Portugal Criativo
“O NOSSO FOCO É REJUVENESCER O MUNDO DA VELA” A LaserPerformance é líder mundial no fabrico de pequenos veleiros, sendo todos os seus produtos construídos para responder às necessidades dos velejadores. Fundada em 1969, a empresa conta já com uma vasta história, sendo que o seu modelo mais icónico, “Laser”-, completa 50 anos. Valdemar Moura, diretor-geral da LaserPerformance Portugal, não tem dúvidas de que o crescimento da manufatura no nosso país poderá impulsionar a procura do público mais jovem pela vela.
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uais são as características que colocam a LaserPerformance numa posição tão destacada dentro do setor náutico? É importante realçar que, neste momento, a LaserPerformance é uma empresa completamente nova e independente do grupo, ou seja, toda sua atividade vai ser feita através de Portugal. Pretendemos, dessa forma, dar continuidade e melhorar o ADN da LaserPerformance nesta indústria. A empresa é o único fabricante, a nível global, que tem um número tão elevado de produtos manufaturados por ano. É aí que se faz a grande diferença. Com esta centralização em Portugal, quer dos serviços quer da indústria, estamos com um programa que pode chegar aos 3500 barcos/ano produzidos, o que é muito acima daquilo que é o normal nesta indústria. Que tipo de características tem um barco da LaserPerformance que o torna especial? O nosso guia, em termos estratégicos, tem sido o de que a vela seja democratizada, porque a sua atividade ainda é vista de uma forma um pouco elitista. Nós tanto abrangemos o mercado exigente da competição, como queremos também abraçar o mercado mais aberto do público menos experiente. O “Cascais”, que é um produto virado para as escolas e para a a pr e n d i z a g e m , é p e n s a d o n a
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simplicidade, de forma a que um velejador em início de atividade possa, de forma muito rápida, usufruir do barco. Neste momento, a LaserPerformance trabalha em dois grandes mercados em termos de conceção e de manufatura. Um deles é aquilo que são os barcos em fibra de vidro, em carbono e que são mais virados para o aspeto de performance de competição devido à exigência e ao destino. A outra vertente, e é o caso do “Cascais”, com base na tecnologia de Rotomoldagem, o que torna o barco muito mais leve e resistente. A apresentação do “Cascais” foi feita em junho e vão começar a ser expedidos para clientes no início de outubro. Nesse sentido, já é possível fazer uma avaliação da aceitação deste novo produto? Estamos cerca de 80 por cento acima daquilo que eram as expectativas de préencomendas. Já existe uma receção e uma abertura muito positiva. Acima de tudo, acreditamos que existe uma razão muito importante por trás: a falta de produtos novos nesta indústria. Quando democratizarmos a vela também temos de ter um produto apelativo. Sentar um jovem num barco, nos dias de hoje, é difícil. A não ser que consigamos, de alguma forma, juntar o digital com um produto apelativo.
Valdemar Moura Diretor-Geral