O codigo da vinci dan brown

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- Sei lá. Trabalho cá em baixo. Não nos deixam chegar nem perto dos clientes. O melhor é perguntar na portaria. - O banco exige um mandato de busca para nos deixar entrar. - Administradores - rosnou Vernet. - Não me façam falar. - Abra a carrinha, por favor - pediu Collet, apontando para a caixa de carga. Vernet olhou para o agente e forçou uma gargalhada de troça. - Abrir a carrinha? Acha que tenho as chaves? Acha que eles confiam em nós? Devia ver a merda de ordenado que me pagam! O agente inclinou a cabeça para um lado, obviamente céptico. - Está a dizer-me que não tem as chaves da sua própria carrinha. Vernet abanou a cabeça. - Da caixa de carga, não. Só da ignição. Estas carrinhas são seladas por controladores na plataforma de embarque. Então ficamos à espera enquanto alguém leva a chave da caixa de carga até ao local de destino. Quando recebemos um telefonema a dizer que as chaves chegaram ao destinatário, dãome autorização para arrancar. Nem um segundo antes. Nunca sei que raio de carga transporto. - Quando é que esta carrinha foi selada? - Deve ter sido há horas. Esta noite tenho de ir até St. Thurial. As chaves da caixa já lá estão. O agente não disse palavra, olhando fixamente para Vernet, como que a tentar ler-lhe os pensamentos. Uma gota de suor preparava-se para deslizar pelo nariz de Vernet. - Importa-se? - disse ele, limpando o nariz com a manga do casaco e apontando para o carro da Polícia que bloqueava a passagem. Tenho um horário a cumprir. - Todos os condutores usam Rolexes? - perguntou Collet, apontando para o pulso de Vernet. Vernet olhou para baixo e viu a pulseira do seu ridiculamente caro relógio a espreitar por baixo da manga do casaco. Merde.


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