Universo UniNorte 5

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FEVEREIRO / 2013

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Jornal UniNorte/Laureate | www.uninorte.com.br

FOTOS: ASSESSORIA UNINORTE

Alunas lançam manual de acessibilidade à informação

Autoras Fabiana e Jamile mostram o TCC e o material de divulgação do Manual de Acessibilidade, que quer tornar a informação mais acessível aos deficientes visual e auditivo

TCC de alunas de Jornalismo se transforma em livro, que será lançado em março As alunas do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo do UniNorte, Fabiana Ferreira, 27, e Jamile Galvão, 21, elaboraram um manual de acessibilidade para televisão a partir do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). A obra será lançada em abril, na 12ª Feira Internacional de Tecnologia em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (Reatech), em São Paulo. O manual ‘Televisão acessível: e agora, como fazer?’ faz parte do TCC que teve como delimitação de pesquisa, os recursos de acessibilidade para sur-

dos e cegos nas TV`s Públicas no Amazonas segundo as normas da ABNT. O material explica, didaticamente, como as TV’s devem usar as quatro ferramentas de acessibilidade para as pessoas com deficiência auditiva e visual: janela de Libras, legenda oculta (Close Caption- CC), audiodescrição (AD) e dublagem. No manual, constam os conceitos de cada item de acessibilidade e o passo a passo do que se deve fazer. O trabalho foi inscrito no Congresso Nacional de Audiodescrição, realizado em Juiz de Fora, em 2012. Atu-

almente, as alunas se preparam para concorrer ao Expocom e o Intercom Jr. do 36º Congresso de Ciências da Comunicação (Intercom). O manual é acessível às pessoas com deficiência visual por meio de audiolivro com audiodescrição e impresso em braile. Já para as pessoas com surdez o material é todo traduzindo em Libras. O projeto tem o apoio do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), através do Espaço Curupira, criado em 2007, com o objetivo de promover a acessibilidade das pessoas com deficiência.

Como tudo começou Há 10 anos, Fabiana Ferreira teve contato pela primeira vez com a comunidade surda. “Perto da minha casa, em Santarém-PA, tinha um prédio da Secretaria do Estado de Educação (Seduc) e lá, eles tinham uma sala de recursos para pessoas com deficiência. Sempre encontrava alguns surdos na parada de ônibus e fiquei encantada com a língua deles, na época nem sabia o que era Libras. Até que um dia soube de um curso de Libras e decidi fazer, precisei sair do meu trabalho, mas até hoje

não me arrependo da escolha”, conta. Em 2009, Fabiana mudou-se para Manaus para se aperfeiçoar na língua e começou a trabalhar nessa área. Depois foi estudar jornalismo e sempre incluía a discussão da acessibilidade nos meios de comunicação, através dos trabalhos acadêmicos. O interesse pela acessibilidade está levando as estudantes a participarem de um grupo de pesquisa na área da audiodescrição no Amazonas pelo Ifam.


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