvindas, desde que sejam colocadas de forma construtiva. VM: Para finalizar, houve quem dissesse que a Praça do Povo e a Frente-Mar do Funchal representam o “final de um ciclo e um mar de oportunidades”. São um “símbolo de esperança”. É este o propósito primordial desta intervenção? DF: Foi sobretudo uma boa maneira de aproveitar uma circunstância trágica e transformá-la numa mais-valia para a cidade do Funchal. Penso que foi também uma boa maneira de prestar homenagem às vítimas do temporal de 20 de Fevereiro e de deixar uma mensagem de esperança para o futuro.


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Foi sobretudo uma boa maneira de aproveitar uma circunstância trágica e transformá-la numa mais-valia para a cidade do Funchal. Penso que foi também uma boa maneira de prestar homenagem às vítimas do temporal de 20 de Fevereiro e de deixar uma mensagem de esperança para o futuro.

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POLÍTICA A JS Madeira promoveu, em Dezembro, um conjunto de iniciativas de índole solidária que englobou uma ceia solidária, a dinamização de uma barraca de Natal e uma ida ao circo.

JSD Madeira com grande representação na JSD Nacional

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JS solidária com quem precisa

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No XXIII Congresso Nacional da JSD, Rómulo Soares Coelho foi eleito vice-presidente da estrutura a nível nacional, liderada por Cristóvão Simão Ribeiro. Ao dirigente madeirense, juntam-se os conselheiros nacionais Hernâni Gomes, Gustavo Coelho, Nuno Martins, Alexandre Figueira e Oto Gouveia; o membro da JASD Luís Teles; os estudantes socialdemocratas Rodrigo Freitas e Jaime Abreu; Marco Gonçalves no Gabinete de Estudos; e Vera Duarte no Gabinete de Comunicação e Informação. Esta é uma das maiores representações madeirenses de sempre na JSD Nacional.


POLÍTICA Militantes da JP elegem em Câmara de Lobos

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Mariana Sousa foi reeleita presidente da JP Câmara de Lobos, no escrutínio que decorreu no mês de Dezembro.

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A proposta de Orçamento Regional e Plano de Investimentos da Madeira foi aprovada com os votos a favor do PSD e do deputado independente, José Pereira. Toda a oposição votou contra.

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Orçamento para 2015 aprovado

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Artur Andrade da CDU alertou para a necessidade da Câmara Municipal do Funchal realizar uma vistoria e notificar os proprietários dos imóveis que ameaçam cair na via pública, em todo o concelho do Funchal. O vereador defende que está em causa a segurança de pessoa e bens.

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CDU alerta para prédios em risco no Funchal

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POLÍTICA O PAN - Pessoas, Animais e Natureza dinamizou, na Junta de Freguesia de Machico, nos dias 12, 14 e 14 de Dezembro, o Ciclo de Cinema PAN.

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PAN promove ciclo de cinema

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Bloco de Esquerda analisou atualidade

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Roberto Almada, coordenador regional do BE, analisou a situação política atual, numa conferência de imprensa ocorrida a 9 de Dezembro.

PCP quer criar Plano Regional de Promoção de Acessibilidades O PCP quer criar um Plano Regional de Promoção de Acessibilidades e, para isso, usará a sua Representação Parlamentar na Assembleia Legislativa da Madeira.

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POLÍTICA PS Funchal dinamiza Fórum

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O Hotel Vidamar recebeu, a 6 de Dezembro, o fórum ‘Construindo o Futuro’, no qual foram abordados os subtemas: ‘Planeamento, Ordenamento e Património’, ‘Cidadania e Democracia Participativa’ e ‘Economia e Emprego’.

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O CDS Madeira realizou mais um congresso, no início de Dezembro. José Manuel Rodrigues foi

reeleito líder e afirmou que poderá realizar acordos com o Governo, mas só após as eleições. Quanto a uma possível coligação, fecha essa hipótese ao PS mas não repudia os tais acordos com outros partidos, após o escrutínio.

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CDS realiza congresso no primeiro fim de semana de Dezembro

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Roberto Vieira, do MPT, apresentou um projeto de resolução na Assembleia Legislativa da Madeira que visa a criação de mais apoios sociais e educacionais às famílias, pois entende que os cortes contribuem para o aumento de divórcios, por exemplo.

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MPT quer mais apoios sociais

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ECONOMIA

Economia portuguesa tem excedente externo de 1,9% do PIB

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A economia portuguesa registou uma capacidade de financiamento de 1,9% do PIB no ano acabado no terceiro trimestre deste ano. Esta é uma melhoria de 0,3 pontos face ao trimestre anterior, que segundo os números do Instituto Nacional de Estatística, deve-se, principalmente, à melhoria do “saldo dos rendimentos de propriedade”, com os rendimentos recebidos do exterior a aumentarem 5,7%, ao mesmo tempo que o saldo externo de bens e serviços estabilizou nos 0,7% do produto interno bruto.

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Nunca os impostos tiraram tanto rendimento disponível às famílias A capacidade de financiamento da economia subiu, mas a das famílias baixou no terceiro trimestre. O peso dos impostos voltou a aumentar, atingindo entre Julho e Setembro um novo máximo, passando a representar já 11,6% do rendimento disponível das famílias. Este é o valor mais alto desde que o Instituto Nacional de Estatística tem registo destes dados, ou seja, desde 1999.


FINANÇAS

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Sujeitos passivos isentos de IVA continuam a usar papel

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Os sujeitos passivos isentos de IVA vão poder continuar a declarar a faturação em papel no próximo ano, segundo uma portaria do Ministério das Finanças. A emissão de faturas relativas à transação de bens ou serviços por via eletrónica é obrigatória desde 2013, mas os agentes económicos de pequena dimensão estão dispensados desta obrigatoriedade.

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O Ministério das Finanças destinou mais 382,8 milhões de euros da receita da privatização dos Correios de Portugal para amortização de dívida pública. Recorde-se que a operação de privatização dos CTT gerou uma receita total superior a 902,3 milhões de euros. No final do ano passado, o executivo decidiu que as receitas da primeira fase da operação iam amortizar dívida pública e para a Parpública amortizar dívida do Sector Empresarial do Estado. O procedimento volta, agora, a repetir-se.

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Finanças destinam mais dinheiro da privatização dos CTT para amortizar dívida pública

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TURISMO

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Melhor passagem do ano da Europa é na Madeira A eleição da European Best Destinations, uma organização sediada em Bruxelas e que congrega as principais entidades de turismo europeias, declarou que a melhor passagem de ano da Europa é na Madeira.


TURISMO

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Vera Duarte

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A European Best Destinations atesta que “este magnífico cenário de rara beleza é simplesmente único, com milhares de multicoloridas lâmpadas decorando o anfiteatro do Funchal, transformando-o num grandioso palco”.

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A seleção eleita abarca os dez melhores destinos, bem como, os melhores hotéis e atrações de cada um. A Madeira ultrapassou, neste escrutínio, Berlim, Londres, Paris, Reykjavik, Bratislava, Viena, Praga, Roma e Dubrovnik.

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CULTURA

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Até sempre Maestro Eurico Martins Eurico Martins, maestro natural de São Roque, no Funchal, faleceu em Dezembro último. Desde Março de 1974, pertencia ao Recreio Musical União da Mocidade, onde veio a desenvolver os seus estudos musicais, na qualidade de instrumentista de guitarra. Estudou, também, no Conservatório de Música da Madeira, onde, mais tarde, criou as classes de guitarra clássica e formação musical. Assumiu a direção da Orquestra de Bandolins da Madeira, em 1994, tendo desenvolvido um trabalho notável nos desígnios desta instituição.

Em 2013, foi agraciado pelo Presidente da República com o Grau de Oficial da Ordem do Infante D. Henrique. No mesmo ano, recebeu, no âmbito do 505.º aniversário da cidade do Funchal, a Medalha de Mérito Municipal. Vera Duarte


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Age UK ajuda a manter a saúde do cérebro

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A ONG britânica Age UK apresentou um conjunto de estudos que indicam alguns passos para a manutenção da saúde do cérebro. Segundo esta ONG, cerca de 76% do declínio cognitivo — mudanças nas habilidades cerebrais, que incluem perda de memória — está associado ao estilo de vida do idoso e a outros fatores ambientais, como o nível de educação. Para retorcer a situação, reiteram que é necessário alterar os hábitos do quotidiano.

Primeira Clínica do Piolho em Portugal Algés recebeu a primeira Clínica do Piolho, um centro especializado na eliminação dos piolhos de forma profissional. Este local dispõe de uma tecnologia americana desenvolvida especificamente para o tratamento da pediculose, pessoal especializado e entretenimento para os mais pequenos.


SAÚDE

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Catarina Duarte, cientista, coordena uma equipa de investigadores que, a partir dos alimentos da Dieta Mediterrânica, irá estudar diferentes benefícios. Tal será possível através da extração, identificação e caracterização dos seus compostos bioativos. O figo da Índia, a maçã Bravo de Esmolfe, a cereja e o agrião são alguns dos alimentos escolhidos.

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Catarina Duarte coordena equipa que estuda benefícios dos alimentos

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Mares europeus vão ser patrulhados por drone português

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CIÊNCIA E TECNOLOGIA

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A Tekever é a empresa que vai liderar o projeto Rapsody e que tem como objetivo fazer uma vigilância marítima na Europa com recurso a sistemas aéreos não tripulados. O drone AR5 Life Ray vai estar entre os “vigilantes”. A Tekever vai liderar um consórcio de organizações que foi escolhido pela Agência Europeia de Segurança Marítima (EMSA na sigla em inglês) e pela Agência Espacial Europeia (ESA na sigla em inglês) para criar um sistema de vigilância marítima com base em drones.

Oceano Atlântico, Mar do Norte e Mar Mediterrâneo são algumas das localizações que o veículo não tripulado AR5 Life Ray vai percorrer quando em 2016 iniciar os primeiros testes no terreno. Até lá a Tekever em conjunto com entidades de países como a Alemanha e o Reino Unido vai desenvolver e afinar o sistema de vigilância que tem no drone português um dos elementos mais valiosos. “Com a utilização de comunicações por satélite, o nosso sistema está vocacionado para múltiplos tipos de missões de médio a longo alcance, incluindo busca e salvamento, operações de vigilância e patrulha marítima, deteção de poluição, entre outras”, explica em comunicado o administrador da Tekever, Ricardo Mendes. O drone permitirá, por exemplo, fazer uma identificação dos danos causados pelo derrame de petróleo num cenário de acidente. Desta forma é possível fazer uma melhor gestão das equipas de contenção, limpeza e de salvamento. A utilização de veículos aéreos não tripulados apresenta algumas vantagens como a diminuição dos riscos associados à missão, diminuição das limitações associadas à resistência humana e redução dos custos da operação. O AR5 Life Ray é um drone com uma envergadura de 4,8 metros, pode suportar cargas até aos 50 quilogramas e tem uma autonomia que varia entre as oito e as 12 horas. Fonte: http://tek.sapo.pt/


CIÊNCIA E TECNOLOGIA NASA adia plano de “caça ao asteroide” para 2015

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São vários os planos da NASA para conquistar o espaço, entre eles “caçar” um asteroide. Relativamente a este último, a agência espacial norte-americana está dividida entre duas hipóteses de captura, e adiou a decisão para o início de 2015. Revelada há uns meses, a timeline da NASA da “caça ao asteroide” prevê que a “rocha” seja escolhida até 2018, estimando-se que no ano seguinte seja lançado o caça espacial robótico responsável pela captura.

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Nave e asteróide serão depois enviados para a órbita lunar onde aguardarão pela chegada, em 2020, de uma equipa de astronautas que irão finalmente ter a possibilidade de recolher amostras do objeto para análise. Mas há duas hipóteses para o plano da NASA. A opção A envolve o envio do robot para capturar um asteroide inteiro, mas pequeno. A opção B é um pouco mais complicada e envolve pousar numa rocha bem maior para tirar uma parte da sua superfície. É entre essas duas hipóteses que terá de ser escolhida a mais viável. Fonte: http://tek.sapo.pt/

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Peak Jogos para o Cérebro Descrição: Peak é um aplicativo personalizado de auto-aperfeiçoamento criado especificamente para ajudar você a melhorar a suas habilidades de Memória, Foco, Solução de Problemas, Agilidade Mental e Linguagem com jogos divertidos e desafiadores, alcançando metas e construindo hábitos de treinamento saudáveis - tudo baseado em pesquisas científicas e educacionais.

Togethera: partilha privada com a familia, parceiro e melhores amigos Descrição: Partilha privada com os seus entes queridos. Partilhe fotos, vídeos e notícias com a sua família, parceiro(a) e melhores amigos num ambiente seguro que até as crianças e os avós velhinhos podem usar.

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CIÊNCIA E TECNOLOGIA

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Onefootball Noticias e resultados de futebol em direto Descrição: A Onefootball é a melhor aplicação para os adeptos de futebol. Consulte as últimas notícias sobre futebol, jogos em directo, resultados, destaques e mais da Primeira Liga, Liga dos Campeões e de todas as competições internacionais.

Pic2Comic Descrição: Pic2Comic usa uma tecnologia de banda desenhada interativa única e combina-a com a modificação. Torne-se no seu próprio artista de banda desenhada e caricaturas para incrementar as suas fotos e “cartoonificar” o seu mundo.


DESPORTO

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Fim de Ano no Estádio do Marítimo - vista privilegiada sobre a cidade do Funchal seduziu centenas de pessoas

Centenas de pessoas deram as boas-vindas a 2015 no remodelado Estádio do Marítimo. Uma noite memorável para quem escolheu uma das vistas mais privilegiadas da cidade do Funchal para ver o céu iluminar-se, à meia-noite em ponto, com o afamado espectáculo de fogo de artifício, que faz da Madeira um dos destinos mais cobiçados na quadra natalícia. Momentos de muita animação, antes e depois da entrada no novo ano, pautaram um evento inédito, a três dias dos sócios e adeptos maritimistas estrearem as bancadas Nascente e Norte do “Caldeirão” para assistirem ao jogo Marítimo-Braga. A festa prometia e, efetivamente, cumpriu, superando todas expetativas. Depois do concerto de David Carreira, a infraestrutura verderubra voltou a demonstrar a sua enorme valia para a Região, provando, uma vez mais, que este nobre espaço da capital madeirense está dotado de valências que lhe permitem ser muito mais do que um palco reservado para o futebol. Em 2015, espera-se que muitos e marcantes acontecimentos passem pelo ressuscitado e incontornável “Caldeirão” dos Barreiros.

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Vitória na estreia das novas bancadas do Estádio do Marítimo – “Caldeirão” ressuscita em todo o seu esplendor

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Foi já a partir das novas bancadas do quase reerguido “Caldeirão” dos Barreiros que mais de cinco mil pessoas assistiram ao triunfo do Marítimo, por 2-1, ante o Sporting de Braga. Uma entrada em 2015 com o pé direito, pode bem dizer-se, num encontro que marcou, naturalmente, pela vitória, mas também por se tratar do jogo que estreou as novas cadeiras verdes e vermelhas de um recinto emblemático da Região Autónoma da Madeira. A enorme emoção de sócios e adeptos maritimistas era, pois, indisfarçável, neste sábado de 3 de janeiro, em que se viu ressurgir toda a mística do Estádio do Marítimo. Um ambiente extraordinário, traduzido quer no incentivo vigoroso à equipa de Leonel Pontes, exacerbado pela incrível acústica do estádio, quer na alegria expressa nos milhares de rostos que compunham a plateia. Mais um dia histórico a acrescentar um capítulo de ouro à biografia do clube do Almirante Reis.


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Marítimo + Solidário entregou bolsas de estudo e distinguiu autores de trabalhos com temáticas verde-rubras

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A Fundação Marítimo Centenário, através do projeto Marítimo + Solidário, contemplou com bolsas de estudo dez alunos madeirenses e premiou quatro estudantes que assinaram trabalhos académicos inspirados em temas verderubros. Na oportunidade, o presidente do Marítimo sublinhou a relevância da iniciativa, alertando os premiados para o olhar atento, e constante, que estes devem debruçar sobre as problemáticas de cariz social: “Que interiorizem o que podem fazer pela instituição e pelos outros.”, afirmou. Dois dos trabalhos distinguidos têm como protagonistas os atletas Derley e Briguel, enquanto os restantes dois foram desenvolvidos em torno da temática “O Marítimo e a Solidariedade Social”. Leonel Pontes também marcou presença na cerimónia, realizada no pavilhão do Marítimo, fazendo-se acompanhar pelos jogadores Luís Olim e Briguel. O técnico principal não poupou elogios aos jovens participantes e afirmou sentir orgulho num “Marítimo pioneiro” em ações desta natureza.


DESPORTO

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O Marítimo fez-se representar pelo seu dirigente máximo, Carlos Pereira, na cerimónia de condecoração de Cristiano Ronaldo, na Assembleia Legislativa Regional, e na inauguração da estátua que imortaliza o internacional madeirense, na Praça do Mar. Recorde-se que o “melhor do mundo” foi distinguido com o Cordão Autonómico de Distinção, a mais alta condecoração do Governo Regional da Madeira, tendo-se, depois, dirigido à Praça do Mar, onde o aguardavam milhares de

pessoas, para o descerramento da obra que lhe presta tributo. A estátua, esculpida em bronze, pelas mãos do escultor Ricardo Velosa, tem 3,40 de altura e pesa 800 quilos, perpetuando Ronaldo na terra que o viu nascer, a 5 de fevereiro de 1985, e de onde saiu, ainda menino, em busca do sonho de se tornar um dia jogador de futebol. Exemplo do perfil obstinado do povo madeirense, que, desde cedo, aprendeu a ver no horizonte marítimo, não um obstáculo, mas um ponto de partida rumo a um futuro promissor, CR7 provou que os sonhos têm o poder da força com que neles acreditamos aliado ao empenho que empreendemos na sua concretização. Num dia de orgulho para os portugueses em geral, mas para os madeirenses em particular, o Presidente do Marítimo teve oportunidade de trocar algumas palavras com o capitão da seleção portuguesa e referiu-se à homenagem prestada pela Região como “muito importante e mais do que justa”.

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Marítimo presente na homenagem a Cristiano Ronaldo: “Uma homenagem mais do que justa e muito importante” - Carlos Pereira, presidente do Marítimo

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DESPORTO

O C.S. Marítimo acaba de lançar a Coleção Oficial de Cromos 2014/2015. A cerimónia de apresentação esteve a cargo de quatro alunos do Colégio do Marítimo que, na presença do presidente Carlos Pereira, deram a conhecer a caderneta, composta por um total de 1.275 cromos. Uma iniciativa “importante” para o Marítimo, considerou o líder verde-rubro, um “clube sempre em fase de crescimento e com empatia crescente com a população”, acrescentou.

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Lançamento da Coleção Oficial de Cromos do C.S. Marítimo 2014-15

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Os cromos, já à venda, pelo valor de 50 cêntimos cada saqueta (uma caderneta custa 5 euros), compreendem atletas de 14 modalidades e podem ser adquiridos nas lojas Marítimo (Sede e Complexo Desportivo), Carlos Fotógrafo, Tabacarias Império e Cabana do Jardim. Quem comprar habilita-se a ganhar vários prémios, sendo o primeiro uma scooter.


DESPORTO

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O presidente e o treinador principal do Marítimo, Carlos Pereira e Leonel Pontes respetivamente, falaram sobre “Motivação e Liderança” aos funcionários da empresa FN Hotelaria. Numa palestra cujo anfitrião era João Abel Freitas, antigo vice-presidente do C.S. Marítimo, os dois oradores convidados partiram das próprias experiências de vida para abordarem vários aspetos relacionados

com uma temática que bem conhecem. Ambos os líderes verde-rubros demonstraram, mediante as suas intervenções, que apesar de atuarem em diferentes contextos, a dinâmica utilizada, quer em termos motivacionais quer em termos de orientação de um grupo de trabalho, é, salvo algumas particularidades, transversal. Carlos Pereira e Leonel Pontes cativaram, sem qualquer esforço, a audiência que, seguramente, fará bom uso da “lição”. A FN Hotelaria é uma das mais prestigiadas empresas madeirenses, com expressão não apenas em Portugal, mas também no estrangeiro, nomeadamente, em países como Cabo Verde, Argélia e Tunísia.

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Carlos Pereira e Leonel Pontes oradores em palestra sobre “Motivação e Liderança” promovida pela FN Hotelaria

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Nacional e Petro de Luanda acordam cedência de Lucas João

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O Nacional da Madeira informou em comunicado que “enquanto detentor dos direitos desportivos do atleta Lucas João até 2018” e “na sequência da proposta apresentada por aquele clube e após a concordância do atleta”, “chegou a acordo com o Clube Atlético Petroléos de Luanda para a cedência, por empréstimo, do jogador Lucas João até dezembro de 2015”.


DESPORTO

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Nos Campeonatos Nacionais de Natação da Zona Sul, que decorreram em Leiria, a equipa Juvenil do Nacional conquistou oito medalhas e obteve seis novos recordes regionais para a sua categoria. A estafeta de 4x100 metros estilos composta por Vera Aguilar, Laura Abreu, Beatriz Rosa e Leonor

Gomes, arrecadou uma medalha de ouro. Esta mesma equipa foi ainda 2ª classificada nos 4x100 metros livres. Laura Abreu foi 2ª nos 100 metros bruços, e 3ª nos 200 metros bruços. Pedro Gouveia ficou em 3º lugar nos 200 metros mariposa. Obtiveram medalha de bronze e com novos recordes regionais Vera Aguilar nos 100 metros livres e Beatriz Rosa nos 100 metros costas.

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Natação conquista 8 medalhas

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DESPORTO O União da Madeira tem dois novos avançados. Contratou o jogador Amessan (Christo), natural da Costa do Marfim, e acordou com o Paços de Ferreira a cedência de Barnes, até ao final da presente temporada.

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União atrai reforços

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União da Madeira prossegue na Taça da Liga O União da Madeira continua a fazer história na Taça da Liga. No dia 28 de Dezembro recebeu, em casa, o Braga, equipa que venceu por 2-1. Talles e Rúben Andrade, pelo União da Bola, e Alan, pelo Braga, foram os autores dos golos do encontro. Segue-se o confronto com o Porto, no Dragão.


DESPORTO Hugo Aveiro na Administração do União da Bola É Pre c i s o

Hugo Aveiro, irmão de Cristiano Ronaldo, e diretor do mais recente parceiro da SAD, o Museu CR7, passou a integrar a Administração da SAD.

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O União da Madeira, em parceria com a delegação regional da Associação Portuguesa de Deficientes, dinamizou a iniciativa “União Solidário” que levou, a 11 de Dezembro, mais de 800 pessoas ao Circo Mundial. Miúdos e graúdos ficaram embevecidos com o gesto e com o espetáculo!

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União Solidário

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NOITE DO MERCADO Funchal, 23 de dezembro de 2014

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CINEMA

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NOTÍCIA

Em Espanha, o grande sucesso do ano chama-se “Namoro à Espanhola” A comédia de Emilio Martínez-Lázaro é o filme mais visto de sempre no país vizinho. O argumento gira em torno de Rafa, um jovem andaluz que se apaixona por uma basca. Para conquistá-la decide viajar até ao país Basco e está disposto a tudo, inclusive a passar-se por basco para agradar à família dela. Em França, a comédia “Que Mal Fiz Eu a Deus?” foi vista por mais de doze milhões de pessoas nas salas de cinema. O filme retrata de forma ligeira os estereótipos étnicos e culturais. Um casal conservador tem quatro filhas, três são casadas

com franceses de origem estrangeira, um asiático, um judeu e um muçulmano. Uma realidade que os pais têm dificuldade em aceitar. Um dia a filha mais nova declara que vai casar-se com um católico. Os pais ficam aliviados até ao dia em que ficam a saber que o pretendente é um ator de teatro africano. Em Portugal, “Os Maias” de João Botelho é o filme nacional mais visto do ano com 113 mil bilhetes vendidos. O realizador português de 65 anos afirma que não quis fazer um filme de época porque “O Portugal dos Maias é igual ao Portugal de hoje”.” pt.euronews.com/


CINEMA SUGESTão FILMEs

Birdman É

Realização: Alejandro González Iñárritu

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Atores: Amy Ryan, Edward Norton, Emma Stone, Michael Keaton, Naomi Watts Zach Galifianakis

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Sinopse: Uma comédia de humor negro que conta a história de um ator, famoso por ter interpretado um super-herói icónico, e que agora planeia montar uma peça de teatro numa tentativa de recuperar os seus tempos de glória. Nos dias que antecedem a noite de abertura, o ator - Riggan Thomson - luta contra o seu ego e tenta recuperar a sua família, a sua carreira, e a si próprio.

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Realização: Angelina Jolie Atores: Alex Russell, Domhnall Gleeson, Garrett Hedlund, Jack O’Connell, Jai Courtney, Luke Treadaway Sinopse: Uma comédia de humor negro que conta a história de um ator, famoso por ter interpretado um super-herói icónico, e que agora planeia montar uma peça de teatro numa tentativa de recuperar os seus tempos de glória. Nos dias que antecedem a noite de abertura, o ator - Riggan Thomson - luta contra o seu ego e tenta recuperar a sua família, a sua carreira, e a si próprio.

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INVENCÍVEL

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CINEMA ROSEWATER

Atores: Claire Foy, Gael García, Bernal Golshifteh, Farahani Kim Bodnia Shohreh Aghdashloo Sinopse: Enquanto os partidários de Mousavi saem às ruas para protestar contra a declaração de vitória de Ahmadinejad no dia da eleição, Bahari corre um enorme risco pessoal ao submeter à BBC imagens dos tumultos que se sucedem. Passado pouco tempo Bahari é preso pela Guarda Revolucionária, liderada por um homem que se identifica apenas como Rosewater (“Agua de Rosas”), que fica responsável pela interrogação e tortura do jornalista ao longo dos 118 dias seguintes.

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Realização: Jon Stewart

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CAMINHOS DA FLORESTA Realização: Rob Marshall Atores: Anna Kendrick, Chris Pine, Emily Blunt , Johnny Depp, Lucy Punch, Meryl Streep Sinopse: Abordagem moderna dos adorados contos dos irmãos Grimm, combinando os enredos de algumas histórias de eleição e explorando as consequências dos desejos e feitos das personagens. Este musical bemhumorado e emocionante acompanha os contos clássicos de Cinderela, o Capuchinho Vermelho, João e o Pé de Feijão e Rapunzel, unidos numa história original que envolve um padeiro e a sua mulher, o seu desejo de iniciar uma família e a sua interação com a bruxa que os amaldiçoou.


CINEMA ABELHA MAIA - O FILME Realização: Alexs Stadermann

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Sinopse: Num país cheio de sol, nasceu uma abelha que ficou conhecida pela sua amizade, alegria e bondade. Todos lhe chamam de pequena, fresca, bela e doce Abelha Maia. Com uma curisosidade sem limites, Maia vai aprender a viver em harmonia junto dos outros insectos, num mundo sem maldade. Nas suas divertidas aventuras, ela está sempre acompanhada dos seus grandes amigos Willy, um zangão, Flip, o gafanhoto, e ainda a mosca Puck.

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Atores: Bruno Ferreira, Carmen Santos, Ermelinda Duarte, Francisco Magalhães Ferreira, Francisco Pimentel, João Ricardo, Margarida Vila-Nova, Nicolau Breyner, Renata Belo

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Atores: Amy Poehler, Jenna Fischer, Lauren Lapkus, Owen Wilson, Peter Bogdanovich, Zach Galifianakis Sinopse: Quando Steve Dallas, um meteorologista mulherengo, descobre que o seu amigo um pouco à margem, Ben Baker, perdeu o pai que há muito se tinha afastado, os dois regressam à casa de infância de Ben para descobrir que este herdou a fortuna da família, deixando o par de amigos, sem grande preparação para a vida, em luta com a irredutível irmã de Ben e a ter de negociar com a bela viúva de 25 anos.

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Realização: Matthew Weiner

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AMIGOS PARA O QUE DER E VIER

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SUGESTão DVD

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MÚSICA

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Nomes como Foo Fighters, Caribou, SBTRKT, Jack White e Temples também viram as capas dos seus álbuns de 2014 integrarem o top 50 do Best Art Vinyl 2014.

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NOTÌCIA

Royal Blood “Os Royal Blood são os grandes vencedores do concurso Best Art Vinyl 2014, que premeia as melhores capas de discos editados ao longo do ano passado. O disco de estreia do coletivo britânico, homónimo, ficou em primeiro lugar na competição, que distinguiu também, na segunda e terceira posições, as capas dos álbuns editados em 2014 por FKA Twigs e pelos Future Islands.

O design vencedor, intitulado “Falls”, é da autoria de Dan Hillier, que explica a origem da obra, inspirada em gravuras vitorianas: “Fiz esta imagem na primavera de 2014, como uma de quatro peças feitas na altura – as outras foram a Midpoint, Meta e Suit. Nomeei-a Pachamama após voltar do Peru… Pachamama é uma palavra quíchua que significa Mãe do Mundo ou Mãe da Terra. Estamos a precisar desesperadamente de redescobrir o nosso respeito por ela. Pachamama é inteligência e amor profundo, manifesta-se como um mundo aparente, dando luz a tudo, nós incluídos”. “Os Royal Blood abordaram-me no verão, para fazer uma nova imagem para o seu álbum de estreia, e depois decidiram que queriam usar esta peça, e tem sido encantador ver o quão longe ela tem chegado”, disse Hillier. “ musica.sapo.pt/


MÚSICA Sugestão SINGLE

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Ilha da Salvação Ala dos Namorados

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Every BreaKing Wave U2

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Pica do 7 Antonio Zambujo

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All About That Bass Meghan Trainor

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Sugestão Álbum

Title Meghan Trainor

Rua da Emenda Antonio Zambujo

My Garden Kat Dahlia

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Fogo do Fim do Ano A última noite de 2014 encheu-se de alegria e cor para festejar a passagem de ano. Foi um espetáculo pirotécnico memorável.


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LIVROS para trás os pormenores históricos que são tão fulcrais no desenrolar e na composição de todo o enlace. Muitas vezes lemos livros históricos que ou são muito maçadores, ou então o conteúdo histórico de excelência é inexistente. Neste livro, isso não acontece. Existe um equilíbrio entre os factos históricos e o romance entre os personagens principais.

A SUGESTÃO DO

“MIL ESTRELAS NO COLO” http://estrelasnocolo.wordpress.com/

Título: “O grande amor da minha vida” Autora: Paulinna Simons Editora: Edições Asa Perguntar a um leitor qual é o seu livro favorito é como se perguntassem a uma mãe qual o seu filho favorito. Eu, tal como qualquer leitor, não consigo escolher apenas um livro favorito. No entanto, entre um painel de favoritos, encontrase “O grande amor da minha vida”, de Paulinna Simons. Depois de o ler, tive de deixar passar alguns dias para então conseguir escrever a opinião. Encontrei--me sem palavras já que o livro foi demasiado forte, diria, até, arrebatador. Não foi apenas mais um romance, mas sim antes “o” romance. Este livro fala de um amor que nasce no meio de uma guerra. Um amor que cresce tão rápido, que faz tantos sacrifícios, simplesmente, porque não quer e porque não podem desistir. É como se desistissem de respirar. A meu ver, o romance entre este casal é um ponto forte do livro, como seria de esperar e antever pelo título, mas a autora não deixou

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A Rússia dos anos 40, que é retratada no livro, foi, ao mesmo tempo, um choque e um fascínio. A invasão dos alemães e a ameaça deste povo contra a Rússia fez tremer o meu coração. A cidade de Leninegrado é quase sempre o ponto principal onde toda a história se desenrola. É, pessoalmente, uma cidade que gostei de conhecer e que, durante a leitura, muitas vezes me aguçou a curiosidade e a vontade efetiva de poder visitá-la para ver com os meus próprios olhos todos os monumentos, estradas e prédios descritos no livro.


LIVROS Os detalhes da guerra e os acontecimentos políticos aparecem bem detalhados, sem exageros e muitos bem construídos. Ou seja, é um livro que além de romance que entretém, também é um romance a partir do qual se aprende história!

Sugestão LEITURA

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Emma Wildes

Seduzir Adain

Sandra Sousa

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Aconselho, sem reservas, a todo o tipo de leitor.

Julia Cameron está em fuga e procura um protector. O infame Robbie McCray está desesperado para substituir os navios confiscados pelo inimigo inglês. Tudo o que tem a fazer é elaborar um acordo mutuamente satisfatório e peca-minosamente mau...

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Seduzir Robbie

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A escrita da autora, se a podemos adjetivar assim, é linda, não é pesada nem muito descritiva, é a considerada perfeita para um leitor. Aliás, para mim, este livro passou a ser, sem dúvida, um dos melhores livros que já li em toda a minha vida. Fezme rir, fez-me chorar, fez-me acreditar em grandes amores, em boas pessoas e, acima de tudo, deixou a sua marca em mim.

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Raptada pelo perturbante highland Ian McCray e mantida como prisioneira, Lady Leanna Arlington sente-se aterrorizada, mas o seu captor ajudou-a a fugir de um casamento indesejado. Agora, está nas suas mãos convencer o viril escocês a ficar com ela...

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Sinopse: Seduzir Ian

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Autor: Emma Wildes

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Alexander também é mais ou menos como Tatiana, mas não tão ingénuo e bondoso, muito pelo contrário. Várias são as situações que conhecemos um Alexander mais duro e cruel e que talvez o leve a tomar decisões e atitudes precipitadas!

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Tatiana foi sem dúvida a personagem que mais gostei, é uma “menina-mulher”, uma força poderosa, uma heroína! No início, quando a conhecemos, é praticamente uma criança num corpo de adulta, mas depois…depois ao longo do livro e com o avançar da guerra existe uma transformação enorme desta personagem e eu aí pergunto-me “como raios conseguiu a escritora fazer isto?” “Magia talvez?”.

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No que diz respeito às personagens, fiquei um pouco perturbada. Isto porque algumas escolhas não foram do meu agrado, embora, por outro lado, se tivessem registado momentos que me deixaram completamente apaixonada pela vida dos personagens. Houve momentos que senti tanto medo do futuro, como se eles tivessem realmente existido ou como se fosse eu uma das personagens.

Quando se depara com uma bela mulher a ser atacada, Adain Cameron espanca e defende a dama. Com os bandidos ele lida com a pistola e espada, mas a linda Lady Gillian Lorin pode exigir um conjunto de armas diferentes… 61


LIVROS A BASTARDA DE ISTAMBUL

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Autor: María Dueñas

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Sinopse: Numa tarde de chuva em Istambul, uma mulher entra num consultório médico. «Preciso de fazer um aborto», declara. Tem dezanove anos de idade e é solteira. O que acontece naquela tarde mudará para sempre a sua vida. Vinte anos mais tarde, Asya Kazanci vive com sua família alargada em Istambul. Devido a uma misteriosa maldição que caiu sobre a família, todos os homens Kazanci morrem aos quarenta e poucos anos, e por isso é apenas uma casa de mulheres. Entre estas destaca-se a bela e rebelde mãe de Asya, Zeliha, que dirige um estúdio de tatuagens; Banu, que recentemente descobriu que é vidente; Feride, uma hipocondríaca obcecada com a iminência da tragédia. Quando a prima de Asya, Armanoush, uma arménio-americana, vem para ficar, segredos de família há muito tempo escondidos, relacionados com o passado tumultuoso da Turquia, começam a ser revelados.

A BASTARDA DE ISTAMBUL Autor: Jorge Franco Sinopse: Isolda vive fechada num castelo tão estranho quanto fascinante, e tão alheado da cidade de Medellín, onde está construído, como os seus concidadãos do resto do mundo. Essa atmosfera onírica oprime a adolescente, que encontra no bosque, para onde foge à noite, a única trégua para a sua solidão. No entanto, as ameaças do mundo de fora espreitam, silenciosas e invisíveis, por entre os ramos das árvores. Dentro e fora do castelo, o amor, esse monstro indomável, revela-se como uma obsessão que conduz à alienação, que desperta desejos de vingança e que parece ter como única saída possível a aceitação da morte. Um romance sobre o amor e a morte, de grande poesia e minúcia na brilhante manipulação da tensão narrativa, com raízes na tradição folclórica dos contos de fadas e nas histórias de «faca e alguidar». Contado com uma sensualidade visual quase cinematográfica, transporta-nos para um outro mundo, esse mundo de fora, tão sedutor e tão maligno.


LIVROS UM ANO DE FÉ Autor: Jane Christmas Sinopse: Como escolher entre dois caminhos irreconciliáveis?

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Ao longo de um ano, a autora deixa a sua vida confortável em suspenso. Embarca numa aventura que a leva a quatro conventos para conhecer a vida religiosa por dentro e viver os seus ensinamentos. Jane delicia-se - e por vezes irrita-se - com a existência simples, tranquila e silenciosa que procurou a vida inteira.

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Com humor e perspicácia, Um ano de fé retrata uma forma diferente e corajosa de viver a fé. É a viagem espiritual de uma mulher que tenta descobrir o que falta na vida e o porquê de alguns anseios que existem dentro de nós.

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O PRINCIPEZINHO

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Autor: Antoine de Saint-Exupéry

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O MUSEU

Autor: Susan Verde , Peter H. Reynolds Sinopse: «Quando vejo uma obra de arte, algo acontece no meu coração.» Uma menina dança e rodopia pelas salas de um museu. Ela sente que está a viver uma aventura fantástica. Cada obra de arte provoca algo de novo dentro de si: divertimento, curiosidade, alegria, inspiração. Quando se encontra diante de um quadro em branco, ela é levada a criar e a expressar-se - que é o maior sentimento de todos.

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Sinopse: Uma história intemporal destinada a todas as crianças: as que ainda o são, as que já o foram um dia e as que nunca deixarão de o ser. Uma edição que, pela primeira vez em Portugal, fixa texto e ilustrações de acordo com a edição original de 1943.

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SugestÕES Infanto/juvenil

Com notáveis ilustrações de Peter H. Reynolds, O Museu capta, de uma forma brilhante, as muitas emoções que nos são transmitidas pelo poder da arte. 63


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VINHOS

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Todas as provas serão precedidas por uma Master Class, para a qual a KROSSLINK convidará um enólogo de Portugal a levar um pouco da sua experiência e cultura vínica.

PROVAS KROSSLINK DE VINHOS PORTUGUESES, NA POLÓNIA, HOLANDA E LETÓNIA A Viniportugal vem por este meio divulgar que em 2015 a KROSSLINK – Wine Synergy continuará a sua missão de promover vinhos portugueses nos mercados da Polónia, Holanda, Letónia, República Checa e Dinamarca, através da organização de provas para profissionais e visitas a Portugal de jornalistas desses países.

As primeiras provas do ano terão como Guest Speakers Cristiano Van Zeller, nas provas da Varsóvia e Amesterdão e Peter Bright, na prova de Riga. As inscrições para as primeiras provas de 2015 estão abertas até 31 de Dezembro (Polónia) e 9 Janeiro (Amesterdão e Riga). - 3rd Annual Tasting of Portuguese Wines in Warsaw – Polónia, Varsóvia – 13 de Fevereiro - 2nd Annual Tasting of Portuguese Wines in Amsterdam – Holanda, Amesterdão – 9 de Março - 2nd Annual Tasting of Portuguese Wines in Riga – Letónia, Riga – 12 de Março Fonte: http://www.viniportugal.pt/


VINHOS

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Com mais de 13.000 vinhos provados o IWC atribuiu 100 medalhas de ouro a vinhos de diferentes nacionalidades. Os vinhos Vineaticu Reserva 2011, da Quinta da Nespereira (Dão) e o Porto Marks & Spencer Royal Palace Colheita Single Harvest 2001 distinguiram-se com duas medalhas de ouro.

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VINHOS DE PORTUGAL PREMIADOS NO INTERNATIONAL WINE CHALLENGE 2014

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Fonte: http://www.viniportugal.pt/

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Os vinhos de Portugal obtiveram ainda 72 troféus entre os quais 32 medalhas de prata e 40 de bronze, assim como 48 menções honrosas.

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VINHOS

Depois de revelados o Top 100 Best Buys e o Top 100 Cellar Selections, a revista Wine Enthusiast revela a mais recente lista de vinhos, The Enthusiast 100. Entre os 100 melhores selecionados, estão 6 vinhos portugueses.

VINHOS PORTUGUESES RECONHECIDOS NO THE ENTHUSIAST 100

José de Sousa

Rubrica

Águia Moura em Vinhas Velhas

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VINHOS PORTUGUESES RECONHECIDOS NO THE ENTHUSIAST 100

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Ano: 2011

Ano: 2011

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Região: Alentejo

Região: Alentejo

Região: Douro

Produtor: José Maria da Fonseca

Produtor: Luis Duarte

Produtor: Wines & Winemakers

Pontuação: 93 pontos

Pontuação: 95 pontos

Pontuação: 93 pontos

Callabriga

Quinta dos Murças

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Ano: 2011

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Reserva

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Blandy’s

Reserva

Colheita Single Harvest Sercial

Ano: 2010

Ano: 2009

Ano: 1998

Região: Douro

Região: Douro

Região: Madeira

Produtor: Sogrape

Produtor: Herdade do Esporão

Produtor: Blandy’s

Pontuação: 93 pontos

Pontuação: 93 pontos

Pontuação: 96 pontos


FRASE

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“Eu honrarei o Natal no meu coração, e tentarei mantê-lo o ano todo.”

Charles Dickens 1812 – 1870 Escritor

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Dolores Aveiro Maria Dolores dos Santos Aveiro, a mãe coragem dos manos Aveiro, nasceu a 31 de Dezembro de 1954. Os 60 anos, celebrados no último dia de 2014, contemplam grandes batalhas da vida. Mãe de quatro filhos, Cristiano Ronaldo, Hugo, Elma e Kátia, Dolores nunca virou costas às dificuldades. Nasceu pobre, perdeu a mãe aos cinco anos, viveu num orfanato, sofreu com o tratamento atroz da madrasta. Faltou-lhe o que vestir e calçar, mas umas das maiores privações foi o amor. Apesar de tudo, formou a sua própria família com Dinis Aveiro. Sem muitas posses, é certo, mas assente, precisamente, num pilar maior, o do afeto. Deu todo aquele que não teve e criou, mesmo com inúmeros sacrifícios, quatro filhos. Com valores, princípios, amor. Mesmo depois do casamento, a vida continuou a pregar-lhe partidas. Tentou sair do País para poder sustentar a família. Perdeu o marido, devido ao seu problema com o alcoolismo. Teve cancro da mama.

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PERFIL

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PERFIL No entanto, conseguiu manter, sempre, a união do clã Aveiro. Da Quinta Falcão, saiu, filho desta grande mulher, um autêntico fenómeno do futebol. Um fenómeno que lhe deu conforto, uma vida desafogada, uma nova realidade. Mas Dolores nunca perdeu as suas características e a sua humildade. É Pre c i s o

Refez a sua vida amorosa ao lado de José Andrade. Com os filhos que tem e com os netos que ajuda a criar, alcançou, como diria a canção, o maior bem: é feliz.

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O OUTRO LADO

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EDGAR GARRIDO

EDGAR


O OUTRO LADO

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GARRIDO

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GASTRONOMIA

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À mesa de um madeirense no Natal Rui Vasconcelos tem 47 anos e vive há 28 na Suíça. Já passou por algumas cidades deste país, mas o seu lar é, agora, em Genève (ou Genebra em bom português) onde partilha o seu dia-a-dia com a sua cara metade, Salomé Matos. Uma vez mais, passou o Natal no país que o acolheu quando decidiu sair da Madeira, há quase três décadas, muito porque esta é uma das alturas com mais trabalho na sua área profissional: a hotelaria.


GASTRONOMIA

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Perto de si, e até durante todo o ano, faz questão de manter presentes pequenos sinais da Madeira e dos familiares que estão longe, como por exemplo uma pequena bandeira do Espírito Santo que era do seu pai. Porque vivendo em qualquer lugar do mundo, um madeirense nunca perde os laços com a sua origem e dá, sempre, voz à Madeira no Mundo. Até à mesa!

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Embora preferisse passar o Natal na Madeira, Rui não hesita em afirmar que tem passado quadras festivas muito felizes, com amigos de várias raças e nacionalidades.

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À sua mesa, há uma mistura de nacionalidades, mas a tradição madeirense fala mais alto. A ceia de Natal suíça contempla um fondue de carne preparado com óleo, fondue de queijo ou, ainda, um caldo claro de carne. A parte portuguesa abarca o bacalhau e, claro, a carne vinho e alhos. Para preparar esta e outras iguarias madeirenses, Rui e Salomé não sentem grandes dificuldades. Dependendo das zonas, torna-se mais fácil encontrar os produtos e Genebra é, para eles, um “pequeno Portugal”, onde se aprecia a cerveja portuguesa e os cozinhados lusos.

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Rui conta que a neve é o ingrediente principal desta época e que, quando se aproxima a “Festa” e as ruas não se pintam de branco, os suíços ficam tristes e dizem que vão viver um “Natal Verde”. Diz até que o único local onde os suíços não se importariam de passar um “Natal Verde” seria na Madeira, porque o espírito e o ambiente que se vivem nesta altura colmataria essa falta.

Vera Duarte

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PORTO SANTO

Do Porto Santo para conquistar Coimbra

Hugo Miguel Telo Brandão tem 27 anos e é estudante de línguas na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Em part-time, está na gestão e administração da Empresa ABelec e iniciou, há pouco tempo, o segundo mandato à frente dos desígnios da Casa da Madeira de Coimbra (CMC), como presidente da sua direção. A ligação com esta instituição tem já alguns anos, mas, agora, como diz na brincadeira, “o Porto Santo tomou conta da CMC”.

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uma ligação direta, mais concretamente enquanto dirigente.

Há quanto tempo começou a tua ligação com a Casa da Madeira de Coimbra? A ligação existe há praticamente cinco anos. Os dois primeiros anos enquanto sócio, mas através da organização de eventos em nome do grupo “Madeirenses em Coimbra”. À posteriori tem sido 74

Sempre ambicionaste a presidência ou foi uma dedicação em crescendo? Sinceramente, foi algo que surgiu de forma natural, embora a dedicação à comunidade madeirense já fosse uma realidade visto ter sido criado um grupo na rede social “Facebook”. Começaram por ser 4 amigos, isto há 5 anos, e hoje somos à volta dos 500. Organizavam-se jantares com produtos madeirenses, convívios, chegámos até a adquirir 80 sweats devidamente identificadas com “Madeirenses em Coimbra”, a maior prova do orgulho em ser madeirense. Admito que quando se lançou a ideia nunca pensei atingir tal número. Lembro-me perfeitamente de andar de café em café e de porta em porta de cada um dos madeirenses a recolher as verbas para podermos efetuar a encomenda. Foi, sem qualquer dúvida, algo positivo só pelo facto de ter conhecido tanta gente e terem ficado amizades que até ao dia de hoje perduram. Isto enquanto sócio. Após alguns meses surgiu o convite por parte do Danilo Jesus, o qual seria o futuro Presidente, para formarmos lista e assumir a Vice-Presidência. Foi aí, sem dúvida, que realmente pensei no assunto e em fazer parte da estrutura da Instituição. Entretanto, um ano depois assumi o cargo de Presidente da Direção. Atualmente estou no segundo e último mandato como Presidente.


PORTO SANTO

Há alguma ligação, quer em termos de organização ou de atividades com as outras Casas da Madeira? Infelizmente não existem relações com as outras Casas da Madeira, nomeadamente a do Norte e a de Lisboa. A Casa da Madeira de Lisboa reabriu portas recentemente e só agora está a desenvolver projetos. Com a Casa da Madeira do Norte chegou a haver conversações mas não chegou a passar do papel. Infelizmente. Atualmente, desconheço a situação da mesma. A última informação que recebemos foi a de que haveriam eleições. Seja como for, acredito que em breve poderão haver projetos em conjunto com a Casa da Madeira de Lisboa. Da nossa parte há interesse e vontade para isso. Não faz sentido não haver trabalho em conjunto agora que as condições estão reunidas.

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Que papel desempenha esta instituição juntos dos madeirenses, quer estudantes, quer os que trabalham já em Portugal Continental? A Casa da Madeira de Coimbra presta um apoio importantíssimo, quer aos novos estudantes, quer ao doente que se desloca da Ilha da Madeira até Coimbra para efetuar diversos tratamentos. No que diz respeito aos caloiros, a CMC tem um protocolo estabelecido com a UC, o que permite que sejamos nós, dirigentes, a efetuar a matrícula pelos mesmos, desde que com as devias autorizações, permitindo desta forma que poupem horas em filas e a tratar de burocracias. O serviço de apoio ao doente, denominado “S.A.D”, existe graças ao protocolo estabelecido com o serviço de saúde da Madeira (SESARAM). Isto permite-nos ter um serviço de procuradoria com secretária full-time e que é responsável pela receção e reencaminhamento do utente que se desloque até à sede da Instituição, desde que este venha através do protocolo celebrado. Este mesmo serviço de procuradoria serve também os sócios da Instituição.

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Temos ainda um protocolo assinado no último ano com a Associação “Laços sem nós”, uma associação que nos permite oferecer apoio psicológico e alimentar a qualquer caso por nós assinalado, seja sócio ou apenas utente. Este serviço não tem qualquer custo adicional para a Instituição. Na sede temos ainda 2 salas de estudo com computador e ligação à Internet, sala de jogos, sala de TV, e ainda um bar associativo, muitas vezes um ponto de encontro.

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Como funciona uma Casa da Madeira? A Casa da Madeira de Coimbra é uma instituição sem fins lucrativos, com autonomia administrativa e financeira, vocacionada para a cultura, desporto, recreio, divulgação dos valores e tradições da RAM. A Casa, deste modo, visa promover e divulgar a arte e cultura madeirenses, assim como proporcionar, na sua sede, um local de convívio e de apoio a todos os sócios.

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Quem são os restantes membros da tua equipa? Existem mais elementos do Porto Santo? São todos estudantes? Tal como os estatutos ditam, os órgãos são 75


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Tal como os estatutos ditam, os órgãos são compostos apenas por madeirenses. Tentei construir uma equipa variada com diversas áreas de conhecimento. Das Letras, passando pelo Direito, Design, Psicologia, até às Engenharias. De finalistas a caloiros. Tentou-se obter uma equipa equilibrada onde todos possam contribuir de forma ativa. compostos apenas por madeirenses. Tentei construir uma equipa variada com diversas áreas de conhecimento. Das Letras, passando pelo Direito, Design, Psicologia, até às Engenharias. De finalistas a caloiros. Tentou-se obter uma equipa equilibrada onde todos possam contribuir de forma ativa. Em relação ao Porto Santo, temos atualmente três membros. Estou eu na Direção, o Fábio Rodrigues, Presidente da Mesa da Assembleia, e a Letícia Castro, Presidente do Conselho Fiscal. Costumo dizer na brincadeira que o Porto Santo tomou conta da Casa da Madeira de Coimbra! Somos atualmente 10 estudantes embora alguns de nós já tenham um part-time. Temos ainda a Vogal da Mesa da Assembleia Geral, Luísa Ornelas, que já está formada em Psicologia e já tem emprego a full-time.

O facto de seres do Porto Santo dá-te uma visão mais abrangente do que é ser ilhéu? Tentas ligar mais esta Casa à ilha dourada? Sendo o mais direto, sincero e sucinto possível... Enquanto Portosantense e Presidente, é claro que tentei que houvesse algum projeto que ligasse o Porto Santo à Casa da Madeira de Coimbra. Infelizmente, o interesse das entidades competentes da Ilha do Porto Santo em trabalhar com a Casa da Madeira de Coimbra foi nulo. Fico desiludido, até porque sou um filho da terra e, numa altura de dificuldades, devia-se dar mais valor aos jovens que ainda olham apaixonados para uma ilha que, verdade seja dita, neste momento pouco ou nada lhes pode oferecer a nível de perspetivas de um futuro melhor. Mesmo assim, respeito a decisão embora não compreenda.


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Como é conciliar os estudos e/ou vida laboral com a gestão da Casa a Madeira de Coimbra? É difícil e muitas vezes abdica-se de horas de estudo para dedicar à Casa da Madeira de Coimbra. As Casa da Madeira não são conhecidas pela grande maioria das pessoas e as poucas que já ouviram falar não têm noção do trabalho que exige no dia-adia. Embora os órgãos sejam compostos, aqui, por onze pessoas, existem responsabilidades às quais certos cargos não podem meter de parte apenas por falta de tempo. No final do dia, o orgulho de representar os madeirenses em Coimbra vale cada minuto dedicado.

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No final do dia o orgulho de representar os madeirenses em Coimbra vale cada minuto dedicado.

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Que projetos pretendem dinamizar no futuro? Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a Casa da Madeira de Coimbra é a única que não tem sede própria e a que passa mais dificuldades financeiras, embora seja a Instituição que mais tem desenvolvido trabalhado em prol dos Madeirenses. Simples. Factual. Portanto, ao contrário do que chegou a ser noticiado num órgão de Comunicação Social regional, a Casa da Madeira de Coimbra nunca recebeu valores superiores ao que realmente necessitava nem tão pouco tem luxos. Diria até que o luxo que eu mais gostaria de ter era a possibilidade de no fim do mês conseguir pagar todas as contas desse mesmo mês. Isto foge à questão. Mas porquê? Simples. Desde que faço parte dos órgãos, como Vice e depois Presidente, a Instituição tinha uma dívida que tem vindo a ser

paga, não dando qualquer margem para que se possa sonhar em altos voos. Ainda mais importante é mencionar que a dívida que tem vindo a ser paga é referente à falta de verbas provenientes do apoio anual das respetivas entidades competentes. A ausência do pagamento referente ao ano de 2012 comprometeu claramente o equilíbrio financeiro da Instituição. Sendo uma Instituição que não tem sede própria, pagando dessa forma renda, tendo empregada a full-time e respetivos gastos mensais da utilização do espaço, foi - e tem sido - uma luta para sobreviver. Atualmente, a situação está controlada e tenho o maior orgulho em dizer que, se tudo correr como planeado, no fim deste mandato teremos pago 85% da dívida em 2 anos e esse é o grande projeto: Equilibrar a Instituição financeiramente. Quanto às restantes atividades, o plano será o mesmo: dinamizar o espaço de convívio, promover a gastronomia através de diversas atividades culturais e de cariz social e continuar a promover a Casa da Madeira de Coimbra na RAM para que todos saibam que em Coimbra existe uma Casa de todos Nós e que se orgulha em representar o que é ser Madeirense. Muito mais haveria a dizer mas as bases serão essas. Vera Duarte

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Imortalizado na sua terra Cristiano Ronaldo foi imortalizado na sua terra. A Madeira recebeu de braços abertos a estátua do melhor jogador do mundo, na Praça do Mar, junto à Avenida Sá Carneiro.

A escultura de bronze, de 3,40 metros de altura e 800 quilos, da responsabilidade de Ricardo Veloza, foi descerrada pelo jogador e pelo seu filho, numa cerimónia que se realizou a 21 de Dezembro e que contou com a presença de entidades madeirenses, incluindo o presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, e com a apresentação de Cristina Ferreira. Antes deste momento, Ronaldo havia sido homenageado na Assembleia Legislativa da Madeira, onde recebeu o Cordão Autonómico de Distinção, a mais alta condecoração da Região. Um grande dia para o jogador. Um grande dia para a Madeira. Vera Duarte


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DEVE E HAVER: SÍNTESE GERAL do Relatório Principal Ao longo de várias edições, está a ser publicado o resumo do estudo “Deve e Haver das finanças da Madeira, nos séculos XV a XXI”. Trata-se de um trabalho de investigação histórico-financeira da autoria de Alberto Vieira e da equipa de investigação do Centro de Estudos de História do Atlântico. Este mês, partilhamos o último excerto. (6.º eXCERTO)

1843-1928. O Estado revelou, nesta época, pouca atenção do Estado às carências da ilha: as obras necessárias de construção de estradas e do porto do Funchal foram adiadas sucessivamente, o que impedia o progresso e a riqueza da ilha. A Madeira foi, assim, perdendo capacidade competitiva no mercado atlântico de navegação e impedida de sair da ancestral situação de abandono a que estivera votada. Vários madeirenses, com intervenção no meio político nacional, como o Visconde da Ribeira Brava, intercedem em favor da sua terra, conseguindo alguma atenção e dinheiro. Faltam, porém, projetos de desenvolvimento suficientemente consistentes para fazer a ilha sair da crise em que se encontrava. O Turismo será uma oportunidade, a surgir em finais do século XIX até à Primeira Grande guerra, mas faltam infraestruturas para a sua afirmação – um porto digno e estradas. Durante este período, a Madeira continuou a ser um provedor destacado dos cofres da metrópole. Apenas algumas conjunturas conduzem à sua diminuição, como sucedeu em 1849-50, 1857-58, 1864-65 e, em raros anos, a uma situação de deficit (1889/90), que será compensada com um aumento significativo da receita, a partir de1892/93. Apenas a guerra de 1914 vai travar o movimento ascendente, ao qual retorna em 1921/22. Muitos madeirenses tiveram uma intervenção ativa na defesa dos interesses da ilha, mas foram sempre incapazes de fazer frente ao centralismo do Terreiro do Paço que estabelecera uma regra financeira sem


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1935: Carta do Dr. João Abel de Freitas ao dr. António de Oliveira Salazar, 28 de Março.

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A grande maioria do povo da Madeira está convencida de que o Governo Central nos tem abandonado como castigo da revolução da Madeira, de bem triste memória.

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retorno. Tenha-se em conta que, nos anos vinte, o regionalismo foi um movimento aglutinador de muitos destes madeirenses, que tiveram de esperar por melhores oportunidades para fazer plena a concretização dos seus anseios políticos e financeiros. Esta atitude chama a atenção dos estrangeiros. Veja-se, por exemplo, o caso de T. Hughes que destaca o facto de um décimo da produção da ilha ser reclamada pela coroa portuguesa, valor que, em conjunto com a cobrança das taxas alfandegárias, atinge os 38,000 dólares ou de Marie Armand de Castera- Macaya d’Avezac (1798-1875) a afirmar que a ilha está subjugada à metrópole e que carece de uma história própria. Ainda temos Alan Lethbridge que chama a atenção para o facto de ser a Madeira a sustentar Portugal. Atribui-lhe o epíteto de mina de ouro de Portugal, pelo facto de a receita ser levada pela coroa para a metrópole. Afirma que a ilha estava a ser sangrada por sucessivos governos e que sustentava as instituições em permanente queda. Desta forma, afirma a necessidade de uma intervenção internacional e de um regime capaz de considerar, em primeiro lugar, os habitantes da ilha e todos aqueles que nela trabalham para ganhar a sua vida, muito antes da burocracia preguiçosa de Lisboa.

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“…a Madeira ainda é quase uma terra esquecida nas águas do Atlântico. É uma ilha e as «ilhas» são consideradas em Lisboa terras pequenas, lugarejos insignificantes. Há intelectuais, funcionários públicos e até jornalistas que desconhecem a sua posição geográfica! Mas nós existimos, trabalhamos e fazemos parte do Portugal insular.” 1970. Diário da Madeira, 10 de Julho.

do arquipélago, penalizaram-nos. O aeroporto será refém de condições adversas, tendo sido necessário esperar por novos investimentos e por visões distintas da sua importância na afirmação na economia da ilha, para que consiga cumprir, sem medos nem sobressaltos, a função de principal porta de entrada da ilha e motor do turismo, que se afirma como principal sector de atividade económica.

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AUTONOMIA

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1928-1985. O século XX é, na verdade, o momento da plena expressão da autonomia e da concretização dos desejos dos madeirenses quanto ao desenvolvimento necessário para a sua terra. A luta não foi inglória. Conseguiu-se a concretização de um porto e de um aeroporto, que abriram as portas da ilha ao mundo e a novas apostas em distintos sectores de atividade, como o turismo. Apostou-se numa rede viária que rasgou as montanhas e aproximou as gentes de toda a ilha, reduziu o isolamento do espaço agrícola e favoreceu a circulação das produções agrícolas, abriu as portas ao interior da ilha. Aquilo que se poderá questionar é a oportunidade das medidas lentamente concretizadas. O porto oceânico foi, por muito tempo, apenas uma promessa, fazendo perder-se o movimento em favor das Canárias. A ausência de políticas fiscais, tendo em conta as condições específicas

Com o 25 de abril de 1974, criam-se esperanças do progresso e da afirmação da autonomia. A Constituição de 1976 atribui, de pleno direito a Autonomia político-administrativa, com eleições, Assembleia e Governo Regional. As decisões passam, aos poucos, de Lisboa para o Funchal. Mas perdera-se muito tempo esta política ostracizante da metrópole. Faltava quase tudo e havia que conseguir meios financeiros para que tudo se concretizasse, de forma plena. A Madeira, porém, não se poderia considerar uma região rica e com capacidades financeiras para responder no imediato a todas estas solicitações. Valeram-nos os empréstimos junto da banca e a entrada na CEE e as possibilidades de financiamento garantidas para que o arquipélago saísse do atraso em que se encontrava e atingisse os padrões exigidos para uma região integrada de pleno direito nesta Comunidade Europeia.


AUTONOMIA

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1986-2012. Chegados ao limiar do século XXI, a Madeira apresentava-se diferente. A situação milenar que herdara do passado mudara. A ilha despertou do secular abandono e, graças aos meios financeiros propiciados pela União Europeia, conseguiu sair da situação de atraso. Abriram-se estradas e vias rápidas, acabando-se com as inultrapassáveis barreiras orográficas. Criaram-se condições para a melhoria das condições de vida das populações

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2001.Relatório, Orçamento da Região Autónoma da Madeira para 2002, Funchal, p.1.

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Porque na região se constrói Portugal no Atlântico, os projectos de interesse comum devem merecer da administração central uma comparticipação nos custos suportados pela Região....

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1990-Relatório, Orçamento da Região Autónoma da Madeira para 1990, Funchal, p.2.

rurais que permitiram a sua fixação no campo e ao desenvolvimento de uma distinta forma de agricultura, onde os produtos tradicionais continuam ainda a ter um peso significativo. As ilhas mudaram, graças ao impacto das ajudas comunitárias e nunca pelas esmolas do Estado, que continuou a ser um entrave ao processo. No debate político, as questões financeiras continuam a ser o calcanhar de Aquiles da nova autonomia. Todavia, deram-se passos significativos no sentido da Região passar a ter o controlo do sistema financeiro, o que permitiria uma gestão, certamente mais racional e sem os sobressaltos das últimas décadas. Mas, entretanto, a crise mundial chegou e colocou um travão neste processo. A conclusão do processo da plena transferência financeira e tributária, que se vinha fazendo de forma atribulada nos últimos anos, parou, aguardando melhores dias. O debate político e partidário ateia novas guerras e conflitos, fazendo, de novo alimentar o diferendo das autonomias, das relações entre o Estado e a Região. Os princípios constitucionais de solidariedade são esquecidos e parece que o impasse gerado pelas questões financeiras deu origem a um novo retrocesso, comprometendo as autonomias.

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A região não controla as variáveis que afectam a cobrança quer dos impostos directos quer dos impostos indirectos e que determinam a respectiva evolução.

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OS RESULTADOS

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Após uma tão morosa e complicada safra, importa contabilizar os resultados, de forma a avalizarmos da importância ou não do nosso trabalho. Não queremos ficar por meras questões de números, ou acerto de contas, uma vez que aquilo que nos ocupa não se reduz a uma mera contabilização. Mas comecemos por aí. Os dados financeiros reunidos mostram uma ilha magnânima e sempre solícita a corresponder os apelos da Metrópole e de um Estado avaro e quase sempre incapaz de fazer retornar um tostão para o arquipélago. Daí os saldos globais serem largamente positivos e terem sido raros os anos em que foi manifesta o deficit das contas. Para o período entre 1433 e 2012, fizemos o registo de todos os chamados direitos, impostos, taxas e adicionais que foram sendo criados para onerar o trabalho e a riqueza dos madeirenses. Neste contexto, foi necessário fazer a História das Instituições que serviram de base a esta usurpação e administração da riqueza. Da extensão das instituições do Poder Central, nomeadamente da Fazenda Régia, através do Almoxarifado, Alfândega, Provedoria, Junta da Real Fazenda, Repartições de Finanças. A que se juntaram outras de administração central e local, como a Junta Geral, Junta Agrícola, Junta Autónoma das Obras do Porto do Funchal, Comissão Administrativa dos Aproveitamentos Hidráulicos. Tudo foi reunido em 13 volumes, que materializam uma coleção que reúne tudo o que de importante se conseguiu reunir em termos de História Económica e financeira. A par disso, não poupamos esforços na recolha, organização e digitalização de publicações e documentação, no sentido de criar um acervo de apoio à investigação, como de fundamentação dos resultados. Desta forma, tudo o que de mais importante existe, em termos de documentação existente nos arquivos nacionais foi reunido num acervo digital para uso do trabalho e posterior utilização dos demais investigadores, uma vez que está disponível para estudo na Biblioteca do CEHA. Recorde-se que os Arquivos nacionais não cooperam neste processo, obrigando a Região a encontrar meios para custear o restauro e digitalização do acervo da Alfândega e Provedoria da Fazenda do Funchal que, no decurso do século

XIX, havia sido recolhidos nos Arquivos Nacionais pelo então diretor que era madeirense. As publicações mais relevantes, com particular destaque para o acervo bibliográfico sobre a Madeira, composto por livros, folhetos e publicações periódicas, foi digitalizado, de forma a facilitar as tarefas de recolha de dados, ficando também disponível aos investigadores. Ainda no campo da imprensa, fez-se um esforço no sentido da digitalização e organização, em formato digital, das publicações de forma a facilitar a pesquisa. Acresce ainda a tarefa ciclópica de recolha de informação das intervenções dos madeirenses nos debates parlamentares, entre 1822 e 2012, para que se pudesse entender como, no decurso deste período, se fizeram sentir e ganharam expressão as reclamações e reivindicações dos madeirenses no quadro político nacional. Todo este acervo documental e informativo foi organizado numa base de dados que se encontra disponível a todos os interessados, na Biblioteca do CEHA, criando-se assim uma mais-valia para a valorização do património histórico e documental da Região, capaz de atender aos mais importantes desafios da atual investigação histórica. A partir deste acervo, recolhemos as informações mais significativas do esforço financeiro da região, através do levantamento de todos os direitos, impostos, taxas e adicionais cobrados na Madeira e entrados nos cofres do Estado. A par disso, reuniu-se toda a informação financeira das instituições do Estado e locais, através do levantamento contabilístico, que ficam expressos nos quadros da receita e despesa que reunimos no anexo a este volume. Ai ficou reunido tudo o que foi possível registar. A partir daqui, apresentamos os resultados organizados em vários volumes, de forma a se tornar mais acessível o grande volume de informação compilado. Desta forma, apresentamos a informação financeira em Dicionários e numa Cronologia da Documentação


AUTONOMIA O DEVE E HAVER: A Dádiva dos Madeirenses

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A informação expressa nestes milhares de páginas revela, até à exaustão, a dádiva da ilha e dos madeirenses, apresentada e expressa de diversas formas, revelando uma região e um povo magnânimos na sua contribuição para a construção de Portugal no Atlântico, Índico e Pacífico, através do tributo de sangue, mas também do financeiro. Foram eles que se entregaram com denodo à tarefa de revelação de novas terras, ao longo da costa africana e depois no atlântico Ocidental e apoiaram, de forma ilimitada, o abastecimento dos navios dos descobrimentos. Postaram-se de guarda às praças do Norte de áfrica e marcaram sempre presença quando chamados a defendê-las ou a acudir com mantimentos e lenhas. Os seus homens dividiram-se em múltiplas tarefas de expansão dos modelos institucionais de governo dos novos espaços, e na divulgação de culturas e técnicas produtivas, que atribuíram aos novos espaços alta rentabilidade económica.

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mais significativa. Além disso, reunimos, em anexos, documentos, relatórios, orçamentos e contas que se revelaram relevantes para o propósito do nosso trabalho e que se apresentavam capazes de dar respostas às nossas questões e às do público interessado. O grande contributo teórico prende-se com a análise sobre os aspetos da evolução da estrutura institucional madeirense, através das suas mais destacadas instituições, como foram a Alfândega, Provedoria e Junta da Real Fazenda, Câmaras Municipais, Junta Geral e Junta Agrícola. Fizemos a análise detalhada dos orçamentos e contas, colocando em destaque a forma definida pelo Estado para atuação financeira destas instituições. Aqui concluiu-se que as despesas de funcionamento destas estruturas, assim como dos necessários investimentos fazem-se, quase sempre à custa de uma nova sobrecarga tributária que pode ser em dias de trabalho, em adicionais aos impostos e taxas já existentes, ou na criação de novas formas de tributação.

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Por diversas formas, os madeirenses afirmaram-se na defesa do império, como colonos e soldados. Foi assim na Baía e Recife face à invasão e ocupação holandesas, como na colonização do norte do Maranhão e Amazónia, de Santa Catarina e Portalegre e mesmo em Luanda, Moçâmedes ou Lourenço Marques. Das figuras mais ilustres, sobressai o nome de João Fernandes Vieira, que ficou para a História como o libertador de Pernambuco. A este relevante tributo de sangue, derramando por todo o mundo revelado com a expansão europeia, deveremos relevar outro não menos importante, o tributo de âmbito financeiro. Com os dinheiros da ilha, o Reino e o Império afirmaram-se a Ocidente e Oriente.

Em 1529, com na assinatura do tratado de Saragoça, entre Portugal e Castela, o rei D. João III viu-se forçado a pagar a manutenção da pose das Molucas com 350.000 ducados. Os madeirenses contribuíram com avultada quantia de empréstimo para o pagamento do referido contrato, tendo ficado Manuel de Noronha com o encargo de arrecadar a contribuição madeirense. João Rodrigues Castelhano é referenciado também como recebedor do referido empréstimo, tendo desembolsado da sua fazenda 300.000 réis. A este, juntam-se Fernão Teixeira, com 150.000 réis e Gonçalo Fernandez, com 200.000 réis. O seu pagamento fez-se, nos anos de 1530-31, à custa dos dinheiros resultantes dos direitos da coroa sobre o açúcar


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Os Holandeses assinaram a 26 de janeiro de 1654, em Campina do Taborda, o auto de rendição que os expulsou do Recife. Mas a assinatura da Paz em Haia, aconteceu apenas, em 6 de agosto de 1661, concordando Portugal pagar aos holandeses oito milhões de Florins. Parte desta quantia, paga no decurso de quarenta anos, saiu da receita da Madeira. Nos alvores do século XIX, quando a coroa se acolhia ao Brasil, foi a ilha que assegurou a finanças para os diversos empréstimos contraídos em Londres, sendo obrigada a pagar uma parte destes. Por fim, à laia de síntese, pudemos verificar que, embora sem forma de quantificação numérica, a ilha e as suas gentes contribuíram de forma clara para a construção da Europa como principal centro do mundo a partir do século XV

- porque foi o arquipélago o primeiro projeto, com sucesso, do processo de expansão europeia no espaço atlântico, servindo como modelo institucional, social, tecnológico e económico para o que viria a acontecer nos demais espaços insulares e continentais; - porque aqui se desenvolveram culturas e técnicas produtivas trazidas da metrópole peninsular e mediterrânea, que geraram uma riqueza inaudita, fazendo com que a ilha fosse o celeiro de Portugal e das praças africanas, a terra do “ouro branco”, o açúcar que tanta riqueza derramou pela Europa e atraiu à ilha genoveses, venezianos, franceses, castelhanos e flamengos; - porque aqui se produziu o vinho que fez o negócio e alegria dos ingleses no Atlântico e Pacifico. - porque, para a Inglaterra, a Madeira foi um dos pilares fundamentais da sua estratégia colonial e os madeirenses pagaram bem caro esta cedência de privilégios por parte da Coroa, como tributo ao apoio à Restauração da soberania e monarquia portuguesas, após 1640; - porque não podemos esquecer outros tributos da ilha e dos madeirenses para o desenvolvimento do atual turismo, através do chamado turismo terapêutico, ou o legado da História da Ciência, por força da sua ativa participação, como ponto de apoio de expedições científicas ou campo de estudo para cientistas europeus, provenientes de várias regiões europeias. Todos estes foram tributos não quantificados em números e cifrões, mas que foram importantes na construção do novo mundo e da Europa, a partir do século XV, e que a História felizmente reconhece. É por isto que o mérito histórico dos madeirenses deve ser reconhecido, valorizado e divulgado, para que não persistam ideias erradas sobre quaisquer dívidas que existam à Mãe-Pátria. A História assim contada diz-nos desta afirmação da ilha e dos madeirenses na construção de Portugal continental, bem como da Europa continental e imperial. Seremos, então devedores ou teremos inda a haver uma dívida, não reconhecida, que pesa no nosso sofrimento, no nosso esforço secular e no atraso a que fomos votados? Que dizer do abandono e da falta de atenção que meios financeiros insuficientes nos legaram? A mudança constrói-se, então, com o esforço da autonomia e com a contribuição da comunidade europeia. Felizmente.

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HISTÓRIA

Lapinha madeirense A lapinha madeirense é uma das imagens de marca da “Festa” na Madeira. Consta que a sua feitura remonta há já muitas décadas atrás e a sua tradição trazida e, obviamente, adaptada de França. Reza a história que a adaptação do presépio medieval a esta lapinha madeirense dá-se pela falta de tempo e posses dos lavradores de então. Para resolver esta situação, utilizavam uma mesa que encostavam a uma parede e sobre a qual disponham uma pequena escada com três lanços. Normalmente, a mesa era ornamentada com toalhas rendadas ou coloridas e a escadinha forrada a papel. No cimo da escadinha, ficava o Menino Jesus, que era protegido por um arco de alegra campo ou de flores de papel. À volta e nos degraus inferiores, não podia faltar a lamparina, os pastores, as frutas, o vinho e o pão. A eles juntavam-se, muitas vezes, as cabrinhas ou as searinhas. Com o tempo e não obstante as inovações incutidas no presépio, a lapinha madeirense resiste, ainda, em muitas casas da ilha. É uma tradição mantida por novos e graúdos que continuam a elevar aquele que é o principal cartaz da região. Um cartaz de madeirenses e turistas, da Madeira para o Mundo. Vera Duarte

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DIÁSPORA

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Lusodescendentes estão a aprender inglês na Venezuela Na Venezuela, centenas de lusodescendentes estão a aprender inglês por considerarem importante para aumentar as suas competências e, consequentemente, as suas oportunidades de trabalho. Estados Unidos e Austrália são os países preferenciais, sendo que Portugal é entendido apenas como um destino de férias.

Portugueses com mais dificuldades no Luxemburgo As instituições que acolhem os sem-abrigo no Luxemburgo estão a dificultar a entrada de estrangeiros que vivem há menos de cinco anos no país, por ordem do Ministério da Família e da Integração. Segundo reiterou a Caritas, a percentagem de portugueses a viver nas ruas tem aumentado. As novas regras do Ministério da Família e da Integração, já levaram esta instituição a ter de recusar vários portugueses, e há mesmo casos de emigrantes que foram obrigados a sair. Consta que esta regulamentação foi criada para combater o chamado turismo social.


DIÁSPORA Conselho da Diáspora reúne-se pela segunda vez O Conselho da Diáspora Portuguesa reuniu-se a 22 de Dezembro, naquele que foi o seu segundo encontro anual. É Pre c i s o falar al t o p ara

Esta estrutura com 71 portugueses, quer atrair mais elementos na China, Índia e Sudoeste asiático e reforçar a ligação de Portugal com a Diáspora.

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Fotos: Lusa

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Condecoração a Cristiano Ronaldo e Inauguração da Estátua

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Cristiano Ronaldo foi homenageado na Assembleia Legislativa da Madeira, onde recebeu o Cordão Autonómico de Distinção, e inaugurou, com a presença de família, amigos e entidades bem conhecidas, a sua própria estátua, na Avenida Sá Carneiro.


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SOCIAL HOMENAGEM A MARCO FREITAS

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Alberto João Jardim, Presidente do Governo Regional da Madeira, recebeu em audiência na Quinta Vigia, no dia 22 de Dezembro, o reconhecido atleta, Marcos Freitas.

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NOITE DO MERCADO

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A tradição continua! A 23 de Dezembro, todos os caminhos foram dar à cidade do Funchal e à já habitual Noite do Mercado. Foram milhares, aqueles que participaram em mais uma grande festa.


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CORRIDA DE SÃO SILVESTRE

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Corrida de São Silvestre da Região Autónoma da A 28 de dezembro decorreu a 56.ª Volta à Cidade do Funchal – Corrida de São Silvestre do Funchal, evento organizado pela Associação de Atletismo Madeira.


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SOCIAL Inauguracao - galeria D’Arte Arts’In

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Perto do final do ano, no dia 30 de Janeiro, a Galeria D’Arte Arts’In abriu as portas ao público, numa festa com pompa e circunstância!

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SOCIAL casino - fashion tv

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A Fashion TV foi a anfitriã de uma grande festa no Casino da Madeira, naquela que é uma das noites mais longas e animadas do ano.

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SOCIAL FIM DO ANO - COPACABANA

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Glamour e elegância não faltaram na festa proporcionada pelo Copacabana, na despedida de 2014.

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SOCIAL FIM DO ANO - CAFÉ TEATRO

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O Café do Teatro vestiu-se a rigor para celebrar, com a revista Caras, a entrada em 2015.

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