Renan Vieira Andrade
Acesse os sites dos projetos Edu-Ação e Anima Educação: http://educ-acao.com/ e http://www.animaeducacao.com.br/ Confira na página do Catarse o projeto postado: http://catarse.me/pt/livro-volta-ao-mundo-em-12-escolas
sendo avaliada. Em todas as visitas, feitas durante o ano letivo, o grupo pôde viver as instituições por uma semana cada e entrevistar estudantes, professores, pais e diretores, durante esse tempo. "A gente enxergou a valorização do protagonismo, a autonomia e um grande estímulo à criatividade do aluno praticamente em todas as escolas que visitamos. Quando a Carla chegou na Green School, os alunos a mostraram e explicaram com confiança sobre a escola.", diz Shima. "Alguns alunos me disseram como as outras escolas são diferentes das que ele estão atualmente, pois antes eram vistos como números. Os professores mal os conheciam. Hoje são vistos como pessoas que possuem gostos, habilidades e eles se sentem especiais", ressalta Carla Mayumi. Segundo André, na escola Politeia, cada jovem decide o tema do projeto pessoal que será desenvolvido ao longo do semestre. O professor, que ouviu todas essas decisões e dialogou com eles para tentar chegar a uma decisão mais adequada, decidirá o tema do semestre. A partir daí, o tutor irá pensar como relacionar os temas individuais com os assuntos curriculares. Para os professores desenvolverem esse tipo de trabalho, segundo o grupo do Educ-Ação, é exigida a qualificação e o aprimoramento desse profissional todos os dias. Seja como os professores na Riverside, formados em jornalismo e
literatura, mas precisam reservar um tempo para estudar educação, seja na Politeia, onde o professor deve aceitar o desafio do aprendizado diário, pois ele deve estar de olho nas necessidades de cada aluno. "Acho que são os professores que estão se questionando. Aceitam que cada dia é diferente. E eles seguiram os rumos convencionais, até porque não existe uma formação diferente", diz André. Além da formação desse educador, o jornalista André ainda chama atenção para a lei de Diretrizes e Bases."Essa lei permite que as escolas brasileiras sejam autônomas e criem seus próprios projetos. Portanto, já existe uma prerrogativa para que outras iniciativas surjam e ela está na lei", afirma. Ele também conclui citando uma das professoras do International Youth Initiative Program (YIP), de Järna, Suécia, sobre os processos de educação que tentam reinventar as práticas tradicionais: "O importante são os princípios e não práticas, ou modelos. O mais importante é ver o princípio que está sendo exercitado e tentar fazer com que esse seja a base de uma nova iniciativa". V
As fotos que ilustram a matéria são parte de um projeto russo de anuários estudantis criativos *www.setor3.com.br
Revista Viração • Ano 10 • Edição 93 29