DESIGN THINKING:

from Viver Magazine - AGOSTO 2023

Agosto, um mês repleto de datas comemorativas

A Abordagem Criativa para

Tomar Decisões e Solucionar Problemas

O mundo está em constante mudança, e para enfrentar os desafios complexos que a sociedade contemporânea apresenta, é necessário adotar abordagens inovadoras e criativas.

Nesse contexto, o design thinking tem ganhado destaque como uma poderosa metodologia para estimular a resolução de problemas e o desenvolvimento de soluções inovadoras em diversos campos. Neste artigo, exploraremos o que é design thinking, como tomar decisões por meio dessa abordagem e passaremos por todas as etapas desse processo criativo.

O QUE É DESIGN THINKING?

O design thinking é uma metodologia centrada no ser humano, que busca resolver problemas complexos por meio da empatia, colaboração e experimentação. Originado no campo do design, essa abordagem se estendeu para diversas áreas, como negócios, tecnologia, educação e saúde. Seu principal objetivo é entender as necessidades dos usuários e criar soluções inovadoras e viáveis, que vão além de simplesmente atender às expectativas, surpreendendo e encantando o público-alvo.

É importante notar que o design thinking é um processo iterativo, o que significa que as etapas podem ser revisitadas e repetidas conforme necessário. Essa abordagem flexível permite que a equipe aprenda com os erros e se adapte às mudanças ao longo do caminho.

O Design Thinking é comporto por cinco etapas, é recomendado que o processo seja cumprido na ordem abaixo, isso garante que o resultado final seja mais sofisticado e que as empresas e times possam usufruir melhor desta ferramenta.

Empatia (Entender o usuário): Esta etapa é a base do design thinking e é essencial para uma abordagem centrada no ser humano. Aqui, a equipe de design se dedica a compreender profundamente as necessidades, motivações e desejos dos usuários ou stakeholders envolvidos no problema a ser resolvido.

1. A empatia: Envolve colocar-se verdadeiramente no lugar dos outros, ouvindo ativamente suas histórias, observando suas ações e tentando entender seus pontos de vista. Algumas técnicas comuns para obter empatia incluem entrevistas, pesquisas etnográficas, questionários, diários, mapas de empatia e personas.

2. Definição do Problema (Definir o desafio): Nesta etapa, a equipe utiliza as informações e insights obtidos na fase de empatia para formular uma declaração clara e precisa do problema a ser resolvido. A definição do problema deve ser voltada para o usuário, focada em aspectos específicos e suficientemente ampla para permitir a geração de soluções criativas. Uma definição bem formulada ajuda a equipe a manter o foco durante o processo de design e a evitar soluções que não atendam às necessidades reais dos usuários.

3. Idealização (Gerar ideias): Após definir o problema, a equipe entra na fase de geração de ideias. Neste momento, a criatividade é incentivada e todas as ideias são bemvindas, independentemente de parecerem viáveis ou não. A ideia é criar um ambiente livre de julgamentos onde os participantes possam explorar uma variedade de perspectivas e conceitos inovadores. A colaboração é fundamental aqui, pois a troca de ideias entre membros da equipe pode levar a insights surpreendentes e soluções únicas. Durante as sessões de brainstorming, podem ser utilizadas técnicas como mapas mentais, “pensar com post-its”, desenhos rápidos, entre outras.

4. Prototipagem (Construir protótipos): A prototipagem é uma fase crucial do processo de design thinking, pois permite transformar as ideias geradas na etapa de ideação em soluções tangíveis e testáveis. Um protótipo pode variar em complexidade, desde esboços simples até modelos em escala real ou simulações interativas. A ideia é criar um modelo inicial que represente a solução proposta de forma a permitir que ela seja testada e avaliada pelos usuários. A prototipagem não precisa ser perfeita; a simplicidade é muitas vezes mais eficaz nesta fase inicial, pois permite a rápida iteração e melhoria das soluções.

5. Teste e Implementação (Testar e implementar a solução): Nesta etapa, os protótipos criados na fase anterior são apresentados aos usuários para obter feedback valioso. A equipe observa atentamente as reações dos usuários, registra suas opiniões e sugestões e utiliza esses insights para aprimorar a solução. O objetivo é identificar o que funciona, o que não funciona e o que pode ser melhorado. O processo de teste e iteração pode ser repetido várias vezes até que a solução alcance o nível desejado de eficácia e satisfação do usuário. Depois de aprimorada, a solução é finalmente implementada e colocada em prática.

Vale ressaltar que o design thinking é um processo iterativo, ou seja, as etapas não precisam seguir uma sequência rígida. É comum que as equipes voltem a etapas anteriores para redefinir problemas, gerar novas ideias ou refinar protótipos. Essa flexibilidade permite que a equipe aprenda com cada iteração e desenvolva soluções cada vez mais alinhadas com as necessidades e expectativas dos usuários.

Além disso, o design thinking não é uma abordagem isolada; pode ser combinado com outras metodologias, como o Lean Startup e o Agile, para otimizar o processo de inovação e garantir que as soluções sejam desenvolvidas de forma ágil e eficiente. Essa combinação de abordagens permite que as organizações sejam mais adaptáveis, criativas e bem-sucedidas na solução de problemas complexos e na criação de produtos e serviços inovadores.

O design thinking é uma poderosa abordagem criativa que tem o potencial de revolucionar a forma como abordamos problemas complexos. Ao colocar o ser humano no centro do processo, valorizar a colaboração e permitir a experimentação, essa metodologia possibilita a criação de soluções inovadoras e eficazes em diversas áreas. Ao adotar o design thinking como uma ferramenta para tomar decisões, as organizações e indivíduos podem se tornar mais ágeis, adaptáveis e preparados para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.

Por: Bruno Pecly Mental Performance Consultant bruno.mindcoach@gmail.com

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