Edital. Anexo 1 – parte 13

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Plano Diretor de Transporte Coletivo Urbano da Grande Goiânia - 2006

5.1

Previsões sobre viagens de transporte coletivo e divisão modal

Os dados obtidos nos estudos dos cenários urbanos e dos modelos de geração de viagens permitem o desenvolvimento de previsões sobre a demanda de transporte coletivo nos anos futuros e consequentemente sobre os resultados esperados para os usuários, para o serviço de transporte coletivo, para o sistema viário e para as condições gerais de mobilidade, caso nada venha a ser realizado. Esta análise é denominada prognóstico. Como já abordado neste documento, progressivamente observa-se na Grande Goiânia a redução da participação das viagens pelo modo coletivo no total das viagens motorizadas, algo que vem sendo verificado na maior parte das grandes e médias cidades brasileiras. Tal quadro é fruto da uma combinação de ausência de investimentos no sistema de transporte coletivo, das facilidades de aquisição e uso de veículos particulares, que no caso da Grande Goiânia, notadamente se dá por meio de motocicletas, e da exclusão de redução do uso do serviço de transporte coletivo por pessoas de baixa renda que passam a usar bicicletas ou mesmo, passam a realizar viagens mais longas a pé. Para efeito do estudo de prognóstico trabalhou-se com dos cenários em relação à mobilidade por modo coletivo da Grande Goiânia, que foram denominados: “otimista” e “tendência”. O cenário de mobilidade otimista parte da premissa que um conjunto de medidas a serem tomadas pelo poder público em relação ao transporte coletivo, especialmente de investimentos, aliado a uma elevação da qualidade global dos serviços prestados pelas empresas e, complementado por uma clara afirmação da opção do modo coletivo nas políticas urbanas de mobilidade poderão manter o índice de mobilidade atualmente observado no transporte coletivo, mesmo havendo uma aumento da taxa de motorização. O cenário de mobilidade tendência, como o nome já permite deduzir, trabalha com a tendência observada nas últimas décadas, ou seja, de que a elevação da taxa de motorização e o crescimento da renda média reduzirão mais ainda a participação do transporte coletivo no total das viagens motorizadas, levando à redução da mobilidade do modo coletivo. Vale observar que o denominado cenário otimista tão somente trabalha com a perspectiva de se manter a mobilidade por modo coletivo atual, não se propondo a uma recuperação da participação deste modo nos níveis observados em outras épocas. Logo, neste cenário, não se está falando de reduzir as viagens individuais motorizadas atuais, mas apenas manter a mesma relação com as viagens coletivas nos anos futuros.

Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos – CDTC e Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo - CMTC

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