Revista Compartilha Docência _ v.1, 2018

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Volume 1 - Número 1 de 2018

Volume 1 (2018) ISSN 2595-0312


Volume 1 (2018)


Expediente Publicação de periodicidade anual da Universidade Positivo Reitor José Pio Martins Pró-Reitor Acadêmica Carlos Roberto Juliano Longo Conselho Editorial Karina Nones Tomelin Coordenação Editorial Karina Nones Tomelin Projeto Gráfico e Diagramação Editorial Vanessa Cristina Soares Comitê Editorial Adriana Pelizzari Angelica Lodovico Everton Luiz Renaud de Paula Fabieli Fernandes Campos Higashiyama Fabio Vizeu Ferreira Isabelle Christina Moletta Katia Ethienne Esteves dos Santos Durval Tavares Roberta Galon Silva

Universidade Positivo – Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300 – Campo Comprido – CEP 81280-330 – Curitiba – Paraná – Brasil

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Biblioteca da Universidade Positivo, Curitiba, PR, Brasil) C737 Compartilha docência. – V. 1 (2018). – Curitiba : Universidade Positivo, 2018. 82 p. : color. Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader. Modo de acesso: < https://issuu.com/up82> Título da página da Web (acesso em 10 fev. 2018). Anual. ISSN: 2595-0312 1. Educação - Periódicos. I. Universidade Positivo. CDU 37


SUMÁRIO RESUMOS - CURITIBA 1 50 Dias Criativos ............................................................................................................................ 8 2 Aluno ou Parecerista de Artigo Científico? Desenvolvimento de Análise Crítica no Início da Graduação ................................................................................................................................. 9 3 Aplicação de Metodologias Ativas no Ensino-Aprendizagem da Farmacologia ....................... 10 4 Aprendendo a Leitura e a Escrita em Diferentes Contextos ....................................................... 11 5 Articulando Conceitos da Epistemologia Genética de Piaget .................................................... 12 6 Audiovisual na Prática: Exibições para o Canal Futura ............................................................... 13 7 Auto-Correção de Avaliação .......................................................................................................... 14 8 Avaliação de Saúde Mental ........................................................................................................... 15 9 Blog de Ensino de Ciências e Biologia da Licenciatura da UP ................................................... 16 10 Café da Manhã com História + Amigo Secreto entre os Alunos ................................................ 17 11 Chá com Conversa ......................................................................................................................... 18 12 Conhecendo as Bactérias na Prática ............................................................................................ 19 13 Construindo Definições: A Gincana .............................................................................................. 20 14 Construindo Pontes ....................................................................................................................... 21 15 Criando Vínculos Afetivos ............................................................................................................. 22 16 Desafio Contábil ............................................................................................................................. 23 17 Descobrindo Curitiba ..................................................................................................................... 24 18 Desenvolvimento Moral na Perspectiva Piagetiana e a Atuação do Psicólogo Escolar ........... 25 19 Dinâmica de Luto ........................................................................................................................... 26 20 Dinâmica Olhos Azuis .................................................................................................................... 28 21 Empregabilidade ............................................................................................................................ 29 22 Ensino Aprendizagem em Arquitetura Paisagística - Projeto de Praça ..................................... 30 23 Entrevista com Velhos Jornalistas ............................................................................................... 31 24 Estratégias de Marketing no Processo de Ensino e Aprendizagem ........................................... 32 25 Experiência de Ensino de História da Arte Brasileira, Uma ......................................................... 33


26 Game Project Based Learning – Aprendizagem Baseada em Projeto de Jogo ........................ 34 27 Gancho Introdutório ....................................................................................................................... 35 28 GeA = Genes e Ambientes ............................................................................................................. 36 29 Gincana de Discussão de Casos Clínicos .................................................................................... 38 30 Gincana do Conhecimento ............................................................................................................ 39 31 Inovações na Educação Médica: Enfoque na Humanização, Interdisciplinaridade e Funcionamento do SUS ................................................................................................................. 40 32 Instagram da Disciplina Laboratório de Criatividade .................................................................. 41 33 Invisível ao Visível: Identificação de Problemáticas Sociais para Aplicação do Design pelo Viés Social, Do ....................................................................................................................... 42 34 Jogo Cênico na Sala de Aula ......................................................................................................... 44 35 Jogo da Gestão do SUS: Uso de uma Metodologia Diferenciada em Aulas de Saúde Coletiva ................................................................................................................................ 45 36 Jogo de Empresas ......................................................................................................................... 46 37 Jogo dos Vídeos ............................................................................................................................ 47 38 Jornalisteen .................................................................................................................................... 48 39 Julgamento de Getulio Vargas ...................................................................................................... 49 40 LCA - Laboratório de Cálculo Aplicado ......................................................................................... 50 41 Memórias da Educação: Contribuindo para a Formação do Educador ...................................... 51 42 Metodologia Hacker de Ensino ..................................................................................................... 52 43 Metodologias de Ensino Ativas Articuladas entre Docentes ...................................................... 53 44 Modelo de Gestão Participativa na Prática ................................................................................. 54 45 Oficina de Criação: Viver um Dia Perfeito – A Música como Instrumento Facilitador da Aprendizagem ........................................................................................................................... 55 46 Orientação de TCC à Distância - Uso do Collaborate .................................................................. 57 47 OSCE (Exame Clínico Objetivo Estruturado) ................................................................................ 58 48 Pensando Cientificamente no Curso de Psicologia: Elaboração Condução de Experimento em Laboratório Didático ................................................................................................................ 59 49 Prática com Boneco ....................................................................................................................... 60 50 Project Based Learning - Aplicação Prática à Distância - Uso do Collaborate .......................... 61 51 Projeto A FESTA ............................................................................................................................. 62


52 Projetos Semestrais ....................................................................................................................... 63 53 Rotação em Laboratório ................................................................................................................ 64 54 Saúde e Marginalização Social: Suprimindo Falhas Curriculares ............................................... 65 55 Seminários de Aprendizado .......................................................................................................... 66 56 Team Based Learning .................................................................................................................... 67 57 Usando a Ferramenta Padlet ......................................................................................................... 68 58 Uso de Tecnologias na Docência .................................................................................................. 70 59 Uso do Diário de Bordo nos Registros do Estágio Obrigatório ................................................... 71 60 Uso do Google Drive para Organizar Documento no AVA ........................................................... 72 61 Utilização de Mídia Social na Motivação para o Aprender, A ...................................................... 73 62 Vídeo Aulas para Photoshop ......................................................................................................... 74

RESUMOS - LONDRINA 1

Agro Soluções ................................................................................................................................. 76

2

Desenvolvimento do “Projeto Intervalo Cultural” .......................................................................... 77

3

Gamification .................................................................................................................................... 78

4

Júri Simulado .................................................................................................................................. 79

5

Programa CONCILIARE .................................................................................................................. 80

6

Projeto Integrador - Responsabilidade Social ............................................................................... 81

7

Start to Up - Constrindo Além do Canvas ...................................................................................... 82


APRESENTAÇÃO Compartilha Docência é uma proposta que visa facilitar a socialização das melhores práticas dos docentes da Universidade Positivo favorecendo a troca de experiências e impactando de maneira positiva na atuação e revisão de seus processos educacionais. Por meio do compartilhamento das boas práticas espera-se criar um espaço de inspiração permanente possibilitando a inovação das metodologias de ensino e a multiplicação de diferentes estratégias de aprendizagem. As práticas submetidas, são construídas considerando a cultura e valores institucionais e o perfil do estudante da Universidade Positivo, legitimando sua aplicabilidade não somente em cursos afins, como favorecendo a transposição e adaptação para os cursos da instituição e comunidade acadêmica. A organização e divulgação das experiências dos professores trata-se de uma maneira de valorizar intervenções pedagógicas inovadoras sobre temáticas relacionadas aos processos de avaliação, estratégias e metodologias de ensino aprendizagem, postura, ética profissional, relacionamento entre professor e aluno, uso de tecnologias na educação e educação ambiental. Além de motivar a divulgação de novas experiências, a Universidade Positivo reconhece as ações desenvolvidas por seus professores e as melhores práticas de cada área, são premiadas no evento principal do “Encontro Docente”, que acontece na semana de planejamento da universidade. O evento oportuniza que professores inscrevam suas práticas e multipliquem com os colegas professores as experiências e resultados obtidos. O registro desta ação é compilado em formato digital disponível na página do docente com o título: “Compartilha Docência”. Reiteramos o agradecimento das áreas de Ensino e respectivos professores da Universidade Positivo pela construção deste Projeto. Convidamos a comunidade acadêmica e científica que usufruam deste novo ambiente para promoção das experiências, pesquisas e práticas que tem consolidado a qualidade do ensino da Instituição. Karina Nones Tomelin Curitiba, Brazil www.up.edu.br


RESUMOS

CU RI TI BA


Universidade Positivo - Curitiba/PR

50 Dias Criativos Alexandre Antonio de Oliveira

RESUMO Inspirado no projeto “The 100 Day Project” do Prof. Michael Bierut do curso de Artes Visuais da Yale School of Art, os 50 Dias Criativos tem a premissa do discente se propor a fazer uma atividade criativa todos os dias durante 50 dias consecutivos. As propostas foram as mais diversas, desde desenhar formas humanas diferentes até se vestir de dinossauro e tirar fotos em 50 lugares diferentes. Tais propostas foram orientadas e avaliadas para que a prática criativa e de processos de criatividade estivesse presente. Cada aluno com sua proposta, postava diariamente sua atividade no Instagram pessoal (o que causava curiosidade aos amigos e colegas para saber o que seria aquilo) e também em um diretório criado no Google

Drive (cada diretório nomeado a partir da lista de chamada e com acesso direto aos alunos). Como resultado, todos os alunos completaram pelo menos 60% dos dias (era requisitado no mínimo 30 dias para obtenção da competência) e diversos continuaram sua prática no próprio Instagram ou criando novos perfis especificamente para a prática: é o caso de @roleporcuritiba ou @50daysoflife. O maior resultado, além da prática de todos os discentes, foi a criação de um negócio a partir da prática feita na disciplina: https://www.instagram.com/bau.do/. Do Baú foi criada a partir da prática de um discente que resolveu fazer um caderno artesanal por dia durante os 50 dias.

Palavras-chave: Criatividade. 50 dias criativos. Instagram.

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Aluno ou Parecerista de Artigo Científico? Desenvolvimento de Análise Crítica no Início da Graduação Fernanda Bordignon Luiz

RESUMO Desde o primeiro ano da graduação, alunos tem acesso a artigos científicos que embasam a atuação profissional das mais diversas áreas do conhecimento. No curso de Psicologia, os alunos são recebidos por uma grande quantidade de informações, muitas vezes distintas daquilo que estão acostumados a ouvir sobre o comportamento humano. Assim, o estudante precisa ser capaz de identificar o conhecimento de qualidade para embasar a atuação profissional do psicólogo. A atividade foi proposta na disciplina de Avaliação Psicológica I, do primeiro ano da graduação em Psicologia e teve como objetivo capacitar o aluno a avaliar um artigo científico, considerando variáveis que são em geral levadas em conta por pareceristas de artigos de revistas científicas. Para tanto, foram selecionados cinco artigos científicos sobre fenômenos sociais que em geral alunos de primeiro ano tem pouco acesso, mas que são de grande importância, como: “uso de maconha”, “violência contra a mulher”, “adolescente em conflito com a lei” e “homossexualidade”. Como critério de escolha dos artigos foi considerada a alta quantidade de problemas apresentados

nesses artigos, desde formatação indevida, pouca clareza nos objetivos, problemas metodológicos e conclusões pouco sustentadas pelos dados. A atividade foi desenvolvida da seguinte forma: os alunos formaram duplas ou trios e foram convidados a escreverem um parecer de um dos cinco artigos, escolhido pelo grupo. Para garantir que os alunos fossem capazes de construir o parecer, foi elaborado um protocolo contendo 36 variáveis relacionadas a qualidade do artigo a serem avaliadas, referentes ao título do artigo, resumo, introdução, método, resultados e discussão. Por exemplo: “apresenta parágrafos com premissas e conclusão”, “evidencia o objetivo do estudo” e “analisa possíveis implicações dos dados”. Após a avaliação de cada uma das variáveis, cada grupo escreveu um parecer do artigo, contendo de uma a duas laudas. Como resultado, a maioria dos pareceres foi escrito de maneira apropriada, evidenciando o desenvolvimento de avaliação crítica do conhecimento disponível. Além disso, os alunos relataram terem gostado de realizar a atividade, pois “se sentiram importantes e críticos” e não mero receptor do conhecimento.

Palavras-chave: Avaliação crítica. Artigos científicos. Formação profissional.

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Aplicação de Metodologias Ativas no Ensino-aprendizagem da Farmacologia João Luiz Coelho Ribas

RESUMO Em uma sociedade globalizada, na qual o conhecimento está em constante evolução e transformação, há necessidade de centralizar os alunos como responsáveis por seu processo ensino-aprendizagem. A Farmacologia é uma das disciplinas que compõem os anos iniciais de estudo dos profissionais da área da saúde e seu conhecimento é de grande importância devido a sua abrangência na prática clínica. No entanto, nem sempre existe a convergência em conhecimento para a utilização na sua futura prática profissional. Portanto, o objetivo deste trabalho foi a aplicação de metodologias ativas no ensino-aprendizagem de Farmacologia visando verificar o impacto no desempenho dos discentes da disciplina após um bimestre de implantação das mesmas. As metodologias ativas foram aplicadas durante o terceiro e quarto bimestre (jul-dez) de 2016. Foram utilizados mapa conceitual, class rotation, sala de aula invertida, gamificação, problematização, ensino por times, seminários e peer instruction. Para a avaliação da progressão, foram analisadas as médias

das notas da avaliação do primeiro e segundo bimestres e comparadas com as médias do terceiro e quarto bimestre. As análises estatísticas foram realizadas aplicando-se o teste t de student. Participaram da avaliação 44 alunos de enfermagem, 59 de nutrição, 66 de fisioterapia, 62 de biomedicina e 100 de medicina. Com as análises pode-se observar um aumento estatisticamente significativo nas notas do terceiro e quarto bimestre comparado com as do primeiro e segundo bimestres (p<0,0001). Em termos percentuais, as médias das notas mostraram aumento de 11,9% para os alunos de enfermagem, 12,6% para os estudantes de nutrição, 22,2% para os alunos de fisioterapia e biomedicina e 17% para os estudantes de medicina. Com esse trabalho foi possível constatar que os alunos se mostraram mais empolgados com as estratégias pedagógicas inovadoras, tornando-se mais participativos e interessados, atuando como protagonistas na construção do conhecimento.

Palavras-chave: Farmacologia. Metodologias ativas. Ensino-aprendizagem.

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Aprendendo a Leitura e a Escrita em Diferentes Contextos Liliamar Hoça

RESUMO Refletindo sobre formação inicial dos estudantes de Pedagogia, a compreensão dos conceitos de alfabetização e letramento deve acontecer com vivências culturais. As vivências culturais foram realizadas a partir do que denominei. Aprendendo a Leitura e a Escrita em diferentes Contextos. A atividade teve três objetivos: propiciar o conhecimento de diferentes contextos pelos estudantes de Pedagogia; desenvolver roteiros para visitas em diferentes locais e identificar a função social da leitura e escrita, a partir da diversidade de gêneros textuais, significando os conceitos de alfabetização e o letramento. Para esta atividade foram selecionados os seguintes locais: Campus da Universidade Positivo (Ecoville), Mercado Municipal, Zoológico, Avenida XV de novembro, Teatro Guaíra, Museu Oscar Niemayer, Biblioteca Pública, Aeroporto Afonso Pena, Jardim Botânico, Parque Barigui, Bosque Alemão. O trabalho foi organizado em quatro etapas: 1 - organização dos grupos de trabalho até cinco estudantes, sorteio do local; 2– reunião do grupo para pesquisa e planejamento do pré roteiro, com histórico do local, localização, curiosidades, percepções iniciais sobre presença da leitura e escrita (o que pensávamos existir para ler nesse local), possí-

veis atividades para alunos considerando o ciclo de alfabetização, 3 – realização da visita técnica em grupo, observando o espaço, comparando percepções inicialmente levantadas pelo grupo com a realidade local, acrescentando outras situações que envolviam leitura e escrita. Esta etapa documentada em fotos e vídeos; 4 – elaboração do roteiro final, retomando as questões iniciais e apresentando a presença da leitura e da escrita no espaço, necessidade da alfabetização e do letramento para as pessoas, importância de atividades de campo para o conhecimento local para as acadêmicas para futuramente ensinar as crianças, jovens e adultos sobre o espaço e a função da leitura e da escrita, seleção de uma atividade de alfabetização relacionada ao espaço visitado. Foi realizada a apresentação dos grupos, com fotos, vídeos, os roteiros e as impressões dos estudantes. Além desenvolvimento da produção de roteiros de campo, identificação da leitura e escrita e seleção de atividades, foi possível propiciar vivências culturais, conhecimento de parques, teatros, museus e diferentes espaços da cidade.

Palavras-chave: Leitura. Escrita. Formação de professores.

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Articulando Conceitos da Epistemologia Genética de Piaget Maísa Pereira Pannuti

RESUMO Esta atividade teve como objetivo relacionar conceitos e sintetizá-los por meio da produção de um texto. Foi desenvolvida no final do 1º bimestre na disciplina de Processos Cognitivos, ministrada na 2ª séria do curso de Psicologia. Os alunos trabalharam em grupos de até 4 pessoas, tendo sido avisados previamente de que poderiam trazer material para consulta e computador se desejassem digitar. Antes da proposta propriamente dita, foram explicitados os critérios de correção e o que se esperava. A seguir, foi distribuído um envelope para cada grupo, contendo 11 palavras chave, que sintetizavam os principais conceitos trabalhados no bimestre, neste caso, ideias fundamentais da Epistemologia genética de Piaget: AÇÃO; INTERAÇÃO SOCIAL; ACOMODAÇÃO; MATURAÇÃO ORGÂNICA; APRENDIZAGEM; SUJEITO; EQUILIBRAÇÃO; ASSIMILAÇÃO; DESENVOLVIMENTO; OBJETO; EXPERIÊNCIA COM OBJETOS. Cada

grupo deveria discutir o sentido e a relação entre as palavras e colocá-las sobre a mesa de forma organizada, como um mapa conceitual. Assim que terminavam esta etapa, chamavam a professora e explicavam o que haviam feito. Neste momento a professora verificava a compreensão de todos, fazendo perguntas e ajustes na apresentação do mapa conceitual. A partir desse momento de verificação, eles passavam à segunda parte, que consistia na produção do texto propriamente dito. Após a realização dessa atividade foi aplicada a prova do 1º bimestre, que abordou os temas desenvolvidos na atividade. De uma maneira geral as turmas apresentaram um desempenho satisfatório nas provas. Além disso, de maneira informal, vários alunos comentaram que, apesar de complexa, a atividade foi válida para que aprofundassem os conteúdos e fossem capazes de relacioná-los.

Palavras-chave: Conceitos. Síntese. Relação. Produção de texto.

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Audiovisual na Prática: Exibições para o Canal Futura Sandra Nodari Romano

RESUMO Esta atividade promove a parceria de intercâmbio de conteúdo entre a TV Futura e o curso de Jornalismo da Universidade Positivo, por meio da produção e exibição de reportagens em vídeo para a programação do canal de televisão. As reportagens são produzidas por alunos, sob a orientação da professora, e com o aval de jornalistas da emissora. Ao produzir as reportagens, os estudantes passam a compreender a dinâmica de produção de uma Rede de TV Nacional, passando pelo processo de reunião de pauta, produção da reportagem, gravações, edição e exibição. E quando os alunos têm suas reportagens exibidas pelo canal de TV, sentem-se premiados e recompensados pelo bom trabalho. Somente as reportagens com qualidade técnica e de conteúdo perfeitos são exibidas, junto com trabalhos de jornalistas profissionais. A atividade é realizada de maneira voluntária pelos alunos que são compensados por horas de atividades complementares e também por dois estagiários. Este ano, os alunos já viajaram para Paranaguá e Adrianópolis para realizar gravações, além, das reportagens produzidas em Curitiba. Nossos alunos experimentem a realidade da produção audiovisual de qualidade e aprendam conteúdo prático, além de criar elementos para compor seu currículo. A parceria estabelece um

canal de informação direto entre a Universidade Positivo e 56 milhões de telespectadores que acompanham o Canal Futura em todo o Brasil. O Canal tem como missão valorizar a educação brasileira, a ética, o empreendedorismo, a sustentabilidade socioambiental e o espírito comunitário, premissas que são importantes também ao Grupo Positivo. Tais temas servem de pautas das reportagens dos alunos. Este ano, a professora Sandra Nodari venceu o 1º PITCHING SOCIAL PARA DOCUMENTÁRIOS DO CANAL FUTURA, disputando com jornalistas de emissoras de televisão educativa do Sul do Brasil. Isso resultará na produção de um documentário sobre a parceria entre a Universidade Positivo e o Município de Adrianópolis que está em fase de pesquisa e será finalizado em 2018. Outro projeto que está sendo realizado e já envolve mais de 30 alunos na produção, é o Sou Fandango, uma série de 4 programas de televisão sobre o Fandango da Ilha de Valadares em Paranaguá. Os alunos estão estimulados a participar e bastante envolvidos com estes projetos porque trabalham na prática, ao lado da professora, dividindo as funções como equipe. Ao acompanhar a professora atuando como jornalista e documentarista, sentem-se produzindo algo real.

Palavras-chave: Canal Futura. Reportagens. Telejornalismo. Documentário. Práticas fora de sala de aula.

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Auto-correção de Avaliação Luciano Blasius

RESUMO A auto-correção propicia aos/às alunos/as corrigirem sua própria avaliação e emitirem suas notas, confrontando-as com a correção que efetuei. Funciona assim, após a realização da avaliação faço fotocópia da prova, então realizo minha correção; no dia da devolutiva entrego a cópia não corrigida de cada um, então fazemos a correção geral, com discussões e reflexões sobre as questões, na sua maioria abertas. Cada aluno/a emite sua respectiva avaliação sobre cada resposta que efetuou. Após a somatória,

entrego a original corrigida para comparações. O mais interessante é que na maioria absoluta dos casos, por serem questões abertas e subjetivas, os/as alunos/as emitem notas inferiores as que auferi. Desta forma podemos reforçar o conteúdo da avaliação, bem como os/as futuros/ as licenciados/as, colocando-se na condição de avaliadores/as, percebem o quanto é difícil avaliar o que o/a outro/a escreveu. A prática é bem recebida, pois trabalha conteúdo e propicia reflexão sobre a docência.

Palavras-chave: Educação. Licenciatura. Avaliação. Auto-correção.

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Avaliação de Saúde Mental Marina Pires Alves Machado

RESUMO No início do ano percebemos que muitos alunos do curso de psicologia vinham relatando sofrimento psíquico, e demonstrando em sala de aula comportamentos ansiosos, choros e relatos de situações conflitantes. Alguns alunos começavam a ter faltas em sala de aula e eventualmente conflitos entre eles. Devido a isso, eu e uma aluna do 5º ano do curso de psicologia desenvolvemos um inventário de saúde mental com perguntas que investigavam depressão, ansiedade, estresse, uso de substâncias químicas, ideação suicida, uso de medicamentos, acompanhamento terapêutico e continha ainda um campo em aberto para que o aluno pudesse relatar o que quisesse. Na semana de provas do 2º bimestre passei nas turmas de 3º e 4º anos do curso de Psicologia (são 7 turmas ao todo), o inventário de saúde mental para que preenchessem de forma anônima. Durante o recesso, tabulamos os dados e no início do 3º bimestre apresentei aos professores os resultados das turmas. Na reunião com os professores, falamos

da importância de o professor ficar atento aos comportamentos dos alunos e buscar o aluno para conversar e oferecer suporte. Todos os professores apoiaram. Na sequência, apresentamos a cada turma como estava o resultado da turma referente à sofrimento psíquico, comparando com as demais turmas. Nesse momento, apresentei as possibilidades de apoio que professores traçaram e disponibilizei aos alunos o contato dos professores para que pudessem buscar os mesmos em caso de necessidade de conversar e receber orientação. Após, alguns alunos começaram a procurar individualmente os professores, que prestaram apoio. Alguns me procuraram agradecendo a ação e a acolhida que tiveram, dizendo que isso fez a diferença para que se sentissem mais fortes e com mais vínculo com o curso e com os professores. A ideia é fazer essa ação anualmente.

Palavras-chave: Saúde mental. Psicologia. Alunos. Professores.

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Blog de Ensino de Ciências e Biologia da Licenciatura da UP Luciano Blasius

RESUMO As alunas (considerando que são seis mulheres) e o João (único aluno) foram instigadas a estruturar e colocar na rede mundial um blog de ensino de ciências e biologia. A disciplina ministrada é Tecnologias aplicadas ao ensino de ciências e biologia, então, durante todo o ano-letivo, desenvolvemos conteúdos e atividades com o uso de tecnologias digitais e alternativas; essas atividades foram filmadas, editadas e como última atividade do ano-letivo o blog será colocado à disposição de Professoras/es para dinamização de suas aulas. As atividades filmadas

envolvem paródias, jogos pedagógicos sobre ciências e biologia, montagem de modelos didáticos etc. Já temos os vídeos e estamos aguardando a possibilidade de vincular o blog na página da UP. A ideia é que o blog seja administrado pelo último ano da licenciatura, inserindo conteúdos de todos os anos que possam contribuir com a atividade docente. Acreditamos que a iniciativa firma-se como estratégias e metodologia de ensino e não em uso de tecnologias na educação, pelo processo de desenvolvimento vivenciado.

Palavras-chave: Educação. Ciências. Biologia. Tecnologia educacional. Blog de ciências e biologia.

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Café da Manhã com História + Amigo Secreto Entre os Alunos Sérgio Czajkowski Jr

RESUMO Neste ano, eu coloquei em prática duas metodologias as quais, aos meus olhos, promoveram um resultado super positivo entre os alunos, bem como no que diz respeito ao relacionamento deles para comigo (enquanto docente). O primeiro deles foi instituir, no dia das devolutivas das avaliações, um café da manhã (ou da noite) colaborativo no qual cada um fica responsável por algum item (doce, salgado, refrigerante, suco, ...). No dia das devolutivas, os alunos corrigem as provas comigo, ajudam os colegas com as dúvidas restantes (pois eles são divididos em equipes) e o mais interessante é que, no final (em algumas turmas), fazemos um jogo no qual os alunos precisam acertar os nomes dos colegas (a partir das histórias que vão sendo contatas e/ou desenhos que vão sendo feitos). Tal dinâmica reforça os laços de amizade, bem como ensina os alunos a trabalharem em equipe pois precisam escolher o que cada um vai levar, a quantidade capaz de alimentar todos os colegas. Muitos alunos também preparam

seus próprios pratos, de tal sorte que muitos talentos gastronômicos também são revelados. Na Páscoa, neste ano, também fiz um amigo secreto nas turmas dos calouros, o qual se mostrou extremamente gratificante em especial nas turmas nas quais tínhamos alunos pouco entrosados, pois tal dinâmica além de reforçar os laços de amizade, faz com que os alunos criem elos com amigos com quem tinham pouco contato. as fotos destes eventos podem ser encontrados no meu Instagram: h t t p s : // w w w. i n s t a g ra m . c o m / p / B a D Q 0 p 8FPa6/?taken-by=sergioczaj https://www.instagram.com/p/BZyrHQjlbeG/?taken-by=sergioczaj https://www.instagram.com/p/BW8CGwjlrxz/?taken-by=sergioczaj https://www.instagram.com/p/BW7gmuKF26n/?taken-by=sergioczaj https://www.instagram.com/p/BTM813Il9v6/?taken-by=sergioczaj

Palavras-chave: Café da manhã. Amigo secreto. Lanche. Integração. Contação de histórias.

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Chá com Conversa Priscila Chupil Fabrícia Cristina Gomes Fabiane Maria Picheth Gelsenmeia Massuquette Josemary Morastoni

RESUMO A proposta foi idealizada no ano de 2016, com o objetivo de explicitar a importância da relação entre teoria e prática na formação de professores e contribuir para a formação de futuros profissionais reflexivos e embasados teoricamente frente a sua atuação. Dentro da proposta do Chá com Conversa, estudantes do Curso de Pedagogia EAD, são convidados a participar do evento sendo orientados, pelos professores-tutores, a estabelecer relações entre a aplicabilidade prática da temática abordada no evento e os fundamentos teóricos discutidos nas disciplinas, refletindo sobre o fato de que o saber docente não é formado apenas da prática, ele também precisa estar fundamentado nas teorias da educação. O evento teve sua primeira edição em novembro de 2016, abordando produções literárias. A segunda edição foi realizada em julho de 2017, tendo como tema a relação entre as práticas de estágio supervisionado e o embasamento teórico adquirido no curso. A terceira edição, programada para ser realizada em novembro de 2017, contemplará as questões de alfabetização matemática e letramento no contexto do ensino fundamental. Os estudantes do Curso de Pedagogia EAD, são desafiados a elaborar diferentes encaminhamentos que abordem a temática estabelecida a cada evento, tendo como base os conteúdos trabalhados nas disciplinas que trataram do tema ao longo do

ano corrente. Como “produto” da proposta elaborada, o estudante confecciona e apresenta para os professores e demais colegas, em auditório, infográficos, planos de aula, debates, reflexões, materiais concretos, que remetam a relação teoria e prática. Ao final do evento, os alunos são convidados para um “Chá com Conversa”, onde podem se conhecer presencialmente e aprimorar os vínculos estabelecidos no ambiente virtual de aprendizagem. Tal ação é relevante e pertinente à atuação docente no ensino superior, ainda mais em um curso totalmente a distância, pois permite a aproximação e aprimoramento do vínculo estabelecidos entre estudantes e docentes. Trata-se de um trabalho inédito na instituição, original e inovador, que foi idealizado com o intuito de aprimorar práticas docentes no contexto da formação de professores. O estabelecimento da relação entre teoria e prática no processo de ensino-aprendizagem é essencial, por isso a ideia pode ser adaptada, aprimorada e aplicada em outros cursos/áreas acadêmicas. Considerando o exposto acima, entendemos que o “Chá com Conversa” contribui para o desenvolvimento da aprendizagem discente e constitui-se enquanto prática aprimorada no trabalho docente em formação de professores. O trabalho é conduzido pelos professores-tutores, com o consentimento e apoio das Coordenadoras do Curso.

Palavras-chave: Chá com Conversa. Teoria e prática de ensino. Pedagogia. 18

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Conhecendo as Bactérias na Prática Ana Lúcia Eckert

RESUMO Sou professora do curso de Gastronomia e ministro a disciplina de Higiene e Segurança de Alimentos. Um dos assuntos abordados nesta disciplina é sobre microrganismos patogênicos e contaminantes dos alimentos com relação às Boas Práticas de Manipulação. Este assunto é abordado de maneira teórica e mesmo que os alunos fiquem alarmados ao tomar conhecimento do assunto, a aplicação prática quanto a higiene no laboratório de Gastronomia, fica a desejar. Com o objetivo de conscientizar os alunos sobre a importância das Boas Práticas durante a manipulação de alimentos, este ano tomei a iniciativa de leva-los ao laboratório de microbiologia para que pudessem visualizar e realizar a coleta de microrganismos de diferentes materiais e ambientes. Fomos muito bem recebidos pelo Jeferson e o mesmo disponibilizou placas para diferentes tipos de coleta. A visita aconteceu em dois dias. No primeiro dia o Jeferson fez uma explicação sobre bactérias,

bolores e leveduras e disponibilizou materiais para que os alunos fizessem diferentes coletas. Foram coletados materiais de mãos sem lavar, lavadas apenas com água, lavadas com sabão e lavadas com sabão e depois higienizadas para que eles pudessem observar a diferença. Além disso, coletaram amostras de material de celulares, bancadas, banheiros, barba, fruta sem higienizar, etc. No segundo dia voltamos para observar o crescimento microbiano nas placas dos respectivos materiais coletados. A experiência foi enriquecedora, pois puderam visualizar na prática tudo o que era passado em sala e que muitas vezes fica difícil de acreditar, porque os microrganismos não são vistos à olho nu. A conscientização dos alunos quanto a importância da higiene das mãos, dos alimentos, da importância de não usar do celular durante a manipulação de alimentos ficou muito mais fácil e o resultado no laboratório de Gastronomia quanto às Boas Práticas tem sido satisfatório.

Palavras-chave: Microrganismos. Boas práticas. Gastronomia.

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Construindo Definições: A Gincana Antônio Ronaldo Madeira de Carvalho

RESUMO Existem momentos na disciplina que é fundamental instigar os alunos a conhecer conceitos e definições sobre determinados temas que servirão de base para o que será trabalhado com eles nas aulas seguintes. Metodologia: Os alunos são separados em equipes e encaminhados à biblioteca, lá eles encontrarão QR codes espalhados pelo prédio. O líder de cada equipe lerá nos QRcodes mensagem que representam missões, como: 01: Escale dois membros da sua equipe para buscar em PEREIRA,Joâo 2013 e FERNANDEZ, Pablo 2016. Definições sobre “margem de contribuição” 02: Escolha um membro da sua equipe para levantar 3 autores que abordem o tema “ ponto de equilíbrio econômico” . Os autores não podem ser os mesmos das demais equipes, use o rádio ( os alunos recebem um rádio de comunicação, como alternativa aos rádios pode ser criando um grupo de whatsapp ) para avisar a todos os autores escolhidos. Palavras-chave: Gincana. Pesquisa. Gameficação.

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03: Convoque um membro de sua equipe para elaborar uma questão de múltipla escolha sobre o tema “ Custo Indireto” 04: Escale 2 membros da sua equipe para responder a questão 02 do capítulo 05 livro do FERREIRA, Nilton 2002. Após o líder ler as informações em todos os QRcodes ele deverá gerenciar a realização de cada tarefas e conduzir a equipe de volta a sala de aula a tempo para o início das discussões. As respostas são enviadas via “google forms” assim o Professor terá acesso em tempo real às respostas. De volta a sala serão discutidas as questões presentes na dinâmica e na aula seguinte os alunos participarão de um quiz com base nas questões de múltipla desenvolvidas ao longo da dinâmica na biblioteca. Resultados: Após a gincana, na aula seguinte o professor abordou o tema e foi possível perceber uma maior profundidade nas participações dos alunos bem como um maior domínio sobre os conceitos chave do conteúdo.


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Construindo Pontes Wilson Rocha Gomes

RESUMO A atividade lúdica “Construindo pontes”, aplicada nas disciplinas de Gerenciamento de Projetos e de Treinamento e Desenvolvimento de Equipes têm a finalidade de proporcionar aos alunos, na prática, o exercício das seguintes competências: Planejamento, Liderança e Trabalho em equipe. Os alunos são convidados a adentrar num cenário, através de imagens e sons, que retrata uma catástrofe numa pequena cidade: tempestade, casas alagadas, pessoas com frio e fome, etc. Há uma única ponte nessa cidade que faz a conexão com outras cidades, e que acaba de ser destruída pela tormenta. Os alunos são convocados a formar equipes e reconstruir a ponte, com as dimensões estipuladas previamente. Cada equipe é responsável por reconstruir um bloco dessa ponte. Cada equipe recebe uma pasta com os materiais que serão utilizados (cartões brancos tamanho A5, pregadores de roupa, elásticos, caixas de fósforo, barbante, entre outros materiais). Todas

as fases da atividade são controladas por tempo, e em certos momentos, as lideranças são substituídas. Ao final, as equipes devem “unir” as pontes, e fazer passar sobre elas um carro de socorro (controle remoto), que hipoteticamente levará suprimentos emergenciais para aquela pequena cidade. Em não havendo sucesso, todas as pessoas da cidade morrerão de sede, frio e fome. O fechamento da atividade se dá em duas partes: por meio de uma reunião de análise crítica, onde os líderes e liderados são convidados a comentar acerca das dificuldades, dos desafios, dos erros e acertos, e também, incentivados a dar feedbacks positivos aos colegas; na segunda parte, são retomados pelo professor os principais conceitos teóricos envolvidos, referenciando-os à prática realizada. Havendo necessidade, tenho fotos e vídeos que poderão ser enviados para melhor ilustrar a descrição acima.

Palavras-chave: Planejamento. Liderança. Trabalho em Equipe.

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Criando Vínculos Afetivos Emmanuel Alencar Furtado

RESUMO Laura comemora sua entrada na melhor universidade privada do Paraná. Sua alegria é tanta ao saber que enfim estudaria sobre sua maior paixão: fotografia! Enfim, irá conhecer pessoas que também são apaixonadas pela fotografia e querem estudar muito. Enfim entenderá os motivos pelos quais algumas fotos são impactantes e históricas, e o melhor, debater, compartilhar e aprender sobre elas. Uma lembrança chega e se mistura com essa alegria, deixando ela angustiada. Ela sempre estudou no modelo tradicional da educação e questionava o motivo de ainda existirem os “donos do conhecimento” e os alunos não poderem participar ativamente da aula. Era uma relação distante e fria. Enfim, chega o primeiro dia de aula e ela vai resignada, pois tem certeza que será do mesmo jeito. O professor diz: formem um círculo, vamos nos conhecer. E a primeira pergunta que ele faz para todos é: por que a fotografia? Laura responde: não sei professor! Só sei que quero saber mais sobre a fotografia. Na aula seguinte, os alunos trouxeram fotos para se apresentar através dos registros fotográficos. Eles mostravam a foto e o colega da turma tinha que dizer quais eram as características do autor da imagem, basean-

do-se na mesma. O professor apresentou sua foto e toda a turma pode fazer isso. Laura assim pode conhecer todos os amigos, amigas e o professor. A cada aula, a turma se sentia mais confortável em participar da aula. Eles criaram um grupo no Whatsapp. Leram um livro, se ajudaram e tiravam dúvidas com o professor. Foram de ônibus à Roda de Fotógrafos e voltaram comentando sobre a experiência. Algo fazia cada vez mais os alunos se unirem e se aproximarem do professor: o trabalho “Meu Desconhecido”. A proposta de fotografar o que não gostaria de fotografar ficava martelando na alma da Laura. A tristeza impedia ela de fotografar. Com os olhos cheios de lágrimas, pediu para conversar com o professor. Durante a conversa soube que não era a única que passava por isso. Outros alunos e alunas tinham passavam pelo mesmo. Afinal, o desafio estava relacionado à história de cada um. E assim, o vínculo entre os alunos e deles com o professor se estreitou cada vez mais. A grande roda de fotógrafos que acontecia a cada aula culminou na festa americana de encerramento da disciplina. Teve trocas de fotos entre todos. Assim, a lembrança desse período que passaram juntos se materializou nesse gesto.

Palavras-chave: Vínculo. Amizade. Emoções. Fotografia.

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Desafio Contábil Antonio Ronaldo Madeira

RESUMO Ao longo do ano letivo (na disciplina de Contabilidade Básica e Gestão de Custos), especificamente ao final de cada bimestre, é realizada uma competição de conhecimento, que aborda os temas explorados ao longo do bimestre na disciplina. A competição utiliza o aplicativo Kahoot e tem o objetivo de fortalecer os conteúdos centrais da disciplina. Aplicação: O professor elabora um Quiz que é respondido em sala (utilizando o app kahoot) pelas equipes e o score obtido é convertido em pontuação na atividade avaliativa bimestral. É fixado no mural da sala o ranking das melhores equipes utilizando o layout de campeonatos esportivos como Futebol. O game é composto de 4 rodadas bimestrais e uma grande final onde as equipes desenvolvem protótipo de um produto ( um brinquedo) onde terão que calcular e apurar os custos reais de fabricação do brinquedo. Os brinquedos são avaliados quanto à inovação e qualidade e precisão nos cálculos ( custos diretos e indiretos, fixos e variáveis). Após a etapa final são somados os pontos e definida a equipe vencedora que recebe o belíssimo troféu e medalhas de honra ( para as 3 primeiras colo-

cadas) ao mérito.A entrega do troféu e medalha visa materializar a conquista da equipe, com reflexos na autoestima dos vencedores. Os brinquedos construídos são doados para um orfanato e entregues pessoalmente pelos alunos. Objetivo: instigar, por meio de metodologia ativa (gameficação) os alunos na busca de conhecimento. Promover o trabalho em equipe, cooperação e inovação. Construir o sentimento de pertencimento aluno/universidade. Resultados alcançados: A dinâmica foi realizada em 2 duas das 3 turmas que o professor ministra aula no primeiro ano. Nas turmas participantes foi percebido um gigantesco entusiasmo em relação a competição o que impactou na busca por conhecimento uma vez que as rodadas bimestrais ( quiz) abordavam os conteúdo vistos em sala. O desempenho das turmas participantes foi cerca de 32% superior a turma não participante. O números apontam para um índice de reprovação menor nas turmas que participam do Desafio Contábil. Também foi percebido uma melhor avaliação do docente por parte das turmas participantes.

Palavras-chave: Metodologias ativas. Gameficação. Quiz. Conhecimento.

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Descobrindo Curitiba Sandra Nodari Romano

RESUMO Uma parceria entre o curso de Jornalismo da Universidade Positivo, a emissora EParaná (TV Educativa) e o Portal Massa News (Rede Massa/ SBT) exibe edições do programa audiovisual Descobrindo Curitiba que informam e destacam personagens que dão nomes a praças, ruas, avenidas e parques de Curitiba. Os programas são produzidos por estudantes de jornalismo nas disciplinas audiovisuais. O programa é referência na divulgação da memória histórica de personagens que dão nomes às ruas, praças, avenidas e prédios de Curitiba. Você sabe quem foi Pedro Viriato Parigot de Souza? É só acessar: https://www.youtube.com/playlist?list=PLrzXr3jMzT-iHQo2aepfjizf3qbTRKhqg e assistir. As edições são exibidas, desde 2012, nos intervalos dos programas da TV Educativa para todo o Brasil e América Latina por antenas parabólicas e para todo o Paraná por sinal analógico canal 09 ou por canais fechados. Além desta parceria, em 2017, o Portal Massanews. com exibe os episódios na aba vídeos: https:// massanews.com/videos/descobrindo-curitiba-praca-brigadeiro-eppinghaus-blwZp.html. O projeto já foi premiado pela INTERCOM - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, por meio do prêmio Expocom por dois anos. Primeiro em 2012, como a Melhor

Produção em Jornalismo Utilitário do Sul do Brasil, e está publicado como artigo: http:// www.intercom.org.br/papers/nacionais/2012/ expocom/EX30-0100- 1.pdf. E, em 2016, como o melhor Programa Laboratorial de TV do Sul do Brasil, publicado em http://www.portalintercom. org.br/anais/sul2016/expocom/EX50-1006-1. pdf. O projeto também foi registrado no Fórum Nacional de Professores de Jornalismo: http:// www.fnpj.org.br/soac/ocs/viewpaper.php?id=899&cf=25. A participação no projeto, além de motivadora, faz com que os alunos exercitem as etapas de produção que vão da pesquisa para o roteiro, passando pela gravação de imagens, apresentação e entrevistas, até a finalização. É uma oportunidade rara e riquíssima para os estudantes que têm seus trabalhos exibidos na televisão e em um portal de notícias. Eles passam a ser conhecidos pelo mercado de trabalho. Além de formar experiência prática em seu currículo, têm em seu portfólio material exibido em emissoras de televisão convencionais e comerciais e portais de notícias reconhecidos pelo mercado. E, ainda, descobrem a história dos personagens relevantes para a cidade onde estudam.

Palavras-chave: Projeto em telejornalismo; memória histórica; Descobrindo Curitiba; audiovisual.

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Desenvolvimento Moral na Perspectiva Piagetiana e a Atuação do Psicólogo Escolar Maísa Pereira Pannuti

RESUMO Esta atividade foi proposta ao final de um bloco de conteúdos da disciplina Processos Cognitivos, ministrada para a 2ª série do curso de Psicologia. Os conteúdos trabalhados eram relativos ao tema do desenvolvimento moral segundo Piaget. Ao final da discussão teórica sobre a temática, foi proposta a leitura de um texto e uma atividade que proporcionasse o aprofundamento sobre a questão por meio da relação entre teoria e prática. Dessa forma, foi apresentada aos alunos, que trabalharam em grupo, uma situação problema, que envolvia não apenas o domínio dos conteúdos teóricos estudados, como também a articulação com a prática, por meio da simulação da atuação do psicólogo no contexto educacional. Foi apresentada a seguinte consigna: “Você é psicólogo e acabou de ser contratado para trabalhar em uma escola como psicólogo escolar. Em um primeiro momento você se dedica a observar a instituição, entrando nas salas, conversando com os professores e alunos, além de assistir a algumas aulas. Em relação a suas observações, assim como em conversa com os professores,

foi possível identificar algumas situações”. A seguir foram apresentados relatos de observações, tais como: “Professores não estimulam o trabalho em grupo”; “alguns professores exigem silêncio absoluto, mas no entanto, para fazê-lo, gritam com seus alunos”; “mantenho um quadro de registros dos bons comportamentos em sala, sempre que alguém faz algo errado colo uma “carinha triste”, e sempre que alguém faz algo adequado, uma “carinha feliz” etc. A seguir, foi solicitado que cada grupo elaborasse um texto informativo para os professores explicando como poderiam atuar, levando em consideração os argumentos teóricos utilizados nas discussões em sala e trazidos pelo texto apontado como leitura obrigatória. Os alunos mostraram-se motivados a realizar a atividade e expressaram satisfação com a possibilidade de relacionar teoria e prática, algo que nos anos iniciais ainda é incipiente. Além disso, alguns resultados evidenciaram não só domínio do conteúdo teórico, como reflexão sobre a articulação com a prática.

Palavras-chave: Desenvolvimento moral. Atuação psicólogo escolar. Teoria. Prática.

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Dinâmica de Luto Raphael de Souza Lobo

RESUMO Atividade feita em sala. A atividade se inicia com uma sensibilização com a apresentação do filme de animação “UP - Aventuras nas Alturas” , em que o personagem deixa para realizar um sonho mais tarde com sua esposa, sonho prometido na infância, só que ela vem a falecer não possibilitando esta realização. Além disso faço comentários sobre livros e outros filmes que tratam da mesma questão. A negligencia que temos em viver achando que sempre vai existir um “amanhã” pra resolver nossas situações. Falta de planejamento e mapeamento da própria vida ocasionam esta negligência. Pra isso, utilizo uma frase do livro “ Quando Nietzche morreu”, em que Nietzche diz que “ só aprendemos a viver quando aprendemos a morrer”. Isso quer dizer que quando passamos por uma doença grave ou um acidente em que quase morremos, mudamos nossa visão de mundo tentando qualificar nossas relações. A dinâmica serve para pensarmos nisso sem ter que passar por isso. Pra isso ela é dividida em três etapas: Etapa 1 - escrever uma “lista de convidados” do próprio velório, se seu falecimento fosse no dia de hoje. As pessoas que você coloca você precisa ter certeza que irão no seu velório nesse dia. Certeza, não achar. Esta lista é dividida nos setores que regem nossa vida: A) amigos - colocar nome e o que ele diria como despedida, pode ser uma palavra B) colegas de trabalho - nome e o que diriam c) parentes - nome e grau de parentesco d) lider religioso - nome e título obs: se não lembra do nome, grau de parentesco, ou o que falaria, não pode estar na lista. Ela avalia o seu redor como anda, e aqueles que 26

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ama ou gosta, a quanto tempo não se relaciona. Etapa 2 - escrever uma carta de despedida. Você se imagina numa cama de hospital recebendo uma notícia que vai falecer em um dia no máximo e não poderá falar com mais ninguém. Só escrever. Pra quem, o que e quanto, cabe a você. Interessante aqui perceber três coisas principais: A) quase nunca se fala de ódio aqui, normalmente se desculpa, diz que ama, pede perdão e não se fala quase em dinheiro. Isso prova para quem faz que bens materiais realmente não fazem diferença e que a raiva que sentimos de alguém, dispensamos no final da nossa história. Isso implica que carregamos mágoa para nada. B) muitos que estão na lista não aparecem na carta de despedida, mostrando como a pessoa é egocêntrica, só quer e não faz. C) declarações de amor são feitas neste momento, e que deviam, ser feitas quando se tem oportunidades criadas na vida. Negligencia-se em não resolver as coisas e quando se percebe que esta acabando se desespera. Então melhor ir resolver enquanto é tempo. D) noticia boa é que não estamos para morre em 24 horas, a ruim é que pode vir acontecer, então , vamos resolver. Etapa 3 - carta do dia perfeito. Escrever uma agenda se você tivesse um dia de vida mas com saúde pra viver este dia. Pontuar o que faria dentro das condições de tempo, espaço e financeiro. Aqui aparecem coisas simples d se executar e a pergunta que fica é: Por que não fazemos então este final de semana que seja? Resumindo: auto avaliação de relações, planos e estrategias de vida, sentidas na condição de


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“morte”. Alunos chegam a chorar e depois conversar sobre seus universos. Ajuda a se trabalhar assuntos correlacionados e conhecer mais nossa “ platéia”. Um dia pretendo transformar estes relatos em um livro. Tenho guardado as quase seis mil dinâmicas de ex alunos que já apliquei. Estas cartas não devolvo ao aluno nem a ninguém, não comento sobre as historias em

sala para proteção e privacidade. Dinâmica feita em um dia e os comentários e explicações sobre a razão da sequencia das etapas, em outro.

Palavras-chave: Auto avaliação; Plano de vida. Luto. Estratégia. Feedback. Relacioanamentos.

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Dinâmica Olhos Azuis Susan Blum Pessôa de Moura

RESUMO Inspirada no documentário “Olhos Azuis” resolvi criar uma dinâmica em que eu afirmo que já tenho boa avaliação dos alunos (faço pós-adoc) e que por isso posso mostrar meu verdadeiro eu. Assim, começo a impor determinadas regras menosprezando as falas dos alunos. Procuro “atacar” alguns alunos e tento promover empatia entre eles. Dependendo da reação deles vou costurando a questão de não se ficar quieto perante injustiças (mesmo que cometidas com colegas

e não com eles mesmos). Depois de um tempo explico a dinâmica e passo alguns poemas para reflexão. Objetivos principais: Não se alterar com ignorâncias de terceiros e nunca se omitir quando perceber injustiças. Saber argumentar para se defender. Sentir na pele a discriminação. Na aula seguinte passo o documentário.

Palavras-chave: Empatia. Cidadania. Respeito. Autocontrole.

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Empregabilidade Katia Brembatti

RESUMO Além da crise econômica que afeta quase todas as áreas, o Jornalismo vive uma crise própria. A profissão está se reconfigurando nos últimos anos, com alterações drásticas nos postos de trabalho. Propiciar meios para que os alunos consigam estágio e os egressos conquistem emprego virou uma estratégia fundamental para o curso de Jornalismo. A partir dessa constatação, foram desenvolvidas ações para aproximar os estudantes do mercado de trabalho. O ponto de partida foi a criação de um grupo no Facebook reunindo as pessoas que se formaram em Jornalismo pela Universidade Positivo. Além de ser um espaço de sociabilização, é um ambiente em que são divulgadas vagas de emprego. Também no grupo foi publicado um formulário para preenchimento pelos egressos. O objetivo foi identificar quantos estão trabalhando e em que áreas, para traçar um panorama das oportunidades de mercado. A partir dos resultados, “olhamos” para o curso buscando intensificar a atuação em áreas que demonstraram mais demandas, como assessoria de imprensa, gerenciamento de redes sociais e

edição de vídeo. Percebemos também que muitos alunos não conseguiam estágio porque apresentavam currículos ruins ou não sabiam se portar em entrevistas de emprego. A estratégia foi trazer para dentro da disciplina de Comunicação Corporativa todas as etapas de um processo de contratação. Os alunos tiveram oficina de currículo e também fizeram treinamento de dinâmicas para entrevistas de emprego. Potenciais contratantes foram convidados para contar aos estudantes o que costumam observar durante o processo de contratação. Para complementar, por meio de um grupo de Facebook restrito aos alunos, vagas de estágio são divulgadas toda semana para os alunos. Mais de 40 oportunidades foram publicadas em 2017. O feedback não poderia ser melhor. Egressos e alunos comentam sobre as vagas que conseguiram por meio da estratégia e relatam elogios que receberam pelos currículos e pela postura em entrevistas de emprego.

Palavras-chave: Egressos. Currículos. Emprego. Estágio

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Ensino Aprendizagem em Arquitetura Paisagística - Projeto de Praça Roberto Sabatella Adam Rivail Vanin Andrade

RESUMO A disciplina é anual (160horas), volta-se a capacitar o aluno ao diagnóstico e intervenção no espaço urbano, sendo a Praça o tema desse texto. Nos últimos 5 anos foram desenvolvidos projetos preliminares para as praças curitibanas Zacarias, Santos Dumont e Carlos Gomes. Todas as etapas são feitas em equipes. Como metodologia de ensino o Projeto de Praça se estrutura a partir da seguinte ordem de abordagem de assuntos: 1- apresentação do tema; 2- levantamento e diagnóstico do sítio, com visita técnica guiada ao local; 3- análise de correlatos e estudos de caso; 4- definição de conceito e partido; 5- elaboração de programa de atividades e do plano de ocupação ou setorização; 6- pré entrega de estudo preliminar e 7- entrega final o estudo preliminar. A prática de ensino aprendizagem se pauta em dois princípios: Clareza na Comunicação e Ateliê Compartilhado (toda turma se transforma numa equipe de trabalho divida em equipes menores que realizam um desafio comum, e todos aprendem com todos, para cada equipe alcançar melhores resultados). Clareza na Comunicação - evita conflitos e indisciplina melhorando a relação professor aluno e o ambiente em sala de aula. Ateliê Compartilhado / Reflexivo - usa o espaço de ateliê (sala de aula)

para trocas o tempo todo, e praticamente em todas as etapas de trabalho, deste modo, todos aprendem com todos; e isso multiplica pesquisas, acesso à informações, resultados, etc., o que visa ampliar o rendimento e a qualidade (seja no campo informativo ou no campo prático-reflexivo). Em todas as etapas (da pesquisa ao projeto) são realizadas avaliações coletivas de todos trabalhos de forma aberta, com os projetos afixados no mural da sala, momentos em que avaliam-se aberta e dialogicamente a produção de todos por meio de reflexões e de conversas. Deste modo todos são estimulados a justificar suas posições, explicar experiências visando sempre aprender mais. Tal fato permite aos docentes anteciparem dificuldades de aprendizagem que ocorrerão nas práticas, assim como, perceber e solucionar problemas. Entre os resultados observados nesse sistema de aprendizagem coletiva, observam-se: maior interface e melhor compreensão entre docentes e discentes, maior abertura ao diálogo (pois que é provocado com mais constância e tem seu foco dirigido) e portanto e às trocas e por consequência melhor compreensão e valorização do conteúdo ministrado.

Palavras-chave: Projeto arquitetura paisagística. Prática docente. Praça central. Prática ensino aprendizagem.

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Entrevista com Velhos Jornalistas Emerson de Castro Firmo da Silva

RESUMO A entrevista com velhos jornalistas ocorre no final do período letivo, fechando as percepções abordadas na matéria Jornalismo e Contexto Histórico, de maneira tanto prática quanto reflexiva. Consiste em colocar os alunos em contato com a experiência de pessoas com mais de 70 anos e que atuaram como jornalistas em qualquer veículo ou área. O objetivo é destacar questões éticas, técnicas e de tomadas de decisão pelos profissionais que apresentam suas visões em perspectiva do período em que trabalharam. A idade é importante para trazer à tona a vivência diante de fatos históricos como o período getulista, a ditadura militar, o período inflacionário, a queda de Collor, o Plano Real e a chegada de Lula ao poder, entre outros. A sala previamente avisada desde o início do período letivo - é convidada a buscar personagens jornalistas com 70 anos ou mais. Cerca de 30 dias antes da data marcada para as entrevistas, são divididos em 2 grupos. Ambos devem levantar dados sobre os respectivos entrevistados, preparando perguntas tocando em diferentes perí-

odos desde os anos 1950 até a atualidade. A vida do personagem (pessoal e profissional) deverá passar pelos fatos históricos, trazendo à luz sua vivência efetiva e as consequências sofridas a partir desses fatos. Os grupos são previamente preparados para uma entrevista que se propõe a registrar as memórias do velho jornalista e que, portanto, exige cuidados específicos para além do modelo de entrevistas jornalísticas comumente usado. Enquanto a entrevista ocorre (gravada em áudio), todos devem manter silencio absoluto, abandono completo de celulares ou mesmo de movimentações desnecessárias em sala ou conversas paralelas. Os jovens estudantes descobrem enorme conhecimento dos velhos jornalistas, valorizam posturas éticas e dramas de consciência absolutamente humanos nas tomadas de decisão, assim como os jornalistas se sentem valorizados, podendo rever positivamente sua trajetória diante de quem representa o futuro.

Palavras-chave: Memória. Jornalismo. Jornalistas.

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Estratégias de Marketing no Processo de Ensino e Aprendizagem Vanessa Araujo Sales

RESUMO As disciplinas de NFH - Núcleo de formação Humana, são disciplinas On-line obrigatórias e que compõem a matriz curricular de todos os cursos da Universidade. A prática que vou descrever se refere a disciplina Merchandising disponibilizada para vários cursos. A insatisfação pelos alunos nestas disciplinas é grande, em feedbacks junto a CPA é comum relatarem que não gostam das disciplinas e preferiam que fosse ministrada presencialmente. Tendo em vista o descontentamento desta disciplina na modalidade On-line e sendo uma disciplina que trabalho com frequência, decidi aplicar estratégias diferenciadas. Como sou profissional da área de Marketing, porque não aplicar ações de marketing no ensino? As estratégias de marketing visaram motivar os alunos, mostrar a importância da disciplina nos cursos onde estão matriculados, contribuir no processo de ensino e aprendizagem, mostrar a capacidade da professora-tutora no acompanhamento do ensino e criar proximidade entre professora e alunos mesmo à distância. Das estratégias de marketing implantadas, salientam-se: vídeo sobre os principais conceitos, competências básicas para a conclusão da disciplina. Este vídeo foi um bate-papo com o autor do livro-base da disciplina que além de contemplar as principais temáticas, explicava sobre as ativi-

dades avaliativas propostas no Fóruns de discussão. Este vídeo também proporcionou proximidade com os alunos, pois o autor do livro é professor do presencial, assim os alunos perceberam a relação entre os profissionais da Universidade. Também foram disponibilizados vídeos explicativos das atividades, avisos contextualizados mostrando a importância do estudo de cada aula e questionamentos que levavam os alunos a reflexão. Os alunos viam a professora nos vídeos e sentiram-se orientados, acolhidos durante as aulas. Foi elaborado um texto demostrando a importância do estudo de merchandising para cada área de estudo, enviadas mensagens individuais para evitar a evasão e motivar os alunos aos estudos. Realizados feedbacks individuais, aproveitando a correção como oportunidade de aprendizado, fechamento das atividades discursivas com uma explicação geral, envio de materiais complementares, orientações e direcionamento dos Fóruns para que os alunos respondessem os questionamentos propostos no enunciado. Estas atividades criaram proximidade entre professora e alunos e melhoraram o desempenho das turmas, com isto notou-se o crescimento da satisfação dos alunos pelos índices da CPA da Professora: Ofertas 2017 / Nota professora: (1ª – 7,77) – (2ª – 7,94) – (3ª – 9,0)

Palavras-chave: Estratégias. Marketing. Ensino. Aprendizagem. Práticas pedagógicas.

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Uma Experiência de Ensino de História da Arte Brasileira Ana Paula França

RESUMO Diante da tarefa de ministrar conteúdos sobre arte brasileira do século XIX, junto aos cursos de Design da UP, busquei suspender o uso de rótulos estilísticos aplicados para a definição da produção europeia e estadunidense. Investi em uma estratégia de aula cujo nível de interação fosse elevado, envolvendo o uso de smartphones pessoais. O objetivo era que a articulação dos conteúdos da disciplina fosse menos dependente do formato expositivo. Na primeira parte da aula, ao contrário do que faço costumeiramente, apresentei a imagem da pintura que seria objeto de estudo durante a aula sem indicação de dados como autor, título, data. Tendo como base somente a imagem, os alunos deveriam fazer perguntas a obra de maneira totalmente livre. As perguntas dos alunos e das alunas foram escritas por mim no quadro negro. Individualmente ou em duplas, os mesmos elegeram uma ou mais perguntas, visando respondê-las hipoteticamente. A proposta foi que inventassem as respostas articulando tanto o repertório pessoal quanto o repertório de história da arte construído até o momento. Com

o uso dos smartphones pessoais as respostas deveriam ser gradavas em áudio e enviadas por e-mail. Enquanto os alunos e alunas inventavam e gravavam as suas respostas, eu recebia os arquivos e postava-os em plataforma de streaming. Gerei QR codes para cada audio e os inseri ao lado da imagem, assim como já é bastante comum em museus e exposições de longa e curta duração. Os alunos levantaram de suas carteiras e com os fones de ouvido conectados ao smartphones ouviram os áudios produzidos pelos colegas. Interagiram buscando identificar qual era a pergunta, divertiram-se com as hipóteses criadas pelos demais, demonstraram animação ao ouvir a voz dos colegas. A segunda parte da aula foi feita de forma expositiva. Busquei responder a cada uma das perguntas anotadas no quadro, agora com base em referencial teórica da história da arte. Os alunos também divertiram-se percebendo seus “erros” e “acertos”. A partir dos apontamentos, teci mais comentários, contextualizei eventos e agentes relacionados.

Palavras-chave: Ensino de história da arte brasileira. Uso de smartphones em sala de aula. Aula interativa.

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Game Project Based Learning Aprendizagem Baseada em Projeto de Jogo Rafael Baptistella Luiz

RESUMO Game Project Based Learning, ou GPBL, pode ser considerado uma “Metodologia Ativa” que coloca os alunos diante de um desafio que deverá ser superado em equipe. O ato do professor escolher um assunto acadêmico e propor o desenvolvimento um projeto em forma de jogo sobre o mesmo tema, seja ele qual for, é capaz, por si só, de desenvolver muitas das habilidades exigidas pelo mercado de trabalho, como criatividade, trabalho em equipe, resolução de problemas, administração de tempo, entre outros. O mais importante é que esse método de apren-

dizagem não se restringe apenas ao curso de Jogos Digitais da UP, mas pode ser aplicado por qualquer professor em qualquer disciplina de qualquer faculdade, tanto pelo tempo curto de uma aula, quanto por longos períodos de meses. No fim da atividade, além da aprendizagem e aproximação com o conteúdo da disciplina e habilidades desenvolvidas, os alunos possuirão um projeto, um protótipo ou até um produto em mãos para que possa ser avaliado, demonstrado ou até inscrito em algum concurso, sem contar os momentos de superação e diversão.

Palavras-chave: Jogo. Projeto. Aprendizagem. PBL. Metodologia ativa.

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Gancho Introdutório Raquel Cruz Balcewicz

RESUMO Flavio Gicovate renomado psicólogo brasileiro lançou em 2001 uma publicação cuja discussão era educação. “Uma das frases me chamou atenção na época na qual fala “O professor é um ator que tem uma missão especial, qual seja: cativar e impressionar uma plateia jovem e nem sempre interessada...” Comenta ainda o autor o fato de este desafio ser maior no Ensino Médio e Graduação. Passados dezesseis anos percebe-se que a reflexão do autor se encaixa perfeitamente nos dias atuais. Pensando e pesquisando sobre esta questão encontrei na publicação de Doug Lemov (2011) “Aula nota 10” uma técnica de ensino intitulada “O Gancho”. Para o autor não existe disciplina ou conteúdo que não possa inspirar ou encantar seus alunos, tudo depende de como este é introduzido para se tornar interessante e instigador dede o início. Segundo ele está introdução, que conceitua como gancho, pode ser por meio de uma história, uma advinha, uma brincadeira, uma imagem. A partir disto desenvolvi a seguinte atividade introdutória, um gancho, para a disciplina de Desenho Projetivo para turmas de primeiro ano de Design É colocado dentro de sacos individuais objetos que

tem o mesmo nome porém funções diferentes. É declarado para turma o nome dos objetos. Ex.:tampa. Ao aluno que recebe o saco cabe descrever o objeto para os restantes apenas utilizando termos da linguagem geométrica ( círculos, paralelas, ovais, perpendiculares, etc) estes tentaram desenhar e descobrir de que objeto se trata em particular. Esta dinâmica foi realizada três vezes. Primeira vez, tampas (tampa de garrafa, tampa de panela, tampa de ralo, tampa de caneta) ; segunda vez , escova( escova de dente, escova de cabelo, escova de sapato, escova de unha, escova de limpar WC) ; terceira vez , chave ( chave de porta, chave de fenda, chave de boca, chave de roda. Esta dinâmica integra os calouros pois é aplicada no primeiro encontro com a turma, os calouros estão ainda se conhecendo. Esta aparente brincadeira também lhes mostra o quanto devem relembrar, reaprender ou aprender conceitos geométricos pois durante a descrição percebem a limitação de vocabulário necessário para a profissão que escolheram.

Palavras-chave: Ensino. Desenho. Design.

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GeA = Genes e Ambientes Shenia Pedro Bom da Silva

RESUMO O jogo GeA = genes e ambientes, foi desenvolvido como projeto de Pós-graduação no Laboratório de Educação Científica da Universidade Federal do Paraná (LEC-UFPR), pertencente ao departamento de Genética. O objetivo desta prática pedagógica é mostrar de forma lúdica e visual, a relação do genótipo dos indivíduos e sua adaptação ao ambiente. O jogo permite abordar temas importantes da área da Genética como reprodução sexuada, gametas, meiose, genes, alelos, interações alélicas, genótipo, homozigose, heterozigose, fenótipo, mutação, seleção natural e evolução. A aplicação foi realizada na turma do 2° ano de Biomedicina do período Noturno, como uma maneira diferenciada e prática de abordar temas trabalhados durante o primeiro semestre da disciplina de Genética Geral e Citogenética. A prática pedagógica consiste em formar a composição alélica de doze genes diferentes de um mamífero fictício e analisar a adaptação deste ao ambiente. Os genes escolhidos para o jogo determinam características fisiológicas e comportamentais. Cada equipe, composta por três alunos, recebeu uma ficha de anotações, para registrar as cartas sorteadas e os dados obtidos ao longo do jogo. Na primeira etapa, cada equipe sorteou para cada gene, dois alelos (pois se trata de um organismo eucarionte diplóide) a fim de formar o genótipo do indivíduo. Depois que todos os genes e alelos foram organizados na ficha de anotações, passamos para segunda etapa. Na segunda etapa, cada equipe sorteou, em ordem crescente, conforme numeração das caixas, dez ambientes diferentes. Os ambientes também foram descritos e organizados na ficha de ano36

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tações, para possível realização da análise genótipo/ambiente. Na terceira e última etapa, cada equipe apostou em um dos seis algarismos do dado e fizeram o lançamento do mesmo. Se caso acertassem o número escolhido, tinham o direito de receber uma “mutação coringa”. A “mutação coringa” permite à equipe a mutação/ troca um alelo por outro, de apenas um dos doze genes. Com todos os dados organizados na ficha de anotações: alelos/genes, ambientes e mutação coringa, é chegada à hora da interpretação dos dados. Por exemplo, o GENE A está relacionado à resistência ou suscetibilidade ao víruas alfa; este gene possui os alelos “A” e “a”, onde “A” é dominante e representa resistência ao víruas alfa e “a” é recessivo e representa suscetibilidade ao vírus. O ambiente “1” tem presença de vírus alfa, então somente o mamífero fictício das equipes que sortearam um alelo (Aa) ou dois (AA) alelos para resistência, sobreviverão; para as equipes que sortearam duplo recessivo (aa) o mamífero morre. E desta maneira, cada equipe descreveu um texto relacionando as características genéticas do seu mamífero com o ambiente onde ele vive. Após a descrição do texto, as equipe desenharam um “AVATAR” do seu mamífero, com as características genéticas sorteadas e os ambientes sorteados. Vence o jogo a equipe que sobreviver, ou seja, a equipe que tiver o mamífero fictício mais bem adaptado ao meio em que vive. Desta maneira o aluno consegue relacionar com mais clareza a as características genéticas e o ambiente, bem como os processos de seleção natural, a sobrevivência dos mais aptos, a importância da variabilidade genética e a evolução. Os resultados


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foram satisfatórios, os alunos gostaram de realizar a prática e o objetivo de aprendizagem foi concluído, além de ter sido um ótimo recurso de nota parcial do bimestre. Apliquei apenas com a turma de Biomedicina do Noturno, por ter maior carga horária e aula prática obrigatória, porém, devido ao sucesso de resultado, esta aula já será inclusa nos meus planos para todas as turmas de todos os cursos que leciono. Acredito que outros professores que ministram Genéticas,

seja na Medicina, na Biologia, ou outras áreas afins, também podem usar este esta prática pedagógica como uma maneira de abordarem o conteúdo, fixarem os conceitos e levarem para sala de aula uma visão diferenciada da Genética.

Palavras-chave: Genótipo. Fenótipo. Ambiente. Seleção natural. Evolução.

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Gincana de Discussão de Casos Clínicos Edisom Paula Brum

RESUMO Disciplina de Clínica Médica: Alunos do 3o. ano. Divide-se o grupo de oito alunos em 2 subgrupos. Podemos discutir um caso clínico para fazer o diagnóstico e tratamento, ou discutir uma gasometria arterial e tem de fazer o diagnóstico e conduta ou uma interpretação de um eletrocardiograma. Apresenta-se o caso, os dois grupos têm em torno de 5 minutos para discutir entre eles, e numa folha em branco fazem o diagnóstico e conduta. Após, é pego aleatoria-

mente a resposta de um grupo, apresentada, e pede-se ao segundo grupo se eles concordam ou discordam do diagnóstico e conduta, e deem fazer justificativas para suas respostas. Nota-se que após um período de 1h30min de discussões, um ânimo entre os alunos, a vontade de irem estudar e muitos elogios pelo método.

Palavras-chave: Diagnóstico e conduta. Casos clínicos.

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Gincana do Conhecimento Patrícia Rossafa Branco

RESUMO Como método de avaliação para composição da nota do segundo bimestre foi aplicada na disciplina de Auditoria e Pericia Cinesio Funcional a Gincana do conhecimento com a prática de um jogo disponível no aplicativo Kahoot. O aplicativo foi baixado gratuitamente pelos alunos em seus celulares, a professora realizou um rol de 30 perguntas com a matéria cumulativa do semestre. Individualmente cada aluno respondia no seu celular e no telão podiam conferir o ranking de respostas. O aplicativo é muito dinâmico, possui uma incrível e intuitiva acessibilidade. Além de

permitir uma excelente revisão do semestre, ainda permite a extração de indicadores para compor a nota individual do aluno. Os alunos receberam a experiência muito bem, inclusive o aplicativo foi utilizado por eles para apresentar um trabalho na disciplina de prótese e órtese. Comparando com outros anos, foi possível observar uma sensível evolução no conhecimento dos alunos. Vale ainda destacar que está será a turma que realizará o próximo ENAD.

Palavras-chave: Avaliação dinâmica. Milênios. Aplicativo Kahoot.

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Inovações na Educação Médica: Enfoque na Humanização, Interdisciplinaridade e Funcionamento do SUS Mariana Franco Ribeiro de Oliveira

RESUMO SUSIntrodução: A modernização da sociedade desenvolve mudanças no ensino médico, que resultam em crescimento tecnológico, superespecialização médica, enfoque hospitalocêntrico e distanciamento do olhar integral ao outro. Essas características foram definidas como “modelo biomédico de atenção”, tornando-se o grande paradigma da medicina moderna, porque se demonstrou insuficiente em acompanhar o sofrimento dos pacientes, no adoecimento. A Lei Orgânica da Saúde, define temas como Integralidade do cuidado e humanização do atendimento, demonstrando novos caminhos para a atenção ao paciente. Baseado nessas preocupações, em 2014, a reformulação das DCN da Medicina enfatiza o tema humanização, como exigência nas práticas educativas e habilidade indispensável à formação do profissional médico e define a APS como central nas práticas clínicas, descentralizando o enfoque hospitalar e exigindo mudanças curriculares. Objetivos: Demonstrar a experiência inovadora das práticas metodológicas da disciplina de Saúde Coletiva I, da Universidade Positivo, com enfoque na humanização, interdisciplinaridade e funcionamento do SUS. Relato de Expe-

riência: a disciplina é desenvolvida a partir de aulas teórico-práticas, que inserem os alunos, de primeiro ano, em ambientes de cuidado à saúde, no SUS. Os alunos percorrem todos os níveis de atenção conhecendo suas funções e princípios, além de seus problemas, o trabalho interprofissional e, a partir das observações e práticas nas comunidades, na Atenção Primária, experienciam uma realidade social distinta. As metodologias utilizadas reúnem desde a observação de consultas, diálogo com profissionais e pacientes, visitas domiciliares, jogos, educação em saúde, até a expressão dos sentimentos por meio das artes. Discussão: Os alunos vivenciam o SUS conhecendo sua extensão e problemas enfrentados. Já no primeiro ano, desenvolvem um olhar abrangente, crítico e um sentimento de humanização em relação aos fatores socioeconômicos observados, além da necessidade de mudança nas práticas de cuidado à saúde. Conclusão: O uso de metodologias diferenciadas faz-se necessário para maior aproveitamento no aprendizado dos alunos.

Palavras-chave: Marginalização social. Saúde coletiva. Extensão. 40

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Instagram da Disciplina Laboratório de Criatividade Alexandre Antonio de Oliveira

RESUMO A disciplina de Laboratório de Criatividade trabalha com métodos e processos criativos para a resolução de problemas dentro do cenário do Design e das áreas relacionadas. Buscando a atualização perante a linguagem de mídias sociais e o acompanhamento dos projetos da disciplina (geralmente em equipe e com muitas atividades práticas), optou-se por criar um perfil do Instagram para a disciplina com o nome de http://www.instagram.com/labcriatividadeup no qual tudo o que acontecesse em sala dentro dos projetos seria registrado e publicado, assim como os resultados de cada prática. Com isso,

foram criadas sessões dentro do perfil separando cada atividade e os seus resultados. Estas práticas trouxeram resultados satisfatórios em relação ao cumprimento de tarefas para as mesmas serem expostas e publicadas no perfil público da turma. Muitos discentes terminavam os trabalhos e cobravam a fotografia e publicação no perfil público para poder compartilhar entre seus amigos e familiares. Aliado a este perfil, fora criada uma hashtag de nome #50diascriativos para que os alunos centralizassem outro projeto dentro dessa disciplina.

Palavras-chave: Criatividade. Instagram. Mídias sociais.

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Do Invisível ao Visível: Identificação de Problemáticas Sociais para Aplicação do Design pelo Viés Social Hélcio José Prado Fabri

RESUMO No âmbito educacional da atividade de Design, a disciplina de Projeto (Projeto de Produto, Projeto Visual e Projeto de Moda) em suas abordagens teórico-práticas e, por intermédio das metodologias projetuais, tem o objetivo de desenvolver competências - que auxiliem os estudantes a conduzirem seus raciocínios em busca de soluções para as situações problemas, que são identificadas no início de cada projeto. O teórico na área de Design, Bruno Munari (2002, p. 30), discute que as necessidades identificadas junto a um determinado público originam os problemas de design. A solução de tais problemas melhora a qualidade de vida destes públicos. Nesta perspectiva, a análise de situações problema se apresentam como ponto de partida da disciplina de Projeto, em que são identificadas, analisadas e questionadas todas as informações pertinente com a finalidade de esclarecer todas as questões com relação ao objeto (tangível ou intangível a ser desenvolvido. Embora seja um termo que se apresente de forma estigmatizada, na área de Design, problemas se apresentam como oportunidades projetuais para qual os designers devem encontrar soluções (PAZMINO, 2013, p.53). A pesquisa, o levantamento de informações e o questionamento de tais problemas projetuais são fundamentais para se esclarecer o percurso projetual que o estudante de Design deverá vivenciar em suas práticas. O exercício projetual intitulado “Do invisível ao 42

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visível: identificação de problemáticas sociais para aplicação do design pelo viés social” é uma atividade lançada aos calouros dos cursos de Design (Projeto de Produtos, Projeto Visual e Moda) na segunda semana de aula, como atividade avaliativa do 1º bimestre letivo. A atividade tem o objetivo de abordar as práticas de Design estimulando os estudantes a identificarem situações problema relacionadas às questões de cunho social em comunidades do seu entorno. O desenvolvimento desta atividade ocorre por intermédio das competências desenvolvidas - a partir dos estudos dos métodos e ferramentas, apresentadas na disciplina de Projeto. Sua aplicação conjuga discussões teóricas apresentadas em sala de aula com as práticas aplicadas junto a uma comunidade previamente identificada pelas equipes de estudantes, sob a supervisão de professores designers. No atual modelo, os estudantes de Projeto devem, a partir do lançamento da atividade, efetuar uma lista com no mínimo 05 habilidades/competências individuais, relacionando-as com benefícios que podem obter com o desenvolvimento de tais habilidades. Feito isso, cada estudante deve elaborar um desenho estilo “cartoon” e desenvolver uma ficha com sua representação e as características principais. As fichas são embaralhadas e as equipes são montadas. Por ser uma atividade lançada na segunda semana letiva, os estudantes ainda não se conhecem e


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tal atividade facilita a integração. Na sequência, as equipes devem identificar o que fazer, justificar porque fazer, planejar recursos de como fazer, executar a tarefa planejada e documentá-la em uma apresentação audiovisual. Como resultado, além da integração inicial entre os estudantes, as equipes têm apresentado a aproximação com situações problema relacionadas à questões de cunho social do seu entorno, desde a organização de bazares de roupas dirigidos à comunidades marginalizadas de bairros da periferia de Curitiba, oficinas de atividades e visitas a indivíduos em situações de vulnerabili-

dade, tais como crianças em orfanatos, idosos em abrigos, moradores de rua até problemas de infraestrutura do entorno dos estudantes, como limpeza de praças e pintura de muros pichados. Esta estratégia de ensino e aprendizagem já é executado desde o ano e 2014 junto às turmas de estudantes no início dos cursos de Design e no ano de 2018 está sendo apresentado como Projeto de Extensão Universitária.

Palavras-chave: Design. Design social. Inclusão.

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Jogo Cênico na Sala de Aula Raphael de Souza Lobo

RESUMO Mais uma prática diária que uma atividade propriamente dita. Uso em minhas aulas uma triangulação que trago do teatro em que uma das pontas está o texto, na outra o ator e na outra a platéia. Sem uma dessas pontas uma peça de teatro não acontece. Em uma sala de aula é a mesma coisa. Texto é igual ao conteúdo, ator, o professor, e o aluno a platéia. A relação da aula, assim como uma peça de teatro, se da pelo conjunto destes três fatores. Não se pode dar aula não se avaliando o animo dos alunos, colocando a carga de motivação apenas no colo deles. Alguns dias são mais cansativos inclusive pela condição do próprio conteúdo, denso muitas vezes.Desta forma utilizo técnicas aprendidas no teatro e que são calçadas pela Neurolinguistica, Analise Transacional e Emoções Tóxicas. Vídeos

de música, passagens de filmes, “causos”, auxiliam nesse processo. O aluno percebe que o professor é um ser humano e sente um pouco mais a importância do conteúdo devido ao carisma criado por esta relação. Inclusive tenho uma palestra que ja ministrei inclusive aqui no CDD para os professores do Tecnólogo. Ressalto aqui que minha experiência em ser ator profissional ajuda, assim como minha formação em Ed. Física em que liderar e comandar grupos fazem parte das competências. Experiências em recreação coordenando colonias de férias, acampamentos e arenas na praia também auxiliam. Palestrante, radialista, mestre de cerimonias, técnico de futebol ajudam também neste cardápio. Todas funções executadas hoje em dia.

Palavras-chave: Cênico. Teatro. Oratória. Relacionamento. Autenticidade. Comportamento.

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Jogo da Gestão do SUS: Uso de uma Metodologia Diferenciada em Aulas de Saúde Coletiva Mariana Franco Ribeiro de Oliveira

RESUMO Introdução: O acesso ao conhecimento e as crescentes inovações tecnológicas demonstram necessidade de readaptação dos cenários educativos e de formação profissional, com novas técnicas de ensino que melhorem a relação ensino-aprendizagem. A gestão do SUS é um tema de abordagem necessária na graduação de Medicina, conforme as DCN, em resposta à necessidade de formação de profissionais com conhecimentos mais ampliados em relação a construção do Sistema de Saúde brasileiro e suas inter-relações entre gestores, profissionais e usuários e representa um tema que necessita de adaptação das técnicas de ensino à realidade atual. Objetivos: Descrever a utilização de uma nova metodologia na aula de Gestão do SUS, da disciplina de Saúde Coletiva I, do curso de Medicina da Universidade Positivo, com objetivo de ampliar o entendimento e o interesse no aluno. Relato de Experiência: A aula se organiza com o Jogo da Gestão: os alunos representam cada nível de interação na Gestão do sistema (tripar-

tite) e tem a tarefa de calcular o montante de investimento financeiro destinado à cada nível, para o Piso de Atenção Primária e com dados do Piso farmacêutico e de Atenção a média e alta complexidade, seguindo as características populacionais e do Sistema de Saúde municipal e as necessidades dos funcionários e usuários; realiza análise da estrutura de atendimento oferecida em cada município e encontra formas de ampliação dos serviços oferecidos, com objetivo de oferecer um atendimento mais integral ao usuário. A aula é finalizada com demonstração da teoria relacionada ao tema. Discussão: Os alunos se mostraram empolgados com a metodologia, mas a aplicação do tema, no primeiro ano, demonstra falhas devido a inexperiência e falta de conhecimento dos alunos. Conclusão: Os alunos obtiveram maior interesse no tema e uma aquisição de conhecimento mais completa, mas a efetividade seria maior em outros períodos do curso.

Palavras-chave: Gestão do SUS. Saúde coletiva. Ensino.

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Jogo de Empresas Raphael de Souza Lobo

RESUMO Disciplina de treinamento e desenvolvimento de equipes. A turma é dividida em grupos e cada grupo agora começa a representar uma equipe de consultoria para atender uma demanda criada pelo professor. Alguns exemplos: - Lobo supermercados - abrir uma filial e treinar funcionários para se observar novas lideranças - Lobo reciclagens - melhorar processos e treinar para observar lideranças - Lobo shopping - treinar equipe de limpeza, segurança e atendimento para abertura de novo shopping na cidade. Lobo foods - ,mudar um restaurante de buffet por quilo para a la carte. Treinar os funcionários. A diferença do exercício aqui é que os alunos tem uma reunião com o “empresário” ( no caso interpretado por mim), em que eles terão que colocar seus conhecimentos sobre os processos de treinamento, levantando diagnósticos através das conversas com o empresário. Neste dia os alunos são atendidos por grupo pelo empresário e são tratados como fosse um caso real. isso quer dizer que se o professor observa uma falha na reunião ele não avisa ou se desfaz do personagem. No outro dia os alunos se orientam com o professor, no caso eu mesmo, para tirar duvidas a respeito das informações coletadas. Mesmo eu observando o erro da reunião, oriento naquilo que os alunos pedem, para depois mostrar no projeto pronto, as falhas cometidas desde

o inicio do processo. Um dia sou o empresário, no outro o professor. Enquanto empresário, forço a situação demonstrando a realidade do mercado que muitas vezes aquilo que se pede não é o que se precisa. Quando o aluno pergunta ao professor sobre o empresário eles não tem resposta pois no jogo são duas pessoas distintas. Da mesma forma que na orientação se observo que eles captaram um informação de forma errada, eu não corrijo. São divididas as reunião em três (briefing, apresentação de projeto piloto e apresentação final com projeto escrito e slides). Importante também que o projeto é feito com orçamento pesquisado no mercado. Buffet, hotel, palestrantes, transporte e tudo que envolve um treinamento. Tudo verificado por mim para se observar a veracidade dos dados e contatos. Ao final, todas as equipes avaliam todos os projetos para verificar erros, acertos, idéias e contatos. Se faz um belo banco de dados e idéias ao final do jogo. Eu declaro a equipe vencedora argumentando os pontos de construção do projeto e aplicabilidade com o mercado. A aprovação se dá não por vencer o jogo mas pela construção do projeto em si. Inclusive reforço que alguns projetos estão certos, porém, fracos enquanto produto. na visão criativa e inovadora, além claro, a assertividade diante da demanda pedida.

Palavras-chave: Treinamento. Projeto. Gestão. Liderança. Mercado de trabalho. Desenvolvimento.

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Jogo dos Vídeos Raphael de Souza Lobo

RESUMO Disciplina técnicas de negociação. Objetivo maior é fazer com que os alunos vivenciem os passos do Processo de Negociação sem ter chance para apenas interpretar como fosse uma dinâmica de grupo. Para isso a turma e dividida em seis ou sete grupo dependendo da quantidade dos alunos. Seis ou sete grupos, não importa, cada equipe tem o objetivo de gravar cinco videos de três minutos. Cada vídeo tem um assunto específico aos passos do processo. Estes vídeos serão avaliados pelos próprios alunos para fazerem parte de um vídeo geral com os cinco temas. Cada equipe tem que conseguir pelo menos um vídeo nesta seleção. A equipe que não consegue está automaticamente escalada para a reconstrução. Ponto principal aqui não é a conquista, e sim toda a construção das equipes e critérios de avaliação dos vídeos; assim como a negociação e organização de cada equipe para gravar os vídeos (delegação de funções, datas, horários). As equipes negociam tempo todo desde o momento em que ainda não estão formadas. em sequencia: 1 - os alunos elaboram critérios de separação de equipes ( sabe-se que qualquer tomada de decisão , a elaboração dos critérios é ponto chave) 2 - equipes escolhidas, cada equipe escolhe um diretor ( como uma empresa, cada setor tem um comando), e a partir deste momento só falo com eles ou com o diretor geral sobre os vídeos. 3 - agora com as equipes formadas e diretores, eles escolhem critérios de avaliação dos vídeos

e datas para apresentação. Tudo decidido por eles. Debatido por eles. Prof só como mediador e facilitador. 4 - depois disso, cada equipe discutindo com seus integrantes a construção dos videos, inclusive quem roteriza, edita, dirige. Cabe ressaltar aqui, que o integrante tem a opção de desistir e ir direto para a reconstrução. Obrigatória a presença em todos os vídeos de todos os integrantes, mesmo que não fale nada. Assim mostro que na vida podemos ficar em silencio, serve até para ajudar o processo. mas não seremos protagonistas. 5 - todas as situações que eles passam aparecem no material trabalhado em aula “gestão de conflitos” que contempla a negociação. 6 - O aluno foca na avaliação do vídeo mas só percebe todo o conteúdo no fechamento onde tudo é pontuado. Ele passa pelos passos do processo sem perceber e depois verifica como são importantes. Todo conteúdo trabalhado na pratica inclusive com questões éticas sobre avaliação e apadrinhamento na hora da seleção dos vídeos. 7 - Alunos entram em atrito mas são tranquilamente dissolvidos devido ao propósito da avaliação. 8 - Grupo que fica de fora cabe ao professor dependendo do caso aprovar se os vídeos foram feitos com qualidade. Esta questão parte do princípio que o objetivo maior não é a seleção do seu vídeo mas como foi elaborado.

Palavras-chave: Videos. Práticas. Jogos. Dinâmica de grupo. Vivências. Avaliação. Aprendizado. Comprometimento.

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Jornalisteen Sandra Nodari Romano

RESUMO O Projeto Jornalisteen, do curso de Jornalismo, foi criado, em 2016, com o objetivo de levar a alunos do ensino médio discussões sobe temas pertinentes para sua formação como cidadãos. Nossos alunos de graduação vão até escolas públicas e privadas para ministrar palestras sobre temas interessantes para o ensino médio, com depoimentos de alunos de Jornalismo que trabalharam com o mesmo assunto em materiais jornalísticos. Em 2016, fomos até Almirante Tamandaré no Colégio Floripa Teixeira de Faria para exibir duas reportagens: uma sobre depressão na adolescência e outra sobre como filmes históricos ajudam a estudar para o vestibular. Cerca de 80 estudantes assistiram às reportagens e ouviram a palestra de nossos alunos. Ainda em 2016, fomos a Rio Branco do Sul, no Colégio Manoel Borges de Macedo, em dois períodos. Pela manhã, nossos alunos exibiram um documentário (fruto de TCC) sobre Os Pracinhas na Segunda Guerra Mundial e como foram mal recebidos quando retornaram

ao Brasil. À noite, outro TCC, sobre a Favela Vila Marta no Rio, uma websérie sobre como é viver numa comunidade pacificada e que recebe turistas. Em 2017, fomos até o Colégio Integral, em Curitiba, apresentar vídeos sobre expressões idiomáticas usadas pelos brasileiros: A Cobra Vai Fumar e Pra Inglês Ver. Os programas explicam a origem e o significado das expressões. E, no mesmo ano, o projeto foi apresentado a professores do Colégio João Paulo I, durante a semana pedagógica deles. O Jornalisteen foi apresentado pela professora responsável como forma de estimular a participação de alunos nos trabalhos práticos das disciplinas. Os debates depois das exibições, são oportunidades de nossos alunos contarem como foi a realização de seus trabalhos. Esta prática, além de levar conhecimento e discussão de assuntos relevantes ao Ensino Médio, permite a nossos alunos mostrar toda sua paixão pelo curso, pelas práticas e pelo jornalismo.

Palavras-chave: Ensino médio. Temas relevantes. Debate. Extensão.

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Julgamento de Getulio Vargas Emerson de Castro Firmo da Silva

RESUMO O Julgamento de Getulio Vargas nas aulas de Jornalismo e Contexto Histórico objetiva estudar um período histórico importantes ao país, politicamente e para o jornalismo e jornalistas. A ideia é colocar Getulio Vargas em cheque - como num julgamento - considerando todo o período em que foi protagonista na vida política nacional, entre 1930 e 1954. A sala é dividida em 2 grupos: acusação a Getulio e defesa do ex-presidente. É marcada uma data específica para o Julgamento, mas o ponto principal de imersão no tema está justamente nas aulas anteriores, em que temas provocativos são apresentados para pesquisa (ex.: participação do personagem nas revoltas de 30 e 32, criação do DIP, ir à guerra contra os alemães ao lado dos Aliados - para ambos os grupos). Esta ação de pesquisa se dá com orientação e debate com o professor, que atua nas duas equipes de modo a propor reflexões a respeito das ações por vezes contraditórias de Getulio. As pesquisas se dão em sites e um livro base sobre História Contemporânea do Brasil, do historiador Bóris

Fausto, existente em grande número na biblioteca da UP. A contextualização dessas ações transporta-os a um período que não viveram. A consequência é a descoberta de uma chave de compreensão do mundo, com novas luzes sobre fatos aparentemente sacramentados em livros. Além, põe em perspectiva a atuação dos jornalistas e da imprensa diante de fatos e os jogos de poder dos quais a imprensa não está livre. O período - 1930 e 1954 - influenciou o Brasil atual em diversos aspectos como industrialização, partidos, grupos de interesse, constituições, populismo e desenvolvimentismo. Analisa-se também a evolução da imprensa (incluindo o surgimento do rádio e da televisão) e seu comportamento diante dessas mudanças. A pretensão é justamente levar o aluno ao confronto entre o campo noticioso (espaço da política, da economia, da cultura) e o campo produtor da notícia (imprensa em geral e a condição dos jornalistas dentro dele para realizarem seu trabalho).

Palavras-chave: História. Jornalismo. Brasil.

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LACA- Laboratório de Cálculo Aplicado Guilherme Lemermeier Rodrigues

RESUMO 1. Apresentação Ao ingressar nos cursos de Engenharia, muitos alunos se deparam com uma realidade autocrítica em relação ao seu domínio da matemática. Temos, por experiência profissional e em conversas com colegas e alunos, a constatação das deficiências da base matemática fundamental que muitos de nossos ingressos têm. Sendo assim, criamos o projeto do LACA justamente para contrapor tais dificuldade e atacá-las de forma direta e definitiva. Nessa linha, LACA visa incentivar os alunos a descobrirem, eles próprios, relações e propriedades do Cálculo, além de oportunizar o conhecimento de diversas ferramentas tecnológicas, tais como calculadoras, aplicativos de celular e computadores. 2. Objetivos Um dos objetivos do LACA é fazer com que os alunos aprendam Cálculo fazendo-o, buscando ideias e conceitos para a aprendizagem significativa por meio de maior interação entre os alunos e professor. 3. Metodologia Visando os estudos e a aplicação de metodologias ativas de aprendizagem, os

alunos serão incentivados a usar calculadoras, aplicativos de celular e softwares no auxílio das resoluções de exercícios. • Resolução de exercícios propostos. • Os alunos serão separados em grupos (máx. 4 alunos). • Em grupo serão incentivados a resolver os exercícios propostos. • O professor poderá interferir quando necessário ou solicitado. 4. Métrica Total valor (peso): 2,0 pontos. 5. Resultados Constamos uma visível melhora da postura dos alunos em relação à disciplina de Cálculo I quando somente teórica. Obviamente, tal resultado deve-se à maior proximidade como os alunos, principalmente pelo menor número de alunos por aula, assim resultando em uma maior interatividade entre eles e como o professor.

Palavras-chave: Laboratório. Cálculo. Tecnologia. Interação.

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Memórias da Educação: Contribuindo para a Formação do Educador Jezuina Kohls Schwanz

RESUMO O projeto intitulado Memórias da Educação: contribuindo para a formação do educador tem como objetivo principal a reconstrução de memórias escolares por parte dos alunos da Pedagogia, a fim de contribuir para a sua prática docente. O projeto foi inicialmente realizado durante o Fórum de Educação realizado pelo curso de Pedagogia/2017. A construção da proposta teve como embasamento as teorias de Le Goff (1996) e Halbwachs (2013). A partir da afirmação, “Somos todos feitos de histórias” passamos a desenvolver a atividade proposta com foco nas memórias escolares, onde os alunos foram instigados a rememorar fatos bons e ruins de seu tempo de escola, utilizando objetos evocadores de memórias trazidos por eles e espalhados pela sala. Após breve apresentação de cada objeto passamos aos referenciais teóricos, ressaltando que a lembrança é resultado de um processo coletivo, estando inserida em um contexto social específico (HALBWACHS, 2013). A partir dessa atividade com os objetos

passamos para a construção de uma colcha de retalhos, onde cada aluno escolheu um tecido colorido onde pode desenhar e ou escrever sua memória de infância ligada a sua vida escolar. A confecção da colcha de retalhos serviu como elo entre as diversas memórias reconstruídas durante a prática e fez com que os alunos percebessem a importância da nossa história de vida para o processo de pertencimento a um determinado grupo, fortalecendo as identidades docentes. O fechamento da atividade foi apresentado durante o Fórum para os demais alunos participantes. Os resultados formam além do esperado, pois trouxeram a tona memórias individuais que marcaram cada um dos alunos de maneira diferente, e que, no momento do compartilhamento se fizeram coletivas, demonstrando que o futuro educador é forjado não só pelo que aprende em sala de aula, mas também pelas memórias que compõem sua história de vida.

Palavras-chave: Memórias da educação. Pertencimento. Identidade docente. Formação docente.

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Metodologia Hacker de Ensino Marcio Junior Vieira

RESUMO Hacker indica uma pessoa que possui interesse e um bom conhecimento nessa área, sendo capaz de fazer hack (uma modificação) em algum sistema informático. Quando um indivíduo que se dedica, com intensidade incomum, a conhecer e modificar os aspectos mais internos de dispositivos, programas e redes de computadores. Graças a esses conhecimentos, um hacker frequentemente consegue obter soluções e efeitos extraordinários, que extrapolam os limites do funcionamento “normal” dos sistemas como previstos pelos seus criadores. A Metodologia Hacker de ensino usa destes conceitos básicos para que os alunos através de técnicas de aprendizado hackers aprendam a encontrar resultados esperados na sala de aula e permita que alunos com intensidade superior não fiquem desmotivados e possam ir além do assunto proposto ou do resultado esperado. O objetivo da metodologia e a aplicação de atividades práticas como técnica de aprendizagem e em determinados momentos permitir aos alunos Palavras-chave: Hacker. Hacking. Prático. Hack.

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resolverem problemas sem um resultado exato e sim um problema baseado nas atividades praticas anteriores, gerando diversos resultados distintos. Aplicação de atividades práticas sobre conceitos fundamentados em aula através de hacks práticos, com objetivo declarado e passo a passo no modelo tutorial para que os alunos possam praticar inicialmente em conjunto com o professor ou instrutor e no decorrer das atividades passar a ser desenvolvido somente pelos alunos com o material e por fim a aplicação 100% prática dos alunos somente com um objetivo e não mais com apoio de passo a passo na atividades. O resultado possibilita o desenvolvimento prático dos processos aprendidos em sala de aula, permitindo replicar atividades fora de sala de aula e manter documentação posterior para qualquer momento que queira relembrar, e principalmente incentivando alunos acima da média ficarem motivados a irem além dos objetivos mínimos exigidos.


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Metodologias de Ensino Ativas Articuladas entre Docentes Fabiane Maria Picheth Gelsenmeia Massuquete

RESUMO No curso semipresencial de Pedagogia, 2º ciclo, atuamos com disciplinas muito próximas do ponto de vista técnico, sendo elas: Conteúdos do Ensino da Matemática: Educação Infantil e Metodologias do Ensino da Matemática: Educação Infantil. Entendendo as especificidades de cada disciplina, bem com a aplicabilidade reflexiva da modalidade semipresencial, optamos em desenvolver práticas articuladas para as aulas presenciais. A estratégia assim se organizou: - Planejamento conjunto dos roteiros de ensino; - Escolha e construção de jogos que não se tornassem redundantes às disciplinas, mas sim aditivos de reflexões nas áreas; - Indicações de recortes teóricos distintos como apoio ao uso dos jogos; - Estruturação de ações em pares de estudo entre os estudantes para organização de tabela de conceitos entre os conteúdos e as metodo-

logias, ou seja, reportar ao aluno a estruturação da síntese nos dois eixos; - Aplicação nas duas disciplinas do instrumento de avaliação que reforçasse a necessidade garantia de preparo por parte do aluno, isso reforça o comprometimento que o aluno precisa apresentar nos seus estudos e a sintonia metodológica entre os docentes; Como na modalidade semipresencial as disciplinas não ocorrem simultaneamente, mas sim em módulos sequenciais, foi possível retomamos novamente todo o planejamento que foi aplicada na etapa inicial para rever lacunas, ou ainda novas possibilidade de melhorias das práticas da etapa 2. Foi visível não somente para nós docentes a importância deste encaminhamento, mas também os estudantes que percebem a articulação positiva entre os docentes do curso.

Palavras-chave: Articulação de metodologias. Trabalho em equipe. Aplicações reflexivas.

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Modelo de Gestão Participativa na Prática Lucia Helena Rahme

RESUMO Para que os alunos vivenciem o modelo de gestão de pessoas participativo, lanço um desafio. Entrego 2 textos falando sobre o mundo do trabalho e competências para o contexto atual e a turma toda tem que montar uma apresentação, da forma que quiser (palestra, teatro, jornal etc) sendo que a turma inteira tem que participar e exercer algum papel no processo. Vale uma competência e se pelo menos 1 aluno não participar a turma toda perde a competência. A

entrega que eles têm que fazer é a apresentação clara inclusive costumo trazer um convidado externo e um relatório com o nome de todos os alunos da turma relatando o que cada um fez no processo. Dessa forma vivenciam a gestão participativa, trabalho em equipe, liderança, organização e acima de tudo a união na direção dos melhores resultados.

Palavras-chave: Gestão participativa. Trabalho em equipe. Liderança. Prática. União. Criatividade. Resultados.

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Oficina de Criação: Viver um Dia Perfeito - A Música como Instrumento Facilitador da Aprendizagem Alcione Gabardo Junior

RESUMO Objetivo - Desenvolver a capacidade criativa do aluno por meio de atividades lúdicas estimuladas por música e vídeo clips. Metodologia - Utiliza como instrumento vários clips da música “perfect day” da banda Duran Duran que são trabalhados juntamente com um método de relaxamento que visa “silenciar” a mente do participante através da atenção ao ato de respirar. O uso do video clip permite, além da música, trabalhar as narrativas que são contadas a cada montagem. A sala é preparada para receber os alunos com luz baixa e lugares confortáveis para se acomodar. Inicialmente o participante é instruído sobre o quanto a mente humana gera “ruídos” fazendo barulhos que nos impedem de manter a atenção no que estamos executando, nos distraindo durante certas atividades. Em seguida apresenta-se e aplica-se o método de relaxamento que consiste no ato de fechar os olhos e manter a atenção focada no ato de respirar. O participante é mantido nesse estágio por alguns instantes e então é convidado a abrir os olhos e ler a letra da música “perfect day” que está projetada no telão. Novamente todos são convidados a fechar os olhos, voltar ao estado de relaxamento prestando atenção na respiração e então são estimulados a imaginar como seria um lugar para o

seu próprio dia perfeito. Constrói-se um cenário e estimula-se o participante a “registrar alguns aspectos desse cenário na memória” usando o seu celular para fotografar o que acha que é relevante. Os participantes são trazidos para a realidade e outro vídeo é exibido. Dessa vez o clip da música retrata uma criança cujos pais vivem separados onde a mesma imagina um dia perfeito durante a visita que faz ao seu pai. Ao final os participantes novamente fecham os olhos e são estimulados a retornar ao estado de relaxamento e ao cenário do dia perfeito colocando nele algumas pessoas que gostaria de compartilhar. Pede-se então que sejam feitas fotos, registrando as atividades dessas pessoas que foram levadas para o cenário criado. O processo se repete, os participantes são trazidos para a consciência do local onde estão, quando então assistem um novo clip onde a música está contextualizada com o “êxtase da arte” contendo trechos montados a partir de obras de Picasso e culminado com a obra “Guernica”. Ao final do clip os participantes fecham os olhos, voltam a relaxar e são então estimulados a imaginar porque optaram por não levar certas pessoas para o seu dia perfeito, que motivos levaram a essa decisão. Novas fotos são tiradas com o intuito de guardar o momento na memória. Na Revista Compartilha Docência

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última etapa o participante é estimulado a imaginar o dia seguinte ao seu dia perfeito, a pensar porque todos os dias não podem ser ao menos parecidos com o dia imaginado, porque cada dia de sua vida não pode ser como um dia perfeito. Novas fotos são feitas e então os alunos são reconduzidos à realidade da sala. Faz-se então uma reflexão em grupo sobre o processo e os resultados obtidos. Resultados - Ao final da atividade, cada aluno tem uma estória pessoal construída sobre seu próprio dia perfeito. Trata-se da construção passo a passo de um cenário complexo com detalhes

de objetos, pessoas presentes e ausentes, reflexões sobre as decisões que vão sendo tomadas e imaginários futuros. Aplicado sobre o método de desenvolvimento de coleções de moda, o resultado é um tema de coleção pessoal e de autoria, que se desenvolve num certo local, na presença de objetos relacionados, cores, formas e contextos que podem ser utlizados na criação de uma coleção. Um processo simples e íntimo dos participantes uma vez que pode ser usado com qualquer música segundo o gosto pessoal de cada um.

Palavras-chave: Música. Criatividade. Autoria. Dia perfeito.

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Orientação de TCC à Distância Uso do Collaborate Vanessa Araujo Sales

RESUMO O TCC – trabalho de conclusão de curso, é uma das exigências para o aluno obter a conclusão do curso do MBA em Gestão de Marketing da Universidade Positivo. Este curso é oferecido na modalidade 100% EAD e inclui alunos de diversas regiões do país. Os alunos têm muito anseio por esta disciplina e sentem a dificuldade de estar presentes com o professor orientador para que o trabalho seja orientado da melhor maneira possível. Como os alunos estão matriculados em vários Polos, as vezes impossibilita este encontro pessoal e a metodologia da disciplina Seminários de Pesquisa é composta por orientações por meio on-line, onde o professor orienta os alunos através de avisos, resposta de dúvidas enviadas nos canais de comunicação do Ava e correções e orientações enviadas no feedback da nota. Mesmo com todas as ações efetuadas que descrevem as atribuições do professor nesta disciplina, causa a frustração de alguns alunos por não estarem presentes com o professor. Assim apliquei para as turmas de Seminários de Pesquisa, práticas pedagógicas que viessem auxiliar no processo de ensino e aprendizagem e criar proximidade com os alunos, fazendo que se sentissem con-

fortáveis e seguros com o apoio da professora-tutora nas orientações. Explorando o AVA – Ambiente Virtual de Aprendizagem, utilizei a ferramenta Collaborate para ministrar aulas on line para os alunos de Seminários de Pesquisa, em todas as etapas do trabalho. Estas aulas, ministradas na sala de aula virtual, eram agendadas e informadas para os alunos com o link de acesso a sala. Nestas aulas além de explicar sobre a metodologia da disciplina e como inserir o material nas atividades, o foco principal foi tranquilizar os alunos, motivá-los e explicar passo a passo da atividade, fazendo com que se sentissem acolhidos e com a presença da professora-tutora durante a disciplina. Um grande diferencial destes encontros, foi que em cada etapa do trabalho desenvolvi exemplos para que os alunos tivessem um suporte de como desenvolver as atividades. Proporcionando assim que a professora se colocasse no lugar do aluno ao desenvolver o trabalho, compartilhando o desenvolvimento deste e explicações detalhadas que ajudaram no processo. Todas estas orientações e as aulas virtuais criaram proximidade com os alunos e tiveram feedbacks bem positivos.

Palavras-chave: Encontro virtual. Orientação. Relacionamento.

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OSCE (Exame Clínico Objetivo Estruturado) Edisom Paula Brum

RESUMO No início do ano letivo para o internato do último ano de medicina (6o. ano), foram aplicadas 5 estações de simulação para manejo de situações de urgência e emergência, além de más notícias e notícias de impacto. Em todas estações os pacientes eram substituídos por atores. As estações tinham um professor avaliador seguindo um check-list e tudo era filmado. Após, de posse das filmagens, durante todo o ano, em grupos de 4 a 5 alunos, eram apresenPalavras-chave: OSCE. Debrieffing.

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tados os vídeos com suas participações e feito o debrieffing. Neste momento o aluno “se vê” em atendimento. Mais que questões técnicas são abordadas postura para com o paciente, empatia, receptividade, aproximação. Os alunos após assistirem a primeira estação, já conseguiam ver suas falhas quanto as abordagens dos pacientes.


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Pensando Cientificamente no Curso de Psicologia: Elaboração Condução de Experimento em Laboratório Didático Mariana Salvadori Sartor Fernanda Bordignon Luiz

RESUMO A disciplina de Análise do Comportamento, no curso de Psicologia, tradicionalmente envolve práticas em laboratório didático com animais (ratos). Existem manuais nos quais são descritas as etapas a serem seguidas para ensinar o sujeito experimental respostas como pressionar uma barra ou puxar uma argola. Tais aulas tem como função garantir que o aluno identifique variáveis que controlam o comportamento dos organismos. O que nós, professoras da disciplina, fizemos de diferente neste ano foi não oferecer um manual com as práticas já descritas, mas criamos condições para que cada grupo planejasse seu experimento com base na literatura científica. No primeiro bimestre, cada grupo ficou responsável por estudar um dos artigos que compõem o livro “Experimentos Clássicos em Análise do Comportamento” (Cançado, 2016) e apresentar em sala. No segundo

bimestre, cada grupo escolheu o fenômeno que gostaria de estudar em laboratório e escreveu o seu próprio projeto, contendo revisão de literatura e método. No segundo semestre, os alunos coletaram os dados e construíram o artigo final. Como resultado, tivemos 32 projetos diferentes, incluindo trabalhos com alto grau de complexidade (alguns replicaram experimentos clássicos complexos, outros adaptaram procedimentos mais simples). Os melhores trabalhos foram apresentados no II Congresso de Psicologia da Universidade Positivo e os alunos relataram muito mais motivação, pois o interesse e repertório de cada um foi respeitado, já que tivemos alunos que produziram trabalhos mais simples e outros que leram artigos das revistas mais importantes do mundo para elaborar seu projeto, já no segundo ano de graduação.

Palavras-chave: Análise do comportamento. Laboratório didático. Experimentação.

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Prática com Boneco Leonardo Grilo Gomes

RESUMO Sou professor do curso do modulo onde foi necessário transformar o desenvolvimento motor normal do ser humano em algo real. Por isso, levei para sala de aula uma boneca de 40 cm e conforme o modulo avançava com o desenvolvimento do objeto em tempo, todos nós passamos a colocar as partes da boneca para salientar as formações corporais no cérebro. Foi uma experiência muito interessante ver os alunos se preocuparem com a boneca e sua for-

mação neurológica. Quando transferimos para nosso simbólico por vias sensoriais dos alunos, o aprendizado fica mais interessante. Nas avaliações, os alunos realizaram estudo de caso com o intuito de formatar as ideias da pratica.

Palavras-chave: Psicomotricidade. Neuropsicologia. Desenvolvimento motor.

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Project Based Learning Aplicação Prática à Distância Uso do Collaborate Samia Moreira Akel

RESUMO Introdução e Objetivos: O curso de Biomedicina vem por meio da disciplina de Tópicos I, por 03 anos consecutivos, aplicar metodologias ativas para cumprimento das diretrizes propostas pelo Ministério da Educação em relação aos temas transversais no Ensino Superior. O Project Based Learning (PBL) é considerado muito eficiente, entretanto exige organização e objetivos bem alinhados para que o resultado alcançado seja de fato motivador aos alunos e cumpra com os quesitos de aprendizagem. Realização: O tema elencado foi a Cultura e História Brasileira. O uso das metodologias ativas torna o aluno pró-ativo em relação ao aprendizado. Resultados atingidos: A estrutura para atender a disciplina e seus objetivos forneceu aos discentes a possibilidade de adquirir também habilidades sociais e gerenciais, atualmente requisitadas em qualquer meio profissional. Esse PBL foi aplicado ao longo de 01 semestre, com cumprimento de atividades específicas. A realização dos projetos foi feita em equipes. A liberdade conferida aos

alunos dentro do tema principal é o fator chave para a execução adequada, tornando o resultado surpreendente. Com o intuito de gerar um produto que cumpra com os objetivos traçados pela docente, foi proposta a realização de um Simpósio. Esse foi o 3o Simpósio da Pluralidade no campus Ecoville e, pela primeira vez, no campus Mercês. Por ser um evento que busca a pluralidade de ideias, optou-se trabalhar também a inclusão. Há discentes com necessidades especiais em nosso meio. Como podemos discutir pluralidade se não permitimos uma apresentação inclusiva? As equipes passaram por uma consultoria com uma intérprete de libras, ainda, um de nossos alunos com déficit auditivo fez um vídeo de abertura inteiramente na linguagem de sinais. Atenderam ao evento alunos de diversos cursos, inclusive público externo a UP. Alguns temas apresentados em 2017: Violência e marginalização de travestis e transexuais, Avanços tecnológicos pós 2a Guerra Mundial, Ansiedade.

Palavras-chave: Aprendizagem baseada em projetos. Pluralidade. Inovação.

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Projeto A FESTA Susan Blum Pessôa de Moura

RESUMO O Projeto A FESTA existe desde julho de 2013, quando um aluno procurou a professora Susan Blum com a ideia. Em setembro do mesmo ano fizemos a primeira FESTA (APACN). No dia 03 de novembro a segunda FESTA no Lar Bom Samaritano. E no dia 10 de dezembro no Lar Projeto Esperança. A partir daí fizemos diversas outras visitas a várias instituições. Sendo que as visitas são documentadas em fotos ou vídeos. Pode-se assistir alguns dos vídeos no canal AFESTA : https://www.youtube.com/channel/ UCNfhvUc3i47lS4al2H12GDA. Ou pela página do facebook https://www.facebook.com/projetoafesta/.Também foram realizadas parcerias com outro projeto (externo a UP) PEGAÍ (em que em 2016 foram doados livros) e agora em 2017 estão sendo arrecadados GIBIS, para doação.

O Projeto A FESTA também distribui alimentos arrecadados em eventos específicos da Publicidade para levar para instituições como Asilo São Vicente de Paula, Tarumã, UNIPACC (Crianças com câncer). O projeto tem dois momentos que são: FESTA Colhendo sorrisos e FESTA semeando sorrisos. No primeiro momento, “colhendo sorrisos” é a reunião dos alunos com os participantes que visitamos. A partir daí, fazemos o material audiovisual com a intenção da FESTA “semeando sorrisos” que é o compartilhamento dessa ideia para que outras pessoas possam perpetuar. Os alunos aprendem cidadania, respeito, inclusão, e se aprofundam na aprendizagem de audiovisual do curso. Todos saem transformados das visitas: os que vão e os que recebem.

Palavras-chave: Cidadania. Voluntariado. Inclusão. Aprendizagem.

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Projetos Semestrais Alysson Nunes Diógenes

RESUMO O professor Marcos Tozzi cita em um de seus artigos em um seminário de qualidade acadêmica menciona que a disciplina de mecânica dos fluidos apresenta alto grau de dificuldade e, por sua vez, alta taxa de reprovação. Da mesma forma, o professor conclui que atividades práticas melhoram o aprendizado e, semelhantemente, o desempenho dos alunos, reduzindo o índice de reprovação. O proponente, sendo professor desta mesma disciplina para o curso de engenharia mecânica enfrenta problemas semelhantes. Por sua vez, em se tratando de uma disciplina anualizada com avaliações bimestrais, o proponente entendeu que trabalhos bimestrais e avaliações parciais não forneceriam essa melhoria no aprendizado de forma efetiva. Dessa forma, propôs-se que os trabalhos formem dois projetos ao longo do ano, ou seja, os trabalhos do primeiro e terceiro bimestres são utilizados no segundo e quarto bimestres, respectivamente. Dessa forma, o aluno tem a possibili-

dade de efetuar um planejamento do que será feito com antecedência e evita o desperdício de recursos financeiros na implementação de projetos que são utilizados apenas por um dia de apresentação. Tais projetos são a implementação de uma roda d’água para esmagamento de uma paçoca e de um avião que voe com propulsão manual em efeito solo. Para os projetos foram exigidos memoriais de cálculos que aplicaram o conteúdo da disciplina. Estes trabalhos mostraram-se efetivos tanto na redução da taxa de reprovação, como aumentaram a média dos alunos nas provas subsequentes, indicando que a metodologia foi efetiva. Essa metodologia pode ser aplicada em qualquer disciplina de cursos de graduação semestral ou anual, de forma que o conteúdo se mostre fluido e contínuo. Da mesma forma, planeja-se incluir a disciplina de Resistência dos Materiais nesses trabalhos, de forma que se evidencie as conexões entre diferentes disciplinas do curso.

Palavras-chave: Mecânica dos fluidos. Ensino em engenharia. Projeto. Implementação.

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Rotação em Laboratório João Armando Brancher

RESUMO Os estudantes receberam previamente, via blackboard, material didático a respeito do conteúdo que seria abordado. Após a leitura do mesmo, os estudantes compareceram ao laboratório de bioquímica onde foram divididos em 06 (seis) equipes de estudo. Neste local, houve uma exposição inicial sobre a logística da aula prática. A atividade foi realizada da seguinte forma: a. As equipes foram posicionadas em estações montadas nas bancadas do laboratório de bioquímica. Em cada estação havia um exercício desafio que deveria ser respondido em um determinado período de tempo. b. O cronômetro era acionado e a equipe tinha 10 minutos para resolver o problema. c. Após a resolução, as equipes giravam no laboratório no sentido horário até a próxima bancada. O processo se repetiu até a finalização do circuito. d. No final do circuito as equipes entregam as atividades resolvidas e as equipes foram questionadas a respetido das atividades em cada bancada. Após a discussão os alunos receberam um feedback da atividade. Nota 1: as atividades nas estações foram diversificadas: experimentos bioquímicos práticos foram colocados em três estações; duas estaPalavras-chave: Metodologias ativas. Ensino.

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ções continham situações problema que deveriam ser respondidas; uma estação continha um normograma que foi projetado no quadro e que deveria ser interpretado. Comentário: O tópico abordado nesta aula, em semestres anteriores, era abordado no formato tradicional: explanação do conteúdo e participação dos estudantes somente no momento prático. Neste semestre foram criadas situações problema que deveriam ser resolvidas pelos estudantes dentro de um determinado período de tempo, ou seja, a aula prática foi transformada em 06 situações problema que, aparentemente envolveram os estudantes. Houve discussão e defesas de opiniões. A participação foi efetiva. Minha percepção é que a leitura prévia ajudou substancialmente na elaboração das respostas e, mesmo os estudantes que visivelmente não tinham lido, acabaram participando da atividade. Essa atividade foi utilizada para compor a nota do 1o bimestre e a pontuação obtida pelas equipes durante o desenvolvimento da atividade foi, sem dúvida, melhor do que em outros semestres. Nota 2: a atividade proposta faz parte da disciplina de Bioquímica ofertada na modalidade blended.


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Saúde e Marginalização Social: Suprimindo Falhas Curriculares Mariana Franco Ribeiro de Oliveira

RESUMO Introdução: As discussões em torno das populações minoritárias, têm sido prevalentes devido ao aumento das lutas sociais e comprovação da necessidade de formação de médicos generalistas com olhar cada vez mais ampliado. Cabe questionar qual o nível de compreensão do estudante de medicina brasileiro, em geral socioeconomicamente elitizado, sobre a realidade dessas populações historicamente fragilizadas e o espaço que essas discussões tomam dentro do curriculum médico, já que o modelo biomédico é hegemônico e dificulta a abordagem dos temas. A ênfase na determinação social e no processo saúde-doença, pela comunidade acadêmica, faz-se necessária, na mudança desse cenário. Objetivos: Ampliar a compreensão dos estudantes em relação a dinâmica social que leva à marginalização, suas particularidades clínicas e as políticas públicas existentes, discutindo qual o seu papel na mudança da realidade exposta. Relato de Experiência: O projeto de extensão “Saúde e Marginalização Social: expandindo perspectivas” iniciou em maio de

2016, na Universidade Positivo, com encontros mensais dentro dos temas: o sentido da saúde e a influência da marginalização social, Saúde das populações negra, indígena, LGB e TRANS, profissionais do sexo, em situação de rua e saúde mental. Em espaços organizados por alunos do curso de Medicina e supervisão docente, os convidados, pertencentes às populações em discussão, ou envolvidos em políticas públicas, demonstram suas visões e sofrimentos e se relacionam com a plateia, por meio de recortes históricos, relatos de vivência e descrevendo dificuldades e perspectivas dentro da medicina. Discussão: Os espaços apresentam grande adesão de estudantes, de variados cursos; houveram relatos de surpresa e a afirmação de que nunca presenciaram esses temas em sala de aula. A maioria relatou elucidação nestas questões e a possibilidade de aplicação clínica dos conteúdos para humanização das suas práticas em saúde. Conclusão: Faz-se necessária a inclusão do tema Populações Marginalizadas nas ementas dos cursos da saúde.

Palavras-chave: Marginalização social. Saúde coletiva. Extensão.

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Seminários de Aprendizado Alcione Gabardo Junior

RESUMO Objetivos: Ampliar e Compartilhar o aprendizado/vivências do conteúdo da disciplina de produção de moda nas apresentações de TCC’S. Metodologia: os alunos (individual ou equipe) são estimulados a apresentar sobre forma de seminários, quais as técnicas que estão sendo planejadas para a apresentação dos projetos de TCC para as bancas de avaliação. Inicialmente, todo grupo é apresentado à teoria de seminários, os objetivos e as características dessa ferramenta, bem como, de que forma a realização de seminários pode para auxiliar na geração de ideias para apresentação dos projetos de cada uma das equipes através do compartilhamento do que está sendo planejado para as apresentações finais. Durante a realização dos seminários, todos os alunos passam a conhecer os temas relacionados aos trabalhos que estão Palavras-chave: Compartilhamento de ideias.

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sendo desenvolvidos pelos demais colegas e podem contribuir, sugerindo recursos diferentes, questionado os modelos que estão sendo pretendidos e acrescentando sugestões de melhorias. O processo, além de retomar o conteúdo exposto durante os bimestres anteriores, trás para a sala a experiência pessoal de cada aluno no convívio com as práticas da disciplina. Resultado: a partir da realização dos seminários percebeu-se uma melhoria significativa na qualidade dos recursos e no contexto geral das apresentações de TCC’S para as bancas de avaliação. os seminários também propiciam um equilíbrio qualitativo entre a diversidade de trabalhos que são apresentados pois, a exposição antecipada do que se pretende fazer, estimula o grupo a trabalhar dentro de um padrão mínimo de qualidade.


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Team Based Learning João Armando Brancher Antonio Carlos Nascimento Juliana Barbosa Yassue

RESUMO Os estudantes de Odontologia do último ano, na disciplina de Odontologia Para Pacientes com Necessidades Especiais, foram divididos em 08 equipes. Cada equipe recebeu uma placa com as palavras MITO / VERDADE escritas em cada lado da folha. Foram então projetadas, uma a uma, 08 questões a respeito do protocolo de atendimento de mulheres gestantes. Após cada pergunta os estudantes tinham 1 minuto para discussão e, quando o cronometro zerava, deveriam levantar a placa com a resposta que acreditavam ser correta (Mito ou verdade). As respostas de cada equipe foram anotadas em um folha de respostas pela própria equipe e pelo professor, que utilizou o quadro negro para tal. Depois que as 08 perguntas foram respondidas, as equipes receberam um artigo científico com 06 páginas que abordava o tema em questão. Neste artigo os estudantes deveriam buscar evidências que suportassem as respostas dadas pela equipe. Quarenta minutos após as mesmas perguntas foram projetadas e as equipes tinham a oportunidade de reconsiderar as respostas. Da mesma forma, cada vez que o cronômetro zerasse as placas com as indicações Mito ou Verdade deveriam ser levantadas. No final do processo, os acertos da primeira tentativa foram somados aos acertos da segunda tentativa e a equipe com maior número de acertos foi declarada vencedora. Comentário: Metodologias ativas podem ser definidas como metodologias capazes de garantir ao discente autonomia para gerenciar a sua aprendizagem desta forma delegando ao

estudante maior responsabilidade no seu próprio processo de formação. Apesar de ser uma tendência em universidades do mundo todo, ainda há uma certa dificuldade por parte dos docentes, e também das Universidades, para implementar mudanças vistas como acentuadamente inovadoras. Especificamente para estudantes de universidades particulares, há uma percepção de que ensinar sem dar aulas expositivas tradicionais não é produtivo. Assim, aos professores da disciplina de PNE buscaram avaliar a percepção do estudante sobre a introdução de metodologias ativas de aprendizagem no ensino da graduação. Várias metodologias ativas foram desenvolidas, entre elas a descrita acima, durante o bimestre. No final do bimestre os alunos foram convidados a responder um questionário modelo ENADE sobre a sua percepção a respeito das metodologias utilizadas: 1) Qual é o grau de dificuldade desta prova?; 2) As informações/instruções fornecidas para a resolução das questões foram suficientes para resolvê-las?; 3) A metodologia implementada neste bimestre levou até você mais informações?; 4) Ao realizar a prova, qual foi a maior dificuldade encontrada?; 5) Considerando apenas as questões objetivas da prova, qual foi a sua impressão? Participaram da pesquisa 72 estudantes do último ano diurno do curso de odontologia. Os dados obtidos foram submetidos à análise de homogeneidade e homocedasticidade por meio do teste de Bartlett. As análises foram realizadas no programa Statistica 7.0, com significância de 0,05. A partir desta análise Revista Compartilha Docência

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foi possível verificar que 80,55% dos estudantes relataram grau médio de dificuldade na resolução da prova; 100% disseram ter informações suficientes para resolver as questões; 83,33% acreditam ter recebido mais informações com a metodologia adotada; 16,91% disseram que a maior dificuldade encontrada na prova foi a nova maneira de abordar o conteúdo; 79,16% mencionaram que a maioria do conteúdo apresentado foi assimilado. Os resultados obtidos sugerem Palavras-chave: Metodologias ativas.

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que os estudantes aceitaram a proposta de utilização de metodologias ativas indicando, na sua maioria, que a utilização das mesmas trouxe ganho de conhecimento. Dados relativos à média de nota dos estudantes não foram explorados neste estudo porém ficou evidente que novas estratégias educacionais podem ser utilizadas com resultados satisfatórios tanto para o estudante quanto para os docentes.


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Usando a Ferramenta Padlet Renata Lima Ludovico

RESUMO Os alunos do 3º ano do Curso de Pedagogia da unidade Osório nas aulas de Metodologia de Ensino de Matemática realizaram a leitura individual do Texto: O Cérebro e a Aprendizagem de Matemática. Após a leitura do texto os alunos foram convidados a participarem da partilha das impressões de leitura usando seus Smartphone, Tablet, PC, Projetor multimídia com o uso da ferramenta Padlet. O Padlet é um mural virtual que permite ao utilizador expressar as suas ideias/ opiniões sobre um determinado assunto de forma muito fácil. Funciona como uma folha de papel (mas online), onde se pode colocar qualquer tipo de conteúdo (texto, imagens, vídeo, hiperligações) juntamente com outras pessoas, a partir de vários aparelhos (computador, tablet, smartphone). Com a mesma conta pode criar vários murais. Pode ser usado para ensinar conteúdos curriculares específicos, construir marais de avisos, marcar favoritos, gerir e registrar resultados de discussões, brainstorming,

fazer anotações, planejar eventos, fazer listas, assistir à vídeos, recolher feedbacks de atividades, etc. A atividade proposta tinha como objetivo tornar a aprendizagem mais atraente e dinâmica, desenvolvendo a aprendizagem colaborativa, colocando as tecnologias a serviço da aprendizagem, além dos conteúdos e conceitos relacionados à aprendizagem matemática presentes no texto. Ao chegar a sala encaminhei a uma aluna pelo whatsApp o endereço do mural Padlet e ela reencaminhou para o grupo do whatsApp da turma, assim em menos de 2 minutos todos já tinham o caminho de acesso ao mural do Padlet que eu criei para registro da atividade. Ao verem os seus posts aparecer no mural, os alunos manifestaram surpresa e satisfação em poder compartilhar seus cartazes de maneira interativa e instantânea, mesmo os alunos mais relutantes aderiram a esta ferramenta e realizaram a tarefa usando os seus smartphones ou computadores pessoais.

Palavras-chave: Tecnologia nas aulas de Matemática.

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Uso de tecnologias na docência Fernanda Mara de Paiva Bertoli Saez

RESUMO Estou usando vídeos do YouTube em todas as minhas aulas práticas. Filmei as aulas, editei os vídeos e agora os alunos já chegam na aula prática sabendo o que irão realizar. Em caso de dúvida eh só acessar o vídeos durante a aula. Isto tornou as aulas muito mais dinâmicas pois demorávamos muito tempo demonstrando o que fazer antes de iniciar a parte prática. Palavras-chave: Tecnologias vídeo YouTube.

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Uso do Diário de Bordo nos Registros do Estágio Obrigatório Fabiane Maria Picheth

RESUMO Nos 3os anos da Pedagogia presencial, contamos com a disciplina Estágio Supervisionado III, o qual corresponde a carga horária prática obrigatória de formação do pedagogo frente à docência com turmas dos 4os e 5os anos do Ensino Fundamental, em escolas conveniadas do segmento público e privado. Tal atividade abrange as observações participativas na turma estagiada, bem como o compromisso de aplicação de duas docências nas áreas de Matemática e História ou Geografia, todo processo e supervisionado e orientado por mim, com apoio desde a escolha da escola, documentações, observações em sala, planejamento e aplicação das docências. O registro das idas à escola foi orientado que ocorresse via ferramenta Diário se Bordo que possuímos do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da UP, esta ação objetivou aproximar os alunos do ambiente, além de permitir que percebessem nos registros seus desafios e resultados alcançados ao longo do estágio, esta ação caminha em consonância com o pressuposto teórico de formação do professor reflexivo, o qual por meio do registro de nossas práticas criamos relações, questionamentos e melhorias na nosso própria postura profissional. Em momentos de supervisão em sala, temos discutido registros dos diários como forma de análise qualitativa da nossa for-

mação e do que encontramos nos campos de estágio, ou seja, os registros dos diários são nossos dados de análise e de aproximações teóricas que são indicadas nos estudos. Outro fator importante, é que para fins de avaliação do curso (pelo MEC, por exemplo), contamos com acesso para demonstração real do que realizamos nos estágios dos 3os anos de Pedagogia da unidade Ecoville e Osório e dentro da ferramenta que é o espaço institucional correto para o armazenamento destas práticas. Os registros encontram-se disponíveis no AVA, por meio dos links: Unidade Osório: https://up.blackboard.com/webapps/blogs-journals/execute/viewBlog?course_ id=_90532_1&blog_id=_25215_1&blog_course_ user_id=_1586804_1&type=journal&group_ id=&gml_reload=&callBackUrl=&allMembers=false Unidade Ecoville: https://up.blackboard.com/webapps/blogs-journals/execute/viewBlog?course_ id=_90266_1&blog_id=_25214_1&blog_course_ user_id=_1576320_1&type=journal&group_ id=&gml_reload=&callBackUrl=&allMembers=false

Palavras-chave: Estágio obrigatório. Diários de bordo. Formação do professor reflexivo. Ambiente virtual de aprendizagem.

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Uso do Google Drive para Organizar Documento no AVA Sandra Nodari Romano

RESUMO Desde 2016, em vez de postar arquivos com cada aula e textos no AVA, tenho feito o uso de link do Google Drive para disponibilizar materiais de cada bimestre. Desta forma, os alunos têm acesso a uma pasta, onde estão todos os arquivos da disciplina, mas que podem ser alterados on-line pela professora. Isso dá a minhas disciplinas e aos alunos muita mobilidade na hora de tomar decisões com relação às atividades realizadas em sala e nos laboratórios, como escolha de temas de trabalhos, divisão de equipes, alterações necessárias em datas, conteúdos, etc. Em vez de ter de excluir um arquivo no AVA, cada vez que há alteração e substituir por outro, ao usar o link da pasta de cada disciplina no Google Drive, a alteração é feita diretamente no arquivo, on line, e já fica alterada para o aluno. Do ponto de vista de organização, a relação de conteúdo para os alunos é perfeita. Ao utilizar esta ferramenta, toda a atualização necessária a qualquer dos arquivos é realizada automaticamente, sem ter de apagar e recolocar arquivos no AVA. Esta estratégia dá segurança ao aluno e ao professor de que o acordo firmado

durante o bimestre fica documentado automaticamente. Nas disciplinas práticas, as divisões de equipes, os temas sorteados ou decididos, os encaminhamentos dados, os roteiros, entre outros documentos específicos do audiovisual, são decididos e produzidos em sala e disponibilizados para toda a turma enquanto são escritos. Qualquer alteração feita nos arquivos, no decorrer do processo, são realizadas on line para e por todos quando os arquivos são editáveis. Como no jornalismo, muitas alterações devem ser feitas de acordo com acontecimentos contemporâneos, esta necessidade de atualização constante, é suprida pela possibilidade das alterações on-line. Documentos produzidos pelos alunos, ou encontrados por eles durante suas pesquisas, são enviados à professora e postados automaticamente no AVA, facilitando o acesso de todos os alunos. Em mais de uma vez, ouvi dos alunos, que minhas pastas no AVA são muito organizadas, o que me dá segurança de que este modo de trabalho está funcionando muito bem.

Palavras-chave: Google Drive. Conteúdo on-line. AVA.

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A Utilização de Mídia Social na Motivação para o Aprender João Luiz Coelho Ribas

RESUMO A utilização de mídias sociais, em especial na sala de aula e mesmo fora dela, objetivando uma interação direta e constante com os alunos é uma realizada crescente. Faz-se necessários lançarmos mão de modelos e técnicas adequadas para mantermos nossos alunos motivados e ao mesmo tempo em contato direto com os conteúdos e com as novidades que surgem de forma direta e incessante na mídia, além de possibilitar um espaço de discussão de assuntos relacionados com a temática da disciplina. O objetivo desse trabalho foi avaliar a utilização do facebook, através da aplicação de um questionário via google docs, nas disciplinas de bioquímica clínica e imunologia clínica do curso de Biomedicina da Universidade Positivo. Desde o início do ano letivo, os alunos foram convidados participar de um grupo feito no facebook denominado de “Imunoclínica”, onde os conteúdos das aulas, curiosidades, casos para resolução rápida, questões surgidas durante as aulas teóricas ou práticas das disciplinas e polêmicas associadas á área do conhecimento eram postados frequentemente pelo professor. No final do primeiro semestre de 2017 os alunos foram convidados a participar de uma pesquisa

para mensurar a efetividade dessa interação. Dos 56 alunos cadastrados na página, 49 responderam as questões. Na questão que indagava sobre se o grupo do faceboock de alguma forma o auxiliou pelo interesse nas disciplinas, 71,4% responderam que sim, comentando em especial que houve uma maior interação entre o professor e os alunos e que as postagens representavam a prática profissional que nem sempre era possível visualizar somente durante as aulas. Na questão de se o grupo do faceboock de alguma forma teria auxiliado nas notas do primeiro e do segundo bimestres, 51% admitiram que sim, pontuando em especial os desafios lançados através dos casos que estimulavam o estudo o desenvolvimento teórico/ prático fora da sala de aula. No questionamento se o grupo deveria ser mantido 89,8% responderam que sim. Dessa forma podemos observar a importância da utilização de técnicas alternativas e que façam parte diária e constante do estudante, para podermos de forma direta ou indireta estimularmos e motivarmos ao estudo e a curiosidade constante.

Palavras-chave: Mídia social. Ensino aprendizagem. Motivação.

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Vídeo Aulas para Photoshop Ricardo Pedrosa Macedo

RESUMO Durante o ano de 2017, para a disciplina de Produção e computação gráfica foi utilizada vídeo aulas motivando os alunos a estudarem com o uso de vídeo aulas, durante as aulas os alunos têm tempo apara tirar dúvidas e a aprimorar seus conhecimentos nos programas. As vido aulas podem ser utilizadas para revisão da parte pratica da disciplina fora ou dentro das aulas presenciais. O resultado foi muito bom pois fez render as aulas para aprofundamentos

e receber auxilio do professor para projetos a serem realizados na disciplina. Veja exemplos no AVA ou em: Photoshop aula 03 - Propriedades de Camada https://www.youtube.com/ watch?v=GYTv_O5pxzU. Vídeo aulas disciplina de Produção e computação Gráfica (Publicidade) e Rendering avançado (Design Produto).

Palavras-chave: Vídeo aulas disciplina de Produção e Computação Gráfica.

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RESUMOS

LON DRI NA


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Agro Soluções Wagner de Paula Rodrigues

RESUMO No segundo semestre de 2017, junto as turmas do 8º Semestre de Administração e 2º Semestre de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, nossa proposta para a disciplina de Gerenciamento de Projetos, seria permitir aos alunos o acesso a construção, acompanhamento de projetos voltados ao agro negócio. Assim como no semestre anterior, nossa proposta visa buscar uma transversalidade entre as disciplinas e cursos. De forma que ao longo de 2018, possamos estabelecer uma convergência entre projetos de cursos distintos e não apenas a perspectiva de fornecer uma disciplina isolada. Assim como no primeiro semestre de 2017, novamente o foco foi utilizar usar a base do construcionismo, para tanto foi aplicado as boas práticas de Gerenciamento de Projetos, com foco principal na delimitação do escopo, requisitos, partes interessadas, pessoas (equipe), definição de atividades, cronograma e caminho crítico, análise de risco e por fim, custos. Todas as atividades foram feitas ao longo do semestre, intercalando conceitos e práticas aplicadas. Na definição de escopo, fases iniciais de Design Thinking, como entendimento, pesquisa, observação foram aplicadas de forma lúdica e aplicada, a partir de então, tivemos a Palavras-chave: PBL. Projetos. Design thinking.

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grata surpresa que vários os alunos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, aproveitaram os projetos que estavam idealizando na disciplina de G. Projetos para serem conduzidos no Projeto Integrador, que justamente é uma das intenções desta intervenção (a transversalidade entre disciplinas). Ao fim deste semestre, tivemos várias propostas interessantes de projetos, com estudos mais aplicados no que se refere à como iniciar e desenvolver um novo produto ou serviço, impacto, risco e custo. Saindo de uma perspectiva de preenchimento de formulários e planilhas, para uma perspectiva de discussão de cenários, e que decisões tomadas no escopo e requisitos (premissas e restrições) precisam estar alinhadas a estratégia, e como isto impacta tempos depois no contexto de risco, equipes, entregas e custo. Que venha 2018, e que possamos agora integrar as habilidades adquiridas pelos alunos, formando equipes multidisciplinares e de cursos distintos de forma integral e com isto eles possam colher frutos da criação de novos projetos de produtos e serviços para a solução de problemas concretos.


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Desenvolvimento do “Projeto Intervalo Cultural” Fernando Lino Junior

RESUMO Proposta de desenvolvimento do projeto de um evento cultural no intervalo das aulas no Campus Faculdade Arthur Thomas. Esse trabalho foi apresentado na disciplina Gestão de Projetos para as turmas de 2º semestre dos cursos tecnólogos em Marketing e RH, com o objetivo de integrar a prática à teoria ministrada em sala de aula. Metodologia: as aulas teóricas foram pautadas no modelo Project Model Canvas. Paralela à teoria foi proposto aos alunos a criação de um evento cultural no período de intervalo das aulas, que nos dias estabelecidos seriam estendidos para 40 minutos. A sala foi dividida em dois grupos e coube a eles a criação e o gerenciamento de um evento cultural do início ao fim. Foram elaborados os seguintes eventos: o primeiro refere-se á”Noite do Opala” com exposição de veículos antigos, Food Trucks, som ele-

trônico com músicas de época e arrecadação de alimentos e o segundo refere-se a “Feira Gastronômica e do Aluno Empreendedor” com Food Trucks, exposição de produtos de alunos empreendedores e apresentação de música ao vivo onde os os alunos convidaram a mim e ao professor Marcio Ruiz para tocar durante o evento. Os resultados superaram as expectativas, demonstrando que os eventos gerenciados pelos alunos proporcionaram a junção do aprendizado teórico ao prático. O trabalho ainda proporcionou aos discentes o desenvolvimento da tomada de decisão, da gestão de conflitos interpessoais e da responsabilidade por estarem envolvidos em uma atividade a ser apresentada para toda a comunidade acadêmica. Esse trabalho também gerou uma experiência gratificante ao docente organizador.

Palavras-chave: Gestão de projetos. Intervalo cultural. Teoria e prática.

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Gamification Reginaldo da Rocha

RESUMO Para aumentar o interesse e a assimilação da linguagem de programação PHP, foi proposto um evento denominado “Dojo de Programação”. Nesse “Dojo” o objetivo foi criar um ambiente com desafios em diferentes competências e que normalmente são encontrados em um ambiente de desenvolvimento real, ex.: debug de código, análise de cenários, programação, etc. Os desafios foram disponibilizados através do Facebook CTF, uma plataforma desenvolvida para hospedar competições no estilo “capture a bandeira”. Nessa plataforma um mapa mundi é disponibilizado aos competidores que precisam resolver um desafio para conquistar um país no mapa. Cada desafio cumprido faz com que o grupo conquiste o país e aumente sua pontuação, cada erro cometido diminui a pontuação. Existe ainda a possibilidade de trocar pontos (descontados da pontuação) por “dicas” que ajudam o jogador a resolver os desafios. Após uma breve explicação das regras do jogo e instruções de operação, os alunos se organizaram Palavras-chave: Gamification. Jogos. Aprendizado.

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em grupos de 3 integrantes e iniciaram uma competição com o objetivo de capturar o maior número de países no mapa. Durante o jogo, que teve a duração de 1 hora e meia, foi notado um maior engajamento para aprender a linguagem e conseguir resolver o desafio proposto, isso se deu porque em determinados pontos do jogo o aluno pensa que não vai conseguir resolver e que determinado desafio exige mais competências do que ele possui, porém, com esforço conseguem superar o desafio gerando um sentimento prazeroso de satisfação. Outro fator positivo é que, em um “game”, o aluno recebe “feedbacks” o tempo todo e, com isso, vai aprendendo o que deve ou não fazer para continuar evoluindo. Com objetivos claros e comuns os alunos são estimulados a formularem estratégias de trabalho em grupo para atingi-los. Ao final do “Dojo” todos se sentiram estimulados e ansiosos pelo próximo jogo, seja por terem vencido ou perdido (revanche).


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Júri Simulado Francielle Calegari de Souza

RESUMO Realizado durante Semana Jurídica Universidade Positivo - Faculdade Arthur Thomas, o projeto Júri Simulado foi idealizado com a finalidade de se exercer a interdisciplinaridade em atividades práticas em forma de júri simulado. O projeto atendeu aos alunos matriculados no 8º semestre de Direito, nos períodos matutino e noturno. A realização do júri simulado ocorreu durante a Semana Jurídica realizada na instituição, sendo que os alunos realizaram o procedimento especial previsto na legislação para julgamento dos crimes dolosos contra vida. Os jurados foram sorteados entre os alunos participantes da Semana Jurídica (alunos do 1º ao 10º semestre), permitindo a condução de um julgamento justo e imparcial. O caso proposto foi um caso verídico ocorrido na Comarca de Londrina. Diante do estudo dos procedimentos adotados no processo penal brasileiro, conteúdo ministrado aos alunos em sala de aula, aliou-se a teoria da sala de aula com a prática simulada, oportunizando grande conhecimento e interesse dos alunos acerca da matéria. O júri teve como objetivo oportunizar o estudo deste caso com base na legislação pertinente, na reflexão sobre a decisão do júri e nas suas

consequências. Os resultados foram extremamente satisfatórios, pois os alunos inicialmente tiveram a matéria ministrada em aula e posteriormente desenvolveram cada uma das etapas do procedimento em atuação simulada e apresentada aos demais alunos do Curso de Direito, o que proporcionou o aprendizado não só por parte dos alunos que realizaram a prática, mas também de todos os participantes da Semana Jurídica, que encantados com a dinâmica apresentada puderam compreender mais o debatido julgamento popular. A atividade envolveu os alunos de todos os semestres da Instituição. O sorteio dos jurados entre os participantes da Semana Jurídica foi fundamental para sentirem-se parte integrante deste processo de aprendizagem. Para o desenvolvimento da prática simulada, vários ensaios foram realizados, além da simulação do local de morte para projeção durante o Júri Simulado. O sucesso da atividade foi comentando por todos, que aguardam o próximo ano para mais uma edição do Projeto. A esta professora, a total satisfação, de aliar teoria à prática, como Estratégias e Metodologias de Ensino e Aprendizagem.

Palavras-chave: Processo Penal. Prática Simulada. Júri.

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Programa CONCILIARE Flávio Pierobon Francielle Calegari de Souza Natália Martins de Abreu.

RESUMO O Programa CONCILIARE – Núcleo de Conciliação e Mediação da Universidade Positivo - Faculdade Arthur Thomas é uma ação de extensão acadêmica que busca, junto ao núcleo de prática jurídica do curso de Direito da Faculdade Arthur Thomas, o fomento de formas adequadas de resolução de conflitos, na esteira da ampliação do acesso à justiça. Além disso, objetiva-se a adequação do ensino jurídico voltado para a prática e formação do bacharel em Direito, para incluir em sua formação a resolução adequada e efetiva de conflitos por meios pacificadores, com ênfase nos métodos alternativos. O principal objetivo do projeto é promover o atendimento de todas as pessoas que procuram o NPJ da Faculdade Arthur Thomas, seja por indicação ou de forma espontânea, com a finalidade de promover a triagem dos clientes do NPJ e a busca da resolução dos conflitos por meio de conciliação. A proposta principal desse programa é contribuir com a facilitação da convivência harmônica, consolidando experiências de autocomposição de conflitos através do diálogo das partes, a partir de uma articulação entre alunos, professores e grupos sociais na perspectiva dos direitos humanos e da reconstrução da cidadania, permitindo, nesse sentido,

uma resolução mais permanente e flexível ao conflito. Assim, objetiva-se a ampliação dessa cultura não litigiosa na busca pela solução pacífica do conflito pelas próprias partes envolvidas, através de comunicação ética, qualificando, desta forma, sua participação na sociedade e ampliando os espaços de cidadania. Dentro desse contexto, a Universidade Positivo - Faculdade Arthur Thomas, através do Curso de Direito, desenvolve um laboratório de reflexões e experiências dentro de uma proposta de formação jurídica que busca ser essencialmente emancipadora e humanista, na medida em que visa demonstrar como a implantação de técnicas de resolução alternativas de conflito no ambiente da prática jurídica pode contribuir não só com a sociedade, mas também com a própria sustentabilidade do Poder Judiciário, desjudicializando” conflitos, sem, contudo, limitar o acesso à justiça. O projeto em parceria com o Procon Londrina realizou audiências concentradas para pacificação de conflitos relativos à relação de consumo em data de 27/10/2017, oportunidade em que alcançou uma média de 90% (noventa por cento) de composições entre fornecedor e consumidor.

Palavras-chave: Prática júridica. Conciliação. Mediação.

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Projeto Integrador – Responsabilidade Social Rubens de França Teixeira

RESUMO Objetivos: Despertar nos alunos, além do saber crítico, os sentimentos de solidariedade, responsabilidade social e cidadania, através de experiências e ações práticas, observando a realidade, as desigualdades e os problemas existentes na sociedade. Metodologia: Nesta disciplina, intitulada Projeto Integrador, os alunos foram organizados em equipes. As mesmas podiam escolher entre duas opções de trabalho, quais sejam: 1-) escolher uma entidade social ou organização não governamental, onde realizariam um projeto social visando atender alguma demanda levantada pela instituição escolhida. Os alunos foram avaliados quanto à elaboração e execução do projeto, com relatório e fotos que comprovassem a realização do mesmo. 2-) Desenvolver por conta própria um Projeto de Voluntariado Em ambos os casos, o projeto foi acompanhado pelo professor da disciplina que auxiliou os alunos na sua elaboração e execução, oferecendo orientações teóricas e práticas. O Projeto foi baseado em um roteiro disponibilizado aos alunos no início das aulas, segmentado em: Contextualização; Justificativa; Objetivos; Des-

crição do Público-alvo; Parceiros; Cronograma; Orçamento; Anexos: Resultados alcançados: Essa atividade foi realizada com alunos do segundo semestre dos cursos de Tecnologia em Marketing, Logística e Gestão de Recursos Humanos. Além de promover o trabalho em equipe, fundamental para a boa formação discente e preparação para o mercado de trabalho, este projeto teve como principal finalidade aproximar os alunos de uma realidade que muitos só conheciam via noticiário. Ao trabalhar, mesmo por um curto período de tempo, com atividades de cunho social, esses discentes puderam experimentar sensações diversas, tais como tristeza e perplexidade pela situação encontrada em alguns casos, até o sentimento de alegria e satisfação por conseguirem, mesmo que por um curto espaço de tempo, minimizarem os problemas enfrentados pelas instituições ou grupos auxiliados. Neste sentido, pode-se dizer que o objetivo principal desse projeto foi alcançado, o de tirar nosso aluno da zona de conforto e estimular seu comportamento solidário para quem sabe, no futuro próximo, os mesmos possam se tornar agentes de transformação da sociedade, por meio do seu conhecimento técnico, aliado a um sentimento de responsabilidade social.

Palavras-chave: Projeto integrador. Responsabilidade social. Voluntariado.

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Start to Up - Construindo Além do Canvas Wagner de Paula Rodrigues

RESUMO Para o primeiro semestre de 2017, na disciplina de Empreendedorismo do curso de Administração e Ciências Contábeis, tinha o desejo de propor algo diferente para os alunos, proveniente de minhas experiências em alguns programas (Startup Weekend e Startup Pirates) que atuei, seja como participante, organizador e mentor. A concepção do semestre seria baseada em Design Thinking e PBL, métodos que já utilizava na propagação de construção e desenvolvimento ambientes makers para jovens em outras instituições. Como também gostaria que os alunos pudessem experienciar outros elementos do empreendedorismo, delimitei a linha temática igual para todos, ou seja, todos partiriam de uma mesma hipótese e situação problema para validar. A linha temática definida foi Jogos de Tabuleiros para o apoio do ensino, faixa etária limitante, ensino fundamental I e II. A proposta foi conduzida durante o semestre todo, intercalando conceitos com intervenções prática, tanto em sala como fora. Neste processo, técnicas de design thinking, gestão de projetos (lean), business model canvas, mapa de empatia, foram amplamente explorados pelos alunos, passando desde o entendimento, observação, ideação, prototipação e validação e testes culminando com protótipos funcionais de jogos educativos no formato tabuleiro. Algumas equipes, durante a jornada, tiveram a oportunidade identificar jogos, desviar de concorrentes, evitando o Oceano Vermelho, prototipar, validar, pivotar e seguir sequência de atividades para cumprir todas as fases do processo. Como foram duas turmas distintas,

uma de semestres iniciais da graduação e outra do sexto semestre, tive o privilégio de ver comportamentos e saberes diferentes sendo explorados. Enquanto alguns alunos (6º Semestre) já haviam passado por conteúdos como as Forças de Porter, Modelagem de Negócios, Estratégia, Análise SWOT e tantas outras ferramentas, a outra turma, estava iniciando sua jornada acadêmica no curso de Administração e Contabilidade (era uma turma mista) onde existia muito mais o conhecimento tácito sobre alguns destes temas. Puderam experienciar, o lidar com equipes, na prática verificar que não apenas é importante de ter um produto, se sim como atingir o consumidor com uma experiência diferente. Alguns pontos interessantes que pude validar, sim, eu também estava validando esta jornada como um projeto, muitas equipes não se preocuparam em buscar a inovação e manter-se na zona de conforto e isto impactou o produto e a jornada, em contrapartida tive o privilégio de ver jogos de tabuleiros muito bem elaborados, para ensino da matemática, geografia e ciências, como um jogo no estilo dominó para ensino de cores aditivas, ao todo tivemos mais de 20 jogos de tabuleiro sendo construídos. O saldo... o saldo é positivo, sempre... todos nós ganhamos. Por ser um disseminador do construcionismo, acredito que construir o conhecimento baseado na realização de ações concretas que resultem em produtos palpáveis, permite ao aluno uma experiência única, que cristaliza toda a base conceitual que muitas vezes ficam sem entendimento em como isto ou aquilo é aplicado.

Palavras-chave: PBL, design thinking, empreendedorismo, construcionismo. 82

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ISSN 2595-0312


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