6 karen white de volta para casa

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Cassie encolheu os ombros, discordando com a cabeça. — Não posso ficar com esta casa. Ela não me serve de nada em Nova York. — Ela pegou os sapatos e desceu o primeiro degrau. — Preciso voltar agora. Harriet está me esperando. Maddie ficou observando a tia olhar para a lama e para os sapatos, que eram iguais aos que Carrie Bradshaw usava no seriado de televisão que sua mãe a proibira de assistir, e hesitou por um instante. — Há ferrões na grama, tia Cassie — gritou Knoxie. Pondo-se atrás de Cassie, Sam disse: — Você não acha que era essa a intenção de seu pai? Cassie não se virou, mas de onde Maddie estava sentada dava a impressão de que ela estava tentando não chorar. — Ele não está mais aqui. Mas sei que ele respeitaria a minha decisão. — Mas... e quanto ao restante de sua família? Maddie endireitou-se no banco, sabendo que ele se referia a ela, ao seu irmão e a suas irmãs. E ao seu pai e à sua mãe. Ela sabia que o avô havia deixado a casa para a tia, mas não lhe ocorrera que talvez ela não a quisesse. Estar longe de Walton por tanto tempo não fora o suficiente. Os ombros de tia Cassie se encolheram. — Não sou tão insensível quanto você pensa. Vou oferecê-la a tia Lucinda e se ela não quiser, oferecerei então a Harriet e Joe. Mas se eles não quiserem, terei que vendê-la. A voz dele soou como a do pai depois que pegava Maddie numa mentira. — Você não pode simplesmente vendê-la. Já está na sua família há mais de 150 anos. Seria como vender o próprio filho. — Tia Cassie tem um filho? — gritou Knoxie. — Não, estúpida. É só uma expressão. — Maddie se levantou, pegou sua irmãzinha e a jogou no colo, certificando-se de que a mão estava a postos caso precisasse tapar a boca de Knoxie de novo. Cassie ainda olhava para a lama. — Confie em mim, não é minha primeira escolha. A menos que você esteja se oferecendo para comprá-la, você realmente não tem nada a ver com o assunto. — Não posso comprá-la agora. — Ele se moveu para se colocar ao lado dela enquanto os dois observavam a água da chuva escorrer pelo telhado do gazebo e se esparramar pela lama. A chuva agora apenas pingava, era seguro voltar para casa. Quando ele falou de novo, não era mais como o amigável Dr. Parker. — Precisa de ajuda? Antes que tia Cassie pudesse responder, ele a pegou nos braços e começou a carregá-la de volta para a casa. Maddie tentou não rir quando a tia começou a discutir com ele para que a colocasse no chão, até que olhou para a lama e percebeu que estava melhor ali no alto. Além disso, apesar de toda choramingação, pareceu a Maddie que ela não se importava tanto assim de ser carregada pelo Dr.


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