Mantenho-me imparcial! E por si mesmo o povo se endireita. Não me meto em conchavos! E por si mesma floresce a ordem. Não nutro desejos pessoais! E eis que por si mesmo tudo vai bem.
Explicação filosófica: Este capítulo é mais uma continuação da sabedoria do não-agir a fim de ser agido; do não ser ego-pensante e ego-vivente a fim de ser cosmo-pensado e cosmo-vivido. A verdade paradoxal do Cristo, de Paulo de Tarso e de outros Mestres – “viver para morrer”, “perder para ganhar”, “renunciar para possuir” – aparece sempre de novo como a quintessência de toda a sabedoria da vida. Mas a compreensão dessa verdade supõe no homem uma atitude de clarividência ou de ultravidência, que ninguém pode aprender de fora, mas só pode despertar de dentro de si mesmo.