Cometa - 40 anos

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COMETA

40 ANOS DE HISTÓRIA



FELIPE de oliveira

2013


EXPEDIENTE EDIÇÃO Um Cultural TEXTOS Felipe de Oliveira COORDENAÇÃO EDITORIAL Daniel Henz e Ralfe Cardoso ORGANIZAÇÃO DAS FONTES HISTÓRICAS Nivaldo Gonçalves Neto ASSISTÊNCIA DE REDAÇÃO E PESQUISA Fernanda Feltes REVISÃO ORTOGRÁFICA Christiane Vieira Soares Toledo ASSISTÊNCIA DE PESQUISA E EDIÇÃO Carmem Julia Fischer e Mônica Neis Fetzner PROJETO GRÁFICO Janine Ledur DIAGRAMAÇÃO Ricardo Lemes | PSJOB ASSISTÊNCIA DE DIAGRAMAÇÃO Lucas Feistauer e Luiz Ricardo Schmidt | PSJOB IMAGENS Acervos Cometa, Honda, Volkswagen, ASSOHONDA, ASSOBRAV, ABRAHY e Prefeituras Municipais IMPRESSÃO Contgraf O48g

Oliveira, Felipe de Grupo Cometa – 40 anos. / Felipe de Oliveira. – 1.ed. – Novo Hamburgo : Um Cultural, 2013. 132p. ; il. : 23,5 x 31,5 cm. ISBN: 97885629911394

1. Grupo Cometa – Revendas automotivas 2. Grupo Cometa – História I. Título CDU 629.11:658.114.5

Bibliotecária responsável: Maria Denise Mazzali Konarzewski CRB 10/843

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APRESENTAÇÃO O Grupo Cometa está completando seus 40 anos de fundação, em 2013. Quando nossa família começou, não poderíamos imaginar que

chegaríamos a tão representativa data. Afinal, são poucas as empresas que resistem tanto tempo no mercado brasileiro. Olhando para trás, contudo, fica uma certeza: não foi por acaso. Passamos por muitas dificuldades até conseguir montar a primeira loja de autopeças, em abril de 1973, na pequena Mirassol D’Oeste (MT). Enfrentamos todas. Acreditamos. E vencemos. A credibilidade que alcançamos, caminhando ao lado das mais importantes marcas do setor automobilístico do mundo – como a Honda, a Volkswagen e a Hyundai – devemos a um valor que nos move: a honestidade. Valor que seguirá a nos mover pelos próximos 40 anos – e para todo o sempre. Hoje, temos o orgulho de poder oferecer a você, leitor, leitora, um registro dessa história. Uma obra que é dedicada a cada um dos colaboradores e colaboradoras, aos atuais e os que passaram pelas nossas vidas, que nos ajudaram – e nos ajudam, no dia a dia – a construir este patrimônio; familiares, amigos... Patrimônio que é muito mais moral do que material; não tem preço! Obra esta que é dedicada também a quem ajudou a concretizá-la. Uma obra que ficará para a posteridade. A sua confiança é o que nos enche de alegria. Temos Paixão em Servir! Faço um convite especial a você, agora, para que descubra um pouco mais sobre o Grupo Cometa nas páginas que seguem. Faça isso e nos dê a honra de tê-lo como parte da nossa história. Uma boa leitura a todos e a todas! Cáceres, Mato Grosso, Brasil. 2013.

FRANCIS MARIS CRUZ Presidente do Grupo Cometa

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SUMÁRIO 07 08 14 24 26 28 66 74 79 87 88 93 97 101 106 111 114 125 131 6

INTRODUÇÃO A FAMÍLIA CRUZ, DOS DESAFIOS À PROJEÇÃO Da COMETA COMEÇA A TRAJETÓRIA DA COMETA: RUMO AO SUCESSO LINHA DO TEMPO IDENTIDADE DO GRUPO COMETA O GRUPO COMETA HOJE: UNIDADES ESCRITÓRIO CENTRAL/DIVISÃO AGROPECUÁRIA/COMETÃO AUTOPEÇAS PROJETOS DE INCENTIVOS AOS COLABORADORES RESPONSABILIDADE SOCIAL INSTITUTO COMETA CERTIFICAÇÕES PREMIAÇÕES DESTAQUES A LIDERANÇA DE FRANCIS MARIS FRANCIS MARIS CRUZ: O PAI, O HOMEM, O EMPRESÁRIO COM A PALAVRA, A FAMÍLIA ENTREVISTAS DOS DIRETORES/GERENTES DEPOIMENTOS DE AUTORIDADES PARCEIRAS COLABORADORES


INTRODUÇÃO O dia era 19 de abril de 1973. Cidade de Mirassol D’Oeste, no Mato Grosso. Nascia o Grupo Cometa. Na época, uma modesta loja de au-

topeças, fundada pela Família Cruz. O Centro-Oeste vivia uma onda de migração e o seu Francisco, o patriarca, sempre esteve atento a esses movimentos, procurando novas oportunidades, contando com o apoio irrestrito e a disposição da matriarca, a dona Irene. O espírito desbravador foi herdado pelos filhos Francis – o mais velho – e Marcos. As filhas Lúcia e Marlene também acompanharam o início da trajetória. Francis acabou levando o negócio adiante e hoje preside um dos maiores complexos empresariais do Brasil. O Grupo Cometa conta com mais de 1.000 colaboradores em todas suas unidades e atua em aproximadamente 250 cidades, dentre os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Pará e Amazonas. Em 2013, o grupo completa 40 anos. Uma história que se confunde com a de Francis Maris, a construção da sua liderança frente ao negócio e a dedicação que sempre teve à comunidade em que atua. Uma história digna de registro. Isso é justamente o que este livro pretende: registrar esse sucesso para as gerações futuras; desde o início difícil, no interior de São Paulo, à mudança para o Mato Grosso, até ganhar o Brasil e o mundo ao lado de algumas das marcas mais importantes no setor automobilístico: Honda, Volkswagen e Hyundai. Você descobrirá detalhes sobre a consolidação da empresa e, antes mesmo da sua existência, da peregrinação da Família Cruz, da perseverança que seria recompensada mais tarde. A seção seguinte dá a dimensão do que é o Grupo Cometa hoje: investimentos em concessionárias de motocicletas Honda; automóveis das marcas Volkswagen e Hyundai; peças para máquinas pesadas com o Cometão; e a agropecuária, um antigo sonho da Família Cruz. Os projetos sociais e o incentivo aos colaboradores, marcas registradas do grupo, também ganham destaque. No final, a palavra do líder: Francis Maris Cruz. Uma entrevista com o empreendedor, seguida pela palavra dos familiares e dos colaboradores mais próximos, aqueles que convivem no seio da Família Cometa. Os próprios colaboradores, aqueles que cresceram no grupo e o ajudaram a crescer, estão representados por entrevistas de diretores que falam da sua trajetória e revelam detalhes sobre estes 40 anos. Nas páginas finais, você confere depoimentos de quem dá credibilidade ao Grupo Cometa, seus parceiros de negócios. E por que o nome Cometa, logo um astro? A história do grupo se encarregará de apresentar a origem do nome, explicando como surge a ideia de batizá-lo assim. O brilho que acompanha Francis Maris, sua família e seus colaboradores, no entanto, não precisa de muitas explicações: um Cometa que brilha no mercado brasileiro.

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A HISTÓRIA DO GRUPO COMETA

1 Irene e Francisco, pais de Francis Maris.

1 A FAMÍLIA CRUZ, DOS DESAFIOS À PROJEÇÃO DA COMETA 1.1 Cometa: O Começo da Viagem

Ainda em luto pela morte de Getúlio Vargas, o Brasil da década de 1950 começaria a emergir do desalento sob o lema “50 anos em 5”. A ousada promessa do Governo de Juscelino Kubitschek prometia uma onda de progresso que atingiria todos os setores da economia. O Programa de Metas passava a incentivar a expansão de indústrias de base e bens de consumo. A diretriz teve sucesso em três de seus tópicos: energia, estradas de rodagem e indústria. Entre 1957 e 1961, o PIB brasileiro cresceu em taxas de 7% ao ano, percentual três vezes maior do que o registrado nos demais países da América Latina. Das indústrias beneficiadas, duas protagonizam a história que começa a ser contada agora: a automobilística e a de autopeças. Os 321.200 veículos produzidos entre 1957 e 1960 obrigaram o desenvolvimento de novas fábricas de peças. No ano de 1955, computaram-se 700; apenas cinco anos mais tarde, em 1960, o número já ultrapassava 1.200 fábricas. É neste contexto que começa a trajetória da Família Cruz. De 1955 a 1961, a construção de 13.000 quilômetros de novas estradas permitiram que os brasileiros tomassem posse do interior de seu país. O endividamento externo, já vultoso nesse momento, encarecia a vida nos centros urbanos e serviria como um incentivo à busca por alternativas. Durante a década de 1970, o Centro-Oeste brasileiro passou por nova onda migratória. O Governo Federal apontava investimentos

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para a abertura de rodovias e de pontes, visando à criação de caminhos para a ocupação da Amazônia e indicando linhas de crédito para o investimento na agropecuária. Vários migrantes apostavam que naquelas terras brotaria um novo “Eldorado”. É quando a trajetória da Família Cruz começa a se misturar à outra história: a do Grupo Cometa. E para entendê-la, como não poderia deixar de ser, é preciso situá-la no tempo e no espaço. Há mais de uma década, homens e mulheres de diferentes lugares do Brasil chegavam ao Centro-Sul e Sudoeste do Mato Grosso, regiões próximas à fronteira com a Bolívia. Os antigos moradores que residiam na região desde a década de 1960 – entre eles povoadores de processos migratórios anteriores –, motivados por terras oferecidas pelo Governo Federal, agora reanimavam a esperança de crescimento. O sucesso parecia depender apenas da vontade e do trabalho daqueles que ali chegassem. Os caminhos ainda eram tortuosos. As estradas, antigas ou novas, sequer eram pavimentadas: atoleiros, buracos, cerrado, vilarejos e cidades distantes compunham um quadro inóspito, agravado pelas chuvas frequentes de verão. Mas os caminhões cruzavam os caminhos com a tarefa de abrir frentes de trabalho e ligar o litoral ao interior, efetivando a ocupação do território. As viagens, em função das dificuldades, eram contadas em dias, e os mais experientes não as realizavam sem o prenúncio de ficarem algumas horas ou dias na estrada, quebrados ou nos atoleiros, esperando auxílio para continuar. A vivência na região era permeada por longas distâncias, que começaram a se atenuar no fim da década de 1970, com o desmem-

bramento do Estado do Mato Grosso. O processo foi concluído em 1º de janeiro de 1979, quando se fundou o Estado do Mato Grosso do Sul, alinhavado em um território de 903.357 km². Enquanto isso, o Mato Grosso contava com 583 km de estradas pavimentadas; as não pavimentadas somavam 3.676 km.

É essa a região que será palco do surgimento de um dos maiores grupos empresariais do Brasil na venda de veículos de duas e quatro rodas. E é também onde fica Cáceres (MT), cidade polo da pequena Mirassol D’Oeste, ponto de partida desse empreendimento.

Se em 1970 a população mato-grossense era de mais de 1,5 milhão de habitantes, em 1980 – após divisão entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – foi reduzida a 1.138.691, o que representava, em 1982, a segunda posição entre os estados brasileiros com menor densidade demográfica. Em outras palavras, 1,2 hab/km², número que ficava a frente apenas do Amazonas. Hoje, com mais de três milhões de habitantes, o Mato Grosso é o 19º Estado brasileiro mais populoso, representando 1,47% da população nacional. Geograficamente, o Centro-Oeste do Brasil, por sua extensão territorial, é marcado por diferentes biomas. O Pantanal atinge os estados do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul e a Bolívia, país vizinho. O Rio Paraguai corta praticamente toda a região, percorrendo uma extensão de aproximadamente 1.693 km. Na depressão do Alto Paraguai, são típicas altitudes entre 150 e 250 m, com ribeirões, rios e matas de maior porte – origem do nome Mato Grosso. Além disso, a forte sazonalidade, associada às frentes frias – “friagens” –, não favorece a ocorrência de muitas espécies vegetais e animais, mas possibilita a sobrevivência de seres associados aos ambientes aquáticos e animais migratórios capazes de aproveitar os recursos da área. A região Centro-Oeste também é caracterizada pelo cerrado, que consiste em uma vegetação de transição com campos e matas – em direção norte, desembocará na Floresta Amazônica.

Vista aérea de Cáceres.

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Mesmo diante dos percalços comuns a uma região até então pouco desenvolvida, pequenos comércios, serrarias e olarias foram surgindo ao longo do caminho e nos núcleos de povoamento, criados em função dos amplos espaços de terras abertos pelas políticas oficiais de ocupação do território. Uma dessas iniciativas foi a construção da ponte sobre o Rio Paraguai, que permitiu a ligação entre os municípios de Cáceres e Mirassol D’Oeste, ainda na década de 1960. Os pequenos empreendimentos tinham o objetivo de suprir as necessidades daqueles que chegavam e passavam pela região, e sua profusão promoveu o desenvolvimento dos vilarejos.

Nesse período, devido à ausência do pai, assumiu, com sua mãe, a coordenação da família. Ajudou a educar e sustentar os irmãos e, além de auxiliar na criação de porcos, aprendeu a fazer coxinhas de frango. Começava, então, a exercitar uma das vocações que a acompanharia durante toda a vida e deixaria marcas importantes na família: o comércio. Conforme dona Irene: “Antes de casar eu só sabia fazer e vender coxinhas. Eu aprendi com minha mãe, quando sugeri a ela que a gente fizesse salgadinhos para pagar as contas. E foi isso o que garantiu nosso pão de cada dia”.

Em meio a esse contexto começaria, em 19 de abril de 1973, uma Sexta-Feira Santa, um novo desafio para a Família Cruz. Na região, o ano anterior tinha sido marcado pelas chuvas, que chegaram a índices históricos. A família teria como destino o então distrito de Mirassol D’Oeste. Uma história de ousadia e perseverança, calcada na honestidade, cujo final, 40 anos depois, ainda está longe de ser escrito.

1.2 Pelos Caminhos da Vida: O Encontro de Francisco e Irene A história da Família Cruz começa em São Paulo, durante a década de 1950. A cidade de Lucélia foi o ponto de encontro de dois jovens trabalhadores, sonhadores, que tinham vontade de crescer e coragem para buscar o novo como principais características. A jovem Irene foi criada em Lucélia e desde muito cedo demonstrava capacidade para enfrentar e solucionar os problemas. 10

Os pais de Francis, Francisco e Irene.

Lucélia, na época da chegada da Família Cruz.

Irene tinha 20 anos quando surge um novo personagem nessa história: seu marido, Francisco Cruz. A jovem adorava dançar; seu pretendente, entre outros predicados, era excelente dançarino. Os destinos cruzaram-se num salão de baile, em meio à alegria da música. Após o casamento, Irene e Francisco viveram algum tempo em Lucélia, onde nasceram Francis, em 1956, e sua irmã Lucia. Pouco tempo depois, o casal muda-se para Pacaembu, ainda em São Paulo.

Francis e a irmã, Lucia.


Francisco, experiente motorista de caminhão, inicia o trabalho como taxista. No entanto, dois meses depois da mudança, o táxi é vendido pelo proprietário. As dificuldades começaram a surgir e a busca por alternativas tornou-se uma necessidade constante. A crise financeira já atingia seu ápice – até os alimentos estavam escassos –Doente, Irene queria fazer uma canja e não tinha a galinha, que conseguiu com uma vizinha que lhe ofereceu. De outro vizinho recebeu um pé de mandioca, com cinco ou seis raízes. Feita a canja, sobraram ingredientes. Irene viu, então, a oportunidade de utilizá-los na produção de salgados e toma a iniciativa de voltar a fazer coxinhas de frango e vender de porta em porta. Em um único estabelecimento Irene chegava a deixar mais de 200 coxinhas, o que era suficiente para sobreviverem.

E deu certo. O ofício que já tinha lhe ajudado a superar as dificuldades seria novamente a solução, possibilitando o reestabelecimento da família. Dona Irene afirma: “Eu comecei a vender coxinhas escondida do Francisco. Aos poucos, pude pagar todas as nossas contas e ele aceitou que eu trabalhasse quando percebeu que o negócio tinha dado certo”. Em pouco tempo, ele e Irene passaram a trabalhar juntos. Os momentos difíceis reafirmavam a força de um exemplo importante para Francis e seus irmãos: a persistência da Dona Irene. A família conseguiu até adquirir uma casa própria. A Família Cruz parecia satisfeita com o comércio. Francisco não falava mais em ser motorista. Até que um dia, no início da década de 1960, a oportunidade de voltar para a estrada bate à porta: um antigo patrão oferece um emprego de caminhoneiro, que exigia viagens ao Mato Grosso – mais especificamente, à região de Vicentina, no atual Mato Grosso do Sul. Poucas viagens foram suficientes para Francisco se entusiasmar com o potencial de crescimento da região. A “posse do interior” era incentivada pelo Governo Federal e àquela época um grande contingente de migrantes já contribuía para a expansão do território. Seduzido pela oportunidade, Francisco volta para Pacaembu animado com a ideia de começar vida nova. A família vende a casa em São Paulo e ruma para o Centro-Oeste, para terras que abrigariam um dos maiores grupos empresariais do país e que renderiam frutos que, naquele momento, ainda não tinham nem sido plantados.

1.3 Rumo ao Centro-Oeste: Desbravando o Interior do Brasil Vicentina localiza-se ao sul do atual Mato Grosso do Sul, a 10 km da margem direita do Rio Dourados, na altura da MS 376 (rodovia que liga Dourados à Glória de Dourados). O lugarejo surge na década de 1950, com a presença de migrantes do interior paulista, atraídos pela pujança que as lavouras da região prometiam. Na década seguinte, ainda apresentava ótimas oportunidades de negócios e continuava atraindo novos moradores, entre eles a Família Cruz, que chegou em 1961. Chegando à Vicentina, Francisco ficou sem o emprego prometido, mas surgiu a oportunidade de adquirir um pequeno bar. Sujo, cheio de baratas, pequeno: o estabelecimento desagradaria a qualquer um. No entanto, a primeira medida tomada pela família foi aproveitar a oportunidade. Antes de abrir o bar, uma faxina geral transformou o ambiente. Deste momento em diante, a habilidade de Irene para produzir doces e salgados fez com que o balcão do bar ficasse sortido: coxinhas, pastéis, quibes e bolo, além de um café “bem forte”. A proximidade com uma escola aumentou a freguesia. Segundo Dona Irene, “a molecada chegava e queria bolo de aniversário e coxinha. Aí, foi um e outro e daqui a pouco a novidade pegou. Em uns dois, três dias, a freguesia já tinha aumentado bastante. Logo, começamos a adquirir sítios na região; os sítios eram a paixão do Francisco”. A passagem de caminhoneiros na região, até então sem opção para as refeições, também contribuiu para o faturamento: Irene passou a oferecer almoço e janta no bar para os inúmeros novos fregueses.

Irene com os filhos.

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Enquanto Francisco se dedicava aos sítios durante alguns dias da semana, Irene e as crianças trabalhavam no bar. Francis, na época com cinco ou seis anos de idade, já demonstrava sua disposição para colaborar: como Irene ficava na cozinha preparando os doces e salgados, Francis permanecia cuidando do balcão; quando o freguês entrava, o menino gritava “Mãe, tem gente!”. Além disso, ajudava na limpeza do bar. Apesar de se envolver com as tarefas que a mãe lhe encarregava durante o dia, Francis manteve os estudos. A exigência, o incentivo e a supervisão eram da mãe, que tinha sido responsável por seus irmãos e irmãs, e agora incutia nos filhos os mesmos valores. Francis sempre trabalhou, mas nunca deixou de estudar. Aos poucos, transformou-se em um exemplo para a própria família.

O serviço no bar absorvia muito tempo da família. Diante disso, toma-se a decisão de vender o estabelecimento e ficar somente com os sítios. Francisco foi trabalhar comprando e vendendo gado.

segunda vez. O comércio de gado não deu os resultados pretendidos e as dívidas foram se acumulando. As contas no armazém ficaram pendentes por dois anos. De acordo com Francis Maris:

No período em que resolveram viver com os negócios relacionados à compra e venda de gado, Irene manteve a casa na área urbana, em Vicentina, e continuou servindo refeição aos viajantes e motoristas de caminhão. Francis e o irmão caçula, Marcos, tinham agora novas funções: o fogão de pó de serra de madeira utilizado para fazer as refeições exigia a reposição constante do estoque de serragem e os meninos eram os responsáveis por buscar o material na serraria. Além de carregar o “pó de serra” para o fogão de sua casa, Francis aproveitou a oportunidade e começou a vender o produto para os vizinhos. Com o lucro, comprou seu primeiro relógio, a prestações, numa transação aprovada pelos pais, que autorizaram a compra.

Nós íamos comprar arroz, víamos o arroz no armazém, e quando perguntávamos se tinha, o dono falava que não; que tinha acabado e que não estava vendendo. Hoje, eu entendo a posição dele. Dois anos devendo é muita coisa! Ele foi até muito generoso. Mas na época ficava com raiva porque estava com fome, não tinha o que comer e ele não queria mais vender fiado.

Diante dos problemas com a venda de gado, que já não garantiam o sustento da família, a solução foi buscar um novo bar para retomar a atividade anterior, que havia dado uma boa condição financeira. Enquanto isso, Irene se desdobrava preparando refeições para os caminhoneiros e viajantes. Francis, descontente com os

O espírito empreendedor foi precoce em Francis. Na infância, ele organizava e fazia parquinhos, montava balanços e cobrava dos outros meninos para usarem os brinquedos que ele e seu irmão construíam. Saíam atrás de madeiras e inventavam novas diversões, sempre diversificando o “negócio”. As brincadeiras dividiam espaço com o trabalho e os estudos. A leitura também tinha tempo garantido na rotina de Francis. Entre os passatempos prediletos, estavam os gibis. O personagem favorito, curiosamente, era o bem-sucedido Tio Patinhas: “O Tio Patinhas era meu personagem preferido, porque ele sempre ganhava dinheiro”, afirma Francis Maris.

A pecuária era uma das predileções de Francisco.

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Enquanto as histórias em quadrinhos permitiam que Francis sonhasse com seu futuro, a crise financeira atingia a família pela

O milionário Tio Patinhas, personagem favorito de Francis na infância.


serviços de casa, que ficavam sob a sua responsabilidade, ouviu da mãe que se não quisesse colaborar daquela forma, seria necessário procurar um serviço fora de casa. Foi nesse período, com apenas 13 anos, que ele conseguiu um emprego de office-boy, no Escritório Líder de Contabilidade, propriedade do senhor Eta. Fazia pagamentos e levava notas fiscais para as empresas da região.

ele conseguia terminar outros serviços, o que o deixava satisfeito; mas, principalmente, não corria o risco de ser atacado pelos cachorros que ficavam soltos nas ruas escuras do caminho que fazia até a sua casa. No outro dia, cedo, Irene acordava o filho, que relutava em levantar, mas logo rumava para as suas atividades diárias, já que os clientes esperavam o bar abrir para tomar café.

O novo trabalho é suspenso quando a família pede que Francis assuma as tarefas do estabelecimento. A rotina tornou-se mais dura: era preciso acordar bem cedo para abrir o bar para o café da manhã e o fechamento dificilmente acontecia antes da meianoite. Naquela época, Vicentina ainda não contava com água encanada e a energia elétrica era fornecida por um motor, ligado às 18 horas e desligado à meia-noite. Assim, a geladeira do bar era movida à querosene e os copos, lavados numa bacia. Conforme Francis Maris, “a bacia que servia para lavar os copos era chamada por nós de ‘mela copo’, porque era usada pra lavar copos de leite, de café, de cerveja, e o caldo ia ficando grosso e a gente, cansado, ficava com preguiça de trocar a água; tinha que buscar no poço”.

A rotina foi assim até 1972. Nesse período, rumores davam conta de que novos lugares estavam atraindo investimentos. Entre eles, vez ou outra alguém comentava sobre Mirassol D’Oeste, no Estado do Mato Grosso. A vontade de buscar o “Eldorado” fazia parte da Família Cruz e aos poucos uma mudança foi sendo vista como a melhor opção. Sem medo de recomeçar, Francisco, Irene e os filhos decidiram que era hora de desbravar, ainda mais, o interior do Brasil. De acordo com o irmão mais novo, Marcos Cruz:

O bar ocupava grande parte do tempo de Francis, mas os estudos não eram deixados de lado. Por volta das 17 horas, aguardava a chegada do irmão mais novo para que assumisse seu posto. De vez em quando, Marcos se atrasava por ficar jogando bola com os amigos depois das aulas. Francis ficava ansioso para ir para casa tomar banho e se preparar para a escola. Por volta das 22h30min, saía da aula e voltava ao bar para atender até o momento de fechar. Na maioria das vezes, empurrava os últimos clientes para fora, inclusive com os copos de pinga na mão. Assim, conseguia fechar antes do desligamento do gerador de eletricidade do vilarejo. Nessas noites,

não investir em uma loja de autopeças?

RR

AP

AM

Meu pai queria uma mudança, mudar de cidade, novos rumos. Minha mãe também. Isso prova é que ele era um bandeirante. Quando começou a chegar asfalto, energia e telefone em Pacaembu, ele mudou para Vicentina, que não tinha nada. Depois, quando começou a chegar em Vicentina, quis mudar de novo.

A Família Cruz parte para Mirassol D’Oeste, atraída pelo potencial de crescimento da região. A ideia inicial era se instalar no município e montar uma loja de materiais de construção. Apesar das más condições das estradas, a viagem transcorria bem, até que, na parte final do percurso, um problema mecânico impede a família de chegar ao destino. As peças para o conserto do carro somente eram encontradas em Cuiabá e ir até a Capital levava mais de uma semana. Diante do imprevisto, a ideia de uma loja de materiais de construção deixa de ser a resposta ideal para os negócios: por que

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Mirassol

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Vicentina

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A HISTÓRIA DO GRUPO COMETA

2 Vista aérea de Mirassol D’Oeste.

2 COMEÇA A TRAJETÓRIA DA COMETA: RUMO AO SUCESSO 2.1 Mirassol D’Oeste: Autopeças? Pra quê? Em abril de 1973, Mirassol D’Oeste era o destino. O objetivo? Recomeçar; crescer. As economias trazidas de Vicentina renderam uma casa e um sítio. Mas por que Mirassol D’Oeste? Cidade ainda sem infraestrutura se comparada aos grandes centros... Marcos Cruz arrisca uma explicação: o aprendizado que a família teve com os antecessores portugueses e espanhóis; povos desbravadores. “Acredito que essa coragem foi forjada nas conversas com eles [antecessores]. Eles tinham um ditado: um lugar bom para ganhar dinheiro é onde tudo está começando. Não onde já está tudo formatado”, defende Marcos. Neste período, Francis se separa da família e vai para Lavínia, em São Paulo, terminar o Ensino Fundamental; depois para Campo Grande (MS), para fazer o Ensino Médio. Só que a experiência dura pouco. Irene busca o filho para que volte com ela a Mirassol D´Oeste. Era preciso ajudar a família. Mesmo recebendo a notícia com tristeza, Francis retorna e reassume a responsabilidade de contribuir para a superação das dificuldades.

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Problemas de deslocamento e a inserção num novo ramo contribuem para que o negócio demore até se consolidar. Em negociação frustrada, para prover a loja das peças necessárias, a promessa de uma excelente compra traduziu-se na venda de um carregamento inteiro de peças de fundo de estoque. A situação agravou a crise da família, que investiu na remessa e acabou com uma imensa quantidade de materiais sem saída na loja. As dificuldades inquietaram dona Irene, que decidiu ir a São Paulo comprar mercadorias e roupas para revender. As viagens a São Paulo tornaram-se constantes. As vendas de roupas, bijuterias e sapatos deram algum resultado, apesar das dificuldades que o deslocamento impunha, principalmente no período das chuvas. Na região, o problema foi resolvido pela compra de um carro, que Francisco ou os filhos Marcos e Francis dirigiam para auxiliar nas vendas de porta em porta e nas cidades vizinhas, como São José dos Quatro Marcos, Jauru, Araputanga e Cáceres. Um bazar na sala de casa complementava a receita familiar. Nas viagens a São Paulo, Irene não dispunha da comodidade do carro, o que gerava transtornos: o trecho entre Cuiabá e Cáceres era difícil; era comum ônibus ficarem presos em atoleiros ou quebrados no meio do caminho. Enquanto alguns passageiros eram obrigados a pegar carona para chegar aos destinos, Irene ficava na estrada, cuidando da volumosa mercadoria que trazia das incursões à cidade grande: as malas vazias voltavam à Mirassol D’Oeste cheias de roupas. Foi em um desses episódios que Irene, após dois dias à espera do conserto do ônibus, conheceu um representante comercial

de autopeças, que indicou um escritório em São Paulo, no qual ela poderia adquirir mercadorias. Na primeira oportunidade que teve, Irene procurou o escritório recomendado e, ao ser atendida, solicitou as peças da lista que os filhos tinham confeccionado a partir de pedidos de clientes. Até aquele momento, a autopeças se mantinha praticamente somente com encomendas. O vendedor, então, ofereceu uma série de mercadorias que poderiam ser compradas a prazo. Dona Irene conta como foi: Eu estou com pouco dinheiro, isso aqui é uma encomenda, mas a gente está começando. ‘Não Dona Irene, vamos fazer assim: a senhora hoje não paga nada, tem 15 dias de carência, depois 30, 60, 90... Dou até 120 dias pra senhora. Mas que carro que tem lá?’ Aí eu fui falando: Jeeps, C10, F1000, Caminhão 1113 da Mercedes. ‘Então, a senhora pode levar isso, levar aquilo; pode levar tanto disso, tanto daquilo.’ Eu fiz uma compra de 20.000 cruzeiros, no dinheiro daquele tempo.

O nome escolhido para a loja homenageava a Viação Cometa, onde Francisco sempre sonhara em trabalhar.

Quando Irene contou a novidade, a família ficou apreensiva: o valor era alto e deveria ser pago num curto prazo. No dia em que a Kombi chegou com as mercadorias, porém, Irene não permitiu que ninguém abrisse as caixas: pegou os meninos e foram todos para a igreja pedir bênçãos para as vendas. Em pouco tempo, o retorno do investimento apareceu. O atendimento na loja tornou-se integral. Os meninos acordavam a hora que precisasse – uma, duas da madrugada – para auxiliar os fregueses. As autopeças só tendiam ao crescimento. Finalmente a vida parecia ter tomado o rumo que dona Irene, seu Francisco e os filhos, imbuídos do mesmo sonho, perseguiram. Irene com os filhos Francis e Marcos.

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2.2 As Autopeças: O Cometa se Projeta O nome escolhido para batizar a loja de autopeças era Guadalajara. A Seleção Brasileira havia ganhado a Copa do Mundo de Futebol, em 1970, no México, com um time espetacular, e aquele acontecimento ainda mexia com o imaginário popular. Alertados da efemeridade do nome pelo amigo Zezinho (dono de uma loja de tecidos local), a família muda de ideia. O exercício proposto pelo amigo era refletir sobre um sonho. Eis que o sonho de Francisco sempre foi o de ter sido motorista de ônibus; motorista da empresa paulista Viação Cometa. A reflexão era suficiente: tinha início, assim, o Grupo Cometa, em 1973, a partir de uma loja de autopeças homônima. O slogan: “Temos de tudo para o seu carro”. Os primeiros anos foram difíceis, mas a visão empreendedora da Família Cruz fez com que o negócio, ao invés de declinar, se projetasse. Marcos atendia na loja de autopeças; Francis ajudava a mãe no bazar, carro-chefe dos lucros naquele momento. Em 1974, Marcos toma outro rumo e se muda para Vilhena (RO), o que obriga Francis, ainda sem muito envolvimento com o novo negócio, a assumir a loja. O trabalho consistia em anotar os pedidos dos clientes e encaminhar a lista para que Irene comprasse as peças nas suas idas a São Paulo. Aos poucos, a loja de autopeças se expandiu. A experiência de percorrer outras localidades estimulou a abertura de filiais ao longo da primeira década do negócio. O crescimento do grupo dependia do atrevimento de se aventurar por regiões assoladas por longos períodos de chuva e precárias condições de tráfego. A dificuldade aumentava de acordo com circunstâncias externas: a década foi 16

marcada por duas grandes crises do petróleo. O aumento do valor do recurso natural em aproximadamente 300% gerou sérios impactos à economia mundial. Mesmo assim, a Cometa insistia em crescer. Assim, em 1976, abriu-se a primeira filial, em Araputanga (MT); em 1977, a loja em São José dos Quatro Marcos; e, em 1978, Pontes de Lacerda e Jauru. No ano de 1980, a loja de Mirassol D’Oeste ganha um novo espaço, justamente quando ocorre a segunda crise do petróleo. Loja da Cometa em Araputanga.

Loja adquirida pela Cometa em Pontes e Lacerda.

Loja de São José dos Quatro Marcos.

Primeira loja Cometa Autopeças, em Mirassol D´Oeste.

Nova loja Cometa Autopeças, em Mirassol D´Oeste.


Outro entrave que dificultou a expansão foi a precariedade da comunicação. Sem dispor de telefone, fax ou telex, a Cometa optou pela aquisição de um rádio amador. Esse era um expediente já conhecido de grandes empresas da região e de imponentes fazendas de gado, mas não era comum em empresas pequenas, iniciantes. A aposta já reafirmava a presença constante do empreendedorismo e da criatividade na história da Família Cruz. Apesar dos esforços, a falta de estrutura de Mirassol D’Oeste obrigava a família a procurar o polo regional mais próximo, Cáceres, que contava com uma rede mínima de bancos e um telefone para a realização de ligações interurbanas. A necessidade de tratar de negócios obrigava Francis a ir todas as segundas a Cáceres. Era o dia em que ele solicitava, no mínimo, 20 ligações diferentes à telefonista para resolver problemas, solicitar peças às empresas paulistas, entre outras questões. Quem fez parte dessa etapa da história do Grupo Cometa lembra com orgulho. É o caso de Sidnei Matos. Atualmente, ele mantém seu próprio negócio no setor de veículos. Começou sua carreira, no entanto, nas Autopeças Cometa, como office-boy, um dos responsáveis pelo “pra lá e pra cá” de documentos numa época de comunicação difícil, e chegou ao posto de diretor do Grupo. Só foi sair para ser empreendedor. E destaca que: Apesar de toda a dificuldade que enfrentamos nessa época, o espírito empreendedor do Francis sempre nos fez acreditar que daria certo. As Autopeças Cometa estavam à frente porque tinham um líder inovador, que não desistia na primeira dificuldade. Um líder que encurtava as distâncias a partir de alternativas criativas e muita perseverança. Para mim é uma honra fazer parte dessa história.

Reduzir as distâncias e ter um ponto de controle era fundamental e o rádio amador, por um bom tempo, cumpriu essa tarefa. Longe de encontrar uma estrutura ideal, as dificuldades não impediram o crescimento e a intenção de chegar ao consumidor, mesmo que ele estivesse nos lugares mais remotos. Aos poucos, essa foi tornando-se a filosofia do grupo. As situações adversas eram uma rotina que compunha um quadro de superação: a composição geográfica da região, com estradas de terra; longas distâncias entre os núcleos urbanos; baixo índice demográfico; infraestrutura deficitária; etc. Obstáculos que só se impunham a quem escolhia o interior do Brasil como ponto de partida. De qualquer forma, a Família Cruz não se restringiu a investir em autopeças. Investiu também em terras e gado e já lidava com o comércio de veículos.

Naquela tarde, Francis fora buscar três Fuscas, frutos da compra de cotas de consórcio. Na época, um dos negócios mais rentáveis era a compra de consórcios de quem não pagava as parcelas estabelecidas e a revenda dos carros. Assim, Francis comprava as cotas por um preço razoável, retirava os veículos e revendia. O carro de maior destaque naqueles tempos era o Fusca; tinha comprador garantido. Mas ao passar na frente da revenda de motocicletas, Francis se deparou com o novo lançamento da Honda, o primeiro modelo da cidade de Cuiabá. Um artigo raro naquela região, um luxo a que poucos se atreveriam.

2.3 Duas Rodas: Vendendo Motocicletas onde não tem Asfalto

Em Cuiabá o calor era escaldante. A chuva havia parado e à tarde o sol mostrou toda a sua intensidade na região Centro-Oeste do país. O ano era 1982. Francis para na frente de uma concessionária de motocicletas e o brilho das letras douradas ofusca os seus olhos; era como se aquela Honda CB400II, cor vinho, piscasse para ele. Ao entrar, logo pergunta ao vendedor: “Quanto custa?” Sem querer, começava ali o negócio que se tornaria a verdadeira vocação do Grupo Cometa: o comércio de motocicletas Honda.

Ao entrar na revenda, Francis interpelou o vendedor: “Quanto que é essa motocicleta?”. “15.200”, ouviu como resposta. O Fusca na época custava 14.000 cruzeiros. Francis emendou: “Te dou um Fusca por ela”. O vendedor na hora pediu um retorno de 1.200 cruzeiros. Francis foi falar com o supervisor, que fez uma proposta de 1.000. Já o gerente fez por 700 cruzeiros. “Não!”, reafirmou Francis: “Quero falar com o diretor”. Este deixou, então, por 500 cruzeiros. “Não”. A 17


solução era conversar com o dono da revenda, que, enfim, autorizou o negócio. Segundo sua lógica, o Fusca seria muito mais fácil de vender do que a motocicleta e, assim, o prejuízo seria anulado. Negócio fechado. Francis manda embalar a motocicleta e despachar para Mirassol D’Oeste. A perplexidade na revenda foi geral. Como esse modelo tão especial de motocicleta vai parar numa cidade que não tem nem asfalto? Não havia o que fazer, a motocicleta iria para Mirassol D’Oeste mesmo. Consternados e com pesar, já que a primeira motocicleta da revenda circularia por ruas e estradas de terra, os funcionários finalizam a compra. Um novo capítulo, de uma série da CB400II, cor de vinho e com inscrições douradas, começava. Quando chegou em casa, a primeira indagação de sua mãe foi certeira: se haviam três cotas de consórcio, porque só havia dois Fuscas? Dada a resposta, dona Irene reclamou: fazer uma transação tão descabida, uma motocicleta por um Fusca, que era o carro da época? Em seguida, a questão passou a ser para quem era a motocicleta. Francis prontamente respondeu que seria um presente para o irmão, Marcos. Até hoje, Irene lembra que pensou que Francis tinha enlouquecido: Marcos estava acostumado a andar em motocicletas de baixas cilindradas, 50, 100, emprestadas pelos amigos, e na maioria das vezes caía e se machucava. O que poderia acontecer numa motocicleta quatro vezes mais potente? Mirassol D’Oeste não tinha asfalto, as ruas encascalhadas tinham vários buracos e se derrapava com facilidade. Diante desses fatores, e para a felicidade da família – principalmente de Francis – o irmão foi obrigado a tornar-se mais cuidadoso e nunca caiu com a motocicleta. De acordo com Francis Maris: “Graças a Deus ele nunca caiu com a CB. Como aquela era a motocicleta mais bonita e mais 18

cara na época, ele cuidava dela. A partir dessa paixão nossa por motocicletas, pedimos à Honda para sermos concessionários”. Com a aquisição da CB400II, nascia a ideia – e também a batalha – de se tornar um revendedor Honda. Os irmãos buscaram o endereço da montadora em São Paulo no manual de garantia da motocicleta e mandaram uma correspondência solicitando a abertura de uma concessionária em Mirassol D’Oeste. O pedido foi negado. Abriu-se a possibilidade, contudo, de que uma concessionária fosse montada por eles em Cáceres. O interesse foi imediato: os dois foram para Cáceres, alugaram um salão e levaram um inspetor da Honda, que aprovou o espaço. O passo seguinte seria contratar mecânicos, eletricistas e pecistas para fazer o curso da fábrica. Com todos os encaminhamentos feitos para a abertura da firma, um fatídico telegrama da Honda avisa que os irmãos Cruz haviam sido preteridos em favor de outro grupo na abertura da concessionária. A marca alegou que houve um problema de comunicação entre os escritórios de Brasília e São Paulo e que a última decisão já estava tomada: a concessão iria para o dono de uma concessionária de carros.

Eu peguei a motocicleta e fui fazer uma viagem por 17 estados brasileiros. E passamos em Brasília, no escritório Regional da Honda. Comentei que tínhamos pedido a concessão. Falei com o gerente regional. Ele gostou muito da ideia: ‘pô, o camarada que pediu uma revenda tá andando de motocicleta; fazendo uma viagem dessas. Merece’. Na época, foi a maior viagem de motocicleta do Brasil.

A atitude de Marcos sensibilizou a diretoria da marca japonesa. O comentário do gerente na época não poderia ser mais oportuno: “Realmente, vocês gostam de motocicleta!”. A Honda demonstrou interesse em abrir concessionárias em Vilhena e Ji-Paraná, no Estado de Rondônia. Os irmãos não tiveram dúvida em afirmar que gostariam de ficar com as duas. Reticente, a Honda liberou somente a concessionária de Vilhena, que foi inaugurada em 1984. Logo em seguida, em 1985, eles já compravam a concessionária de Cáceres. Começava a saga do Grupo Cometa: vender motocicletas onde não tinha asfalto!

A recusa foi um duro golpe nas pretensões de Francis e Marcos. Entretanto, e como sempre, eles não se renderam na primeira dificuldade. Em 1982, Marcos organizou uma viagem de motocicleta com amigos por diferentes Estados brasileiros. Um dos objetivos era ir ao escritório da Honda em Brasília e questionar o motivo da negativa da marca em liberar a concessionária. A viagem rendeu até reportagem numa conceituada revista especializada em duas rodas. Conforme comenta Marcos Cruz: Cometa Cáceres.


2.4 Entre as Autopeças e as Duas Rodas: Alinhando a Trajetória O Brasil passava por um processo de abertura política, na década de 80, com a ditadura militar terminando. O país se preparava para a redemocratização, depois de quase 30 anos. Os planos econômicos se sucediam com o objetivo de fazer crescer a economia e gerar desenvolvimento, mas principalmente estancar a inflação, que atingia índices inimagináveis. Foi preciso ter muita persistência para fazer com que o Grupo Cometa não só atravessasse a crise, como saísse fortalecido dela. Inicialmente, a escolha pelo setor de duas rodas alavancou ainda mais o empreendimento, e o crescimento do grupo que se firmava resultou em bons rendimentos; que foram, inclusive, reinvestidos, principalmente na compra de gado. Entretanto, ao final do ano de 1986, o Plano Cruzado gera um imenso impacto na economia brasileira, devido ao congelamento dos preços, aluguéis e salários. A simultânea elevação no consumo causa queda na produção e dependência de importações. A crise pega desprevenidos diversos empresários, que veem seus investimentos ameaçados, sobretudo aqueles que tinham buscado crédito junto a instituições bancárias. Os juros aumentaram violentamente e houve um momento de desabastecimento. Os produtos simplesmente sumiram das prateleiras. O momento refletiu diretamente no Grupo Cometa. Afora o investimento realizado com o gado não ter produzido o retorno necessário, impedindo o pagamento das dívidas contraídas, o período imediatamente posterior ao desabastecimento implicou no envio, pelas empresas, de uma quantidade grande de produtos para as lo-

jas. Vendas estagnadas, problemas com os altos juros imputados às duplicatas vencidas. O quadro era desanimador: os irmãos Cruz começaram a se dar conta da dimensão do problema ao verificar que o patrimônio do grupo e da família era inferior às dívidas. O problema parecia insolúvel. Conforme Francis Maris: A década de 80 foi difícil: vendíamos poucas motocicletas. Algumas ficavam expostas por um ano inteiro sem ser vendidas. Em função da dificuldade de vender em um lugar só, começamos a vender motocicletas na rua e em vários municípios menores do Mato Grosso.

Como arranjar uma solução para uma situação tão drástica? Depois de tantas dificuldades, de uma infância difícil, mas que deixou ensinamentos valiosos, Francis e Marcos, ao invés de se retraírem, tiveram o arrojo de bancar novos investimentos. Essa era a forma de reorganizar as finanças, saldando dívidas e apostando em novas áreas. A escolha foi fruto de uma reflexão que há tempos se manifestava: a construção de um hotel em Mirassol D’Oeste que tivesse ótima estrutura para receber possíveis investidores, assim como vendedores. A região parecia propícia ao investimento: mesmo em épocas de dificuldade econômica, sempre figurava entre os planos de investimento dos governos federais que se sucediam. Além disso, o município crescia e era caminho de ligação do Estado do Mato Grosso com Rondônia, mais especificamente com o município de Vilhena, que não tinha aeroporto. A viagem era rodoviária e, por consequência, a passagem por Mirassol, inevitável.

Hotel construído pela família Cruz, em Mirassol D’Oeste.

2.5 A Separação: Estrelas de Brilho Próprio Em dado momento, os projetos estratégicos e empresariais separariam os irmãos. Surgia a necessidade, então, de desfazer a sociedade. Não foi uma decisão simples. E não só porque envolvia uma série de bens adquiridos ao longo de quase 20 anos, mas também porque Marcos e Francis, que sempre trabalharam juntos, continuariam seus empreendimentos sozinhos. Ficava a dúvida: se unidos conquistaram tanto, como seria deste momento em diante? O espírito empreendedor da família indicava que um só negócio era pouco para dois líderes natos. Ao dividir a sociedade, foi necessário contar com o auxílio de pessoas de extrema confiança. No processo, mais do que nunca, dois valores seriam necessários: honestidade e honradez. Ficou acordado que Cesar Araújo e João Cruz, amigos de longa data de Francis e Marcos, seriam convidados a conduzir o negócio. Reunidas as partes 19


com os mediadores, se deu o processo de partilha. As lojas foram divididas com equidade. As fazendas eram uma paixão de Francis herdada do pai e Marcos não tinha interesse de ficar com elas naquela momento. Foi fácil decidir com quem elas ficariam... Mas havia uma dificuldade: o hotel de Mirassol D’Oeste, que acumulava dívidas provenientes de seu financiamento. Depois de uma rodada de conversas, os mediadores expuseram a sua solução: o hotel ficaria com os dois. Diante de um momento de hesitação de ambas as partes, a justificativa foi apresentada com a devida imparcialidade, indicando que, em função do valor da dívida, não seria possível nenhum dos dois arcar sozinho com o compromisso. Se um dos dois o fizesse, estaria fadado à falência. Portanto, as dívidas também seriam objetos da divisão entre os irmãos. Eis que se fazia a partilha do Grupo Cometa, nome que, aliás, ficou em definitivo sob a responsabilidade de Francis, que por muito tempo, por uma condição natural da sua personalidade, havia tocado os negócios da família. Engana-se, no entanto, quem acha que Marcos se afastaria dos astros – e da venda de veículos. Fundaria o Grupo Canopus, que hoje é também um dos maiores do país no setor. Os desafios para Francis eram infindáveis. Este seria, mais uma vez, um recomeço, somado ainda a um novo ingrediente: a ausência do irmão. Pensar uma trajetória sem a companhia de Marcos era quase impossível num primeiro momento, já que com ele compartilhara toda sua história até então. Entretanto, as experiências anteriores e o faro para os negócios fizeram com que o Grupo Cometa seguisse seu caminho permeado pelo sucesso. A partir da década de 1990, os anos foram de crescimento, expansão e consolidação do negócio de motocicletas Honda, possibilitando avançar para o setor de quatro rodas, com a Volkswagen. 20

Fachada da primeira Cometa Center Car, em Ariquemes.

As lojas de autopeças foram dando lugar, gradativamente, para as concessionárias Honda, sendo que no início da década de 1990 as atenções do grupo se voltaram quase que exclusivamente para esse segmento. O espírito bandeirante levou o grupo a extrapolar as fronteiras do Centro-Oeste brasileiro. A equipe estava onde parecia não haver caminho e, ao enfrentar buracos, atoleiros e muita poeira, desvendava os territórios pantaneiro e amazônico. Os negócios avançavam pelo norte do Mato Grosso e por diferentes estados da região Norte. Francis não perdia a oportunidade de abrir uma nova concessionária, ou um novo ponto de venda. Pará, Amazonas, Acre, Rondônia. Não havia fronteira ou dificuldades que o grupo não enfrentasse no intento de procurar o cliente, onde ele estivesse, com “paixão em servir”.

Sidnei Matos, que na época já galgava postos mais elevados na administração do Grupo, avalia que dois fatores foram determinantes para que o momento de transição fosse superado com êxito: Eu diria que a força de vontade do Francis foi o fator mais importante. Ele nunca entrou num negócio sem a certeza de que daria certo. E isso contagia quem trabalha com ele. Outra coisa fundamental foi o know-how adquirido ao longo dos anos anteriores, com as lojas de autopeças. O Francis já conhecia todas as etapas importantes para a manutenção de um negócio; para o sucesso nas vendas.

As distâncias se somavam a vários obstáculos, como os atoleiros.


tar uma estratégia de logística muito bem organizada, com o objetivo de oferecer suporte para cada uma das unidades. Era preciso, então, que houvesse uma estrutura capaz de levar as motocicletas aos clientes, tanto para venda direta, como para os contemplados com os consórcios.

Caminhão com as motocicletas enfrentava diversas dificuldades no caminho da entrega.

O próprio Francis assumiu a liderança desse processo e começou a realizar a venda direta de motocicletas pelo interior do Mato Grosso e Região Norte. Além das cotas de consórcio, o grupo investiu, em um primeiro momento, em alguns veículos para levar as motocicletas a estas localidades. Uma Saveiro comportava duas motocicletas na caçamba e puxava, ainda, uma carretinha, para que se pudesse transportar mais duas. A liderança que Francis Maris firmou fez a diferença. Ficou clara a vocação que lhe acompanha desde criança: o comércio estava em suas veias.

O esforço de vendas incluía longos trajetos para levar as motocicletas até os clientes.

Entretanto, os negócios foram crescendo e com eles o processo de venda direta. Logo, o grupo investiu em caminhonetes com capacidade superior, para levar mais e mais motocicletas.

As condições das estradas aumentavam o tempo das viagens.

Além disso, era preciso levar a mercadoria até o cliente, apresentar a melhor proposta, acreditar nas pessoas e ter a honestidade como condição. As concessionárias Cometa Motocenter tinham pontos de vendas em várias localidades e cidades da região, atingindo a mais de 250 cidades. A situação obrigava o grupo a mon-

Comitiva da Cometa em viagem realizada com avião do Grupo.

Caminhão de entrega de motos.

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O potencial que o setor de duas rodas demonstrava desde o início da década de 1980, com a CB 400II, começava a dar resultado. Toda a experiência adquirida nos anos anteriores rendia frutos e os fatores para o sucesso foram se somando. A liderança de Francis, o espírito desbravador, o empreendedorismo, a dedicação, a organização e, principalmente, a honestidade foram o fio condutor de um grupo que ousou e conquistou um lugar de destaque no cenário nacional e mundial com a comercialização de motocicletas Honda.

final da década de 1990. Nesse período, a Cometa já se consolidava como um dos maiores vendedores de motocicletas Honda do Brasil.

O processo garantiu as bases para que um novo método fosse instituído: a centralização administrativa. Até então, as informações eram concentradas em cada concessionária. Em seguida, a administração passaria a ser realizada de um escritório central, e todo o controle seria possível através de um sistema informatizado, montado após uma visita a São Paulo, onde um programa modelo foi avaliado para ser utilizado como inspiração.

Recepção do Grupo ao presidente da Honda na época, Nobuhiko Kawamoto.

Cáceres - Concessionária do Ano.

2.6 Crescendo e Organizando: Estratégias de Sustentação Desde a primeira concessionária Honda da Cometa, o grupo cresceu e o volume de vendas no setor duas rodas aumentou consideravelmente. As premiações pelo desempenho começavam a se avolumar. Os executivos da Honda perceberam o potencial do grupo e da cidade de Cáceres, sede administrativa, que recebeu, em uma oportunidade, a visita do presidente Mundial da marca japonesa, ao 22

que foi um trabalho árduo. A centralização demorou uns dois anos a se consolidar da forma que pensávamos”.

O crescimento exigia organização e sistematizar as informações fazia-se necessário. Com o aumento do número de concessionárias, a solução foi pensar um processo de gerenciamento de controles que abrangesse a todas. Dessa forma, auditores foram requisitados para apurar as condições existentes nas unidades, analisando movimentações financeiras, verificando estoques e conversando com os funcionários a fim de manter a excelência no ambiente de trabalho. Da mesma forma, pesquisas de satisfação checavam o atendimento junto ao público. Francis acompanhava de perto; as informações colhidas eram repassadas periodicamente através de relatórios. De acordo com Daniel Garcia, ex-colaborador que contribuiu no projeto: “Fazíamos tudo manualmente e começamos através da informática, com a implementação desse processo. Eu me lembro

Os processos de sistematização da administração se misturaram à própria expansão. Enquanto se esforçava para organizar as informações e formatar o novo sistema, a equipe comemorava o rendimento no setor de duas rodas, com a Honda, e se preparava para, comprometer-se também com o setor de quatro rodas, abrindo mais revendas da Volkswagen, e, a partir de 2010, da Hyundai. A agregação de uma nova área não significou, porém, a indiferença perante as demais: as fazendas e a Cometão (que comercializa peças para máquinas pesadas), representante das embrionárias autopeças, se mantiveram sob os olhos cuidadosos de Francis e no foco de atuação do Grupo Cometa. Desde o início da ampliação da rede de concessionárias Francis sempre se fez presente nas reuniões. No início havia reuniões trimestrais e em seguida, com a utilização da tecnologia, realiza-se semestralmente. As reuniões contam com a presença de gestores das concessionárias e parceiros, quando são abordados assuntos como avaliação de resultados, estratégias e treinamentos.


Reunião gerencial (Mirassol D’Oeste).

Reunião gerencial (Mirassol D’Oeste).

Reunião gerencial (Mirassol D’Oeste).

Reunião gerencial (Mirassol D’Oeste).

Reunião gerencial (Mirassol D’Oeste).

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LINHA DO TEMPO Principais acontecimentos em 40 anos de história

(1985)

(1973)

(1997)

(1993)

(1999)

Aquisição da concessionária Volkswagen de Ariquemes (RO) Fundação do Grupo Cometa

- Loja de autopeças de Mirassol D’Oeste

Aquisição da concessionária Honda de Cáceres (MT)

- Cometa Center Car: primeira concessionária de quatro rodas do Grupo Cometa

- Cometão Auto Peças

- Cometa Motocenter

- Cometa Motocenter Alta Floresta (MT) (1973 a 1984) Expansão da rede de autopeças

Fundação da concessionária Honda de Vilhena (RO) - Primeira concessionária de duas rodas do Grupo Cometa

(1984)

Fim da sociedade entre os irmãos Francis e Marcos

- Francis Maris passa a administrar o Grupo Cometa

(1989)

* Fundação/aquisição das concessionárias que compõem o Grupo Cometa 24

- Cometa Motocenter Ji-Paraná (RO)

(1995)

- Cometa Motocenter Ouro Preto D’Oeste (RO)

(1998)


(2003)

(2001)

- Cometa Motocenter Colíder (MT) - Cometa Motocenter Paranaíba (MS)

(2013) Comemoração de 40 anos do Grupo Cometa

Implantação do Escritório Central

- Sistema de gestão centralizada, em Cáceres (MT), de todas as unidades

- Cometa Motocenter Pontes e Lacerda (MT) - Cometa Motocenter Tabatinga (AM) - Cometa Center Car Ji-Paraná (RO)

(2011)

- Cometa Motocenter Campo Grande (MS) - Construção da concessionária Honda em Manaus (AM)

Fundação da concessionária Hyundai Sinop (MT)

- Primeira concessionária da marca coreana mantida pelo Grupo Cometa

- Cometa Center Car Cáceres (MT)

- Cometa Motocenter Tefé (AM) - Cometa Motocenter Belém (PA)

(2000)

- Cometa Hyundai Ji - Paraná (RO)

(2002)

(2010)

(2012)

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IDENTIDADE DO GRUPO COMETA O Grupo Cometa preserva valores como ética, transparência e confiança. Nesses pilares, construiu uma história sólida, reconhecida tanto pelos seus colaboradores quanto por clientes e parceiros de negócios. Uma história de atendimento com excelência aos mercados em que atua, gerando lucratividade e desenvolvimento dos seus quadros e das comunidades nas quais está inserido. Tudo isso com uma meta constante: ser um dos maiores e melhores grupos empresariais do Brasil, sempre respeitando os princípios da responsabilidade socioambiental. Um Cometa que deixa um rastro de orgulho por onde passa.

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O GRUPO COMETA HOJE: UNIDADES HONDA

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Cáceres 03/1985 Ji-Paraná 10/1995 Ouro Preto D’Oeste 09/1998 Alta Floresta 01/1999 Pontes e Lacerda 03/2000 Belém 11/2000 Paranaíba 01/2001 Colíder 07/2001 Tefé 01/2002 Tabatinga 10/2002 Campo Grande 06/2011

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Cometa Motocenter Cáceres Área da unidade territorial: 24.351,446 km² Densidade demográfica: 3,61 hab/km² População: 87.942 pessoas Frota municipal em janeiro de 2012 (motocicletas e motonetas): 18.260 Número de habitantes por motocicleta: 5 Fundação da loja: 20/03/1985 Número de funcionários em 2012: 83 Endereço: Rua Gal Osório, 1.150, Centro CEP: 78200-000 Telefone: (65) 2122 2000

CÁCERES Fachada Oficial.

Fundada em 1778, Cáceres iniciou seu desenvolvimento em meados do século XIX, impulsionada pela abertura da navegação fluvial e pela indústria extrativa, que tinha seus principais produtos no gado e na borracha. Ainda que tenha registrado sua importância econômica, a fundação da Vila de São Luís de Cáceres correspondeu a uma necessidade de defender e incrementar a fronteira sudoeste do Mato Grosso. O rio foi responsável ainda por atrair interessados na fertilidade das terras cacerenses e nos abundantes recursos naturais da também chamada “Princesinha do Paraguai”.

MATO GROSSO

Catedral São Luiz de Cáceres.

No início dos anos 60, com a construção da ponte Marechal Rondon sobre o rio Paraguai, a expansão foi potencializada: o desenvolvimento culminou na chegada de uma nova leva migratória, atraída pelo crescimento agrícola. Naquele momento, o município começava sua transformação em polo regional. Campeonato Brasileiro de Motocross.

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Ponte sobre o Rio Paraguai.


Cáceres guarda também importância histórica nacional. Em fevereiro de 1883, o Marco do Jauru, símbolo do Tratado de Madrid, assinado em 1750, foi assentado na Praça da Matriz, atual Barão do Rio Branco. O Marco indicava a fronteira territorial entre domínios espanhóis e portugueses estabelecida pelo Tratado. Hoje, é símbolo da soberania brasileira na fronteira oeste e, localizado na região de onde saiu a maior parte dos soldados que compõem o 6º contingente do batalhão do Exército Brasileiro presente na Missão das Nações Unidos para a estabilização do Haiti, é homenageado pelo apelido da Missão, conhecida como a “Força Jauru”. Outros símbolos também estão presentes na realidade cacerense. Entre eles, o maior festival internacional de pesca embarcada em água doce do mundo, que ocorre há mais de trinta anos, garantido pelos esforços do poder público, do empresariado e principalmente da comunidade. Da mesma forma, Cáceres se destaca por ser conhecida como a cidade das bicicletas. O transporte alternativo marca presença na cidade, disputando espaço com motocicletas e carros nas estreitas ruas cacerenses. A Cometa é mais um dos ícones de Cáceres, desde a inauguração da unidade do Grupo, em 20 de março de 1985. Tendo iniciado sua trajetória com estrutura modesta, logo a parceria da empresa com a comunidade se consolidou, e a marca Cometa se fez presente desde cedo em vários eventos da cidade, como festas religiosas e o Festival de Pesca. Na década de 90, a concessionária realizava desfiles de moda da marca Honda Way nos clubes da cidade. A participação nos eventos e as visitas de porta em porta pela equipe de vendas na cidade e região proporcionou o crescimento nas vendas e a consolidação da marca Cometa.

O trabalho inicial, que incluía o percurso de longas distâncias em troca da venda de cotas de consórcio, tem hoje o mérito coroado por um índice de cinco habitantes por motocicleta em Cáceres, além do expressivo número de 3.013 motocicletas vendidas só em 2011. A empresa iniciou suas atividades com foco na expansão do negócio. Equipes de trabalho se deslocavam até outras cidades como Barra, Sorriso, Sinop, Alta Floresta... As distâncias atingiam os 1.000 quilômetros e as estradas eram de terra, quase intransitáveis. Mesmo assim, era dessa forma que os sonhos dos clientes eram realizados e que os negócios chegavam até a empresa. Marta Miranda del Santo – Gerente do Escritório Central da Cometa

RR

AM

A Concessionária de Cáceres é usada como piloto em alguns projetos do Grupo Cometa, devido ao fato de estar localizada na mesma cidade do Escritório Central. Com isso, acabamos sendo beneficiados em relação às demais por iniciativas sociais que acontecem primeiro por aqui, por exemplo. Eliandra Dutra – Gerente Geral da Cometa Motocenter Cáceres

As estratégias deram certo: hoje, a unidade sustenta mais de 6% das vendas totais do Grupo e é um símbolo municipal.

As iniciativas, entretanto, não se voltam apenas para o público externo: palestras e cursos sempre movimentaram o cotidiano da equipe Cometa. Inicialmente, reuniões trimestrais eram realizadas com as equipes de vendas e os melhores resultados eram premiados com eletrodomésticos e troféus. O interesse do Grupo por seus colaboradores internos se mantém:

Eu vejo Cáceres como uma marca Cometa: aqui, onde quer que você esteja vê alguém com a camiseta ou o boné da Cometa, na beira do rio, no centro... até na igreja. Dessa forma, é possível dizer que Cáceres tem muito a imagem, a cara do Grupo Cometa. Agno Montalvão – Gerente Geral na Cometa Motocenter Belém

A Cometa é diferente porque nela os colaboradores vêm sempre em primeiro lugar. As iniciativas propostas pelo Grupo demonstram que aqui se valoriza o crescimento de todos, os estudos... Aqui, para crescer basta ter força de vontade. Mariluce Silva Nunes – Gerente Administrativa na Cometa Motocenter Cáceres

PA

CE

MA PI

AC

Atualmente, o cotidiano dos 85 funcionários empregados na unidade não se limita à venda de motocicletas. A Cometa Motocenter de Cáceres é destaque nos trabalhos sociais desenvolvidos. Lá, projetos como o Cometa Frutificar e o Cometa Educação são concretizados de forma pioneira e têm o espaço e o apoio garantidos pela equipe Cometa.

AP

TO

RO

BA

MT

RN PB PE AL SE

DF

GO MG

ES

MS SP

RJ

PR SC RS

Cidades onde há pontos de venda da unidade: • Araputanga • Barra do Bugres • Mirassol D’Oeste • Rio Branco • São José dos Quatro Marcos

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Cometa Motocenter Ji-Paraná Área da unidade territorial: 6.896,744 km² Densidade demográfica: 16,91 hab/km² População: 116.610 pessoas Frota municipal em janeiro de 2012 (motocicletas e motonetas): 36.723 Número de habitantes por motocicleta: 3,4 Aquisição da loja: 06/10/1995 Número de funcionários em 2012: 103 Endereço: Av. Transcontinental, 520, Vila Jotão CEP: 78960-000 Telefone: (69) 2183 5000

JI-PARANÁ Fachada Oficial.

A história do município de Ji-Paraná tem início ainda no século XIX, quando populações nordestinas, fugindo da seca, ocuparam o território próximo ao rio Ji-Paraná, hoje conhecido como rio Machado, cartão postal do lugar e responsável por delimitar a separação dos dois distritos que dividem a cidade. O coração de Rondônia, como é conhecida Ji-Paraná – tanto pela localização geográfica da cidade quanto pela característica de uma ilha que abriga –, recebeu também, desde o século XX, os novos migrantes que chegaram pela BR-364. Vinham do sul do país, incentivados pelo Governo Federal através dos projetos de colonização do interior do Brasil. Na década de 70, a região assistia a um surto desenvolvimentista, marcado pelo protagonismo da agricultura e da pecuária. Vinte anos mais tarde, um novo fato viria movimentar a economia ji-paranaense: a chegada do Grupo Cometa. Se hoje o município conta com um índice de 3,5 habitantes por motocicleta e três

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RONDÔNIA

14° salário - Ji-Paraná.

Casa do Artesão.

Rio Machado.


unidades da Cometa, é impossível negar que grande parte desse crescimento se deve ao Grupo, lá instalado na década de 90. O fato de a marca Cometa ser hoje representada por três concessionárias de grande porte no município passa para o cliente confiança e credibilidade, auxiliando nos resultados positivos do nosso trabalho. Juliano Silva dos Santos – Gerente Geral da Cometa Motocenter Paranaíba

O aumento anual na venda de motocicletas logo projetou um grande espaço a ser preenchido pela Honda. O potencial regional foi percebido pela montadora e o comércio na região, que era centralizado na concessionária em Ji-Paraná, aos poucos foi sendo dividido em várias concessões. Apesar disso, a Cometa manteve seu lugar privilegiado, graças à estratégia de não esquecer a comunidade que tão bem recebeu o Grupo. Quando a Cometa chegou a Ji-Paraná, nós começamos a buscar alternativas para vender motocicletas naqueles municípios pequenos, com cinco, 10.000 habitantes. Então alugávamos um ponto, contratávamos uma secretária, que ficava sem computador - às vezes até telefone era difícil de possuir –, e reuníamos todos os carros. Convidávamos o prefeito, os vereadores, fazíamos festa e carreata... Era uma festa. Elcimar Pinheiro da Rosa – Diretor Regional

Em 1999, outro ponto marcado pelo Grupo. Pela primeira vez, por intermédio da Cometa, o Campeonato Brasileiro de Motocross foi realizado no território ji-paranaense.

Hoje, o Grupo comemora a completa adesão da população ao uso das motos, que agora substituem cavalos e bicicletas, além de servirem como meio de transporte no interior das fazendas, no serviço de moto-táxi, nas entregas de supermercado, água, gás... Segundo levantamento feito em janeiro de 2012, a frota ji-paranaense de motos e motonetas atingiu o número de 35.014 unidades. A quantidade substancial de motos distribuída em uma população de pouco mais de 115.000 habitantes é consequência do trabalho intenso realizado pelos 114 funcionários locados na unidade Cometa Ji-Paraná em 2012. Os números comprovam a afirmação: somente em 2011, 3.983 motos foram vendidas pela concessionária, o que correspondeu a 14,13% do total de vendas do Grupo Cometa no mesmo ano. Os ótimos índices tornaram a equipe merecedora do 14º salário, incentivo que os funcionários da unidade em Ji-Paraná receberam por três anos seguidos, de 2009 a 2011. Um dos nossos diferenciais com certeza é a evidente receptividade e simpatia dos colaboradores. Quem trabalha nesse unidade possui uma alegria que contagia a todos que a visitam. Além disso, essa é uma equipe envolvida: é só lançar desafios que a equipe dá o máximo de si para alcançar o melhor resultado. Cristina Alencar – Gerente Geral da Cometa Motocenter Ji-Paraná

E o trabalho não se limita à venda de motos. Há mais de 10 anos a Cometa Motocenter e a Cometa Center Car de Ji-Paraná realizam um trabalho junto à Apae, o que já possibilitou à entidade reformar sua sede, além de investir em melhorias, como a construção de uma piscina.

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Cidades em que há pontos de venda da unidade: • Alvorado D’Oeste • Costa Marques • Nova Londrina • Presidente Médici • São Domingos do Guaporé • São Francisco do Guaporé • São Miguel do Guaporé • Seringueiras

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Cometa Motocenter Ouro Preto do Oeste Área da unidade territorial: 1.969,852 km² Densidade demográfica: 19,25 hab/km² População: 37.928 pessoas Frota municipal em janeiro de 2012 (motocicletas e motonetas): 13.343 Número de habitantes por motocicleta: 5 Fundação da loja: 04/09/1998 Número de funcionários em 2012: 67 Endereço: Rua Marechal Castelo Branco, 815, Centro CEP: 78950-000 Telefone: (69) 3416 1600

OURO PRETO D’OESTE Fachada Oficial.

Ouro Preto do Oeste: a cidade do motocross. A instalação de uma unidade do Grupo Cometa no município rondoniense não poderia ser mais lógica. Localizada onde outrora ficava o seringal Serra de Ouro Preto – daí o nome –, a cidade começou a desenvolver-se na década de 60, quando o Incra desapropriou as terras do seringal em prol de um projeto de colonização. O rápido crescimento do núcleo de povoamento e de seu lote urbano, voltado ao apoio da área rural, determinou o desenvolvimento da economia, cuja base é a produção de leite, além da pesca, aquicultura, agricultura e pecuária. Ouro Preto é hoje considerada também a capital do leite, já que detém a maior bacia leiteira do Estado, e é detentora da maior produção de café do estado rondoniense. Por fim, a cidade ganha destaque pela realização de grandes eventos relacionados ao motocross, recebendo inclusive etapas do campeonato latino-americano da categoria.

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RONDÔNIA

Agrishow.

Pista de motocross.

Praça da Liberdade.


A característica impulsiona um traço peculiar no município: a venda de motocicletas off-road. A localização geográfica é privilegiada, apesar das estradas de chão. Por isso, os moradores preferem comprar motocicletas esportivas, estilo off-road, para fazer trilhas e enduros. Esse modelo acaba, assim, ajudando a incrementar as vendas da concessionária. Apesar disso, o uso das motocicletas não se restringe à prática do esporte. Grandes parceiras nas fazendas e no transporte de café e leite facilitam também o acesso dos moradores aos diversos pontos da cidade, seja para o trabalho ou para o lazer. Em uma cidade onde o motocross é um dos cartões postais e a motocicleta, um dos principais meios de transporte, o sucesso de uma unidade da Cometa não surpreende. O êxito se torna ainda maior graças ao apoio do Grupo aos eventos que a cidade sedia. A participação nos campeonatos de futebol e motocross, bem como nos rodeios, fortalece a marca da Cometa na região. Anderson Pereira do Amaral - Vendedor da Cometa Center Car de Ji-Paraná

Apesar disso, o caminho trilhado pelo Grupo, fundado no município em 1998, não foi fácil. Subordinada à Cometa Ji-Paraná até 2000, da qual era ponto de venda, a unidade emancipou-se em janeiro de 2001.

Além disso, Ouro Preto tem uma particularidade: a zona rural é formada pelo micro e pequeno produtor, então o trabalho nessa área é maior do que nas outras regiões, porque você tem mais sítios para visitar e mais pessoas pra atender. Sandra Leduíno – Ex-gerente Geral da Cometa Motocenter de Ouro Preto do Oeste

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Em 2006, a concessionária ganhou novas instalações, que contribuíram para melhorar o atendimento e o ambiente de trabalho.

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O investimento na nova sede fez com que outros comerciantes começassem também a providenciar melhorias em suas lojas, o que ampliou os negócios em geral, gerando mais emprego e renda e melhorando a imagem do município. Sandra Leduíno – Ex-gerente Geral da Cometa Motocenter de Ouro Preto do Oeste

Hoje, a unidade está consolidada e responde por 6,87% da venda total do Grupo Cometa, segundo levantamento realizado em 2011. No mesmo ano, 1.830 motocicletas foram comercializadas em Ouro Preto. O número mantém também a relação entre população e frota: em janeiro de 2012, o cálculo mostrou que a cada cinco habitantes, há uma motocicleta no município.

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Além de uma equipe muito bem estruturada, que conhece cada um dos setores da unidade, a concessionária foi presenteada com uma loja moderna, o que proporciona um ambiente de trabalho agradável. A estrutura física da Cometa Ouro Preto é uma das mais bonitas da cidade. Flávia Borges – Gerente Administrativa da Cometa Motocenter Ouro Preto do Oeste

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Cidades em que há pontos de venda da unidade: • Mirante da Serra • Nova União • Teixeirópolis • Urupá • Vale do Paraíso

Vender em Ouro Preto, no passado, era complicado, porque só havia estradas de chão batido. Se hoje você faz ida e volta em cerca de duas horas, naquela época se gastava um dia inteiro.

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Cometa Motocenter Alta Floresta Área da unidade territorial: 9.212,450 km² Densidade demográfica: 5,34 hab/km² População: 49.164 pessoas Frota municipal em janeiro de 2012 (motocicletas e motonetas): 17.612 Número de habitantes por motocicleta: 3 Fundação da loja: 18/01/1999 Número de funcionários em 2012: 56 Endereço: Rua A, 292 Setor A, Centro CEP: 78580-970 Telefone: (66) 3521-2000

ALTA FLORESTA Fachada Oficial.

Em fins da década de 70, o desbravamento de uma clareira em meio à Floresta Amazônica, ao sul do Estado do Pará, resultou no começo da história do município de Alta Floresta. A colonização teve início devido aos investimentos da empresa Indeco – Integração, Desenvolvimento e Colonização -, incentivada pelas condições favoráveis de empréstimo oferecidas pelo Governo Federal para esse ramo na época. Inicialmente marcada pela atividade garimpeira, a economia da região é atualmente baseada em ciclos sazonais que ora priorizam a pecuária, ora têm foco no setor madeireiro. Apesar da característica oscilação econômica, 20 anos após a fundação do município a Cometa resolveu apostar no mercado incipiente. Inaugurada em 1999, a Cometa Motocenter de Alta Floresta é hoje responsável por 5% do total de vendas do Grupo. A equipe em Alta Floresta é atuante, e todos se envolvem, desde a auxiliar de limpeza até os líderes, sempre com muita motivação e entusiasmo. O segredo da gerência tem de ser a paciência

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MATO GROSSO

Vista aérea da cidade.

Praça Cultural.

Parque Cristalino.


e muita paixão em servir, não só aos clientes, mas acima de tudo, aos colaboradores, para envolvê-los em ações que os farão crescer como profissionais e pessoas atuantes na sociedade. Isso é o que faz a diferença para que nossos serviços sejam marcados pela qualidade e pelo bom atendimento. Fábio Henrique Silva – Gerente Geral na Cometa Motocenter Alta Floresta

No entanto, as dificuldades existem. Além da instabilidade no ramo madeireiro, em grande parte decorrente do trabalho da Operação Curupira, que fiscaliza a indústria e condena empresas instaladas de forma ilegal, a região apresenta dificuldades no acesso, que são agravadas pela abrangência do atendimento da loja. Da concessionária até o ponto de venda de Apiacás, a distância é de 300 km. Nesse percurso, há muitas estradas de chão. Se uma carreta ficar presa na estrada, o caminhão com as motos não pode passar. Por isso, era preciso permanecer na estrada até que o trecho fosse liberado. Até hoje isso acontece. Kátia Maria Schulster – Gerente Administrativa na Cometa Motocenter Alta Floresta

Se atualmente as dificuldades ainda comprometem parte do trabalho, no início os percalços eram ainda maiores em Alta Floresta. Criada como ponto de venda da unidade de Cáceres, a relação implicava o deslocamento das motocicletas de uma cidade para a outra. O trajeto de 900 quilômetros contribuiu para a posterior emancipação, que transformou Alta Floresta em uma concessionária independente:

eram necessários 45 dias para chegar. Depois que Alta Floresta se tornou concessionária, em 1999, a logística ficou mais viável; a Honda começou a mandar motocicletas diretamente para a nova unidade.

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Atualmente, o antigo ponto de venda conta com 56 funcionários, responsáveis pela venda de 1.775 motocicletas em 2011 e por fazer com que hoje o município conte com uma moto para cada três habitantes. A unidade é destaque também na perspectiva ambiental, ostentando o certificado de Concessionária Ecológica, concedido pelo programa “Green Dealer” da Honda, que valoriza iniciativas que buscam soluções sustentáveis para questões como a destinação dos resíduos produzidos nas lojas.

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Cidades em que há pontos de venda da unidade: • Apiacás • Carlinda • Nova Bandeirantes • Nova Monte Verde • Paranaíta

A população desejava uma concessionária. Mesmo carentes, as pessoas queriam ter a sua motocicleta. Antes, a moto tinha de ser transportada de Cáceres até Alta Floresta. Na maioria das vezes, 37


Cometa Motocenter Pontes e Lacerda Área da unidade territorial: 8.559,824 km² Densidade demográfica: 4,84 hab/km² População residente: 41.408 pessoas Frota municipal em janeiro de 2012 (motocicletas e motonetas): 11.957 Número de habitantes por motocicleta: 2 Fundação da loja: 20/03/2000 Número de funcionários em 2012: 55 Endereço: Av. Mal Rondon, 1.581, Centro CEP: 78250-000 Telefone: (65) 3266 8000

PONTES E LACERDA Fachada Oficial.

Um esboço cartográfico do século XVIII foi o primeiro objeto da história de Pontes e Lacerda. Seus autores, Antonio Pires da Silva Pontes e Francisco José de Lacerda e Almeida, deram origem ao nome do município, que só se tornou independente em 1979. Nessa época, a cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade perdia um de seus distritos, que se emancipava para no futuro transformar-se em um dos maiores exportadores de carne de todo o Mato Grosso, com um rebanho calculado em 700.000 cabeças de gado. Pontes e Lacerda possui hoje uma das primeiras colocações no ranking de qualidade genética dos rebanhos do Brasil e de produção de látex de seringueira (heveicultura). A ovinocultura também é fator preponderante da economia pontes-lacerdense, seguida da piscicultura. Isso não significa, contudo, que não havia espaços econômicos a desbravar no município; uma prova disso foi o lançamento da Cometa Motocenter Pontes e Lacerda, em 2000.

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MATO GROSSO

Inauguração.

Rebanho.

Campeonato de motocross.


A concessionária nasceu como um ponto de venda da unidade da Honda que o Grupo detém em Cáceres. Tornou-se independente no início da década; em 2007, foi reavaliada pela montadora como uma concessionária de médio porte. A nova categoria determinou uma grande reforma, que em 2009 garantiu a expansão do espaço de 800m² para 1.500m², além de permitir a construção de um auditório e de mais espaço para o estoque de motocicletas. Mais da metade da obra foi realizada sem que a equipe Cometa tivesse de parar suas atividades na unidade. Até 2008, grande parte das vendas era sustentada por financiamentos. Com a crise econômica, os negócios se instabilizaram, mas novas estratégias, como o foco na venda de consórcio, aumentavam as entregas e apresentavam potencial para reverter a situação. Se o quadro econômico já era difícil, pior seria ali, onde as estradas eram de terra e longas distâncias eram cotidianas para a equipe. Nós atuamos num raio de 400 km, onde se pode vivenciar a travessia por estradas de chão, chuva, sol, estadias em fazendas... Atuamos nas proximidades com a fronteira boliviana também, já que as grandes fazendas estão situadas em Vila Bela da Santíssima Trindade, local da divisa com a Bolívia. Então, cada saída para cobrir nossa área de atuação dura em média três, quatro dias de viagem. Sandra Leduíno – Ex-gerente Geral da Cometa Motocenter Pontes e Lacerda

Temos de atingir clientes que moram em fazendas e sítios muito distantes da cidade com estradas bem precárias; dependendo da localidade, só vai no período da seca. Apesar disso, a equipe é bastante comprometida com o resultado: sempre que viajo. vou tranquilo, pois todos sabem o que deve ser feito e têm o compromisso de dar resultado em seu departamento. Wellington Teixeira – Gerente Geral da Cometa Motocenter Pontes e Lacerda

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A continuidade do trabalho contribuiu para a recuperação econômica da concessionária. Atualmente, o índice de 1.524 motocicletas vendidas somente em 2011 é animador. O sucesso se deve ao trabalho em equipe dos funcionários da Cometa. Quando assumimos a unidade em 2010, fizemos um bom trabalho e graças à expansão no mercado de motos, a margem de contribuição de Pontes e Lacerda se tornou a melhor do Grupo. Mas em janeiro de 2011, o Francis, o César e o Cristinei apareceram para conversar com a equipe, sem aviso prévio. Pensamos: “Fizemos alguma coisa de errado”. E aí já fomos tentando arrumar uma explicação. Depois de 40 minutos de sermão, lembro que o Cristinei saiu da reunião e voltou com um PVC dobrado, e aí foi a vez do Francis falar. Enquanto ele falava, o Cristinei abriu o PVC e mostrou um cheque onde estava escrito 14º salário. Foi uma coisa muito emocionante! Todo mundo chorou, porque aquilo foi mesmo muito trabalho de equipe. Érico Zimermann – Ex-gerente Geral na Cometa Motocenter Pontes e Lacerda

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Cidades em que há pontos de venda da unidade: • Comodoro • Figueirópolis • Jauru • Nova Lacerda • Porto Esperidião • Vila Bela da Santíssima Trindade

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Cometa Motocenter Belém Área da unidade territorial: 1.059,402 km² Densidade demográfica: 1.315,27 hab/km² População residente: 1.393.399 pessoas Frota municipal em janeiro de 2012 (motocicletas e motonetas): 35.248 Número de habitantes por motocicleta: 18 Fundação da loja: 06/11/2000 Número de funcionários em 2012: 268 Endereço: Av. Pedro Miranda, 749, Pedreira CEP: 66085-005 Telefone: (91) 3073 5000

BELÉM Fachada Oficial.

Desde o início da saga do Grupo Cometa, novos mercados foram abertos, em meio a florestas e regiões pouco povoadas. Entre os membros mais antigos da equipe, é visível o orgulho por desbravar novas possibilidades em locais que, à primeira vista, pareciam pouco atrativos. Dizer que o Grupo investe apenas em novas praças é, entretanto, uma injustiça. É o que comprova o sucesso da Cometa em terras paraenses: metrópole com quase 1,4 milhão de habitantes, a capital Belém está muito distante da alcunha de cidade do interior. A princípio um território estreitamente vinculado ao governo português, mesmo após a independência brasileira, Belém abrigava massiva população indígena, negra e mestiça e sofria com as más condições econômicas. A história começa a mudar na atual capital paraense durante o ciclo da borracha: entre o fim do século XIX e o começo do século XX, quando a exploração seringueira atinge seu apogeu, Belém é apelidada de Paris n’América. A partir daí, e contando com grandes levas de imigrantes, a cidade cresceu

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PARÁ

Círio de Nazaré.

Mangal das Garças.

Mercado Ver-o-Peso.


sensivelmente. Hoje, tem estrutura para receber anualmente milhões de fiéis que participam do Círio de Nazaré, maior procissão católica do Brasil, e se destaca por sua rica cultura oriunda de portugueses e ameríndios. O crescimento cultural e econômico nunca significaram, porém, que o território belenense estava destinado à estagnação. Em 2001, quando chegamos a Belém, eu fiz um levantamento no Detran e constatei que havia apenas 13.000 motocicletas cadastradas na cidade. Hoje, o número já ultrapassa 100.000 motocicletas emplacadas. Foi um crescimento fantástico. Na época me senti como aquele vendedor que foi mandado para a Índia, para vender chinelo e sapato, e quando chegou lá, percebeu que ninguém usava. E falou: “me manda passagem para voltar, que aqui ninguém usa”. Enquanto isso, o outro falou: “manda o que tiver de chinelo que aqui todo mundo anda descalço”. Elcimar Pinheiro da Rosa – Diretor Regional

Quando a concessionária foi inaugurada, o índice de habitantes por motocicleta era 50. Hoje, a relação é de uma motocicleta para cada 18 pessoas. À época da chegada da unidade ao município, a média de vendas era de 60 motos por mês. Em 2011, foi registrada a taxa de quase 600 motos ao mês. E a Cometa não pensa em parar de crescer. Belém é uma área bem competitiva hoje, mas por ser uma capital estadual, ainda há espaço para crescer. Hoje vemos um espaço enorme de crescimento, tanto pelo consórcio como pelo financiamento. Agno Montalvão – Gerente Geral da Cometa Motocenter Belém

Os consórcios são destaque nas vendas pois permitem que os habitantes de baixa renda tenham acesso às motocicletas. A modalidade ganha importância em um cenário onde a volumosa população sofre com a desigualdade social e os problemas de infraestrutura,

principalmente no que se refere ao trânsito. Justamente por ser uma região grande, as pessoas têm necessidade de um meio de locomoção para se libertar do transporte coletivo, porque depender dos ônibus traz muitos transtornos. O tempo médio que um paraense fica no ônibus é de uma hora e meia, duas horas por dia. Há pessoas que ficam dentro de um ônibus durante quatro horas por dia. Então, se a pessoa tiver poder aquisitivo, vai adquirir uma moto para resolver sua necessidade de locomoção. Jéferson de Oliveira – Gerente Comercial na Cometa Motocenter Belém

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Ainda que tenha se tornado responsável pela unidade da Cometa com maior número de vendas e grande sucesso no segmento das motos de alta cilindrada, a equipe de 268 funcionários não se contenta com a realização das atividades cotidianas. O grupo se empenha também em oportunizar à população belenense o acesso às iniciativas de cunho social que marcam o trabalho da Cometa em todas as suas unidades. Entre os destaques, a realização do “Moto Passeio dos Namorados”, que reúne anualmente mais de quatro mil motocicletas, inscritas mediante a doação de um quilo de alimento não-perecível. Todo o ano, toneladas de alimentos são doadas às entidades carentes da região e os doadores desfrutam de um passeio que percorre 70 km entre as cidades de Belém e Mosqueiro. Apesar da forte concorrência existente na capital – outras três concessionárias disputam o mercado de motos em Belém -, a Cometa se orgulha de trabalhar pelas vendas sem esquecer a comunidade que a acolheu há mais de 10 anos. Exemplo disso é a implantação do Cine Cometa para o público escolar belenense: o Grupo é o único a promover esse tipo de iniciativa na cidade.

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Cidades onde há pontos de venda da unidade: • Ananindeua • Castanheira • Icoaraci • Paar • Padre Eutíquio • Tapanã • Acará • Abaetetuba • Cametá • Moju • Tailândia

• Vila dos Cabanos • Barcarena • Capanema • Castanhal • Corcórdia do Pará • Igarapé-Açú • Santa Isabel • São Miguel • Vigia • Santa Maria

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Cometa Motocenter Paranaíba Área da unidade territorial: 5.402,656 km² Densidade demográfica: 7,44 hab/km² População: 40.192 pessoas Frota municipal em janeiro de 2012 (motocicletas e motonetas): 9.591 Número de habitantes por motocicleta: 4 Aquisição da loja: 5/1/2001 Número de funcionários em 2012: 67 Endereço: Rua Heliodoro Rodrigues, 10, Centro CEP: 79500-000 Telefone: (67) 3669 1000

PARANAÍBA Fachada Oficial.

Paranaíba é conhecida na região como a Capital do Bolsão. Originalmente habitada por índios caiapós, Paranaíba recebeu as primeiras ondas migratórias nas primeiras décadas do século XIX, vindas em sua maioria de Minas Gerais. Tornada rota de apoio logístico e refúgio de civis durante a Guerra do Paraguai, a cidade é atualmente importante entreposto comercial, a meio caminho tanto da capital Campo Grande como da mineira Uberlândia. A relevância econômica da região, que também oferece fácil comunicação com as economias paulista e goiana, atraiu o interesse do Grupo Cometa. A Cometa Motocenter de Paranaíba é reconhecida nacionalmente como uma das 20 melhores concessionárias de motocicletas do Brasil – foi eleita em terceiro lugar pela revista Motociclismo, em ranking feito em 2011. O atendimento premiado é prestado a um total de aproximadamente 115.000 pessoas dispostas em seis

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MATO GROSSO DO SUL

Inauguração.

Motocross.

Praça da Matriz.


cidades – além de Paranaíba, a concessionária trabalha com o público de Inocência, Cassilândia, Chapadão, Aparecida do Taboado e Selvíria. Nosso trabalho é estruturado através de vendas de motocicletas zero km, motocicletas usadas, peças e prestação de serviço e consórcios, abrangendo uma grande região de público rural e urbano. Miriam Alves dos Santos – Gerente Administrativa na Cometa Motocenter Paranaíba

Os desafios enfrentados pelos funcionários da Cometa na localidade incluem também a concorrência dos outros três estados brasileiros relativamente próximos de Paranaíba: Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Estamos muito próximos de estados como São Paulo e mais dois estados que fazem divisa conosco: Minas Gerais, a 53 km de Paranaíba, e Goiás, que fica a 15 km de Cassilândia. Essa proximidade com outros estados é uma das peculiaridades da unidade, já que a concorrência se torna muito grande. Juliano Silva dos Santos – Gerente Geral na Cometa Motocenter Paranaíba

Apesar da disputa pelo mercado, a Cometa registra bons resultados em Paranaíba e a unidade hoje responde por 7,62% do total de vendas do Grupo. Além do excelente trabalho realizado pela equipe, o resultado se explica pela importância das motocicletas na região. Lá se usa moto para tudo, já que a região possui várias cidades pequenas, e a locomoção entre elas é mais rápida sobre duas rodas. A característica de venda de moto em Paranaíba é o an-

seio do cliente: o comprador quer a moto na hora, quer fazer o pagamento na loja e já sair pilotando. Cláudia Alves – Ex-gerente Geral na Cometa Motocenter Paranaíba

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O sucesso é comprometido apenas por oscilações na economia: como há poucas indústrias em Paranaíba, instabilidades geram impactos de rápida absorção pela população. A característica contribui para que a região seja descartada por empresários. No segmento das motocicletas, a Cometa foi a única que deu certo:

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Na realidade, quando o seu Francis adquiriu a concessão em Paranaíba, o antigo proprietário desacreditou da região. Na época, vendíamos em torno de vinte motos e dez cotas de consórcio por mês. Em 2002, uma nova equipe se formou na unidade e o faturamento dobrou. Era o sonho do seu Francis passar para a casa das 100 motos mensais: nós conseguimos. Cláudia Alves – Ex-gerente Geral na Cometa Motocenter Paranaíba

No decorrer dessa história de sucesso, a unidade teve de promover mudanças para se manter atualizada no atendimento à população. Se inicialmente tinha seu foco na venda de motocicletas através de financeiras, hoje pode comemorar a mudança dessa modalidade pela venda de cotas de consórcio:

Cidades em que há pontos de venda da unidade: • Aparecida do Toaboado • Cassilândia • Chapadão do Sul • Inocência

O mercado foi o principal fator para essa mudança, mas também foi preciso mudar o entendimento da equipe no que se diz respeito à saúde financeira da concessionária e de suas margens de lucro. Juliano Silva dos Santos – Gerente Geral na Cometa Motocenter Paranaíba

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Cometa Motocenter Colíder Área da unidade territorial: 3.093,643 km² Densidade demográfica: 9,94 hab/km² População: 30.766 pessoas Frota municipal em janeiro de 2012 (motocicletas e motonetas): 8.791 Número de habitantes por motocicleta: 5 Fundação da loja: 16/07/2001 Número de funcionários em 2012: 65 Endereço: Av. Marechal Rondon, 844 - Setor Leste, Centro CEP: 78500-000 Telefone: (66) 3541-5000

COLÍDER Fachada Oficial.

A pequena Cafezal desenvolveu-se na década de setenta, de acordo com os planos de colonização propostos pelo Governo Federal para a ocupação do interior do Brasil. A procura por terras era tanta que o planejamento da cidade deu-se em pouco tempo. Com o crescimento da povoação, a denominação da cidade mudou para a sigla Colíder, que homenageou a Colonizadora Líder, empresa responsável por parte da alocação da população. A história da Cometa em Colíder começa cerca de 30 anos depois, em 2001, quando uma loja surge no município para cumprir o papel de ponto de venda da unidade de Alta Floresta. Os problemas com o deslocamento das motocicletas, bem como a demanda que cresceu em toda a região foram responsáveis por, apenas quatro anos mais tarde, darem à revenda de Colíder o papel de filial da Cometa Alta Floresta, tornando-se, na prática, uma concessionária independente. A mudança permitiu, entre outras coisas, que o período de entrega das motocicletas diminuísse de 30 para três dias.

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MATO GROSSO

Inauguração de Guarantã.

Vista aérea da cidade.

Rio Teles Pires.


Com economia voltada para a produção de café e leite, além do destaque para o gado de corte, Colíder apresenta baixa renda per capita, apesar de contar com um índice de cinco habitantes por motocicleta. A taxa é responsável por uma das dificuldades do trabalho nesse local, que é a restrição à aprovação do crédito do cliente. Apesar disso, a superação dos obstáculos é marca registrada da Cometa e em 2012, 65 funcionários atuam na unidade. Representando mais de 8% da venda total do Grupo em 2011, a concessionária de Colíder foi responsável por vender 2.352 motocicletas no mesmo ano. Levando em conta que um levantamento feito em janeiro de 2012 apontou a existência de 5.633 motocicletas no município, a presença da Cometa é inegavelmente bem aceita pela população de Colíder. A peculiaridade de trabalhar na Cometa é a determinação e o entusiasmo de cada colaborador em saber que trabalha numa empresa que se preocupa com seus ideais, mas acima de tudo preza pelo crescimento das pessoas que nela atuam. Nosso sucesso é resultado de transparência e trabalho em equipe. Todos são informados diante dos fatos e desafios a serem cumpridos, e isso permite que os colaboradores sintam-se importantes e sempre prontos a contribuir. Gilmária da Silva Alves – Gerente Administrativa na Cometa Motocenter Colíder

A confiança do Grupo na região e os bons resultados culminaram na transformação do ponto de vendas de Guarantã em PAVS, em 2012. A promoção é concedida pela Honda a pontos de venda com potencial para atendimento a demandas maiores. Entre um PAVS e uma concessionária da montadora, a maior diferença é o tamanho das instalações, que no Ponto Avançado de Vendas atende ao padrão determinado pela Honda. Além de possuir uma equipe de 20 cola-

boradores diretos, o Ponto Avançado conta com oficina própria e mecânicos treinados pela montadora. Reconhecida como concessionária que investe na capacitação, a unidade contribui na geração de emprego e na qualificação profissional. Essa é mais uma prova da “Paixão em Servir” que move a Cometa e que serve como modelo a outras empresas e é considerada pela população como empresa ideal para se trabalhar. Reconhecimento que se reflete também na satisfação dos profissionais, que têm a oportunidade de crescimento no Grupo. Tenho orgulho de dizer que hoje sou Gerente Geral da Cometa Motocenter Colíder. Não pelo simples fato de ser um cargo de gerência, mas por ser na loja que fez meu primeiro registro profissional, quando trabalhei como office-boy. Entrei para aprender e hoje transmito conhecimento, ajudo meus subordinados e colaboradores e sou considerado exemplo de perseverança. Tenho mais de 60 treinamentos realizados; viajei para várias cidades do Brasil e inclusive para o Exterior graças às oportunidades que o Grupo Cometa me deu. Me sinto valorizado. O Grupo Cometa me faz sentir “útil”. Jorge André Valéri – Gerente Geral na Cometa Motocenter Colíder

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Cidades em que há pontos de venda da unidade: • Guarantã do Norte • Marcelandia • Matupá • Nova Canaã do Norte • Nova Guarita • Novo Mundo • Peixoto do Azevedo • Terra Nova do Norte

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Cometa Motocenter Tefé Área da unidade territorial: 23.704,488 km² Densidade demográfica: 2,59 hab/km² População residente: 61.453 pessoas Frota municipal em janeiro de 2012 (motocicletas e motonetas): 6.388 Número de habitantes por motocicleta: 10 Fundação da loja: 25/01/2002 Número de funcionários em 2012: 42 Endereço: Rua Olavo Bilac, 370 A, Centro CEP: 69470-000 Telefone: (97) 3343 9200

TEFÉ Fachada Oficial.

AMAZONAS

Disputada no século XVIII pelas forças portuguesas e espanholas, a aldeia de Tefé abrigou diversas tribos indígenas no período inicial de sua história. Elevada em 1855 à categoria de município, a cidade tem hoje foco econômico na farinha de mandioca e no peixe. A pequena cidade encravada na selva amazônica só é acessível através de barco ou avião. Talvez por esta característica, tornouse pouco atrativa para o empresariado. No segmento de duas rodas, até pouco tempo atrás nenhuma concessionária se aventurava nos negócios da região. A situação mudou quando, em 2002, a Cometa inaugurou mais uma unidade de sua bem-sucedida rede no município amazonense.

Vista aérea da cidade.

Antigo Seminário.

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Transporte de motos.


Dez anos depois, a unidade corresponde a 6,58% das vendas totais do Grupo, e comemora a grande comercialização de motocicletas em uma cidade em que, por muitos anos, a maior estrada media sete quilômetros. Atualmente, além de registrar um alto número de motocicletas na região - uma boa parte das quais é utilizada para serviços de moto-táxi, por exemplo -, a localidade apresenta outra peculiaridade: o apreço por motocicletas de médio porte. Principalmente no interior, o pessoal gosta muito de moto grande. A CB-300, por exemplo, é mais comum aqui do que em outras regiões, e em Tefé há muitas, principalmente para passeio: em cinco minutos o cara roda a cidade todinha. Lá não tem sinalização de trânsito ou semáforo. Genival do Nascimento - Gerente Geral na Cometa Motocenter Tefé

O empreendimento foi tão bem-sucedido que a unidade conta com 10 pontos de venda. Os desafios são diários: além da entrega das motocicletas que, conforme o ponto de venda, pode levar mais de 20 dias, as dificuldades com o transporte atingem também a correspondência, e muitas vezes os boletos de consórcio chegam vencidos. Nós fazemos um trabalho diferenciado. Nossa região tem todos os motivos pra ser a região com maior cancelamento de cotas de consórcio, mas, ao contrário, nosso cancelamento está bem abaixo do que outras regiões que possuem correio. Essa dificuldade se explica porque enviamos os malotes do correio por barco, e em uma cidade que não tem aeroporto é preciso mandar os produtos por via fluvial, o que faz com que a entrega demore 20, 30, 40 dias para chegar na cidade. Quando o boleto chega, muitas vezes está vencido. Aí precisamos pedir a segunda via, mandar antes de vencer e pedir ao vendedor que

faça o trabalho de carteiro, para manter os bons resultados nas vendas de consórcios. Genival Lima do Nascimento – Gerente Geral na Cometa Motocenter Tefé

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Os problemas com os consórcios também se dão pela dificuldade de pagamento dos boletos em determinadas regiões, já que a maioria dessas localidades conta apenas com o serviço do banco postal, que tem um valor máximo de depósito por dia por correntista. A restrição obriga o pagamento por etapas de quantias maiores, como lances para a retirada das motocicletas.

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A logística é a principal diferença da unidade de Tefé em relação às demais, pois em outras regiões o deslocamento é feito por estradas, o que torna tudo mais rápido. Aqui, como tudo é feito de barco, ocorre demora na entrega das motocicletas para o cliente e nos demais serviços que são de nossa responsabilidade. Francinete Conrado da Silva – Gerente Administrativa na Cometa Motocenter Tefé

Cidades em que há pontos de venda da unidade: • Alvarães • Carauari • Eirunepe • Envira • Fonte Boa • Japurá • Juruá • Jutaí • Maraã • Uarini

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Cometa Motocenter Tabatinga Área da unidade territorial: 3.224,880 km² Densidade demográfica: 16,21 hab/km² População residente: 52.272 pessoas Frota municipal em janeiro de 2012 (motocicletas e motonetas): 4.128 Número de habitantes por motocicleta: 13 Fundação da loja: 08/10/2002 Número de funcionários em 2012: 31 Endereço: Av. Da Amizade, 117, Brilhante CEP: 69640-000 Telefone: (97) 3412 5000

TABATINGA Fachada Oficial.

Tabatinga é uma palavra de origem indígena que no Tupi significa “barro branco” de muita viscosidade, encontrado no fundo dos rios. No Tupi Guarani, quer dizer “casa pequena”. Elevada à categoria de município em 1988, a cidade deriva do povoado de São Francisco Xavier de Tabatinga, composto por um destacamento militar para mediação da fronteira entre as possessões portuguesas e espanholas. Territorialmente, Tabatinga faz hoje divisa com a Colômbia e o Peru. A proximidade com Letícia, na Colômbia, é tão grande que o abastecimento da população é feito de forma interdependente entre as duas cidades. A característica abre espaço para que haja grande concorrência comercial entre os três países, situação difícil que é agravada pela pesada carga tributária que atinge o território brasileiro.

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AMAZONAS

Vista aérea da cidade.

Transporte de motos.

Trasnporte de motos.


Uma das dificuldades de se vender em Tabatinga é justamente essa concorrência, porque além do Peru, que vende motos pela metade do preço, há também Letícia, na Colômbia, que fica ao lado. A diferença é muito grande devido à carga tributária. Agno Montalvão – Gerente Geral na Cometa Motocenter Belém

Graças a esse traço, a população apresenta pouco interesse pela qualidade das motocicletas e pela compra de cotas de consórcio. Nesse cenário, a Cometa investe na venda de consórcios e prioriza a confiança e a credibilidade na sua relação com a população. O acesso à cidade também é peculiar. Só pode ser realizado de barco ou avião. As viagens de barco até cidades próximas a Tabatinga podem durar uma semana. Para chegarmos ao ponto de venda mais próximo, a viagem dura em torno de dois dias. Até que se concretizem todas as visitas nas representações, a viagem costuma demorar 17 dias. Greicy Daniele Barbosa – Gerente Admnistrativa na Cometa Motocenter Tabatinga

Apesar disso, a Cometa sempre esteve preparada para os percalços do caminho, e as motocicletas não escapam do difícil trajeto, dividindo espaço nas barcas com moradores, mercadorias e mantimentos. Nessas circunstâncias, a população é compreensiva quanto a possíveis avarias nas motocicletas, e a expectativa pela entrega do produto não diminui.

Há um bairro em Tabatinga que fica do outro lado da cidade, e não há pontes que cheguem lá, o que só pode ser feito usando Catraia. A Catraia é uma canoa regional de madeira equipada com vários bancos para o transporte de pessoas movido a motor rabeta. Muitos habitantes de lá possuem motocicletas e o trajeto diário é comum: eles colocam a moto dentro da canoa, levam e realizam suas tarefas no centro da cidade. Depois disso, colocam a moto de volta na canoa e retornam a suas casas. Rogério dos Santos Silva – Gerente Geral na Cometa Motocenter Tabatinga

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Como era de se esperar, as dificuldades não intimidam a Cometa, e seu apoio às iniciativas sociais no município se mantém. Destaque para as participações no tradicional Festival de Verão, evento que anualmente promove a corrida de motor de rabeta.

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Cidades em que há pontos de venda da unidade: • Amaturá • Benjamin Constant • Santo Antonio do Iça • São Paulo de Olivença • Tonantins

A localização geográfica da cidade, que recebe os rios Solimões, Içá e Japurá, bem como vários de seus afluentes, configura um espaço em que o transporte por via fluvial é necessário mesmo entre bairros. 49


Cometa Motocenter Campo Grande Área da unidade territorial: 8.092,966 km² Densidade demográfica: 97,22 hab/km² População residente: 786.797 pessoas Frota municipal em janeiro de 2012 (motocicletas e motonetas): 130.758 Número de habitantes por motocicleta: 6 Aquisição da loja: 20/06/2011 Número de funcionários em 2012: 95 Endereço: Av. Afonso Pena, 5468 - Chácara Cachoeira II CEP: 79040-010 Telefone: (67) 3041-9000

CAMPO GRANDE Fachada Oficial.

No início do século XX, Campo Grande já dava os primeiros passos em direção a um futuro de sucesso: em 28 de maio de 1914, o primeiro trem chegava ao local, marcando o início da consolidação da região. Já na década seguinte o movimento pela separação do Estado do Mato Grosso tomava forma, e o governo provisório se instalava na atual capital. Em 1934, por intermédio da “Liga Sul Matogrossense”, foi encaminhado ao Congresso Nacional Constituinte pedido de criação de um Território Federal ou Estadual autônomo na região sul do Mato Grosso. O documento continha mais de 13.000 assinaturas. O projeto foi concluído em 1977, quando a Lei Complementar nº 31 criou o Estado do Mato Grosso do Sul, determinando também a localização da sede em Campo Grande. A partir daí, o desenvolvimento da cidade acelerou-se, estimulado por obras públicas que priorizaram a pavimentação de ruas, o abastecimento da população

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MATO GROSSO DO SUL

Inauguração.

Vista aérea da cidade.

Morada do Baís.


com energia elétrica e a modernização do sistema de comunicação urbana e interurbana.

departamentos e ainda podemos contar com o empreendedorismo do senhor Francis. Antonio Segatto – Gerente Geral na Cometa Motocenter Campo Grande

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Em 2011, mais um investimento fez crescer o rol de sucessos da capital sul mato-grossense: a instalação de uma unidade do Grupo Cometa. A nova concessionária concretizou um sonho de Francis, antigo estudante da “Cidade Morena”, como é chamada por sua terra de cor avermelhada.

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A unidade se instalou na praça mantida anteriormente por outra empresa. Inicialmente, o risco de comparação era grande, mas a excelência no serviço prestado superou as expectativas e fidelizou os clientes. Desde o início do trabalho em Campo Grande, cada dia é mais gratificante, pois a comparação com a antiga empresa já nem existe. A transição não foi fácil, pois havia uma cultura diferente da nossa, mas hoje se pode dizer que os colaboradores vestiram a camisa da Cometa. Hélia Vieira Reis – Gerente Administrativa na Cometa Motocenter Campo Grande

SC RS

Cidades onde há pontos de venda da unidade: • Moreninha • Nova Lima • 14 de Julho

A homenagem de Francis para a cidade trouxe frutos em pouco tempo. Hoje, a unidade atinge 6,35% de participação nas vendas totais do Grupo. O investimento se fez presente em uma moderna concessionária e na contratação de 95 funcionários para atender à região. O Grupo Cometa é uma escola: trabalhei em duas empresas de renome nacional, mas aqui é diferente: no Grupo temos todas as ferramentas e treinamentos para alcançar nossos objetivos, somos liderados por profissionais competentes em todos os

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O GRUPO COMETA HOJE: UNIDADES VOLKSWAGEN

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Ariquemes 07/1997 Ji-Paranรก 04/2000 Cรกceres 03/2012

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Cometa Center Car Ariquemes Área da unidade territorial: 4.426,576 km² Densi dade demográfica: 20,41 hab/km² População residente: 90.353 pessoas Frota municipal: 16.980 Número de habitantes por carro: 3 Aquisição da loja: 09/07/1997 Número de funcionários em 2012: 65

ARIQUEMES Fachada Oficial.

RONDÔNIA

Desenvolvida com base na exploração da borracha, Ariquemes surgiu do Vale do Jamari, onde viviam os índios da tribo arikeme, que deu origem ao nome do município. Sua ocupação efetiva ocorreu no início do século XX, graças à construção da linha telegráfica entre Cuiabá e Santo Antônio do Rio da Madeira. É da mesma época o registro das maiores migrações nordestinas para o local. A cidade rondoniense tem hoje importância especial para o Grupo Cometa. É do município uma das mais prósperas economias da região, com atividades baseadas na pecuária, na agricultura e no extrativismo mineral. O desenvolvimento possibilita o investimento em diversos setores, principalmente o de serviços. Nesse contexto, em 1997, foi adquirida a concessionária que se tornou a Volkswagen – Cometa Center Car. A instalação da revenda Volkswagen em Ariquemes representou o ingresso no segmento quatro rodas, diversificando os empreendimentos do Grupo. 54

Vista aérea da cidade.

Casa da Memória Marechal.

Igreja da Pedra.


O setor de quatro rodas é muito desafiador: você tem que estar sempre 100% envolvido em todos os negócios. Os clientes são muito mais exigentes, e as falhas não podem existir, pois qualquer erro leva o cliente a procurar a concorrência. Temos que ter atitudes rápidas a todo o momento. Mário Henrique Simões – Gerente Geral na Cometa Center Car Ariquemes

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A consolidação do Grupo no município foi bastante difícil, principalmente devido à concorrência.

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A estruturação de Ariquemes foi bem complicada, mas nós participamos deste projeto e foi muito gratificante. Quebramos várias barreiras e trouxemos novos clientes para a loja. Essa foi a época em que realmente me apaixonei pelo Grupo Cometa: quando cheguei a Ariquemes. Deise Biolchi – Gerente Geral na Cometa Center Car Cáceres

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Para facilitar a integração, a Cometa investiu em divulgação pesada e em uma reforma completa, realizada em 2007. A estratégia funcionou: hoje, a unidade representa 9% das vendas do Grupo. Em 2011, foram comercializados 539 veículos. O prestígio favorece o crescimento da unidade, motivando funcionários e trazendo benefícios. A Concessionária cresce dia após dia, sendo reconhecida pela população e tendo, inclusive, exclusividade em alguns eventos realizados na cidade. A equipe, por sua vez, sente prazer no que faz e realmente vem trabalhar com paixão em servir. Luzia Santos – Gerente Administrativa na Cometa Center Car de Ariquemes

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Cometa Center Car Ji-Paraná Área da unidade territorial: 6.896,744 km² Densidade demográfica: 16,91 hab/km² População: 116.610 pessoas Frota municipal de carros: 14.860 Fundação da loja: 12/06/2000 Número de funcionários em 2012: 105 Endereço: Av. Transcontinental Nº 3838, São Bernardo CEP: 76907-362 Telefone: (069) 2183-2000

JI-PARANÁ Fachada Oficial.

O Coração da Rondônia: assim é conhecida Ji-Paraná, segunda maior cidade do Estado. Apesar de contar com poucas indústrias locais, o município possui numerosos centros de distribuição de gêneros diversos, que complementam a economia baseada em pecuária e agricultura. Por ser um polo regional, a população de pouco mais de 115.000 habitantes possui a seu serviço diversas concessionárias – apenas no segmento de quatro rodas. Desde 2000, a Cometa é uma delas. Inicialmente voltada para a venda de consórcios, a unidade tornou-se um importante negócio para o Grupo. Aos poucos, o prédio alugado em que se localizava tornou-se pouco para as aspirações da rede. O sonho da compra de uma sede ampla pode tornar-se realidade: em 2012, a equipe participou da inauguração do novo espaço. Com mais de cinco mil metros quadrados, o empreendimento segue os padrões internacionais da Volkswagen, consolidando-se como uma das concessionárias brasileiras que apresentam a estrutura 56

RONDÔNIA

Inauguração.

Palácio Urupá.

Ponte Rio Machado.


de acordo com o modelo alemão da marca. A inovação segue em outras iniciativas:

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O Grupo Cometa investe muito forte na cidade de Ji-Paraná e no estado de Rondônia, que é o estado em que temos a maior representatividade nos dois segmentos juntos, duas e quatro rodas. A população de Ji-Paraná já apoiava muito as empresas do Grupo Cometa, mas após a construção da nossa nova sede da Volkswagem, recebemos elogios todos os dias dos clientes e moradores. A nossa concessionária tornou-se um orgulho para a cidade e para a sociedade ji-paranaense. Juliano Dolci Almeida - Gerente Geral da Cometa Center Car de Ji-Paraná.

O investimento e os desafios diários são uma forma de agradecimento pela acolhida da população. Mesmo com a concorrência, a Cometa comercializou 963 carros em 2011, respondendo hoje por 14% das vendas do Grupo. O atendimento é voltado principalmente para as classes C e D.

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Cidades em que há pontos de venda da unidade: • Jaru • Ouro Preto D’Oeste

O fantástico de trabalhar aqui é lidar com o público das classes C e D. Perceber a realização do desejo, o brilho nos olhos das pessoas, o acesso ao primeiro carro. Isso é uma coisa que vemos nas pessoas do interior daqui, principalmente produtores de leite, que vão lá e entregam seus 25 ou 30 litros de leite por dia, e com isso vão pagando as cotas de consórcio até poderem retirar o carro. É uma coisa diferente, o público é diferente. O sentimento é o mesmo de quem compra uma moto: fica feliz da vida. Mario Henrique Simões – Gerente Geral na Cometa Center Car Ariquemes

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Cometa Center Car Cáceres Área da unidade territorial: 24.351,446 km² Densidade demográfica: 3,61 hab/km² População: 87.942 pessoas Frota municipal: 12.527 Fundação da loja: 02/05/2012 Número de funcionários: 61 Endereço: Av. São Luiz, 1990, Jardim Cidade Nova Cep: 78200-000 Telefone: (065) 2122-5000

CÁCERES Fachada Oficial.

A marca Cometa já é conhecida do público cacerense. O sucesso da unidade Cometa Motocenter de Cáceres é produto de mais de vinte anos de atuação e de um grande vínculo com uma cidade onde ver muitas motocicletas trafegando faz parte do cotidiano. No entanto, a Cometa sempre investe nos desafios e decidiu buscar espaço no mercado de carros de Cáceres. Dessa vez, a proposta correspondia a um antigo sonho de Francis, que visava atender ao público cacerense oferecendo também a opção de veículos no segmento das quatro rodas. O Grupo Cometa tem em Cáceres e região uma história de sucesso com muita responsabilidade e grandes expectativas da população. Acredito que a Cometa Center Car veio para colaborar e somar nessa região, respondendo aos anseios da população em relação a esse projeto. Deise Biolchi – Gerente Geral na Cometa Center Car Cáceres

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MATO GROSSO

Inauguração.

FIP - Festival Internacional de Pesca.

Fazenda Jacobina.


Projetada com vistas a suprir metas de sustentabilidade e respeito ao meio ambiente, a unidade foi gradativamente se tornando realidade, até que sua inauguração, em maio de 2012, foi possível. Além das funções básicas de uma unidade Cometa, as instalações destinam-se a prover novo espaço para o escritório central do Grupo, de onde sai grande parte das decisões para todas as unidades da Cometa. A proximidade contribui para os negócios na concessionária, ainda que sejam incipientes.

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Nossos números podem crescer, principalmente porque temos uma grande região de área livre onde podemos atuar. Estamos desenvolvendo esse trabalho externo, mas ainda é recente. Apesar disso, acredito que com isso vamos aumentar os índices de vendas em pouco tempo. Franklin Almeida – Gerente Comercial na Cometa Center Car Cáceres

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Outra tendência já foi percebida pela gerente da unidade: a representatividade feminina no Grupo. Entre as 16 concessionárias, Deise Biolchi é uma das 18 mulheres a ocupar cargos de gerência. Apesar de enfrentar situações de preconceito, as mulheres da Cometa comemoram a igualdade na empresa. A quantidade de mulheres que compareceu ao encontro gerencial em 2012 aumentou muito em comparação a cinco, seis anos atrás. Nas reuniões gerenciais do grupo, o público era em sua maioria masculino: nós víamos meia dúzia de mulheres que vinham pra reunião; hoje, podemos olhar encantadas para a maioria feminina que compõe a Cometa. Isso quer dizer que nós, mulheres, estamos nos preparando mais, buscando mais, nos dedicando mais. Deise Biolchi – Gerente Geral na Cometa Center Car Cáceres

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O GRUPO COMETA HOJE: UNIDADES HYUNDAI

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Sinop 07/2010 Ji-Paranรก 08/2010

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Cometa Hyundai Sinop Área da unidade territorial: 3.942,277 km² Densidade demográfica: 28,69 hab/km² População: 113.099 pessoas Frota de carros: 32.995 Fundação da loja: 29/07/2010 Número de funcionários em 2012: 15 Endereço: Rua Colonizador Enio Pepino, Nº 1093, Setor Industrial Sul CEP: 78557-477 Telefone: (066)3211-5000

SINOP Fachada Oficial.

O município de Sinop nasceu na década de 70, após a compra das terras do Núcleo de Colonização Celeste pela Sociedade Imobiliária Noroeste do Paraná, cuja sigla deu origem ao nome da cidade: Sinop. O território foi estruturado com base em um sistema misto de colonização, em que a agropecuária e a indústria de transformação compunham e dividiam o espaço. Fundada oficialmente em 14 de setembro de 1974, a cidade logo recebeu um grande contingente de migrantes, que ajudaram a construir o que hoje é um importante polo econômico ao norte do Mato Grosso. Atualmente, Sinop se destaca como polo de agronegócio.

MATO GROSSO

Inauguração.

O fato de estarmos em uma cidade polo, da qual dependem direta ou indiretamente mais de 450.000 pessoas, aumenta muito o fluxo de clientes. Com isso, nós só temos a ganhar. Odir Barros – Gerente Geral na Cometa Hyundai Sinop Vista aérea da cidade.

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Serviço agropecuário.


Atenta a essa característica, a Cometa escolheu Sinop para, junto a Ji-Paraná, receber seu novo empreendimento: as concessionárias da Hyundai. A larga experiência com as motocicletas não impediu o Grupo de se integrar ao novo mercado. A prova disso é que, apenas em 2011, a concessionária vendeu 186 carros. O sucesso é comemorado pela equipe, que credita parte do êxito à excelência da marca.

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A Hyundai é sem dúvida uma marca que prima pelo design de seus produtos, observando os mínimos detalhes. Por isso, é muito gratificante sermos representantes desta marca na região e percebermos a satisfação e o entusiasmo de cada cliente que vem até nossa concessionária. Anderson Alex Pereira Marques – Gerente Administrativo da Cometa Hyundai Sinop

A estratégia de marketing da marca também é apontada como fator importante de diferenciação: A Hyundai apresenta carros diferenciados dos demais pois, além de oferecer cinco anos de garantia sem limite de quilometragem para pessoa física, investe em um marketing vigoroso e é a marca que mais está crescendo na área dos importados. Agora, com o HB-20, que é o modelo nacional, teremos produtos para todos os tipos de público. Odir Barros – Gerente Geral na Cometa Hyundai Sinop

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Cidades em que há pontos de venda da unidade: • Alta Floresta • Lucas do Rio Verde • Matupá • Nova Mutum

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Hyundai Ji-Paraná Área da unidade territorial: 6.896,744 km² Densidade demográfica: 16,91 hab/km² População: 116.610 pessoas Frota de carros: 23.743 Fundação da loja: 13/08/2010 Número de funcionários em 2012: 15 Endereço: Av Transcontinental Nº 986, Casa Preta CEP: 76908-287 Telefone: (069)-3421-2000

JI-PARANÁ Fachada Oficial.

Já consolidada no mercado ji-paranaense com as concessionárias da Honda e da Volkswagen, a Cometa escolheu a cidade para ser uma das presenteadas com o novo investimento do Grupo: os carros da Hyundai. Única cidade a contar com unidades das três marcas com que a Cometa trabalha, Ji-Paraná tem no Grupo um incentivador de seu desenvolvimento enquanto polo regional do estado de Rondônia. Assim como os negócios, que estão se expandindo no território ji-paranaense, a Cometa espera que suas vendas cresçam no segmento dos carros de luxo. Atendendo não só ao público da segunda maior cidade do Estado – Ji-Paraná tem hoje mais de 115.000 habitantes -, mas a oito cidades vizinhas, a Cometa se aventurou em uma competitiva praça de negócios, na qual o agressivo mercado contribui para o alto poder aquisitivo de uma parcela da população. A característica combina com o público exigente para o qual se volta a Hyundai. 64

RONDÔNIA

Inauguração.

Casa do Papai Noel.

Câmara de Jí-Paraná.


Na nossa região, que é de agronegócio, o público é exigente, o que corresponde à expectativa da marca e do Grupo. Foi acertada a opção de montar uma concessionária para vender os carros da Hyundai. Estamos divulgando nosso trabalho e a aceitação está muito boa. Cristina Rigon – Ex-Gerente Geral na Hyundai Ji-Paraná

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ESCRITÓRIO CENTRAL DIVISÃO AGROPECUÁRIA COMETÃO AUTOPEÇAS

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Escritório Central - Cáceres Data de Fundação: 01/02/2003 Número de funcionários: 92 Endereço: Av. São Luiz, 1990, Jardim Cidade Nova Cep: 78200-000 Telefone: (065) 2122-5000

CÁCERES Fachada do Escritório Central.

MATO GROSSO

Quando houve a necessidade de centralizar a administração, a escolha de Francis logo se deu: Cáceres sediaria o escritório central do Grupo. Com a consolidação do sistema de auditorias e graças ao desenvolvimento de um sistema informatizado, a empresa pode estar toda em um só espaço. Hoje, do escritório partem decisões que atingem a todas as unidades do Grupo Cometa. O novo sistema foi implantado em Cáceres e testado primeiramente na concessionária de Pontes e Lacerda e aos poucos se estendeu às demais unidades. Em 2007, a consultora mineira INDG foi contratada para auxiliar na gestão. A primeira medida da empresa de Vicente Falconi foi implantar um gerenciamento matricial de despesa e outro de receita. O controle fez do Grupo Cometa um dos poucos mato-grossenses a possuir uma sólida base de indicadores. Para análise das informações foi criado um comitê que se reúne mensalmente para tomadas de decisões e estratégias. Os 68

Estrutura operacional.


resultados das empresas são apresentados e discutidos com a liderança via videoconferência e ações são planejadas e acompanhadas para potencializar os índices. Reuniões semestrais com toda a gerência do Grupo também são feitas para análise de resultados, planejamento estratégico e treinamento. Além disso, os encontros motivam o estreitamento no relacionamento entre os colaboradores, sempre visando melhorias no desempenho de gestores e da empresa. Nas reuniões mensais de todas as concessionárias, são apresentados os resultados e estratégias da empresa, diante das informações todos os colaboradores têm oportunidade de expor suas ideias e participar do processo de gestão integrada. Marta Miranda – Gerente Financeira e Administrativa do Escritório Central

O sistema de centralização influenciou na redução de gastos, a confiabilidade e agilidade das informações provaram a eficiência do novo método e a concentração de responsabilidade e funções mais burocráticas desobrigou os funcionários das unidades, oportunizando concentração na área de vendas. O sistema informatizado, por sua vez, facilitou o planejamento de estratégias, graças à promoção do acesso universal às informações. Conforme Cynthia Fior, consultora de gestão e responsabilidade sócio-ambiental do Grupo Cometa, “essa não é uma prática muito comum entre os empresários brasileiros, que tem ainda aquela ideia de que quando se retém informação, se retém o poder”. A relação com consultores que prestam serviços ao Grupo é também centralizada no escritório de Cáceres. Uma relação que visa não só ao aperfeiçoamento dos processos, mas ao desenvolvimento de parcerias duradouras. É o que se percebe na fala da advogada Patricia Jorge da Cunha Viana Dantas: A importância da relação que o Grupo Cometa mantém com os seus colaboradores se resume nos ensinamentos de seu sócio fundador, Francis Maris, que apregoa que o “sucesso de um ou vários negócios somente se concretiza se a base da pirâmide

for sólida”. A meu ver, a receita do sucesso insculpido no Grupo Cometa não se aprende sentando em nenhuma carteira escolar, mas se vive no dia a dia das empresas, sob o enfoque da busca da qualidade extrema. Não fosse assim, o seu slogan não seria “Paixão em Servir”.

O espírito de coletividade e a integração setorial são marcas do Grupo, constantemente incentivadas entre os colaboradores sob o lema “Paixão em Servir”. Cada um dos setores sintetiza em si os valores da Cometa: Além de sermos os responsáveis por assegurar a regularidade da gestão administrativa, financeira, patrimonial e operacional, elaboramos propostas para aperfeiçoar e as normas e procedimentos de controle adotados pelo Grupo. Por fim, avaliamos a necessidade de novas normas internas. Luiz Afonso Bianchini Diariamente precisamos pensar em politicas voltadas para os colaboradores que estimulem o desenvolvimento da “paixão em servir”. Dessa forma, a atuação desse colaborador será diferenciada e o seu trabalho será executado com excelência. Consequentemente nossos clientes estarão satisfeitos. Essa é a nossa missão. Nossas ações precisam estar voltadas para a excelência do atendimento e para o desenvolvimento das competências dos colaboradores. Maria Estela Hreciuk Vejo com inovação o setor de TI do Grupo: integrado aos demais departamentos, a Tecnologia da Informação faz parte do negócio da empresa tanto na agilidade nas vendas como no gerenciamento. Nosso trabalho compreende o gerenciamento e o suporte às atividade da área de Informática. Planejamos e elaboramos projetos de inovação, priorizando o desenvolvimento e a segurança no que diz respeito à utilização de alta tecnologia. Sidineide de Oliveira

o tempo todo, e também as características que o Grupo mais valoriza em seus colaboradores. Na Cometa, é preciso acima de tudo ter responsabilidade. Samanda Mariano dos Santos A participação do Departamento de Pessoal é importante para o processo de administração de pagamentos, salários e encargos trabalhistas, tem a responsabilidade por fornecer informações relacionadas aos colaboradores. Fábio Bezerra A contabilidade é o setor responsável por aglutinar as informações dos demais envolvidos no processo diário das empresas, para que seja possível ter dados para as tomadas de decisão e também para que os clientes externos possam acessar dados econômicos/financeiros e fiscais a respeito das empresas. Marcos Humberto da Silva O departamento de pós-vendas é o grande fator de decisão do cliente na hora de escolher o seu novo carro ou sua nova moto, já que os produtos estão muito parecidos. Na Cometa, o total apoio ao trabalho e o “plano de oportunidades”, com o que há de mais moderno no mundo da informação e comunicação, nos permitem oferecer sempre as melhores condições. Marusan de Sousa Pinto Se na hora do atendimento na concessionária o produto ou o serviço certo estiverem disponíveis, na hora certa e em boas condições, com certeza iremos fidelizar os clientes. Isso faz com que o departamento de Peças e Serviços seja fundamental para o sucesso dos negócios. Jair Russo

No escritório central somos prestadores de serviço. Nosso desafio é produzir mais com menos recursos, em busca da excelência na gestão. Devemos dar todo suporte possível para que nossas unidades possam dar total atenção às vendas. Ademir Viana Treinamento. O comprometimento, a agilidade e a atenção são nosso foco

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Divisão Agropecuária Cometa Estância Cometa Estância Maristela São Sebastião Furna Linda São Lucas Cometa Santa Rita Cometa Pantanal Vale do Jauru

MATO GROSSO Espaço do Leilão.

Durante a infância, Francis conviveu com a paixão de seu pai, Francisco, pelas fazendas e pela agropecuária. Os investimentos da própria família transitaram entre os bares onde a mãe, Irene, comercializava doces e salgados, e as fazendas do pai. O gosto pelo rebanho foi transmitido por herança para Francis, junto à única fazenda de seu Francisco, a primeira de um conjunto bem-sucedido de propriedades.

Gado a ser leiloado.

Eu trabalhei 15 anos com o Francis nas fazendas. No início, ele tinha duas propriedades e o rebanho somava cerca de 160 reses. Quando saí do serviço, deixei aproximadamente oito mil cabeças de gado, distribuídas em oito propriedades. Isaac Francisco do Carmo – Ex-administrador das Fazendas

Gado a ser leiloado.

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Espaço do Leilão.


Apesar de o destaque se dar para a Fazenda Furna Linda, em Mirassol D’Oeste, todas as propriedades localizam-se no Mato Grosso, e seu foco é a criação de gado nelore de elite. Cana e milho são cultivados para o consumo interno.

O sucesso fez com que a Cometa se consolidasse no cenário estadual. Hoje, a divisão agropecuária do Grupo é referência em aperfeiçoamento animal e tecnificação do processo de manejo da genética de alta linhagem da raça Nelore.

As aquisições foram feitas a partir da década de 80, quando o ramo das autopeças começou a ser substituído pela agropecuária nos planos da empresa. A escolha foi feita por predileção, e desse modo os negócios se mantêm. O trabalho nas fazendas, no entanto, exige cuidados profissionais, tempo e deslocamentos voltados à excelência do rebanho de cerca de 22.000 cabeças de gado divididas entre as oito propriedades. É preciso dar suporte aos funcionários das oito fazendas, bem como ao restante da equipe do departamento agropecuário. O trabalho é realizado em equipe, o que faz com que os funcionários trabalhem cada vez mais motivados e empenhados, assim contribuindo para o desenvolvimento do Grupo como um todo. Julia Medeiros – Encarregada da Divisão Agropecuária Cometa

Os resultados adquiridos com o tratamento dos bois da raça nelore é apresentado nos leilões que a empresa realiza anualmente desde 2007, sempre no mês de setembro. Cerca de 200 machos da raça Nelore são cedidos pela Fazenda Furna Linda para o evento, a cada ano. Os leilões da Cometa são sempre muito movimentados. Como ocorrem uma vez por ano, normalmente no dia sete de setembro, reúnem público de todo o Brasil. Inclusive equipes de televisão comparecem para transmitir as atividades. Valdemar Ferreira – Gerente Geral da Divisão Agropecuária Cometa

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Cometão - Mirassol d’Oeste Área: 1.076 km² Densidade demográfica: 23,5 hab/km² População: 25.299 pessoas Fundação da loja: 12/08/93 Número de funcionários: 9 Endereço: Av. Tancredo Neves, 6074, CEP 78.280-000 Telefone: (65) 3241-4000

MIRASSOL D’OESTE Fachada Cometão.

MATO GROSSO

Mirassol D’Oeste foi o início de tudo no Grupo Cometa: desde a chegada da Família Cruz ao município até a consolidação da rede, décadas de muito trabalho e perseverança se passaram. A cidade inspira muitas lembranças para a equipe que participou da expansão das unidades. Algumas permanecem vivas. É o caso do Cometão, unidade responsável pela comercialização de maquinário pesado para o trabalho nas fazendas. Da mesma forma como várias outras cidades a seu redor, Mirassol surgiu da intenção de homens interessados em colonizar o interior do Brasil. Nesse caso, o responsável pela ocupação foi Antonio Lopes Molon, na década de 50. O local de origem de sua família, a cidade de Mirassol, em São Paulo, foi a inspiração para a denominação do novo município, criado oficialmente em 1976.

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Igreja Nossa Senhora Aparecida.


Na época o negócio das autopeças já havia iniciado para a Família Cruz. Com a expansão, o Grupo Cometa passou a investir nos segmentos de duas e quatro rodas e pouco a pouco as autopeças foram sendo vendidas. Mas o Cometão se manteve, colaborando com a agropecuária, importante segmento econômico no território mato-grossense. Além de prestar atendimento na venda de peças para maquinário pesado, a loja também oferece manutenção para máquinas. Ainda que não apresente grande percentual de lucro, dar continuidade à unidade tornou-se questão de honra para o Grupo Cometa. Apesar de compartilhar dos mesmos procedimentos realizados nas demais unidades, o Cometão se distingue pelas estratégias de venda e pelo público. Hoje o Cometão lida tanto com os clientes como com a prestação de serviços direto para as fazendas da rede. Mas a venda no ramo das peças é diferente, porque o cliente só vai comprar a peça que precisa quando ela estragar. Então é possível visitar o cliente na fazenda, mas não há motivo nem possibilidade de fazer demonstração de uma determinada peça ou de fazer uma promoção, porque o cliente não vai comprar a peça pra estocar. Edvaldo Gonçalves dos Anjos – Gerente Geral do Cometão

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PROJETOS DE INCENTIVOS AOS COLABORADORES

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projetos de incentivo aos colaboradores

Incentivando o voo do Cometa Da mesma forma que sabe da importância do estímulo ao desenvolvimento da comunidade que atende, a Cometa prioriza a evolução de sua equipe. Distribuídos em uma rede que cresce a cada dia, os funcionários do Grupo Cometa têm, no interior das empresas, a possibilidade de agregar conhecimento pessoal e profissional. O desempenho e o esforço compreendidos não só nas tarefas diárias mas na intenção de crescer no Grupo são recompensados com 14º e 15º salário.

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Cometa Leitura:

Desde a infância, Francis encontra na leitura uma companhia saudável e uma grande fonte de aprendizado. Hoje, compartilha os benefícios do hábito com todos a sua volta, inclusive com os colaboradores do Grupo Cometa. A partir dessa característica, Francis teve a ideia de criar um projeto que envolvesse a todos os funcionários da Equipe Cometa em um ambiente de gosto pela leitura.

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Cometa Integração: O primeiro passo foi adquirir livros para compor uma biblioteca em cada concessionária. Os temas variam de auto-ajuda a manuais de marketing e técnicas de administração. Solucionado o problema da escassez de livros, era preciso estimular o acesso dos funcionários aos exemplares disponíveis. Pensando nisso, o Grupo desenvolveu a proposta do Cometa Leitura, que consiste na leitura de um livro por mês, o que credencia o funcionário a concorrer ao Encontro de Campeões e ao 14º salário. A cada mês, as leituras feitas são compartilhadas no encontro chamado “Círculo do Livro”. Na reunião, cada um relata o conteúdo do livro lido. O segundo momento do encontro é de premiação aos participantes e apresentadores. O momento une confraternização entre os funcionários e a possibilidade de desenvolver a expressão oral e refletir em conjunto sobre diversos assuntos.

Criado para facilitar o entrosamento dos novos funcionários no Grupo, o Cometa Integração propõe uma estratégia de integração do colaborador em sua primeira semana de trabalho. Além de conhecer todos os setores da empresa, o funcionário é apresentado a seus colegas no café da manhã coletivo. Em seguida, um cartaz com suas informações pessoais é afixado ao mural da unidade, relatando suas informações básicas, bem como suas predileções e uma foto.


Programa de formação de líderes:

Voltado à preparação dos colaboradores convocados a assumir cargos relacionados à gestão do Grupo, o Programa pretende dessa forma manter os bons índices da Cometa sem que o conhecimento fique restrito a poucos líderes. A proposta se estrutura na capacitação teórica do público-alvo, garantindo o exercício de sua liderança, do gerenciamento de processos e de sua eficácia nas respostas às reações da concorrência e aos imprevistos. Anualmente, são oferecidas 32 vagas para participação no programa. O acompanhamento dos participantes ocorre ao longo do curso: tarefas são solicitadas ao final de cada módulo e ferramentas contribuem para a aplicabilidade do conteúdo. Ainda incipiente, o programa é flexível, permitindo a adição de módulos ou a alteração programática dos já existentes.

Programa Trainee:

Com o objetivo de manter na empresa um quadro funcional em permanente processo de desenvolvimento, o programa capacita os colaboradores selecionados em um período que pode variar de 12 a 24 meses. Durante a capacitação, o trainee receberá todas as informações a respeito do departamento em que trabalha, bem como no que tange às áreas afins. Os trainees são acompanhados e orientados durante todo o processo. Assim, estão aptos a analisar seu próprio desempenho e dimensionar o desenvolvimento de suas competências técnicas. Para se candidatar à experiência, é preciso ter vínculo empregatício com o Grupo há pelo menos 12 meses, apresentar os índices obrigatórios de leitura e desempenho – o candidato não pode ter nenhuma advertência registrada nos últimos 24 meses – e comprovar a formação acadêmica exigida para cada setor. Os interessados são avaliados por líderes da unidade em que trabalham e pelo respectivo setor de Recursos Humanos.

Cometa Inovação:

A inovação e a valorização do colaborador são marcas do Grupo Cometa. O Cometa Inovação agrega as duas características e propõe que a equipe Cometa desenvolva projetos para aplicação no próprio Grupo. As iniciativas devem priorizar soluções inovadoras que contribuam enquanto ferramentas de gestão e que sejam eficientes na busca por resultados cada vez melhores para o Grupo. Para participar, é preciso inscrever uma proposta individual ou desenvolvida por um grupo de até cinco colaboradores. Os trabalhos são avaliados pelo grau de intensidade da inovação e pelo grau de contribuição efetiva. Três propostas são implementadas em um período de até seis meses e, posteriormente, têm seus resultados apresentados ao Grupo. Todos os direitos sobre as propostas ficam sob a propriedade da Cometa.

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14º e 15º salários:

Assim que as metas de resultado são estabelecidas no início de cada ano, o desafio está dado para as unidades Cometa. Se a concessionária supera a meta, que pode ser em percentual ou resultado líquido, torna-se apta a receber o bônus. Se a unidade atinge um percentual ainda maior de superação, garante o recebimento do 15º salário. Os critérios que determinam as metas anuais são definidos mediante análises de históricos de venda e de mercado, além de uma projeção de crescimento de acordo com o planejamento estratégico da equipe.

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Encontro de campeões:

Para confraternizar e estreitar o relacionamento entre os colaboradores, o Grupo Cometa criou em 2006 o primeiro encontro de campeões. Geralmente o evento acontece em três dias, nos quais são proporcionados momentos de motivações com palestras, premiações e lazer, encerrando com grande jantar. A cada dois anos, o esforço das equipes é recompensado. Para esse evento os colaboradores participam de campanhas internas para terem direito à participação. O convite se estende a todos os colaboradores que atingirem as metas de sua função ou departamento, que comprovarem a leitura de 2.400 páginas no ano, que apresentarem média mínima de 80% na avaliação da auditoria para o setor e que não tiverem mais de quatro faltas não-justificadas no período.

O encontro coroa a produtividade, o empenho e o trabalho em equipe dos colaboradores. Aos que mais se destacam em suas respectivas áreas – os campeões – são concedidos prêmios durante o evento. O primeiro encontro de campeões aconteceu em 2006 na cidade de Cáceres, em 2010 o evento aconteceu no SESC Pantanal situado em Poconé. O terceiro encontro de campeões aconteceu em Rio Quente - GO. Cada edição do encontro teve a participação de 200 colaboradores. E em 2013, em comemoração aos 40 anos do Grupo Cometa, o objetivo é confraternizar com 400 colaboradores. O Evento acontecerá em Cáceres em virtude de ser a região que deu origem ao grupo.


RESPONSABILIDADE SOCIAL

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RESPONSABILIDADE SOCIAL Um Cometa que ilumina por onde passa Ao longo de 40 anos, o Grupo Cometa se desenvolveu, o país cresceu e outros tipos de demanda surgiram. A demanda social e o resgate da cidadania se tornaram bandeiras de Norte a Sul. Com isso, veio a responsabilidade social, que, logo, integrou os valores do Grupo Cometa. Para tanto, o Grupo se preparou buscando inicialmente técnicos, professores, entidades para alicerçar seus projetos sociais. Em seguida, buscou-se conhecer a sociedade cacerense para desenvolver seus projetos. Hoje, conta com o Programa Cometa Educação, Projeto Cometa Frutificar, Projeto Cine Cometa, Projeto Cometa Redação, Projeto Cometa Inclusão Digital, Projeto Cometa Solidariedade e Projeto Cometa Leitura. O Grupo entende que a responsabilidade social significa agir de forma a contabilizar liberdade com dignidade para todos. E mais do que isso: o Grupo trabalha para que suas metas empresariais sejam compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando os recursos ambientais, culturais, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. São projetos que fazem a diferença nas comunidades em que estão inseridos. Projetos que marcam na vida não só dos beneficiados, mas também de quem trabalha neles. É o caso da professora Eliane de Lazari, ex-coordenadora do Grupo que coordenou a parte pedagógica do Cometa Educação. Segundo ela: São muitas histórias, muitas mudanças de vida. Pessoas que não aceitavam mais ver na sua Carteira de Identidade uma digital e a mensagem “não alfabetizado” e que, a partir do momento em que aprendem a ler e a escrever, a assinar o seu nome, estampam um sorriso no olhar. Ou uma menina que quando ia às lojas, nas épocas de Festas, recusava cupons de promoções, envergonhada, porque não sabia escrever. Foi o máximo pra ela o simples fato de poder preencher os cupons; veio nos contar emocionada. São depoimentos que nos orgulham.

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Cometa Solidariedade

Uma das mais antigas propostas da Cometa na área social é o Cometa Solidariedade, que surgiu em 1995, quando a primeira motocicleta foi doada para contribuir na construção da APAE de Mirassol D’Oeste. A ideia se expandiu, possibilitando que o Grupo, hoje, auxilie a várias entidades, como lares de idosos, creches, hospitais e APAEs. Entre as doações feitas pelo bem-sucedido projeto da Cometa, estão um automóvel Volkswagen e 10 motocicletas Honda zero km - cedidos ao Hospital do Câncer de Cuiabá – e 10 motocicletas para o Instituto Lions da Visão.

Inauguração de Guarantã.

Todo ano, as doações contribuem para melhorias na qualidade de vida das comunidades que acolheram a Cometa ao longo de sua história. Outras campanhas focam-se na doação de roupas e alimentos, agregando a massiva participação dos colaboradores das concessionárias. Em 2011, mais de 4.500 peças de roupa foram arrecadadas e entregues ao Lions Clube de Cáceres. Noutra promoção, realizada em 2012, 10 toneladas de alimentos foram arrecadadas e doadas à APAE e outras entidades. Doação de motocicletas em benefício do Hospital de Câncer.

Alimentos não-perecíveis são doados à Apae.

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Cine Cometa SESSÕES 161

106

24

19

2008

2009

108

Desde 2004, a Cometa convida a comunidade estudantil a conhecer sua sede e ainda oferece uma sessão de cinema e debate. O filme é escolhido junto à escola, valorizando os temas trabalhados em sala de aula. Em 2012, 161 sessões beneficiaram um público de mais de seis mil pessoas. Segundo a coordenadora de projetos sociais da Cometa, Rita de Cássia Serra, são realizadas em média duas sessões do cinema escolar por mês. Há concessionárias, no entanto, que atingem o número de oito sessões em apenas um mês. Sessões do Cine Cometa.

2010

2011

2012

PÚBLICO 6.322

3.612

Outras duas vertentes do mesmo projeto têm foco nos públicos empresarial e da terceira idade. Os filmes, em geral, contemplam temas que permitam a reflexão e o desenvolvimento pessoal e profissional. O Cine Cometa é desenvolvido em todas as concessionárias do Grupo.

2.546

Sessões do Cine Cometa. 800

650

2008

2009

2010

2011

2012

Sessões do Cine Cometa.

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Cometa Frutificar MUDAS 4.951 4.320

4.198

3.380

1.200

2008

2009

2010

2011

2012

O grande destaque da empresa, finalista no prêmio de “Responsabilidade Social no Varejo”, concedido pela Fundação Getúlio Vargas, é o Cometa Frutificar, cuja ação consiste na doação de uma muda de planta para o cliente que fizer compras de motos ou carros na concessionária. Além da muda, um selo é afixado na motocicleta, como garantia da responsabilidade ambiental. Desenvolvido desde 2001 na cidade de Cáceres, o projeto conta com a parceria da Empaer – Empresa Matogrossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural do Estado de Mato Grosso, responsável pela produção das mudas que o Grupo concede aos consumidores. Segundo a responsável pelos projetos do Grupo, Rita de Cássia Serra, “a empresa trabalha com motocicletas e carros, produtos que passam por um rigoroso controle de qualidade utilizando as mais novas tecnologias. Reconhecemos os impactos ambientais e juntos com os colaboradores, comunidade e clientes atuamos com a responsabilidade ambiental, distribuindo e plantando árvores”.

Doação de mudas à comunidade.

Doação de mudas à comunidade.

Doação de mudas à comunidade.

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Cometa Educação ALUNOS ATENDIDOS

71

2008

80

2009

85

2010

91

2011

96

2012

Vigente há mais de 10 anos, o Cometa Educação se volta para a efetivação de três objetivos: a alfabetização de jovens e adultos, o impacto social positivo na vida dos atendidos e a contribuição na formação acadêmica dos alfabetizadores – graduandos dos cursos de Letras e Pedagogia. A iniciativa é realizada em parceria com os órgãos públicos e com a UNEMAT – Universidade Estadual de Mato Grosso. Os alfabetizadores são incentivados pela promoção de encontros pedagógicos semanais. Durante oito meses, turmas de jovens e adultos reúnem-se para assistir às aulas, que ocorrem normalmente em centros comunitários ou nas escolas locais. Além das aulas, o programa promove palestras, cursos, encontros e seminários voltados à extensão do conhecimento. As atividades complementares são realizadas em parceria com voluntários, que apresentam assuntos adequados ao interesse e à necessidade do público, como saúde preventiva, aposentadoria e aproveitamento de alimentos. Em 2011, os cinco núcleos do curso em Cáceres, distribuídos conforme a demanda da população, formaram um total de 91 pessoas. Desde seu surgimento, a Cometa já contribuiu para a alfabetização de cerca de 1000 pessoas, seguindo uma média de 100 pessoas por ano. A longo prazo, o projeto visa à redução do índice de analfabetismo em Cáceres de 11,8% para 3%.

Entrega de certificados.

Confraternização.

Artesanato dos alunos.

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Cometa Inclusão Digital ALUNOS ATENDIDOS 430 371 228

218 120

2008

2009

2010

2011

Como o próprio nome já explica, o projeto se foca em tornar o uso de computadores e da internet acessíveis para a população. Em parceria com a Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso), alunos do curso de licenciatura em ciência da computação cumprem estágios obrigatórios no projeto, o que garante a manutenção da iniciativa e o atendimento à comunidade. Iniciado em 2008 com os acadêmicos de oitavo semestre da Universidade, o programa previa a existência de uma turma com 100 vagas, número que logo aumentou. Até agora, já foram beneficiadas mais de 2.000 pessoas graças ao Cometa Inclusão Digital. Sala de aula.

2012

Aluna na sala de aula.

Entrega de certificados.

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Cometa Redação ALUNOS 2.669 1.840

2009

86

1.955

2010

2.169

2011

2012

Estudantes das escolas públicas e privadas são convidados a participar de um concurso de redação no qual temas de relevo social são postos em debate através do texto. Além de promover o estímulo à leitura, escrita e pesquisa, a iniciativa premia os três alunos com os melhores textos, bem como os professores orientadores e as escolas dos alunos vencedores. Para participar do Cometa Redação, o aluno deve estar regularmente matriculado e ter até 18 anos. Os participantes têm a possibilidade de se inscrever em duas categorias: Ensino Fundamental e Ensino Médio.

Produção de texto.

Produção de texto.

Premiação dos vencedores.


instituto cometa Os projetos sociais estão no DNA do Grupo Cometa. Tratase de uma marca que sempre acompanhou a trajetória do empresário Francis Maris e sempre presente nessa história de 40 anos. Diante das demandas geradas pelos trabalhos desenvolvidos junto às comunidades, surgiu a necessidade de criar uma entidade sem fins lucrativos para centralizar o gerenciamento. Em 1º de dezembro de 2012, foi aprovada pelos colaboradores, reunidos em assembleia geral, a constituição do Instituto Cometa. O evento foi considerado sucesso pela direção do Grupo. Eleição da diretoria.

DIRETORIA - INSTITUTO COMETA - 2012/2014 PRESIDENTE - Cristinei Rodrigues Melo VICE-PRESIDENTE - Rosimari Ribeiro dos Santos DIRETOR ADMINISTRATIVO - Rubia Soares Barbosa DIRETOR FINANCEIRO - Marta Miranda Del Santo 1º SUPLENTE - Hélio César de Oliveira 2º SUPLENTE - Maria Estela Hreciuk 3º SUPLENTE - Luiz Afonso Bianchini 1º CONSELHO FISCAL - Marcos Humberto Cunha da Silva 2º CONSELHO FISCAL - Elisabete de Oliveira 3º CONSELHO FISCAL - Marcelo de Souza Miranda Diretoria eleita.

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CERTIFICAÇÕES Um Cometa que brilha Uma história de 40 anos dedicados ao trabalho e ao desenvolvimento humano e econômico sustentável não poderia passar batida. Dedicação que se estende também a ações sociais e ambientais. Não é difícil, assim, supor que ao longo dessa trajetória o Grupo Cometa e o empresário Francis Maris conquistaram reconhecimento na sociedade brasileira. Cometas que brilham nas mais diversas premiações. A lista é extensa. Não daria para reproduzi-la por completo. Mas aqui você confere uma seleção dos principais certificados conferidos tanto ao grupo quanto à Francis:

1999 | III Prêmio de Desemprenho Comunitário e Empresarial - A Concessionária do Ano - Cometa.

1998 | Prêmio Honda - Campanha Final de Ano Super Especial - Motos Mato Grosso Ltda. 1° Lugar.

1992 | Título Honorífico - Cidadão Mirassolense.

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2000 | Título Honorífico - Cidadão Ouropretense.


2001 | Certificado Cometa Educação - Banco de Tecnologias Sociais. (Fundação Banco do Brasil).

2004 | Título Honorífico - Cidadão Mato-grossense.

2004 | Diploma Amigo do Batalhão - 2º Batalhão da Fronteira.

2003 | Homenagem ao Patrono Francis Maris Cruz - Formandos.

2004 | Ao Senhor Francis, Patrono da 5ª Convenção do Disínio LB-4 - Apoio da empresa Cometa Motos aos projetos dos Clubes de Lions de Mato Grosso.

2004 | Certificado pelo Case de Sucesso Educação no Trânsito.

2003 | Prêmio Honda - Time dos Sonhos - Motos Mato Grosso - Campanha Nacional.

2004 | Certificado - Cometa Moto Center participou da V Convenção Distrital - Cuiabá - MT.

2004 | Empreendedor do Ano 2004. 13 - Empreendedor do Ano.

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2004 | Ranking Brasileiro de Empreendedorismo Corporativo. Cometa Motocenter Ltda.

2006 | Prêmio Rotário de Serviços Profissionais - Rotary Club de Cáceres.

2008 | Título honorífico - Cidadão Mirassolense.

2004 | 2º Prêmio FGV-EAESP de Responsabilidade Social no Varejo - Cometa Motocenter.

2006 | 3º Prêmio FGV-EAESP de Responsabilidade Social no Varejo - Projeto Cometa Frutificar - Cometa Motocenter.

2008 | Certificado - 6° Seminário de responsabilidade social e sustentabilidade no varejo na FGV-EAESP.

2005 | Título Honorífico - Cidadão Cacerense.

2007 | Certificado de Responsabilidade Social do Estado do Mato Grosso Edição a Grupo Cometa - Motos Mato Grosso Ltda.

2008 | 4º Prêmio de Responsabilidade Social no Varejo - Grupo Cometa (Projeto Cometa Educação).

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2008 | Certificado de Responsabilidade Social do Estado do Mato Grosso ao Grupo Cometa - Motos Mato Grosso Ltda.

2010 | Rotary Club Alta Floresta.

2010 | 5º Prêmio de Responsabilidade Social no Varejo - Grupo Cometa (Cometa Leitura).

2009 | Amigo do CMO - Ministério da Defesa - Exército Brasileiro Comando Militar do Oeste.

2010 | Campeonato Motocross - Regional Cuiabá - Homenagem a Honda Concessionária Mato Grosso - Mirassol D’Oeste.

2010 | Certificado de Responsabilidade Social do Estado do Mato Grosso a Grupo Cometa - Motos Mato Grosso Ltda.

2009 | Campeonato Motocross - Regional Cuiabá - Homenagem a Cometa Motocenter.

2010 | Diploma Amigo da Marinha - Marinha do Brasil.

2011 | Homenagem ao Paraninfo da turma de formandos em Administração de Empresas, Francis Maris Cruz.

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2011 | 2º Prêmio FAPAN de Qualidade - Destaque do Ano - Empresário do Ano.

2011 | Certificado de Responsabilidade Social do Estado do Mato Grosso - Edição 2011 ao Grupo Cometa - Motos Mato Grosso Ltda.

Certificado de Responsabilidade Social do Estado do Mato Grosso – Ao Grupo Cometa - Motos Mato Grosso Ltda.

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Carta de Princípios.

Finalista na categoria Pequena Empresa - Cometa Motocenter - Projeto Cometa Frutificar.


PREMIAÇÕES

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PREMIAÇÕES Um Cometa que TODO MUNDO VÊ Os 40 anos do Grupo Cometa não poderiam passar em branco quando o assunto é prêmios pelo desempenho nos negócios. É um Cometa que todo mundo vê! Uma história marcada pelo sucesso e, consequentemente, por premiações como forma de reconhecimento. A seguir veja a seleção de algumas delas.

Francis recebendo prêmio do presidente brasileiro, Fernando Henrique Cardoso.

Recebido pelas mãos do então presidente da república.

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Prêmio: Viagem para o Japão.

Prêmio: Viagem para o México.

Prêmio: Viagem para a China.

Prêmio: Viagem para a Espanha.

Prêmio: Viagem para a Austrália.

Prêmio: Viagem para Dubai.

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PREMIAÇÕES

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Prêmio: Viagem para Dubai.

Prêmio: Honta Fit Zero Km / Ji-Paraná - RO (Time dos Sonhos).

Prêmio: Viagem para a China.

Prêmio: Honta Fit Zero Km / Cáceres - MT (Time dos Sonhos).

Prêmio: Honta Fit Zero Km / Alta Floresta - MT (Time dos Sonhos).


DESTAQUES O RASTRO DO COMETA NAS PÁGINAS DE JORNAL Chegar aos 40 anos de mercado com a pujança do Grupo Cometa não é comum entre as empresas brasileiras. É uma história que tem tudo para virar notícia. Pois sempre foi assim. Um Cometa que deixou seu rastro nas páginas de jornal ao longo de sua trajetória. A seguir, você confere algumas das matérias publicadas pela imprensa sobre o Grupo.

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DESTAQUES

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A LIDERANÇA DE FRANCIS MARIS

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A LIDERANÇA DE FRANCIS MARIS

Um astro forjado no trabalho: a liderança de Francis Maris Diante de tantos exemplos de persistência, de iniciativas e ousadias, Francis Maris foi se formando – e demonstrando toda a sua capacidade de liderança. A habilidade para reverter situações adversas, apresentar soluções e seguir em frente foi construídas desde a tenra infância: quando pequeno, se viu diante da necessidade de auxiliar a sua mãe, vendendo salgadinhos, empurrando carrinhos com “pó de serra”, atendendo nos balcões dos bares, achando tempo para estudar, ler gibis, brincar, organizando divertimentos, armando os times de futebol, coordenando as brincadeiras... A vontade de estudar, saber mais, ouvir com atenção, mas, principalmente, a naturalidade com que tomava as iniciativas, sempre foram característica marcantes. Quando a família de Francis mudou-se para Mirassol D’Oeste, não sabia que a pequena cidade mato-grossense se tornaria palco para a consolidação de um espírito de responsabilidade e liderança nata, presentes no jovem empreendedor. Quando Irene foi buscar Francis, em Campo Grande, onde ele pretendia dar continuidade aos estudos, um profundo sentimento de tristeza o abateu. No seu íntimo, trazia consigo a importância do estudo na vida de um homem. Projetou seu futuro com base nesse valor fundamental. Entretanto, não só estudar era importante, mas também assumir a sua responsabilidade, que, naquele momento, era voltar a Mirassol D’Oeste e tomar conta dos negócios da família. De acordo com Francis Maris:

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A determinação e o esforço se destacam em Francis Maris Cruz.

Francis se destaca, também, por ser uma pessoa persistente e sonhadora. Toda a mudança é dramática, mas é preciso ter fé e confiança no que se vai fazer. Quando eu quis me mudar para estudar, foi porque sabia que precisava daquilo. Como não tínhamos condições financeiras, eu tive que voltar, até porque precisava ajudar em casa. Desse jeito, e para suprir minhas necessidades de conhecimento, os livros também tiveram suma importância.


Quando do crescimento do Grupo Cometa, ainda no período das lojas de autopeças e das fazendas, não foram poucas as pessoas que não o conheciam pessoalmente, mas sabiam da sua reputação, de sua honestidade e retidão. Ao procurá-lo, admiravam-se com a juventude, já que, pelos comentários, imaginavam um homem mais velho e experiente. A reputação construída no valor fundamental para a Família Cruz, a honestidade, rendeu apoio e ajudou no crescimento do Grupo. Francis conta que quando assumiu a revenda de Ji-Paraná, que passava por graves dificuldades financeiras, com clientes de consórcios contemplados sem terem recebido suas motos, fez uma reunião e se apresentou como novo proprietário. As pessoas que compareceram à reunião, enfurecidas, exigiam uma solução imediata. Com a palavra, ele apresentou uma proposta, aprovada graças ao depoimento de um dos participantes, que pediu um voto de confiança ao empresário, cuja reputação já conhecia. Com muito orgulho, Francis se refere ao episódio e diz que honrou o compromisso antes mesmo do prazo combinado.

Francis no desfile.

A liderança de Francis era sentida não só no gerenciamento dos negócios, mas também na sua vida social. E a trajetória escolar foi marcada por esse espírito. Prova disso foi quando assumiu o papel de referência na época da formatura da quarta série do primário, e também na formatura da oitava série. Na época do Ensino Médio e do técnico em contabilidade, também assumiu papel de destaque, como presidente das turmas. Participou ativamente do grupo de jovens. Foi presidente, em mais de uma oportunidade, da Juventude Mirassolense Católica (Jumirca), além de ocupar vários cargos na Diretoria da Igreja Católica, como presidente, secretário e tesoureiro. A religiosidade, aliás, foi um traço marcante desde a infância. Sempre que podia, em Vicentina (MS), quando não precisava cuidar do bar, assistia às missas de domingo. Naquela época, contava com

Francisco acompanhado do Padre Tiago, grande exemplo de Francis.

o apoio da sua mãe, além do incentivo das professoras e dos padres da cidade. A religiosidade e a participação ativa na vida da comunidade se aprofundaram em Mirassol D’Oeste, principalmente sob a influência do Padre Tiago (Pe. Giácomo Gheza), que se tornou figura significativa para a juventude da localidade na década de 1970. O convite para participar da Jumirca partiu dele que, em diferentes momentos instigou, incentivou, desafiou o jovem Francis, buscando desenvolver todo o seu potencial de liderança. Os convites para ocupar posições de relevância junto às organizações da congregação eram acompanhados também de solicitações para a realização de palestras em encontros de jovens, de casais, de batismos, leituras nos dias de missa, etc. Desafios que, entre outras coisas, ajudavam a desenvolver a oratória. Francis tinha no Padre Tiago uma referência, que influenciou na sua formação.

Francis (D) e a familia em inauguracao de loja.

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Participando ativamente da comunidade católica, Francis foi um dos responsáveis pela construção do Santuário de Nossa Senhora Aparecida de Mirassol D’Oeste, do Salão Paroquial, da Casa das Irmãs... Tudo sob a influência do Padre Tiago. Em diferentes momentos, Francis – que além das atribuições junto à comunidade, tinha seu tempo absorvido pelas questões relativas às lojas de autopeças, em expansão – questionava o padre e pedia que ele apontasse outras pessoas para tomar a frente das iniciativas da paróquia, já que ele tinha tantas tarefas. Como resposta, ouvia sempre a seguinte explicação: “Quando você tiver que pedir alguma coisa para alguém, peça para alguém ocupado, porque essa pessoa vai dar um jeitinho e vai fazer. O desocupado nunca tem tempo para fazer. É por isso que eu peço para você: porque eu sei que você vai fazer”, lembra Francis, emocionado. Em função de toda essa responsabilidade e da liderança que Francis foi constituindo, muitas vezes era procurado para resolver problemas da comunidade. Era comum que amigos e colegas pedissem conselhos e, a partir da solidariedade dele, encontrassem soluções para situações adversas. Essa vocação fez com que ocupasse uma posição especial também na família, ajudando a mãe na educação dos irmãos. Obviamente, essa não era uma posição confortável. Muitas vezes contestada. Todavia, Francis nunca foi de fugir das responsabilidades. Se o momento exigia dele assumir esse papel, assumia. Histórias engraçadas da época da juventude em Mirassol também não faltam, especialmente quando a dupla Francis e Marcos se juntava. O irmão mais novo, o mais levado da família, é quem lembra das passagens. Como quando Francis passou por maus bocados depois de uma travessura dele. Diz Marcos: 104

Eu estava organizando um baile que aconteceria numa cidade vizinha. Fui até um campo de futebol, na frente do colégio onde era o baile, e dei uns cavalinhos de pau com o Fusca que nós tínhamos, mas não vi que tinha gente perto, que acabou se molhando por causa de umas poças d’água. Voltei pra casa e deixei o carro. O Francis saiu com ele depois. Quando chegou perto do campo de futebol, o pessoal queria apedrejar o Fusca.

A participação no grupo de jovens da Igreja Católica o fez conhecer a sua esposa, dona Maria. Na época, uma jovem que foi de Minas Gerais para Mirassol D’Oeste com a família em busca de uma vida melhor, a semelhança dos Cruz. Estudavam juntos e participavam das reuniões dançantes com os amigos, que se encontravam no final de semana para ouvir música e se divertir. O casamento ocorreu em 02 de janeiro de 1982. Da união nasceram três filhas: Stella Maris, Maristella e Francianny. Hoje, a família cresceu e o neto Cauã é o primeiro de uma nova geração dos Cruz.

Casamento de Francis e Maria.

Família de Francis.

O envolvimento ia além das questões da Comunidade Católica e se estendia ao debate de inúmeras questões da então localidade de Mirassol, como na comissão em prol do estabelecimento de uma unidade avançada da Universidade Federal do Mato Grosso, que não se concretizou em função de não haver planos, naquele momento, de expansão. Mas a Comissão foi ativa e por diversas vezes, com relatórios de pesquisa montados por Francis, que visitou os responsáveis a fim de concretizar o sonho do curso superior na região que o acolheu: ele mesmo teria se graduado, quando jovem, se tivesse uma oportunidade próxima de casa; não o fez devido às obrigações. A escola e os estudos sempre foram uma obsessão. Desde muito novo, Francis mostrava o gosto pela leitura. Apesar de toda a experiência que a vida lhe proporcionou – e que ele soube aproveitar de maneira sadia, aprendendo lições valiosas que o fizeram crescer profissionalmente e pessoalmente, demonstrando altruísmo e responsabilidade –, sempre valorizou os estudos formais. A ideia


nos diferentes espaços de decisão, a vontade de ajudar e melhorar a vida das pessoas o acompanha. Seu comprometimento o levou, inclusive, a contribuir para eleger políticos que pensassem em Mirassol.

Francis e Maria entre amigos no Grupo de Jovens.

Desde os tempos em que fazia parte do movimento de jovens da Igreja Católica, e antes até, Francis trabalhava para o bem da comunidade. E os projetos sociais do Grupo Cometa seguem essa linha. Nessa trajetória toda de sucesso, o Grupo Cometa, sempre com a liderança de Francis, nunca deixou de lado a responsabilidade social. Não se poderia pensar no crescimento do grupo sem associá-lo à preocupação com o social. Ao longo de 40 anos, o grupo constituise como modelo de ética e honestidade – uma prova de que essa fórmula dá certo. Francis na comunidade.

de fundar uma universidade para a região tem significado especial: é a valorização das pessoas e da possibilidade do seu crescimento. Esse ideal, até hoje, é perseguido e o Grupo Cometa é exemplo dessa disposição, oportunizando que seus funcionários possam crescer através da leitura e de cursos de aperfeiçoamento, podendo não só se desenvolver profissionalmente, mas também como pessoas. Até meados da década de 1970, Mirassol D’Oeste ainda não havia se emancipado. Esta era outra ambição do povoado. A instalação oficial do município deu-se em 1977. Antes disso, era jurisdição de Cáceres. Francis acompanhou todo o processo e se envolveu diretamente nas tratativas. Desde aquela época, assumia o papel de liderança, jovem e respeitada, e participava diretamente dos acontecimentos políticos da região, mesmo não assumindo nenhum cargo eletivo. Isso nunca o impediu de participar dos movimentos políticos, o que seria mesmo difícil para uma pessoa com a sua capacidade de buscar soluções. O espírito de liderança o incentiva a estar sempre

Francis na comunidade.

Francis na comunidade.

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FRANCIS MARIS CRUZ: O PAI, O HOMEM, O EMPRESÁRIO

Francis Maris Cruz, diretor-presidente do Grupo Cometa.

O PERFIL DE UMA LIDERANÇA Com a palavra, o líder: Francis Maris Cruz A cidade era Mirassol D’Oeste, no Mato Grosso. O ano, 1973. Surgia o Grupo Cometa, que em 2013 completa 40 anos. Olhando assim, parece fácil. Afinal, é um dos maiores grupos empresariais do Brasil. Engana-se, no entanto, quem pensa que não houve dificuldade, o que nunca impediu o empreendedor Francis Maris Cruz de ter esperança. Ele sempre acreditou. E conta com orgulho um pouco dessa história.

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Onde tudo começou Nasci em Lucélia (SP) e meus pais são paulistas. Meu avô por parte de pai era espanhol, veio para o Brasil trabalhar. Comprou um sítio em Martinópolis (SP), região de Presidente Prudente (SP), fez um financiamento e foi plantar hortelã. Na Segunda Guerra, não conseguia vender e o negócio quebrou. Meu pai acabou virando motorista de caminhão e ônibus. Já os avós maternos tinham um bar em Lucélia, onde minha mãe trabalhou desde criança: fazia salgadinhos, coxinhas, descascava mandioca... E saía para vender em Adamantina (SP). Meu pai e minha mãe se casaram e foram para Pacaembu (SP).

A mudança para o Mato Grosso do Sul Depois, meus pais resolveram mudar para o Mato Grosso do Sul, Vicentina. Meu pai ficou desempregado e comprou um bar. Eu tinha cinco anos. Minha mãe fazia salgadinhos. Quando chegava cliente eu gritava: “tem gente!”. Com sete anos, já servia pinga, café... Ganhamos dinheiro, compramos um sítio e vendemos o bar. Meu pai começou a negociar gado, marretar. Só que ele teve problemas no negócio, ficamos devendo uns dois anos no armazém e, enquanto isso, minha mãe fazia salgadinhos. Eu e meu irmão Marcos vendíamos na rua, de porta em porta. Isso na década de 70; 1969, talvez. Também vendíamos pó de serra. Íamos à serraria buscar com carrinhos de madeira. Meu primeiro relógio eu comprei com o dinheiro dessas vendas.

E Mirassol D’Oeste? Mirassol tinha uns cinco mil habitantes. Era uma cidade pequena: a igreja e a avenida de chegada. Muitas casas de barro, de pau a pique, de madeira, enfim, uma cidade bem no início. Não tinha

energia, não tinha água encanada, não tinha telefone...

Por que Mirassol, diante dessas condições? Toda a mudança é traumática. Você precisa acreditar e entrar nela de cabeça. Pode até não dar certo, mas tem que ter fé. Saímos de Vicentina porque já era uma cidade estagnada, sem perspectiva de crescimento. Mais problemas na família, no negócio com o gado... Meu pai disse: “Temos que mudar”. Para onde vamos? “Para uma cidade pequena, onde possamos começar. Não importa as dificuldades: se não tem asfalto, não tem água, não tem luz, não tem telefone.” Outro fator determinante foi a abertura de fazendas, que estava começando na época. O fluxo migratório era muito grande, principalmente de paulistas da região de Rio Preto, Fernandópolis. Todo o dia tinha construção, investimento em fazendas, abertura de comércio.

Como foi a chegada à nova cidade? Em 1972, vendemos o bar em Vicentina e fomos para Mirassol D’Oeste. Tivemos a ideia de abrir uma loja de material de construção, já que a cidade estava em crescimento; todo mundo construindo, naquele momento. Mas quando meu pai e minha mãe chegaram o carro quebrou. Tiveram que ir à Cuiabá comprar a peça para consertá-lo: uma semana de espera. “Já que não tem peça aqui, vamos abrir uma loja”, eles pensaram. E assim, em abril de 1973, se mudaram de Vicentina para Mirassol e começaram a investir no ramo de autopeças. A ideia inicial, devemos ao nosso pai.

É o surgimento do Grupo Cometa? O nome, a princípio, era Autopeças Guadalajara. O título da Copa do Mundo de 70 estava recente. Aí, um amigo chamado Zezinho deu a sugestão: “Esse nome vai passar. Na próxima Copa vai perder o sentido. Você não tem um sonho?” O sonho do meu pai era ter sido motorista da Viação Cometa. “Taí. Um bom nome.” Nasceu a Autopeças Cometa. E com um belo slogan: “Temos de tudo para o seu carro”!

Foi difícil se estabelecer nesse ramo? Tínhamos só o capital de um bar, sem crédito. Ninguém nos conhecia. Imagine a dificuldade! Um colega de uma loja de Fátima do Sul (MS), “mui amigo”, chegou dizendo: “Chiquinho (pai do Francis, senhor Francisco Cruz), vou te vender uma peça de cada pra você começar. Se for comprar dos atacadistas, vão te vender em grande quantidade. Eu te faço preço de custo”. O que aconteceu? Ele nos passou só fundo de estoque. Já começamos com peças que não tinham saída. “Tem platinado da C10? Não tem. Vela? Não tem”. Logo, o questionamento: “Como vocês colocam lá ‘Temos de tudo para o seu carro’ e não tem nada? Apaga esse slogan!” Chegamos a passar fome em 1973.

Como a família superou essa fase inicial? Nesse meio tempo, fui avançando nos estudos e tive que ir a São Paulo e ao Mato Grosso do Sul. Em Mirassol D’Oeste não tinha mais escola para mim. A minha mãe foi a São Paulo visitar as irmãs dela e aproveitou para comprar roupas para nós. Logo pensou: “Vou comprar para vender em Mirassol”. E passamos a vender roupa em casa. A autopeças não vendia nada. Em meados de 1974, o Marcos 107


tomava conta da autopeças e eu ajudava no bazar, em casa, quando voltei dos estudos. O Marcos decidiu ir para Vilhena [RO] trabalhar como mecânico e quando voltou ficou na casa de um amigo. Eu tive que cuidar da autopeças. Anotava os pedidos e passava para minha mãe. Ela ia comprar roupa em São Paulo e encomendava as peças de lá. Fizemos estoque. As vendas melhoraram. Foi aí que começamos de verdade.

Uma curiosidade: como era a logística dessas peças, das roupas, naquela época? Em Mirassol era a pé ou de bicicleta. Boa parte do tempo, ficamos sem carro. Pegávamos a sacola e saíamos de porta em porta. Fomos vender em Quatro Marcos. “Mas é muito difícil ir de ônibus. Ficar andando com as sacolas pesadas... Vamos comprar um carro”, disse a minha mãe. Compramos um jipe velho, depois uma Rural, uma Variant e, em 1975, uma Brasília nova, vermelha. Mais bonita do que uma Ferrari. Compramos lá pelo mês de março. No Natal, o Marcos tombou com ela. Depois do acidente, só andava com três rodas...

Esse é o momento em que o senhor assume a condução dos negócios? Na época da juventude do Marcos eu fiquei tomando conta da autopeças e o negócio foi crescendo. Em 1979, ampliamos em Mirassol. Em 1980, construímos uma loja nova. Antes, em 1976, abrimos uma filial em Araputanga (MT); depois, em 77, em Quatro Marcos (MT); em 78, em Pontes e Lacerda (MT) e Jauru (MT); em 1980, em Cáceres (MT)... Enfim, fomos abrindo várias lojas. Quando o Marcos voltou para casa, em 80, foi para o quartel. Serviu e depois foi atuar na autopeças. Ficou mais firme e mais responsável. Já tínhamos seis 108

filiais. Bom, aí chegamos até 1984, e abrimos lojas em Cuiabá (MT) e em Vilhena (RO).

É nesse momento que vocês optam por diversificar os negócios? Em 1980, fui a Cuiabá pegar três fuscas que tínhamos de um consórcio. Comprávamos consórcios de quem não conseguia pagar, quitávamos, dávamos lance, e revendíamos os carros. Quando cheguei lá, vi uma CB 400-II, da Honda, cor vinho, com as letras douradas. Estava na vitrine, à tarde, e o sol batia naquela letra dourada. Deu um reflexo em mim, como se estivesse piscando. Fui lá e perguntei: “Quanto que é?”. “É 15.200 cruzeiros”, ouvi do vendedor. O fusca era 14.000. “Te dou um fusca por ela”, propus. O vendedor respondeu: “Não, tem que voltar 1.200”. Falou com o supervisor, que fez 1.000 de volta. O gerente fez por 700. Falou com o diretor, que deixou por 500. O dono da revenda, o San Uramutti, autorizou a fazer o negócio. A moto era difícil de vender. Foi a primeira de Cuiabá. O fusca tinha uma demanda muito grande. Eu mandei embalar a moto para despachar para Mirassol D’Oeste e ele falou: “Mas essa moto não pode ir pra Mirassol, é pra asfalto!” Respondi: “É, mas eu moro lá e vou ter que andar com ela na terra.”

O que a família achou do negócio? Quando cheguei em casa com dois fuscas, a minha mãe perguntou: “Ué, cadê o outro?” Respondi: “Troquei numa moto.” Ela me xingou na hora: “Poxa, você ficou louco? Onde já se viu trocar uma moto por um fusca zero?”. Era o carro da época. “Mas pra quem é essa moto?”, minha mãe perguntou. “É um presente para o Marcos.” As motos que a minha mãe estava acostumada a ver eram de 100, 50 cilindradas, pequenas, dos nossos amigos. Quando o Marcos as

pegava emprestadas, caía e quebrava a clavícula, o dedo... Se ralava todo. Minha mãe não me deixava comprar moto por isso. Se com essas pequenas ele já fazia essas loucuras, imagina com uma moto grande. Mirassol não tinha asfalto, não dava para acelerar. Tinha que andar devagar, porque as ruas eram encascalhadas, derrapava fácil. Poderia cair. Como a moto era cara, a mais cara do Brasil na época, e era bonita, imponente, o Marcos andava devagar. Nunca mais caiu!

Foi quando vocês tiveram a ideia de investir na venda de motos Honda? Sim. Pegamos o manual de garantia e tinha o endereço da Honda, em São Paulo. Mandamos uma correspondência para ser revendedor. A Honda falou que para Mirassol não dava, mas pra Cárceres, sim. Fomos para Cárceres, alugamos um salão, levamos o inspetor da Honda, que fez a visita, aprovou... Arrumamos mecânicos, eletricistas para fazer o curso da Honda... Tudo certo. Mandamos fazer a abertura da firma e, para nossa surpresa, uma semana depois, chega um telegrama dizendo que não seríamos mais o concessionário em Cáceres. O dono da revenda Ford da cidade ficou com a loja.

Como vocês reagiram ao percalço? O Marcos fez uma viagem de moto: saiu de Mirassol, passou por Cuiabá, Brasília (DF), Belém (PA), São Luiz (MA), Teresina (PI), Fortaleza (CE), Natal (RN), Recife (PE), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP)..., em 30 e poucos dias. Foram 19.000 quilômetros, se não me engano. Isso em 1982. Deu quatro ou cinco páginas de revista. Foi com dois amigos. Em Brasília, passou no escritório da Honda para saber porque não deram a concessionária para nós. O gerente da Honda falou: “Realmente, vocês gostam de moto. Vou dar uma revenda pra vocês. Vai ser


em Rondônia. Vamos abrir lá. Tem Vilhena e Ji-Paraná.” Pedimos as duas, mas nos deram só Vilhena. Em 1984, abrimos a primeira loja Honda e em 1985 compramos a loja de Cáceres.

Quando você e o seu irmão desfizeram a sociedade? Foi em 1989. O Marcos ficou com Vilhena e eu com Cáceres; ele ficou com a loja de autopeças de Pontes e Lacerda e Vilhena, eu fiquei com Mirassol e Quatro Marcos. Depois de um tempo, ainda juntos, começamos a vender as autopeças. Vendemos Cuiabá, Cáceres, vendemos uma de Pontes e Lacerda, vendemos Jauru. A partir de 84, a gente começou a se desfazer das lojas de peças, trocando por fazendas.

Já com o Grupo Cometa sob o seu comando, como foi a consolidação das motos? Começou a dar dinheiro em 1993, no Plano Real. Mas já vínhamos trabalhando e crescendo até 1991. Na década de 80, foi difícil porque as motos não vendiam, ficavam paradas muito tempo. Tínhamos motos em exposição em Rio Branco [AC] que ficavam lá o ano inteiro e não conseguíamos vender. No Plano Cruzado já não devíamos nada, estávamos ganhando dinheiro; comprávamos gado e colocávamos nas fazendas que trocávamos pelas autopeças. Nesse período, tínhamos umas quatro fazendas.

Quando é que as autopeças deixam definitivamente de fazer parte dessa história? Fui vender Quatro Marcos e depois vendi Mirassol D’Oeste, em 1993. As motos começaram a dar dinheiro. Talvez um pouco depois, em 1995, 96, vendi as autopeças de vez. Compramos uma Sa-

veiro e saíamos com duas motos na carroceria e duas na carretinha. Íamos até o sul do Pará, norte de Mato Grosso, na região de Sinop, Alta Floresta, Guarantã. Isso em 1990, 91. Vendíamos de 10 a 15 motos por mês. Depois, com o advento do Plano Real, passamos a vender 30. Hoje, chegamos a 2.500 por mês.

Essa disposição para “desbravar” o Brasil vendendo moto, como se constituiu? As vendas começaram a crescer em função desse trabalho. Desbravamos tanto o Estado do Mato Grosso quanto de Rondônia, quando nós compramos em Ji-Paraná [RO], em 1995. Chegamos ao sul do Amazonas e do Acre e, em função desse trabalho, a Honda viu que tínhamos potencial. Foram nos dando outras revendas. Era difícil conseguir concessões na época. Com trabalho duro, chegamos a vender, em 1997, 98, 1.000 cotas de consórcio. Vendíamos 500 motos em Cáceres e 500 motos em Ji-Paraná, e mais 1.000 cotas de consórcio em cada uma. Fomos case de sucesso por muito tempo na Honda. Começamos com a Saveirinho... Lembro de fatos inusitados. Estávamos um dia em Matupá [MT] e deu um tiroteio por lá. Isso foi na época do garimpo, em meio a uma favela. Corria muito dinheiro, muito peão... Eu estava no hotel, num sábado. Fiquei no quarto. Seis horas da tarde, quando parou o tiroteio, desci para ver como estava e o cara do hotel falou: “Olha, mataram uns 10!” Para você ter uma ideia de como a coisa era...

O segmento de quatro rodas, quando é que surge na trajetória da Cometa?

mes [RO]; era de um amigo de Cuiabá. Chegando lá, ele me convidou para ser sócio. Em 2000, abrimos em Ji-Paraná – loja própria. Infelizmente, como não tínhamos experiência com quatro rodas, tivemos muito prejuízo com as lojas Volks no início. Hoje, estão equilibradas. Mas não foi um negócio rentável no começo; foi deficitário por muito tempo. Entrei no ramo e logo veio a crise de 97 até 2000, 2001. Era difícil vender carro. Fecharam mais de 50% das concessionárias Volkswagen no país. Eu entrei justamente na época que o mercado ficou ruim, que foi a primeira fase do período de importados, com a Volkswagen Import. Atualmente, estamos fortes e a Volkswagen tem dado resultados positivos. Abrimos mais uma revenda da marca em Cáceres. Tanto melhorou o mercado de quatro rodas que investimos na Hyundai. É mais um projeto ousado, mas que temos certeza que renderá frutos no futuro. Mais uma marca a ser desbravada Brasil afora.

E qual é a origem desse espírito desbravador do Grupo Cometa? Acredito que vem da venda das coxinhas. Eu saía de porta em porta, não ficava parado esperando os clientes. Meu empreendedorismo devo a isso. Na época, ninguém vendia moto em cima de Saveiro. No Mato Grosso, eram cinco revendas: duas em Cuiabá, uma em Barra do Garça, uma em Rondonópolis e uma em Cáceres. E os únicos que saíam desbravando todo o território éramos nós. Hoje, tem revendas em Sinop, Sorriso, Lucas, Juína, Juara, Alta Floresta. Só nessa área, que não tinha nenhuma, já são 12.

Em 1996, 97, estávamos ganhando muito dinheiro com as motos. O negócio ia muito bem. Visitei a loja da Volkswagen, em Arique109


Por fim, como explicar tanto crescimento, em 40 anos, sempre no interior do país? Nós não nos identificamos com grandes centros, como São Paulo, Rio de Janeiro; preferimos cidades do interior, pequenas, apesar das dificuldades. Quando viemos para o Mato Grosso não tinha asfalto de Campo Grande para cá [Cáceres]. Depois, asfaltaram de Campo Grande até Cuiabá. De Cuiabá a Rondônia também não tinha asfalto; só a partir de 1984. Em Mirassol, o asfalto foi chegar em 90. Várias cidades ainda não são pavimentadas. Esse espírito desbravador, de bandeirantes, nos instiga, nos desafia e nos faz lutar com garra, determinação, com vontade de vencer. Poucos têm audácia para enfrentar um atoleiro. Quantas vezes nossos caminhões ficaram atolados? Era tudo estrada de terra. Tinha atoleiros na época das águas, das chuvas. Mas nós enfrentávamos. Nós, com apenas um CGC [o que equivale hoje ao CNPJ] da loja de Cárceres, ao Mato Grosso, com uma emissão apenas de nota fiscal ao consumidor, vendemos mais de 500 motos por mês lá e mais de 500 motos por mês em Ji-Paraná; mais de 1.000 motos. Fato inédito na Honda, no segmento de distribuição de motocicletas. No mundo é um fato inédito, considerando que era um só CGC.

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COM A PALAVRA, A FAMÍLIA

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COM A PALAVRA, A FAMÍLIA Parece fácil supor que essa trajetória de sucesso renderia frutos para o futuro. No que depender da influência que Francis Maris Cruz exerce em quem o cerca, o sucesso está garantido para mais 40 anos, pelo menos. É o que fica dos depoimentos dos familiares, o seio da Família Cometa.

O Francis sempre foi muito dedicado ao trabalho. Desde pequenininho, ficava ao redor quando eu fazia os salgadinhos pra vender pra fora. Quando ficou maior, cuidou do bar, botou a sacola embaixo do braço e saiu a vender de porta em porta. Isso ele sempre teve: esse espírito de vendedor.

Com certeza, o que nós temos hoje, lógico em primeiro lugar vem do pai, da mãe, da família toda, mas o Francis sempre foi aquele exemplo. Além da liderança, era aquele cara mais habilidoso para o financeiro; aquele que fazia mais contas. Ele sempre foi muito centrado.

O Francis é de coração grande. Sempre preocupado com as pessoas. Acho que é porque eles tiveram muita dificuldade na vida, a família toda, aí ele se sente na obrigação de doar, de ajudar. Além disso, defende muito a honestidade e a transparência: quer sempre o que é mais certo.

Dona Irene – mãe

Marcos Cruz – irmão

Dona Maria – esposa

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Herdei do meu pai a persistência e o gosto pelo trabalho. Ele sempre nos ensinou que nada vem de graça. Ele tem paixão pelo trabalho, é inquieto e está sempre buscando conhecimento. Isso fez toda a diferença na nossa educação também.

Stella Maris Cruz – filha

Admiro meu pai, onde ele chegou. Muitas vezes não esteve tão presente quanto sei que ele gostaria, mas para chegar a 40 anos de grupo, foi preciso muita dedicação. Ele sempre foi muito rígido na empresa, comprometido em atingir as metas, mas nunca esqueceu das pessoas. Ele é também muito amigo, honesto, sincero... É um paizão! Maristella Cruz – filha

Meu pai nunca deixou faltar nada em casa. Ele começou a trabalhar tão novo e nem por isso nos forçou a entrar na empresa cedo; sempre deixou que isso fosse muito natural. Ele nos apoia nas nossas decisões, mas também nos fez apreender que nada na vida é de graça. Francianny Cruz – filha 113


ENTREVISTAS DOS DIRETORES/GERENTES

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De auxiliar de office-boy à vice-presidente: quem acredita sempre alcança VICE-PRESIDENTE

CRISTINEI RODRIGUES MELO O nome dele é Cristinei Rodrigues Melo. Aos 34 anos, ocupa o segundo cargo mais importante de um dos maiores grupos empresariais do Brasil, para o qual dedicou mais da metade da vida. O vice-presidente do Grupo Cometa é prova de que o líder Francis Maris Cruz faz escola. Um exemplo. Ninguém melhor do que o próprio Cristinei para contar um pouco dessa trajetória que começa como auxiliar de office-boy.

Como começou a sua história no Grupo Cometa? Eu nasci em Mirassol D’Oeste, onde o grupo tinha a Autopeças Cometa. Foi lá que eu comecei como auxiliar de office-boy. O meu pai trabalhava com um cliente da autopeças. Ele conversou com o Francis para me arrumar um emprego. Eu tinha 12, 13 anos; era gurizão mesmo. Isso foi em 1991.

Sobre as suas primeiras experiências no trabalho, o que gostaria de falar? Entrei para aprender. Meu pai dizia que nem precisavam pagar nada. Mas acho que ajudei no que era preciso e já ganhava um salário. Hoje, seria um terço de salário mínimo. Uma das coisas que era valorizada é que eu fazia um pouco mais. Ajudava a organizar uma peça, colocar na prateleira... Eu ia ao banco. Se fosse um serviço particular, também fazia. Até a dona Maria [esposa do Francis]

às vezes pedia: “Ah, passa lá na feira, compra uma verdura, uma alface”. Eu ia lá e comprava.

Quando veio a primeira promoção? Naquela época, tinha uma pessoa que fazia o contato com fabricantes, mandava correspondência pelo Correio, digitava Telex pedindo tabelas de preço... A tabela trocava quase todos os dias. Eu comecei a ajudar nisso. A pessoa saiu e eu assumi a função. Talvez não tivesse a idade necessária, mas pela dedicação, me foi dada a oportunidade. Parei de fazer o serviço externo e fui para as tabelas, em 1992. Um ano depois de entrar no grupo, já assumi uma função de mais responsabilidade.

Você estava com quantos anos? De 13 para 14 anos, comecei a ajudar no financeiro da Autopeças Cometa. Era tudo manual; tudo nos livros. Aí, surgiu a oportunidade no financeiro do Cometão, com 14. O Francis me convidou e eu fui. Quando eu tinha menos de 18, de 16 pra 17 anos, em Cáceres já havia a revenda Honda, de motos; a financeira era a Marta, que sairia de licença maternidade. O Francis me convidou para substituí-la. Eu saía segunda-feira, cedinho, de Mirassol e voltava no sábado à tarde.

Como foi a sequência da sua ascensão? Fui financeiro do Cometão, da Concessionária Cometa de Cáceres... O Francis começou a investir no Acre e eu fui ser o financeiro da concessionária Honda em Rio Branco. Já tinha 18 anos; fui sozinho. Lá, comecei a atuar não só na função de financeiro. Em Cáceres, no dia da assembleia do consórcio eu estava junto; se um cliente tinha dificuldade para tirar a moto, eu ajudava; acompanhava o balanço de peças... Com isso, aprendi a fazer várias tarefas. Em Rio Branco, os negócios estavam começando e acabei atuando em outras áreas. Comecei a ser uma espécie de gerente administrativo.

De que ano estamos falando? Eu fui para Rio Branco em 1996. De lá, fui para Brasília, já na função de gerente administrativo, em 1999, numa revenda que funcionou até 2003. Comecei a atuar também na área comercial e assumi a função de gerente geral. O grupo tinha um diretor, o Sidnei Matos, que me pediu para passar um período na concessionária de Paranaíba, recém adquirida. Eu trabalhava diretamente com vendedores, com o supervisor e com o gerente comercial. Isso foi em 2001. Voltei para Brasília já na função de gerente geral. A passagem em Paranaíba foi importante porque um dos pedidos do Sidnei foi que eu me desligasse da parte administrativa para dedicar-me ao comercial. Aprendi muito.

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Você começou a trabalhar muito cedo. Como conciliava trabalho e estudos?

Como você está encarando esse desafio de ser vice -presidente?

Em Mirassol, fiz técnico em Contabilidade. Com as mudanças, acabei não avançando na faculdade de imediato. Mas em Belém, na Universidade da Amazônia, fiz graduação em Gestão Empresarial. Engraçado que concluí em dezembro e em março estava vindo para Cáceres como diretor. Agora, estou fazendo Pós-Graduação na Fundação Getúlio Vargas.

Vejo o Francis como um segundo pai. O Grupo Cometa é a minha vida. É aqui que eu tive a oportunidade de construir minha família, fazer investimentos pessoais. Ser vice-presidente é um grande desafio. Vou fazer de tudo para que não seja em vão, para que realmente consiga ser o vice-presidente que o Francis precisa. Vejo-me junto com a família do Francis. E penso no futuro. Vamos desenvolver o negócio juntos.

E o Grupo Cometa não foi também uma espécie de “universidade” para você? Demais! O Francis investe muito nisso. Quando tem reuniões gerenciais, em Cáceres, sempre tem treinamento. Cursos importantíssimos! É uma preocupação constante do Francis investir em pessoal.

Voltando à sua carreira, como se dá a criação da diretoria administrativa? Era para ser uma gerência comercial e uma gerência administrativa. O César, como era gerente regional, foi convidado pelo Francis para ser o comercial. Para a gerência administrativa, o Elcimar [hoje gerente regional Norte] me conhecia de Belém e me indicou. O Francis já conhecia toda a minha trajetória porque comecei na autopeças muito próximo a ele. A oportunidade poderia ser para os três que estavam nas gerências regionais: o César ficou na comercial e tanto a Rosimari quanto o Elcimar não se sentiram à vontade para assumir a administrativa. Assim, surgiu a chance para mim.

Então o organograma do grupo foi modificado, para a criação das diretorias? O César e eu fizemos um plano de trabalho e fomos conversar com o Francis. Mostramos que na função de diretor comercial e diretor administrativo, daríamos muito mais resultado. Ele concordou. Batemos o martelo, anunciamos para o grupo e começamos a trabalhar. Criamos a diretoria em 2006. A circular anunciando nossa nomeação já foi como diretores. 116

Na sua trajetória profissional, qual é a influência do Francis? O Francis é uma pessoa que eu admiro muito. Ele sempre está disposto a ensinar. Cobra; é muito exigente. Mas se você tem uma dificuldade, uma dúvida, conversa com ele que estará sempre aberto. Sempre ensinando. É uma pessoa muito humilde, muito simples. Respeita todo mundo. Eu tento pensar como ele. Tento atuar imaginando-me como proprietário do negócio. Ele ensinou a ser assim. O Francis é um líder participativo, que quer estar presente em todos os processos. Quem trabalha com ele tem espaço para propor coisas novas. Ele gosta de estar muito próximo das equipes.

Se você fosse chamado a contar a história do Grupo Cometa, o que destacaria? A força de vontade, a dedicação do Francis, e a visão. O Francis sempre esteve à frente. Os negócios em que ele entrou fez dar certo. Foi atrás, colocou as pessoas certas, cobrou, ensinou, deu as ferramentas. Não são todas as revendas que dão certo o ano todo. Não. Tem dificuldade. Mas na dificuldade você tem também que aprender a sustentar o negócio. Uma hora vai dar certo, crescer, dar frutos. O Francis nunca foi de abrir e fechar negócios. Comprou uma revenda? Toca em frente; vai dar certo!

Hoje, na vice-presidência, como você vê os próximos 40 anos do Grupo Cometa? Daqui a 40 anos terá que ser muito maior. No negócio automobilístico, penso que vamos continuar a expansão. Depois, vamos conquistando outros mercados: o negócio agropecuário, por exemplo. Mas no automobilístico, é expansão mesmo: com a Honda, criando filiais ou adquirindo novas revendas; com a Volkswagen, acredito que através de Cáceres vamos mostrar um excelente trabalho, com grandes resultados; já a Hyundai é um terreno a ser desbravado no Brasil, como o Francis sempre fez na sua trajetória como desbravador. A mensagem é simples: o grupo só tende a crescer!


Paixão em servir: a receita para o sucesso nas vendas e nos negócios DIRETOR COMERCIAL

HÉLIO CÉSAR DE OLIVEIRA Nesses 40 anos, o Grupo Cometa carrega uma marca muito própria: a excelência no atendimento. Não é à toa que o slogan fala em “Paixão em Servir”. O resultado é o sucesso nas vendas; a prosperidade nos negócios. Quem relembra o processo que pôs o grupo entre os maiores do país é o diretor comercial, Hélio César de Oliveira. Entre uma saída e o retorno, são mais de 17 anos de dedicação ao setor ao lado de Francis Maris.

Como você resumiria sua história no Grupo Cometa? Entrei na época da Autopeças Cometa, em Mirassol D’Oeste, em 1986, com 20 anos de idade. Iniciei minha trajetória trabalhando no administrativo por uns seis meses e aí fui transferido para uma filial em São José dos Quatro Marcos: cheguei como vendedor de balcão e, em 1988, assumi a gerência. Saí do grupo em 1992, tive experiências em outras empresas e voltei a trabalhar com o Francis em 2001, na filial da Cometa Motocenter de Alta Floresta, como gerente de vendas; a partir de 2002, como gerente geral, onde fiquei até 2004, quando fui promovido a gerente regional, cuidando das empresas de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Em seguida, vim para Cáceres, conciliei a gerência da concessionária Honda com a de gerente regional por um ano, e depois assumi a diretoria comercial, no primeiro semestre de 2006.

Você entrou na época em que começava a venda de motos Honda. É um marco na história do grupo? Sem dúvida. O Grupo Cometa é o que é hoje porque o Francis e a família tiveram uma visão à frente. Os primeiros anos com a Honda foram difíceis, trabalhava-se muito e vendia-se muito pouco. O que fez o negócio alavancar foram as vendas de consórcio, um produto que está no DNA do Grupo Cometa. Para vender consórcio no início não era nada fácil. É como vender sonhos: você não vende um produto, você vende um papel que promete ser uma motocicleta no futuro, quando o cliente for contemplado, por sorteio ou lance. O Francis foi um desbravador, quase um Bandeirante. Ia de carro de Cáceres ao sul do Pará oferecendo consórcio e moto. Na época, quase não tinha asfalto. Por passar noites dormindo à beira das estradas, era comum vender consórcio para os funcionários de postos de gasolina, caminhoneiros e moradores dessas regiões.

E o consórcio foi determinante para a própria Honda crescer no Brasil, certo? Foi o que fez a Honda crescer. É uma prática que não é comum no restante do mundo: o Brasil é praticamente pioneiro, e acho que ainda é um dos únicos países que pratica esta modalidade. Foi o que fez o negócio acontecer de verdade. Hoje, representa quase 60% do nosso negócio e mais de 30% das entregas de motocicletas Honda no Brasil. O Consórcio Nacional Honda é a maior administradora no

segmento duas rodas no Brasil. Todas as outras administradoras juntas não se igualam.

O fato de já terem know-how com o consórcio foi uma vantagem competitiva para lidar com o mercado tão acirrado de motocicletas? Sem sombra de dúvidas. Quando chegaram os financiamentos, em 2002, 2003, foi uma dificuldade fazer os vendedores entenderem a necessidade de trabalhar com essa modalidade. O consórcio estava na veia do Grupo Cometa; representava mais de 70% das vendas. De lá pra cá, esta participação caiu, mas ainda é um número extremamente representativo. No Sul, por exemplo, mais de 85% das motos são vendidas por financiamento ou à vista; só 10% a 15% são consórcio. Mas para nós é tão diferente por causa da dificuldade para financiarmos. Como estamos no Norte e no Centro-Oeste, o número de financeiras que estão no mercado é bem menor. Por já termos a garantia de antes mesmo de iniciar o mês já termos quase que 50% da meta garantida, com as entregas de consórcio é bem mais fácil trabalhar; não tem desespero para vender a qualquer custo, dá para planejar e encontrar saídas estratégicas para buscar a meta.

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Como vocês lidam com essa regionalização de uma economia com menos recursos? Nós aprendemos a trabalhar no interior do Brasil. Só tivemos concessionária em capital a partir de 2002, quando iniciamos nossas atividades em Belém (PA). Por estarmos no interior e com uma economia à base do agronegócio é que o consórcio fez a diferença. No interior, é muito complicado aprovar um financiamento: falta renda comprovada e quando tem o valor declarado é baixo; por isso, a dificuldade em financiar motocicletas; a maioria dos clientes é das classes C e D. Para automóveis é um pouco diferente. Trabalhamos com as classes A, B e C, na maioria. Neste segmento, já é mais fácil vender financiado do que por consórcio. Mas graças a uma administração focada em pessoas e resultados, temos conseguido manter a liderança onde atuamos.

Você acha que o slogan “Paixão em servir” traduz essa característica do grupo de não medir esforços para atender o cliente, esteja onde estiver? Eu percebo claramente o prazer do Francis em servir. O grupo todo vive esse slogan. Quando eu chego nas concessionárias, os gerentes dizem: “César, tem uma entidade aqui que precisa de ajuda. Vamos ajudar?”. Esse enraizamento nas comunidades revela a paixão em servir. Claro que até certo ponto é uma estratégia empresarial também, mas é uma característica muito espontânea do Francis: estar presente, ajudar, fazer a diferença! Tanto é que não temos a intenção de mudar para capitais. Já surgiram oportunidades de cidades grandes, mas o máximo que fomos foi a Belém (PA) e Campo Grande (MS), que tem um perfil parecido com interior. É o perfil do nosso negócio.

E esse é também o perfil do Francis? Com certeza. Independentemente de ser Belém, que é a maior praça onde atuamos, tem três milhões de habitantes, ou Ji-Paraná (RO), com 120.000 habitantes, o Francis quer estar envolvido com a comunidade. Quando ele vai para as concessionárias, pede aos gerentes: “Hoje eu quero visitar uma entidade, um cliente”. Ele cobra 118

isso dos nossos gerentes. Ele gosta de estar no meio das pessoas que trabalham na área social. Isso faz parte da cultura do grupo. E ele gosta de verdade. É um orgulho pra gente.

Voltando às vendas, como se divide o negócio entre duas e quatro rodas? As motocicletas representam cerca de 65% do faturamento. É uma questão de identidade: o Grupo Cometa é mais conhecido pelas motos. Isso não quer dizer que não tenhamos vocação para vender quatro rodas. Os resultados com a Volkswagen e com a Hyundai provam que temos. Estamos atuando nos dois segmentos; temos a mesma diretoria, mas com focos diferentes. Em ambos estamos indo bem. Quando digo indo bem, é no comparativo do nosso desempenho com o mercado. Se estivermos com o nosso share (participação de mercado) acima da média, estamos indo bem.

Para encerrar, o que faz o Grupo Cometa chegar a 40 anos com todo esse sucesso? A vontade de vencer que o jovem empresário Francis teve, lá no início. Ele fez uma coisa que fugia do tradicional. Quando comprou a Honda em Cáceres (MT), só tinha concessionária em Cuiabá e na divisa com Goiás, que trabalhavam nos seus arredores. Nosso trabalho foi diferente: saíamos daqui e vendíamos em Alta Floresta, até o sul do Pará, a mais de 1.500 quilômetros; íamos para Rondônia. Sair a campo fez o negócio crescer. A Honda viu que somos trabalhadores e abriu as portas. A escala de venda fez a diferença. Foi o que deu solidez ao negócio e possibilitou o investimento em outros setores: quatro rodas e fazendas, por exemplo, que sempre foi sonho do Francis. Foi também o que permitiu que ele realizasse outro desejo: ajudar o próximo com os projetos sociais. Além, é claro, do grande investimento em pessoas. Não se chega a lugar nenhum sem colaboradores empenhados, dedicados e atuantes. Sempre fazemos questão de frisar: o nosso maior patrimônio são nossos colaboradores. E temos orgulho de dizer que mais de 90% do quadro de gestores é formado aqui dentro.


ADMINISTRAÇÃO QUE DÁ RUMO AO COMETA

DIRETORA ADMINISTRATIVA-FINANCEIRA

ROSIMARI RIBEIRO DOS SANTOS

Toda a trajetória de sucesso do Grupo Cometa é marcada por uma máxima que o empresário Francis Maris carrega sempre consigo: para vencer, é preciso planejamento e controle. E é por isso que ele investe em pessoas, acima de tudo. Pessoas capazes de administrar o grupo, dar rumo ao Cometa. É o caso de Rosimari Ribeiro dos Santos, que há 17 anos tem “paixão em servir”. Ela conta um pouco sobre os desafios de ocupar, hoje, o cargo de diretora administrativa-financeira.

Quando começou a sua história no Grupo Cometa? Comecei a trabalhar com a marca Honda em 1994, como atendente de consórcio na concessionária de Ji-Paraná (RO), empresa que, em 1995, o Grupo Cometa adquiriu. Na época, a administração dos proprietários anteriores ao Francis passava por dificuldades na entrega das motocicletas contempladas através do Consórcio Nacional Honda, e os clientes estavam um tanto insatisfeitos. Ainda antes da mudança de direção, liguei para a concessionária de Vilhena (RO) para tentar resolver o problema e por um período de seis meses fizemos várias entregas. Num belo dia, recebi uma ligação do Sidnei Mattos, na época gerente da concessionária do Grupo Cometa em Cáceres (MT), para saber se tínhamos pendências de entrega se oferecendo para realizá-las. Fiquei com receio. Afinal, era outro estado e a entrega poderia demorar. Conversamos um pouco e resolvi apostar; pior do que estava não poderia ficar. Para minha sur-

presa, em menos de uma semana ele chegou a Ji-Paraná com dois caminhões de motocicletas. Daí por diante, passei a enviar todas as cartas de crédito para Cáceres. E assim os negócios seguiram até que o Grupo Cometa comprou a concessionária.

O que você falaria sobre a sua rotina no primeiro cargo que exerceu? Na época, todos os procedimentos eram feitos numa máquina de datilografia. Eu atendia clientes, distribuía contratos aos vendedores, formalizava cadastros, faturava e entregava as motocicletas, e ainda vendia. Enfim, o trabalho era constante e diversificado, mas gratificante. Desde o início, nos sentíamos seguros; percebíamos que o Grupo Cometa era uma empresa séria. Trabalhávamos motivados como numa grande família.

E como foi sua ascensão no grupo? Ainda em Ji-Paraná, tive a minha primeira experiência na liderança de uma equipe: fui promovida a encarregada do departamento de consórcio. Fiquei nesta função até 1999. No final deste mesmo ano, fui convidada a assumir o cargo de gerente geral da concessionária de Alta Floresta (MT). Foi um desafio e tanto. Aprendi muito e graças a vários treinamentos, minha dedicação e a toda equipe, em pouco tempo fomos reconhecidos como uma das me-

lhores concessionárias do Grupo Cometa. Se não me engano, foi a primeira concessionária a receber o 14º salário [projeto de incentivo mantido pelo Grupo Cometa]. Voltei para Ji-Paraná no início de 2002. Era muita responsabilidade, afinal, era uma concessionária do Grupo 1, que durante anos foi uma das melhores. Mais uma vez, tive oportunidade de fazer vários cursos e melhorar meus conhecimentos. Novamente fomos reconhecidos, ganhamos vários prêmios da Honda e por vários anos o 14º salário. Sempre tive sorte de trabalhar com equipes motivadas com vontade de crescer e ser a melhor. No final de 2008, fui gerenciar a concessionária de Cáceres (MT) e fiquei nessa função até 2012, quando fui promovida a diretora administrativa-financeira.

Você tem uma vasta experiência no setor comercial. Nesse sentido, como avalia que a profissionalização e a centralização da gestão contribuíram nas vendas? Avalio como de importância fundamental. Passamos por algumas crises mundiais e não tenho dúvida de que se não tivéssemos uma gestão profissional e preparada teríamos passado por dificuldades. No início da centralização, eu gerenciava a concessionária de Ji-Paraná (RO). Na época, achei que seria complicado, diria quase impossível. Mas em pouco mais de um ano percebi as vantagens e melhorias. Hoje, com o crescimento do Grupo Cometa, vejo que sem a centralização não teríamos esta gestão tão profissional, com 119


informações rápidas e confiáveis. Quanto à integração, ainda temos alguns problemas, mas é fantástico o quanto melhorou. Fazemos videoconferências entre Escritório Central e concessionárias para reuniões, treinamentos e nesses momentos os colaboradores se conhecem, trocam experiências.

Como você vê o papel do Francis nesse processo de integração? O Francis é uma pessoa muito acessível. Ele recebe e ouve cada colaborador, sempre aberto a sugestões e sempre a disposição para ajudar. Nos eventos que participamos junto às montadoras que representamos e em eventos do Grupo Cometa, ele é uma das pessoas mais preocupadas com a integração, tanto no conceito do bem-estar quanto da oportunidade de trocar experiências e conhecimentos. Ele é preocupado com as pessoas, anseia pelo crescimento de cada um, como um pai querendo o melhor para o filho.

Você acha que a liderança do Francis acaba sendo transmitida aos colaboradores, como exemplo? Com certeza. O Francis é uma pessoa muito honesta, humilde; cobra de todos os gerentes e funcionários essa mesma atitude. Todos os funcionários do Grupo Cometa têm nele um exemplo de superação e determinação; percebem nele a vontade de melhorar. É a verdadeira definição da frase “Paixão em Servir”. Nunca trabalhei numa empresa que se preocupasse tanto com a formação e crescimento dos seus colaboradores. A maioria dos nossos gerentes, assim como eu, veio do chamado “chão de fábrica”. Essa é uma das diretrizes do grupo: dar oportunidade àqueles que querem e se dedicam. Temos o programa de trainee voltado para formação de novos líderes; PFLC, para o desenvolvimento dos líderes já existentes; cursos e treinamentos constantes em todas as áreas. Eu tenho orgulho de fazer parte deste grupo e sou muito grata ao Francis por todas as oportunidades que ele deu a mim e a tantas outras pessoas. Oportunidades de crescer profissionalmente e também como pessoa.

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A partir da diretoria que você ocupa, como você vê o futuro do Grupo Cometa? É um grupo reconhecido e muito bem conceituado junto às montadoras que representa, colaboradores e sociedade. O futuro não será diferente. É um grupo preparado e com condições de crescer rumo aos grandes desafios. Tornar-se um dos maiores e melhores revendedores automotivos do país, agindo com responsabilidade socioambiental. Nosso futuro é ser motivo de orgulho para nossos colaboradores e para as comunidades onde atuamos.


UM COMETA QUE TEM NORTE

DIRETOR REGIONAL

ELCIMAR PINHEIRO DA ROSA Engana-se quem pensa que o espírito desbravador que o empresário Francis Maris incute nos negócios do Grupo Cometa restringe-se à região Centro-Oeste brasileira. É verdade que a preferência é pelo interior do país, mas também na região Norte quem compra veículos sabe a diferença que faz ser servido com paixão. E quem ajuda a dar Norte ao Cometa é o diretor regional Elcimar Pinheiro da Rosa, que atua há 17 anos no grupo. Ele conta um pouco sobre a trajetória da Cometa em estados como Pará e Amazonas.

Como começa a sua história no Grupo Cometa? Teve início em 12 de julho de 1995, quando a Ji-Paraná Motos, que hoje é a Cometa Ji-Paraná, foi comprada do então Grupo Rodão de Porto Velho, onde eu já trabalhava há 10 anos. Eu trabalhava no departamento de peças, nessa época. E continuei como encarregado de peças por mais um ano, por insistência minha. A rotina era a de fazer pedidos de compra de peças, armazenagem e vendas.

Depois disso, como foi sua ascensão? Por que cargos passou? Seis meses após o Grupo Cometa ter iniciado suas atividades, o Francis me convidou para assumir a gerência de vendas, mas resisti no primeiro momento. Exatamente um ano após a compra da empresa, acabei aceitando. Fiquei na função por um período de

17 meses, e assumi a gerência geral de 16 de dezembro de 1997 à dezembro de 2000. De Janeiro de 2001 à abril de 2002, fiquei na gerência geral da Volkswagen de Ji-paraná e Ariquemes. E de abril de 2002 à dezembro de 2003, fui convidado para assumir um grande desafio: gerenciar a Cometa Motocenter de Belém (PA). De janeiro de 2004 à março de 2006, fui gerente regional das unidades do Amazonas, Acre e Pará. Já em março de 2006, houve uma alteração no organograma do grupo, quando foi extinta a gerência regional, dando início ao atual formato, com diretor comercial e administrativo. No período de abril de 2006 à outubro de 2008, voltei à gerência geral da concessionária Belém. Segui, em novembro de 2008, para o cargo de diretor da mesma concessionária e da região, onde fiquei até setembro de 2011. Em outubro do mesmo ano, assumi o Norte, nos setores de duas e quatro rodas como diretor regional.

Como é a rotina de trabalho na região Norte? Muitas viagens? A centralização da gestão facilita o seu trabalho?

Como diretor regional, como você avalia que a centralização da gestão do Grupo Cometa contribui para a coesão dos colaboradores e o sucesso nas vendas?

A distância dos grandes centros e, em especial, a dificuldade do acesso. Em muitas localidades, é só fluvial. Para se chegar a várias cidades é preciso andar dias e dias de barco. Isso acaba incidindo na dificuldade de crédito por parte das financeiras e, consequentemente, na comercialização dos produtos. Veja que é um cenário que exige que tenhamos criatividade e estratégias para alcançar nossas metas.

A centralização é uma das nossas principais conquistas. É uma estratégia nobre e sábia que o Grupo Cometa aplicou nos últimos anos, facilitando e contribuindo de forma sustentável para gestão dos negócios. É uma forma segura, transparente e confiável, mesmo à distância, de você manter a coesão nas suas empresas. E o Francis sabe muito bem liderar esse projeto. Excelente!

Temos sim muitas viagens. Os pontos de venda ficam muito distantes uns dos outros. Mas mantemos contato constante com os colaboradores também por telefone e com uma maior intensidade via internet e por vídeo-conferências, possibilitadas pelo investimento sempre forte do Francis em tecnologia. A centralização é muito positiva. Facilita muito o nosso trabalho. Não dá para imaginar o grupo hoje gerindo seus negócios sem a centralização da gestão.

Que peculiaridades você poderia destacar em relação à região Norte, na comparação com outras em que já tenha atuado?

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Como você vê o papel do Francis no processo de integração do grupo e a presença dele nas unidades? Ele frequenta a região Norte? É extremamente positiva e importante a participação direta do Francis nos processos de gestão. Creio que devido à logística e às suas atribuições que aumentam a cada dia, suas visitas diminuíram sensivelmente nos últimos dois anos. Mas a tecnologia possibilita que ele acompanhe de perto nossos resultados, intervenha nas estratégias e transmita seu espírito empreendedor ao grupo. Mas pelo menos uma vez ao ano, ele visita todas as concessionárias.

E sobre o espírito desbravador que o Francis preserva, você acha que o investimento na região Norte tem essa característica? Com certeza. O Francis é um guerreiro que saiu ao longo desses anos desbravando o Centro-Oeste e o Norte em busca dos eldorados nos lugares mais longínquos e de difícil acesso. Faz parte de sua característica. A ousadia é uma marca dele.

Do ponto de vista de quem ocupa um cargo de direção, como você vê o futuro do Grupo Cometa, com base nos seus 40 anos de sucesso? É um futuro de longevidade, crescimento e de muito sucesso com a bênção de Deus e o espírito alerta que existe em todo Grupo Cometa por parte dos diretores, gerentes e colaboradores em geral. O Grupo Cometa vai além das suas atividades comerciais; é uma família bem administrada, com planejamento, estratégia e participação de toda equipe, sempre com a liderança contagiante do Francis.

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UM COMETA QUE TEM DIREÇÃO

GERENTE DO ESCRITÓRIO CENTRAL

MARTA DEL SANTO Francis Maris Cruz sempre foi líder. Isso, ninguém discute. Mas como fazer para coordenar equipes espalhadas pelas mais remotas localidades das regiões Centro- Oeste e Norte? Certamente, ele encontraria logo uma resposta. A saída foi implantar uma gestão centralizada dos negócios, capaz de criar uma só identidade empresarial; dar direção ao Cometa. Como conseguiu? Quem conta é Marta Del Santo, gerente do Escritório Central.

Como começou sua trajetória no Grupo Cometa? Foi no dia 07 de novembro de 1988, exatamente, meu primeiro dia de trabalho. Na época, fui com uma amiga visitar uma colega dela na loja de motos de Cáceres. Fiquei esperando na boutique e a atendente perguntou se eu não gostaria de trabalhar com eles. Tinha uma vaga no financeiro. Fiz meu currículo numa sexta-feira, e na segunda já estava trabalhando. Éramos somente três pessoas no administrativo. A empresa foi crescendo e o Francis, com espírito empreendedor, sempre buscando novas oportunidades. Surgiram novas concessionárias, com grandes distâncias. Houve, então, a necessidade de investir na administração dos negócios. Em 2003, iniciou-se o projeto de centralização da administração. Foram convidados alguns colaboradores com experiência em concessionárias para fazer parte dessa equipe. Com 12 anos em Cáceres (MT) e dois anos em Paranaíba (MS), tive a oportunidade de fazer parte do projeto. Em seguida, assumi a gerência geral do Escritório Central.

E como foi esse processo de centralização da gestão? Após vários estudos e investimentos em equipamentos e em pessoal, iniciamos a centralização dos processos do departamento financeiro na concessionária de Pontes e Lacerda, em agosto de 2003. Depois, fomos estendendo às demais. Em seguida, vimos a necessidade de centralizar outros departamentos e criar novos para nos auxiliar na gestão das informações.

Quais foram os primeiros benefícios desse novo modelo? O projeto trouxe as tarefas burocráticas para o escritório e liberou o pessoal das concessionárias para concentrar os esforços nas vendas. Facilitou negociações como tarifas bancárias, agilizou os processos de pagamento da folha, gerenciamento do tipo de marketing utilizado nas concessionárias, facilitou o acompanhamento do quadro de pessoal, agilizou o fechamento da contabilidade e prestações de contas.

manuais que nos auxiliavam no gerenciamento. Com o investimento em equipamentos, temos vários controles que favorecem o acompanhamento das operações das concessionárias e que auxiliam a liderança na gestão. Com sistema online, temos informações reais e rápidas que agilizam a tomada de decisão e a criação de estratégias. Além dos controles, investimos em videoconferência para facilitar o contato com a concessionária e estreitar o relacionamento.

E o que você diria sobre a participação do Francis na gestão do grupo? Ele é muito presente nas atividades da empresa. Se interessa pelos acontecimentos dos setores. Quando participa de algum evento ou lê alguma notícia que relaciona com o seu negócio de imediato nos transmite e cobra um plano de ação. Ele tem uma memória espetacular, sempre lembra e cobra as ações. É uma pessoa muito disponível: você pode conversar com ele para resolver problemas e pedir aconselhamentos. O Francis não dá o peixe; faz de tudo para você aprender a pescar. E quando você aprende, ele quer ver o resultado.

A informatização sempre foi uma preocupação do Francis? O Francis sempre se preocupou com a gestão, e quer informações rápidas. Mesmo sem informatização tínhamos controles 123


Esse sentimento de pertencimento ao Grupo Cometa que é possível identificar nos colaboradores, como se constituiu?

você precisa ter dedicação, honestidade, estar preparado e ter “paixão em servir”, que é nosso principal slogan.

Com certeza a centralização da gestão fortaleceu esse sentimento. Ao mesmo tempo em que os colaboradores nos passam informações das unidades, eles têm acesso às informações sobre o grupo. Com a liberdade de termos as informações, sentimo-nos orgulhosos de fazer parte de uma grande empresa e representar as melhores marcas do Brasil. Essa troca de informações reforça o relacionamento entre as partes. Com a criação do Encontro de Campeões, que iniciou em 2006 e já está na quarta edição, estreitamos esse sentimento de amor à Cometa. Além desse evento, o grupo proporciona outros, que valorizam os esforços e o atingimento dos resultados, com prêmios como participação em eventos que ampliam o conhecimento sobre o negócio como: Fenabrave, convenções de marca, palestras diversas sobre negócios e motivações, comemorações com a família no final do ano e comemorações como o Dia Internacional da Mulher, Páscoa, Dia das Mães e dos Pais etc.

Por fim, o que fez o sucesso do Grupo Cometa nesses 40 anos?

A gestão transparente contribui para fomentar essa cumplicidade entre a equipe? A transparência das informações, o acesso fácil à liderança, nos faz sentir importantes. Não ter distinção entre os funcionários e dar oportunidades a todos de contribuir com a gestão valoriza e dá chance de aprender os processos da concessionária, contribuindo com os resultados. Queremos que o colaborador tenha prazer e orgulho de fazer parte do quadro do Grupo Cometa. Por isso, nosso gerenciamento deve ser em equipe, constante e focado.

Nesse contexto, como são as possibilidades de crescimento profissional? Grandes. Nós temos funcionários que começaram como office-boys e chegaram a cargos de gerência e até à vice-presidência, como é o caso do Cristinei. Eu mesma comecei como auxiliar de um auxiliar do financeiro. Hoje, estou na gerência do Escritório Central. O grupo oferece todas as oportunidades possíveis para crescer. Mas 124

A força de vontade do Francis. Onde ele identificava uma oportunidade, não descansava enquanto não a conquistava. Ele teve muito sucesso em todas as aquisições que fez porque ele acredita e é persistente; não mede esforços para conseguir seu objetivo. O Francis é um sonhador que irradia confiança para todos que o cercam. Essa força de vontade dele é contagiante; vai fazendo com que a gente acredite que vai conseguir e não desista nunca. Estou no Grupo Cometa há 24 anos, mas ainda me surpreendo a cada dia com as conquistas que o Francis nos faz alcançar. E isso é muito bom. Ele é líder, sonhador, tem visão de futuro, coragem e “paixão em servir”.


DEPOIMENTOS DE AUTORIDADES PARCEIRAS

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O GRUPO COMETA POR SEUS PARCEIROS DE NEGÓCIOS PRESIDENTE DA MOTO HONDA DA AMAZÔNIA

Conheci o Francis na época em que eu estava na fábrica [na Zona Franca de Manaus] e o Grupo Cometa, para a Honda, é um grande parceiro. Quando se fala em Cometa, o que é que vem na cabeça? Desbravador. Não só por venderem nas regiões mais complicadas do Brasil, mas até pelo histórico: começaram com autopeças, na beira da estrada. Para definir o sucesso nesses 40 anos, eu diria três palavras: persistência, visão de negócio, mas tudo isso com profissionalismo. O Grupo Cometa faz um trabalho muito intenso na profissionalização da gestão: tem um programa de capacitação de colaboradores de todos os níveis, desde os operacionais até a alta direção, todos eles recebendo incentivo para o aperfeiçoamento. Além disso, mantém muitos projetos sociais, o que revela preocupação com o desenvolvimento econômico e sustentável.

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ISSAO MIZOGUCHI


O GRUPO COMETA POR SEUS PARCEIROS DE NEGÓCIOS DIRETOR REGIONAL DA VOLKSWAGEN

É um Grupo que vem aumentando a sua participação no mercado ano após ano. Além do investimento em novas instalações (Cáceres e Ji-Paraná), há um trabalho de muita consistência e desenvolvimento de seus colaboradores e uma preocupação muito forte no atendimento e satisfação dos clientes. O Grupo Cometa tem uma grande importância para a Volkswagen nas regiões Centro-Oeste e Norte. E a tendência é que cresça ainda mais, pela capacidade empresarial. Eu conheço o Francis desde 2008. É uma pessoa especial. Ele se preocupa com o desenvolvimento de cada colaborador. Isso é difícil de ver nos empresários. Logo me chamou muito a atenção o projeto em que cada funcionário lê um livro por mês para ter o direito a incentivos adicionais na remuneração. Aprendi muito com o Francis. Espero tê-lo sempre como um grande parceiro e amigo.

MARCO ANTONIO TONDELI

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O GRUPO COMETA POR SEUS PARCEIROS DE NEGÓCIOS PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISTRIBUIDORES HONDA (ASSOHONDA)

O Grupo Cometa é referência no mercado automotivo do Brasil. Pela maneira como começou, apostando no seu potencial de negócios, e pelo porte que tem hoje, eu posso afirmar: não tem como falar do setor no país sem se referir ao Grupo Cometa. Para a economia isso é muito bom: quando você tem alguém que alavanca, através de atitudes pioneiras, uma região inteira [Centro-Oeste e Norte]. Cases de sucesso que o grupo traz para as nossas concessionarias são fundamentais para a consolidação da Rede Honda. E um líder exemplar também é indispensável. O Francis é um multiplicador de talentos; uma pessoa que fez – faz e fará – muito pelas pessoas. As pessoas crescem ao lado dele. É um exemplo de liderança, de perfil, de caráter e de honestidade.

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CLEMENTE SARTÓRIO


O GRUPO COMETA POR SEUS PARCEIROS DE NEGÓCIOS PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISTRIBUIDORES VOLKSWAGEN (ASSOBRAV)

Conheço o Francis desde a minha primeira presidência na Fenabrave [Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores], em 1992, e a visão que eu tenho da atividade profissional dele é a melhor possível. Na Honda, ele consegue, dentro da sua área de atuação, fazer com que seja uma marca respeitada e de grande penetração de vendas. Na Volkswagen, embora sejam negócios distintos [duas e quatro rodas], ele não teve problemas de adaptação e também se destaca. Aqui na Assobrav, junto à rede de concessionárias, junto à montadora, a repercussão do trabalho do Grupo Cometa é excelente.

SERGIO REZE

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O GRUPO COMETA POR SEUS PARCEIROS DE NEGÓCIOS PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CONCESSIONÁRIOS HYUNDAI (ABRAHY)

O Grupo Cometa é associado da ABRAHY desde novembro de 2011, sempre marcando presença em nossas reuniões, agregando conhecimentos com base na expertise que adquiriu ao longo de todos esses anos atuando no mercado automotivo com a comercialização de outras marcas [Honda e Volkswagen].

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DANIEL KELEMEN


colaboradores

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