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Terramotos que põem a população a falar mais de Deus

Os recentes terramotos da Turquia e Síria, países de maioria muçulmana, originaram que a população falasse mais de Deus. Naquele fatídico dia 8 de fevereiro, no meio de gritos e choros presenciamos: “graças a Deus estou vivo”; “graças a Deus a minha filha e a minha mulher sobreviveram”; graças, graças e muitas graças a Deus.

Basculhei vários depoimentos, na TV, imprensa, rádio e internet e não encontrei nenhum a criticar ou a condenar o nome de Deus, estranho! Cito de cor as palavras de um popular:

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“Quando as destruições são provocadas por guerras, nós prevenimo-nos e organizamos a defesa, mas quando são provocadas por ‘mão divina’, com a duração de poucos minutos, não há nada a fazer; apenas agradecer por aqueles que conseguiram sobreviver e enterrar os mortos”, concluiu.

Este terramoto que atingiu a magnitude 7,8 na escala de Richter provocou uma ampla campanha internacional de solidariedade, onde Portugal também fez parte. Houveram muitos momentos de morte, dor e angústia, mas também si- nais de esperança, retratados nos rostos de pessoas, sobretudo crianças, que se aguentaram vivas no meio dos escombros durante muitos dias. Neste caso, como em muitos outros, também surgiu a inevitável pergunta sobre Deus – reconhecido como Criador – e repetida por várias pessoas: – “porque é que Deus fez isto?”, enquanto outras pessoas desfaziam estas interrogações e retorquiam, com outros argumentos e conhecimentos: “e porque será que foram construídas casas aqui neste sítio, quando sabíamos que lá no fundo deste espaço estão as placas tectónicas, que unem continentes e que têm vida própria. Ao moverem-se, fazem com que os prédios, mal construídos, também se movam e tombem como ‘pedras de dominó’ com todo o recheio que suportam dentro de si, incluindo as pessoas?

De facto, só quando estamos aflitos é que nos lembramos de Deus. As catástrofes humanas têm-nos mostrado como Deus em seu Filho Jesus, Verbo encarnado, partilhou a partir de dentro dos acontecimentos, a paixão do homem e da mulher, que