Ano 43 • Nº 523 • Maio 2018 • R$ 9,90
O PESO
DA CARGA
TRIBUTÁRIA
Exclusivo: entrevista com Efraim Filho, presidente da Frente Parlamentar de Comércio, Serviços e Empreendedorismo
Sistema CNDL
CNDL
FCDL
CDL
CDL Jovem
Sistema CNDL Presidente - José César da Costa
Conselho Superior
1º Vice-Presidente - Ivan Roberto Tauffer
Nelson Soares Júnior, Alvaro Cordoval de Carvalho, Geraldo Magela Gobbi Martins, Osmar Silveira, Jefferson Cidrão Massilon
Vice-Presidente - José Carlos Magalhães Pinto Vice-Presidente - Francisco de Assis Costa Cavalcante
Conselho Fiscal
Vice-Presidente - Eduardo Melo Catão
João Batista de Assis Pereira, Jair Francisco Gomes, José de Oliveira Barboza, Michel Oliveira Araújo, Eronaldo de Vasconcelos Maia, José Amaro Neto
Vice-Presidente - Geovar Pereira Vice-Presidente - Marcelo Mérida Aguiar Vice-Presidente RIG - Mauricio Stainoff Diretor de Adm. e Financeiro - Silvio Antonio Vasconcelos Souza
Superintendente - Marco Antônio de Oliveira Corradi Gerente de Projetos e Eventos - Daniel Sakamoto
Diretor do DASPC - Francisco Freitas Cordeiro Coordenador Nacional da CDL Jovem - Lucas Pitta Maciel
Conselho Deliberativo do SPC Brasil Presidente - Bruno Selmi Dei Falci
Diretoria Especial
Vice-Presidente - Ralph Barauna Assayag
Adjar Soares da Silva - Pernambuco Antônio Davi Goveia - Tocantins Frank Sinatra Santos Chaves - Minas Gerais Maria do Socorro Teixeira Noronha - Maranhão Rubenir Nogueira Guerra - Acre Samoel Antônio de Mattos Junior - Paraná
Conselho de Administração do SPC Brasil Presidente - Roque Pellizzaro Junior Vice-Presidente - Silvio Antonio de Vasconcelos Souza Diretor Financeiro - Marcelo Salles Barbosa Vice-Diretor Financeiro - Itamar José da Silva Diretor de Relacionamento - Frank Sinatra Santos Chaves
Diretores Benselmo Silva Braga, José Artur Melo de Almeida, Onildo Dalbosco Júnior, Ozair Nunes Bezerra, Joana Joanora das Neves, Edson Freitas Bezerra, Caril Wellis de Paula Santos, Ezra Azury Ben Zion Manoa, Afrânio Ferreira de Miranda Filho, Domingos Sávio Almeida Normando, José Lopes da Silva Neto, Manoel Maciel Barros, Roque Pellizaro Júnior
Conselho Fiscal do SPC Brasil Fábio Henrique Reis Ribeiro, Melchior Luiz Duarte de Abreu Filho, Adjar Soares da Silva
Publicação produzida pela In Press Oficina Edição Renata Dias - renata.dias@inpressoficina.com.br
Projeto Gráfico/Diagramação Bonach Comunicação
Redação Natália Lima, Renata Dias, Renan Miret, Vinícius Bruno, Amanda Venício, Maria Clara Abreu, Luciana Lima, Letícia Bezerra, Viviane Marques, Marcos Santana, Rafaela Paulino, Carolina Laert, Joana Marins, Giovanna Jardim e Ada Suene
Fotografia Divulgação/Assessoria de Imprensa
Colunistas Marcela Kawauti, Felipe Lückmann Fabro e Hilaine Yaccoub
Impressão e Tiragem Gráfica Coronário/10 mil exemplares
Revisão Andrea Bittencourt
Capa/Ilustrações Toninho Euzébio
Contato Comercial: Daniel Sakamoto (61) 3213-2004 | CNDL (61) 3213-2000 | daniel.sakamoto@cndl.org.br Os anúncios publicados são de responsabilidade dos anunciantes. A responsabilidade pelo conteúdo dos artigos e colunas é de seus autores, não refletindo a opinião da CNDL.
Foto: Shutterstock.com
CARTA AO LEITOR
O IMPOSTO NOSSO DE CADA DIA
S
e tem uma coisa que todo
contribuir para que o governo possa
Outra ação que merece des-
mundo concorda é que pa-
atuar, sobretudo, em infraestrutura
taque é o Dia da Liberdade de
gamos muitos impostos no
pública. É aí que acontece o ruído
Impostos (DLI), encabeçado pela
Brasil. Nos primeiros meses do
principal: na contrapartida de servi-
Câmara de Dirigentes Lojistas Jo-
ano, principalmente, o leão mos-
ços públicos oferecidos e no desvio
vem (CDL Jovem) há anos. Com o
tra suas garras e nos damos conta
desses recursos, reside nossa insa-
apoio de lojistas de todo o país, a
do quanto dos nossos recursos é
tisfação. Além de ser necessário um
campanha mostra para os consu-
destinado ao conhecido fisco. A
enxugamento da máquina, é preciso
midores o peso dos impostos no
lista dos tributos nacionais e esta-
ser vigilante, constantemente, quan-
preço final dos produtos. Além de
duais é grande, mas a história de
to ao uso desses recursos.
movimentar estabelecimentos co-
cobrança de impostos tem origem
E se para o assalariado a car-
merciais, o DLI faz um alerta sobre
lá atrás. Desde o Egito é assim: os
ga é pesada, para empreendedo-
o modelo sufocante de tributação
sumérios eram obrigados a entre-
res e empresários não é diferen-
com que convivemos no país.
gar parte dos alimentos que pro-
te. A complexidade do sistema
Mas não vamos falar só sobre
duziam ao rei e quem não tinha
e as altas taxas são comumente
impostos. Entre outros temas, esta
recursos pagava com sua força de
apontadas como um dos princi-
edição da revista traz uma maté-
trabalho ou entrando para o exér-
pais motivos para a mortalidade
ria estimulante sobre ecommerce
cito. Com a invenção da moeda, o
de novos negócios. Por isso, nossa
de vinhos e um conceito que pode
trabalho braçal passou a ser subs-
reportagem sobre carga tributária
inspirar os presentes para as ma-
tituído pelo dinheiro, mas a fiscali-
começa com a derrubada do veto
mães do mês: já ouviu falar em fun
zação e o controle seguiram cada
ao Refis das micro e pequenas
design? Confira!
vez mais rigorosos.
empresas. Considerada uma vitó-
Impostos são a principal fonte
ria fruto de intensa mobilização
de arrecadação de recursos para a
de entidades em torno do tema, a
manutenção do Estado. Encargos
medida traz um justo respiro para
fazem parte e é obrigação de todos
quem está endividado.
Esperamos que goste da leitura!
Renata Dias Editora
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PALAVRA DO PRESIDENTE
EM BUSCA DE MAIS VITÓRIAS PARA O VAREJO
S
er empresário no Brasil, sabemos, significa matar um leão por dia. Além do trabalho árduo, é preciso lidar com uma carga tributária pesada e confusa. Entendê-la e propor melhorias é uma das missões que o Sistema CNDL deve cumprir, por meio da interlocução com as entidades representativas e os Poderes Executivo e Legislativo. Conseguimos,
no
mês
de
abril, uma grande vitória, com a aprovação no Congresso da derrubada do veto ao Refis das micro e pequenas empresas e sua publicação no Diário Oficial da União. Aprovado no Legislativo em 2017, o projeto que previa o parcelamento de débitos contraídos até novembro daquele ano foi vetado, em janeiro, pelo presidente da República, Michel Temer. Na ocasião, alegou-se que a medida feria a Lei de Responsabilidade Fiscal ao não prever a origem dos recursos que cobririam
os
descontos.
Agora, o impacto do Refis fica para 2019 e poderá entrar na previsão orçamentária. A dificuldade de pagar impostos, no entanto, segue como um desafio permanente aos empresários. Promovido anualmente pela Câmara de Dirigentes Lojistas Jovem (CDL Jovem) em vários esta-
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Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 522 | Maio 2018
A revista Varejo s.a. quer ouvir a sua opinião!
dos do Brasil, o Dia da Liberdade de Impostos (DLI) será no próximo dia 24. Seu objetivo é conscientizar sobre a alta carga de impostos no Brasil e o baixo retorno na forma de serviços prestados pelo Estado e apoiar a simplificação tributária. Para ter uma ideia, de acordo com relatório divulgado em outubro pelo Banco Mundial, as empresas gastam em média 1.958 horas por ano para cumprir todas as regras do fisco. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), o brasileiro trabalha, em média, 150 dias por ano só para pagar impostos. Em 2013, os tributos comprometeram mais de 40% da renda do trabalhador. Tal situação inibe cada vez mais o consumo do cidadão. Por isso, devemos inovar e ser criativos para driblar tantas dificuldades. Estamos em maio, mês das mães, uma data de peso para o varejo. O setor preparou-se confiante, com variadas promoções e novidades para esquentar as vendas dessa época de grande movimento. Afinal, as mães merecem todo o nosso carinho e homenagem. Nada mais justo que recebam mimos caprichados na sua data especial! Na edição passada, oferecemos dicas sobre como o lojista poderia se adiantar nos preparativos para a
Envie suas críticas, comentários e sugestões para a nossa redação e nos
data. Desta vez, a Copa do Mundo é nossa, numa
ajude a construir uma publicação
reportagem que mostra como transformar o cam-
cada vez melhor.
peonato, realizado na Rússia, em faturamento para o
Estamos de ouvidos e braços abertos
seu estabelecimento. Confira! Desejo a todos os amigos do varejo nacional um
para você, leitor!
maio próspero, com ótimas vendas!
Um abraço, José César da Costa Presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)
Participe! Entre em contato: renata.dias@inpressoficina.com.br (61) 3213 2006
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Jovem
FRASES E FATOS
Filantropia “Estou muito grato, estamos dando esse dinheiro de volta para o mundo. Felizmente, ainda há mais dele. A vantagem da filantropia é que há mais disposição para investir em programas-piloto, para correr riscos.” » Bill Gates, fundador da Microsoft, sobre os trabalhos da Fundação Bill & Melinda, instituição filantrópica fundada em 2008.
Visão “Não tivemos uma visão ampla o suficiente de nossa responsabilidade.” » Mark Zuckerberg, fundador e executivo-chefe do Facebook, em depoimento na Câmara de Deputados dos Estados Unidos sobre vazamento de dados de 87 milhões de usuários que teria interferido nas eleições norte-americanas.
Estudos “As mulheres negras têm que estudar, se especializar, se tornar altamente qualificadas, pois, por serem negras, tudo será muito difícil, portanto, têm que ser as melhores. Necessitamos de mais mulheres negras escolhendo, fazendo a seleção de pessoal. Não adianta ser a única. Se formos muitas e em várias posições hierárquicas, isso vai melhorar.” Instituto Tecnológico da Aeronáutica
Inspiração “Eu sempre fui romântica, eu sempre fui uma velha romântica, de maneira que eu sempre me inspiro, sinto inspiração.”
(ITA). Ela foi a primeira negra brasileira
» Dona Ivone Lara, um dos principais nomes do samba no Brasil,
doutora em Física, título adquirido
falecida no dia 16 de abril, aos 97 anos.
» Sônia Guimarães, professora do
pela University of Manchester Institute of Science and Technology.
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Histórico “O mandato dado pelo povo a esta Casa é de dar continuidade à revolução cubana em um momento histórico crucial.” » Miguel Díaz-Canel, novo presidente de Cuba. Ele assume o comando do país, que era liderado pelos irmãos Fidel e Raúl Castro desde 1959.
Mercosul “O Mercosul tem um potencial ainda não desenvolvido à profundidade que eu gostaria. Nós vamos continuar aprofundando os laços com os países do bloco e abrir ao mundo.” » Mario Abdo Benítez, novo presidente do Paraguai, eleito em 22 de abril.
Cinema “O que importa é que o cinema brasileiro atual demonstra vitalidade, potência criativa e pluralidade temática, tornando-se cada vez mais representativo da múltipla e rica cultura do país. No plano da linguagem, é também um cinema que procura inovar e renovar-se, preservando a sua originalidade artística.” » Nelson Pereira dos Santos, cineasta brasileiro, ícone do Cinema Novo e membro da Academia Brasileira de Letras, falecido no dia 21 de abril.
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SUMÁRIO
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Talk show Lidando com a carga tributária no Brasil
03 Carta ao leitor O imposto nosso de cada dia
04 Palavra do presidente Em busca de mais vitórias para o varejo
06 Fatos e frases 10 Varejo em números O uso das redes sociais e ferramentas de tecnologia para aumentar as vendas
12 Movimento varejo Copa do Mundo 2018: oportunidade de ouro
16 Movimento varejo Medida do Banco Central incentiva o uso do cartão de débito
18 Desenvolvendo o varejo Varejo ganhará laboratório de inovação
23 Talk show Em busca da simplificação
26 Entrevista Modernizar e formular diretrizes de apoio ao setor
28 Brasília 40 graus 150 dias da reforma trabalhista Nova entidade na UNECS Varejo e política
31 Colunistas Marcela Kawauti - Fale de dinheiro
25 Colunistas Felipe Lückmann Fabro Empresas do Simples, é hora de acertar as contas com o leão!
32 Dicas do Tag Stories do Instagram é o novo queridinho das marcas nas redes sociais
12
26
34 Start me up Para todo mundo ver!
36 Inova varejo Da indústria para o varejo: como a Server Softwares transformou-se em um case de sucesso
16
36
45 Colunistas Hilaine Yaccoub - Para as não mães
46 Varejo cidadão A hora da conciliação
48 Estudo 38 Entrei na sua loja Atributos? Prefira os verdadeiros
40 Tendências O maravilhoso universo do vinho
42 Tendências O segredo da decoração divertida
Conheça os hábitos dos brasileiros no uso das redes sociais
52 Integra CNDL Infovarejo: inovação para sair na frente Pernambuco recebe treinamento sobre certificação digital
Inovação é tema de palestra com consultores internacionais Diálogos empresariais: livro apresenta experiências de sucesso
56 Artigo Aplicativos precisam ser a tradução de uma experiência real
58 Perfil Ozair Nunes Bezerra
60 Integra CNDL Conheça o Sistema CNDL/FCDL e CDL disponibilizam consultas gratuitas ao SPC Brasil
62 SPC Brasil Identificar se há restrição no CPF não é o suficiente para uma boa análise de crédito
VAREJO EM NÚMEROS | VINÍCIUS BRUNO
O USO DAS REDES SOCIAIS E FERRAMENTAS DE TECNOLOGIA PARA AUMENTAR AS VENDAS Pesquisa mostra que ações de comunicação nas redes sociais e WhatsApp trouxeram mais resultados de vendas do que campanhas tradicionais
E
m janeiro de 2018, o internauta brasileiro gastou, em média, 9 horas e 14 minutos por dia conectado à internet, segundo dados da
consultoria We Are Social, o que dá ao país o título de terceira nação mais conectada do mundo, na frente de países como Estados Unidos, Canadá e França. Nas últimas décadas, a internet mudou o comportamento das pessoas, causando uma verdadeira revolução na maneira como interagem, leem notícias, se divertem e, sobretudo, consomem produtos e serviços. As possibilidades na forma de pedir uma pizza,
10% afirmam que anunciam seus produtos
chamar um táxi ou agendar uma consulta muda-
em marketplaces, sites que permitem a ne-
ram: tudo pode ser feito na palma da mão, com o
gociação on-line de produtos entre lojistas
uso de aplicativos de celular. Antenadas às mudan-
e público final, como Mercado Livre e OLX.
ças tecnológicas e aos novos modelos de negócio
9% fazem uso de novas tecnologias de pa-
que essas plataformas proporcionam, muitas em-
gamento, como PayPal e PagSeguro. Já 8%
presas enxergaram a oportunidade de se relacio-
afirmam que disponibilizam catálogos virtu-
nar diretamente com seus públicos-alvo e utilizar
ais de informações que ajudam os clientes a
estratégias digitais para alavancar seus negócios.
conhecer melhor os produtos.
Um levantamento realizado pelo Serviço de
8% utilizam softwares de gestão de vendas.
Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confe-
2% usam tecnologias mais inovadoras,
deração Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)
como ferramentas de inteligência artificial,
mostrou que 35% dos empresários utilizam al-
QR code e bot/assistentes virtuais.
gum tipo de tecnologia para aumentar as vendas. Entre os entrevistados:
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Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
AÇÕES NAS REDES SOCIAIS E WHATSAPP TROUXERAM MAIS RESULTADOS QUE CAMPANHAS TRADICIONAIS De acordo com os dados da pesquisa, as campanhas de comunicação em meios digitais foram mais bem-sucedidas em termos de venda, inclusive se comparadas aos meios tradicionais. Segundo os empresários, as ações que trouxeram melhores resultados nos últimos seis meses foram em:
39% Redes Sociais
17%
Mensagens pelo WhatsApp
16% Internet
10%
Panfletagem
7%
7%
Rádio
Carro de som
Metade dos entrevistados (49%) afirma investir mensalmente em campanhas publicitárias na internet. O investimento mensal médio das empresas com internet e tecnologia para promoção de vendas é de R$ 680. Cerca de 39% das empresas possuem estratégia de marketing digital, que é realizada principalmente pelo próprio empresário (57%), por agentes freelancers (6%), por profissional ou equipe para essa atividade (6%) e por meio de uma agência digital (5%).
WHATSAPP: O MEIO MAIS UTILIZADO PARA SE RELACIONAR COM OS CLIENTES Os meios de contato mais utilizados para se relacionar com clientes no dia a dia são WhatsApp (71%), redes sociais (60%) e telefone/telemarketing (33%). Nove em cada dez entrevistados consideram o WhatsApp importante ou muito importante como opção de comunicação com os clientes (90%) e as
49% dos empresários também realizam ações ou campanhas de comunicação para aumentar as vendas da empresa e os três canais mais utilizados são digitais: perfil nas redes sociais (60%), mensagens pelo WhatsApp (40%) e internet (27%).
principais maneiras de utilização dessa ferramenta para se comunicar com o cliente são esclarecimento de dúvidas (57%), mostrar novos produtos e serviços (50%) e envio de ofertas promocionais (45%). 56% enviam mensagens semanalmente pelo WhatsApp. 70% já realizaram vendas pelo app.
FACEBOOK E INSTAGRAM: PRINCIPAIS REDES SOCIAIS DA MICRO E PEQUENA EMPRESA Considerando as empresas que possuem perfil nas redes sociais, 92% têm Facebook e 50%, Instagram. Outras redes, como Google Plus, Twitter, YouTube e LinkedIn, têm pouca representatividade, todas com menos de 3% de presença nas micro e pequenas empresas. Em média, as empresas postam até 2,5 vezes por semana em suas redes
Quatro em cada dez empresários percebem que os clientes interagem com sua empresa com muita frequência nas redes sociais.
e os tipos de conteúdo publicados são informações sobre produtos e serviços (72%), promoções (54%) e dicas diversas (24%). Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
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Foto: Divulgação
MOVIMENTO VAREJO | MARIA CLARA ABREU E LETÍCIA BEZERRA
a, Eliene recebe adultos e
TTNa sua banca enfeitad
a
as do álbum oficial da Cop
crianças atrás de figurinh
COPA DO MUNDO 2018: OPORTUNIDADE DE OURO
F
altam menos de dois meses para a chegada da Copa do Mundo FIFA Rússia 2018 e os varejistas já começam a se organizar para apro-
veitar as oportunidades de vendas que o evento proporciona. Setores como o de televisores, artigos esportivos, decoração e serviços geralmente lucram com os mundiais, mas as áreas que não estão diretamente ligadas ao futebol também podem aproveitar o momento para desenvolver campanhas e brindes
Preparativos para o maior evento esportivo do planeta sacodem o comércio
temáticos que ajudem a alavancar as vendas e estejam inseridos no contexto da Copa do Mundo. Nas Copas anteriores, as vendas do varejo refletiram toda essa animação. Segundo a consultoria Gfk, durante o período que antecedeu a Copa do Mundo 2014, o Brasil registrou crescimento acima de 60%
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nas vendas de TVs em comparação com o mesmo período de 2013. Esse cenário pode se repetir neste ano: a consultoria prevê que a Copa da Rússia trará um aumento de 22% no número de aparelhos de televisão vendidos.
fia e Estatística (IBGE), mostrou que, de 69,3 milhões de domicílios no Brasil, apenas 2,8% não tinham televisão. Entretanto, mais de 40 milhões desses televisores ainda são de tubo, o que corresponde a
Foto: Divulgaçã o
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada no último trimestre de 2016 pelo Instituto Brasileiro de Geogra-
cerca de 40,0% do total, ou seja, a Copa do Mundo da Rússia trans-
TTPeríodo aume
nta venda de tel
evisores
forma 2018 no ano perfeito para o brasileiro que quer ver a seleção jogar em aparelhos mais modernos e maiores. Grandes varejistas já enxergaram essa oportunidade e estão buscando maneiras de impulsionar as vendas. Em entrevista, Paulo Naliato,
período, a rede aposta em um fa-
diretor executivo de Vendas da Via Varejo, grupo do qual as varejistas
moso youtuber que fala de fute-
Casas Bahia e Pontofrio fazem parte, afirmou que as lojas estão buscan-
bol e estará em toda a comunica-
do negociar antecipadamente com as principais marcas para conseguir
ção, incluindo TV e redes sociais.
trazer variedade e bons preços e condições de pagamento. “Para este
Como uma forma de homena-
ano, estamos com estoque abastecido para suprir a demanda dos clien-
gear a seleção brasileira, a logo-
tes e esperamos crescimento nas vendas da categoria de televisores
marca ganhou temporariamente
como um todo”, disse, ressaltando ainda a maior procura do consumi-
as cores da bandeira brasileira.
dor até o momento: “As grandes apostas deste ano são as televisões
Além disso, a rede promoverá um
acima de 55 polegadas, além de produtos com tecnologia e qualidade
bolão e premiará com R$ 2 mi-
de imagem, como as TVs modelo UHD 4K”.
lhões o cliente que acertar o primeiro, segundo e terceiro lugares
CAMPANHAS
do mundial. Para participar, basta
A campanha pré-Copa das Casas Bahia, intitulada “A Casa da Torci-
cadastrar as opções no hotsite da
da Brasileira”, já começou e, para apresentar as ações da marca para o
campanha nas compras acima de R$ 500,00, em qualquer produto do site ou loja. Mas a principal estratégia da marca fica por conta da ação “TV por R$ 1,00”, em que, na compra de uma TV acima de 60 polegadas, o cliente leva na hora outra de 32 polegadas por apenas mais R$ 1. Já o Pontofrio lançou a promoção intitulada “Salário de Craque Pontofrio”, na qual a rede
Foto: Divulgação
promete descomplicar a vida do torcedor, com o sorteio de um prêmio de R$ 100 mil por mês, TTVarejistas alinham estratégias
ncar vendas
on-line e na loja física para alava
durante um ano. A campanha tem a intenção de mostrar que,
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MOVIMENTO VAREJO
de figurinhas por pacote, a procura cresceu. Inclusive, é comum vender tudo e ficar alguns dias sem estoque até a próxima leva chegar”, revela. Ela conta ainda que o produto não faz a cabeça somente das crianças; adultos de todas as idades e gêneros estão animados com as figurinhas. Foto: Divulgação
A saga para completar o álbum tem estimulado a criação de eventos de troca de figurinhas em bares, restaurantes, shoppinTTÁlbum oficial conta com 682 figurinhas
gs e outros tipos de estabelecimento. Neste ano, essa missão ficou ainda mais fácil com o surgimento de sites que informam
para ter um salário de craque, não é preciso ter habilidades, basta com-
onde esses eventos acontecem,
prar no Pontofrio. Para participar, nas compras acima de R$ 500 em
além de aplicativos voltados para
qualquer loja, no site ou por meio do Televendas do Pontofrio, o cliente
colecionadores que permitem or-
já cadastrado automaticamente está concorrendo. A campanha contará
ganizar figurinhas repetidas e fa-
também com ações especiais nas redes sociais, com interações diverti-
zer o controle das que ainda se
das entre o Pinguim, porta-voz oficial da marca nas redes, e o jornalista
precisa conquistar.
Evaristo Costa, além de filme em TV aberta e fechada, rádio, ativações em loja e diferentes peças e formatos no meio digital.
FIGURINHAS, SIM! Mas nem só de tecnologia vive o varejo em ano de Copa. Os álbuns de figurinhas já se tornaram clássicos e acompanham os apaixonados por futebol há quase 50 anos. Tudo começou com o álbum oficial da Copa do México, lançado pela Panini em 1970; a cada ano que passa, a busca pelo produto só cresce. O álbum de figurinhas oficial da Copa do Mundo FIFA Rússia 2018 já está disponível nas bancas e ao todo são 682 figurinhas, incluindo as “50 brilhantes”. De acordo com a Panini, o Brasil é o maior consumidor de figurinhas e consome mais que o dobro do segundo colocado, a Alemanha. revistas no Distrito Federal há seis anos e conta que, da Copa passada para a deste ano, houve um aumento considerável de clientes procurando pelo álbum e pelas figurinhas. “Mesmo com o aumento de 100% no preço e a redução da quantidade
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Foto: Divulgação
Eliene Ferreira é dona de uma banca de
TT Pacotes de figurinhas do álbum da Copa 2018: tradição
DICAS PARA GOLEAR EM ANO DE COPA
Faça sua marca entrar no clima! Seja em espaços físi-
O site www.encontrosfigurinhasdacopa.com publica a lista de pontos de encontro para troca
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cos, seja em e-commerces, decorações e layouts temáticos podem animar o consumidor e fazer toda a diferença.
de figurinhas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília,
Aproveite o momento de celebração para inves-
Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza e Porto Alegre. A partir da venda do álbum,
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tir em campanhas inovadoras e bem-humoradas e promova bolões, sorteios e concursos de maneira descontraída.
a empresária Eliene identificou também a oportunidade de vender artigos de decoração e ins-
Agora é o momento de investir em promoções! Pen-
trumentos de torcida. “Todo mun-
se no seu público-alvo e no que mais pode chamar a
do quer estar em clima de Copa, principalmente quando os jogos
3
atenção dele. Bares e restaurantes, por exemplo, podem oferecer vantagens para quem assistir aos jogos na casa e, assim, se destacar da concorrência.
começam; então, quando o cliente vem comprar a figurinha, já
Utilize as redes sociais para interagir com
aproveita para levar bandeirinhas, cornetas, vuvuzelas e bandeirolas, por exemplo”, conta a comercian-
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seus clientes: produzir conteúdo sobre os jogos pode atrair mais cliques para as suas redes.
te, que já está se preparando para reforçar o estoque e buscar mais opções de artigos decorativos
Presenteie seus clientes!
para colocar à venda.
Invista em brindes personalizados e colecionáveis.
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Isso pode fazer com que retornem ao seu estabelecimento
mais
vezes e criem um vínculo emocional com a sua marca.
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Foto: Fox Revelações
MOVIMENTO VAREJO | VIVIANE MARQUES
TTMaciel afirma que a venda com cartão de débito é mais vantajosa e segura
MEDIDA DO BANCO CENTRAL INCENTIVA O USO DO CARTÃO DE DÉBITO
U
ma circular do Banco Central do Brasil, com validade a partir de 1º de outubro, vai regulamentar as taxas que o credenciador
– empresa que opera as máquinas de pagamento eletrônico – paga aos emissores (bancos e cooperativas de crédito) nas transações feitas com cartão de débito. É a chamada taxa de intercâmbio, cuja média passará a 0,50% do valor da transação e máxima ficará em 0,80%. O objetivo é que essa redução reflita na taxa de desconto, que é o percentual pago pelo estabelecimento aos credenciadores. Espera-se, assim, um
Instituição estabelece teto, a partir de outubro, para taxa sobre transações que credenciadores pagam a emissores de cartões de débito
efeito-cascata que incentive o uso do cartão de débito pelo consumidor. Para isso, o Banco Central conta com a competitividade crescente do mercado. Atualmente, a taxa de intercâmbio tem média de 0,82% por transação, podendo chegar à máxima de 1,12%. Segundo a instituição, a regulação dessa taxa é praticada internacionalmente. “A expectativa é que essa redução seja repassada pelo credenciador ao estabelecimento comercial e deste para o consumidor, por meio da concorrência e, também, da possibilidade de diferenciação de preços. Com custos mais baixos, os cartões de
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débito devem tornar-se mais competitivos frente aos outros meios de
passada para a MDR, sem necessi-
pagamento, como dinheiro em espécie, transferências eletrônicas e
dade de regulação adicional nessa
cartão de crédito, aumentando seu uso”, informou o Banco Central,
última, neste momento”.
em comunicado.
Para se beneficiar da iniciati-
Dono de 15 autorizadas de uma operadora de telefonia celular em
va, é importante que o lojista ou
Minas Gerais, o empresário Roberto Menezes Maciel está otimista com
prestador de serviço esteja aten-
a mudança. Ele diz que a venda no cartão de débito é a mais vantajo-
to à data de entrada em vigor da
sa e segura, porque converte rapidamente e evita a movimentação de
circular do Banco Central. Uma
dinheiro em caixa. Cada transação efetuada no débito custa 1,10% do
dica é começar a negociar com
valor para Maciel – contra 1,70% no parcelado a até 2,05% nas compras
os credenciadores, desde já, um
divididas em até 12 vezes no cartão de crédito.
percentual de redução da taxa de
“As vendas em cartão representam 70% do meu faturamento, mas
desconto. Assim, o empresário já
apenas 15% delas são realizadas no débito. Caso a taxa baixe, certa-
poderá planejar medidas para in-
mente vou incentivar essa forma de pagamento, fazendo promoções
centivo de uso do cartão de débi-
ou dando brindes, como ‘ganhe uma capinha na compra do celular nas
to a partir de outubro.
compras no débito’”, exemplifica.
O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojis-
TAXA DE DESCONTO JÁ ESTÁ EM QUEDA
tas (CNDL), José César da Cos-
Enquanto, desde 2013, as taxas de intercâmbio seguem em alta, as de
ta, acredita que vão aumentar as
desconto – tanto no débito quanto no crédito – permanecem em que-
vendas à vista, por meio de paga-
da. O Banco Central atribui essa tendência de redução ao aumento da
mento eletrônico, que é mais se-
concorrência no credenciamento, com cada vez mais modelos de “ma-
guro e eficiente. Mas alerta: “A re-
quininhas” sendo oferecidos no mercado. A título de exemplo, de 2009 a
dução de preços ao consumidor
2017, essa taxa – cuja sigla em inglês é MDR, de Merchant Discount Rate
não depende exclusivamente do
(taxa de desconto por mercadoria, em tradução livre) – caiu 0,15 pontos
lojista. Para que o cliente perceba
percentuais para as transações no débito e 0,36 pontos percentuais no
a diferença, é preciso que os cre-
crédito. O órgão, na circular, identifica que a concorrência já é suficiente
denciadores realmente repassem
“para supor que a redução da tarifa de intercâmbio aqui proposta será re-
a taxa de desconto”.
O CICLO DAS TAXAS NO PAGAMENTO EM CARTÃO
Como é hoje
A partir de 1º de outubro passa a vigorar nova regulação sobre a taxa de intercâmbio para operações realizadas no cartão de débito. Essa taxa é
11 CONSUMIDOR CONSUMIDOR Passa Passa o Cartão de Débito o Cartão de Débito
VENDEDOR 2 Taxa de Desconto média: 1,51%* 2 VENDEDOR Taxa de Desconto média: 1,51%* paga para o >> CREDENCIADOR paga para o >> CREDENCIADOR (Dono da maquininha) (Dono da maquininha)
CREDENCIADOR 3 Taxa de Intercâmbio 3 CREDENCIADOR Taxa de Intercâmbio máxima: 1,12% >> paga para >> máxima: 1,12% DE >> paga para >> OPERADORES CARTÃO OPERADORES DE CARTÃO
Como vai ficar
paga pelos credenciadores, ou seja, as empresas que operam máquinas de cartão, às operadoras, isto é, as instituições financeiras. Por enquanto, não haverá mudanças nas transações com cartão de crédito.
11 CONSUMIDOR CONSUMIDOR Passa Passa o Cartão de Débito o Cartão de Débito
VENDEDOR VENDEDOR 2 de Desconto menor 2 Taxa Taxa de Desconto menor paga para o >> CREDENCIADOR paga para o >> CREDENCIADOR (Dono da maquininha) (Dono da maquininha)
CREDENCIADOR CREDENCIADOR 3 de Intercâmbio 3 Taxa Taxa de Intercâmbio máxima: 0,80% >> paga para >> máxima: 0,80% >>CARTÃO paga para >> OPERADORES DE OPERADORES DE CARTÃO
* Taxa do cartão de débito. Fonte: Banco Central, Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil – dez/2016. ** Fonte: Banco Central.
Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
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Foto: Shutterstock.com
DESENVOLVENDO VAREJO | RENATA DIAS
TT Espaço pretende impulsionar a competitividade por meio da inovação em processos e produtos
VAREJO GANHARÁ LABORATÓRIO DE INOVAÇÃO Projeto da ABDI conta com o apoio da CNDL e começa a sair do papel
U
m espaço para apoiar o setor varejista no desenvolvimento de inovações e na melhoria da produtividade e da eficiência no atendi-
mento do novo perfil de consumidor. Visando a fortalecer a conexão entre diversos atores, o Laboratório de Inovação no Varejo começa a sair do papel. A iniciativa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em parceria com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), conta com o apoio da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e outros parceiros. O objetivo é estabelecer um ambiente de conexão, de experimentação e de inovação dedicado a convergir iniciativas de governo, entidades setoriais, empresas varejistas, fornecedores e start-ups que buscam desenvolver soluções inovadoras para o setor. “Pela sua capilaridade e volume, o setor varejista pode ser uma força capaz de alavancar o crescimento econômico do país, incorporando inovações e dinamizando o mercado”, explica Eduardo Tosta, coordenador da área de Comércio e Serviços da ABDI. O espaço também irá propiciar ferramentas capazes de realizar leituras profundas quanto ao comportamento do consumidor e, assim, antecipar oportu-
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Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
nidades e conceber produtos e
Em processo de definições estratégicas das atividades, a Consultoria
serviços que possam atender ao
Pieracciani foi contratada e entregou um diagnóstico do setor, buscan-
mercado de modo mais acertado.
do as bases para o projeto. Foram ouvidos especialistas e coletadas
De acordo com a ABDI, o con-
suas percepções sobre os desafios do setor varejista, o papel da inova-
ceito de laboratório de varejo é
ção e do laboratório, entre outros temas.
utilizado por vários países como
De acordo com o estudo, os principais desafios e dificuldades aponta-
forma de impulsionar a competi-
dos pelo setor são a qualificação da mão de obra, a capacitação dos em-
tividade do setor por meio da ino-
presários e funcionários, resistências culturais para adoção de tecnologias
vação em processos e produtos.
e acesso a crédito para inovação e desafios tributários, trabalhistas e logís-
Em geral, são espaços compar-
ticos. Para os especialistas, a inovação tecnológica no varejo está voltada
tilhados (coworkings) que se as-
para o aumento da competitividade, com redução de custos, aumento da
semelham a centros de pesquisa,
produtividade e melhoria da experiência do consumidor. Os especialistas
em que é possível desenvolver e
acordaram que a inovação será o diferencial na sobrevivência em um mer-
aplicar as mais diversas tecnolo-
cado cada vez mais competitivo, em que as start-ups possuem papel rele-
gias, analisar e validar as relações
vante por trazerem de forma rápida novas tecnologias para o setor.
entre
consumidores,
produtos,
ambientes e processos do varejo,
Os entraves levantados pelos entrevistados foram divididos em quatro grupos de diferentes naturezas:
além de trazer melhorias a todo o
Cultura: resistência à mudança, falta de interesse dos líderes da em-
processo de exposição, produção
presa pela inovação, pressão das atividades do dia a dia, falta de
e método de negócio do setor.
cultura colaborativa, visão imediatista, dificuldade para enxergar os
A proposta do laboratório é
retornos de longo prazo.
disponibilizar ao setor um am-
Desconhecimento: lacuna de conhecimento ou falta de habilidade em
biente colaborativo para a cons-
lidar com recursos tecnológicos, dificuldade de identificar por onde
trução de ações e programas de
começar e insegurança quanto ao sucesso e retorno da inovação.
estímulo à inovação. “O laborató-
Aspectos financeiros: custo da tecnologia considerado alto, falta de
rio nasceu para fortalecer a co-
políticas públicas, incentivos governamentais ou linhas de crédito para
nexão entre empresas varejistas,
inovar e reflexos da crise financeira que inibem a agenda de inovação.
agentes de inovação, empreen-
Aspectos estruturais: falta de infraestrutura de telecomunicações
dedores, investidores, acelerado-
e logística adequada, falta de maturidade do mercado consumidor,
ras, academia e governo. Será um
além de questões tributárias e regulatórias.
espaço de transformação digital”, adianta Tosta.
Apesar das barreiras identificadas que inibem a inovação no setor varejista, os entrevistados perceberam oportunidades em três diferentes dimensões: a inovação no processo de compra (foco na experiência
DIAGNÓSTICO
do consumidor), a inovação de processos (gestão e melhoria da produ-
O projeto prevê uma equipe
tividade) e a inovação colaborativa na cadeia de valor (desenvolvimento
própria e espaço físico dedicado
de soluções transversais e estímulo à criação de redes compartilhadas).
e realizará gratuitamente mais de
A expectativa é que o projeto seja um instrumento de sensibilização
cem atividades nos próximos dois
e aproximação do mundo digital com a mudança de cultura. O labora-
anos. Dentre elas, destacam-se:
tório será um espaço de experimentação de novas ideias, em que não
hackathons, start-up weekends,
haja medo de errar e que consiga chegar até o teste real com o consu-
meetups, bootcamps, mentorias,
midor final em espaços de consumo, um balão de ensaio e fonte para
coaching, workshops, capacita-
gerar resultados para o negócio. Pode ser um caminho para replicar
ções, demonstrações de tecnolo-
em diferentes localidades e contextos, incentivar a geração de políticas
gias, oficinas de prototipagem e
públicas, além de promover a inovação e fortalecer a integração entre
teste com clientes.
indústria e varejo. Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
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TALK SHOW | RENATA DIAS
LIDANDO COM A CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL O Refis trouxe um alívio para micro e pequenas empresas endividadas com o fisco, mas a reflexão persiste: por que pagamos tantos impostos?
Publicada no Diário Oficial de 23 de abril, a Lei Complementar nº 162/2018 autoriza o refinanciamento das dívidas fiscais (Refis) das micro e pequenas empresas. A medida foi uma conquista fruto de muita mobilização de entidades junto ao Congresso Nacional. A batalha começou em dezembro do ano passado, quando o plenário do Senado Federal aprovou o projeto que instituía o Programa Especial de Regularização Tributária das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte optantes pelo Simples Nacional (PERT-SN). No dia 5 de janeiro deste ano, o projeto foi vetado integralmente pelo presidente da República. A justificativa era a falta de previsão sobre seu impacto no orçamento. Porém, quatro dias depois, o governo sancionou o Refis para as dívidas rurais, com renúncia de R$ 15 bilhões. Nos últimos dez anos, foram aprovados 17 Refis, para diferentes segmentos da economia. Com o veto, a mobilização para sua derrubada ganhou força. A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS) sensibilizaram os congressistas, atuando ao lado das Frentes Parlamentares da Micro e Pequena Empresa (presidida pelo deputado Jorginho Melo) e do Comércio, Serviços e Empreendedorismo (à frente, o deputado Efraim Filho). O resultado veio com uma votação folgada: 346 votos a favor e um contra a derrubada do veto, na Câmara, e 53 a zero, no Senado.
20
Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
“Essa vitória mostra a importância de trabalharmos em conjunto, a favor do desenvolvimento do Brasil. O Sistema CNDL é composto por 95% de micro e pequenas empresas, setor que sofreu muito com a crise, mas segurou a oferta de empregos e movimenta a economia. O Refis é um oxigênio necessário para que nós, micro e pequenos empresários, continuemos na formalidade, pagando impostos e oferecendo emprego”, avalia o presidente da CNDL, José César da Costa. Segundo o Sebrae, o Refis deve beneficiar cerca de 600 mil empresas brasileiras que devem cerca de R$ 20 bilhões à União. “Seria injusto conceder o refinanciamento das dívidas das grandes empresas e deixar as pequenas de fora. O pequeno empresário representa o Brasil real, o Brasil que continua gerando emprego e renda, que precisa negociar suas dívidas para continuar apostando na retomada da economia”, afirma seu presidente, Guilherme Afif Domingos. Com a promulgação, a partir de maio, os débitos vencidos até novembro de 2017 deverão ser pagos da seguinte forma: numa primeira etapa, é preciso quitar no mínimo 5% do valor da dívida, sem descontos, em até cinco parcelas mensais e sucessivas. O restante poderá ser parcelado em até 175 vezes, com redução de 50% dos juros, 25% das multas e 100% dos encargos legais. Para menos parcelas, o texto permite descontos maiores (veja mais no quadro).
E POR QUÊ? Mas, afinal, por que pagamos tantos impostos no Brasil? A carga tributária nacional é a soma de todos os tributos que o governo exige das empresas e dos cidadãos a cada ano. A atividade empresarial é extremamente impactada pelo tamanho e complexidade dos impostos. Para ter uma ideia, atualmente vigoram no país 63 tributos e 97 obrigações acessórias. Tudo tem de ser enviado à Receita Federal em prazo preestabelecido, sob pena de multa. Cada empresa tem de seguir mais de 3.790 normas e, diariamente, cerca de 30 novas regras tributárias são editadas. De acordo com o Impostômetro, ferramenta criada pela Associação Comercial de São Paulo para acompanhar a mordida do leão nos recursos privados, o total de tributos pagos pelos contribuintes brasileiros ultrapassou R$ 700 bilhões em abril deste ano. “Os impostos representam um importante freio para o crescimento das empresas, independentemente do tamanho. O Brasil precisa alterar a legislação para possibilitar redução de gastos e despesas e promover uma reforma tributária de modo a desonerar consideravelmente as empresas, simplificando o sistema e privilegiando o consumo”, avalia o empresário Marco Pitól. Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
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TALK SHOW
Dono de uma marca – Pittol Calçados – nascida
REFIS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – CONDIÇÕES:
Quem pode aderir ao Refis?
na cidade de Concórdia, em Santa Catarina, em 1958,
Todas as empresas com débitos do Simples
a rede hoje possui 19 lojas, espalhadas por várias ci-
Nacional, mesmo que não sejam mais optantes
dades do Sul do país. Ao longo da trajetória de cres-
ou tenham sido baixadas, podem pedir o par-
cimento, fruto de disciplina e coragem, Pitól teve que
celamento dos débitos.
lidar com diferentes regimes tributários. Conforme o negócio vai crescendo, as obrigações vão mudan-
Até quando é possível aderir ao Refis?
do, mas a carga acompanha todos os passos do ca-
Os interessados poderão aderir ao PERT-SN
minho. Atualmente, cerca de 20% da receita bruta
até o dia 9 de julho.
é consumida por impostos. “A carga tributária no Brasil é insuportável para o contribuinte. As empre-
Como solicitar o parcelamento das dívidas?
sas encontram grande dificuldade para repassar até
Os empresários interessados no refinanciamen-
mesmo os custos nos preços e isso, somado à tribu-
to devem acessar o site da Receita Federal ou o
tação aviltante, redunda na elevada mortandade das
Portal do Simples Nacional. O valor mínimo das
empresas”, aponta o empresário.
prestações será R$ 300.
O agravante é que a sociedade recebe muito recolhidos. Serviços de saúde, educação e seguran-
Quais são as condições de refinanciamento para as micro e pequenas empresas?
ça pública, as principais contrapartidas esperadas,
O empresário deverá fazer o pagamento em es-
são reconhecidamente precários no país. Além de
pécie de, no mínimo, 5% do valor da dívida con-
frustrar o cidadão comum, a atividade do empreen-
solidada, sem reduções, em até cinco parcelas
dedor brasileiro enfrenta dois sérios obstáculos de
mensais e sucessivas, e poderá pagar o restante:
natureza tributária: a carga tributária é elevada e as
a) Liquidando integralmente, em parcela úni-
obrigações acessórias são complexas e custosas. Es-
ca, com redução de 90% dos juros de mora,
tas referem-se às exigências feitas aos empresários,
70% das multas de mora, de ofício ou iso-
como inscrições cadastrais e recebimento de audi-
ladas e 100% dos encargos legais, inclusive
torias fiscais. A proliferação de regimes especiais –
honorários advocatícios.
pouco em troca do volume gigantesco dos impostos
isenção e redução de base de cálculo - e os inúmeros
b) Parcelando em até 145 parcelas mensais e
incentivos fiscais, avaliação de seus resultados, em
sucessivas, com redução de 80% dos juros
geral, não permitem que as alíquotas dos principais
de mora, 50% das multas de mora, de ofício
impostos sejam reduzidas a níveis mais razoáveis,
ou isoladas e 100% dos encargos legais, in-
como as praticadas no resto do mundo.
clusive honorários advocatícios. c) Parcelando em até 175 parcelas mensais e sucessivas, com redução de 50% dos juros de mora, 25% das multas de mora, de ofício ou isoladas e 100% dos encargos legais, inclusi-
Foto: CNDL
ve honorários advocatícios.
TTEm cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Fazenda, Henrique Meireles, anunciaram o apoio à derrubada do veto
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Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
TALK SHOW | RAFAELA PAULINO
EM BUSCA DA SIMPLIFICAÇÃO Há 12 anos, o Dia da Liberdade de Impostos propõe união entre lojistas e consumidores para simplificar a tributação no varejo
A
lertando para a maior carga tributária da América Latina, a Câmara de Dirigentes Lojistas Jovem (CDL Jovem) promove todos os anos uma ação para conscientizar a respeito da in-
cidência de impostos no varejo: o Dia da Liberdade de Impostos (DLI). Já em sua 12ª edição, a campanha objetiva mostrar aos consumidores que os impostos são altos, mas o Estado não reverte tais recursos em benefícios para a sociedade. Segundo o coordenador nacional da entidade, Lucas Pitta, o projeto teve início com a CDL Jovem de Belo Horizonte, quando postos de combustíveis aderiram à proposta de não repassar o valor dos impostos aos consumidores por um dia. O DLI ganhou caráter nacional e estabelecimentos comerciais também aderiram à iniciativa. “Percebemos a importância da data para continuar cumprindo a missão das CDLs de representar o comércio. Hoje, a campanha faz a economia girar por meio dos descontos de impostos e é uma forma de protesto”, destaca Pitta. O coordenador explica também que o processo de recolhimento de impostos é complexo e burocrático. Para ele, o modelo de tributação no Brasil é o grande vilão
quando
se fala do preço final de um produto.
“O
empresário leva a culpa dos altos preços de mercadorias, o que não é verdade. O recolhimento seria mais justo caso fosse feito como
Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
23
TALK SHOW
VEJA O QUANTO VOCÊ PAGA SÓ DE IMPOSTOS (PERCENTUAIS SEGUNDO O IBPT)
em outros países, a exemplo dos Estados Unidos, onde a cobrança recai apenas sobre o consumidor. No Brasil, temos um modelo de imposto sobre imposto, ou seja, cada personagem da cadeia produtiva tem uma taxa a ser paga. Quando o produto chega ao consumidor, já está com um preço muito maior do que em outros países”, explica. Neste ano, o DLI acontece em 24 de maio e deve mobilizar o varejo de 17 estados, com estabelecimentos comerciais de mais de cem
Gasolina
Tênis
42%
40%
Fogão
Carro
Camisa de algodão
Brinquedos
cidades. “Será um importante momento para a conscientização da sociedade. O imposto continuará a ser pago pelo lojista, mas não será repassado ao consumidor”, ressalta Pitta.
DLI NA CAPITAL FEDERAL O Distrito Federal será um dos locais onde os consumidores estarão isentos de impostos durante a campanha. Em parceria com a CDL Jovem, postos de gasolina e quatro shoppings vão conceder os des-
32%
31%
contos referentes aos tributos. De acordo com o superintendente do JK Shopping, Marcos Atayde, o projeto chama atenção para um tema muitas vezes despercebido. “O consumidor passa a ter noção da arrecadação em cada produto e pode cobrar do governo de que forma isso está sendo aplicado em benefício dos cidadãos”, destaca. Estimativas da CDL Jovem DF apontam que 700 lojas participarão do DLI, oferecendo descontos de até 40% neste ano. “Essa é uma
34%
31%
data que une empresário e consumidor para levantar nossa principal bandeira: a simplificação tributária”, ressalta o presidente da entidade, Raphael Peganini. “O imposto não deve deixar de ser pago, mas deve ser feito de forma racional e ter uma contrapartida do Estado em relação aos ser-
Serviço de telefonia
viços públicos ou então continuaremos pagando altos impostos, mas
40%
Brinquedos
34%
precisando recorrer à rede privada. Não dá para continuar pagando duas vezes pela mesma coisa”, conclui.
CINCO DICAS PARA LIDAR COM A CARGA TRIBUTÁRIA DA SUA EMPRESA
24
1
Entenda a especificidade de cada regime tributário existente no país.
2
Faça um planejamento tributário – princípio de uma gestão eficiente.
3
Fique de olho nos créditos e incentivos fiscais existentes.
4
Escolha a estrutura e o formato jurídico de empresa mais adequados à realidade do seu negócio.
5
Peça ajuda profissional para ajudar nesse processo.
Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 522 523 | Maio 2018
Fonte: Blog Saia do Lugar.
COLUNISTAS
EMPRESAS DO SIMPLES, É HORA DE ACERTAR AS CONTAS COM O LEÃO!
A
Receita Federal do Brasil, em parceria com algumas Secretarias Estaduais da Fazenda, está realizando uma força-tarefa para coibir infrações ao Simples Nacional. A operação inova
em alguns pontos sensíveis do comércio e tem por objetivo identificar omissões de receita e abuso de forma pela análise da contabilidade das empresas.
Felipe Lückmann Fabro Advogado, professor universitário e sócio da Fabro & Menezes Advocacia. Especialista em Direito Tributário pela Fundação Getulio Vargas. Membro da Comissão de Juristas responsável pela elaboração do anteprojeto do novo Código Comercial Brasileiro no Senado e da Comissão de Juristas de Revisão do Projeto de Código Comercial Brasileiro (PL nº 1.572/2011), da Câmara dos Deputados.
Identificar, por exemplo, o suprimento de caixa com origem não comprovada, a inconsistência de informações sobre os recebíveis de cartão de crédito, a existência de passivo fictício e o pagamento de despesas em volume superior às disponibilidades financeiras está entre os principais focos de atuação. Bom é dizer aos contribuintes que, diante da intimação fiscal, restam sempre três caminhos: a) reconhecer os problemas, efetuar a retificação da contabilidade e recolher espontaneamente os tributos devidos; b) apresentar documentos que comprovem a licitude e fidedignidade de suas operações; c) aguardar o procedimento de fiscalização e enfrentar juridicamente o lançamento tributário, que, não raras vezes, extrapola os limites da legalidade. Importa notar que não só o passivo tributário (financeiro) deve ser levado em conta para a tomada de decisão, mas a possibilidade de exclusão do Simples Nacional e, como consequência, o impedimento para exercer a opção por até três anos subsequentes. Tenha-se presente que o recém-promulgado Refis do Simples permite o parcelamento de todos os débitos vencidos até novembro de 2017, com uma entrada de 5% do valor da dívida e o saldo parcelado em até 175 prestações, com redução de 50% dos juros, 25% das multas e 100% dos encargos legais. Vale dizer àqueles contribuintes que fizerem a adesão ao programa que o ato declaratório executivo de exclusão poderá ser suspenso e/ou cance-
É hora de rever passivos tributários e considerar essa janela de oportunidade para a regularização fiscal.
lado, permitindo a permanência da empresa no regime. Assim, é hora de rever passivos tributários cujo prognóstico de perda é provável e considerar essa excelente janela de oportunidade para a regularização fiscal.
Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
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Foto: Assessoria de Imprensa
ENTREVISTA | RENATA DIAS
TTDeputado Efraim Filho reforça atuação para aumentar representatividade do setor
“Há cerca de duas décadas, o setor privado em geral vem se debatendo por uma tributação justa. O atual modelo necessita de uma reforma para consertar distorções.”
MODERNIZAR E FORMULAR DIRETRIZES DE APOIO AO SETOR Deputado federal Efraim Filho fala sobre os trabalhos da Frente Parlamentar CSE no Congresso Nacional
C
omprometido com as demandas do setor de comércio e serviços, o deputado federal Efraim Filho (DEM-PB) é presidente da Frente Parlamentar Mista do Comércio, Serviços e Empreendedorismo
(CSE) e reforça sua atuação no sentido de aumentar sua representatividade e levar mais segurança jurídica para ações do setor. Criado em 2015, o grupo já analisou quase 11 mil proposições legislativas e monitora mais de 500 propostas que podem impactar diretamente o setor varejista. São temas que envolvem regulação, questões tributárias e trabalhistas, além de incentivos ao empreendedorismo.
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Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
CONFIRA, A SEGUIR, ENTREVISTA EXCLUSIVA COM O DEPUTADO.
A derrubada do veto presidencial ao Refis das micro e pequenas empresas foi considerada a primeira vitória do ano para o setor. O resultado foi fruto de uma forte mobilização de entidades e da atuação da Frente Parlamentar CSE. Como avalia os impactos dessa medida que permite um respiro e uma reorganização para essas empresas diante do fisco? Dado o momento crítico do país nos últimos anos, a queda do veto presidencial é de suma importância. Não se trata de premiar a inadimplência, mas compreender que é preciso manter ativas essas empresas e resgatar a geração de oportunidades. Muitas micro e pequenas empresas contraíram dívidas tributárias e a maioria não conseguiu regularizar ainda seus débitos. Elas precisam do acesso ao crédito em bancos e aos processos de compras governamentais, entre outras necessidades. Não tenho dúvidas de que esse segmento desempenha um papel crucial na economia brasileira. Ele representa mais de 90% do universo empresarial brasileiro, parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB) e emprega mais da metade da população economicamente ativa. A alta carga tributária no país é um dos principais desafios para empresários e lojistas. De que forma os trabalhos no Congresso Nacional podem ajudar a aliviar essa pressão?
carga tributária, a regulação dos
Em primeiro lugar, creio que seja necessária uma reforma. Há cerca de
meios de pagamento e o estimu-
duas décadas, o setor privado em geral vem se debatendo por uma tributa-
lo à desburocratização e ao em-
ção justa. O atual modelo necessita de uma reforma para consertar distorções.
preendedorismo. Com ações direcionadas, a frente parlamentar
Defendido como um instrumento para melhorar a oferta de crédito no
poderá, por meio de propostas
país, o Projeto de Lei da Câmara nº 441/2017 altera a Lei do Cadastro
legislativas, levar mais segurança
Positivo (Lei nº 12.414/2011), garantindo a privacidade do consumidor
jurídica a diversas ações do setor.
e seu sigilo bancário. A principal mudança é que todos os brasileiros poderão ter suas informações sobre histórico de pagamentos dispo-
O setor de comércio e serviços
níveis no Cadastro Positivo. Como avalia essa matéria?
no Brasil é um dos principais
Em tese, o Cadastro Positivo deverá possibilitar aos bons pagadores obter
geradores de emprego e renda.
taxas de juros menores e prazos maiores em empréstimos e financiamentos.
Como o senhor vê o papel des-
Pela experiência internacional, é uma ferramenta que ou aumentou o acesso
se setor na retomada do cresci-
ao crédito ou reduziu a taxa de juros. Atualmente, cerca de seis milhões de
mento econômico?
pessoas optaram por entrar no sistema. Segundo levantamentos, 40% delas
O setor de comércio e ser-
aumentaram sua nota de crédito após aderir ao modelo e tiveram mais vanta-
viços pode ser alternativa para
gens ao financiar suas compras. Houve ainda uma queda da inadimplência, o
contornar o desemprego, que
que é positivo para o setor. Na proposta discutida na Câmara dos Deputados,
atinge duramente a população
um dos pontos garantidos é a proteção de dados dos consumidores.
brasileira. Ele representa atualmente, por exemplo, cerca de
Quais são as ações ou temas prioritários dos trabalhos da Frente Par-
60% do PIB nacional e é o maior
lamentar CSE neste primeiro semestre do ano? Quais serão nossas
gerador de empregos formais
principais batalhas?
do país. Seu crescimento é visto
A frente está atuando no sentido de modernizar e formular diretrizes que apoiem o setor. Como exemplos, podemos citar a simplificação da
como uma promessa para o desenvolvimento do Brasil.
Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
27
BRASÍLIA 40 GRAUS | RENATA DIAS
UNECS promove evento que reúne o deputado Rogério Marinho e o ministro Ives Gandra Filho, em São Paulo
O
ministro do Tribunal Superior do Trabalho,
res e gestores de recursos humanos entenderem os
Ives Gandra Filho, e o deputado federal e
impactos da modernização trabalhista sob o viés do
relator da modernização trabalhista, Ro-
Legislativo e do Judiciário, com quem mais entende
gério Marinho (PSDB-RN), são os maiores espe-
do assunto. “Reunimos duas mentes brilhantes e as
cialistas no assunto. Juntos, eles comandam um
maiores referências na modernização trabalhista. O
painel sobre a nova legislação trabalhista do país,
deputado Rogério Marinho foi relator da moderni-
que entrou em vigor em novembro de 2017. Bati-
zação e a excelência de sua atuação o coloca numa
zado de “150 dias da reforma trabalhista”, o even-
posição ímpar como especialista no assunto no âm-
to é promovido pela União Nacional das Entida-
bito legislativo. E a experiência do ministro Ives Gan-
des do Comércio e Serviços (UNECS) e acontece
dra Filho, que à época da aprovação da lei presidia
no dia 3 de maio, em São Paulo.
o Tribunal Superior do Trabalho, com a legislação
Para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e da UNECS,
28
trabalhista brasileira traz uma visão privilegiada do Jurídico sobre o tema”, declara Solmucci.
Paulo Solmucci, essa é uma ótima oportunidade
O objetivo do painel é traçar um panorama das
para empresários, líderes, advogados, contado-
principais mudanças e fazer um apanhado dos
Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
avanços nestes cinco meses desde que as novas
segurança jurídica e dos mecanismos legais de
normas passaram a valer. “O sucesso da reforma
fortalecimento dos sindicatos representativos.
trabalhista foi tão rápido e amplo que surpreendeu
Enfim, trata dos principais temas e impactos
mesmo seus artífices, reduzindo em bem mais da
da modernização das leis trabalhistas. Dúvidas
metade o número de ações ajuizadas na Justiça
frequentes são dirimidas em respostas diretas,
do Trabalho, a par de os indicadores econômicos
que esclarecem pontos da legislação que ainda
apontarem para o crescimento do PIB e redução
poderiam estar obscuros.
da taxa de desemprego. Agora, é aproveitar mais
A obra traz ainda artigos publicados na im-
e melhor todas as suas potencialidades, estimulan-
prensa entre junho de 2016 e setembro de 2017.
do a negociação coletiva direta entre os agentes da
Os textos mostram o intenso debate que per-
produção nacional”, avalia o ministro.
meou todo o longo processo político e legisla-
Na avaliação do deputado, existem dois pontos
tivo da modernização trabalhista. No conjunto,
cruciais que já demonstram a importância da nova
exibem os principais argumentos demonstrati-
legislação para o Brasil: “Apenas em janeiro e feve-
vos da necessidade de modernização trabalhis-
reiro deste ano, o país gerou mais de 140 mil novos
ta no país e refutam as principais objeções à
postos de trabalho; foi o melhor janeiro desde 2012 e
modernização.
o melhor mês de fevereiro desde 2014, ou seja, o país
O livro possui também fotos ilustrativas e
está voltando a crescer e gerar emprego e renda”. O
endereços (Qr code) de vídeos contendo en-
segundo ponto é referente à questão do direito pro-
trevistas, debates e discursos.
cessual. “Nesses últimos meses, já obtivemos uma redução substancial de novas ações trabalhistas. Em alguns estados, chegamos a uma redução de 50% na quantidade de processos abertos. Isso traz segurança jurídica e efetividade na prestação do serviço jurisdicional e o tempo de tramitação de um processo tem diminuído drasticamente”, avalia.
PUBLICAÇÃO Na ocasião, será lançado o livro Modernização das leis trabalhistas: o Brasil pronto para o futuro, de autoria do Marinho. O texto esmiúça a história recente da reforma trabalhista e explica, em detalhes, o conteúdo e os possíveis impactos da nova Lei nº 13.467/2017. O leitor poderá compreender, nas quase 300 páginas, os objetivos, as circunstâncias econômicas, políticas e históricas e os contrapontos que guiaram a feitura da modernização das leis trabalhistas brasileiras, uma nova lei que propiciou os meios para a mudança de estruturas arraigadas à sociedade desde os anos 1940. O livro analisa e expõe o tema dos direitos trabalhistas, da terceirização, da proteção às mulheres na nova lei, da jornada de trabalho, do combate à in-
Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
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BRASÍLIA 40 GRAUS | RENATA DIAS
institucional, que representa os interesses gerais do setor, junto a órgãos e entidades governamentais municipais, estaduais e federais; e outra na vertente técnica, que presta suporte e assessoria jurídica aos associados e fomenta o debate legal de interesse do setor. O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), José César da Costa, marcou presença na solenidade. O presidente da Afrac destacou a representatividade da UNECS e celebrou o aumento da força
NOVA ENTIDADE NA UNECS
política da associação ao entrar no grupo. “Para a Afrac, é muito importante participar da UNECS, uma vez que, ao nos juntarmos à união que representa uma série de entidades de classe, esse atributo se torna maior. Agora, estamos dentro de
A
União Nacional de Entidades do Comér-
uma quantidade de contribuintes muito grande e
cio e Serviços (UNECS) conta com uma
onde poderemos trabalhar com o fisco, políticos,
nova entidade: a Associação Brasileira de
Congresso ou Senado para colocar as necessida-
Automação para o Comércio (Afrac). A formali-
des do nosso setor de automação comercial. Uma
zação da entrada foi realizada no início de abril,
das coisas que temos tentado ao longo dos anos
durante a Autocom 2018 - principal evento de tec-
e, principalmente, dentro da minha gestão é nos
nologia para o comércio da América Latina.
aproximar e participar dos processos antes de
Com 30 anos de história, a Afrac é presidida por Zenon Leite Neto e atua em duas frentes: uma
eles acontecerem e acreditamos que com a UNECS isso será possível”, declarou.
VAREJO E POLÍTICA
O
3º Simpósio Nacional de Varejo e Shopping, realizado pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), em Foz do Iguaçu, de 5 a 8 de abril, teve cunho bastante político. Mesmo mantendo os pilares de debater as questões sociais, tributárias e de transparência
na relação entre shoppings e lojistas, abriu espaço para a participação de presidenciáveis: o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, o empresário Flávio Rocha, e o atual presidente da República, Michel Temer. Os presidentes das entidades-membro da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS), Paulo Solmucci (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), José César da Costa (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e George Pinheiro (Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil), também estiveram presentes. Cerca de 300 convidados de redes de varejo e shopping centers participaram do simpósio. E
mesmo com tantas questões políticas, o evento não perdeu o cunho “varejista”. A especialista em Pesquisa de Mercado, Márcia Sola, falou sobre as tendências para o mercado nos próximos anos e o representante da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, Leonardo Machado, falou sobre as oportunidades de internacionalização de marcas.
30
Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
COLUNISTAS
FALE DE DINHEIRO
D
inheiro para tomar um café, dinheiro para ir ao salão de beleza, dinheiro para fazer a compra do mês, contratar um seguro, pagar o aluguel. O dinheiro está de tal forma presente na nossa
vida cotidiana que raramente paramos para pensar no seu significado ou repensar seu uso. É melhor ter do que falar a respeito. Estudo recente do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostrou que, mesmo dentro de casa, a regra é o silêncio quando o assunto é dinheiro. Menos da metade dos consumidores entrevistados garantiu falar com frequência sobre os gastos e o orçamento familiar. Os outros dividem-se entre os que só falam na hora do aperto, os que não acham
Marcela Kawauti Economista-chefe do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil)
necessário e os que contornam o assunto para evitar brigas. Sim, brigas. O tema “dinheiro” é sensível, especialmente dentro da esfera familiar. Debaixo de um mesmo teto, as preferências e prioridades podem ser bastante divergentes. Talvez o único consenso seja de que, quanto mais dinheiro, melhor. Mas a escassez dos recursos impõe, na maioria dos casos, que se façam escolhas. Mudar de assunto não resolve o problema; no máximo, adia e o torna ainda mais grave. Com o tempo, extrapola o bolso e afeta o convívio. Para ser efetivo, o planejamento do orçamento deve envolver e mobilizar todos. Havendo um objetivo comum, essa mobilização fica mais fácil. Também é importante que o planejamento conjunto não anule completamente o espaço da individualidade. O ideal é que os participantes do orçamento tenham uma margem para usar como quiser. Em suma, é preciso que haja transparência, diálogo e objetivos em comum. Os filhos também podem entrar na conversa, devendo ser educados desde cedo para que saibam o valor de cada centavo. Vivemos um cenário em que oito em cada dez consumidores dizem estar com pendências ou no limite do orçamento. Nem todos podem atribuir essa situação à crise econômica dos últimos anos. Em muitos casos, o desequilíbrio é consequência de escolhas equivocadas. Neste mês, o Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef) organiza uma semana inteira para falar de dinheiro, a Semana ENEF. É uma grande chance para esclarecer dúvidas e dar um novo passo no planejamento do orçamento doméstico. O evento acontecerá entre os dias 14 e 20 de maio e promoverá ações de educação financeira em todo o país, com participação on-line e presencial. Você encontra a programação detalhada no site do evento (www.semanaenef.gov.br). Participe, dissemine e não se acanhe: fale mais de dinheiro.
Para ser efetivo, o planejamento do orçamento deve envolver e mobilizar todos.
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DICAS DO TAG | VINÍCIUS BRUNO
STORIES DO INSTAGRAM É O NOVO QUERIDINHO DAS MARCAS NAS REDES SOCIAIS Dê asas à sua imaginação e faça sua marca bombar com posts instantâneos que somem em 24 horas
A
função Stories do Instagram virou febre entre digital influencers e viciados em redes sociais. O que muita gente também está descobrindo é que a famosa rede de compartilhamento
de fotos e vídeos pode ser o canal perfeito para quem planeja estratégias de conteúdo para alavancar negócios e ampliar a visibilidade de marcas. São quase 500 milhões de usuários do Instagram ativos diariamente em todo o mundo – um número que não para de crescer –, sendo que 290 milhões interagem apenas com os Stories instantâneos. Para ter uma ideia, todos os dias são postadas quase 95 milhões de fotos ao redor do mundo. E mais: 32% de todas as pessoas que usam internet possuem um perfil cadastrado no Instagram. Então, a pergunta é: sua marca realmente vai ficar de fora dessa?
STORIES O QUÊ? Para quem ainda é novato no Instagram, a função Stories nada mais é do que um recurso dentro da rede social em que o usuário posta vídeos curtinhos de até 15 segundos e fotos que desaparecem 24 horas depois de irem ao ar. Também é possível fazer lives, ou seja, transmissões ao vivo. Para deixar o conteúdo ainda mais atrativo para sua rede de seguidores, o usuário tem a possibilidade de adicionar e editar stickers, emojis, desenhos, gifs, tags de localização, textos coloridos e hashtags, por exemplo, tudo para deixar a história mais divertida. O Instagram Stories aparece no topo do feed dos usuários e, para acessá-lo, basta abrir o aplicativo no celular e, na tela inicial, deslizar o dedo para a direita, passando de história para história, continuamente.
POR QUE PERDER MEU TEMPO COM UM CONTEÚDO QUE SOME EM 24 HORAS? O que parece uma desvantagem, na verdade, é o grande atrativo dessa ferramenta. Como o conteúdo
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Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
do Instagram Stories é curtinho, efêmero e de fácil assimilação, tende a impulsionar mais engajamento do que conteúdos estáticos, que é o que realmente importa quando falamos de redes sociais. A função Stories mudou o jeito convencional de usar o Instagram, transformando a plataforma em algo bem mais sofisticado do que um simples álbum de fotografias on-line, promovendo criatividade e total autenticidade entre seus usuários. Exemplo disso é que várias outras redes, como Facebook, Snapchat e WhatsApp, tiveram de se adaptar para enfrentar a popularidade alcançada recentemente pelo Instagram.
STORIES COMO ESTRATÉGIA DE MARKETING E NEGÓCIOS
DICAS IMPORTANTES
Não é recomendável usar o Instagram Stories para
O Instagram Stories ainda é um
conteúdo de longa duração.
formato de conteúdo recente e em
São apenas 15 segundos,
contínuo desenvolvimento e isso é
então não abuse de tantos
ótimo, porque abre um leque de oportunidades
para
frames. Conteúdos muito elaborados
experi-
mentações, tanto de usuários
também são desnecessários.
pessoas físicas quanto das
Com essa ferramenta, a
empresas que possuem um
espontaneidade é mais
perfil corporativo na rede.
importante.
Confira em quais opor-
Mas lembre-se: não é
tunidades o Instagram Sto-
porque a espontaneidade
ries pode fazer a diferença no
é importante que você
seu negócio:
não deve planejar com
Cobertura de even-
antecedência seus posts.
tos ao vivo.
Para maximização da
Transmissão de bastidores.
exposição, uma dica valiosa
Anúncio de novos produtos.
é incluir hashtags nas fotos
Demonstração de produtos e serviços.
e vídeos; assim, o alcance
Tutoriais para auxiliar consumidores.
da postagem vai além da
Interação com seguidores para responder a perguntas.
sua rede de seguidores
Promoção de concursos, votações e sorteios entre
tradicionais.
seguidores.
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START ME UP | ADA SUENE
Foto: Divulgação
PARA TODO MUNDO VER!
TT Joaquim Lopes revela o caminho de consolidação do seu negócio
Empresa mineira desenvolve plataforma para comunicação digital, triplica sua capacidade em três anos e se torna referência no setor
O
portunidades para empreender nem sempre são visíveis de ime-
moravam. Formava-se o embrião
diato. Por outro lado, uma simples ocorrência cotidiana pode ser
da 4YouSee.
uma chance para investir em sonhos. A história de um grupo de
jovens de Minas Gerais começou assim.
“Desenvolvemos as tecnologias e validamos a plataforma no
Em 2006, Paulo Mello estava no Chile e perdeu seu voo de retorno
prédio. Com as informações dinâ-
ao Brasil. Durante as horas em que passou no aeroporto, observou a ins-
micas das empresas de presta-
talação de telas para orientação dos passageiros no terminal. Sem per-
ção de serviços, podíamos gerar
der tempo, reuniu informações sobre o serviço e o produto, percebendo
produtos, como comunicados e
que ali havia um modelo a ser melhorado. De volta a Belo Horizonte,
informativos que atendiam aos
ele e Joaquim Lopes, que mais tarde se juntariam a Charles Schaefer
moradores, a partir de displays
e Wemerson Silva, deram início ao protótipo de uma plataforma de si-
nos elevadores”, conta Lopes.
nalização digital que, diferentemente do aeroporto chileno, trazia uma
Apesar do esforço do grupo
solução mais dinâmica para o serviço. A proposta trazia um sistema
no início, os primeiros erros logo
que levaria informações às pessoas, em tempo real, a partir de displays
apareceram. A falta de conheci-
de elevadores, lojas e diversos ambientes comerciais, uma espécie de
mento do mercado e de técnicas
canal de TV segmentado para atender ao público-alvo, onde quer que
de vendas acabou comprome-
ele fosse instalado. A versão beta foi testada no condomínio em que
tendo a implantação da empresa.
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Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
“Não conhecíamos o ecossistema
Seu principal produto é uma plataforma inteligente e acessível que
de start-ups, que, na época, não
reúne as ferramentas para o gerenciamento on-line dos conteúdos que
era muito difundido. Sabíamos de-
serão exibidos. A partir de uma lista de reprodução (playlist), é possível
senvolver produto, mas não ven-
realizar a transmissão, via internet, por meio de um ou mais equipamen-
der. Achávamos que se venderia
tos, criando uma espécie de emissora de TV personalizada.
sozinho, um erro muito comum de quem está começando. Além dis-
CLIENTES
so, a competição com empresas
Com a diminuição do tempo gasto pelas pessoas diante da televi-
estabelecidas no ramo era outro
são e sua substituição progressiva pelos dispositivos móveis, a 4YouSee
grande desafio”, revela.
confere a seus clientes um passo à frente para a comunicação com o
empresa,
público. Empresas como a Ipiranga, de combustíveis, a Claro e a Oi, de
em 2010, quando decidiram re-
Para
alavancar
a
telefonia celular, o Extra, Pão de Açúcar e a Dufry (duty free), de impor-
tomar o projeto e seguir o plano
tados, já fazem parte do rol dos grupos atendidos pelos mineiros, de
de negócios, eles trabalharam em
forma direta ou indireta.
dobro. O custo dos equipamen-
A Companhia Industrial Cataguases, da área têxtil, também está na
tos era alto, por isso decidiram
clientela da 4YouSee. Lá, eles utilizam a plataforma para a criação de
prestar serviços de criação de
uma TV corporativa para a comunicação institucional e interna. Com
softwares e aplicativos móveis
essa medida, informações que demoravam até três dias para chegar a
para levantar os recursos, ao mes-
todo o corpo funcional passaram a levar apenas 15 minutos, uma eco-
mo tempo que desenvolviam os
nomia de tempo e de insumos, relativos ao envio de comunicados im-
produtos da 4YouSee. No início,
pressos e murais.
em vez de os sócios remunerarem-se, reinvestiam na empresa.
CRESCIMENTO
Atualmente, a 4YouSee está
Desde a sua criação, a start-up mineira triplicou seu tamanho. Em
consolidada como uma platafor-
2015, a 4YouSee cresceu 161%. Nos dois últimos anos (2016 e 2017),
ma de comunicação digital signa-
manteve a evolução no patamar de 75%. Com administração descentra-
ge (sinalização digital), que atua
lizada em cinco cidades, além de Belo Horizonte, a empresa possui mais
desde a criação das soluções, na
de 30 colaboradores e está em franca expansão.
distribuição dos conteúdos, até a
“Estamos aprendendo a lidar, inclusive, com as dores do crescimen-
análise de resultados. No forma-
to. Recentemente, um de nossos funcionários precisou mudar de estado
to B2B (business to business – de
e pediu seu desligamento. Resolvemos oferecer a ele o trabalho remoto,
empresa para empresa), a start-
uma forma de testar novos modelos de contratação. A ideia é que cada
-up oferece a gestão e o monito-
um desses representantes possa contratar uma equipe e passe a ser um
ramento da comunicação digital
polo replicador da nossa estratégia”, explica Lopes.
de outras empresas, por meio de
Com o maior número de licenças vendidas no país, a 4YouSee
telas (displays) que fazem a trans-
tem um objetivo bem definido, segundo o mineiro: “Dominar o mer-
missão de conteúdos conforme a
cado nacional nesse setor”. E mais, com presença no México, no
segmentação do cliente. De pon-
Peru e na Colômbia, eles têm planos de contratação de represen-
tos de venda do varejo a TVs cor-
tante na Argentina ou no Chile, ainda neste semestre. A ideia é ob-
porativas, além de totens e quios-
ter mais espaço na América Latina, por isso o Caribe também está
ques de mídia indoor, a 4YouSee
na mira dos empresários.
possui uma gama de serviços que
4YouSee tem o nome calculado para alcançar o mercado de outros
contribui para experiência de ven-
países. A expressão, que reúne palavras em inglês, significa “para você
das e de melhoria da comunicação
ver”, o que traduz exatamente a proposta da empresa de garantir visibi-
daqueles que aderem ao serviço.
lidade a seus clientes pela comunicação visual. Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
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Foto: Divulgação
INOVA VAREJO | CAROLINA LAERT
TTAutomoção, inovação e soluções voltadas para o varejo são as chaves do sucesso
DA INDÚSTRIA PARA O VAREJO: COMO A SERVER SOFTWARES TRANSFORMOU-SE EM UM CASE DE SUCESSO Apenas no primeiro trimestre, a empresa cresceu 98% em relação aos três primeiros meses do ano passado 36
Tomar decisões nos negócios não é apenas uma escolha sobre qual rumo seguir, mas uma questão de sobrevivência. Por isso, a história da Server Softwares para Varejo, empresa de Nova Hamburgo, vai ao encontro da vontade de milhões de brasileiros: reinventar-se. Há quase 20 anos no mercado, a Server, como também é conhecida, focava inicialmente softwares para atender à principal atividade econômica da região, a indústria calçadista. No entanto, em meados de 1994, a atividade industrial acabou cedendo à crise iniciada na época – com as incertezas da chegada do Plano Real – e a empresa de tecnologia
Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
teve que mudar sua estratégia e fazer uma importante escolha: qual rumo tomar.
Quando se trata dos grandes, Zanelatto é enfático ao falar da
“A crise atingiu grande parte dos nossos clientes aqui em Nova Ham-
importância da inovação para o
burgo, muitos fecharam as suas portas ou voltaram a utilizar controles
sucesso dos negócios. “Hoje, a
manuais para diminuir os custos. Com isso, tomamos uma decisão a
tecnologia caminha muito rapi-
partir de uma percepção nossa: a necessidade de levar inovação aos
damente e sempre ao lado de
lojistas brasileiros. A partir daí, deixamos de atender às indústrias e fo-
quem busca agilidade e confia-
camos o varejo, surgindo a Server Informática, que após alguns anos
bilidade. Pode até parecer clichê,
se tornou a Server Softwares para Varejo”, conta o diretor comercial da
mas dificilmente uma empresa
empresa, Marcos Zanelatto.
de grande porte irá sobreviver nos dias atuais sem automação
AUTOMAÇÃO, UM BEM NECESSÁRIO
de processos, fica inviável se
Para Zanelatto, muita coisa mudou nos últimos anos, principalmente
manter no mercado”.
quando se trata das novas exigências de um consumidor cada vez mais conectado e antenado. Segundo ele, automatizar não é mais visto como um diferencial dentro das organizações e, sim, uma exigência.
VAREJO 100% CONECTADO Construir um ambiente 100%
“No início, ouvimos muito que o software para o varejo era um ‘mal
conectado, pronto para atender
necessário’, sendo utilizado somente para emitir as notas e exporta-
às demandas reais do consumi-
ções. Manter esse pensamento é um erro. Hoje, o software é uma fer-
dor moderno. É nesse ambiente
ramenta essencial para o varejista. Sabemos que uma operação auto-
que a empresa criou seu car-
matizada tem o controle de seu estoque, suas compras, seus clientes,
ro-chefe, o ERP BusinessShop.
seu crediário, enfim, tudo a um clique de distância, agilizando o dia a
O programa contempla o con-
dia do empresário, mantendo sua loja saudável, sem abrir portas para
trole total de redes de lojas e
erros”, explica.
franquias,
integrando
pontos
O executivo reforça que não há um tamanho específico para que
de venda, área financeira e es-
uma empresa invista em automação, sendo algo que tem que estar ali-
toques. É uma inovação para
nhado com o orçamento. “Os pequenos varejistas podem ir migrando
lojas de confecções, calçados
aos poucos seus controles manuais para a automação, por exemplo.
e acessórios (bolsas, bijuterias,
Além disso, com um software bem alimentado, existem muitas possibi-
entre outros).
lidades para ampliar a receita, seja efetuando uma compra correta com
O grande diferencial desse
informações da sua compra passada, seja utilizando um CRM segmen-
software é o controle dos ne-
tado para seus clientes”, explica.
gócios 100% on-line. Além das inúmeras
funcionalidades,
os
relatórios podem ser acessados pelos executivos via web ou De janeiro a março de
apps próprios para dispositivos
2018, a empresa registrou
móveis, em qualquer parte do
crescimento de 98% em
planeta. “O consumidor está co-
relação aos três primeiros
nectado, então o varejo também
meses do ano passado,
precisa estar. A automação é o
números que devem
ponto de partida para integrar
multiplicar ainda mais diante
suas operações e acredite: isso
das novidades a caminho,
fará seu negócio muito melhor,
algumas delas já em piloto.
mais afetivo e menos custoso”, finaliza Zanelatto.
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ENTREI NA SUA LOJA | LUCIANA LIMA
ATRIBUTOS? PREFIRA OS VERDADEIROS
E
ra uma viagem às pressas, a trabalho, destas que mal dá tempo de arrumar as malas e colocar todos os itens necessários para a sobrevivência fora de casa. Para não per-
der o voo e, consequentemente, a pauta, enfia-se na mala tudo que vê pela frente e, quase sempre, tudo que não se precisa vai e tudo que se precisa fica. Foi assim que desembarquei e logo tive que ir às compras em meio a um intervalo de agenda. O plano era adquirir tudo que havia “lembrado que tinha esquecido” durante duas horas e meia de voo: escova, batom, roupas íntimas e um casaco para a série de compromissos. No intervalo, entre uma entrevista e outra, alcancei o táxi, que me levou direto ao shopping. Na primeira loja de roupas íntimas, meu choque cultural inicial. A vitrine era a cara da luxúria. Vermelha, linda e, sobretudo, sexy! Pensei: é só a vitrine. Deve ter aqui algo mais básico. Entrei e a vendedora, muito simpática, se aproximou. “Olá, posso ajudar?”. Respondi: “Sim, preciso de peças mais confortáveis, duas calcinhas e um sutiã, de preferência que não marque, em cor mais neutra, que não apareça por baixo de roupas de malha. Você tem?”. A resposta recebida foi intrigante: “Então, você quer peças sem
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Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 522 523 | Maio 2018
atributos?”. Eu, sem entender muito bem a conclusão da vendedora, indaguei: “Sem atributos? Como assim?”. Atributos, para mim, são características inerentes a uma determinada pessoa ou coisa, ou seja, algo que a qualifique. O sisudo dicionário confirma minha suspeita, conceituando os “atributos” como “particularidades, qualidades e características que são próprias de alguém ou algo”. Por norma, estão relacionados com aspectos positivos. Mesmo assim, prossegui, sem deixar de lado minha curiosidade com os tais atributos que podem ser comprados em lojas de lingerie. A vendedora voltou de sua pesquisa no estoque com uma série de calcinhas e sutiãs, que mais pareciam uma fusão de armadura com próteses, que atendiam aos tais atributos: apertavam a barriga e a cintura, enchiam com muita espuma as nádegas e peitos. Diante de muita falta de disposição de vestir a armadura imposta às mulheres, decidi dispensar os tais atributos e sair da loja, me orgulhando dos meus verdadeiros atributos. A propósito, o principal deles é um que não se compra em loja nenhuma: a sensação de estar de bem com meu próprio corpo. Isso é poder!
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Foto: Index Assessoria
TENDÊNCIAS | JOANA MARINS
TT Receber mensalmente seus vinhos favoritos em casa virou febre entre os adoradores da bebida
O MARAVILHOSO UNIVERSO DO VINHO
H
eitor Alves é um empresário
do
ramo de festas em
Brasília. Sempre gostou de apreciar um bom vinho, mas, desde que se casou, passou a se tornar um amante da arte. Sem
A indústria de vendas de vinho pela internet tem crescido de forma exponencial nos últimos anos. Conheça um pouco desse mercado, que tem mudado a vida de empresas e consumidores
tempo para visitar vinícolas ou participar de cursos e degustações, sua arma para conhecer novos rótulos e se aprofundar no universo de Baco, o deus grego do vinho, é a internet. “Por indicação do meu sogro, entrei para o clube de vinho Wine. Por uma quantia não muito alta, recebo dois vinhos por mês e uma revista especializada, em que posso me aprofundar no tema sem sair de casa”, conta. Além das garrafas mensais, ele se tornou um comprador de outros rótulos, seja pela Wine, seja por outras importadoras de vinho pela internet. “Temos acesso a produtos de todo o mundo, por preços extremamente
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competitivos, que muitas vezes não encontramos em supermercados comuns. Fora que existem aplicativos em que você pode consultar a nota que o rótulo ganhou em votações populares. Assim, fica difícil errar”, explica o empresário. Longe de estar sozinho, Alves faz parte de uma legião de pessoas que tornaram o e-commerce de vinho um dos negócios mais rentáveis nos últimos anos. Uma das marcas que mais faturaram dentro desse uni-
Foco no mobile: 40% das vendas da Evino são feitas por telefones celulares.
verso foi a Evino. Com apenas cinco anos de existência, a empresa já é a maior importadora de rótulos franceses e italianos no Brasil. Seu crescimento em 2017 foi de fazer inveja a companhias veteranas, atingindo a marca de 114%. De R$ 104 milhões no fim de 2016, fechou o ano com R$ 254 milhões de faturamento. E a perspectiva é crescer
“Está no DNA da Evino rea-
ainda mais, pois a Evino acaba de anunciar o investimento de R$ 50
lizar constantes pesquisas para
milhões na operação em 2018. Para 2020, a ambição é atingir R$ 1
entender as ocasiões de consu-
bilhão em faturamento.
mo do brasileiro e como pode-
“Este ano será de alto crescimento para a Evino, permane-
mos agradar seu paladar. Temos
cendo como o maior importador de vinhos italianos e franceses,
cerca de 150 rótulos por mês,
superando até mesmo o varejo físico”, explica Olivier Raussin,
aprovando apenas uma parte mi-
co-CEO da empresa.
noritária dos vinhos, e traremos sempre novidades para o consu-
DIVERSIFICAR A OFERTA
midor”, comenta Ari Gorenstein,
Um dos maiores desafios da área é ofertar diversas mar-
seu co-CEO.
cas, que tenham qualidade e possam ser referência para ou-
Outra aposta que cresce a
tros compradores. Produzir vinho é uma arte complexa, em que
cada dia é o comércio para mo-
cada detalhe não passa desapercebido. Cada etapa da produ-
biles, focando na venda por tele-
ção pode interferir no produto e existem milhares de rótulos dis-
fones celulares. Grandes aliados
poníveis, o que torna a escolha sobre o que será ofertado uma di-
do e-commerce, os aplicativos
fícil tarefa. Para ajudar nessa busca, as empresas contam com uma
estão caindo no gosto popular e
equipe especializada, além dos winehunters, enólogos que têm como
ganhando cada vez mais a con-
profissão a busca pelas melhores opções de vinho, independentemente
fiança dos consumidores. Atual-
de regiões e uvas específicas.
mente, as vendas pelos celulares representam 40% do total da Evino. “Nossa previsão para 2018 é fazer com que as vendas pelos dispositivos móveis representem a metade do nosso volume. A experiência de compra via dispositivos móveis é muito importante para nós”, afirma Marcos Leal, co-CEO da empresa.
Foto: Index Assessoria
Um brinde ao maravilhoso mundo de Baco! Ele está ao alcance das mãos de todos que gostam de apreciar um bom vinho, além de ser um ótimo negócio. TT Além do comércio eletrônico, empresa investe em eventos de degustação
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Foto: Divulgação
TENDÊNCIAS | MARCOS SANTANA
TT Marca é pioneira em trazer novos significados para objetos de casa
O SEGREDO DA DECORAÇÃO DIVERTIDA
S
abe aquela série, filme ou livro que você adora? Esses elementos de referência podem, e devem, estar presentes na hora da
decoração. Pode ser no quarto, sala, cozinha ou home office. No fun design, não há limites para integrar o divertido com o sofisticado. Líder no segmento no mercado nacional,
Diversão e originalidade são as propostas do fun design. A tendência traz a expressão de hobbies e interesses na decoração
a Imaginarium encerrou 2017 com faturamento de R$ 256 milhões e prevê crescimento de 13% para 2018. A marca possui atualmente 245 pontos de venda e planeja inaugurar 30 operações neste ano, focando no interior do Brasil. Para o diretor de Marca e Produto da loja, Thiago Colares, “certamente o produto tem uma força singular, mas não acredito que ele sozinho justifique o crescimento e o sucesso da marca. Acredito muito no equilíbrio de fatores que compõem o ecossistema e o território da Imaginarium”.
42
Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
Colares explica que, em 2017, a Imaginarium registrou um crescimento
casa e decoração nunca saiu do
de 15% em relação a 2016 e superou a meta prevista para abertura de lojas.
seu campo de atuação. O mix de
“A tradução do DNA e posicionamento da marca sempre se deu pela siner-
produtos transita nesse universo,
gia entre o mix oferecido e a experiência no ponto de venda, linguagem,
com objetos que atendem à casa,
comunicação, parcerias, ações promocionais e um olhar atento às tendên-
mas também ao uso pessoal.
cias de comportamento. Esse composto trouxe uma visibilidade relevante,
Essa mistura existe para reforçar
que deu suporte para um projeto de expansão de sucesso. Hoje, a Imagi-
a intenção e o posicionamento de
narium possui uma rede de 240 operações, um e-commerce e mais de dois
uma marca lifestyle”, pontua.
milhões de fãs e seguidores em suas redes sociais”, justifica. O executivo explica que a introdução e maturação do fun design no
É HORA DE DECORAR
mercado brasileiro confundem-se com a própria história e crescimento
Se o fun design já tomou conta
da Imaginarium. A marca foi pioneira em trazer novas funções e signi-
das vitrines de lojas especializa-
ficados para objetos de casa, decoração e uso pessoal pelo fun design,
das, é sinal de que também está
que passou a ser um dos seus diferenciais. “A Imaginarium inaugurou
presente nos projetos de arqui-
no país um nicho de mercado interessante e próspero, que cresceu com
tetura e decoração. O designer
seu sucesso não só como marca, mas também como modelo de negó-
de interiores Naldo de Sousa, do
cio. Isso porque o mercado brasileiro não possuía, na década de
Studio Lar Doce Lar, explica que o
1990, nenhum player com esse foco e a aceitação do consumi-
fun design não é nada novo. “Salvador Dali, em 1934, lançou o sofá
dor foi bastante positiva”, lembra.
Bocca, que já trazia esse conceito
DIRECIONAMENTO
da diversão dentro do ambien-
Outro ponto a ser observado na estratégia da Imaginarium
te. O divertido está em alta e vai
é a venda de produtos direcionados. “Os licenciamentos e par-
permanecer. Os estilos vêm e vão;
cerias fazem parte da história da marca. No passado, já fizemos
já passamos pelo retrô, modernis-
linhas coassinadas com a Coca-Cola, Revista Capricho e
mo, clássico, industrial e estamos
Snoopy (Peanuts®) e hoje temos em loja coleções
hoje em uma fase em que, em
com as marcas Star Wars e Harry Potter. Isso
um único ambiente, encontramos
faz parte da estratégia de a Imaginarium
tudo junto e misturado”, relata.
reinventar-se, surpreender o mercado e
O profissional esclarece que
se fortalecer por meio da associação
o principal desafio para aplicar
a marcas relevantes que são referên-
o fun design em um projeto é
cia para determinados públicos ou
entender a mente do cliente e
segmentos de interesse”, explica.
tomar cuidado para que o en-
Para finalizar, Colares con-
graçado não se torne pejorativo.
ta que a Imaginarium nasceu
“Precisamos saber como usar,
basicamente como uma loja
quando e onde. Saber diferenciar
de casa e decoração e a voca-
o temático do conceitual talvez
ção como marca de “presentes
seja um dos maiores desafios.
originais” foi sendo descober-
Vale lembrar que, se há algo pe-
ta, construída e reforçada ao
jorativo, a decoração torna-se de
longo do tempo. “Hoje, o ‘pre-
mau gosto. É para ser divertido
sente diferente e criativo’ é um
e só há diversão quando todos
território que entendemos ser pro-
estão no mesmo clima, sem ofen-
prietário da marca, mas o universo da
der ninguém. Política e religião,
Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
43
TENDÊNCIAS
SOBRE A IMAGINARIUM Nasceu em 1991. Seu público é predominantemente feminino, adulto, entre 20 e 35 anos.
Foto: Divulgação
A marca contabiliza 245 operações exclusivas por todo o país. Possui 230 lojas em shoppings e 15 lojas de rua. TT Vocação para “presentes originais” foi estrategicamente construída
por exemplo, não se enquadram no fun design e seria de mau gosto explorá-las”, finaliza.
Para finalizar, o empreendedor diz que no mercado existem muitas lojas com o mes-
FUN DESIGN NA PALMA DA SUA MÃO
mo tipo de produto e o que se
Seguindo a onda do momento, Matheus Marzola investiu tempo,
destaca é a qualidade do que
recursos e conhecimento para desenvolver a Ink Presentes, uma loja
você oferece. “Entendemos que
totalmente on-line que tem perfil no Instagram e vende produtos de
nossos clientes são nossos ami-
decoração e presentes utilizando o fun design.
gos. Queremos dar a eles uma
Ele conta que a ideia surgiu da evolução de outra loja que ele já
experiência única. Mesmo com
mantinha com seu sócio, Douglas Alves, mas que os pedidos foram au-
tantas lojas que são referência
mentando e sentiram a necessidade de atender a um público maior e
no mercado de fun design, gos-
trazer mais variedade de produtos. “Nossa loja começou atendendo a
tamos de notar que somos lem-
pedidos de amigos e aí o público foi crescendo. Abrir uma loja virtual fa-
brados. Isso incentiva a gente a
cilitou nosso processo de expansão. O e-commerce auxilia muito a vida,
continuar e querer crescer cada
tanto do cliente quanto do vendedor, até mesmo na praticidade de olhar os produtos, fora que as pessoas quase não têm tempo para ir às lojas também. Mas isso não tira a hipótese de abrirmos uma loja física futuramente”, pontua. Com um público-alvo bem diversificado, a Ink Presentes quer atingir todas as pessoas. “Nossos produtos são personalizados. Queremos conquistar a todos, mas podemos dizer que nosso público é de pessoas que querem surpreender na hora de decorar ou presentear”, justifica Marzola. O jovem conta que o processo de escolha das peças é livre, mas eles sempre buscam direcionar os produtos em datas comemorativas. “Preparamos uma demanda maior com produtos que sabemos que combinam mais com a ocasião, mas nosso estoque sempre está cheio de produtos diferentes, para termos várias opções de sugestão”, conta. 44
Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
dia mais”, finaliza.
COLUNISTAS
PARA AS NÃO MÃES
C
omo muitas mulheres da vida moderna, escolhi não ser mãe. Não nos julgue, não há motivos que expliquem essa decisão que irão convencer toda a humanidade sobre esse fato. Há aqueles que
podem considerar egoísmo, outros que podem pensar que não encontramos o “homem certo” e aqueles que sentirão pena de nós. Não é para ter pena. É para ter respeito! Ser mãe, diferentemente de tempos remotos, é uma decisão. Vivemos numa sociedade matrifocal, que impõe às mulheres um ideal de maternidade, uma forma utópica, irreal e completamente desconexa com a realidade vigente. Ao mesmo tempo, o status de mãe oferta a essas mulheres poderes e privilégios: festas fofas, lugares de destaque, legitimidades, fila preferencial, vagas seletivas. Ser mãe deixou de ser um papel social
Hilaine Yaccoub Antropóloga
para virar uma identidade, cá para nós, cada vez mais publicizada, vendida, explorada. Ser mãe virou negócio e, até mesmo, um desejo de consumo, sem pensar nas duras consequências que chegam com o pacote. A mulher (como indivíduo) ficou esquecida, mas a mulher-mãe ganhou um destaque tão grande que engoliu a outra, aquela que você costumava ser. As mães que ainda lutam por seus direitos individuais sofrem as agruras do julgamento moral de terceiros. São tão pressionadas que criam perfis fakes nas redes sociais demonstrando dedicação exacerbada, quando, na verdade, sentem falta de si mesmas. Apesar de todo o amor envolvido na relação com seu rebento, elas precisam de uma aprovação pública; muitas vezes, juram para elas mesmas que valeu a pena, está valendo ou valerá. Oxalá! Quando se é mãe, todos sentem o direito de se meter nas suas escolhas. As mais experientes viram conselheiras das novatas e lá se vão páginas e mais discursos de aconselhamento, dicas, informações sobre todos os temas relacionados aos cuidados dos filhos. Mãe deixou de ser um papel identitário para virar uma categoria distintiva. Quem não é mãe é visto como um ser incompleto, aquele que nunca terá uma família, como se ter um filho atualmente fosse a garantia de cui-
Ser mãe, diferentemente de tempos remotos, é uma decisão.
dado e amor incondicional bilateral. Ledo engano. Vivemos uma utopia representativa e ratificada pela publicidade, pelas verdades que as outras mães não contam e pelas mentiras estampadas nas redes sociais e nos discursos, em que o sacrifício e a devoção imperam e garantem prazer, será? Ser mãe é um processo de construção relacional focado na maternagem e essa expressão de carinho e cuidado pode ser dedicada a qualquer um: amigos, parceiros, cônjuges, pets etc. Na verdade, ser mãe é o investimento contínuo em um relacionamento com um ser; precisa de tempo, interesse e, mais do que nunca, precisa ser de verdade. Neste Dia das Mães que se aproxima, evoco: menos clichês e mais respeito às mulheres, sejam elas cuidadoras de filhos paridos, filhos do coração, pets, pais idosos, familiares doentes etc. Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
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Foto: Shutterstock.com
VAREJO CIDADÃO | GIOVANNA JARDIM
TT Canal de conciliação auxilia na resolução de conflitos sem judicialização
A HORA DA CONCILIAÇÃO
A
companhando tendências de países muito desenvolvidos no direito do consumidor, o Brasil começa a enxergar na mediação e na
conciliação dois eficazes mecanismos para a solução de conflitos entre empresas e consumidores.
Com bom senso e um bom acordo na solução de conflitos, todo mundo sai ganhando
A Lei nº 13.140/2015, conhecida como Lei da Mediação, é considerada o marco zero da solução extrajudicial. Esse documento define quais são as regras básicas e condições para o desfecho de conflitos entre empresários e clientes. Atualmente, o número de processos sem decisão final no âmbito do Judiciário é grande. Segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a cada cem processos judiciais, apenas 30 são julgados no prazo de um ano. O conselho aponta também outro dado preocupante: 11% dos novos casos que entraram na justiça em 2016 estão relacionados a conflitos provenientes das relações de consumo. Considerando a pouca agilidade no julgamento dos processos e, consequentemente, na busca
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Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
da plataforma pelos consumidores, além de incentivar a adesão de empresas ao processo de conciliação proporcionado por essa ferramenta. Apesar dos resultados alcançados a partir da Lei da Mediação e da plataforma de defesa do consumidor, projetos dessa natureza enfrentam desafios, como, por exemplo, a falta de verba para divulgação e manutenção do próprio site “consumidor.org.br”. O reduzido número de Procons que aderiram à ferramenta é também um fator que ameaça a continuidade e a eficácia do mecanismo de conciliação entre empresas e consumidores. Segundo dados divulgados pelo Instituto de Defesa do Paraná, dos 943 Procons existentes no Brasil, apenas 488 estão integrados ao Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (SINDEC).
PACIFICAÇÃO Segundo a analista judiciária do CNJ, Adhara Campos Vieira, nesse novo cenário de defesa do consumidor, “é primordial que as empresas sejam incentivadas a adotar políticas de conciliação. Nas audiências, levar propostas viáveis e ter margem para negociar com o consumidor, sem diálogos estanques”. Adhara assevera que a conciliação é uma excelente iniciativa a ser tomada para lidar com situações de conflitos com consumidores, pois o novo Código de Processo Civil incentiva a mudança de cultura de litígio para a cultura de pacificação. Outro ponto importante, de acordo com a analista, é a contribuição dos órgãos de defesa do consumidor de soluções para os casos entre
em estratégias de desjudicialização. Há o estímulo por mecanismos pro-
empresas e consumidores, a Se-
cessuais que complementem o sistema processual. “O Procon, inclusive,
cretaria Nacional do Consumidor
realiza mutirões no intuito de promover ações de negociação e o Judi-
(Senacom), do Ministério da Jus-
ciário promove as Semanas Nacionais de Conciliação, que contribuem
tiça, lançou a plataforma “consu-
para desafogar a demanda reprimida de processos que aguardam pro-
midor.gov.br”. Esse importante
nunciamento judicial”, acrescenta.
canal foi idealizado em parceria
Uma importante iniciativa criada no Distrito Federal para incrementar
com órgãos como o Procon, além
a cultura de direitos e benefícios ao consumidor brasileiro é o Centro
do Ministério Público e Tribunais
Judiciário de Solução de Conflitos e de Cidadania - Superendividados
de Justiça.
(CEJUSC-Super). A finalidade desse programa é promover a prevenção,
No canal de conciliação, as re-
o tratamento e a resolução de conflitos envolvendo consumidores em si-
clamações registradas pelos con-
tuação de endividamento. O programa conta com oficinas voltadas para
sumidores são acompanhadas,
a educação financeira do consumidor, atendimento psicossocial e ses-
de forma coletiva, por diversos
sões de conciliação.
órgãos de defesa do consumidor.
No que diz respeito a empresários e comerciantes, o programa prevê
O principal objetivo desse portal
políticas de capacitação e treinamento. O objetivo é habilitar os profis-
é aprimorar as políticas de defe-
sionais para que possam esclarecer e orientar o consumidor no momen-
sa do consumidor. O Procon tem
to da aquisição de produtos e serviços. O ponto principal é o incentivo à
papel fundamental e estratégico
política de conciliação, para estimular o diálogo entre empresas e con-
no incentivo e ampliação do uso
sumidores na solução de problemas. Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
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Foto: Shutterstock
ESTUDO | AMANDA VENÍCIO
TT Pesquisa analisa os hábitos de consumo de conteúdo na web
CONHEÇA OS HÁBITOS DOS BRASILEIROS NO USO DAS REDES SOCIAIS Pesquisa que revela redes mais acessadas e formatos de conteúdo favoritos pode ser uma grande aliada para sua estratégia de comunicação digital 48
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U
m estudo realizado em parceria entre o serviço de pesquisas de mercado Opinion Box e a plataforma Content Tools mapeou
os hábitos de consumo de conteúdo do brasileiro. Foram entrevistados homens e mulheres entre 16 e mais de 50 anos, de todas as classes sociais e de todos os estados do país. Segundo o levantamento, a rede social mais acessada é o Facebook: 97,0% acessam a rede criada por Mark Zuckerberg pelo menos uma vez por semana. Em seguida, estão o YouTube (69,2%) e o Instagram (58,5%). As redes menos acessadas são Snapchat (12,0%), LinkedIn (17,0%) e Pinterest (19,5%). A preferência por determinado formato de conteúdo varia de acordo com o gênero e a idade. Se homens preferem vídeos, mulheres interessam-se mais por fotos. Estas também são favoritas entre os jovens de 16
a 29, enquanto os entrevistados acima de 50 anos gostam mais de textos. O texto, no entanto, tende a ser um formato impopular nas redes: um em cada cinco internautas declarou não ter costume de clicar em um link, preferindo ler apenas a manchete. Ainda, textos muito longos não são lidos até o fim por 38,0% dos entrevistados e quase metade (48,0%) afirmou detestar textos longos publicados no Facebook.
A VEZ DOS VÍDEOS Apenas dois em cada dez internautas declarou assistir a todos ou quase todos os vídeos até o fim. Os vídeos de reprodução automática no Facebook também não conquistaram muitos fãs: somente três em cada dez aprovaram o recurso. Da mesma forma, os vídeos compartilhados no WhatsApp não têm grande adesão, sendo que apenas dois em cada dez entrevistados têm o costume de assistir a todos aqueles recebidos. Por outro lado, o vídeo ganha preferência em relação ao texto quando o assunto é aprender algo. Nesse caso, é o favorito de 48,3% dos entrevistados. Sua impopularidade entre os participantes da pesquisa é surpreendente, uma vez que o Brasil é o segundo maior mercado de visualizações de vídeo no YouTube, segundo o Google. Na rivalidade entre o Snapchat e o Stories do Instagram, duas ferramentas que oferecem a possibilidade de publicar vídeos efêmeros que ficam no ar por 24 horas, o Instagram sai ganhando: é acompanhado por 53,0% dos internautas. Em comparação, o Snapchat é uma das redes menos acessadas pelos brasileiros, com 12,0% do público. Os vídeos efêmeros do Facebook e do WhatsApp, que também possuem Stories, são acompanhados por 60,0% dos entrevistados. Felipe Schepers, COO do Opinion Box, ressalta que o uso do Stories ainda é crescente no mercado brasileiro e a ferramenta pode não ser conhecida pelos usuários que a marca deseja alcançar, pois 22,7% dos entrevistados declararam não saber do que se trata. “O varejista precisa entender se seu público-alvo tem o hábito de utilizar o Instagram”, aconselha.
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ESTUDO
CUIDADO COM O CONTEÚDO Quanto às marcas, o estudo faz um alerta: a publicação de con-
O Opinion Box e a Content
teúdo ofensivo pode gerar repercussões negativas para seu empre-
Tools alertam, porém, que a es-
endimento. A maioria dos entrevistados (68,5%) já deixou de seguir
tratégia deve ser feita levando
uma marca ou um perfil por conta de conteúdo agressivo, machista,
em consideração os objetivos do
homofóbico ou racista. “As marcas precisam conhecer muito bem seus
conteúdo e não apenas quais são
consumidores para saber quais assuntos podem ou devem ser discu-
os formatos mais consumidos.
tidos em suas redes sociais sem gerar uma percepção de que estão
Segundo Schepers, ao escolher
sendo ofensivas”, aconselha.
quais redes sociais usar, o varejista
Na hora de decidir qual estratégia de comunicação adotar na in-
deve considerar onde está seu pú-
ternet, os dados da pesquisa podem ser uma grande ajuda. Blogs e
blico e quanto de esforço ele po-
e-books são os formatos mais populares, enquanto podcasts e webinars
derá dedicar. “Não adianta o vare-
são menos conhecidos e consumidos pelo público. Mais da metade dos
jista querer estar em várias redes
entrevistados declarou já ter baixado conteúdo em troca de informa-
se não consegue dar atenção aos
ções pessoais, mas, entre eles, apenas 56,0% de fato consomem com
usuários. É melhor focar e priori-
frequência o conteúdo baixado.
zar uma rede com bom conteúdo e atendimento rápido”, explica.
Hábitos de consumo
20,2% 49,1% Qual o formato de conteúdo mais gosta de ver?
30,7%
12,7% 46,0% Qual o formato de conteúdo menos gosta de ver?
41,3%
15,4% 61,3% Qual o formato de conteúdo mais posta ou compartilha?
Fotos
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23,3%
Textos
Vídeos
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51
Foto: Bráulio Filgueiras / CDL-BH
INTEGRA CNDL
TT Segunda edição do evento reuniu cerca de 600 empresários em Belo Horizonte
INFOVAREJO: INOVAÇÃO PARA SAIR NA FRENTE
C
erca de 600 empresários mineiros, interessados em novas tecnologias e modelos de gestão, reuniram-se no dia 20 de março, em Belo Horizonte, durante a segunda edição do Infovarejo.
O congresso, realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), ATS Informática, Avanço Informática e EAC Software, contou com palestras sobre ponto de venda, como gerar valor ao negócio, como sair da crise, captação, fidelização e retenção de clientes e transformação digital no varejo, além de estandes com exposição de serviços e produtos de interesse do setor de comércio e serviços. Para Bruno Falci, presidente da CDL-BH, o evento foi uma grande oportunidade para o empresário inteirar-se das novidades e recursos do mercado. “Não dá para chegar a resultados diferentes seguindo os mesmos caminhos. A todo momento, temos que nos reinventar e fazer uma leitura do nosso modelo de gestão”, ressaltou. “Participar desses eventos, em que em um mesmo local é possível inovar, aprender e fazer networking, já é um grande passo para sair à frente da concorrência”, completou. 52
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Empresários reunidos para aprender mais sobre tendências do mercado
O presidente da ATS Informática, Geovanne Telles, definiu o Infovarejo como um local de encontro de tecnologias e ideias. “O empresário sabe tudo. Novas experiências para tratar velhos problemas são sempre essenciais”, afirmou. “O congresso do ano passado foi realizado no meio de uma crise econômica e muitos problemas. Com a melhora dos resultados a partir do segundo semestre de 2017, a segunda edição do Infovarejo teve como um dos focos a busca de diferenciais e a fidelização do cliente, sempre com um olhar para a tecnologia e inovação”, acrescentou. Telles já garantiu a realização da terceira edição no primeiro
Foto: FCDL-PE
brasileiro não deve achar que
TT Treinamento abordou dicas de como melhorar a prestação de serviços
PERNAMBUCO RECEBE TREINAMENTO SOBRE CERTIFICAÇÃO DIGITAL
A
Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Pernambuco (FCDL-PE) ofereceu, no dia 12 de abril, uma oficina de treinamento para os presidentes e diretores das Câmaras de Dirigen-
tes Lojistas (CDLs) do estado sobre certificação digital. Ministrada por Renato Pavone, gerente de Certificação Digital do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o encontro teve como objetivo
semestre de 2019. A edição de 2018 inovou ao
repassar dicas de como melhorar a prestação do serviço. Presidentes de
instigar e permitir uma interfa-
CDLs que ainda não oferecem o serviço puderam tirar suas dúvidas para
ce com a plateia. Na palestra
saber qual é a melhor maneira para ofertar a emissão do certificado digital
“Varejo na vida real”, foram
para as empresas da sua cidade.
apresentados exclusivos ocultos, seus
de
depoimentos
“Foi uma grande oportunidade poder encontrar as entidades de Per-
empresários
nambuco para esclarecer sobre o negócio de certificação digital. Hoje, é
sobre
um produto consolidado dentro da nossa rede e uma importante fonte de
problemas,
rede para as entidades, ajudando no socioativismo e garantindo a perma-
discorrendo
principais
como a sucessão dos negó-
nência do Sistema CNDL”, comentou.
cios, a legislação tributária, as
Para quem não pôde comparecer ao evento, Pavone garantiu que as
relações trabalhistas, entre te-
entidades têm um canal aberto com o SPC Brasil para tirar dúvidas sobre
mas, os quais muitas vezes, se
a certificação digital.
ficassem cara a cara com outra
“O evento foi muito proveitoso. Acredito que a vinda de Renato Pavone
pessoa, não teriam coragem
à federação foi um divisor de águas, porque tínhamos muitas dúvidas que
de expor. Temas como fideli-
foram sanadas”, afirmou Edileuza Pedroza, presidente da CDL Timbaúba.
zação e retenção de clientes,
Com o certificado digital, as pessoas jurídicas podem realizar envio de
transformação digital e cultu-
documentos digitais e transações bancárias, assinar nota fiscal eletrônica,
ra empresarial também foram
enviar declarações da empresa, como imposto de renda, e muito mais.
destaques.
Veja o conteúdo multimídia em: https://goo.gl/cQ1w5k. Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
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Foto: CDL-Florianópolis
INTEGRA CNDL
TT Participantes reunidos para palestra com foco na geração “millennials”
INOVAÇÃO É TEMA DE PALESTRA COM CONSULTORES INTERNACIONAIS s empresas estão sendo transformadas por empresários novos
A
“Para crescer, é preciso promo-
e emergentes numa velocidade muito rápida. Para acompa-
ver inovações disruptivas que fo-
nhar as tendências, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de
quem em quatro ccomponentes-
Florianópolis recebeu, no dia 16 de abril, na sede da entidade, os cor-
-chave: tendências, necessidades,
respondentes Manuel Mendes, Gustavo Zevallos e Giovani Bernardo, da
modelos de negócios e capacida-
consultoria norte-americana IXL Center - Innovation, Excellence & Lea-
des combinadas. Estando atento
derdship, para um bate-papo reservado com os diretores, conselheiros
a essas forças e compreendendo
e convidados.
as necessidades dos consumido-
Com foco na geração millennials, os líderes destacaram que a aceleração de pequenas e médias empresas dá-se com a modernização das plataformas de atendimento, proporcionando mudanças para os consumidores.
res, os negócios tendem a prosperar”, relatou Mendes. De acordo com a superinten-
“Existem exemplos de empresas que estão sempre se reinventando,
dente da CDL de Florianópolis,
como Walt Disney, que, desde a fundação em 1932, criou plataformas,
Solange Kuchiniski, o evento
programas de entretenimento e interação com dinamismo para os visi-
proporcionou
tantes”, explicou Mendes.
possibilidade de acelerar a CDL,
a
“reflexão
da
Segundo os especialistas, a inovação empresarial consiste na criação
que é uma entidade referência
e captura de novos valores de novas formas, tais como: redes de parce-
para os mais de quatro mil asso-
rias e sócios, estratégias de precificação e modelos de negócios.
ciados”.
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Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
DIÁLOGOS EMPRESARIAIS: LIVRO APRESENTA EXPERIÊNCIAS DE SUCESSO
A
importância da troca de experiências para propiciar um melhor
Ramalho
ambiente de negócios foi exaltada durante o lançamento do
Neto contou a traje-
volume 2 do livro Diálogos Empresariais: Memórias e lições de
tória de sucesso dos Mercadi-
vida de grandes líderes, no dia 1º de abril, em Fortaleza.
nhos São Luiz. “A ideia é mostrar
Resultado de uma série de palestras promovidas na Câmara de Di-
para toda a sociedade cearense
rigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, a publicação reúne histórias dos
o quanto já foi mais complicado
principais empresários que participaram do projeto em 2017. O ex-pre-
Fortaleza e, hoje, não é. Já foi
sidente da entidade e dono da rede Mercadinhos São Luiz, Severino
muito mais difícil, pois o merca-
Ramalho Neto, foi o convidado especial para debater com empresários,
do era menor. Fortaleza cresceu,
políticos e estudantes da Faculdade CDL. Ele falou sobre os bons rela-
hoje é a primeira capital do Nor-
cionamentos como motor para “fazer diferente”.
deste, é uma rota de oportunida-
O lançamento do livro reuniu histórias empresariais dos principais
des e é essa a vontade nossa de
líderes que participaram da edição da obra do ano passado. Entre os
mostrar, o projeto é exatamente
colaboradores que compartilharam suas experiências, estão Igor Quei-
isso: mostrar o que essa turma
roz Barroso, do Grupo Edson Queiroz; Ana Lúcia Mota, da Cerbrás Ce-
fez no passado com uma cidade
râmica do Brasil; Beto Studart, da BSPar Incorporações; Bruno Girão, da
menor e com menos oportunida-
CBL Alimentos; Luiz Teixeira, do Grupo Newland; Afrânio Barreira Filho,
de”, disse Severino Neto.
do Coco Bambu; e Honório Pinheiro, da rede Pinheiro Supermercados.
“A mensagem que fica é principalmente sobre relacionamentos, que é o nosso negócio, qualificando, aprimorando com as ferramentas atuais aquilo que sempre foi o mais antigo no comércio: o relacionamento”, enfatizou. O presidente da CDL Fortaleza, Assis Cavalcante, enalteceu o fomento à geração de conhecimento protagonizado pela entidade. “Esses dois livros são como
Foto: FCDL-CE
uma inspiração para quem já está e quem entra no mercado. Trazem fortes lições com esses empresários, que são sucesso”, afirmou. TT Roda de conversa durante lançamento da publicação
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ARTIGO | MARCO ZOLET
APLICATIVOS PRECISAM SER A TRADUÇÃO DE UMA EXPERIÊNCIA REAL
F
oi em 2007 que Steve Jobs anunciou que a Apple, gigante dos computadores, faria celulares. Se naquele ano fechássemos os olhos para pensar em aparelhos telefônicos móveis, iríamos ver
um modelo com teclas, uma tela ou talvez algo bem hightech - para a época -, com uma caneta touch própria. Tudo mudou quando tivemos o controle de nossos aparelhos na ponta de nossos dedos. Seguindo a linha de revolução, outro aspecto mudou tudo: a criação da AppStore, com o iPhone 3G. Isso nos trouxe a proliferação dos mais diversos tipos de aplicativo. Havia aqueles com jogos, aqueles das redes
Marco Zolet é CEO e fundador da Supermercado Now, plataforma de supermercado on-line referência no setor, que surgiu para facilitar a compra de bens básicos e recorrentes, com comodidade, rapidez e melhor custo-benefício.
sociais, os de jornais e revistas, os de corrida, os de meditação e muitos outros. Todos os aspectos da nossa vida estavam gradativamente nichados em apps. A empolgação com esse mercado, por um tempo, passou. Por um tempo. Um relatório feito pela App Annie, empresa dos Estados Unidos focada em dados sobre o mercado de aplicativos, mostra que houve, no ano passado, um crescimento mundial de 60% no número de downloads em relação a 2015. Além disso, o levantamento revelou que 2017 registrou a marca de 175 bilhões de programas baixados. Isso foi impulsionado por mercados como Brasil, China e Índia, que foram protagonistas nesse crescimento. No ano passado, nos firmamos definitivamente no, mobile, e isso trouxe apenas benefícios. Já éramos uma plataforma on-line que podia ser acessada via navegadores, mas a meta era estar nos dispositivos móveis. Estudamos ao longo de um ano para termos uma boa base de dados, pautada nos hábitos dos consumidores, e iniciamos a construção do aplicativo. Com pouco mais de duas semanas nas lojas de apps, nossa nova empreitada havia registrado três mil downloads, com média entre cem e 200 instalações ao dia. Meses depois, o retorno continua extremamente positivo. Entramos na seleção da AppStore como uma das melhores opções para aqueles que querem economizar tempo, entre outros reconhecimentos. Meu conselho diante desse mercado concorrido de aplicativos é estudar a experiência do consumidor, estudar muito, observar e registrar cada detalhe.
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Foto: Shutterstock
Dessa forma, transportar essa experiência para o mobile se torna uma atividade mais assertiva. Nossa ida para o celular das pessoas – e uso constante daqueles que baixaram o app – demonstra que tomamos o caminho certo. Sermos nós mesmos, mas no celular dos consumidores.
SOBRE A SUPERMERCADO NOW Plataforma de supermercado on-line que surgiu para facilitar a compra de bens básicos e recorrentes, com comodidade e rapidez. Por meio de shoppers e entregadores independentes selecionados e treinados para realizar as compras, a start-up oferece um serviço de entrega em até duas horas ou em um horário agendado pelo consumidor e a possibilidade de pagamento via cartão de crédito no próprio site.
Todos os aspectos da nossa vida estão gradativamente nichados em aplicativos.
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PERFIL
OZAIR NUNES BEZERRA
C
QUAL É O SEU NEGÓCIO? Venho de uma família que tinha um negócio tradicional e consolidado há mais de 20 anos, tendo como sócios pais e irmãos. Em 1980, eu e minha esposa, Myrian Cantão Bezerra, decidimos deixar a estabilidade e segurança de uma empresa fa-
omerciante há mais de 40 anos, Ozair Nunes
miliar para seguir o sonho de ter nosso próprio
Bezerra é presidente da Federação das Câ-
negócio. Com muita confiança, fé e determina-
maras de Dirigentes Lojistas do Mato Gros-
ção, abrimos Kotinha Aviamentos, empresa vol-
so (FCDL-MT) e diretor da Confederação Nacional
tada para o ramo de aviamentos, armarinhos e
de Dirigentes Lojistas (CNDL). Atuando no sistema
artesanato em geral, que tocamos até hoje.
desde 1990, já ocupou diferentes cargos na FCDL-MT, inclusive uma Presidência Inte-
QUAIS FORAM OS PRINCIPAIS DESAFIOS?
rina. Diante de um novo man-
Felizmente, conseguimos superar os vários
dato como presidente, ele
planos econômicos pelo qual o Brasil passou
compartilha um pouco da
nesses anos todos, mantendo nossa qua-
sua história.
lidade e prestígio. Lembro que no início, quando ainda era microempresário, tivemos que enfrentar a forte concorrência direta de grandes redes de lojas na região, mas conseguimos.
COMO COMEÇOU SUA HISTÓRIA NO SISTEMA CNDL? O convite para integrar a diretoria da CDL de Cuiabá veio de José Alberto Vieira de Aguiar, que foi o associado número um da entidade, que hoje já tem 45 anos. Naquela época, a
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Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 522 523 | Maio 2018
Associação Comercial na cidade era muito forte e tínhamos muito a fazer. Foi Aguiar que me revelou a importância do associativismo e as principais razões de participar do movimento lojista.
POR QUE SE TORNOU UMA LIDERANÇA? O despertar dessa paixão pelo associativismo me motivou a participar e me envolver mais com o Sistema CNDL. Fui trilhando um caminho até alcançar mais esse sonho de ser eleito presidente da FCDL-MT, resultado de várias outras vitórias ao longo dos anos.
SER DIRIGENTE LOJISTA PARA MIM É... Ser comprometido com o Sistema CNDL e totalmente engajado no espírito do associativismo.
“Ser dirigente lojista é ser comprometido e engajado no espírito do associativismo.”
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INTEGRA CNDL
26
24
15 04
17 02
07
11
12 14
23 03
08
27
25 19
06 10
05
09
NÚMEROS DO SISTEMA CNDL A UNIÃO ENTRE AS ENTIDADES É O QUE PROMOVE A FORÇA DO SISTEMA CNDL, GARANTINDO RESULTADOS EXPRESSIVOS:
13 20 18
Presença nas unidades federativas
27
2 mil entidades
180 milhões
de cadastros de pessoas físicas
26 milhões
(CDLs e Associações Comerciais)
de cadastros de pessoas jurídicas
1 milhão
50 milhões
90%
dos associados são PMEs
Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
16 21
de pontos de venda
60
22
de consultas por mês
7 dias 24h por dia
Funcionamento por semana,
01
Sistema CNDL
CNDL
01 | FCDL ALAGOAS | José Leonardo Costa Marques
-
FCDL
CDL
CDL Jovem
14 | F CDL PERNAMBUCO | Eduardo Melo Catão - presidente
presidente - R. Dr. Luiz Pontes de Miranda, 36, 4º andar,
R. do Riachuelo, 105, 4º andar, Sl 401, Boa Vista
Sala 409, Centro - CEP 57020-140 - MACEIO/AL
CEP 50050-913 - RECIFE/PE
02 | F CDL AMAZONAS | Ezra Azury Ben Zion Manoa -
15 | F CDL PIAUÍ | Domingos Sávio de Almeida Normando -
presidente - Rua Rui Barbosa, 156, Centro - CEP 69010-220
presidente - Rua Desembargador Freitas, 977, Centro
MANAUS/AM
CEP 64000-240 - TERESINA/PI
03 | F CDL BAHIA | Pedro Luiz Failla - presidente
16 | F CDL RIO DE JANEIRO | Marcelo Mérida Aguiar -
Rua Carlos Gome, 1063, Ed. CDL, Largos dos Aflitos
presidente - Rua do Acre, 83, Salas 301/303, Centro
CEP 40060-410 - SALVADOR/BA
CEP 20081-000 - RIO DE JANEIRO/RJ
04 | F CDL CEARÁ | Francisco Freitas Cordeiro - presidente
17 | FCDL RIO G. DO NORTE | Afrânio Ferrreira de Miranda
Rua 25 de marÁo, 988, Centro - CEP 60060-120
Filho - presidente - Rua Cear· - Mirim, 322, Tirol
FORTALEZA/CE
CEP 59020-240 - NATAL/RN
05 | F CDL ESPÍRITO SANTO | Geraldo Magela Gobbi Martins -
18 | F CDL RIO GRANDE DO SUL | Vitor Augusto Koch -
presidente - Av. Jerônimo Monteiro, 240, Ed. Rural Bank Sl.
presidente - RS Rua Dr. Flores, 240, 2º Andar, Conj. 21
610, Centro CEP 29010-900 - VITORIA/ES
CEP 90020-120 - PORTO ALEGRE/RS
06 | F CDL GOIÁS | Melchior Luiz Duarte de Abreu Filho presidente - Rua 08, 626, 4º andar, Setor Oeste
19 | FCDL RONDÔNIA | Darci Agostinho Cerutti - presidente Av. Carlos Gomes, 1490 - CEP 76801-109 - PORTO VELHO/RO
CEP 74115-100 - GOIÂNIA/GO
07 | F CDL MARANHÃO | Maria do Socorro Teixeira Noronha presidente - Rua da Estrela, 508, Centro - CEP 65010-200
20 | F CDL SANTA CATARINA | Ivan Roberto Tauffer presidente - R. Almirante Alvim, 528, Centro CEP 88015-380 - FLORIANÓPOLIS/SC
SÃO LUIS/MA
08 | F CDL MATO GROSSO | Ozair Nunes Bezerra - presidente Av. Getúlio Vargas, 750, Centro - CEP 78005-370 - CUIABÁ/MT
09 | F CDL MATO GROSSO DO SUL | Ricardo Massaharu Kuninari - presidente - Rua Antônio Corrêia, 417, Monte
21 | F CDL SÃO PAULO | Maurício Stainoff - presidente Avenida Paulista, 807 conj. 419 Cerqueira Cesár - CEP 01311-100 SÃO PAULO/SP
22 | F CDL SERGIPE | Edivaldo Francisco da Cunha - presidente Rua Santa Luzia, 571, São José - CEP 49015-190 - ARACAJU/SE
Líbano - CEP 79004-460 - CAMPO GRANDE/MS
10 | F CDL MINAS GERAIS | Frank Sinatra Santos Chaves presidente - Av. Silviano Brandão, 25, Sagrada Família
23 | F CDL TOCANTINS | Antônio Davi Goveia - presidente Av. Jk Quadra, 110, lote 05, sala C, Plano Diretor Sul CEP 77020-124 - PALMAS/TO
CEP 31030-525 - BELO HORIZONTE/MG
11 | FCDL PARÁ | Antonio Ferreira Filho - presidente
24 | C DL BOA VISTA | Edson Freitas Bezerra - presidente Rua Ajuricaba, 860, Centro - CEP 69301-070 - BOA VISTA/RR
Avenida Governador Magalhães Barata, 351, São Braz CEP 66040-170 - BELÉM/PA
12 | F CDL PARAÍBA | José Lopes da Silva Neto - presidente
25 | C DL DISTRITO FEDERAL | José Carlos Magalhães Pinto presidente - SIA Trecho 17, Via I A 04 Lote 815, Guará CEP 71200-260 - BRASÍLIA/DF
Av. Epitácio Pessoa, 753, Loja 03, Bairro dos Estados CEP 58030-000 - JOÃO PESSOA/PB
26 | C DL MACAPÁ | Adiomar Roberto Veronese - presidente Rua Tiradentes, 468, Centro - CEP 68906-098 - MACAPÁ/AP
13 | F CDL PARANÁ | Samoel Antônio de Mattos Júnior presidente - Av. Brasil, 6459 - Centro - Centro Executivo
27 | CDL RIO BRANCO | Geraldo Raimar da Rosa - presidente
Paraná - 6º andar salas 63/64 - CEP 85801-000
Av. Ceará, 2351, Dom Giocondo - CEP 69900-303
CASCAVEL/PR
RIO BRANCO/AC Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 523 | Maio 2018
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SPC BRASIL
IDENTIFICAR SE HÁ RESTRIÇÃO NO CPF NÃO É O SUFICIENTE PARA UMA BOA ANÁLISE DE CRÉDITO SPC Brasil ajuda empresários e lojistas a flexibilizar políticas de crédito, fazer uma boa avaliação do cliente e aumentar vendas
A
pesar da ligeira melhora da conjuntura econômica no primeiro trimestre de 2018, os brasileiros ainda sofrem os reflexos da crise dos últimos anos, que levou a população a enfrentar dificuldades como desemprego e redução de renda. Com problemas para honrar o pagamento de contas e dívidas as-
sumidas, o número de consumidores inadimplentes chegou a 62,1 milhões em todo o Brasil. De acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o número representa 40% da população adulta brasileira. Com o CPF negativado, o acesso ao crédito mui-
política de crédito. Assim, para oferecer oportunida-
tas vezes é restrito, uma vez que a nota do escore
des a inadimplentes de forma mais segura, existem
diminui – reflexo das dívidas registradas nos serviços
no mercado ferramentas que auxiliam o empresário
de proteção ao crédito. Ainda assim, o desejo dos
a realmente conhecer seu consumidor e ajudar na
brasileiros de realizar novas compras não desaparece.
identificação daqueles que têm maior probabilidade
Pelo lado do empresário, como conceder crédito
de pagar contas atrasadas, ainda que já possuam al-
a consumidores que estão negativados e podem ser
guma restrição ou pendência.
mau pagadores? Afinal, se a pessoa tem dívidas re-
Pensando nesse momento da economia, o
gistradas não pagas, a possibilidade de contrair ou-
SPC Brasil disponibiliza nas consultas de CPF o
tras é alta, não? Nem sempre.
Collection Score Plus, uma nova opção para comple-
Entre os inadimplentes, cada caso é um caso e
mentar a análise de crédito, apresentando em nota a
os consumidores precisam de um voto de confiança.
possibilidade do cliente pagar a dívida em atraso. A
Há diferenças entre quem possui uma dívida ocasio-
pontuação varia entre 1 e 1.000 e, quanto mais perto
nal e quem é recorrente na falta de pagamento. Há
de 1.000, maior é a chance de pagar. Dessa forma, o
diferenças também entre um consumidor que está
lojista vai além da identificação de restrições ao CPF
devendo R$ 50 e um que está devendo valores altos.
e fica sabendo mais sobre seu cliente.
A ferramenta mais útil para todos os empresários
Há ainda outras informações complementares e op-
é uma velha conhecida: a análise de crédito. Contudo,
cionais disponibilizadas nas consultas, como estimativa
ela deve ser completa - identificar se há restrição no
de renda de o cliente e o grau de comprometimento
CPF ou CNPJ muitas vezes pode não ser o suficiente
com gastos básicos, como consumo de água e luz.
para concluir a análise de concessão de crédito.
Para ter acesso ao Collection Score Plus e a outras soluções disponíveis, é preciso se associar ao
NEM TODO CONSUMIDOR COM RESTRIÇÃO NO CPF É UM MAU PAGADOR
Sistema CNDL por meio de alguma entidade, como Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDLs) ou demais re-
Para vender a prazo numa época em que mais de
presentações locais. Para se associar, basta acessar o
60 milhões de brasileiros estão negativados, é ne-
site do SPC Brasil: www.spcbrasil.org.br/associados/
cessário que empresários reavaliem e flexibilizem sua
seja-um-associado/.
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Revista Varejo s.a. | Ano 43 | nº 522 | Maio 2018
Saiba mais sobre o seu cliente escalando uma seleção campeã!
spc mi x
Com os insumos opcionais do SPC Brasil, você pode selecionar os jogadores que quiser para deixar sua análise de crédito muito mais completa. Assim, você vai além da identificação de restrições no CPF ou CNPJ do seu cliente e coloca em campo um time campeão para marcar muitos gols. Confira algum dos jogadores que estão prontos para serem convocados nas consultas de SPC para ajudar você a saber mais sobre o seu cliente:
RENDA PRESUMIDA Consulte a renda aproximada do seu cliente
COLLECTION SCORE Descubra a probabilidade de a dívida em atraso ser paga
SCORE DE CRÉDITO Veja a probabilidade de seu cliente ficar inadimplente
COMPROMETIMENTO DE RENDA MENSAL Confira uma estimativa do quanto a renda está comprometida
Insumos Opcionais: uma seleção que você confia. Entre em contato com a CDL ou Associação Comercial da sua cidade!
NÃO FIQUE DE FORA. CRIE AGORA MESMO O SITE DA SUA ENTIDADE! As entidades do Sistema CNDL têm oportunidade de manter um site com baixo custo. A adesão é voluntária e inclui apenas um valor mensal de licenciamento. Se a sua CDL já possui um site você pode migrar para o novo ou manter os dois. Entre em contato com o Departamento de Comunicação da CNDL
61 3213-2000 portaldascdls@cndl.org.br