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Originalidade e criatividade são vitais
do que já fazíamos aqui há muito tempo. Esperamos conseguir transmitir a importância da certificação para todo o mercado, criando valor significativo para a nossa cadeia coureiro-calçadista”, avalia.
Consciente de que seus parceiros também devem seguir o bom exemplo, a Conforto estabeleceu uma meta para sua jornada sustentável. Até 2025, 50% dos fornecedores regulares e terceirizados deverão ser certificados pelo Origem Sustentável. Já até 2030, a meta é que 100% deles estejam adequados ao programa.
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A criatividade empregada nos materiais também é um fator que diferencia nosso cluster. “Eu converso muito com a mídia internacional e eles pontuam sempre a originalidade daquilo que fazemos. As empresas da região exportam muito para a América
Latina, para países como Peru, Colômbia e México, que se identificam diretamente com a nossa forma única de criar”, pontua Walter Rodrigues.

Essa mesma originalidade inspira a Fevax, sediada em Novo Hamburgo. “Somos transformadores de tecidos e somamos as tendências mundiais com a responsabilidade socioambiental”, conta a diretora Thais Loureiro. Na lista de clientes da fornecedora estão fabricantes como Arezzo, Nike, Reserva, Santa Lolla, Bebecê e Pampili, entre outros nomes de peso.

O processo criativo da Fevax conta com uma consultoria que analisa o cenário internacional e também com o relacionamento com os setores de desenvolvimento dos clientes, para associar as tendências com as demandas de cada fabricante.
Máquinas, a competitividade e a Indústria 4.0
O setor de máquinas para couros e calçados do Vale se desenvolveu nos anos 1960 e, logo no início da década de 1970, já ganhava o mercado internacional. Naquele cenário, em 1975, foi fundada a Máquinas Erps, em Novo Hamburgo, que hoje concentra a maior parte de seus clientes na América
Latina e América Central.
O diretor industrial Marlos Schmidt é presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas de Novo Hamburgo e Região (Sinmaqsinos) e vice-presidente da
Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores do Couro, Calçados e Afins (Abrameq). Ele destaca que os processos executados pelas máquinas são impulsionadores da competitividade e o conceito de automação da Indústria 4.0 amplia horizontes.
“Existe muito potencial para parcerias com empresas de tecnologia, pois darão tração e velocidade para nossas indústrias”, analisa.

O diretor administrativo da Master Equipamentos
Industriais, de Novo Hamburgo, e também vice-presidente da Abrameq, André da Rocha, avalia que a utilização da Indústria 4.0 é vista em aplicações pontuais do setor calçadista, pois a diversidade de produtos e o uso intensivo de mão de obra ainda limitam os resultados. Mas há muita modernização. “A utilização de robôs para operações de colagem e pintura, a injeção de EVA, corte e costura computadorizados e linhas de montagem inteligentes são inovações presentes”, cita.
Outra grande etapa da cadeia coureiro-calçadista culmina nas feiras setoriais, nas quais a indústria apresenta aos lojistas e importadores seus lançamentos. No calendário mais próximo, estão a Zero Grau – Feira de Calçados e Acessórios, apresentada em detalhes nas páginas que seguem; e a Couromoda, que ocorre de 22 a 24 de janeiro, no Expo Center Norte, em São Paulo.