Fantasias em tempos de capitalismo tardio

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apresenta

Fantasias

em tempos de

capitalismo tardio 03 a 08 de Dezembro


FICHA TÉCNICA REALIZAÇÃO Provisório Permanente Produções Culturais COORDENAÇÃO GERAL E PRODUÇÃO Valterlei Borges IDEALIZAÇÃO Diego Paleólogo CURADORIA Cíntia Guedes, Diego Paleólogo e Vinicios Ribeiro ASSISTÊNCIA DE PRODUÇÃO Adriana Fernandes Basilio ASSESSORIA DE IMPRENSA Joyce Nascimento Lima IDENTIDADE VISUAL Ana Paula Binder e Fred Martins FOTO DA CAPA Bernardo Conde REGISTRO FOTOGRÁFICO Leandro Baptista VINHETA Thalita Oliveira CONTATO facebook.com/fantasiasnocapitalismo AGRADECIMENTOS Fernanda Lima


Fantasias

em tempos de

capitalismo tardio

RIO DE JANEIRO DEZEMBRO DE 2019


A

produção

de subjetividades na contemporaneidade

é atravessada por complexas máquinas de sentido e afetos. O audiovisual, a literatura, a música, as artes visuais e outras formas estéticas afetam nossa sensibilidade e constituição enquanto sujeito. Nessas estratégias estético-políticas de produção de sentido e nas disputas midiáticas de narrativas, habitamos um mundo em colapso povoado por ficções. Fantasias em Tempos de Capitalismo Tardio expande as rachaduras nas ruínas do mundo e investiga as possibilidades e as potências disruptivas nas fantasias hegemônicas e nas resistências e criações de outros mundos. Narrativas, personagens e canções firmemente costuradas na tessitura do imaginário ocidental apresentam complexas questões políticas, pedagógicas, estéticas, capitalistas e de identidades de gênero; questões que urgem por outras iluminações, releituras e desconstruções. O “mundo onírico” e o “final feliz”, muitas vezes pregados de forma quase religiosa por essas narrativas, encontramse radicalmente cingidos da nossa realidade. Os imensos e utópicos parques temáticos, espalhados pelo mundo, refletem o ambicioso projeto de uma expansão ilimitada, cujo objetivo parece ser muito mais se apropriar do imaginário e da ‘vida mental’ dos consumidores, oferecendo cidades fantasiosas que disfarçam a produção de um consumidor distraído e fragmentado, voltado para a compulsão do consumo. Esses parques resgatam a lógica da cidade-sonho e suas estratégias de inclusão e


exclusão respondem com fidelidade ao regime no qual foram erguidos. No tempo tardio e vertiginoso do capitalismo, algumas utopias colapsam, reinos se desencantam e outras fábulas, mais monstruosas, são gestadas. A relevância de discutir esses campos atravessa diversas esferas da experiência: o capitalismo, em sua forma mais cruel e disfarçada; a implementação de uma lógica do desejo consumista que faz com que hordas de crianças e adultos migrem em bando para os parques temáticos; a complexidade e perversidade de narrativas que disseminam modelos, corpos, comportamentos e desejos inalcançáveis; e, de acordo com Denise Ferreira da Silva, o evento racial e a dívida impagável. A domesticação das fantasias e a colonização do imaginário; a higienização das narrativas, a inserção ou ampliação de projetos pedagógicos, a fixidez das identidades de gênero e do regime binário, essas estruturas monolíticas do cisheterocapitalismo branco serão rachadas e arruinadas. Nesse contexto ético, político, social, econômico e cultural que se anuncia como fim do mundo, outras fantasias emergem. Nesse sentido, corpos, identidades e narrativas que operam contra as lógicas sistêmicas forjam os novos afetos, imagens e sensibilidades. Trans, travestis, bichas, sapatões, corpos não brancos e fora dos padrões tecem a pele do futuro.

CÍNTIA GUEDES DIEGO PALEÓLOGO VINICIOS RIBEIRO


TERÇA-FEIRA

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3 DE DEZEMBRO

Convidades

CINTIA GUEDES Doutora em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com ênfase em relações raciais, colonialidade do poder e produção de subjetividade. Mestra pelo Programa Multidisciplinar em Cultura e Sociedade (CAPES/UFBA) na linha de pesquisa Cultura e Identidade, com ênfase em cinema, estética, diversidade de gênero e sexualidade. Suas abordagens mais recorrentes são sobre memória, corpo e produção de subjetividades desde perspectivas anticoloniais e anti-racistas.

VINICIOS RIBEIRO Professor Adjunto C1, da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Interesses em estudos sobre o corpo, gênero, sexualidade e suas relações com as artes visuais, cinema, fotografia e cultura visual contemporânea.

MARIAH RAFAELA Professora substituta do departamento de história e teoria da arte da UFRJ, doutoranda em comunicação pela UFF, mestra em história, teoria e crítica da cultura pela UEA e possui graduação em história da arte pela UFRJ. Mariah também atua em projetos sociais, atualmente está vinculada ao Grupo Conexão G de Cidadania LGBT de favelas, localizado na favela da Maré.


QUARTA-FEIRA

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4 DE DEZEMBRO

Convidades

PEDRO CURI Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFF, onde desenvolveu a pesquisa – ‘À margem da convergência: hábitos de consumo de fãs brasileiros de séries de TV estadunidenses’; Atualmente é professor na ESPM Rio, onde coordena os cursos de graduação de Cinema e Audiovisual e Jornalismo.

MARCELA SOALHEIRO Mestre em Comunicação Social pela UFF e Doutoranda no Programa de Pós Graduação em Comunicação Social da PUC – Rio com a pesquisa: Mudança e permanência – a adaptação literária enquanto espaço de memória. Sua pesquisa é sobre as relações entre a literatura, o cinema e as dinâmicas de recepção e memória oriundas dos processos adaptativos no contemporâneo. É professora na ESPM – Rio, no curso de Cinema e Audiovisual.

THALITA BASTOS Doutora em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense. Pesquisadora de imagens de arquivo e conteúdo para produtos audiovisuais. Professora no Curso de Cinema e Audiovisual na Escola de Comunicação e Design Digital, do Instituto Infnet. Professora na graduação em Jornalismo da Unisuam. Pesquisa é voltada para o cinema realista contemporâneo, focando no estudo de intermidialidade, produção de afeto, performance e corpo.


QUINTA-FEIRA

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5 DE DEZEMBRO

Convidades

MATHEUS SANTOS Professor Visitante da Universidade do Estado da Bahia/UNEB.

BRUNO F.DUARTE É formado em cinema pela PUC-Rio e mestrando em comunicação e cultura na ECO/UFRJ, onde pesquisa arte, gênero, sexualidade e relações raciais na diáspora negra. Trabalhou em campanhas e iniciativas de mobilização como KBELA — O Filme, plataforma AFROFLIX, Grupo Emú De Teatro, Centro Afrocarioca de Cinema Negro e Flup. Nos últimos cinco anos coordenou as mídias digitais e produção audiovisual da Anistia Internacional Brasil.

GUILHERME MARCONDES Pós-doutorando no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Estadual do Ceará. Doutor e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da UFRJ. Graduado em Ciências Sociais (bacharelado e licenciatura) pela UFRJ. Foi Coordenador de Pesquisa e Memória do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea (mBrac) e assistente de pesquisa no projeto Difusão e Educação Patrimonial do Acervo Histórico do CPDOC/ FGV. Atualmente, é pesquisador associado ao Núcleo de Sociologia da Cultura da UFRJ e do GRUA - Grupo de Reconhecimento de Universos Artísticos/Audiovisuais: http://www.grua.art.br (CNPq).


SEXTA-FEIRA

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6 DE DEZEMBRO

dos traumas à cura Convidades

VENTURA PROFANA É cantora, escritora, compositora, performer e artista visual. Doutrinada nos templos batistas, investiga as implicações do deuteronomismo no Brasil. Filha das entranhas misteriosas da mãe Bahia, Ventura Profana é carcará, negra travesti nordestina que tem fome e sede.

CASTIEL VITORINO BRASILEIRO Artista visual, macumbeira e graduanda em Psicologia na Universidade Federal do Espírito Santo. Pesquisa e inventa relações em que corpos não-humanos se desprendem das amarras da colonialidade. Compreende a macumbaria como um jeito de corpo necessário para que a fuga aconteça. Dribla, incorpora e mergulha na diáspora Bantu, e assume a vida como um lugar perecível de liberdade.

WALLA CAPELOBO Walla Capelobo é mata escura e lama fértil. Artista, pesquisadora e curadora independente. Graduada em História da Arte, faz conhecimento pelas heranças de bem viver recebida pela camada fina de sua pele. Criações que recria o mundo, sua corpa, suas dores e suas curas.


SÁBADO

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7 DE DEZEMBRO

Convidades

ADRIANA AZEVEDO Doutora pelo programa Literatura, Cultura e Contemporaneidade PUC-Rio, pesquisa produções artísticas e culturais que atravessem questões de gênero e sexualidade.

ÉRICA SARMET É roteirista e pesquisadora de cinema e audiovisual. Doutoranda em Meios e Processos Audiovisuais na ECA-USP, é mestre em Comunicação pela UFF e bacharel em Estudos de Mídia pela mesma instituição. Sua dissertação de mestrado, – 'Sin porno no hay posporno: corpo, excesso e ambivalência na América Latina' recebeu Menção Honrosa no Prêmio Compós de Teses e Dissertações 2016, e teve financiamento do CNPQ e da FAPERJ (Bolsa Nota 10).

LORRAINE PINHEIRO MENDES Professora substituta do Departamento de História e Teoria da Arte da EBA-UFRJ e doutoranda em Artes, Cultura e Linguagens pela UFJF. sua atuação como professora e pesquisadora passam, intrinsecamente, pela sua existência nesse mundo como mulher negra.


DOMINGO

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8 DE DEZEMBRO

Convidades

ABIGAIL CAMPOS LEAL Atua entre os limites da filosofia e poesia. É mestre em Ética Aplicada pela UFF e em Filosofia pela UFRJ. Compõe a organização do Slam Marginália, uma competição de poesias faladas organizado por e para pessoas trans, não-binárias e gênero dissidentes. Ativista literária e palavrista, publica textos autorais e traduções em formatos de fanzine. Proletária da cultura, também atua em produção cultural e curadoria.

DEIZE TIGRONA Precursora do movimento funk, Deize Tigrona é da Cidade de Deus, e explodiu na cena carioca da década de 90, compondo letras de duplo sentido que anteciparam o que hoje se chama de funk feminista.

CINTIA GUEDES Doutora em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação da ECO/ UFRJ, com ênfase em relações raciais, colonialidade do poder e produção de subjetividade. Mestra pelo Programa Multidisciplinar em Cultura e Sociedade (CAPES/UFBA) na linha de pesquisa Cultura e Identidade, com ênfase em cinema, estética, diversidade de gênero e sexualidade. Suas abordagens mais recorrentes são sobre memória, corpo e produção de subjetividades desde perspectivas anticoloniais e anti-racistas.


Distribuição gratuita. Comercialização proibida.

Entrada gratuita CAIXA Cultural Rio de Janeiro Av. Almirante Barroso, 25 - Centro Próximo à estação Metrô / VLT Carioca

CaixaCulturalRioDeJaneiro @caixaculturalrj O Alvará de Funcionamento da CAIXA Cultural RJ é nº 041667, de 31/03/2009, sem vencimento.

REALIZAÇÃO

PATROCÍNIO

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