A prática da meditação integrativa na terceira idade

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Esta, por sua vez, a cada nova encarnação, criaria um novo ego, uma nova consciência humanizada da personalidade. Em outras palavras, para cada existência, para cada ciclo de nascimento e morte, seria necessário velar a consciência da individualidade (Self) que vibra em uma outra dimensão (Noosfera) para que possamos acreditar nos valores e percepções próprias da nova existência, ou seja, que “somos” homens ou mulheres, brancos ou pretos, brasileiros ou argentinos, torcedores do Corinthians ou do Palmeiras, entre outras particularidades que desaparecem quando se atinge estados ampliados de consciência, como são, por exemplo, os estados espirituais como o samadhi. O ego, portanto, passaria a ser o res-

mensões e as percepções captadas pelos sentidos. E não estamos aqui defendendo o ponto de vista solipsista que afirma que a matéria é uma projeção mental ou que a matéria só passa a existir quando olhamos para ela ou que, pelo pensamento, podemos mudar o passado. Mas o ego parece agir como se estivéssemos sob um “estado hipnótico” que nos impede de pensar e agir como Espíritos que possuem atributos inerentes, como a capacidade de amar, ser feliz ou viver em paz qualquer vicissitude. E quanto mais identificação com as verdades que o ego nos apresenta, mais sofrimento com as percepções, emoções e representações mentais que ele cria a partir dos cinco sentidos. Ao mesmo tempo, quanto mais o ego

ponsável pela criação de uma realidade, mas não do Real. Ele é importante para vivenciamos as formas materiais em três di-

se integra ao Self, a consciência da individualidade ou das percepções interiores, maior a capacidade de resiliência e de paz 239


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