ESTUDO DA MATURAÇÃO DE 13 VARIEDADES DE CANA DE AÇÚCAR

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TITLE: ESTUDODAMATURAÇÃODE13VARIEDADESDECANADEAÇÚCAR

AUTHOR:

FRANZO.BRIEGER ROLANDVENCOVSKY

VENCOVSKY.COM

BOLETIM N.º 9

COOPERATIVA DOS USINEIROS DO OESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO

(Nota Preliminar)

ESTUDO DA MATURAÇÃO DE 13 VARIEDADES DE CANA DE_ACUCAR

1961

FRANZ O. BRIEGER ROLAND VENCOVSKY

COPERESTE INSTITUTO DE GENÉTICA

RIBEIRÃO PRETO, S. P.

PIRACICABA, S. P.

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Dicotor Prestdente: - ACHILLES S. SIMIONI

Diretor Tasoursire: - LUIZ ANTONIO R. PINTO

Diretor Secretário: - BORTOLO CAROLO JUNIOR

Gorento: - NELITO PIERONI

LABORATORIO DE ANALISES E ASSISTENCIA AGRICOLA

Bng. Bgr.: - FRANZ O. BRIEGER

Bnalistas: - LEONIDIO PETEAN - SILVIO FERREIRA

KKK

USINAS ASSOCIADAS

ANHUMAS PERDIGÃO

BELA VISTA SANT'ANA

BONFIM SANTA ELISA

DA PEDRA SANTA LYDIA

IPIRANGA

SANTO ANTONIO

MARTINÓPOLIS SÃO FRANCISCO

N. S. APARECIDA SÃO GERALDO

Pede-se citar título e autores dosta publicagdo, sempre que fôr reproduzida em partes, nos térmos do Cédigo Civil Brasileiro.

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APRESENTAÇÃO

O presente trabalho relata o comportamento de diversas variedades de cana de açúcar, durante a época em que se processa sua colheita.

Por se tratar de um assunto sôbre o qual hé pouco conhecimento, resolvemos desenvolvê- lo, juntamente com os dirigentes da Usina Santa Iydia.

A análise estatística foi feita pelo Agronomo Dr. Roland Vencovsky, do Instituto de Genéti ca, da Escola Superior de Agricultura "Iuiz de Queiroz", em Piracicaba.

Ribeirão Preto, outubro de 1961

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DE 13 VARIEDADES DE CANA DE AQUCAR

INTRODUGAO:

Até há poucos_anos .cultivava-se em maior escala no Estado de Sao Paulo a variedade Co 290; foi esta no entanto substituida gradativamen te por outras, dada a queda que vem registrando sua produgao. Isto motivou.a introdugao de movas variedades, sendo atualmente grande o número das CB, produzidas em Campos, no Estado do Rio, que ' apresentam bons resultados agricolas e industriais.

No presente trabalho, relatamos os re sultados obtidos de uma série de andlises tecnoldgicas feitas periddicamente, em cana de agdcar, nos me ses de abril a setembro de 1960.

Estudamos o comportamento de diversas variedades durante o seu amadurecimento, 'Observando o aumento do teor de açúcar e fibra, e a diminuiçao do teor de água; nao dispensamos nenhuma atençao & produçao deagicar por área.

Bste trabalho, dividido em 3 .partes descreve os resultados-de 3 constituintes da cana,es tudados por nós.

MATERIAL E METODO

Estudamos as 13 variedades de cana de açúcar mais cultivadas na regiao de Ribeirao Preto. Alsumas destas variedades apresentam boa produçao de açúcar por área; outras sao populareg razaos pela qual foram incluidas em nosso trabalho. Sao as seguintes:

ESTUDO DA
MATURAGAO
Co 413 CB 38-22 »CB 40 69 CB 41-76 Co 419 CB 40-13 CB 40-77 CB 45-6 Co 421 OB 40-19 CB 41-70 CB 46-16 CB 46-47 Digitalizado com CamScanner

As variedades foram plantadas no iní cio de 1959, em diversos talhoes da Usina %an⪠Lã: dia, em Ribeirao Preto, e Santa Elisa, em Sertaoz nho. O solo dêsses talhoes varia, desde terra roxa legítima a terra roxa misturada.

Quinzenalmente, retiramos 15. canas de cada variedade, para andlise em 1abo;atór10. As quinzenas se localizaram entre 8 de abril e 20 de setembro de 1960. i

A determinação de açúcar % cana,obe- deceu aos. métodos utilizados no Havai, e que sao re sumidamente o seguinte: fragmentam-se 15 canas, por meio de um desintegrador para forragem, - retiram-se duas sub-amostras, uma, de 500 gramas,na qual se de termina a sacdrose e uma outra, de 100 gramas, na qual se determina a umidade.

Para 4 determinacao da sacarosc, pro cedemos da seguinte forma: colocamos num, liquidifi :.cador. especial 500 g de cana picada juntamente com 2.2.200..cc de água mais 25 cc de carbonato de sódio a 5%, 0 material foi desintegrado durante 20 minutos, findos ós quais retiramos 50 cc da solugao, determi nando-sg nela a sacarose pelos métodos usuais de po * larizacgao. . R

Fizemgs o cdlculo:do aguicar % cana obedgcendo às corregoes de umidade de cana e às di- luigoes., A férmula é a seguinte:

Açúca;y% cana=.L x 0,20 (Umid-XPésoiamostratg,225\

pêso amostra /

"É preciso notar que os teores máximos de acúcar % cana calculados, nem sempre estão de acôrdo com os observados. Isto se explica fàcil mente, pois as observagoes fecitas no labaratdério es tao sujeitas g erros de amostragem e andlise, oteoT Na determinagao dos valores tedricos 2liminamos ês- ses êrros. i

PLUVIOMETRIA

As chuvas foram normais durante o pe ríodo em que retiramos as amostras. Registraram- se poucas chuvas, e nenhuma delas nas detas em que fizemos a coleta de amostras.

-2
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A pluviometria foi a seguinte:

Mês

Observando a pluviometria motamos que o ano de 1960 foi mais chuvoso. As chuvas porém, distribuiram-se -durante .0 .ano.de .uma maneirg irregular, isto é, com maior intensidade no verao e oca sionando um inverno mais séco. ( Gréfico 1 ).

RESULTADOS

A análise quantitativa da sacarose nos forneceu valores que podem ser verificados ..na tabela I.

A análise' estatística permitiu, . em primeiro lugar, verificar que naãao houve diferençasignificativa entre duas variedades plantadas em am bas as Usinas (Co 419 e CB 41-76), razao pela qual sdmente anotamos suas médias. Isto vem mostrar que se pode comparar entre si, o resultado das 13 varie

...3...
1960 Média
janeiro 285,6 mm" À 296,6 mm fevereiro 327,7 184,2 março 161,6 177,4 abril 50,9 60,7 maio - 55,0 - 61,2 junho * * 26,3 2s -34,3 julho 0,0 22,7 agôsto 15,1 T 25,0 setembro 0,0 . 34,9' outubro 102, 4 133,9 novembro 348,3 129,8 dezembro 478,4 : 175,6 Total : 1.851,3 m U 1.309;3 mm - --
de 10 anos
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dades distintas, com pouca margem de 8rro.

Foi-nos poanfvel agrupar em 5 claascs a8 13 variedades, baseando-nos em seus teores de sa carose., Tomamos como minimo para considerar a cana madura, o teor 12% de sacarose na cana.

Tabela I1

Grupamento das variedades estudadas de acdrdo com o | seu processo de maturação e a época em que atincem o teor de 12% de sacurose.

Teor mínimo de 12% Grupo Nº de quinzenas que passou Data em que para ser atingido(a par- foi observa tir de 3 de abril) do

.
A CB 40-13 1,6 é 26-abril CB 46-16 2,8. 13-maio Co 419 3,2 "19-maio CB 41-76 3,6 ' 24-maio Média " 2,8 * 13-maio B CB 40-77 4,0 30-maio CB 40-69 4,2. l-junho - CB 38-22 5,0 14-junho Média 4,2 : 1-junho C CB 40-19 4,6 24-maio CB 45-6 4,8 lo_junho . Co 413 5,0 14-junho Co 421 - « 7,2 í 13-julho Média _ 5,4 20-junho D CB 46-47 0,0 Antes 3-abril E CB 41-70 1,2 2l-abril Digitalizado com CamScanner

Gráfico 1 - Pluviometria registrada em 1960

e a média dos 10 últimos anos.

Grafico 2 - Curvaldos teores de sacarose das variedades do Grupo A: (CB 40-18, CB 46-16, Co 419, CB 41-786).

a.o 504
OUT NOv. DEZ ABR MA JUN aão sET
PLUVIOMETRIA
7 . p & QuINZENA
s8
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Gráfico 8 - Curva dos teores de sacarose das

variedades do Grupo B (CB 40-77, CB 40-69, CB 38-22).

Gráfico 4 - Curva dos teores de sacarose das variedades do Grupo C (CB 40-19, CB 45-8, Co 418 e Co 421).

ê no 1:
804 2% 1 » fA & T 1 ot mo a QUINZENA
o
»
sacanose
2% TN TV TR RG] RO S auuaçãa
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Na tabela II mencionamos a divisao em classes das 13 variedades. Fazemos também mençao da quinzena e data em que foi atingido o mínimo de 12 %.

DISCUSSÃO

Grupo A : (Gráfico 2): -

1. Formado pelas variedades CB 40-13, CB 46-16,Co 419 e CB 41-76. -

2. Caracteriza-sepeld rápido dumento do teor ' de sacarose; atinge 12% de sacarose na cana, 2,8 quinzenas após o inicio do experimento,ou seja em 13 de maio.

3. Apresenta o méximo médio de 14,9% em agdsto,para entao estabilizar. x

4, Observemosós siguintes máximos por variedade:

Grupo B : (Gréfico 3) -

1.. Formado pelas variedades: CB 40-77, CB 40-69. e CB 38-22. '

2. Caracteriza-sepor atingir os 12% de sacarosena cana, 4,2 quinzenas após o início do experimento, ou seja em 12 de junho. .

3. 0 grupo apresenta um méximo calculado de 15,2 % na 148 quinzena ou seja 2lém da época estudada. Individualmente, foram observados os méximos sg

5
Variedade 'Máximo % sacaféée cana CB 40-13 Lo 15,1% 0B 46-16 - 14,9 % Co 419 16,4 % CB 41-76 13,6 %
Varicdade Méximo % sacarose cana CB 40-T7 15,2 % CB 40-69 15,8 % CB 38-22 14,7 % Digitalizado com CamScanner
guintes:

Grupo C : (Gráfico 4)

1. Formado pelas seguintes variedades:

CB 45-6, Co 413 e Co 421.

2, Atinge os 127 de sacarose na cana sdmente apés 5,4 quinzenas e partir de 3 de abril, ou sejaem " 20 de junho.

3. A maturagao é continua, não atingindo um máximo durante o período estudado.

4. Dentro da época, o máximo por variedade foi o

CB 40-19, seguinte:

Variedade Máximo de sacarose % cana

CB 40-19

CB 45-6

Co 413

15,4 %

15,4 %

15,2 %

Co 421 M4%

Grupo D : (Gráfico 5)

1. Formado pela variedade CB 46-47,

2. O aumento da sacarose é lento, acelerando-semais para O fimhdo perfiodo estudado.Nao atinge méximo durante sse período.

3. Atinge os 12% antes do periodo estudado.

4. O méximo observado é de 15,4 %,

Grupo E : (Gréfico 6)

1. Formado pela variedade CB 41-70.

2. Atinge os 12% em 21 de abril, ou seja na. 1,2 » quinzena.

3. O mdximo de 13,6% é atinãido 6,8 quinzenas, _& partir de 3 de abril (25/7), decrescendo então o teor de sacarose.

CONCLUSOES :

1. O Grupo A, formado pelas variedades CB 40-13

CB 46-16, Co 419 e CB 41-76, pode ser consideré do como precoce,pois estas variedades atingep & maturidade em época anterio je em meados de maio (13/5) r & safra, ou seq

=6=
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sacamose o " H E H 1) 13 1 19 s or 13 £ Quinzena

Grafico 5 - Curva dos teores de sacarose da variedade do Grupo D (CB 46-47)

dl ee 19 v [hn to o e pT QUINZENA

Gráfico 6 - Curva dos teores de sacarose da variedade CB 41-70, do Grupo E.

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2, 0 Grupo A, apresenta um aumento gradativo de sacarose, atingindo um máximo de 14,97 em agdsto , estabilizando-se em soguida.

3. 0 Grupo B, formado pelas variedadgs CB 40-77, CB 40-69 ¢ CB 38-22, tem uma moturagao média no'que se refore & grecocidude,atíngindo o mínimo de 177 em junho (1/6).

4. 0 Grupo B aumenta seu teor de sacarose atingindo o maximo calculado de 15,2¢ fora da época do ciclo estudado.

5. O Grupo C, formado pelas variedades CB 40-19,CB 45-6, Co 413 e Co 421, pode ser consideradocomo tendo uma maturagac tardia, porque os 12% sao atingidos em 20 de junho. O aumento de saca rose continua; não atinge o máximo no período es tudado. .

. 0 Grupo D, formado pela variedade CB 46-47, pode .ser comsiderado,como muito precoce, pois atinge os 127/ antes de se ter feito a la. andlise, em 3. de abril.. Atinge o méximo fora do perfodo detem po estudado. : | P .

7. 0 Grupo E, formado pela variedade CB 41-70, que .se carecteriza por atingir os 12% logo em 21 de abril; nao apresenta aumento sensivel de sacarose. O méximo de sacarose, igual a 13,6% é-atin-gido em 25/7, descrescendo em seguida.

+ + + Digitalizado com CamScanner

ESTUDO DA UMIDADE

INTRODUÇÃO :

Os valores obtidos da determlnaçaoda umldade, necessários ao cálculo do agucar na cana, método.êste já descrito no início dêste traba -. lho, forneceram uma série de dados, relacionados na tabela nº III.

CONCLUSÃO:

Da análise dos valores de umldade de termlnadOS quinzenalmente em 13 variedades de cana, pudemos conclulr o seguinte: -

a)- A cana'de açúcar perde gradatlvamente umidade - conforme vai amadurecendo.

b)- A perda de umidade é mais ou menos acentuada conforme a variedade, sendo que a perda média é igual a 0,66% de água, para cada 15 dias.

c)- A perda média total para o ciclo todo foi de 7,26%.,

d)- As 13 variedades estudadas podem ser classifica das em 3 grupos, baseados na perda de dgua:

Grupo 1 - a perda de água por quinzena é 1,03%: (Gréfico 7)

Co 413 e Co 421

8-
'
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Grafico 7 - Curva dos teores de umidade das variedades; Co 413 e Co 421, do Grupo 1.

13 . 1 1 T o ee

Grafico 8 - Curva dos teores de umidade das variedades: CB 38-22, CB 45-86, CB 40-77, Co 419, CB 40-13, CB 40-19, CB 40-69, CB 41-76, CB 46-16 pertencentes ao Grupo 2.

UNIDADE 80 " 2 1 4 13 & e o 1 o 2 Quinzena
ee 13
ouinzEna
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... Gráfico 9K & . v OuINTENA Curva dos teores de variedades CB 46-47 e pertencentes ao Grupo o 1 a umidade das CB 41-70, 3. Digitalizado com CamScanner

Grupo2 - a perda de água é de 0,66%/quinzena: , (Gráfico8)

OB 38-22

CB 40-19

CB 45-6 OB 40-69

CB 40-77

Co 419

CB 40-13 =

OB 41-76 -

CB 46-16

Grupo 3 - Por quinzena &ste grupo perde 0,32%: (Gráfico 9)

CB 46-47 e CB 41-70

e)- A perda de água na cana de açúcar, de um modogeral, efetua-se de uma maneira contínua, isto &, a porcentagem-perdida é-constante durante to do o tempo, formando em gréfico uma linha reta.

f)- As variedades estudadas nao apresentaram o mesmo teor médio de umidade. Esta_variou de 69,3% :a 72,9%. É esta sua classificagacmédia:

9
dgua CB 46-47 -= 69,3 %. TB 46-16°" - 69,9 % 0B 40-13 - 70,9 % CB 38-22 - TL11% Co 419 - 1,4 % CB 41-76 - N8% OB 45-6 - T1,8% CB 40-69 - T71,9% Jo 421 - 72,1 % CB 41-70 - T3% Co 413 - 72,5 % CB 40-19 - 72,5 % CB 40-7T - 12,9 % Digitalizado com CamScanner
Veriedade * .%

g)- Nas 3 últimas quinzenas (26/8 a 20/9) o teor mé dio de umidade foi também diferente para cadavariedade. Lsta variou de 67,0 % (Co 421) " 71,6 % (CE 41-70).

h)- Observamos também que as variedades que maior u midade apresentam no final do perfodo estudado sao aquelas que menos água perderam. A reciproca também é verdadeira.

INTRODUGAO: .

..2.%: Aproveitando o material estudado pa- ra determinar & curva da maturagao, fizemos a deter minggao do: teor:de fibra % cana. Fizemos 4 determi- nagoes no-periodo. compreendido entre as datas de 18 de abril e 20 de setembro de 1960, espacadasaproxXi- madamente de 52 dias entre uma e outra determinagao.

METODO

Da amostra de 15 canas que foram de sintegradas, tomamos 50 gramas e fizemos a extragao do açúcar e procedemos.a secagem em estufa,a 1059C. Pela diferenca de peso do material s@co, com as 50 gramas originais calculou-se a % de fibra na cana.

RESULTADOS

Obtiveram-se os resultadop menciona- dos na tabela n? IV,

10~
+ + +
' ESTUDO DA FIBRA -
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Gráfico 10 - Curva dos teores de fibra das variedades: CB 40-69, CB 40-19, Co 421, Co 413 e CB 41-78.

23 FRA 1) 13 13 & s . 13 13 H o * QuInZENA
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Gráfico 11 - Curva dos teores de fibra das va- riedades CB 40-13, CB45-6, Co 419, CB 46-47, CB 46-16, CB 40-77, CB 38-22 e CB 41-70, pPertencentes ao Grupo II.

eê | T -« Y b . o o
p Digitalizado com CamScanner

prscussio

| Pela análise estatistica dos resulta dos, pudemos classificar as variedades em 2 grupos.

0 grupo I é aqudle em que o teor de f£ibra aumenta no decorrer do tempo na razao de 0,83 por quinzena. Esse grupodsompreende as seguintesveriedades : (çrá ico 1

CB 40-69 |

OB 40-19

Co 421

Co 413

CB 41-76

O grupo II caracteriza-se por Serconstituido de variedades cujo aumento de fibra é menor que a do grupo anterior. O aumento de fibra por quinzena é de 0,33 %. ® formado pelas seguintes variedades restantes : (Gráfico 11)

CB 40-13

CB 45-6 *o

Co 419

OB 46-47

CB 46-16

B 40-T7

0B 38-22

CB 41-70

Durante o perfodo de tempo em que es tudamos ag diversas variedades de cana, podemos dizer que nao houve uma tendência marcante de estabilizagao do teor fibra. Isto pode ser verificadonos gréficos anexos (nº 10 e 11)

Os teores de fibra na cana duranteos dois últimos meses nao diferem significativamentede uma variedade para a outra, ou seja, no fim do ciclo quase todas as variedades possuem o mesmo tear de fibra.

Nos dados obtidos de um ano de estudo, pudemos ordenar as veriedades, baseando-nos mo

-11-
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teor médio de fibra % cana, da seguinte forma : Variedade % ki '

0B'46-16

ox 3922 - 164%

,l5y4:%

0B 46-47 - 2 Mô% Co 421 13,4 É OB 40-13° - 13,4% OB 40-69 - 13,1% aBcadori6 - 12,8% OB 40°19° = c 12,80%

Co 413...- - 121 % GBasss - . 1z

OB41-70° - -~ < " R2

Co 419 - - 11,6% Á

CB40-T7 mo 11,8 % SR .

aa - Rgsu@lndo, pode-se observar que _a - classificagao das diversas variedadesde cana não o bedecegaodmesmg comportamento-para. o. caso de sacaro se, umidade e fibra. Isto poderd rifi a L se tabera v D pera ser verificado na AAA

ROB/Cpm. o Out,1961

-12e h
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TSNA
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RESUMO GERAL

- No presente trabalho estudou-se a - variageo dos teores de sacarose (na cana), umidade e fibra durante o perfodo de amadurecimento de 13 variedades de cana. Zste grupo de 13 variedades en quacra as mais plantadas na regiao de Ribeirao Preto.

Os dados obtidos em laboratdério forem analisados estatisticamente o que possibilitou tirar uma série de conclusoes, que sao as seguintess

a) As variedades foram classificadas e grupadas conforme a sua maneira de amadurecimento.

b) Há uma independéncia entre osgru pamentos relativo & sacarose, umidade e fibra.As va riedades que, por exemplo, mostraram-se as mais pre coces quanto ao aumento no teor de sacarose mao sao as que mais depressa perdem água ou &s que tém umaumento mais lento no teor de fibra.

c) O comportamento das variedadesquanto à sacarose possibilitou grupa-las como segue: Grupos 4, D e E formados por variedades precocesque atingem os 12% de sacarose na cana antes de junho.Q grupo B formado por variedades que atingem os 12% logo no início em junho. O grupo C que encerra as variedades tardias ou seja aquelas que alcançam oOS 12% em fins de junho.

à) Quanto à umidade, as variedades mostram que há uma diminuigao gradativa de dgua & medida que amadurecem. Observou-se que as variedades que mz:is água perderam sao aquelas que menor umidade apresentam no final do periodo.

e) O estudo dos teores de fibra per mitiu dividir as variedades em 2 grupos, sendo que a diferenga entre um grupo e outro é que o grupo I apresenta um aumento de fibra maior que o grupo II1. Observou-se também que o teor da fibra aumenta do i nicio da safra para o fim atingindo mo final valores que pouco diferem de variedade para variedade.

13-
+ o+ + Digitalizado com CamScanner
V TABELA
de
Data da coleta VARIZDADAS| ! 2 '3 |a 5 |6 Til 9 |10 |11 |12 18/4 | 2/5 |26/5 [30/5 |14/6 | 21/6|11/7 | 25/1|10/8 26/8 | 5/9 | 20/9 Co 413 9,9-1 9,8 |11,8 |12,0 [12,1.|12,1 |12,2 { 13,0 14,6] 15,9 | 13,5 | 15,3 Co 419 9,8 110,7 13,3 [12,6°| 13,813,8 | 14,21 15,2| 15,7| 16,5| 16,2] 15,4 Co 421 9,1 | 9,8 |10,3 "|10,8 | 10,9 11,8 | 12,4 | 12,8 11,9| 11,9| 12,8| 15,4 CB 38-22 | 9,4 |10,7 [10,7 [10,6 |11,3|13,5|12,9'] 14,0| 13,5| 14,7| 14,7] 13,9 CB 40-13 |11,6 (10,5 |12,6 (13,5 | 13,9 |14,9 14,;'? 14,8| 13,4| 15,6 15,6 14,8 CB 40-19 [11,4 | 9,2 (11,6 {12,1 | 12,4 |12,9|12,8 13,5| 13,9| 15,9| 13,2] 15,9 CB 40-69 [10,2 (10,0 |10,7 [13,0 | 12,8 |14,8 |12,2 13,8| 14,1| 15,9| 16,2/ 14,8 CB 40-77 |10,2 | 9,9 [10,3 [10,8 | 14,9 |14,6|12,7 ] 13,7| 14,5| 14,8| 15,2] 15,3 CB 41-70 [12,3 |12,1 12,8 (12,5 | 12,8 |13,6|14,1 ] 13,6| 14,1| 13,1| 13,4] 11,1 CB 41-76 |11,9 [10,7, 11,9 [11,9 | 12,4 13,3 |13,8 | 13,8| 14,0| 14,5| 13,6/ 14,8 CB 45-6 |11,1 110,5 |12,7 [12,3 |.12,7|12,6 (12,2} 12,9 12,9| 13,8| 14,2{ 15,7 CB 46-16 [10,2 |10,9 (12,1 |13,7 1450 1452 14'!7 :: 1554). 15,0| 14,3| 13,41 14,6 CB46-47 |11,8 [13,8 [13,2 13,1 | 14,8 113,783, [[ 12,7) 14,6 15,9 15,2 15,7 l moAm E c p Digitalizado com CamScanner
T SACAROSE %$ CANA; Número de quinzenas a partir
3/4 e
TABELA IIL
àe quinzenas a partir de 3/4 e Data da coleta TR 1 2 3 4 5 6} 7| 8 S 10 v11 12 18/4 | 2/5 [26/5 | 30/5 |14/6 | 21/6| 11/7]| 25/7| 10/8] 26/8 | 5/9 | 20/9 Co 413 71,7 | 76,5 | 75,8 | 75,2 | 76,3 | 73,0| 70,6 70,8 69,8 69,6 | 67,1 | 67,4 Co 419 75,8 | 74,5 | 73,4 | 72,5 | 74,1 | 70,3| 69,6{ 70,2| 65,1 69,2 | 68,8 | 68,9 Co 421 78,0 | 76,7 | 76,3 | 73,8 [ 76,2 | T1,0| 69,31 71,3 | 71,7 | 67,8 | 67,3 | 66,0 CB 38-22 | 76,5 71,8 74,4 | 72,1 73,7 | 79,1| 67,7| 69,3| 67,0 68,2 | 65,3 | 67,8 CB 40-13 | 75,5 73,9 | 73,0 | 72,3 | 73,7 | 69,5 _68,6 67,9| 69,51 69,4 | 69,7 | 67,4 CB 40-19 (76,5 |175,9 | 74,6 (72,3 74,8 | 71,5| 71,8 70,8| 70,6 71,8 | 71,8 | 67,5 CB 40-69 | 16,3 |74,6| 75,2 (71,4 | 74,4 | 70,7| 69,2| 69,8| 70,91 71,5 | 70,6 | 68,3 CB 40-77 | 76,9 |16,0| 76,5 | 75,4 | 76,2 | 68,6| 72,8| 71,4 70,3 | 72,6 | 67,8 | 70,0 CB 41-70 |73, 172,8)173,2 72,2 (73,0 | 73,9| 70,6} 71,9 71,3 | 72,9 | 70,8 | 71,1 CB 41-76 | 75,8 |73,873,8|73,0 |74,0 | 71,9| 69,6| 69,4| 69,5 | 70,8 | 70,7 | 68,8 CB 45-6 | 76,5|174,6 | 73,4 | 72,8 |74,3 |.71,0| 73;1| 71,1 70,7 | 70,0 | 56,3 | 67,2 CB 46-16 | 75,6 | 73,1172,6 | 70,0 |72,8 | 67,1| 64,1| 68,5| 66,8 67,9 | 70,5 | 69,7 CB 46-47 l72,5 70,1 L7_;,8 68,9 70,8 | 70,1|.%66,9| 68,9| 67,0 | 69,9 | 68,5 ss,gJ &N sDigitalizado com CamScanner
UMIDADE % CANA Mimero

TABELA IV

FIBRA % CANA Data de coleta das amostras ss sa 14/6 | es/7 | .20/9 PÊA Co 413 9,0 |: 10,4 | 15,2 |: 16,2 | 12,7 Co 419 10,3 |710,1 | 12,3 | 13,7. 11,6 Co 421 9,8 | 10,6 |.15,4 | 18,0 | 13,4 CB 38-22 | 14,2 | 16,6 | 13,4 | 17,4 | 154 0B 40-13 | 9,67 15,0 | 14,0 | 15,2 | 13,4 CB 40-19 9,0 [i11;3 | 12,4 18,6 12,8 B 40-69 | 9,3-| 9,8 | 15,2 | 218,2 | 13,1 B 20-77 | 9,0 | 12,0 | 12,4 | 11,6 | 11,8 CB 41-70 | 9,6 | 12,4 | 13,2 | 13,4 | 12;2 - B 41-76 | 9,5 | 13,2 | 12,7 | 16,1 | 12,8 CB 45-6 | 10,2 | 12,0 | 12,1 | 14,6 12,2 CB 46-16 | 12,2 | 17,4 | 16,0 | 15,8 | 15,4 CB 46-47 | 13,0 | 14,2 16,6 | 15,6 | 14,8 Digitalizado com CamScanner

Classificagdo das varieda

TABELA V P t des estudadas, em grupos, com refe- ; rência a % de sacarose, umidade e fibra observadas na ma turagao.

Sacarose

Unidade Fibra Grupo | Variedade || Grupo Variedade Grupo | Variedade A CB 40-13 1 Co 413 I CB 40-69 CB'46-16 Co 421 CB 40-19 Co 419 2 . CB 38-22 Co 421 CB 41-76 CB 45-6 Go 413 B CB 40-77 CB 40-71 CB 41-76 CB 40-69 Co 419 M CB 40-13 L CB 38-22 CB 40-13" CcB 45-6 C CB 40-19 CB 40-19° Co 419 CB 45-6 CB 40-69 " CB 46-47 Co 413 CB 41-76° CB 46-16 Co 421 CB 46-16 CB 40-77 D CB 46-47 CB 38-22 E CB 41-70 CB 41-70 Digitalizado com CamScanner

BOLETINS EDITADOS

Recomendações p/ plantio de Cana de Açúcar. Recomendações p/ plantio de Cana de Açúcar. Hawaii - Cana de Açúcar.

"'Advances in the sugar cane agriculture and industry in Brazil."'

111 - Recomendações p/ plantio de Cana de Açúcar.

- Consideração sôbre a mecanização nas Usinas Associadas. Quimica Agrícola - Andlise e Amostragem.

IV - Recomendações p/ plantio de Cana de Açúcar. Análise de solos.

. Estudo da maturação de 13 variedades de Cana de Açúcar.

n.º 1- 1958 - 1959 - 1959 1959 1960 1960 1960 - 1961 1961 1961
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