Contemporâneas: Antologia Poética

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“doem-me os ossos” Valéria Rezende doem-me os ossos os olhos toda a arcada do claustro com seus quatro corredores e o jardim no meio não me ajuda a vencer o medo mórbido de permanecer em espaços fechados. doem-me os ouvidos e consulto os oráculos para saber sobre a pulsão invocante e os destinos da voz não se revelam. doemme as lembranças e sobre os negativos das fotos que foram tiradas naquele tempo em que ainda havia uma abertura ou fenda na terra ______ os negativos foram todos perdidos e agora o que resta é algum silêncio e sua poética.

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