Ebook MEO Marés Vivas 2016

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O Meo Marés Vivas arrancou a sua 13ª edição, na Praia do Cabedelo, nos passados dias 14, 15 e 16 de julho e a UNDECIDED CLUB marcou presença no festival, para abanar o capacete! Para meter aquela inveja básica, tenho-vos a dizer que foram uns dias muito bem passados, com grande calor, umas sangriazitas à mistura (não muitas, fomos em trabalho!!) e aquele ambiente festivaleiro que nunca cansa o pessoal, até carcaças velhas como nós, que continuam a bater o chinelinho nos concertos!

No primeiro dia do festival, mal tínhamos entrado, e já se viam caras pintadas de néon, braços com desenhos muito artísticos e filas astronómicas para os brindes que acabam sempre no chão! Com aquele sol tão simpático a virar para pôr-do-sol, e aquela vista do rio (típica de uma foto no instagram), todos os factores pediam para estar de bebida na mão e com os braços no ar ao som dos concertos. O palco principal arrancou com um pequeno concerto de Joy Vance, com uma

música muito chill, que começava a chamar o público ao palco para fechar os olhos ao som destas músicas, como foi o exemplo de Closed Hands, full of friends, Casanova, She burns, you and i e Bangor Town. Para terminar em beleza, acabou em forma de tributo, a Prince, com o mediático tema, Purple Rain.


Rapidamente se fez ouvir a segunda artista do dia – Kelis. A cantora, que muitos conhecem pelos seus temas nos anos 2000 (especialmente através dos Morangos com Açúcar), esvoaçou pelo palco adentro, com o seu vestido de seda salmão, óculos fabulosamente grandes e um afro hair perfeito. Acompanhada por um beat que remetia ao Jazz, Kelis cantou e encantou temas como Trick Me, o amado Milkshake, 4th July e Accapella.

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À medida que o dia se tornava numa noite tão quente que não haviam casacos à vista, e com pontualidade inglesa, entra o Sir Elton John, com o melhor outfit que podia existir; um smoking preto com uma rosa enorme vermelha em lantejoulas atrás, e uns sapatos vermelhos que combinavam perfeitamente. Enquanto toda a gente vibrava por estar a ver Elton John em carne e osso, ele entrou com a melhor música possível para abrir o seu concerto “The bitch is back”, seguindo para “Bennie and the jets”. De forma a apresentar o seu novo álbum “Wonderful Crazy Night”, o pianista apresenta logo duas das suas novas músicas “Looking Up” para dançar, e “A good heart”, uma música para

os românticos, dizia ele. Entretanto faz um solo de piano que fazia arrepiar cada pessoa que conseguia ouvir, que introduziu para o clássico “Rocket man”. Seguiram-se músicas icónicas como “Sorry seems to be the hardest word”, “Your Song”, “Tiny Dancer”, “Don’t let the sun go down on me”, “I’m still standing” e “Your sister can’t twist”. Depois daquela retirada típica, em que as pessoas parecem baratas tontas e não sabem se o concerto acabou ou não, Elton John volta para nos deixar com “Candle in the wind” e “Crocodile rock”. É verdade, faltava a música “Can you feel the love tonight”, mas com esta actuação fabulosa, podem crer que ninguém ficou chateado!


A noite estava quase a acabar e os responsáveis por esse trabalho importante eram os portugueses D.A.M.A.. O mais curioso de ontem não foi o concerto, mas sim o facto de ter aprendido que o nome da banda significa o seguinte – Deixa-me Aclarear-te a Mente Amigo. Provavelmente devem estar com o queixo no chão por esta altura, exactamente como estava ontem, mas isso não interessa nada!

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Enquanto deixavam o suspense assentar, como uma contagem decrescente de 5 minutos para entrada, que provocou um berreiro difícil de ouvir do público, os restantes elementos da banda preenchiam o seu lugar; ah pois é, os D.A.M.A. não são só três, toda a banda que os apoia, tanto na voz, como nos instrumentos, fazem com que a conta final seja de quinze!


Passados esses 5 minutos, a loucura instalou-se e eles entraram aos saltos, como se o palco estivesse a arder, a energia era contagiante e o público correspondia totalmente às expectativas! Os hits, que são quase todos, não faltaram, como é o exemplo da “Balada do desajeitado”, “Ás vezes”, “Tempo para Quê?”, “Agora é Tarde”, “Luísa” e “Não dá” e “Não faço questão”. Tocaram também a cover dos Da Weasel “Dialectos de Ternura” e da Natalie Imbruglia, “Torn”. De forma a celebrar o facto de Portugal ter sido campeão da Europa, foi cantado o hino nacional, pelo público e pelos D.A.M.A., com direito a vários gritos que diziam “Portugal Allez”.


O segundo dia continuava tão bom como o primeiro, mas ficou marcado pela lotação esgotada, o que significava que íamos andar aos empurrões e a perder tempo para ir buscar um fino, mas em festivais vale tudo! O fim da tarde e o segundo dia do Marés começou oficialmente com a actuação de Jimmy P. O rapper português, apresentou o seu novo álbum “Essência” e cantou músicas como “Warrior”, “Valer a pena” “Storytellers”, “Não tás a ver”, “On fire” e contou com a ajuda do seu convidado, o cantor Diogo Piçarra, para fazer o dueto de “Entre as estrelas”. Á medida em que começa o início de noite já naquele aquecimento, e o recinto que enchia cada vez mais, entra Dengaz, também rapper português. O concerto arranca com os famosos temas “Rainha”, “Eu consigo”, “Donde vim”. Dengaz convidou também António Zambujo para cantar o mais recente hit “Nada errado” e terminou o concerto com os temas “Tudo muda” e a mediática “Dizer que não”.


Mas, a verdade é que estava tudo à espera de James Bay. Pensava que estava tudo no festival para ver Jimmy P, Dengaz e Lost Frequencies, mas a verdade é que estava tudo em ânsia para ver o menino do chapéu preto. Desde pessoas a sentirem-se mal pelos nervos até cartazes que diziam “James Bay you’re my bae” (bom trocadilho, já agora), ouviam-se berros e o trautear da famosa “Hold back the river”.


Quando ele entrou, o berreiro que se fez ouvir foi uma coisa que nunca ouvi na vida, pior do que os D.A.M.A., todos estavam ali pelo James Bay e para o ouvir cantar! E ele cumpriu, cantou e encantou, com músicas como “Collide”, “Craving”, “If you ever want to be in love”, “Let it go”. Para o final, e para acabar em beleza, fez uma cover incrível de “Proud Mary” e acabou com a música que todos conhecemos dele, em que quase só se ouvia o público a cantar, a “Hold back the river”.


Mas a melancolia de James Bay ter acabado o concerto não durou muito tempo, e isso porquê? Kodaline. A banda irlandesa voltou a Portugal para deixar o público com aquela lágrima marota no canto do olho e para reacender o romance naquele festival. Com afecto à nossa bandeira nacional que lhes foi oferecida, arrancaram logo com a música “Ready”, e percorreram temas como “The one”, “Honest”, “One day”, “High hopes” e “Love like this”. Sempre a gritar por Portugal, a banda mostrava estar super descontraída e pronta para marcar este concerto como inesquecível para todos nós, especialmente quando tocaram a última música, “All i want”, em que todos cantaram a alto e bom som, como se não houvesse amanhã!


Mas o amanhã ainda estava longe, e quem fez esse momento prolongar foi Lost Frequencies, o dj belga fechou o cartaz deste dia, pela noite dentro, com toda a gente a dançar como se tivessem numa grande discoteca ao ar livre! Para além dos famosos temas “Are you with me” e “Reality”, o dj Felix de Laet relembrou as músicas “What is love” de Haddaway, “One more time” dos Daft Punk. E assim tinha acabado o segundo dia, em ambiente de dança e euforia, com pujança para o 3º e último dia do Festival.

O último dia do festival começou através de um grande e quente final de tarde, com a actuação de Beth Orton. Conhecida pela sua colaboração com os Chemical Brothers, nos anos 90, a inglesa pisou o palco principal da Praia do Cabedelo para nos presentar com o seu estilo Folktronica. Ao apresentar o seu álbum recente “Kidsticks”, Beth preencheu o primeiro concerto do festival, e terminou com o tema “Call me the breeze”.


Ao cair a noite, nada seria mais perfeito do que ouvir o próximo artista, Tom Odell. Este, que já tinha pisado o palco português em 2014, quando foi ao MEO Sudoeste, voltou a trazer aquele mood de sexta, com músicas que fazem pensar na vida e mandar mensagens aos mais-que-tudo. Com uma voz do car@lh#, o inglês mostrou o que valia, com os temas “Another love”, “Sparrow” e “Magnetized”.

Bom filho à casa retorna, e claro que estou a falar do grande senhor Rui Veloso! O terceiro acto da noite mostrou-se muito familiar, como se estivesse em casa, mas nunca a desiludir! Com o bom som do rock’n’roll português, mesmo à antiga, Rui tocou famosos temas como “Porto Côvo”, “Primeiro beijo”, “Porto sentido” e “Todo o tempo do mundo”. Para mostrar que depois de 35 anos de carreira ainda tem toda a pujança, Rui Veloso deixou-nos com o “Chico Fininho”, “Não há estrelas no céu” e finalmente a que todos estavam à espera, a “Paixão”, que todos cantaram do princípio ao fim!


O festival terminou com a actuação dos oldschool James. A banda inglesa causou o furor e a loucura, ao entrar com o tocar do nosso hino nacional e a nossa bandeira no ecrã. Depois desse momento indescritível, os James arrancaram o que seria um concerto digno de fechar este festival! Depois de um crowd surfing de Tim Booth, logo após as primeiras três músicas, tocaram vários temas do seu recente álbum “Girl at the end of the world” e os temas mais famosos como “Laid”, “Star”, “Sit down” e “Getting away with it”.

O MEO Marés Vivas terminou a sua edição com tudo a seu favor e já começa a preparar novos nomes e datas para 2017, por isso, até para o ano!



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